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segunda-feira, 9 de agosto de 2021

O Brasil vive a Semana Nacional da Família

Papa Francisco com uma família no Vaticano  (Vatican Media)

Dom Walmor: “A família é prioridade no caminho missionário e na vida da Igreja”. Igreja Católica no Brasil dá início à Semana Nacional da Família que abordará a alegria do amor na família.

André Luiz Gomes – Brasília

A Semana Nacional da Família começou oficialmente para os fiéis brasileiros. O início ocorreu no sábado (7) em uma live organizada pela Comissão Episcopal para a Vida e a Família, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Com o tema “A Alegria do Amor na Família”, as celebrações seguem até o próximo sábado (14). A abertura contou com a participação do arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor de Oliveira, que exaltou o papel da família na evangelização.

“A família é prioridade no caminho missionário e na vida da Igreja”, destacou o arcebispo. “Lá aprendemos que é bom servir e experimentamos a alegria de poder fazer o bem ao próximo. Esses aprendizados, que são permanentes quando bem vividos no ambiente familiar, repercutem na vida em sociedade. A família tem uma nobre missão: ser o lugar onde primeiro se experimenta essa verdade cristã. A vida ganha sentido quando se torna oferta”, completou dom Walmor.

O presidente da CNBB também ressaltou que o núcleo familiar é o local onde se dá os primeiros passos no exercício do altruísmo e da partilha, tão necessários para os tempos atuais.  “Alegramo-nos com a felicidade do outro experimentando a rica lição da palavra de Deus que é lema deste encontro: Dá e recebe e alegra a ti mesmo”, lembrou. “A família é a primeira escola do amor, instituição em que cada pessoa aprende que a vida deve se tornar uma oferta pelo bem do próximo”, reforçou.

É um tempo favorável!

Para o bispo da Diocese de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família, dom Ricardo Hoepers, a celebração da Semana Nacional da Família é um momento para levar a palavra de Deus a tantas pessoas que não conhecem a Cristo de forma mais profunda.

“É um tempo favorável, um tempo de graça! Vivamos com alegria, com entusiasmo e intensidade essa semana. Desejamos que todas as dioceses possam se mobilizar e levar essa mensagem do Evangelho da alegria aos corações de cada família, de cada lar”, convocou o bispo durante a live.  “Que todos nós possamos nos congregar unidos na promoção, na defesa, no cuidado com as nossas famílias e com a vida”, apontou dom Ricardo.

Iniciativas por todo o Brasil

Exemplos de ações que serão realizadas entre este domingo (8) e o próximo sábado (14) em todo o país foram apresentadas durante o encontro on-line. Coordenadores regionais da Pastoral Familiar, padres e animadores partilharam as ações programadas e convidaram os fiéis para participar.

“Desejamos que todos os protocolos de saúde sejam seguidos e respeitados. Mas também motivamos vocês a buscarem viver profundamente essa semana, seja na família, no grupo ou movimento, na pastoral e em todo ambiente que for possível”, destacou Luiz e Khátia Stolf, casal coordenador nacional da Pastoral Familiar.

Durante o evento on-line, foram recordados também os 25 anos do subsídio Hora da Família. A live foi concluída com um momento de adoração conduzido pelo bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e referencial da Pastoral Familiar no Regional Leste 1 da CNBB, dom Antônio Augusto Dias Duarte, e pelo casal coordenador do Setor Pós-Matrimonial, Ronaldo e Tatiana de Melo.

Assista: https://www.youtube.com/watch?v=pK69LsyqzQw

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Para postar as atividades nas paróquias e dioceses nas redes sociais utilize a hashtag #SemanaNacionaldaFamília. Isso ajuda a fazer com que as publicações sejam vistas por mais pessoas, testemunhando a alegria de celebrar o amor na família.

Semana Nacional da Família

Neste ano, a Semana Nacional da Família - que ocorre sempre durante o mês vocacional, em agosto - tem a proposta de testemunhar a “A alegria do amor na família”, em sintonia com a vivência do Ano Família Amoris Laetitia, convocado pelo Papa Francisco.

Fonte: Vatican News

O que dizem 3 doutores da Igreja sobre vestir-se modestamente?

Imagem ilustrativa. Crédito: Pixabay

REDAÇÃO CENTRAL, 09 ago. 21 / 08:00 am (ACI).- Seja na missa ou na piscina, somos todos chamados a nos vestir modestamente, de acordo com as circunstâncias e de acordo com nosso estado de vida, pois o que usamos retrata aos outros quem somos e o que estamos fazendo.

A maneira de avaliar o ato moral de se vestir, como em qualquer teologia moral, é olhar para o próprio ato, a intenção da pessoa e as circunstâncias que a rodeiam. Por isso, compartilhamos as reflexões sobre a virtude da modéstia ao se vestir de três doutores da Igreja: Santo Tomás de Aquino, São Francisco de Sales e Santo Afonso Maria de Ligório.

Santo Tomás de Aquino

Santo Tomás de Aquino entendeu que a modéstia é parte da virtude da temperança (ver Suma Teológica, II-II, Q. 160), que é a virtude que nos ajuda a moderar nossos desejos.

Nesse sentido, a temperança nos ajuda a não nos exceder em nossos desejos e a agir de acordo com a razão. Por exemplo, nós a usamos para não comer demais ou muito pouco e para nos ajudar a jejuar em dias de jejum e a comer alimentos de celebração moderadamente nos feriados. A humildade é um tipo de modéstia interior: devemos ser honestos conosco mesmos que somos criaturas limitadas que precisam de Deus.

Portanto, quando Santo Tomás de Aquino fala de modéstia no vestir, explica que a honestidade se reflete em nossas roupa, e que isso se aplica a homens e mulheres, meninos e meninas. O que usamos retrata algo aos demais sobre quem somos e o que estamos fazendo.

Do mesmo modo, Santo Tomás cita Santo Ambrósio, expressando que “o ornato do corpo não seja exagerado, mas natural; simples negligente de preferência a rebuscado; não se usem de vestes preciosas e alvejantes, mas, de roupas comuns, de modo a não faltar nada do que exige a honestidade ou a necessidade, sem se cair no exagero. Logo, pode haver virtude e vício em matéria de vestuário”.

São Francisco de Sales

Este santo tem uma explicação semelhante quando fala de elegância no vestir e enfatiza que parecer limpo e arrumado mostra respeito por si mesmo e pelos outros:

“Conserva um asseio esmerado, Filoteia, e nada permitas em ti rasgado ou desarranjado. É um desprezo das pessoas com quem se convive andar no meio delas com roupas que as podem desgostar; mas guarda-te cuidadosamente das vaidades e afetações, das curiosidades e das modas levianas. Observa as regras da simplicidade e modéstia, que são indubitavelmente o mais precioso ornamento da beleza e a melhor escusa da fealdade” (Introdução à Vida Devota, III.25).

O ponto interessante aqui é que vestir modestamente é tanto para homens quanto para mulheres e deve enfatizar a beleza que Deus lhes deu. Se colocamos uma moldura bonita em uma foto artística ou em uma pintura incrível, quanto mais cuidados deveríamos ter na maneira como vestimos nossos corpos que foram dados por Deus.

Se a modéstia é uma forma de temperança, então a pessoa não está modestamente vestida quando não está vestida de maneira moderada. Santo Tomás explica que uma falta de moderação ao se vestir é não se vestir de acordo com os costumes de nossa sociedade e de acordo com o nosso estado de vida. (ST, II-II, P. 169, Art. 1).

São Francisco de Sales também fala sobre seguir os costumes da nossa cultura: é modesto vestir-se à moda e não fazer uma demonstração de nós mesmos vestindo de uma maneira que se destaque.

Explica que, “no tocante à matéria e à forma dos vestidos, a decência só se pode determinar com relação às circunstâncias do tempo, da época, dos estados ou vocações, da sociedade em que se vive e das ocasiões” (Introdução à Vida Devota, III.25). O que usamos deve corresponder ao que estamos fazendo.

Por exemplo, não usaria botas de jardinagem e jeans cheios de lama para participar da Missa de Páscoa, nem trabalharia no jardim com a minha vestimenta de Páscoa. Deveríamos nos vestir com as roupas adequadas para saber onde estamos e o que estamos fazendo, posto que fazê-lo de outra maneira seria vestir-nos desonestamente e, portanto, sermos indecentes.

Santo Tomás explica que também é imodesto ter um apego excessivo ao que usamos, isto é, que as roupas que vestimos sejam mais importantes do que o que é realmente importante.

Por exemplo, se gastamos mais dinheiro em roupas do que deveríamos, estamos nos concentrando excessivamente na comodidade, independentemente de serem necessárias para a ocasião; assim como se gastamos muito tempo pensando e prestando atenção em como nos vestimos e como nos vemos. Poderíamos estar muito preocupados se nossas roupas estão na moda, ou se, pelo contrário, somos completamente preguiçosos em nos vestir.

É uma cortesia para com os demais vestir-se apropriadamente, tomar banho e ter cabelos limpos. Nós devemos ter humildade na forma em que nos vestimos, não buscando exagerar ou decrescer, mas estar conformes com nossa forma de vestir de acordo com nossos meios, e não desejar mais do que temos ou necessitamos.

No artigo 2 da questão 169 da Segunda Parte da Suma Teológica, Santo Tomás aprofunda na discussão sobre o “adorno das mulheres”, onde analisa como os homens e as mulheres podem se induzir à luxúria de maneira intencional ou não.

Primeiro cita a carta de São Paulo a Timóteo enfatizando a moderação na vestimenta: "Do mesmo modo, quero que as mulheres usem traje honesto, ataviando-se com modéstia e sobriedade. Seus enfeites consistam não em primorosos penteados, ouro, pérolas, vestidos de luxo, e sim em boas obras, como convém a mulheres que professam a piedade" (1 Timóteo 2,9-10).  

Quando uma mulher está casada, é correto e modesto que se vista para mostrar ao seu esposo o seu amor por ele e sua proximidade. Da mesma forma, o esposo deve se vestir de maneira que agrade a sua esposa, do contrário, seria imodesto.

São Francisco de Sales compartilha esta opinião e acrescenta: “Uma mulher pode e deve se enfeitar melhor quando está com seu marido” e “às moças se concedem mais adornos, porque podem desejar agradar a muitos” (Introdução à Vida Devota, III.25).

Neste sentido, Santo Tomás também fala sobre mulheres solteiras e termina com um ponto sobre os homens: “Mas, as mulheres, que não têm marido, nem os querem ter e vivem em estado de não os poderem ter, não podem sem pecado querer agradar aos olhos dos homens, para o fim da concupiscência, pois, seria dar-lhes o incentivo de pecar. Se, pois, ornarem-se com a intenção de despertar nos outros a concupiscência, pecam mortalmente. Se o fizerem, porém, por leviandade ou por uma certa vaidade fundada na jactância, nem sempre cometem pecado mortal, mas, às vezes, venial. E o mesmo se dá, neste ponto, com os homens” (ST, II-II, P. 169, Art. 2).

Santo Afonso Maria de Ligório

A intenção importa. Certamente é pecaminoso induzir alguém à luxúria ou desejar dar prazer luxurioso a outra pessoa. Aqui é onde os homens e as mulheres devem ter cuidado com a vestimenta.

Santo Afonso Maria de Ligório analisa esta ideia mais especificamente do que Santo Tomás, no que diz respeito a como o costume local na vestimenta muda o que a pessoa poderia considerar uma vestimenta modesta. Santo Afonso fala da moralidade de uma mulher que “adorna a si mesma” e “descobre seus seios”, o que era uma moda na época. Explica que, se uma mulher se veste de acordo com o costume local, e não conhece ninguém em particular a quem possa levar à luxúria e, além disso, não tem a intenção de levar ninguém a desejar a forma em que se veste, então, não é pecado.

“Uma mulher pensa que algumas pessoas em geral ficarão escandalizadas com ela, mas não acredita que alguém em particular se escandalize com ela e não tem a intenção de incitar a luxúria, nem ficaria satisfeita com sua luxúria (embora ela possa ficar contente em ser elogiada por ser bonita), então, não é obrigada a se abster de ornamentação, até mesmo de ornamentos supérfluos, como maquiagem ou descobrir seus seios, se isso é costume local, e não seria um pecado mortal para ela fazer isso. No entanto, é um pecado mortal se a descoberta dos seios ou a ornamentação fossem vergonhosas em si mesmo e visassem provocar a luxúria (Teologia moral, Livro 2, Tratado 3, Sobre a caridade, Capítulo 2. 55).

Temos que ver se essas maneiras de se vestir se ajustam em nossos costumes locais e quais são nossas intenções ao usá-los. Da mesma forma, homens e mulheres devem também avaliar a crescente negligência no vestir e se esse costume é apropriado ou adequado para entender a modéstia das tradições católicas.

É quase impossível estabelecer regras rígidas e rápidas sobre o que é modesto quando os costumes e circunstâncias locais estão sempre em mudança constante. Mas uma aplicação fundamentada de todos esses princípios para cada situação deveria ajudar alguém a tomar uma decisão moral sobre o que vestir.

Para Santo Tomás de Aquino, São Francisco de Sales e Santo Afonso Maria de Ligório, a moda local orienta a maneira aceitável e modesta de se vestir tanto para homens quanto para mulheres.

Uma mulher pode se vestir de uma maneira que em outras culturas pode ser entendida como imodesta, desde que ela não tenha a intenção de causar luxúria. Os homens também devem considerar isso, se a maneira como se vestem causa luxúria.

Inclusive, além de evitar a luxúria em outras pessoas, somos todos chamados a cuidar de como nos vestimos e a considerar o que é apropriado e o que se adequa aos nossos costumes. Da mesma forma, não devemos nos destacar, mas sim nos encaixar em nossa sociedade de uma maneira bonita e com decoro.

Publicado originalmente em National Catholic Register.

Confira também:

Fonte: ACI Digital

Dia dos Povos Indígenas: Movimento Laudato si’ e a petição on-line para ajudar as comunidades

CRESS-17

“A atenuação dos efeitos do desequilíbrio atual depende do que fizermos agora”, afirma o Papa na encíclica Laudato si’. Uma oportunidade prática é mobilizar as comunidades para assinar a petição on-line “Planeta Saudável, Pessoas Saudáveis” que pede medidas urgentes em linha com a ciência para toda a criação em vista da COP15 de outubro e da COP26 de novembro. Os povos indígenas “não podem fazer isso sozinhos”, alerta Caroline Wambui do Movimento Laudato si’.

Andressa Collet – Vatican News

https://youtu.be/0dY92F3vcvw

No Dia Internacional dos Povos Indígenas, celebrado nesta segunda-feira (9), a gerente de Biodiversidade e Clima do Movimento Laudato si’, Caroline Wambui, exorta a todos para assinar a petição “Planeta Saudável, Pessoas Saudáveis”, uma forma prática para “fazer com que as lideranças mundiais saibam como nos sentimos em relação à proteção da criação de Deus”, afirma ela. O documento “implora” medidas urgentes em linha com a ciência para toda a criação, sobretudo neste ano crítico de pandemia, “mais um sintoma alarmante de uma emergência ecológica. A humanidade não pode ser saudável em um planeta doente”, justifica a petição.

Em artigo divulgado pelo site oficial do movimento católico, Caroline usa das palavras do Papa Francisco na encíclica Laudato si’ para motivar à colaboração de todos em prol dos povos indígenas e das comunidades locais, já que “eles não podem fazer isso sozinhos”: segundo o Pontífice, “a atenuação dos efeitos do desequilíbrio atual depende do que fizermos agora” (LS 161).

Petição “Planeta Saudável, Pessoas Saudáveis”

O Movimento Laudato si’ é o facilitar da campanha de assinaturas da petição on-line e que tem como alvo todas as lideranças políticas que vão participar da COP15 de outubro, a Conferência da ONU sobre Biodiversidade para definir as metas para proteger a criação, e a COP26 de novembro, a 26ª Conferências das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, quando os países irão anunciar os planos para cumprir as metas do Acordo de Paris. Antes desses encontros, explica o texto da petição, é responsabilidade dos católicos “levantar a voz dos mais vulneráveis, se mobilizar junto a eles” e “agir agora”, reconhecendo que os povos indígenas, por exemplo, “estão no centro da proteção da natureza e devemos apoiá-los”. E o documento lembra:

“Estamos avançando em direção a uma catástrofe global, que parece irreversível para nossa casa comum, com trágica perda de vidas em toda a criação - a menos que ajamos agora com grande urgência. Atuar em consonância com o que há de melhor da ciência disponível sobre as crises do clima e da biodiversidade é fundamental para a saúde e sobrevivência humana e planetária.”

No marco do Dia Internacional dos Povos Indígenas deste ano, Caroline recorda ainda que estamos celebrando “o papel dos Povos Indígenas na proteção da criação de Deus e da biodiversidade. Você sabia que os povos indígenas representam menos de 5% da população mundial, mas protegem 80% da biodiversidade mundial?”, questiona a gerente de Biodiversidade e Clima do Movimento Laudato si’. Ao assinar a petição “Planeta Saudável, Pessoas Saudáveis”, finaliza Caroline, “você está ajudando os povos indígenas na região amazônica, onde comunidades indígenas, como os povos originários Huaorani, Sápara e Sarayaku Kichwa, vivem de forma sustentável há um milênio, alimentando-se sem prejudicar o meio ambiente”.

Fonte: Vatican News

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein)

Sta. Edith Stein | ArquiSP
09 de agosto

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein)

Edith Stein nasceu na cidade de Breslau, Alemanha, no dia 12 de outubro de 1891, em uma próspera família de judeus. Aos dois anos, ficou órfã do pai. A mãe e os irmãos mantiveram a situação financeira estável e a educaram dentro da religião judaica.

Desde menina, Edith era brilhante nos estudos e mostrou forte determinação, caráter inabalável e muita obstinação. Na adolescência, viveu uma crise: abandonou a escola, as práticas religiosas e a crença consciente em Deus. Depois, terminou os estudos com graduação máxima, recebendo o título de doutora em fenomenologia, em 1916. A Alemanha só concedeu esse título a doze mulheres na última metade do século XX.

Em 1921, ela leu a autobiografia de santa Teresa d'Ávila. Tocada pela luz da fé, converteu-se e foi batizada em 1922. Mas a mãe e os irmãos nunca compreenderam ou aceitaram sua adesão ao catolicismo. A exceção foi sua irmã Rosa, que se converteu e foi batizada no seio da Igreja, após a morte da mãe, em 1936.

Edith Stein começou a servir a Deus com seus talentos acadêmicos. Lecionou numa escola dominicana, foi conferencista em instituições católicas e finalizou como catedrática numa universidade alemã. Em 1933, chegavam ao poder: Hitler e o partido nazista. Todos os professores não-arianos foram demitidos. Por recusar-se a sair do país, os superiores da Ordem do Carmelo a aceitaram como noviça. Em 1934, tomou o hábito das carmelitas e o nome religioso de Teresa Benedita da Cruz. A sua família não compareceu à cerimônia.

Quatro anos depois, realizou sua profissão solene e perpétua, recebendo o definitivo hábito marrom das carmelitas. A perseguição nazista aos judeus alemães intensificou-se e Edith foi transferida para o Carmelo de Echt, na Holanda. Um ano depois, sua irmã Rosa foi juntar-se a ela nesse Carmelo holandês, pois desejava seguir a vida religiosa. Foi aceita no convento, mas permaneceu como irmã leiga carmelita, não podendo professar os votos religiosos. O momento era desfavorável aos judeus, mesmo para os convertidos cristãos.

A Segunda Guerra Mundial começou e a expansão nazista alastrou-se pela Europa e pelo mundo. A Holanda foi invadida e anexada ao Reich Alemão em 1941. A família de Edith Stein dispersou-se, alguns emigraram e outros desapareceram nos campos de concentração. Os superiores do Carmelo de Echt tentaram transferir Edith e Rosa para um outro, na Suíça, mas as autoridades civis de lá não facilitaram e a burocracia arrastou-se indefinidamente.

Em julho de 1942, publicamente, os bispos holandeses emitiram sua posição formal contra os nazistas e em favor dos judeus. Hitler considerou uma agressão da Igreja Católica local e revidou. Em agosto, dois oficiais nazistas levaram Edith e sua irmã do Carmelo de Echt. No mesmo dia, outros duzentos e quarenta e dois judeus católicos foram deportados para os campos de concentração, como represália do regime nazista à mensagem dos bispos holandeses. As duas irmãs foram levadas em um comboio de carga, junto com outras centenas de judeus e dezenas de convertidos, ao norte da Holanda, para o campo de Westerbork. Lá, Edith Stein, ou a "freira alemã", como a identificaram os sobreviventes, diferenciou-se muito dos outros prisioneiros que se entregaram ao desespero, lamentações ou prostração total. Ela procurava consolar os mais aflitos, levantar o ânimo dos abatidos e cuidar, do melhor modo possível, das crianças. Assim ela viveu alguns dias, suportando com doçura, paciência e conformidade a vontade de Deus, seu intenso sofrimento, e dos demais.

No dia 7 de agosto de 1942, Edith Stein, Rosa e centenas de homens, mulheres e crianças foram de trem para o campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau. Dois dias depois, em 9 de agosto, foram mortas na câmara de gás e tiveram seus corpos queimados.

A irmã carmelita Teresa Benedita da Cruz foi canonizada em Roma, em 1998, pelo papa João Paulo II, que indicou sua festa para o dia de sua morte. A solenidade contou com a presença de personalidades ilustres, civis e religiosas, da Alemanha e da Holanda, além de alguns sobreviventes dos campos de concentração que a conheceram e de vários membros da família Stein. No ano seguinte, o mesmo sumo pontífice declarou santa Edith Stein, "co-Padroeira da Europa", junto com santa Brígida e santa Catarina de Sena.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

domingo, 8 de agosto de 2021

9 mitos sobre a CoronaVac, vacina do Butantan contra a Covid-19

Di arda savasciogullari|Shutterstock

Para combater as notícias falsas e trazer informações confiáveis e relevantes sobre a questão, o Butantan esclarece nove mitos sobre sua vacina contra a Covid-19, a CoronaVac.

Quando o assunto é vacinação contra a Covid-19, ainda há muita desinformação e fake news circulando na internet, em aplicativos de mensagens e nas redes sociais. Porém, a imunização, aliada às medidas sanitárias, é a melhor forma de conter a pandemia. 

Para combater as notícias falsas e trazer informações confiáveis e relevantes sobre a questão, o Butantan esclarece nove mitos sobre sua vacina contra a Covid-19, a CoronaVac, desenvolvida em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac.

1. Exame de anticorpos neutralizantes pode indicar que a CoronaVac não funciona

Mito. Diversos órgãos nacionais e internacionais, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, alertam que testes sorológicos não devem ser utilizados para determinar se um indivíduo vacinado está ou não protegido contra a Covid-19. Estes exames foram desenvolvidos para diagnosticar pessoas contaminadas pelo vírus, não para atestar proteção depois de receber a vacina.

2. CoronaVac não disponibiliza dados sobre ensaios clínicos e eficácia

Mito. As pesquisas sobre a vacina do Butantan contra a Covid-19 estão disponíveis em publicações relevantes e abertas ao público. Um exemplo disso é a plataforma de preprints da The Lancet, uma das revistas científicas mais respeitadas do mundo, que disponibilizou os dados finais dos ensaios clínicos de fase 3. 

3. Coronavac causa reações adversas graves

Mito. Efeitos adversos são esperados e previstos em bula. Porém, a CoronaVac possui alto perfil de segurança e utiliza uma das tecnologias em fabricação de vacinas mais estudadas e seguras do mundo, de vírus inativado.

No Brasil, dados sobre a segurança da vacina do Butantan foram obtidos em ensaios clínicos de fase 3 com milhares de voluntários em 2020. As manifestações indesejadas foram muito leves e não foi necessária atenção médica maior. Já no Projeto S, estudo clínico realizado pelo Butantan na cidade de Serrana, foram administradas 54.882 doses na população adulta do município e não houve relato de evento adverso grave relacionado à vacinação. 

Em estudos realizados na China com mais de 50 mil voluntários, 94,7% deles não apresentaram qualquer reação adversa ao serem imunizados com a CoronaVac. Efeitos adversos de grau baixo foram notados em 5,3% dos participantes. 

4. Vacinas com insumos chineses não são seguras

Mito. Os chineses têm grande experiência na produção de vacinas. Inclusive, outras vacinas em aplicação no país utilizam insumos farmacêuticos vindos da China. Vale ressaltar que cerca de 35% dos medicamentos usados e aprovados no Brasil possuem matéria-prima ou componentes de origem chinesa.

5. Quem toma a vacina contra a Covid-19 não precisa se imunizar contra a gripe

Mito. Os vírus são diferentes. A CoronaVac protege contra o SARS-CoV-2, causador da Covid-19. Para se imunizar contra os vírus causadores da gripe é preciso tomar a vacina Influenza Trivalente (Fragmentada e Inativada), também fabricada pelo Butantan. 

6. Butantan está desenvolvendo a ButanVac porque a CoronaVac é ineficiente

Mito.  A CoronaVac é, sim, eficiente e a aplicação da vacina no mundo real está mostrando que ela possui alto perfil de segurança. O Butantan está investindo no desenvolvimento da ButanVac, sua nova vacina contra a Covid-19, por outros motivos: se for provada eficiente e segura, terá um custo baixo e será produzida inteiramente no Brasil, com insumos nacionais, aumentando a oferta de imunizantes e contribuindo para o combate à pandemia.

7. Quem tem histórico de trombose não pode receber a vacina

Mito. Uma reação muito rara, a trombose associada à trombocitopenia (baixa contagem de plaquetas), ocorreu em algumas pessoas que receberam vacinas que utilizam a tecnologia de vetor viral e despertaram a preocupação da população. A CoronaVac é feita a partir de vírus inativados (mortos) e, com milhões de doses já aplicadas no Brasil, não houve relatos envolvendo este tipo de efeito adverso até o momento.

É consenso entre especialistas que os benefícios da vacinação superam em muito seus riscos. Segundo orientações do Programa Nacional de Imunizações (PNI), pessoas com antecedente de trombose sem trombocitopenia (com plaquetas normais), ou mesmo com fatores de risco para trombose, não têm contraindicação para receber qualquer uma das vacinas disponibilizadas no Brasil.

8. Pessoas não devem tomar remédios antes ou depois da imunização

Mito. Na maioria dos casos, pode-se tomar medicamentos normalmente. Analgésicos comuns, que são comprados sem receita médica, podem ser usados porque não interferem na vacinação. Também não há contraindicação para o uso de qualquer antibiótico ou antiviral antes ou depois da aplicação da CoronaVac. Quanto aos medicamentos de uso contínuo, não é preciso interromper a administração, a não ser sob orientação médica.

O único cuidado é evitar o uso de corticoesteroides sem recomendação médica. Esse tipo de medicação pode, sim, interferir na resposta à vacina. Quem toma esse tipo de medicamento diariamente devido a alguma comorbidade não deve interromper seu uso. Se for o seu caso, tire suas dúvidas com seu médico de confiança antes de se imunizar.

9. A vacina deve ser aplicada no braço direito

Mito. Não há qualquer recomendação nesse sentido, tanto por parte do Butantan quanto por parte da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). A bula da CoronaVac orienta que a aplicação seja na região deltoide da parte superior do braço, podendo ser o direito ou o esquerdo.

Fonte: Aleteia

Os católicos dos Estados Unidos apoiam financeiramente projetos pastorais na África

O Cardeal Joseph Tobin, Arcebispo De Newark,
Presidente Da Subcomissão Da Igreja Na África
 Da Conferência Dos Bispos Católicos Dos
Estados Unidos. Foto: Arquivo

Todos os anos, muitas dioceses nos Estados Unidos apoiam o Fundo de Solidariedade durante os meses de julho e agosto com arrecadações especiais.

06 DE AGOSTO DE 2021/ REDAÇÃO ZENIT JUSTIÇA E PAZ

(Agência de Notícias ZENIT / Washington, 06.08.2021) .- Os católicos dos Estados Unidos oferecem esperança e ajuda a seus irmãos na África por meio de contribuições ao Fundo de Solidariedade para a Igreja na África. Todos os anos, muitas dioceses nos Estados Unidos apoiam o Fundo de Solidariedade durante os meses de julho e agosto, com arrecadações especiais na missa dominical, por meio de suas plataformas online e por meio de doações eletrônicas. Outras dioceses fazem uma coleta em diferentes épocas do ano ou fazem uma contribuição direta em vez de uma coleta.

“As doações para o Fundo de Solidariedade para a Igreja na África apóiam a missão da Igreja de levar esperança, promover a compreensão e a cura entre diversos povos e ajudar a espalhar as Boas Novas do amor e misericórdia de Deus por meio de Jesus Cristo.” Disse o Cardeal Joseph Tobin, Arcebispo de Newark, presidente da Subcomissão para a Igreja na África da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos. “A generosidade dos católicos americanos tem um impacto tangível e duradouro na vida de nossos irmãos e irmãs católicos”.

Do ponto de vista econômico e político, a África é a área mais pobre e marginalizada do mundo. Pobreza endêmica, danos ecológicos, governança deficiente, conflito persistente e grandes deslocamentos populacionais infestam grande parte do continente.

«No entanto, a África é também um continente de enorme vitalidade espiritual, onde o Povo de Deus, ministros ordenados e leigos, compartilha o Evangelho com uma alegria que deve inspirar a todos nós a fazer o mesmo», disse o Cardeal Tobin. “As doações dos católicos americanos ao Fundo de Solidariedade fornecem os recursos básicos de que a Igreja na África precisa em sua missão pastoral para aprofundar a fé de seu povo, evangelizar seus vizinhos, fortalecer sua liderança e promover a paz e a justiça. Cada dólar que é recebido na sacola ou enviado on-line por meio de plataformas eletrônicas de doação ajuda muito a fazer uma diferença real na vida de fé de indivíduos, famílias e comunidades na África. "

Em 2020, as doações para o Fundo de Solidariedade para a Igreja na África diminuíram drasticamente devido ao longo período sem missas presenciais devido à pandemia COVID, ao mesmo tempo que a necessidade na África se intensificou devido à mesma pandemia. No entanto, em 2020, o Fundo foi capaz de apoiar esses outros ministérios essenciais:

- Nos Camarões, devastados pela guerra, 65 catequistas receberam treinamento em aconselhamento para traumas e educação em direitos humanos, permitindo-lhes oferecer apoio pastoral aos deslocados que fugiram dos combates que destruíram suas casas e comunidades.

– En Burundi, la Conferencia de Obispos Católicos está ampliando sus programas para proteger a los menores y adultos vulnerables de la violencia y el abuso sexual, estableciendo un programa de divulgación en cada diócesis para crear conciencia y poner fin al abuso sexual en la Iglesia y na sociedade.

- Na República do Congo, um workshop nacional de quatro dias para professores revigorará o ensino da religião e impactará milhares de alunos em todo o país.

- Na Zâmbia, um país com tão poucos padres que os moradores muitas vezes passam meses sem acesso aos sacramentos, os líderes leigos de duas conferências bíblicas nacionais receberam instruções intensivas para compreender e interpretar corretamente a Palavra de Deus.

Para obter mais informações sobre o Fundo de Solidariedade para a Igreja na África e como as doações fazem a diferença, visite  www.usccb.org/africa

Fonte: https://es.zenit.org/

Variante delta exige cuidados redobrados na pandemia

Twitter-SaludDeportesBo
Por Octavio Messias

Documento dos EUA aponta que a mutação do coronavírus é tão transmissível quanto a catapora ou sarampo.

Em fevereiro de 2020, assistimos pela televisão aos efeitos devastadores da pandemia do novo coronavírus em países como Itália, Inglaterra, Espanha e Estados Unidos. Pelo fato de o vírus ter demorado mais para desembarcar no Brasil, tivemos pelo menos um mês de vantagem para nos preparar e nos proteger da pandemia que inevitavelmente chegaria ao país. Em vez disso, celebramos o Carnaval e nos tornamos um dos países que mais sofreram com a Covid-19. Agora, novamente pela televisão, vemos que esses mesmos países, que já estavam começando a sair da pandemia devido ao avanço da vacinação, começam a dar um passo para trás por conta da disseminação da variante delta, mas transmissível. E o que estamos fazendo? Flexibilizando as normas de restrição. 

Como catapora ou sarampo

Se nos espelhássemos nos países onde a variante delta começou a circular mais cedo, começaríamos a tomar as devidas precauções desde já, antes que uma terceira onda assole o Brasil. Principalmente porque a delta já está há meses circulando por aqui. Um documento do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos aponta que a variante é tão transmissível quanto catapora e sarampo. As vacinas continuam amplamente eficazes contra morte,  internação e até infecção com a delta (nos EUA, 97% das hospitalizações são de cidadãos que deixaram de se vacinar), mas pessoas com imunização completa podem transmitir tanto quanto pessoas não vacinadas. 

Multiplicação de casos

O documento aponta um estudo em uma pequena cidade no estado de Massachussets em que a variante rapidamente se multiplicou para 469 casos, apesar da imunização completa de 75% de sua população. Um hospital em San Francisco viu a taxa de internação saltar de uma pessoa para 40 em apenas dois meses. Os casos ativos diários nos EUA foram de 11.229 para 66.900 – ou seja, quintuplicaram – em apenas um mês. Enquanto a média de transmissão do coronavírus original é de 2,5 pessoas por infectado, um paciente contaminado pela delta tende transmitir o vírus para outras quatro pessoas.

Passo para trás

Depois de o presidente Joe Biden ter anunciado a não-obrigatoriedade do uso de máscara em lugares públicos, a delta está fazendo com que o país volte atrás nas flexibilizações em cidades onde o vírus está crescendo. Por aqui ainda não foram anunciadas medidas oficiais de contenção da variante delta, mas, uma vez que ela se encontra entre nós, é importante que tenhamos a iniciativa. Mesmo que estejamos vacinados, devemos continuar usando máscara, álcool gel e evitando aglomerações, senão por nós, pelo próximo. Afinal, estamos todos juntos nessa batalha. E quanto mais cedo contivermos a disseminação do coronavírus e de todas as suas variantes, tão logo retomaremos nossas vidas como elas eram. 

Fonte: Aleteia

Ministro da Saúde volta atrás sobre resolução do CNS que trata do aborto no SUS

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga /
Foto: Wikimedia (Domínio público)

BRASILIA, 06 ago. 21 / 04:07 pm (ACI).- O Ministério da Saúde revogou, nesta sexta-feira, 6, a homologação da resolução nº 617 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) que traz entre seus pontos a garantia do “direito ao aborto legal” no Sistema Único de Saúde (SUS). A resolução, criada em 2019, havia sido homologada e publicada no Diário Oficial da União na terça-feira, 3.

A resolução nº 617 do CNS contém as deliberações da 16ª Conferência Nacional de Saúde, de 2019. O documento diz apontar “uma jornada de lutas para o enfrentamento do projeto conservador e ultraliberal em curso”. Além do aborto, o texto apresenta ainda referências à ideologia de gênero.

Entre as suas propostas para a área da saúde, o documento fala em “garantir o direito ao aborto legal, assegurando a assistência integral e humanizada à mulher”. Determina “o acesso universal aos serviços de saúde sexual e reprodutiva da mulher” a partir da Atenção Básica, “garantindo os procedimentos médicos relacionados à função reprodutora e as suas interrupções e/ou contracepções, de forma que a mulher tenha autonomia sobre os procedimentos”.

Em outro ponto, o documento apresenta como proposta “alterar a Lei de Planejamento Familiar / saúde sexual e reprodutiva para consolidação da autonomia da mulher quanto à laqueadura, com orientação psicológica a respeito da perda irreversível favorável ao ato, sem precisar da assinatura do companheiro e adequar os critérios de acesso ao planejamento reprodutivo e direitos sexuais”.

A resolução determina ainda a garantia de “cirurgias transexualizadoras” e estabelece que “seja considerada como prioridade os critérios para ser realizada em outros estados por meio dos recursos de tratamentos fora do domicílio (TFD)” e que “seja deferido um plano de qualificação dos hospitais de alta complexidade, preferencialmente o hospital universitário para realizar procedimentos cirúrgicos”.

Após a homologação da resolução, a deputada federal Chris Tonietto (PSL-RJ), presidente da Frente Parlamentar Mista contra o Aborto, protocolou na quinta-feira, 5, o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 375/2021, a fim de suspender o efeito desta resolução. Nesta sexta-feira, porém, por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União, o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, “torna sem efeito o ato de homologação da Resolução CNS nº 617, de 23 de agosto de 2019”.

Após essa decisão do ministro, Tonietto requereu a retirada de tramitação da PDL por perda de objeto. Em declarações à ACI Digital, a deputada disse que com a revogação de Queiroga, o ato da homologação “foi anulado e deixou de existir, embora a resolução ainda exista”.

Entretanto, afirmou que, “considerando que o ministro Queiroga é de posicionamento pró-vida, acredito que sendo a resolução novamente objeto de homologação, esta será realizada com determinadas ressalvas quanto aos itens que atacam frontalmente o direito à vida”.

O ministro Marcelo Queiroga afirmou o posicionamento “a favor da vida” em um vídeo publicado em seu Twitter na terça-feira, 3. “O CNS tem previsão legal, é integrado por 48 membros, sendo seis do Ministério da Saúde. Todos os representantes do Ministério da Saúde no Conselho foram contrários à referida resolução. O Ministério da Saúde tem uma defesa intransigente da vida desde a sua concepção. E não concordamos com ações que dividem a nossa sociedade”, disse o ministro.

Fonte: ACI Digital

CNBB: a bênção de São José a todos os pais

São José exemplo de pai | Vatican News

No Dia dos Pais o secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella pede pela intercessão de São José para que todos os pais sejam abençoados.

Vatican News

Agosto é dedicado ao Mês das Vocações. E é no segundo domingo do mês – este ano dia 8 de agosto -, que é celebrado o Dia dos Pais, momento que dedicamos uma das bases familiares, onde a figura paterna é essencial para consolidação da ética, moral e amor para com os seus filhos.

“Nesse dia em que nós paramos um pouco a correria, as preocupações da vida para celebrar o Dia dos Pais, é hora de agradecer. Agradecer a Deus pelo dom da paternidade dado a alguns e o dom da filiação dado a todos nós”, afirma o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joel Portella.

Para homenageá-los, o secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella, gravou um vídeo no qual salienta a importância do apoio e da presença de um pai.

“Deus que é Pai no Céu, é Pai de todos, que faz chover sob bons e maus porque a todos ama, nos deu a graça de experimentar esse amor através do carinho, do apoio e da presença de um pai”.

Nesse ano em que também celebramos São José, pai adotivo de Jesus, dom Joel pede pela intercessão do santo para que todos os pais sejam abençoados.

“Esse querido santo que tanto lutou, tanto sofreu, mas que também manifestou firmeza e coragem para cuidar de Jesus, que pela intercessão desse querido santo, todos os pais sejam abençoados”.

(Fonte: CNBB) / Vatican News

XIX – DOM TEMPO COMUM - Ano "B"

Dom Paulo Cezar | ArquiBrasília

Por Dom Paulo Cezar - Arcebispo de Brasília

A Vida de Deus na nossa vida

Neste domingo, continuamos a ler o capítulo sexto do Evangelho de São João (6, 41-51). Jesus continua a nos afirmar solenemente que ele é o Pão da Vida, Ele é o Pão descido do céu. Esta afirmação escandalizou os judeus de então, pois conheciam a família de Jesus. Os habitantes de Nazaré achavam impossível aquele homem, que tinham visto crescer em sua aldeia, ser o Filho de Deus, ter descido do céu, e, por isso, murmuram contra Ele. A murmuração nasce sempre da incapacidade de entrar com profundidade nos fatos. Aqui, nasce da incapacidade de entrar no mistério de Cristo. Eles se detêm nas coordenadas visíveis e, por isso, não acolhem o novo de Deus que está acontecendo na humanidade em Jesus Cristo.

Jesus não entra no jogo da murmuração, e vai além quando afirma que, para ir a Ele, é necessário  ser atraído pelo Pai: “Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou, não o atrair, e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6, 43-44). A união profunda entre Jesus e o Pai, diante do qual Ele é o Filho, se exprime, também, na história da salvação. O Pai enviou o Filho, o Filho realiza a vontade do Pai; o Pai atrai os discípulos para o Filho. E quem o Pai atrai para o Filho, o Filho o ressuscitará no último dia.

O Pai é aquele que também ensina: “(…) quem escuta o ensinamento do Pai e dEle aprende, vem a Mim”. Os judeus pensavam que estudando a Torá eles eram instruídos por Deus. Jesus mostra que é preciso algo mais, é necessário a escuta da Palavra e, também, a graça, pois é ouvindo a palavra de Cristo que a graça age no interior de cada pessoa. Assim, por meio da ação interior do Pai, vai-se ao Filho e, se se escuta a Palavra do Filho, deixa-se ensinar pelo Filho. Quem crê em Jesus tem a vida eterna, quem rejeita Jesus rejeita a vida eterna. Jesus afirma com toda a força que ele é o pão da vida: “Eu sou o Pão da Vida” (6, 48). Israel foi alimentado pelo maná no deserto e morreu. O maná não era o verdadeiro pão do céu. Jesus é o verdadeiro pão do céu que dá vida e vida eterna: “(…) quem comer deste pão viverá eternamente” (Jo 6, 51).

Jesus, aqui, faz-nos refletir sobre o verdadeiro conceito de vida. A vida não é somente a vida física, o alimento, as coisas deste mundo, a saúde, os bens materiais, o dinheiro, os divertimentos, etc. Vida é muito mais. O ser humano traz em si, inscrito no seu coração, um desejo profundo de realização, de sentido para a vida, de felicidade, de realização da existência. Neste plano de realização da existência, está o plano da fé. Somente a vida de Deus, adentrando em nossa vida, dilata a nossa existência, enche o nosso coração de alegria, faz-nos viver, doarmo-nos, ser dom de amor, etc. Jesus Cristo é este pão que nos alimenta na Eucaristia, fala-nos por meio da Palavra, bate à nossa porta por meio do irmão necessitado, fala à nossa consciência na oração. Somente Ele, vindo ao encontro da nossa pobre existência, pode lançar nossas vidas rumo à eternidade de Deus, dando-nos vida e vida eterna. Somente acolhendo-O livremente temos vida e vida definitiva, vida eterna.

Fonte: Arquidiocese de Brasília

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF