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quinta-feira, 29 de julho de 2021

Santa Marta de Betânia

Creative Commons
29 de julho

Santa Marta de Betânia

A grande lição da irmã de Maria e Lázaro: equilibrar vida ativa e vida contemplativa em vez de "preocupar-se e inquietar-se com tantas coisas"...

AIgreja celebra em 29 de julho a festa litúrgica de Santa Marta de Betânia, irmã de Maria e de Lázaro, grandes amigos de Jesus. Lázaro, aliás, é o homem a quem Jesus ressuscitou quatro dias após ele ter morrido.

Foi a Santa Marta que o próprio Cristo disse:

Marta, Marta, tu te inquietas e te preocupas com tantas coisas, quando só uma basta. Tua irmã Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada“.

Ele se referia ao comportamento agitado de Marta, que estava preocupada em receber e servir muito bem a Jesus, enquanto sua irmã aproveitava a visita para estar serenamente ao lado do Mestre.

Na espiritualidade da Igreja, este episódio costuma ilustrar a necessidade de equilibrar com harmonia a vida ativa e a vida contemplativa, priorizando a quietude de espírito e a consciência da presença de Deus em meio às agitações do cotidiano.

Marta, sempre fiel a Jesus, foi uma das mulheres que acompanharam de perto a Sua Paixão, Morte e Ressurreição, com grande firmeza e coragem. O nome desta irmã de Lázaro e Maria vem do aramaico e significa “mestra” ou “senhora”.

A lição de serenidade que Jesus nos deu através de Santa Marta é um convite a não nos inquietarmos nem nos preocuparmos com tantas coisas, quando só uma basta: estar perto de Deus.

Santa Marta é considerada padroeira do lar, das cozinheiras, das donas de casa, das faxineiras, das casas de hóspedes, dos hoteleiros, das lavadeiras e das irmãs de caridade. Costuma-se também invocar a sua intercessão em casos urgentes e difíceis, pois foram as suas súplicas que levaram Jesus a trazer seu irmão Lázaro de volta a esta vida. Santa Marta é invocada, ainda, para ajudar os fiéis a realizarem com diligência os seus compromissos cristãos.

Oração a Santa Marta pela família

Ó Santa Marta, bem-aventurada,que tantas vezes tiveste a honrae a alegria de hospedar Jesusem tua própria família,de doar teu serviço a Elee que, juntamente com teussantos irmãos Lázaro e Maria,desfrutaste da divinaconversa e doutrina de Jesus,roga por mim e pela minha família,para que nela se conserve a paze o amor mútuo;para que todos os seus membrossigam a vontade de Deus.Que o Senhor livre minha famíliade toda desgraça espiritual e temporal.Ajuda-me no cuidado dos meus filhos,no amor ao meu cônjuge,e alcança de Deus a graçade ver todos unidossob o olhar paternal de Deus,aqui nesta terra,para depois voltar a vê-losreunidos na morada eterna.Amém.

Fonte: Aleteia 

quarta-feira, 28 de julho de 2021

A vós conectados

Editora Cidade Nova

A vós conectados

ENTRE GERAÇÕES Jovens criam rede de voluntariado por todo o Brasil para inclusão digital de idosos e idosas durante período de isolamento social.

por Cibele Lana   em 14/07/2021

QUANDO a pandemia teve início, padre Antônio Capelesso, de 73 anos, se viu diante de novos desafios tecnológicos para continuar sua rotina religiosa. Primeiro, surgiu a necessidade de transmitir as missas pelo Facebook e depois pelo Youtube, o que incluía dominar o uso do programa de transmissão e ainda montar o roteiro da celebração com o texto salvo em formato imagem. Com o passar do tempo, veio também a demanda de saber editar vídeos para depois enviá-los ao canal on-line, além de dar aquela melhorada na aparência do seu perfil na rede social. “Um recente aprendizado foi a descoberta de fones de ouvido sem fio. Realizamos várias lives com outros sacerdotes do Brasil, especialmente no domingo à noite, e este pequeno aparelho trouxe mais comodidade e facilidade na comunicação”, conta. 

Aprender tudo isso só foi possível graças a um projeto intitulado “A vós Conectados” lançado pelos Jovens por um Mundo Unido, juventude ligada ao Movimento dos Focolares, que capitaneou voluntários para auxiliar pessoas da terceira idade com suas dúvidas tecnológicas, dentre elas como realizar uma vídeo chamada, criar um perfil em redes sociais, fazer exercícios físicos com aplicativos virtuais ou até mesmo realizar o cadastro para o auxílio emergencial. 

“No início da pandemia, houve um processo repentino e forçado de digitalização que excluía muitas pessoas sem familiaridade com os meios digitais. Vimos que podíamos ajudar de alguma forma, passando nosso conhecimento”, destaca Lucas Bandeira, de 30 anos, um dos jovens idealizadores. 

Desde o ano passado, o projeto já envolveu mais de 30 voluntários e quase 80 pessoas receberam treinamentos virtuais pessoais, por meio de agendamento, incluindo o padre Capelesso. “O contato com os jovens sempre traz muito enriquecimento pessoal”, completa. 

Dentre os voluntários, está a jovem Raquel Valente, do Espírito Santo, que decidiu se voluntariar ao perceber o quanto as chamadas de vídeo faziam bem aos pais e aos avós durante o período de isolamento. “Naquele momento das chamadas, eles podiam esquecer um pouco de toda a situação da pandemia”. 

No contato com os idosos e idosas, Valente descobriu que o que parecia tão intuitivo para ela não parecia para uma geração diferente, como o ícone do disquete significar a opção de salvar um documento ou mesmo um “X” significar que sempre é possível fechar. “Aprendi a ter mais paciência, a ser didática e ensinar algo que era óbvio para mim, mas sobre o que a outra pessoa não tinha parado para pensar ainda”, destaca a jovem. 

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Raquel Valente pôde compartilhar seus conhecimentos com a curitibana Beatriz Perez, de 67 anos. Acostumada a participar de reuniões presenciais, de uma hora para outra, sem computador e apenas com o celular, Perez se viu diante de muitas dificuldades para instalar e abrir aplicativos de reuniões virtuais, para utilizar todos os recursos do WhatsApp e, com a enxurrada de mensagens, para “limpar” a memória do celular, que estava sempre cheia.

“Sozinhos não conseguimos e nossos familiares não têm muito tempo. Temos que aceitar que somos mais devagar e que os jovens estão mais preparados. Me senti muito bem com eles e muito bem atendida. Se não fosse por essa ajuda, não estaria acompanhando as reuniões”. E completa: “Vocês não podem parar porque a terceira idade precisa muito dos jovens”.

RELAÇÃO HORIZONTAL

Marina Cavalcante, de Fortaleza, não tem dúvidas de que a recíproca é verdadeira. Entusiasta da tecnologia como uma ferramenta de aproximação entre as pessoas, Cavalcante faz questão de destacar o quão incrível foi poder ajudar uma pessoa de outro estado somente pelo celular. “Gosto de novas tecnologias por facilitar a vida e aproximar as pessoas.” A jovem encontrou no projeto uma forma de “sair um pouco da zona de conforto”, como ela mesma comentou. “A experiência foi fantástica e muito divertida. Pude ensinar as pessoas coisas que provavelmente elas não teriam como aprender e tive um espaço para usar minha criatividade para ensinar sobre InstagramSpotify e, no fim, eu também acabei aprendendo outras coisas”, diz.

Tempos depois, espontaneamente, Cavalcante lembrou de enviar para uma das participantes do projeto outro vídeo sobre o Instagram. “A partir de então, de vez em quando, ela também me manda mensagens. Foi uma troca, e agora ela sabe que não foi uma coisa pontual, que sempre que ela tiver uma dúvida, ela pode me enviar”, conta.

Dos relatos se extrai o que de fato foi a essência da origem do projeto: um frutuoso relacionamento entre gerações, baseado em diálogo, paciência e compreensão mútua. “O aprendizado principal é que, mais do que passar um passo a passo ou um tutorial, é necessário estabelecer uma relação e uma comunicação horizontal. É a partir disso que conseguimos quebrar a barreira entre as gerações e nos vermos como iguais”, destaca Bandeira. 

Recentemente, o projeto lançou mais uma rodada de inscrições para entender se ainda havia demanda, e cerca de 50 pessoas se inscreveram. Os jovens analisam a possibilidade de tornar iniciativa perene, com um site, tutoriais prontos e um formulário permanente para os interessados. 

Para mais informações, acesse este link ou escreva para jpmuavosconectados@gmail.com

Fonte: https://www.cidadenova.org.br/

AS MEMÓRIAS DO TEMPO

Crédito: InfluenSer

Dom Lindomar Rocha Mota
Bispo de São Luís de Montes Belos (GO)

AS MEMÓRIAS DO TEMPO

Há quase dois mil anos Jesus estava com uma grande multidão diante de si. O Evangelho nos informa que, contando apenas dos homens, havia mais de cinco mil presentes. Na esperança daquela multidão um erro de cálculo, pois haviam seguido Jesus até ali por causa dos doentes que ele tinha curado.

Não é de se espantar  que tanta gente se acercasse lá, fama dos milagres se espalharam, e, naquele tempo, como hoje, as pessoas vão longe para testemunhar o sobrenatural.

Entretanto, outra necessidade se interpôs entre Jesus e aquela gente: era noite e eles não tinham o que comer.

Jesus, que nos conhece por dentro, percebe as dificuldades e o empecilho para a vida que tanto nos impede de seguir em frente. E, naquele dia, Jesus tinha uma questão específica: Onde vamos comprar pão para que eles possam comer? (Jo 6,5)

As necessidades e as urgências mudam no calendário de ação de Jesus. Nada é grande ou pequeno demais para que não seja considerado com seriedade. A fome de pão mata tanto quanto as doenças congêneres, a miséria da comida é a mãe de todas as misérias porque afeta profundamente o existencial de quem não pode prover a si mesmo e aos seus entes queridos.

Jesus pergunta aos discípulos como resolver tal dificuldade. Como todo coração humano o primeiro repente é buscar na força do dinheiro: ‘Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um‘, lembra Filipe  (Jo 6,7). A solução continua nos versículos seguintes, nos moldes próprio do agir do Mestre e Senhor a quem tanto conhecemos e amamos. Desejo, pois, concentrar-me em uma leitura alongada deste Evangelho para puxar os fatos ao tempo presente.

Jesus não foi e não é solucionador de problemas ideais ou fictícios. Não se agarra a tradições superadas, e corrige os fariseus que a elas se apegavam. Ele chama ao tempo atual. Perdoa os pecados quando pecados precisam ser perdoados; multiplica o pão quando o pão deve ser multiplicado e vence a morte quando ela precisa ser vencida. Portanto, o trabalho da Igreja, continuadora da missão de seu fundador e mestre é com o tempo presente, e, no tempo presente, perdemos, até agora, 550 mil irmãos, e outros tantos estão relegados à miséria e a fome por falta de planejamento e de capacidade de solucionar problemas dos governantes.

No tempo presente temos que apontar saídas para o longo retardo que sempre testemunhamos no País frente ao seu futuro, sempre envolvido em cruzadas de causas perdidas, sem a mentalidade de construir um legado que possa sobreviver na memória do tempo, assim como fez Jesus.

Fonte: CNBB

5 curiosidades sobre o catolicismo que talvez você não saiba

Antoine Taveneaux-(CC BY-SA 3.0)
Por Daniel R. Esparza

De bênçãos específicas para queijos a perfumes criados por acidente em mosteiros: a tradição católica tem sido berço de invenções que você nem imagina.

Existem curiosidades sobre o catolicismo que nem todos sabem. Por exemplo, na maioria das vezes, a Igreja Católica é chamada de Igreja Católica Apostólica Romana. Existem várias razões históricas diferentes para isso. No entanto, a denominação é de alguma forma enganosa – a Igreja Católica está longe de ser exclusivamente romana. É composta por 24 igrejas particulares, sendo a igreja latina romana, a maior de todas.

A palavra “católico” significa literalmente universal no grego original – katholikos. O termo foi usado pela primeira vez em uma carta enviada por Santo Inácio de Antioquia por volta do ano 110, e então repetidamente incluída por outros primeiros padres em vários textos, cartas, sermões e palestras catequéticas diferentes, como as de São Cirilo de Jerusalém. 

Foi finalmente usado formalmente e com autoridade para se referir ao Cristianismo como a religião oficial do Império Romano, tanto oriental quanto ocidental, com o edito De Fide Catholica de Teodósio , publicado no ano 380.

Fonte: Aleteia

Diocese no Vietnã tem trinta e quatro novos sacerdotes ordenados

Guadium Press
“É um dia de grande alegria, um dia de grande bênção na Diocese de Vinh”, comentou Dom Alphonso Nguyen Huu Long, Bispo local que presidiu a cerimônia de ordenação sacerdotal.

Vietnã – Vinh (27/07/2021 12:20, Gaudium Press) O Bispo de Vinh, Dom Alphonso Nguyen Huu Long, presidiu no último domingo, 25, a cerimônia de ordenação de 34 novos sacerdotes que serão enviados como missionários onde o Senhor lhes chamar para anunciar e testemunhar o Evangelho. “É um dia de grande alegria, um dia de grande bênção na Diocese de Vinh”, comemorou.

A cerimônia estava programada para contar com a presença de todos os sacerdotes da Diocese, juntamente com os religiosos, os seminaristas e os fiéis. Entretanto, respeitando os protocolos de prevenção contra o coronavírus, a celebração ocorreu diante de um pequeno grupo.

Guadium Press

A missão de todo sacerdote é levar os homens a Deus

Em sua homilia, o Bispo recordou que este momento de felicidade, vivido na Diocese vietnamita, ocorre em um momento de grande sofrimento em muitas partes do mundo, por conta da pandemia de Covid-19 no Vietnã.

Segundo Dom Alphonso Nguyen Huu Long, os novos sacerdotes serão como o ‘Bom Samaritano’, levando cuidados e misericórdia aos corações feridos, sendo ainda missionários em lugares remotos, inclusive em outras Dioceses, onde o Senhor os chamar.

“A evangelização é a tarefa de todo batizado; a missão de todo sacerdote é levar os homens a Deus para receber o dom da salvação e a vida eterna. Os sacerdotes são chamados a mostrar sua disponibilidade e alegria quando forem enviados para o serviço pastoral ou para uma missão em regiões remotas, pobres ou de difícil acesso”, explicou.

Não é fácil encontrar jovens dispostos a dar sua vida para servir as pessoas

Em seguida, afirmou que “as pessoas que se encontram em lugares de conflito, ou onde há catástrofes naturais ou um alto risco de contágio de pandemias, necessitam realmente a presença dos sacerdotes para ter consolo material e espiritual, ajuda para superar a dor, para receber esperança”.

Segundo o Bispo de Vinh, “os sacerdotes são apóstolos e escolheram por Jesus para trabalhar em sua vinha. Hoje em dia, em nosso mundo, não é fácil encontrar jovens dispostos a dar sua vida para servir as pessoas em lugares difíceis e perigosos. Mas o Senhor segue chamando jovens dispostos a levar a semente da Fé e o amor de Deus aos irmãos em dificuldade”.

Guadium Press

Sacerdotes serão ‘doados’ para Dioceses necessitadas

O prelado explicou ainda que ‘doará’ alguns sacerdotes para outras Dioceses necessitadas, enviando-os em missão para que todos os fiéis tenham um bom acesso à Boa Nova do Evangelho. “No contexto da escassez de sacerdotes, e enquanto a população sofre a pandemia e outras coisas, após um discernimento em oração, decidi compartilhar a metade destes novos sacerdotes em territórios isolados, em outras Diocese que carecem de sacerdotes”, prometeu.

Falando sobre as vocações sacerdotais na Diocese de Vinh, Dom Alphonso Nguyen Huu Long disse que a comunidade diocesana foi abençoada por Deus “porque nos foram dados muitos sacerdotes e estamos contentes em compartilhar este precioso dom com lugares onde as pessoas têm grande necessidade de um sacerdote”.

Por fim, o Bispo de Vinh se dirigiu aos recém-ordenados exortando para que “dediquem sua vida ao serviço e à glória de Deus durante o resto de sua vida, sem preocupar-se pelo lugar em que viverão, mas pensando apenas em levar almas para Deus”. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Guatemala adota política de proteção à vida e à família

Alejandro Giammattei apresenta nova política pública pró-vida
e pró-família em 25 de julho. Crédito: Governo da Guatemala

GUATEMALA, 27 jul. 21 / 03:56 pm (ACI).- O presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, apresentou no dia 25 de julho a “Política Pública de Proteção à Vida e à Institucionalidade da Família 2021-2032”, que busca “a proteção à vida desde sua concepção até sua morte natural” e fortalecer a família.

“Esta política pública nos permitirá unir esforços para poder começar a dar resultados, que possam ser efetivados no fortalecimento da família, na prevenção da gravidez precoce e em muitas outras coisas”, disse Giammattei. “Melhoraremos os programas sociais, de saúde, de educação, do adulto idoso e os demais programas”, disse, para “proteger o guatemalteco, como Deus manda”.

Em comunicado publicado no dia 26 de julho, a associação La Familia Importa (AFI) afirmou que “esta política é reflexo do compromisso assumido pelo senhor presidente e vice-presidente (Guillermo Castillo Reyes) em 2019, quando, ainda candidatos, assinaram a Declaración Vida y Familia da AFI, para trabalhar em prol da proteção desses direitos e valores, bem como para impulsionar iniciativas governamentais que os promovam”.

A AFI parabenizou o presidente “por honrar seu compromisso e efetivar a criação e a publicação desta política pública que visa proteger os direitos humanos fundamentais dos guatemaltecos”, disse.

A plataforma pró-vida e pró-família guatemalteca enfatizou que “este passo importante dado pela Guatemala constitui um avanço fundamental na defesa da vida e da família, tal como estabelece nossa Constituição Política, legislação e tratados internacionais assinados e ratificados por nosso país”.

“Esta medida também é uma conquista a nível regional, pois cria um precedente para ser replicado e tomado como exemplo por outros países defensores destes valores”, acrescentou.

A AFI pediu ainda que “todos os agentes da sociedade civil e instituições do Estado” cumpram a nova política pública, “para lograr uma Guatemala verdadeiramente pró-vida e pró-família”.

“Como associação, reiteramos o nosso compromisso com a proteção, defesa e promoção da vida, da família e da liberdade” e “permaneceremos vigilantes no cumprimento desta política para construir juntos um país respeitoso da vida humana desde a concepção, o Estado de Direito e a dignidade da pessoa”, concluiu.

Fonte: ACI Digital

Card. Turkson: para o futuro, buscar soluções nos sistemas alimentares indígenas

Agricultura sustentável | Vatican News

O Cardeal Peter Turkson, Prefeito do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral, em seu discurso na Pré-Cúpula da ONU sobre Sistemas Alimentares que está sendo realizada em Roma, disse que para aumentar a produção de alimentos, é preciso valorizar os pequenos produtores indígenas e tradicionais, "que mantêm uma relação saudável com a terra que cultivam".

Alessandro Di Bussolo – Vatican News

Para aumentar a produção mundial de alimentos em mais de 50%, e assim suprir as mais de 9 bilhões de pessoas que deverão povoar o planeta até 2050, "é necessário promover os sistemas alimentares indígenas". Isto requer o estabelecimento de "um diálogo permanente de conhecimento com os povos indígenas/tradicionais de todo o mundo que permitirá a elaboração de políticas públicas globais que valorizem os pequenos produtores indígenas e tradicionais como protagonistas de uma ação global para combater a pobreza alimentar". Este é o centro do discurso proferido pelo Cardeal Peter Kodwo Turkson, Prefeito do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral, na Pré-Cúpula da ONU sobre Sistemas Alimentares que está sendo realizada em Roma, na sessão de discursos sobre "Sistemas Alimentares Indígenas e Dieta Natural". Em seu discurso o cardeal explicou que o uso destes sistemas alimentares, definidos como "agroecossistemas", será especialmente útil "em países com sistemas agrícolas sensíveis às mudanças climáticas (por exemplo, a variabilidade das chuvas, a temperatura, a seca, as enchentes)".

As sete regiões socioculturais identificadas pela FAO

Por esta razão, lembrou o Cardeal Turkson, a FAO, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, "identificou sete regiões socioculturais para representar os povos indígenas do mundo: África; Ásia; América Central, América do Sul e Caribe; Ártico; Europa Central e Oriental, Federação Russa, Ásia Central e Transcaucásia; América do Norte e Pacífico". Um próximo passo, para o Prefeito do Dicastério do Vaticano, "seria identificar e aplicar as instituições informais que permitiram a persistência dos sistemas alimentares ao longo do tempo" e "organizar os sistemas alimentares dessas regiões à medida que se desenvolvem ao longo do tempo".

As instituições indígenas suprimidas devem ser restabelecidas

Como grande parte das terras do mundo "são espaços indígenas", concluiu Turkson, "a restauração de sistemas eficazes de gestão de recursos bioculturais em todo o mundo deve incluir a manutenção, e em alguns casos o restabelecimento, de instituições indígenas em múltiplos níveis. Em suas observações, o Cardeal ganense lembrou que "muitas pesquisas e estudos sobre a produção de alimentos indígenas destacaram seu potencial mesmo no caso de mudanças no uso do solo e do clima", e o grande valor de sua restauração no futuro. Os povos indígenas souberam proteger o conhecimento que permitiu a perpetuação de seus sistemas agroalimentares ao longo do tempo", disse o cardeal, "e este conhecimento pode ser usado nos territórios com pobreza alimentar.

A agricultura comercial é prejudicial às espécies alimentares indígenas

Citando estudos sobre a produção de alimentos indígenas no Havaí e na Austrália, Turkson enfatizou que o uso de técnicas tradicionais provou ser crucial para a viabilidade e a resiliência das culturas indígenas e das espécies alimentares, enquanto a introdução de espécies estrangeiras, acompanhadas de fertilizantes, pesticidas, herbicidas, "compromete seriamente esta vitalidade, e a agricultura tradicional indígena na África demonstra isto". Criar novos habitats, como faz a agricultura comercial, para as espécies indígenas pode ser prejudicial para elas, "como a necessidade de usar fertilizantes químicos (efetivo somente quando o solo está morto), pesticidas (efetivo somente para proteger plantas insalubres) e máquinas agrícolas (útil somente quando uma grande área tem que ser cultivada)". Esses métodos", segundo o cardeal Turkson, "são ineficazes ou mesmo prejudiciais em solos férteis, culturas saudáveis e sementes pequenas e locais". No entanto, interesses econômicos impulsionam algumas dessas práticas ecossidas"!  

Fonte: Vatican News

São Nazário e São Celso

SS. Nazário e Celso | AICA

São Nazário e São Celso

Nazário é o mesmo que Nazareno, que significa “consagrado”, “puro”, “discreto”, “florido” ou “guardião”. Celso, “excelso”, elevou-se acima de si mesmo, pois pela força de sua vontade superou sua pouca idade.

Nazário nasceu em Roma, ainda no primeiro século da era cristã. O pai era um pagão e chamava-se Africano. A mãe, de nome Perpétua, era uma católica fervorosa. Enquanto ele desejava tornar o filho um sacerdote a serviço de um dos muitos deuses pagãos, ela o queria temente a Deus, no seguimento de Cristo, por isso o educou dentro da religião católica. Assim, com apenas nove anos de idade, o menino pediu para ser batizado, definindo a questão e sendo atendido pelo pai, que algum tempo depois também se converteu.

Nazário foi batizado pelas mãos do próprio papa são Lino, o primeiro sucessor de são Pedro, que fez dele um dos seus auxiliares diretos. Ingressou no exército romano e com ele percorreu toda a Itália, onde também pregava o Evangelho. Mas, ao ser descoberto, foi levado à presença do imperador, que o mandou prender. Conseguindo fugir, abandonou Roma e tornou-se um pregador itinerante, até que, durante um sonho, Deus lhe disse para sair da Itália.

Assim, foi para a Gália, hoje França, sempre pregando a palavra de Cristo. Em Cimiez, próximo de Nice, depois de converter uma nobre e rica senhora e seu filho, um adolescente de nome Celso, ela confiou o jovem a Nazário, que o fez seu discípulo inseparável. Juntos, percorreram os caminhos da Gália, deixando para trás cidades inteiras convertidas, pois, durante as suas pregações, aconteciam muitos milagres na frente de todos os presentes.

Depois, foram para Treves, atualmente Trier, na Alemanha, onde fundaram uma comunidade cristã que se tornou tão famosa que os dois acabaram sendo denunciados e presos. Condenados à morte, foram jogados na confluência dos rios Sarre e Mosel. E novo milagre ocorreu: em vez de afundar, os dois flutuaram e andaram sobre as águas. Assustados, os pagãos não tentaram mais matá-los, apenas os expulsaram do país.

Nazário e Celso foram, então, para Milão, onde mais uma vez viram-se vítimas da perseguição pagã, imposta pelo imperador Nero. Presos e condenados, desta vez foram decapitados em praça pública.

Passados mais de dois séculos, em 396, os corpos dos dois mártires foram encontrados pelo próprio bispo de Milão, Ambrósio, também venerado pela Igreja. Durante suas orações, teve uma visão, que lhe indicou o local da sepultura de Nazário. Mas, para surpresa geral, a cabeça do mártir estava intacta, com os cabelos e a barba preservados, e ainda dela escorria sangue, como se fora decapitado naquele instante. A revelação foi mais impressionante porque, durante as escavações, também encontraram o túmulo do jovem discípulo Celso, martirizado junto com ele.

Também foi por inspiração de santo Ambrósio que esta tradição chegou até nós, pois ele a contou a são Paolino de Nola, seu discípulo e biógrafo. As relíquias de são Nazário e são Celso foram distribuídas às igrejas de várias cidades da Itália, França, Espanha, Alemanha, África e Constantinopla. Dessa maneira, a festa dos dois santos difundiu-se por todo o mundo católico, sendo celebrados no dia em que santo Ambrósio teve a revelação: 28 de julho.

Fonte: https://franciscanos.org.br/

terça-feira, 27 de julho de 2021

Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Fercal/DF, acolhe padre Danny

Dom Paulo Cezar e Pe. Dnny | Pascom PNSA Fercal

Na noite de domingo, 25, a comunidade da paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Fercal/DF, acolheu seu novo administrador paroquial, Pe. Danny Miguel em uma missa de apresentação. Dom Paulo Cezar, arcebispo de Brasília, que em sua segunda visita à comunidade, presidiu a celebração.

A participação dos fiéis na missa foi reduzida e, devido à Pandemia, também foi transmitida pelo canal do YouTube da paróquia.

Nos Ritos Iniciais, Dom Paulo Cezar dirige a palavra “com amor paternal ao Pe. Danny  que hoje toma posse do seu ofício de administrador paroquial.”

“Esse momento, é um momento bonito da vida da paróquia”, continua Dom Paulo. “Padre Oscar doou a sua vida por essa comunidade por alguns anos, e agora foi doar a sua vida na Paróquia de São Sebastião. Agora o padre Dany que vem doar a vida aqui. […] O presbítero é sempre aquele homem que busca ser presença do Bom Pastor na vida do nosso amado povo e o padre Dany, com o frescor do ministério, vai desgastar a vida por amor a vocês, por amor ao Reino, por amor a Jesus Cristo.”

Padre Danny manifestou o desejo de doar a sua vida pela comunidade e de caminhar junto ao seu povo.

“Padre Danny, seja bem-vindo e sinta-se abraçado e acolhido.

Agora, entre nós, também será membro de cada família.
Que possa nos ensinar a sermos melhores, dia a dia.
Que sua vocação sacerdotal seja renovada sempre, assim como a sua fé.” (Pascom PNSA Fercal)

Fonte: Arquidiocese de Brasília

Papa: a fome no mundo é um escândalo e um crime contra os direitos humanos

Papa Francisco às Nações Unidas em imagem de arquivo 

“Produzimos comida suficiente para todas as pessoas, mas muitas ficam sem o pão de cada dia. Isso ‘constitui um verdadeiro escândalo’, um crime que viola direitos humanos básicos”, denuncia o Papa Francisco junto à Pré-Cúpula sobre os sistemas alimentares da ONU na tarde desta segunda-feira (26). O Pontífice recorda que é “dever de todos extirpar esta injustiça através de ações concretas e boas práticas, e através de políticas locais e internacionais ousadas”.

Andressa Collet - Vatican News

O Papa Francisco, através de uma mensagem, também participa da Pré-Cúpula sobre sistemas alimentares da ONU que começou nesta segunda-feira (26), em Roma, junto com representantes de mais de 110 governos do mundo, entre eles, o Brasil. Até quarta-feira (28), as sessões – em formato híbrido, presencial e virtual – preparam o maior evento global sobre o tema agendado para setembro, na Assembleia Geral das Nações Unidas.

O texto em espanhol do Pontífice foi lido pelo secretário para as Relações com os Estados do Vaticano, dom Paul Richard Gallagher, e dirigido ao secretário geral das Nações Unidas, António Guterres. Na mensagem, Francisco começa destacando “como um dos nossos maiores desafios hoje é vencer a fome, a insegurança alimentar e a desnutrição na era da Covid-19”, uma pandemia que projetou ainda mais as injustiças, “minando a nossa unidade como família humana”, sobretudo os pobres e a casa comum.

O escândalo das vítimas da fome

É necessária “uma mudança radical”, alerta o Pontífice, diante da exploração da natureza com o uso irresponsável e o abuso dos bens:

“Produzimos comida suficiente para todas as pessoas, mas muitas ficam sem o pão de cada dia. Isso ‘constitui um verdadeiro escândalo’, um crime que viola direitos humanos básicos. Portanto, é um dever de todos extirpar esta injustiça através de ações concretas e boas práticas, e através de políticas locais e internacionais ousadas.”

Nessa perspectiva, continua o Papa na mensagem, a “correta transformação dos sistemas alimentares desempenha um papel importante” para fortalecer economias locais e reduzir o desperdício alimentar, por exemplo. Para garantir “o direito fundamental a um padrão de vida adequado” para alcançar a Fome Zero até 2030, “não basta produzir alimentos”, comenta Francisco, mas é preciso “uma nova mentalidade e uma nova abordagem integral e projetar sistemas alimentares que protejam a Terra e mantenham a dignidade da pessoa humana no centro; que garantam alimentos suficientes globalmente e promovam o trabalho digno em nível local; e que alimentem o mundo de hoje, sem comprometer o futuro”.

O setor rural deve ser valorizado

O Papa, então, orienta para a recuperação do setor rural como ação fundamental na pós-pandemia e para corrigir “as raízes do nosso sistema alimentar injusto”. O Pontífice comenta sobre a importância dos “conhecimentos tradicionais” dos agricultores que não devem ser negligenciados ou ignorados. Um reconhecimento que “deve ser acompanhado de políticas e iniciativas que atendam plenamente às necessidades das mulheres rurais, promovam o emprego de jovens e melhorem o trabalho dos agricultores nas áreas mais pobres e mais remotas”. E o Papa finaliza a mensagem:

“Ao longo deste encontro, temos a responsabilidade de realizar o sonho de um mundo onde o pão, a água, os remédios e o trabalho fluam em abundância e cheguem primeiro aos mais necessitados. A Santa Sé e a Igreja Católica estarão a serviço desse nobre objetivo, oferecendo a sua contribuição, unindo forças e vontades, ações e sábias decisões.”

A fome de comida e de dignidade

E um vídeo especial intitulado “Comida para todos: um apelo moral”, com uma prévia lançada nesta segunda-feira (26), mas que será exibido na sessão da Pré-Cúpula que o Vaticano vai sediar nesta terça-feira (27), o Papa Francisco reforça a preocupação com as vítimas da fome e da desnutrição no mundo. O Pontífice chama a todos, novamente, para “mudar os estilos de vida, o uso dos recursos, os critérios de produção até o consumo” para garantir sistemas alimentares sustentáveis.

“Quantas mães e quantos pais, ainda hoje, vão dormir com o tormento de não ter no dia seguinte pão suficiente para os próprios filhos!”

https://youtu.be/CyaPUoxfNO4

Fonte: Vatican News

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF