Translate

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Como o pão dos anjos salvou a vida de Elias

Pieruschka | Shutterstock
Por Philip Kosloski

Quando Elias ficou abatido e deprimido, Deus enviou a ele o pão dos céus.

Elias estava exausto de ser o profeta de Deus e, em certo ponto de seu ministério, ele desmoronou.

Basta, Senhor, disse ele; tirai-me a vida, porque não sou melhor do que meus pais.

1 Reis 19, 4

Ele estava abatido e deprimido com as dificuldades de ser um profeta. A vida de Elias estava ameaçada e naquele momento ele era um fugitivo escondido. Ele queria que tudo passasse.

Entristecido por sua situação, Elias adormeceu.

Ele foi então repentinamente despertado por um anjo enviado por Deus.

Deitou-se por terra, e adormeceu debaixo do junípero. Mas eis que um anjo tocou-o, e disse: Levanta-te e come. Elias olhou e viu junto à sua cabeça um pão cozido debaixo da cinza, e um vaso de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir. Veio o anjo do Senhor uma segunda. vez, tocou-o e disse: Levanta-te e come, porque tens um longo caminho a percorrer. Elias levantou-se, comeu e bebeu e, com o vigor daquela comida, andou quarenta dias e quarenta noites, até Horeb, a montanha de Deus.

1 Reis 19, 5-8

Seu corpo e alma foram renovados pelo pão dos anjos, dando-lhe a força necessária para continuar.

Prenúncio da Eucaristia

Este episódio no Antigo Testamento tem sido visto por muitos santos como um prenúncio da Eucaristia.

João Paulo II reflete sobre este episódio bíblico em sua encíclica Ecclesia de Eucharistia, enfatizando como a Eucaristia nos dá força quando mais precisamos.

É um caminho longo, cheio de obstáculos que superam a capacidade humana; mas temos a Eucaristia e, na sua presença, podemos ouvir no fundo do coração, como que dirigidas a nós, as mesmas palavras que ouviu o profeta Elias: « Levanta-te e come, porque ainda tens um caminho longo a percorrer » (1 Re 19, 7).

(EE, 61)

A Eucaristia é o alimento da nossa longa caminhada, é o “pão de anjos” de que precisamos.

Nos sinais humildes do pão e do vinho transubstanciados no seu corpo e sangue, Cristo caminha connosco, como nossa força e nosso viático, e torna-nos testemunhas de esperança para todos.

(EE, 62)

O pão que Deus enviou a Elias salvou sua vida.

Da mesma forma, a Eucaristia, o verdadeiro Pão do Céu, pode nos salvar do desespero e dar forças ao nosso corpo e alma cansados.

Fonte: Aleteia

Nosso Senhor Jesus Cristo é o essencial para a nossa vida, assegura o Papa

Papa Francisco | Guadium Press
Francisco recorda que o verdadeiro pão da vida é o que nos faz viver, só Ele alimenta nossas almas.

Redação (09/08/2021 15:22, Gaudium Press) Durante o Angelus deste domingo, 8 de agosto, o Papa Francisco se aprofundou sobre o tema “Eu sou o pão da vida”. Dirigindo-se aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, o Pontífice convidou para que refletissem sobre o que significa o pão da vida.

O Santo Padre destacou que quem tem fome não pede uma comida refinada e cara, mas pede pão, assim como os desempregados não pedem altos salários, mas apenas o ‘pão’ de um emprego. “Jesus se revela como o pão, ou seja, o essencial, o necessário para a vida de cada dia”, explicou.

Praça São Pedro | Guadium Press
Jesus é o verdadeiro pão que alimenta nossas almas

Segundo Francisco, o verdadeiro pão da vida é o que nos faz viver, “só Ele alimenta nossas almas, só Ele nos perdoa daquele mal que não podemos vencer por nós mesmos, só Ele nos faz sentir amados mesmo que todos nos decepcionem, só Ele nos dá a força para amar e perdoar nas dificuldades, só Ele dá ao coração a paz que busca, só Ele dá a vida para sempre quando a vida aqui termina”.

Em seguida, explica que Nosso Senhor Jesus Cristo fala por parábolas, portanto, ao usar a expressão ‘Eu sou o pão da vida’ ele resume todo o seu ser e toda a sua missão. “Isto será visto plenamente no final, na Última Ceia. Ao dar a própria vida, a própria carne, o próprio coração, para que possamos ter a vida Jesus faz com que desperte em nós a maravilha diante do dom da Eucaristia”, ensina.

“Ninguém neste mundo, não importa o quanto ame outra pessoa, pode fazer-se alimento para ela. Deus o fez, e o faz, por nós. Renovemos esta maravilha. Façamo-lo adorando o Pão da Vida, porque a adoração enche a vida de maravilha”, sublinha.

https://youtu.be/_Ott2CyBvgc

Eu sou o pão descido do céu

Francisco recordou que muitos se escandalizam quando Jesus afirmou ser o pão descido do céu. “Será que também nós estaríamos mais à vontade com um Deus que está no céu sem se intrometer?”, questionou.

Por fim, destacou que “Deus se tornou homem para entrar na concretude do mundo. E a ele interessa tudo de nossas vidas. Jesus deseja esta intimidade conosco”. Jesus não deseja ser relegado para segundo plano, ser negligenciado e posto de lado, ou colocado em questão apenas quando precisamos. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Monges beneditinos voltam à abadia pela primeira vez desde a Revolução Francesa

Abadia de Solignac na França. Crédito: Cortesia da
Diocese de Limoges à CNA, agência em inglês do Grupo ACI

REDAÇÃO CENTRAL, 09 ago. 21 / 04:30 pm (ACI).- Pela primeira vez desde a Revolução Francesa, os monges beneditinos voltaram a ocupar a abadia de Solignac, um mosteiro histórico fundado por Santo Eligio, no século VII. No dia 1º de agosto, os monges se mudaram para a emblemática abadia de Solignac, localizada em Alto Vienne, no centro-oeste da França, depois de 230 anos de ausência.

O acontecimento é considerado providencial pelos católicos locais e tem um significado simbólico, especialmente em um momento em que muitos edifícios religiosos na França estão condenados a desaparecer após serem demolidos, abandonados ou comprados com fins seculares.

Recentemente, a diocese de Limoges anunciou o retorno dos monges em um comunicado assinado conjuntamente pelo bispo local, dom Pierre-Antoine Bozo, e dom Jean-Bernard Marie Bories, padre abade de são José de Clairval, na região francesa de Borgonha, que comprou da diocese a abadia de Solignac para ali estabelecer um priorado. Os monges de Clairval aprovaram o projeto de fundação com uma maioria de dois terços.

Depois que os revolucionários franceses anticlericalistas expulsaram os beneditinos em 1790, a abadia de Solignac foi utilizada como prisão, internato para meninas e fábrica de porcelana, sucessivamente, até 1930.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a abadia serviu como refúgio para professores católicos e, a partir de 1945, acolheu os Missionários Oblatos de Maria Imaculada. A comunidade religiosa permaneceu lá até a década de 1990. Em 2011, a propriedade foi transferida para a diocese de Limoges e esteve desocupada nos últimos 17 anos.

Dom Bozo disse à CNA, agência em inglês do Grupo ACI, que o retorno dos beneditinos foi fruto de um longo período de discernimento, durante o qual se reuniu com o abade em várias ocasiões.

“Estou grato por essa incrível notícia, porque buscamos diferentes soluções para este lugar por muitos anos e, finalmente, o projeto que teve êxito é o que se ajusta mais ao propósito original desta abadia, construída por Santo Elígio, que era dar as boas-vindas às comunidades monásticas, especialmente aos monges beneditinos”, disse.

O padre Bories disse ao jornal diocesano local que, além de restaurar a regra beneditina, seu principal objetivo tornar a abadia um centro espiritual dedicado a oração e retiros, construído em torno do claustro e com capacidade para acolher mais pessoas do que na abadia de São José de Clairval. Disse ainda que há planos para oferecer retiros para os jovens que se preparam para o sacramento da confirmação e outros eventos.

“Por este lugar, passaram sucessivas gerações de pessoas orantes e foi criado um ambiente de cultura monástica, no qual crescerá um novo ressurgimento da antiga ordem beneditina: mais de 1150 anos de presença monástica nos ligam a uma grande tradição, renovando assim uma cadeia de oração”, disse dom Bories.

Estes planos exigirão vários anos de trabalho nos vários edifícios da abadia, que se estendem sobre uma grande área. Espera-se que o processo seja longo, difícil e caro.

Os monges que chegaram à abadia no início de agosto se prepararão para a retomada da vida monástica. Serão os encarregados de supervisionar o trabalho inicial para dar as boas-vindas ao resto da equipe fundadora, que não se mudará até o outono.

Dom Bozo celebrará uma missa inaugural no dia 28 de novembro, primeiro domingo do advento. A diocese de Limoges anunciou que, a partir dessa data, os monges celebrarão diariamente a Eucaristia na igreja da abadia, seguindo a forma ordinária do rito romano, com canto gregoriano em latim. As celebrações serão abertas ao público.

Os monges beneditinos também participarão da vida econômica local e apoiarão o sistema educativo católico. Além de abrir uma loja para vender seus produtos, a abadia também tem planejado receber em seus jardins os alunos do programa do ensino público que oferece um diploma técnico em agricultura, com duração de dois anos, contribuindo assim na sua formação acadêmica.

Segundo dom Bozo, a nova fundação promete ser uma verdadeira bênção para esta região rural muito descristianizada, onde não havia comunidades contemplativas masculinas desde a Revolução Francesa.

“Estou profundamente convencido da fecundidade da vida contemplativa, especialmente em nosso mundo acelerado, marcado pelo materialismo e pelo individualismo”, disse à CNA. Segundo ele, essa fecundidade será ainda mais valiosa porque permanece oculta e os bons frutos se verão “a longo prazo”, através das “raízes mais profundas que trará a presença [dos monges]” na comunidade, do apoio que eles darão aos missionários.

Afirmou que “este modo de vida original, que está contra a corrente no mundo de hoje, só pode fazer muito bem às pessoas, a quem será oferecido o que Bento XVI costumava chamar de um oásis, um lugar que todos os cristãos precisam para rejuvenescer”.

“Na sombra desta comunidade, será possível se refrescar, rezar, encontrar-se com o Senhor em silêncio, em paz, rodeado de gente acalentada por um ritmo lento e muito regular... É lindo”, afirmou.

“Esta sabedoria de vida, inerente à regra de São Bento, da forma como funciona, é algo muito reconfortante para estes tempos desorientados”, concluiu.

Fonte: ACI Digital

Pesar dos bispos e religiosos franceses por sacerdote assassinado

Gendarme francês, em Saint-Laurent-sur-Sevre, oeste da França. 
(AFP or licensors)

A vítima é o padre Olivier Maire, Superior Provincial da Congregação dos Missionários Monfortinos, com sede em Saint-Laurent-sur-Sèvre. Um ruandês que já havia sido indiciado pelo incêndio na Catedral de Nantes no ano passado confessou o assassinato.

Gabriella Ceraso e Michele Raviart - Cidade do Vaticano

Padre Olivier Maire, Superior Provincial dos Monfortinos, foi assassinado na segunda-feira, 9, em Vendée, na localidade de Saint-Laurent-Sur-Sevre. Seu corpo foi encontrado pela gendarmaria após indicação de um ruandês que se apresentou como autor do assassinato.

Emmanuel Abayisenga, 40 anos, nascido em Ruanda, também é o principal suspeito do incêndio doloso da Catedral de Nantes, em julho de 2020. Indiciado, foi libertado sob vigilância judicial no início de junho, sendo acolhido em uma comunidade religiosa - da qual o sacerdote assassinado fazia parte – à espera do julgamento, previsto para 2022. Como indicado por seu advogado, seria um homem "frágil física e psicologicamente". Os investigadores excluíram qualquer motivação ligada ao terrorismo e seguem a linha de homicídio voluntário.

A dor da Igreja na França

Dor e proximidade da Igreja na França à família do sacerdote e à sua Congregação, foram expressos por meio de um tweet pelo presidente do episcopado francês, Dom Éric de Moulins-Beaufort. Ele viveu - escreve o prelado - seguindo a Cristo até o fim, na acolhida incondicional de todos. Rezo por sua família, seus confrades e por toda a população traumatizada por esta tragédia, e também por seu assassino.

A mesma dor presente nas palavras do Superior Geral dos Monfortinos, padre Santino Brembilla, que fala do padre Olivier Maire como um "religioso, um sacerdote e um missionário de grande valor, um especialista em espiritualidade montfortiana que acompanhou toda a sua comunidade na compreensão profunda da mensagem de seu fundador, Louis-Marie Grignion de Montfort".

A Conferência dos Bispos da França (CEF) e a Conferência dos Religiosos e Religiosas da França (CORREF) expressam sua imensa tristeza e também temor pelo ocorrido, assegurando suas orações "aos familiares, aos missionários monfortinos, à comunidade da Basílica de Saint Louis-Marie Grignon de Montfort em Saint-Laurent-sur-Sèvres e a toda a grande família religiosa Montfortina".

Já Dom Dominique Lebrun, bispo da Diocese de Rouen - onde foi assassinado o padre Jacques Hamel -, uniu-se ao luto dos familiares do sacerdote, aos irmãos da comunidade dos Montfortinos, à Diocese de Luçon, recordando que "a dor e a ira costumam estar muito próximas. Todos experimentam isso." Neste sentido, assegura a oração dos católicos de sua diocese para que Deus aplaque a dor do coração das pessoas próximas ao sacerdote assassinado.

“Pai Nosso… livra-nos do Mal”, são as primeiras e as últimas palavras da oração cristã. Todos os dias o cristão faz essa oração. Ela recobra a esperança na fraternidade que Deus deseja para todos os homens. Ela pede a Deus e a recebe d’Ele, como uma missão. Com todos os homens de boa vontade, ele quer lutar contra toda violência. Suas armas são a justiça, a paz e o perdão. Domingo, 15 de agosto, rezaremos intensamente à Virgem da Assunção pela França, com o coração em Vendée."

As palavras do presidente Macron e do governo

Proximidade e solidariedade a todos os católicos da França, bem como à Congregação dos Montfortinos (Companhia de Mariaem latim Societas Mariae Montfortana) foi expressa pelo presidente Emmanuel Macron e pelo primeiro-ministro Jean Castex, que se disseram profundamente consternados com o ocorrido.  “Demonstrava nos traços de seu rosto a generosidade e o amor ao próximo”, escreveu o presidente no Twitter, assegurando que “proteger aqueles que creem é uma prioridade”.

“Queremos que este ato odioso seja esclarecido: agredir um sacerdote, um homem de Igreja, é agredir a alma da França”, disse por sua vez o ministro do Interior em uma coletiva de imprensa, ao final do encontro com os membros da Congregação montfortiana na tarde de segunda-feira. Gérald Darmanin rejeitou qualquer controvérsia com a líder da extrema direita Marine Le Pen, que condenou a não expulsão do ruandês após o incêndio em Nantes. Este é o momento de luto e não de polêmica, afirmou o ministro, explicando que o homem não poderia ser expulso pois estava sob controle judicial enquanto aguardava decisão da justiça.

Ministro do Interior na coletiva de imprensa
Sacerdotes e religiosos vítimas da violência na França

Diversas tragédias envolvendo sacerdotes e religiosos na França suscitaram comoção, como o assassinato do padre Jacques Hamel, em 26 de julho de 2016, o primeiro ocorrido durante uma Celebração Eucarística desde a Revolução Francesa.

Antes ainda, recordemos padre Jean-Luc Cabes, da Diocese de Tarbes e Lourdes, assassinado em Tarbes na noite de 10 para 11 de maio de 1991. A Diocese de Tulle também recorda padre Louis Jousseaume, pároco de Égletons, em Corrèze , assassinado no seu presbitério no dia 26 de outubro de 2009. Era 16 de agosto de 2005, quando os peregrinos que rezavam as Vésperas na Igreja ds Reconciliação, coração da comunidade de Taizé, foram abalados pelo assassinato do fundador da Comunidade de Taizé, Irmão Roger Schutz, por uma pessoa com desequilíbrio mental.

*Notícias atualizada às 10h59

Fonte: Vatican News

São Lourenço

S. Lourenço | Canção Nova
10 de agosto

SÃO LOURENÇO, DIÁCONO E MÁRTIR

São Lourenço, o santo espanhol, também conhecido como Lourenço de Huesta ou Valência. Nasceu em 225 e morreu martirizado em 258, no dia 10 de agosto, em Roma. Está entre os diáconos do início da Igreja de Roma. Eles eram considerados os guardiões dos bens da Igreja e dispensadores de ajuda aos pobres. O nome Lourenço é o mesmo que Laureamtenens, que significa Coroa feita de Louro, como os vencedores recebiam após suas vitórias. Lourenço obteve a vitória em sua paixão. São Lourenço foi ajudante do Papa Sisto II e responsável por um centro dedicado aos pobres.

Diácono São Lourenço

No livro dos Atos dos Apóstolos, no capítulo 6, vemos a preocupação dos mesmos quanto ao crescimento do número dos discípulos. Eles convocaram uma reunião e expuseram suas angústias, dizendo: Não é razoável que abandonemos a palavra de Deus para administrar (Servir as mesas), pois muitos dos discípulos gregos queixavam-se que suas viúvas estavam sendo esquecidas e negligenciadas pelos hebreus.

Foram escolhidos entre os irmãos, homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, para administrar o cuidado com os pobres, órfãos e viúvas, ou seja, o tesouro precioso do Senhor. Estes homens foram chamados de Diáconos. São Lourenço era um deles.

Martírio: testemunho de fé

Em 257, os cristãos começaram a ser perseguidos e mortos por ordem do imperador Valeriano I. Em 258, o Papa Sisto II foi decapitado. Conta a história que, ao caminhar para o lugar da execução, São Lourenço caminhava junto ao papa e dizia: Aonde vai sem seu diácono, meu pai? Jamais oferecestes o sacrifício da missa, sem que eu vos acolitasse (ajudasse)! O papa, comovido com essas palavras de dedicação filial, respondeu: Não estou te abandonando, meu filho! Deus reservou-te provação maior e vitória mais brilhante, pois és jovem e forte. Velhice e fraqueza faz com que tenham pena de mim. Em três dias você me seguirá.

Depois da morte do Papa, o imperador exigiu que a Igreja lhe entregasse todos os seus bens, dentro de 3 dias. Vencido o prazo, São Lourenço apresentou os pobres que eram acudidos pela Igreja e disse ao imperador: Estes são os bens da Igreja. Valeriano, então, com muita raiva, ordenou que Lourenço fosse queimado vivo. O santo manteve a alegria no momento da execução, mostrando sua profunda fé na vida eterna, no encontro com Jesus Cristo. Por isso, no momento mais angustiante de sua vida – aos olhos do mundo – Lourenço, feliz, dizia aos soldados: agora podem me virar, este lado já está assado. Uma multidão acompanhava o martírio de São Lourenço. E, no meio do povo, grande foi o número dos que se converteram a jesus cristo ao verem o testemunho do jovem São Lourenço.

São Prudentius, contemporâneo de Lourenço, confirmou este fato quando escreveu que o exemplo de São Lourenço levou vários romanos à conversão. Ele foi sepultado no cemitério de Siriaca, em Agro Verão, na Via Tiburtina, em Roma, onde mais tarde foi erigida uma basílica em sua honra. A basílica, por graça de Deus, que honra seus santos, foi construída por um outro imperador romano: Constantino.

Devoção a São Lourenço

Por causa de seu martírio e maravilhoso testemunho de fé, São Lourenço é mencionado na Oração Eucarística número um e na ladainha de todos os santos. São Lourenço é o padroeiro da cidade de Huesca, na Espanha. Ele é também o padroeiro dos diáconos.

Representação de São Lourenço

Na arte litúrgica da Igreja São Lourenço é representado como um diácono em uma grelha, com a Bíblia na mão. Sua paixão foi escrita um século após sua morte, mas desde o início a história de seu testemunho foi sendo passada oralmente nas igrejas e nas famílias cristãs. A igreja que o imperador Constantino construiu em sua homenagem, fica onde está hoje a igreja de São Lourenço Extramuros. É a quinta Basílica Patriarcal romana. A festa de São Lourenço é celebrada em 10 de agosto.

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

A Igreja como construção de Deus

"Somos o edifício em que Deus está trabalhando"  (Vatican Media)

"No vers. 9 do cap. 3 dessa I Carta aos Coríntios, é usada a expressão “edifício de Deus”. No grego original a palavra utilizada é “oikodome” (οκοδομή) que significa: edifício ou para designar o processo de construção do edifício. Podemos traduzir por “estou construindo”. Por isso, somos o edifício em que Deus está trabalhando. Portanto, aquele que começou a boa obra, que é Deus, vai aperfeiçoá-la. Nesta obra de edificação, Deus não trabalha sozinho, ele nos faz trabalhadores junto com Ele".

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

Padre Gerson Schmidt* tem aprofundado neste nosso espaço o tema das imagens da Igreja propostas pela Constituição Dogmática Lumen Gentiumdo Concílio Vaticano II. No último programa, o sacerdote gaúcho falou sobre “Igreja-lavoura: o joio e o trigo”. No programa de hoje, a Igreja nos é apresentada como “construção de Deus”:

"Falando ainda sobre as figuras ou imagens da Igreja, o número 06 da Lumen Gentium utiliza ainda mais uma outra imagem: A Igreja como construção de Deus. Diz assim a constituição dogmática: “A Igreja é também muitas vezes chamada construção de Deus (1 Cor. 3,9). O próprio Senhor se comparou à pedra que os construtores rejeitaram e se tornou pedra angular (Mt. 21,42 par.; Act. 4,11; 1 Ped. 2,7; Salm. 117,22). Sobre esse fundamento é a Igreja construída pelos Apóstolos (cfr. 1 Cor. 3,11), e d'Ele recebe firmeza e coesão. Esta construção recebe vários nomes: casa de Deus (1 Tim. 3,15), na qual habita a Sua «família»; habitação de Deus no Espírito (cfr. Ef. 2, 19-22); tabernáculo de Deus com os homens (Apoc. 21,3); e sobretudo «templo» santo, o qual, representado pelos santuários de pedra e louvado pelos Santos Padres, é com razão comparado, na Liturgia, à cidade santa, a nova Jerusalém (5). Nela, com efeito, somos edificados cá na terra como pedras vivas (cfr. 1 Ped. 2,5). Esta cidade, S. João contemplou-a «descendo do céu, de Deus, na renovação do mundo, como esposa adornada para ir ao encontro do esposo» (Apoc. 21,1 ss.)”. 

As imagens aqui se misturam, mas destacamos no dia de hoje essa imagem da construção, onde Cristo é a pedra angular, antes rejeitada, onde cada um de nós se torna uma pedra viva na edificação do grande templo, do grande santuário, construído não por mãos humanas, mas pelo arquiteto sublime, em sua Páscoa. Na construção do Reino de Deus cada pedra tem sua importância, cada um que colabora nesta obra é também um pedaço dela.

Vemos no Novo Testamento o diálogo de Cristo com os Judeus falando sobre o templo. “Os judeus o contestaram, dizendo: “Que sinal de autoridade nos mostras, para agires dessa maneira?” Jesus lhes respondeu: “Destruí este templo, e, em três dias, Eu o reconstruirei.” Replicaram os judeus: “Em quarenta e seis anos foi construído este templo, e tu afirmas que em três dias o levantarás?”. Mas ele falava do templo do seu corpo” (Jo, 2-18-20). Jesus aponta essa realidade do Reino, da sua Pessoa, da Igreja como o grande templo edificado com sua Páscoa, com a reedificação e renovação de todas as coisas nEle.

O apóstolo Paulo disse à comunidade gentia da cidade portuária grega de Corinto: "Não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?" (1 Cor 6,19). E depois disse, na segunda carta: "Vós sois o templo do Deus Vivo" (2 Cor 6,16).

“Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus. Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” (1 Cor 3,9-11).

Mas essa construção e edifício não está pronto. No versículo 9 do capítulo 3 dessa primeira Carta aos coríntios, é usada a expressão “edifício de Deus”. No grego original, a palavra utilizada é “oikodome” (οκοδομή) que significa: edifício ou para designar o processo de construção do edifício. Podemos traduzir por “estou construindo”. Por isso, somos o edifício em que Deus está trabalhando. Portanto, aquele que começou a boa obra, que é Deus, vai aperfeiçoá-la. Nesta obra de edificação, Deus não trabalha sozinho, ele nos faz trabalhadores junto com Ele, operários nessa divina construção."

*Padre Gerson Schmidt foi ordenado em 2 de janeiro de 1993, em Estrela (RS). Além da Filosofia e Teologia, também é graduado em Jornalismo e é Mestre em Comunicação pela FAMECOS/PUCRS.

Fonte: Vatican News

“Quem se fizer pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus.”(Mt, 18,4)

Editora Cidade Nova

“Quem se fizer pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus.”(Mt, 18,4) | Palavra de Vida de Agosto

QUEM é o maior, o mais poderoso, o vencedor na sociedade, na Igreja, na política, no mercado?

por Web Master   publicado em 30/07/2021

Essa pergunta perpassa as relações, orienta as escolhas, determina as estratégias. É a lógica dominante, à qual nós recorremos mesmo sem perceber, quem sabe no desejo de garantir resultados positivos e eficientes diante daqueles que nos rodeiam.

Aqui o Evangelho de Mateus nos apresenta os discípulos de Jesus que, depois de terem acolhido o anúncio do Reino dos Céus, querem conhecer os requisitos necessários para serem protagonistas no novo povo de Deus: “Quem é o maior?”

Como que numa reação desafiadora, Jesus faz um de seus gestos imprevisíveis: coloca uma criança no centro da pequena multidão. E acompanha esse gesto com palavras que não dão margem a equívocos:

“Quem se fizer pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus.”

Em oposição à mentalidade competitiva e autossuficiente, Jesus apresenta o elemento mais fraco da sociedade, aquele que não tem funções para se vangloriar, nem cargos a defender; aquele que é totalmente dependente e se entrega espontaneamente à ajuda de outros. No entanto, não se trata de aceitar uma postura indiferente, de renunciar a atitudes responsáveis e proativas; mas, sim, de praticar um ato de vontade e de liberdade. Jesus, na verdade, exige que nos façamos pequenos, exige de nós a intenção e o compromisso de realizar uma inversão decisiva de rumo.

“Quem se fizer pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus.”

Vejamos como Chiara Lubich detalhou as características da criança segundo o Evangelho: [...] A criança se abandona com confiança a seu pai e sua mãe: acredita no amor deles. [...] O cristão autêntico, tal como a criança, acredita no amor de Deus, lança-se nos braços do Pai celeste, deposita nele uma confiança ilimitada. [...] As crianças dependem em tudo dos pais [...]. Também nós, “crianças evangélicas”, dependemos em tudo do Pai: [...] Ele conhece e nos dá aquilo de que precisamos, ainda antes que o peçamos. Até mesmo o Reino de Deus, não somos nós que o conquistamos: nós o recebemos como um presente das mãos do Pai.

Chiara enfatiza ainda como a criança se confia totalmente ao pai, e dele aprende tudo. Da mesma forma: A “criança evangélica” coloca tudo na misericórdia de Deus e, esquecendo o passado, começa a cada dia uma vida nova, disponível diante das sugestões do Espírito, que é sempre criativo. A criança não aprende a falar por si só, ela precisa de alguém que a ensine. O discípulo de Jesus [...] aprende tudo pela Palavra de Deus, até chegar a falar e viver de acordo com o Evangelho.

A criança é levada a imitar seu próprio pai. Assim, a “criança evangélica” [...] ama a todos, porque o Pai “faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz descer a chuva sobre justos e injustos”; ama primeiro, porque Ele nos amou quando ainda éramos pecadores; ama gratuitamente, sem interesses, porque é isso que o Pai celeste faz.1

“Quem se fizer pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus.”

Na Colômbia, Vicente e sua família passaram pela provação da pandemia, num regime de quarentena muito rigoroso. Ele escreve: Quando começou o toque de recolher, a vida cotidiana mudou de repente. Minha esposa e os dois filhos mais velhos tinham de se preparar para alguns exames universitários; o mais novo não conseguia se acostumar com o estudo virtual. Em casa, ninguém tinha tempo para cuidar do outro. Olhando para esse caos, à beira de explodir, percebi que essa era uma oportunidade para encarnar a “arte de amar” na nossa “nova vida” do Evangelho vivido. Comecei a arrumar a cozinha, preparar a comida, organizar as refeições. Não sou um cozinheiro experiente, nem sou caprichoso para lavar a louça, mas percebi que, fazendo isso, ajudaria a diminuir a ansiedade rotineira. O que tinha começado como um ato de amor por um dia, estendeu-se por vários meses. Os outros membros da família, quando terminavam de cumprir seus próprios compromissos, também assumiam a louça, a arrumação das roupas, a limpeza da casa. Juntos constatamos que as palavras do Evangelho são verdadeiras e que o amor criativo sugere como colocar em ordem todo o resto.

Fonte: https://www.cidadenova.org.br/

'Alerta vermelho' para humanidade: Os pontos-chave do relatório da ONU sobre mudanças climáticas

Relatório do IPCC mostra de forma inequívoca que o aquecimento
global está se desenvolvendo mais rápido do que o esperado e
que praticamente tudo é consequência das atividades humanas
  • Relatório mostra impactos predatórios das atividades humanas no planeta
  • Espera-se que por volta de 2030 a temperatura média do planeta seja 1,5 ºC ou 1,6 ºC mais quente que a dos níveis da era pré-industrial
  • Última vez que a atmosfera do planeta estava tão quente como agora foi há cerca de 125.000 anos

O relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU, publicado nesta segunda-feira (9), o mais importante divulgado desde 2014, mostra de forma inequívoca que o aquecimento global está se desenvolvendo mais rápido do que o esperado e que praticamente tudo é consequência das atividades humanas.

Confira alguns dos pontos-chave do relatório:

  • Adeus +1,5 ºC; olá, sobrecarga

Espera-se que por volta de 2030 a temperatura média do planeta seja 1,5 ºC ou 1,6 ºC mais quente que a dos níveis da era pré-industrial nos cinco cenários relativos às emissões de gases de efeito estufa - que evoluem do mais otimista ao mais pessimista -, considerados no relatório. Isto ocorreria uma década antes do que o IPCC previu há apenas três anos.

Em meados do século, o limite de +1,5 ºC terá sido superado em todos os cenários: os mais otimistas indicam que será superado em 0,10 ºC e os mais pessimistas, em 1,0 ºC.

Mesmo assim, ainda há um resquício de esperança: na suposição de que se faça absolutamente tudo para combater as mudanças climáticas, a temperatura global, após ter subido 1,5 ºC, será 1,4 ºC superior à da era pré-industrial até 2100.

Os aliados naturais, debilitados

Desde 1960, aproximadamente, as florestas, os solos e os oceanos absorveram 56% de todo o CO2 que a humanidade emitiu na atmosfera, apesar destas emissões terem aumentado 50%. Sem a ajuda da natureza, a Terra seria um lugar muito mais quente e inóspito do que é agora.

Mas estes aliados - conhecidos como sumidouros de carbono - estão dando indícios de saturação e espera-se que o percentual de CO2 que conseguem absorver será menor com o passar do tempo.

  • Sim, as mudanças climáticas são culpadas

O relatório destaca o progresso surpreendente de uma nova área, a "ciência da atribuição", para quantificar até que ponto o aquecimento global provocado pelo ser humano aumenta a intensidade e/ou a probabilidade de que ocorra um fenômeno meteorológico extremo, como uma onda de calor, um furacão ou um incêndio florestal.

Em algumas semanas, por exemplo, os cientistas estabeleceram que a onda de calor que castigou o Canadá em julho, com temperaturas recorde, teria sido "quase impossível" sem a influência das mudanças climáticas.

  • Elevação rápida do nível do mar
O nível global dos oceanos aumentou cerca de 20 cm desde 1900, 
e a taxa de elevação praticamente triplicou na última década
O nível global dos oceanos aumentou cerca de 20 cm desde 1900, e a taxa de elevação praticamente triplicou na última década. As calotas de gelo que derretem na Antártida e na Groenlândia são agora o principal fator, à frente do degelo dos glaciares.

Se as temperaturas globais aumentarem 2 ºC, o nível dos oceanos aumentará cerca de meio metro no século XXI. E continuará aumentando até quase dois metros até 2300, o dobro do que o IPCC previa em 2019.

Devido à incerteza somada às calotas de gelo, os cientistas não descartam uma elevação das águas de até dois metros até 2100.

Lições alarmantes do passado

Avanços importantes em paleoclimatologia (ciência que estuda as características climáticas da Terra ao longo da sua história), fizeram soar alguns alarmes.

Por exemplo, a última vez que a atmosfera do planeta estava tão quente como agora foi há cerca de 125.000 anos e o nível do mar era de 5 a 10 metros maior, o que atualmente submergiria a maioria das cidades costeiras.

Há três milhões de anos, quando as concentrações de CO2 na atmosfera coincidiam com os níveis atuais e as temperaturas eram entre 2,5 ºC e 4 ºC mais altas, o nível do mar estava até 25 metros acima do que está hoje.

O metano, (enfim) na alça de mira

O relatório inclui mais dados do que nunca sobre o metano (CH4), o segundo gás de efeito estufa mais importante, depois do CO2, e adverte que se não se conseguir diminuir as emissões, não será possível cumprir os objetivos estabelecidos no Acordo de Paris.

As emissões produzidas pelo homem se dividem entre os escapes na produção de gás natural, minas de carvão e lixões, por um lado; e o gado e o esterco por outro.

O CH4 permanece menos tempo na atmosfera do que o CO2, mas tem um poder de aquecimento muito maior. Os níveis atuais de CH4 são os mais altos registrados nos últimos 800.000 anos.

Diferenças regionais

Embora todas as partes do planeta - dos oceanos às terras, passando pelo ar que respiramos - estejam mais quentes, algumas áreas se aquecem mais rapidamente do que outras. No Ártico, por exemplo, prevê-se que o aumento da temperatura média dos dias mais frios seja três vezes superior à média global do planeta.

O nível do mar também aumenta em todos as partes, mas é provável que em várias costas suba 20% acima da média.

Pontos de inflexão

O IPCC não descarta "pontos de inflexão" no sistema climático, ou seja, modificações abruptas de "pouca probabilidade, mas impacto importante", que são irreversíveis.

Entre estes estão a desintegração das calotas polares com água suficiente para elevar o nível do mar em dezenas de metros, o degelo do permafrost que guarda imensos volumes de carbono ou a transformação da floresta amazônica em savana.

Correntes atlânticas

A Circulação Meridional de Capotamento do Atlântico (AMOC, na sigla em inglês) - um sistema de correntes oceânicas que regula o trânsito global de temperatura dos trópicos para o hemisfério norte - desacelera, uma tendência que muito provavelmente continuará no restante do século.

Os cientistas mostram apenas uma "confiança mediana" de que este sistema não vá colapsar por completo, como já ocorreu no passado.

Se acontecer, os invernos europeus serão muito mais rigorosos e haveria perturbações nas monções na África e na Ásia e uma elevação do nível do mar no Atlântico Norte.

Fonte: https://br.noticias.yahoo.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF