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terça-feira, 27 de julho de 2021

Cuidado! Você pode ganhar o mundo, mas perder a sua alma

Kaspars Grinvalds - Shutterstock
Por Talita Rodrigues

Às vezes buscamos tempo para tantas coisas, são tantas coisas para pouco tempo. E, em meio a tudo, já não temos mais tempo para falar com Deus.

Eu sempre me imagino em um banco de uma praça, deitada em seu ombro, Jesus.

Ah, se o Senhor soubesse – e sim, o Senhor sabe pois conhece o meu coração – eu contaria ao Senhor tantas, mas tantas coisas! Teria de tudo: coisas que destroçaram o meu coração em minha jornada até aqui e coisas que me fizeram feliz.

Mas, com toda certeza, eu O agradeceria por estar sempre comigo, mesmo que eu não O veja e não O entenda. Quando eu digo que me imagino com o Senhor em um banco de uma praça, não leve a mal. Afinal, O Senhor sabe que o ser humano tem essa necessidade e mania de querer materializar as coisas para torná-las ainda mais reais. 

E por mais que eu não O veja, eu O sinto aqui. Basta fechar os meus olhos, e nós estamos lá, no banco daquela praça, com minha cabeça deitada em seu ombro. Às vezes sorrindo, às vezes em lágrimas, conversando sobre a minha jornada nesta terra. E quando eu imagino isso, a única certeza que eu tenho é que o Senhor é bom.

Eu compreendo que se o Senhor fizer o Senhor é Deus. Mas se o Senhor não fizer, continua sendo Deus. Afinal, para tudo há um propósito e Suas mãos sobre todos nós.

O sofrimento sem a fé faz de nós seres humanos fracos e submersos a um sofrimento que não passa. Precisamos de fé para que o nosso sofrimento se torne suportável. 

Ganhar o mundo e perder a alma

Às vezes buscamos tempo para tantas coisas, são tantas coisas para pouco tempo. E em meio a tudo que exige tempo, já não temos mais tempo para falar com Deus. Só resta tempo para fechar a porta para tudo aquilo que, na realidade, importa.

Não temos tempo para descansar, rever amigos e conversar, já não conseguimos nos sentar à mesa e alimentar o que a alma almeja.

Às vezes queremos ganhar o mundo, e sem perceber, perdemos nossa alma. Tentamos de tudo, e nos vemos sem nada. Buscamos tão, mas tão longe, quando o Senhor está tão perto. E quando eu a vivo, bem aqui no meu íntimo, o vendaval passa e a vida se torna mais colorida porque o Senhor vive em mim. Não há necessidade de buscar fora, o que já está dentro. Minha alma está alimentada. 

Conselho

Meu conselho: cuidado você pode ganhar o mundo, mas perder a sua alma. Só Jesus Cristo é capaz de dar sentido e de tornar suportável tudo aquilo que hoje na sua vida é insuportável.

Tire um tempo, assim como eu, converse com ele através de sua alma e você verá que não fechará mais portas para tudo aquilo que na realidade importa.

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Fonte: Aleteia

Catedral de Santiago de Compostela celebra Jubileu e Ano Santo

Guadium Press
O ‘Jubileu Compostelano’ é celebrado sempre que o dia 25 de julho, Festa de São Tiago Apóstolo, cai em um domingo.

Espanha – Santiago de Compostela (26/07/2021 11:57, Gaudium Press) No último domingo, 25, Festa de São Tiago Apóstolo, o Arcebispo de Santiago de Compostela, na Espanha, Dom Julián Barrio Barrio, presidiu uma Santa Missa Solene na catedral da cidade por ocasião do Ano Santo Compostelano.

O Arcebispo emérito de Madri, Cardeal Antonio María Rouco Varela, e o secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Monsenhor José Rodríguez Carballo, estavam entre os concelebrantes da Missa.

O prelado destacou que a celebração deste ano, que contou com a presença da Família Real da Espanha, tem um valor especial, uma vez que foi realizada dentro do ‘Jubileu Compostelano’, que ocorre sempre que o dia 25 de julho cai num domingo.

Guadium Press

São Tiago faz ressoar a esperança

Em sua homilia, Dom Barrio ressaltou que “São Tiago nos lembra a necessidade de nos identificarmos com a história e a pessoa de Cristo, na busca paciente da verdade para promover a cultura do cuidado comum”.

O Arcebispo espanhol afirmou ainda que “São Tiago faz ressoar a esperança, para que todos possam abraçar a novidade libertadora do cristianismo para dar respostas críveis às perguntas existenciais de cada pessoa”.

Guadium Press

A esperança cristã é inseparável do amor solidário

Ressaltando a necessidade de Cristo em uma civilização ocidental com alma empobrecida, Dom Barrio assegurou que “a esperança cristã é inseparável do amor solidário, porque o exercício da caridade é a maneira de tornar crível o amor de Deus que não abandona ninguém”.

“A missão da Igreja é levar as pessoas a Deus, mas também exortar todas as pessoas de boa vontade a tomarem consciência da raiz da qual provêm os males, para que possam remediar as injustiças e as condições deploráveis em que muitas pessoas vivem”, concluiu.

Guadium Press

Ano Santo Compostelano

Seguindo o tema “Sai de sua terra! O Apóstolo espera por você”, o Ano Santo foi iniciado no dia 31 de dezembro de 2020, com a abertura da Porta Santa da Catedral Compostelana, que abriga os restos mortais de São Tiago.

Inicialmente, o Jubileu estava previsto para ser concluído no ano de 2021, entretanto, por conta da pandemia de Covid-19, que impediu a realização normal das peregrinações, o Papa Francisco autorizou sua continuação até o ano de 2022. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Os Papas, os Jogos Olímpicos e a cultura do encontro

Jogos Olímpicos de Tóquio 2020: partida de handebol feminino
entre Suécia e Rússia, no Estádio Nacional Yoyogi
(REUTERS / Gonzalo Fuentes) 

Papa o Papa Francisco, "com o esporte é possível construir a "cultura do encontro", a realização de uma civilização onde reine a solidariedade, fundada no reconhecimento de que todos são membros de uma única família humana, independentemente das diferenças de cultura, cor da pele ou religião. E a exemplo de Francisco, todos os papas da era moderna foram unânimes ao reconhecerem que as Olimpíadas são um importante veículo de paz e de fraternidade".

Por Thales Reis*

Os Jogos Olímpicos da Antiguidade, uma série de competições entre os representantes de várias cidades-estados da Grécia antiga, foram realizados na pólis grega de Olímpia, do século VIII a.C. ao século V d.C, e compartilham um passado – e presente – em comum interessante com outra instituição tão longeva quanto as Olimpíadas e que também sobrevive até a nossa era moderna: o papado.

Em 6 de abril de 1896 começava em Atenas, na Grécia, a primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna. O renascimento do espírito olímpico, interrompido no ano de 394 pelo imperador romano Teodósio I, deveu-se, principalmente, ao pedagogo e historiador francês Pierre de Frédy, o Barão de Coubertin. E em 1908, as Olimpíadas deveriam chegar à Roma, nos "degraus" do Papa, pela primeira vez.

Mas diferente do que acontece hoje, naquela época, sediar os Jogos Olímpicos não garantia muitos benefícios financeiros para o país, e o Comité Olímpico Internacional (COI) enfrentava grande resistência de políticos e autoridades italianas para hospedar o evento. Para garantir o sucesso da competição, Coubertin foi pedir a "benção" do Papa e a intercessão do Vaticano em favor das Olimpíadas. Em 1905, o barão francês se encontrou com o Papa Pio X, de quem recebeu a aprovação da Igreja para a realização dos Jogos.

As Olimpíadas de 1908, que seriam sediadas em Roma, tiveram que mudar de endereço para Londres, na Grã-Bretanha, porque uma erupção do vulcão Vesúvio obrigou as autoridades italianas a usarem todos os seus recursos para combater os efeitos da tragédia. A ocasião, porém, marcou a aliança definitiva do catolicismo com o mundo dos desportos olímpicos. Em 1960, as Olimpíadas, enfim, desembarcaram na Cidade Eterna.

Um dia antes da abertura, os atletas das 83 delegações que foram à capital italiana se reuniram na Praça São Pedro, dentro dos muros vaticanos, para um encontro com o papa João XXIII. Aos competidores, o "Papa Bom" pediu "um exemplo de competição saudável" e ressaltou a capacidade do evento de unir os povos: “embora pertençais a diferentes nações, estão fraternalmente associados ao mesmo hobby e ao mesmo propósito dos Jogos”.

Em 1966, Paulo VI recebeu em audiência integrantes do COI, que naquele ano realizavam, em Roma, a sua 64ª assembleia geral. Aos membros do comitê, o papa destacou os valores comuns que proporcionam o diálogo entre a Igreja e o esporte e ajudam na promoção da paz. Para o Pontífice, "a prática do esporte em nível internacional, que encontra sua expressão mais perfeita nos Jogos Olímpicos, tem se mostrado um fator marcante para o progresso da fraternidade entre os homens e para a difusão do ideal de paz entre as nações".

Seis anos depois desse discurso, as Olimpíadas e o mundo do esporte seriam terrivelmente abalados pelo atentado terrorista em Munique, Alemanha, durante os jogos de 1972, deixando 17 pessoas mortas, incluindo seis treinadores e cinco atletas da delegação israelense. Diversos líderes mundiais, inclusive o papa, condenaram o massacre. Em um discurso histórico, dramático e emocionado, Paulo VI afirmou que a tragédia na sede dos Jogos Olímpicos "desonra verdadeiramente o nosso tempo".

Além do interesse pelas artes e da religiosidade intensa, o desporto também esteve no centro das paixões do jovem Karol Wojtyla. Não por acaso, o papa polonês ofereceu uma série de reflexões sobre as virtudes esportivas, sempre de valor cultural e religioso, e também não se absteve de denunciar aquilo que, na sua percepção, poderia colocá-las em risco.

Nos anos de 1980, durante o auge da Guerra Fria, a "Cortina de Ferro" dividia o mundo em dois, e essa divisão tirou o brilho e provocou boicotes às Olimpíadas de Moscou (1980) e Los Angeles (1984). Aos participantes dos jogos de 84, João Paulo II recordou que o evento deve ser uma “expressão da competição atlética amigável e da busca pela excelência humana, mas também para o futuro da comunidade humana, que por meio do esporte expressa externamente o desejo de todos por uma cooperação universal e entendimento”.

Vinte anos depois, às vésperas dos Jogos de Atenas de 2004, a primeira Olimpíada após os atentados terroristas de 11 de setembro, que marcaram o começo dos anos 2000, o papa Wojtyla, já com a saúde frágil e muito debilitado fisicamente, desejou que “no mundo, hoje atormentado e comovido por tantas formas de ódio e de violência, o importante evento esportivo dos Jogos constitua uma ocasião de sereno encontro e sirva para promover a busca da paz entre os povos”. Naqueles dias, o fantasma do terrorismo voltou a rondar a competição.

As intenções de João Paulo II foram repetidas, quatro anos mais tarde, por Bento XVI, que dirigiu-se aos participantes da edição de Pequim, em 2008, e expressou seus "sinceros bons votos" de que os Jogos ofereçam à comunidade internacional "um exemplo válido de convivência entre pessoas das mais diversas proveniências, no respeito pela dignidade de todos". Na ocasião, Joseph Ratzinger classificou indelevelmente o esporte como ferramenta de "fraternidade e de paz entre os povos".

As Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, tiveram palco três anos depois da inesperada renúncia do papa alemão. No Trono de São Pedro, pela primeira vez, o mundo tinha um latino-americano, vindo da Argentina, jesuíta e apaixonado por futebol. Aos participantes dos Jogos do Brasil, Francisco desejou que "o espírito dos Jogos Olímpicos possa inspirar a todos, participantes e espectadores, a combater o bom combate e a terminar juntos a corrida", diante de um mundo que "está sedento de paz, tolerância e reconciliação".

Na edição de 2016, pela primeira vez, uma equipe de atletas refugiados competiu pelo ouro olímpico sob a bandeira do Comitê Internacional, mostrando o alinhamento dos realizadores e responsáveis pelos Jogos com uma importante pauta do pontificado de Francisco: a defesa dos migrantes e refugiados. Naquele ano, o Pontífice celebrou a iniciativa do COI, em um momento em que cada vez mais pessoas eram forçadas a fugir de suas casas para escapar de conflitos, violação dos direitos humanos e perseguição.

Em carta à equipe olímpica de refugiados, Francisco pediu que os atletas, com "a coragem e a força" que levam, possam representar "um grito de fraternidade e de paz" ao mundo. O Santo Padre ainda manifestou seu desejo de que a humanidade, com o exemplo destes esportistas refugiados, possa "compreender que a paz é possível".

Para o Papa Bergoglio, com o esporte é possível construir a "cultura do encontro", a realização de uma civilização onde reine a solidariedade, fundada no reconhecimento de que todos são membros de uma única família humana, independentemente das diferenças de cultura, cor da pele ou religião. E a exemplo de Francisco, todos os Papas da era moderna foram unânimes ao reconhecerem que as Olimpíadas são um importante veículo de paz e de fraternidade, torcendo para que a chama dos Jogos nunca se apague.

*Thales Reis é jornalista católico com expertise na análise e cobertura de assuntos relacionados ao Vaticano, ao Papa e à Igreja Católica no mundo. Possui especialização nas Escrituras Sagradas do Cristianismo (Harvard University), em História Moderna da Igreja Católica (University of North Carolina at Chapel Hill) e MBA em Relações Internacionais (FGV-SP). 

Fonte: Vatican News

SÃO PANTALEÃO, MÉDICO, MÁRTIR

São Pantaleão | Guadium Press
27 de julho
São Pantaleão, médico e mártir

Redação (Sexta-feira, 27-07-2018, Gaudium Press) São Pantaleão era médico. Nasceu no final do século III na Nicomédia, atual Turquia. Foi morto por ódio à Fé Cristã.

No dia de hoje, 27 de julho, a Igreja comemora a festa deste mártir.

O que sabemos de São Pantaleão chegou até nossos dias através de um manuscrito, ainda do século IV, que se encontra no Museu Britânico.

São Pantaleão viveu num período onde ainda era grande a idolatria para com os deuses pagãos e quando os cristãos viviam sob intensa perseguição.

Sua mãe era cristã e transmitir-lhe rudimentos dos ensinamentos e doutrina do cristianismo.

Quando sua mãe morreu, o pai fez com que o rapaz tivesse aulas de retórica, filosofia e medicina. Ele tornou-se, então, um grande médico.

A semente plantada por sua Mãe em seu coração ainda não tinha germinado e ele deixou-se levar pela vida do mundo pagão e rechaçou a fé.

Cura que em do alto…

Sendo um médico, um bom cristão chamado Hermolau o incentivou a conhecer “a cura proveniente do mais alto” e, assim o levou à Igreja. E ele, aos poucos entregou-se ao serviço de Cristo atendendo seus pacientes em Nome do Senhor.

A sua fé em Cristo era muito forte, mas, não suficiente. Então, conta a sua história, que ele se deparou, em certa ocasião, com uma criança vitimada e morta pela picada de uma víbora.

Rezando e pedindo a Deus, mais que a vida, a ressurreição, ordenou, em nome de Jesus Cristo, que o menino ressuscitasse e a cobra morresse. E foi o que aconteceu.
Maravilhado com o milagre que Deus operou por sua intercessão, Pantaleão converteu-se totalmente ao cristianismo.

Mas, as curas milagrosas alcançadas por ele junto a Deus despertaram a inveja de outros, sobretudo outros médicos que não curavam…

Perseguição aos Cristãos

Foi nessa época que teve início a perseguição aos Cristãos, na Nicomédia, realizada pelo imperador Diocleciano.

Foi quando Pantaleão resolveu dar tudo o que tinha aos necessitados.

Alguns médicos, daqueles que não curavam, por inveja o denunciaram às autoridades. Eles acusaram ao Imperador que seria um novo Messias. 

Por causa disso, foi preso junto com Hermolau e outros cristãos e Dioclesiano ordenou que fosse morto.
Ele deveria ser amarrado numa árvore e degolado.

Pelo que chegou até nós, tudo leva a crer que o Imperador queria salvá-lo, em segredo. Por isso, aconselhou-o a renegar e renunciar a religião cristã.

Pantaleão negou-se a apostatar e, com a ajuda de Deus, para demonstrar o poder e a verdade de sua Fé, milagrosamente curou um paralítico.

Diz-se que tentaram matá-lo de seis formas diferentes: com fogo, com chumbo derretido, afogando-o, jogando-o às feras, torturando-o em uma roda e atravessando-lhe uma espada. Mas, com a ajuda do Senhor, ficou ileso.

Assim, o santo foi condenado a ser decapitado com seus companheiros.

Ele partiu para a Casa do Pai em 27 de julho, no início do século IV, aos 29 anos.

Quando foi decapitado, a árvore onde aconteceu o martírio floresceu no mesmo instante.

Relíquias

Algumas relíquias de seu sangue são conservadas em Constantinopla (Turquia), Ravello (Itália) e no Real Mosteiro da Encarnação em Madri (Espanha), que é custodiado pelas religiosas Agostinianas Recoletas.

Nesta cidade espanhola, seu sangue permanece em estado sólido quase todo o ano e ocorre o milagre da liquefação (torna-se líquido) perto da festa do santo, data na qual as religiosas abrem as portas ao público para que apreciem o fato. (JSG)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

segunda-feira, 26 de julho de 2021

A importantíssima virtude da gratidão

fizkes - Shutterstock
Por Mário Scandiuzzi

Se temos, por educação, o costume de agradecer às pessoas que nos ajudam, por que não cultivar também a gratidão a Deus?

No capítulo 17 do Evangelho de São Lucas encontramos a passagem na qual Jesus cura dez leprosos. A narração mostra que, a caminho de Jerusalém, eles  foram ao encontro de Jesus e pediram: “‘Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!’

Jesus viu-os e disse: ‘Ide, mostrai-vos ao sacerdote’. E, quando eles iam andando, ficaram curados. Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em alta voz. Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradecia. E era um samaritano. Jesus lhe disse: ‘Não ficaram curados todos os dez? Onde estão os outros nove? Não se achou senão este estrangeiro que voltasse para agradecer a Deus?’ E acrescentou: ‘Levanta-te e vai, tua fé te salvou’.” (Lucas 17, 13-19).

Quantas vezes em nossa vida nos comportamos como os outros nove leprosos. Pediram pela graça e alcançaram aquilo que desejavam. Porém, não reconheceram a ação de Deus em suas vidas. Muitas vezes somos rápidos para pedir a Deus. Dependendo da nossa necessidade e da nossa urgência, fazemos promessas, rezamos novenas, pedimos que nossos amigos façam orações por nós. Mas depois que alcançamos a graça, seguimos nossa vida como se tudo o que aconteceu não tivesse sido por obra da misericórdia de Deus.

Jesus mesmo ensinou que Deus ouve a nossa oração e deseja atender nossos pedidos. “Pedi e recebereis. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto. Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, se abrirá” (Mateus 7, 7-8).

E Deus quer mesmo que recorramos a Ele em nossas necessidades. E se formos pensar bem, tudo nos é dado por sua bondade e por seu amor, “porque é Ele quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas” (Atos 17, 25).

Se temos o costume de agradecer às pessoas que nos ajudam, por que não cultivar também a gratidão a Deus? Não que Ele precise disso, mas como bem disse são João da Cruz “amor só se paga com amor”. E agradecer nos torna mais humildes, nos santifica, nos engrandece e nos torna cada vez mais dependentes de Deus.

Peçamos a Deus as graças que vão nos tornar pessoas melhores, e nunca nos esqueçamos de agradecer.

Na primeira carta aos Tessalonicenses São Paulo nos falou sobre a importância de agradecer. “Por tudo dai graças, pois esta é a vontade de Deus a vosso respeito, em Cristo Jesus” (1Ts 5,18). E na carta aos Colossenses, ele também exortou dizendo “Perseverai na oração, vigilantes, com ação de graças (Cl 4,2).

Fonte: Aleteia

Deus de benefícios ou benefícios de Deus?

Guadium Press
Hoje, há quem siga a Nosso Senhor por amor; mas há quem o faça por mero interesse, esperando que Ele conceda uma vida confortável e materialmente estável.

Redação (25/07/2021 10:39Gaudium Press) Na liturgia de hoje nos são apresentados dois milagres, duas multiplicações de pães.

Na primeira leitura (2Rs 4,42-44) o Profeta Eliseu põe à prova a Fé de um homem que vem lhe dar pães feitos com os primeiros frutos da terra, dizendo-lhe: “‘Dá ao povo para que coma’; e no Evangelho (Jo 6,1-15), vemos a delicadeza e bondade de Nosso Senhor ao distribuir a uma grande multidão, aproximadamente cinco mil homens, o alimento necessário, multiplicando os cinco pães e dois peixes que um menino trazia consigo.

Naturalmente, somos levados a considerar o aspecto prático de tais acontecimentos: uma multidão faminta, carência de alimentos, Deus opera um milagre prodigioso e a todos sacia.

Entretanto, não é próprio de Deus realizar milagres somente pela satisfação corporal dos outros, como muitos gostam de pensar. Ele sempre tem um objetivo muito mais sobrenatural e elevado em tudo o que faz do que aquilo para o qual nosso pragmatismo quer atentar.

Avançando alguns capítulos na leitura do Evangelho de São João, lemos que “no dia seguinte, a multidão subiu aos barcos e veio para Cafarnaum, à procura de Jesus”. E o que fez o Divino Mestre? Multiplicou mais pães para saciar-lhes a fome?

“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade, vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e vos saciastes. Trabalhai, não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna.” (Cf. Jo 6, 22-27) Nosso Senhor queria, mais do que saciar a fome corporal da multidão, mostrar-lhe quem era: o Messias, o Filho de Deus que devia ser seguido e honrado.

Hoje, há quem siga a Nosso Senhor por amor; mas há quem o faça por mero interesse, esperando que Ele conceda uma vida confortável e materialmente estável. Parafraseando Santa Teresa de Ávila, existem homens que buscam os benefícios que Deus os pode proporcionar; estes amam os “benefícios de Deus”, mas não buscam amar e servir ao “Deus dos benefícios”.

São Paulo nos mostra que a solução para nos desapegarmos dessa visão pragmática e materialista é seguir o caminho que Deus traçou para cada um de nós, nunca nos desviando deste chamado: “Eu vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes” (Ef 4, 1). Qual é o chamado que Deus me faz? A santidade, o cumprimento dos Mandamentos e dos deveres de piedade de um verdadeiro católico.

Por João Paulo de Oliveira

Fonte: https://gaudiumpress.org/

CARTA ENCÍCLICA "HUMANI GENERIS" (Parte 9/10)

Papa Pio XII | Derradeiras Graças

CARTA ENCÍCLICA "HUMANI GENERIS"

DE SUA SANTIDADE

O PAPA PIO XII

 

SOBRE  OPINIÕES FALSAS QUE
 AMEAÇAM A DOUTRINA CATÓLICA

 

A nossos veneráveis irmãos
os Patriarcas, Primazes, Arcebispos e Bispos
 e demais Ordinários locais em paz e comunhão com a Sé Apostólica.


6. Erros relativos a certas ciências positivas

 

 

35. Resta-nos agora dizer algo acerca de algumas questões que, embora pertençam às disciplinas a que é costume chamar positivas, entretanto, se entrelaçam mais ou menos com as verdades da fé cristã. Não poucos rogam insistentemente que a religião católica tenha em máxima conta a tais ciências; o que é certamente digno de louvor quando se trata de fatos na realidade demonstrados, mas que hão de admitir-se com cautela quando se trata de hipóteses, ainda que de algum modo apoiadas na ciência humana, que tocam a doutrina contida na sagrada Escritura ou na tradição. Se tais conjecturas opináveis se opõem direta ou indiretamente à doutrina que Deus revelou, então esses postulados não se podem admitir de modo algum.

 

36. Por isso o magistério da Igreja não proíbe que nas investigações e disputas entre homens doutos de ambos os campos se trate da doutrina do evolucionismo, que busca a origem do corpo humano em matéria viva preexistente (pois a fé nos obriga a reter que as almas são diretamente criadas por Deus), segundo o estágio atual das ciências humanas e da sagrada teologia, de modo que as razões de uma e outra opinião, isto é, dos que defendem ou impugnam tal doutrina, sejam ponderadas e julgadas com a devida gravidade, moderação e comedimento, contanto que todos estejam dispostos a obedecer ao ditame da Igreja, a quem Cristo conferiu o encargo de interpretar autenticamente as Sagradas Escrituras e de defender os dogmas da fé. (10) Porém, certas pessoas, ultrapassam com temerária audácia essa liberdade de discussão, agindo como se a própria origem do corpo humano a partir de matéria viva preexistente fosse já certa e absolutamente demonstrada pelos indícios até agora achados e pelos raciocínios neles baseados, e como se nada houvesse nas fontes da revelação que exigisse a máxima moderação e cautela nessa matéria.

 

37. Mas, tratando-se de outra hipótese, isto é, a do poligenismo, os filhos da Igreja não gozam da mesma liberdade, pois os fiéis cristãos não podem abraçar a teoria de que depois de Adão tenha havido na terra verdadeiros homens não procedentes do mesmo protoparente por geração natural, ou, ainda, que Adão signifique o conjunto dos primeiros pais; já que não se vê claro de que modo tal afirmação pode harmonizar-se com o que as fontes da verdade revelada e os documentos do magistério da Igreja ensinam acerca do pecado original, que procede do pecado verdadeiramente cometido por um só Adão e que, transmitindo-se a todos os homens pela geração, é próprio de cada um deles.(11)

 

38. Da mesma forma que nas ciências biológicas e antropológicas, há alguns que também nas históricas ultrapassam audazmente os limites e cautelas estabelecidos pela Igreja. De modo particular, é deplorável a maneira extraordinariamente livre de interpretar os livros históricos do Antigo Testamento. Os fautores dessa tendência, para defender a sua causa, invocam indevidamente a carta que há não muito tempo a Comissão Pontifícia para os estudos bíblicos enviou ao arcebispo de Paris.(12) Essa carta adverte claramente que os onze primeiros capítulos do Gênesis, embora não concordem propriamente com o método histórico usado pelos exímios historiadores greco-latinos e modernos, não obstante, pertencem ao gênero histórico em sentido verdadeiro, que os exegetas hão de investigar e precisar; e que os mesmos capítulos, com estilo singelo e figurado, acomodado à mente do povo pouco culto, contêm as verdades principais e fundamentais em que se apóia a nossa própria salvação, bem como uma descrição popular da origem do gênero humano e do povo escolhido. Mas, se os antigos hagiógrafos tomaram alguma coisa das tradições populares (o que se pode certamente conceder), nunca se deve esquecer que eles assim agiram ajudados pelo sopro da divina inspiração, a qual os tornava imunes de todo erro ao escolher e julgar aqueles documentos.

 

39. Todavia, o que se inseriu na Sagrada Escritura tirado das narrações populares, de modo algum deve comparar-se com as mitologias e outras narrações de tal gênero, as quais procedem mais de uma ilimitada imaginação do que daquele amor à simplicidade e à verdade que tanto resplandece nos livros do Antigo Testamento, a tal ponto que os nossos hagiógrafos devem ser tidos neste particular como claramente superiores aos antigos escritores profanos.


PIO PP. XII


Notas

10. Cf. Aloc. Pont. aos membros da Academia das Ciências, 30 nov 1941; AAS, 33(1941), p. 506.

11. Cf. Rm 5,12-19; Conc. Trid., sess. V, cân. l - 4.

12. Dia 16 de janeiro de 1948, AAS 40(1948), pp. 45-48.


Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/

Papa Francisco pede que Olimpíadas de Tóquio sejam sinal de esperança

Papa Francisco no Vaticano / Símbolos das Olimpíadas -
Crédito: Daniel Ibáñez - ACI Prensa / Unsplash

Vaticano, 26 jul. 21 / 09:15 am (ACI).- O papa Francisco rezou pelos organizadores e atletas da Olimpíada de Tóquio ao final da oração do Ângelus ontem, 25 de julho, pedindo “que estes jogos sejam um sinal de esperança, um sinal de fraternidade universal sob a bandeira da sã competição”.

Francisco rogou a Deus que “abençoe os organizadores, os atletas e todos os que colaboram nesta grande festa do esporte” que começou oficialmente na sexta-feira 23 de julho.

Durante o seu pontificado, o papa Francisco enfatizou mais de uma vez a importância do esporte. Em fevereiro de 2021, afirmou que o esporte “é um caminho de vida, de maturidade e de santidade”. “Você pode ter sucesso, mas nunca se pode avançar sozinho. Sempre em equipe, sempre em equipe, isso é importante”, disse o papa, ao receber uma equipe italiana de futebol.

Naquela ocasião, Francisco instou a “não perder o amador, ou seja, o esporte amador, o esporte que nasce precisamente da vocação de fazê-lo”, porque “os outros interesses são secundários, o importante é que sempre continue sendo o amador”.

ACI Digital

Sant’Ana e São Joaquim

Sant'Ana e São Joaquim | Franciscanos

26 de julho

Sant'Ana e São Joaquim (pais de Nossa Senhora)

Ana e seu marido Joaquim já estavam com idade avançada e ainda não tinham filhos. O que, para os judeus de sua época, era quase um desgosto e uma vergonha também. Os motivos são óbvios, pois os judeus esperavam a chegada do messias, como previam as sagradas profecias.

Assim, toda esposa judia esperava que dela nascesse o Salvador e, para tanto, ela tinha de dispor das condições para servir de veículo aos desígnios de Deus, se assim ele o desejasse. Por isso a esterilidade causava sofrimento e vergonha e é nessa situação constrangedora que vamos encontrar o casal.

Mas Ana e Joaquim não desistiram. Rezaram por muito e muito tempo até que, quando já estavam quase perdendo a esperança, Ana engravidou. Não se sabe muito sobre a vida deles, pois passaram a ser citados a partir do século II, mas pelos escritos apócrifos, que não são citados na Bíblia, porque se entende que não foram inspirados por Deus. E eles apenas revelam o nome dos pais da Virgem Maria, que seria a Mãe do Messias.

No Evangelho, Jesus disse: “Dos frutos conhecereis a planta”. Assim, não foram precisos outros elementos para descrever-lhes a santidade, senão pelo exemplo de santidade da filha Maria. Afinal, Deus não escolheria filhos sem princípios ou dignidade para fazer deles o instrumento de sua ação.

Maria, ao nascer no dia 8 de setembro de um ano desconhecido, não só tirou dos ombros dos pais o peso de uma vida estéril, mas ainda recompensou-os pela fé, ao ser escolhida para, no futuro, ser a Mãe do Filho de Deus.

A princípio, apenas Sant’Ana era comemorada e, mesmo assim, em dias diferentes no Ocidente e no Oriente. Em 25 de julho pelos gregos e no dia seguinte pelos latinos. A partir de 1584, também são Joaquim passou a ser cultuado, no dia 20 de março. Só em 1913 a Igreja determinou que os avós de Jesus Cristo deviam ser celebrados juntos, no dia 26 de julho.

Fonte: https://franciscanos.org.br/

domingo, 25 de julho de 2021

Das Homilias sobre a Segunda Carta aos Coríntios, de São João Crisóstomo, bispo

S. João Crisóstomo | Pantokrator

(Hom. 14,1-2:PG6l,497-499)            (Séc.IV)

 

Transborda minha alegria em toda tribulação

Paulo de novo fala sobre a caridade, refreando a dureza da advertência. Depois de tê-los censurado e repreendido porque, amados, não haviam correspondido ao seu amor, mas haviam-se separado de seu afeto para se ligar a homens perniciosos, de novo suaviza a acerba repreensão, dizendo: Acolhei-nos em vossos corações, como quem diz: “Amai-nos”. Não é pesada a graça que pede, e é de maior vantagem para quem dá do que para quem recebe. Não disse “Amai”, mas algo que transpira compaixão: Acolhei-nos em vossos corações.

Quem foi que nos arrancou de vossos corações? Quem nos expulsou? Qual a causa de tanta estreiteza em vós? Acima dissera: Tendes vossos corações apertados; aqui declara abertamente o mesmo: Acolhei-nos em vossos corações. Assim, com isso os atrai de novo a si. Não é de somenos importância, quando se solicita o amor, que o amado entenda ser sua afeição de grande valia para quem ama.

Já o disse: Estais em nossos corações para a vida e para a morte. A força máxima do amor está em que, mesmo desprezado, quer morrer e viver juntamente com eles. Ora, não de qualquer modo estais em nossos corações, mas como declarei. Pode acontecer que alguém ame, mas fuja dos perigos. Conosco não é assim.

Estou repleto de consolação. Que consolação? Aquela que me vem de vós. Convertidos a melhores sentimentos, por vossas obras me consolais. É próprio de quem ama queixar-se de não ser amado e, ao mesmo tempo, temer que, excedendo-se na acusação, venha a magoar. Por isto acrescenta: Estou repleto de consolação, transborda minha alegria. Como se dissesse: “Senti grande tristeza por vós; contudo me enchestes de satisfação e me consolastes; não só tirastes a causa da tristeza, mas me cobristes com muito maior alegria”.

Em seguida manifesta sua grandeza não apenas ao dizer: Minha alegria transborda; como também no que segue: Em toda tribulação nossa. Foi tão grande o prazer que me causastes que não poderia ser obscurecido pela grande aflição. Tão imenso que reduziu a nada todos os sofrimentos que nos acometeram e não nos permitiu fôssemos abatidos pelo desgosto.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF