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domingo, 15 de agosto de 2021

Sabia que a primeira Missa da Capela Sistina foi na Solenidade da Assunção?

Capela Sistina / Crédito: Wikimedia Snowdog (CC BY-SA 3.0) -
Assunção da Virgem de Juan del Castillo,
Museu de Bellas Artes de Sevilha /
Crédito: Wikimedia Tiberioclaudio99

Vaticano, 15 ago. 21 / 09:00 am (ACI).- Em um dia como hoje, 15 de agosto de 1483, a Capela Sistina foi consagrada e dedicada à Virgem Maria durante a primeira Missa celebrada neste lugar pelo papa Sisto IV.

A Capela Sistina, pertencente ao Palácio Apostólico da Cidade do Vaticano e conhecida pela celebração de importantes conclaves e cerimônias, recebeu o nome do papa Sisto IV, que ordenou a sua construção entre 1473 e 1481.

O templo é uma reconstrução e ampliação da capela magna, um lugar utilizado pelo papa e pelo seu séquito para o culto diário, que estava grandes falhas na sua estrutura.

Após a sua construção, a Capela Sistina foi decorada pelos pintores renascentistas Sandro Botticelli, Pietro Perugino, Pinturicchio, Domenico Ghirlandaio, Cosimo Rosselli e Luca Signorelli.

Eles fizeram os primeiros afrescos sobre a vida de Moisés e de Cristo, e retratos dos papas que governaram até então.

As pinturas foram instaladas em 1482, mas só no dia 15 de agosto do ano seguinte que o papa Sisto IV celebrou a primeira Missa na Solenidade da Assunção da Virgem Maria.

A etapa seguinte da decoração ficou a cargo de Michelangelo entre 1508 e 1512, a pedido do papa Júlio II.

Originalmente, o artista deveria pintar os doze apóstolos na abóbada da Capela Sistina. Entretanto, Michelangelo propôs e realizou nove cenas do Gênesis, que mostram a Criação, a Relação de Deus com a Humanidade e a Queda do Homem.

Entre 1536 e 1541, o artista também pintou a parede do altar com O Juízo Final, onde tinham pintado as cenas da Natividade e de Moisés e alguns retratos dos papas.

Em 1515, veio a intervenção de Rafael, que a pedido do papa Leão X fez dez pinturas que representam a vida de São Pedro e São Paulo e cuja realização demorou 4 anos.

Continuaram fazendo modificações e restaurações na Capela Sistina, até se tornar um tesouro artístico incalculável, considerado Patrimônio da Humanidade.

Fonte: ACI Digital

Se você soubesse que iria morrer em meia hora, o que faria?

São Domingos Sávio | Public Domain
Por Francisco Vêneto

A célebre resposta de um menino santo que partiu desta vida aos 15 anos de idade.

Se você soubesse que iria morrer em meia hora, o que faria? Esta pergunta, que pode ser angustiante para tanta gente, pode ser também inspiradora para muitos outros.

E foi extamente esta a pergunta que certo padre fez a um grupo de crianças. O sacerdote em questão, que meio mundo conhece hoje como o santo Dom Bosco, estava olhando alguns meninos que brincavam quando decidiu chamar um deles e lhe perguntou: “Se você soubesse que iria morrer daqui a meia hora, o que você faria?”

O menino respondeu: “Iria para a capela rezar”.

O padre então chamou mais um, que, diante da mesma pergunta, declarou: “Eu iria me confessar”.

Por fim, o padre chamou um terceiro pequenino que ali brincava: era um menino quem meio mundo conhece hoje como São Domingos Sávio, que viria de fato a falecer muito cedo, aos 15 anos de idade, com a firme determinação de antes morrer que pecar.

Dom Bosco perguntou também a ele: “Se você soubesse que iria morrer daqui a meia hora, o que você faria?”

O menino olhou para o padre e lhe respondeu, espontâneo e alegre: “Eu continuaria brincando!”

Esta é a pureza de uma alma que está sempre pronta para o encontro com o Pai Eterno.

Fonte: Aleteia

Rembrandt comovido pelo rosto de Jesus

Rembrandt, A ceia de Emaús, 1648, Museu do Louvre, Paris
por Giuseppe Frangi
O grande artista holandês pintou uma série de “retratos” do Senhor, fazendo posar como modelo um judeu de Amsterdã. Para chegar o mais próximo possível da verdade. Pela primeira vez essas obras, geralmente pouco consideradas pela crítica, foram reunidas numa bela mostra, que, depois de passar por Paris, chegou aos Estados Unidos

Em julho de 1656, Rembrandt, à beira da bancarrota, decidiu leiloar todos os bens conservados na grande casa de Jodenbreestraat. Como parte do procedimento, em 24 e 25 daquele mês foi realizado o inventário pela Desolate Boedelskamer de Amsterdã. Um inventário extremamente longo, no qual a certa altura são listadas três tábuas com pinturas do rosto de Cristo. Uma em particular é definida nestes termos: “Cristus tronie nae’t leven”. Literalmente: “Cabeça de Cristo a partir do real”. O que indicava essa especificação “a partir do real”? O primeiro estudioso que publicou esse inventário, em 1834, pensou que se tratasse de um deslize do magistrado holandês, e não achou nada melhor para fazer senão fingir que não era nada e suprimir essa nota. Dois anos depois, um observador atento notou essa censura e, para resolver o enigma, propôs uma interpretação decididamente forçada: “em tamanho natural”. Mas, em holandês, esse “nae’t leven”, contração de “naar het leven”, não deixa espaço para ambiguidades: significa “tomado a partir do real”, ou seja, de modelo vivo. Por que o anônimo inventarista teria sentido a necessidade de especificar isso, quase como se se tratasse de um traço identificador dessa série de pequenas cabeças de Cristo? Para responder a essa pergunta, o Louvre e os museus da Philadelphia e de Detroit uniram forças para organizar uma das mais extraordinárias mostras dos últimos anos. A mostra, que em Paris é intitulada Rembrandt e a figura de Cristo – e que nas etapas americanas da Filadélfia (até 30 de outubro) e de Detroit (de novembro a fevereiro de 2012) terá um título muito mais direto: Rembrandt e o rosto de Cristo –, vem acompanhada por um belíssimo catálogo, publicado por uma editora italiana (Officina Libraria).

O coração da mostra, que reuniu algumas obras-primas absolutas, como as variantes que Rembrandt pintou sobre o tema da Ceia de Emaús, é constituído pela sala em que as três cabeças citadas no inventário foram reunidas e outras quatro, todas em tábua, que a crítica com o tempo recuperou. A importância particular desses quadros para o pintor é demonstrada pelo fato de que dois deles, segundo o inventário, estavam pendurados em seu quarto de dormir: mas isso não bastou para convencer a crítica de sua autografia. Assim, o Rembrandt Research Project, uma instituição que é chamada a “certificar”, entre a imensa massa de obras atribuídas ao mestre holandês, as que são seguramente de sua mão, chegou a suprimir as sete tábuas do catálogo. Hoje, o trabalho desse time de críticos, apoiado também em análises científicas realizadas sobre as obras, voltou a garantir a autografia de quatro dessas Cabeças, deixando para as outras uma atribuição “no ateliê de Rembrandt”. Nesse meio-tempo apareceram também alguns exemplares que certamente documentam uma série de outros originais perdidos. Sinal de que esse era um tema de grande importância para Rembrandt, e de que muitos o pediam a ele.

Mas qual é o motivo de um tão sutil ostracismo da crítica perante essas obras? Certamente tem a ver com aquele “nae’t leven” que deixou confusos os estudiosos por tanto tempo. Rembrandt vivia numa sociedade já solidamente protestante, em que também a concepção da arte tinha mudado profundamente. Décadas antes, em 1566, o conflito com o catolicismo desembocara numa violenta campanha iconoclasta, com a destruição de muitíssimas obras nas igrejas dos Países Baixos. Ao sul do rio Escalda, os católicos tinham retomado o controle da situação, voltando a encher as igrejas de Antuérpia graças à energia fluvial de Pieter Paul Rubens; ao norte, ao contrário, a história foi mudada para sempre. Os artistas tinham-se desviado para cenas da vida cotidiana, alimentando um mercado que já não era caracterizado por grandes encomendas, mas por uma nova classe de ricos compradores. Os temas religiosos tinham-se rarefeito muito, com um claro prevalecimento de cenas do Antigo Testamento. A imagem de Jesus estava no centro de um debate acalorado: um dos alunos de Rembrandt, Jan Victors, chegou mesmo a afirmar que havia o risco de uma “idolatria”.
Rembrandt, Cabeça de Cristo, aproximadamente 1648,
Museum Bredius, Haia, Países Baixos
Nesse contexto, no entanto, Rembrandt agiu com absoluta liberdade. É claro que sua produção circulava privadamente, quando não ficava restrita a ele mesmo. Mas é evidente que ele sentia uma necessidade profunda, quase insuprimível, de estar frente a frente com a figura de Cristo. A experiência de Caravaggio, que tinha tirado as representações da vida de Jesus da perspectiva idealista e as levara a um horizonte de credibilidade realista, forneceram a Rembrandt uma referência essencial. Rembrandt vai além nesse caminho, lidando com o contexto em que se encontrava. Estava muito atento às fontes, pelos pormenores concretos que podiam fornecer. Tinha estudado a história de Flávio José, como demonstra uma gravura de 1659, São Pedro e São Paulo à porta do Templo, em que o edifício é desenhado seguindo as indicações extraídas das Antiguidades judaicas.

O “nae’t leven” de que fala o inventário sugere, nesse sentido, um elemento essencial. Rembrandt, como escreve Lloyd DeWitt, um dos curadores da mostra, procurou um modelo na comunidade judaica de Amsterdã, um pouco para confirmar as boas relações que o ligavam àquela comunidade, mas sobretudo para ter diante de si um tipo humano “etnograficamente próximo de Cristo”. Isso representava “uma recusa tanto dos estereótipos iconográficos quanto da idolatria, por meio do realismo”. Não é por acaso que a mostra e as descobertas relacionadas foram amplamente destacadas pela imprensa israelense. De modo particular pelo jornal Haaretz, que publicou um artigo de título muito significativo: “Rembrandt’s Jewish Iesus”.

Segundo outro crítico, Willem Adolph Visser’t Hooft, “à primeira vista, o retrato parece o de um rabino, o mais profundo e delicado possível. Mas percebemos logo que há qualquer coisa de misterioso. Esse Cristo está longe de nos impressionar por sua majestade. Ao contrário, é ‘sem forma nem beleza’, não ‘eleva a voz’”. Nessas observações está a substância das imagens de Cristo pintadas por Rembrandt. “Sem forma nem beleza” indica a ausência de qualquer retórica, de qualquer idealismo estético. Cristo nos surpreende num contexto de absoluta normalidade, tanto na ambientação quanto na calma reflexiva de sua atitude. E “não eleva a voz”, pois Rembrandt o imagina num instante de diálogo profundo e amigável com quem está à sua volta. Cristo é imaginado num momento de intimidade, nos bastidores da sua aventura pública. Um Cristo anti-heroico, verdadeiro na paixão do seu olhar e na ternura do vínculo que instaura com seu interlocutor. São imagens que se inseriam em continuidade ambiental em relação aos lugares a que eram destinadas, como se sublinhassem sua contemporaneidade. É isso que provavelmente Rembrandt buscava, antes de tudo para si, mas depois também para uma pequena comunidade de pessoas que não se rendia àquele vazio que o protestantismo tinha imposto. Hoje suas Cabeças de Cristo convencem justamente porque em sua elementaridade iconográfica não precisam de chaves de interpretação, não requerem uma “preparação” particular. Pedem apenas que sejam olhadas.

Fonte: Revista 30Dias (ago-set/2011)

Papa no Angelus: a humildade é o segredo para alcançar o Céu

Papa Francisco no Angelus  (Vatican Media)

Francisco disse na sua alocução no dia da Solenidade da Assunção que "Maria, em sua pequenez, conquista os céus primeiro. O segredo de seu sucesso está precisamente em se reconhecer pequena e necessitada". Com Deus, somente aqueles que se reconhecem como nada são capazes de receber tudo.

Silvonei José - Vatican News

"No Evangelho deste domingo, Solenidade da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu, destaca-se o Magnificat. Este cântico de louvor é como uma fotografia" da Mãe de Deus. Maria 'alegra-se em Deus, porque olhou para a humildade de sua serva'. A humildade é o segredo de Maria. É a humildade que atraiu o olhar de Deus para ela." Estas são palavras do Papa Francisco antes do Angelus na solenidade da Assunção da Santíssima Virgem Maria, pronunciadas da janela de seu escritório no Palácio Apostólico do Vaticano diante dos fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro. "O olho humano - continuou o Papa - busca a grandeza e fica deslumbrado com o que é vistoso. Deus, por outro lado, não olha para as aparências, mas para o coração e se encanta com a humildade. Hoje, olhando para Maria assunta, podemos dizer que a humildade é o caminho que leva para o céu":

A palavra 'humildade' vem do latim humus, que significa 'terra'", disse o Papa. É paradoxal: para chegar ao topo, ao céu, você tem que permanecer baixo, como a terra! Jesus ensina: "Aquele que se humilha será exaltado. Deus não nos exalta por nossos dons, por nossas riquezas e habilidades, mas por nossa humildade. Deus exalta quem se abaixa, quem serve. Maria, de fato, a si mesma não atribui outro 'título' a não ser de serva: ela é "a serva do Senhor". Ela não diz mais nada sobre si mesma, ela não busca mais nada para si mesma.

Hoje, então, - enfatizou Francisco - podemos nos perguntar: como vivo a humildade? Procuro ser reconhecido por outros, afirmar-me e ser elogiado, ou eu penso em servir? Eu sei escutar, como Maria, ou será que eu só quero falar receber atenção? Eu sei ficar em silêncio, como Maria, ou eu estou sempre falando? Será que sei dar um passo para trás, evitar brigas e discussões ou eu apenas tento me sobressair?

"Conquista os céus primeiro"

Maria, em sua pequenez, conquista os céus primeiro". O segredo de seu sucesso está precisamente em se reconhecer pequena e necessitada", sublinhou o Papa Francisco. Com Deus, somente aqueles que se reconhecem como nada são capazes de receber tudo. Somente aqueles que se esvaziam são preenchidos por Ele. E Maria é a "cheia de graça" precisamente por causa de sua humildade. Para nós também, a humildade é o ponto de partida, o início de nossa fé. É fundamental ser pobre em espírito, ou seja, necessitados de Deus. Aquele que está cheio de si mesmo não dá espaço a Deus, mas aquele que permanece humilde permite que o Senhor realize grandes coisas. O poeta Dante chama a Virgem Maria de "humilde e elevada mais do que criatura''.

O Papa Francisco disse em seguida que é bom pensar que a criatura mais humilde e alta da história, a primeira a conquistar os céus com toda si mesma, de corpo e alma, passou a maior parte de sua vida entre as paredes de sua casa, no cotidiano. Os dias da cheia de graça não foram muito impressionantes. Eram muitas vezes iguais, no silêncio: no exterior, nada de extraordinário. Mas o olhar de Deus sempre permaneceu sobre ela, admirado pela sua humildade, sua disponibilidade, pela beleza de seu coração, nunca tocada pelo pecado.  Esta é uma grande mensagem de esperança para nós; para você, que vive dias iguais, cansativos e muitas vezes difíceis.

Fiéis na Praça São Pedro - Angelus

Vamos celebrá-la hoje com o amor de filhos

Maria nos recorda hoje que Deus também chama você para este destino de glória - continuou o Papa. "Estas não são palavras bonitas, é a verdade. Não é um final feliz engenhosamente criado, uma ilusão piedosa ou uma falsa consolação. Não, é a pura realidade, viva e verdadeira como Nossa Senhora assunta ao Céu".

O Papa então convidou os fiéis presentes na Praça São Pedro: Vamos celebrá-la hoje com o amor de filhos, animados pela esperança de um dia estar com ela no Céu!

Francisco pediu então que todos rezassem a Nossa Senhora para que ela possa nos acompanhar no caminho da Terra para o céu. Pediu ainda a Nossa Senhora que nos recorde que o segredo do caminho está contido na palavra humildade. E que a pequenez e o serviço são os segredos para alcançar a meta''. 

https://youtu.be/GWSG5DNemnM

Fonte: Vatican News

A história da Assunção e por que é um dia de preceito em muitos países

Pintura da Assunção de Maria na Basílica de São Martinho de Tours
/ Crédito: Wikimedia Commons

REDAÇÃO CENTRAL, 14 ago. 21 / 08:00 am (ACI).- Os católicos de todo o mundo celebram a Solenidade da Assunção de Maria neste domingo, 15 de agosto, comemorando sua subida gloriosa ao céu.Embora o dia da celebração seja relativamente novo, sua história tem raízes nos primeiros séculos da igreja.

O numeral 1246 do Código de Direito Canônico indica que este feriado é um preceito, ou seja, uma solenidade na qual o católico é obrigado a participar da Missa.

No entanto, no mesmo numeral, indica-se que a “Conferência episcopal contudo pode, com aprovação prévia da Sé Apos­tólica, abolir alguns dias festivos de preceito ou transferi-los para o domingo”. Por esse motivo, em alguns países, não é obrigatório.

O Dr. Matthew Bunson, principal colaborador da EWTN, ressaltou que “à medida que a vida terrena da Virgem Maria chega ao fim, a Assunção nos ajuda a entender mais plenamente não apenas sua vida, mas também nos ajuda a sempre focar nosso olhar na eternidade".

“Vemos em Maria a lógica da Assunção como a culminação de sua vida. Um requisito eucarístico para esse dia é muito apropriado”, continuou.

O dogma da Assunção de Maria, também chamado "Dormição de Maria" nas igrejas orientais, tem suas raízes nos primeiros séculos da Igreja. A Igreja Católica ensina que quando Maria terminou sua vida terrena, Deus a elevou em corpo e alma ao céu.

Essa crença tem suas raízes nos primeiros anos da Igreja. Enquanto um local fora de Jerusalém foi reconhecido como o túmulo de Maria, os primeiros cristãos argumentavam que "não havia ninguém lá", assegurou Bunson.

De acordo com São João Damasceno, no Concílio de Calcedônia, em 451 d.C., o imperador romano Marciano solicitou o corpo de Maria, Mãe de Deus. São Juvenal, que era bispo de Jerusalém, respondeu “que Maria morreu na presença de todos os apóstolos, mas que seu túmulo, quando aberto a pedido de Santo Tomé, foi encontrado vazio; de onde os apóstolos concluíram que o corpo foi levado ao céu”.

No século VIII, por volta da época do papa Adriano, a Igreja começou a mudar sua terminologia, renomeando a festa do "Memorial de Maria" para a "Assunção de Maria", observou Bunson.

A crença na Assunção de Maria foi uma tradição muito estendida e uma meditação frequente nos escritos dos santos através dos séculos. No entanto, não foi definido oficialmente até o século passado.

Em 1950, o papa Pio XII fez uma declaração infalível "ex-cathedra" na Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, definindo oficialmente o dogma da Assunção.

“Com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos s. Pedro e s. Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”, escreveu o papa.

No decreto, que foi aprovado de antemão pelas dioceses de todo o mundo, o papa Pio XII examinou séculos de pensamento cristão e os escritos de vários santos sobre a Assunção de Maria.

“Temos ao longo da história da Igreja um testemunho quase universal disso. Temos este fio que recorre toda a história da Igreja em apoio ao dogma. Isso é significativo porque respalda a tradição da Igreja, mas também apoia uma compreensão mais profunda dos ensinamentos da Igreja de como confiamos nas reflexões de algumas das maiores mentes da mesma”, comentou Bunson.

O que também é notável sobre o dogma, acrescentou, é que ele "usa a voz passiva", enfatizando que Maria não subiu ao céu pelo seu próprio poder, como Cristo o fez, mas foi elevada ao céu pela graça de Deus.

Atualmente, a festa da Assunção está marcada como um grande dia de festa e de preceito em vários países, incluindo Estados Unidos.

O Dr. Bunson explicou que, em festividades importantes, é necessário destacar o significado real da celebração, enfatizando a necessidade de celebrar a Eucaristia naquele dia.

"Haveria algo mais apropriado do que, na Festa da Assunção da Mãe Santíssima, mais uma vez, centrar-se em seu Filho, na Eucaristia?", questionou.

Fonte: ACI Digital

SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

Nossa Senhora da Assunção | Vatican News

Dom Paulo Cezar Costa / Arcebispo de Brasília

Bendita és Tu entre as mulheres

A Igreja, neste domingo, olha para Maria assunta aos céus. A sua assunção “é singular participação na ressurreição de seu Filho e antecipação da ressurreição dos outros cristãos.” (Catecismo da Igreja Católica, 966). Olhando para a glória de Maria, os cristãos já veem realizado Nela aquilo que esperam. Contemplar a glória de Maria nos anima no caminho da fé, na vivência da fidelidade ao projeto de Deus.

A Palavra de Deus, narrada no Evangelho, apresenta a visita de Maria a Isabel. O texto bíblico diz que “Maria pôs-se a caminho para a região montanhosa, dirigindo-se apressadamente a uma cidade da Judéia”. Dirigir-se apressadamente mostra a mulher que busca realizar a vontade de Deus.  Esta imagem relembra que os mil afazeres e decisões, se não são colocados no horizonte de Deus, não atingem a totalidade da realidade. A história, os fatos, os acontecimentos, as grandes e pequenas decisões sem Deus não conseguem atingir a sua plenitude, pois partem de um olhar parcial da realidade.

Maria entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. O simbolismo da casa de Isabel relembra a vida familiar, relembra a Igreja doméstica tão valorizada neste tempo de pandemia. Maria entra na vida, na intimidade de Isabel e Zacarias. No encontro entre Maria e Isabel está inserido também um encontro simbólico entre Jesus e João Batista. O encontro destas duas grandes mulheres significa o encontro da Antiga e da Nova Aliança, o encontro entre a Promessa e a realização da Promessa. Isabel, embora mais idosa, manifesta sua submissão a Maria: “Bendita és tu entre as mulheres…”. A mesma realidade faz também o Batista que “estremeceu no ventre de Isabel”, para realizar, assim, a vocação de orientar para Jesus. Maria contempla, vê com seus olhos a maravilha da obra de Deus em Isabel, pois a estéril conceber só pode ser obra de Deus. E Isabel é tocada pela saudação de Maria: “Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite, pois logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu ventre” (43-44). Aqui já se expressa toda a fé da Igreja na mãe de Jesus, toda a veneração que a Igreja das origens tem por Maria e, ao mesmo tempo, a fé em Jesus Cristo. Maria é mãe do Filho de Deus.  Senhor é título de Cristo. Ele ressuscitado é proclamado Senhor. Proclamar que Jesus é o Senhor significa reconhecer a centralidade dEle na história e na vida humana. Submeter-se a Cristo e à sua mãe, como fazem Isabel e João Batista, não fere a autonomia humana, pois Cristo é a realização do ser humano. Somente no mistério de Cristo o homem encontra o que é ser homem e o ser humano realiza a sua vocação humana.

O Evangelho, na sua parte final, apresenta uma grande ação de graças de Maria ao Senhor da história. Num cântico cheio de citações do Antigo Testamento, Maria manifesta a grandeza de uma alma agraciada e agradecida por aquilo que Deus fez na história do seu povo e, hoje, na sua existência. Ela é a mulher humilde, que sabe que tudo que aconteceu na sua vida e história não é mérito seu, mas obra do Todo Poderoso. Seu grande mérito está em ter colocado a sua liberdade à disposição de Deus como Serva do Senhor.

Arquidiocese de Brasília

sábado, 14 de agosto de 2021

FAMÍLIA: A ternura do abraço

Foto Ilustrativa: Igor Alecsander by GettyImages
Por Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Arcebispo de Belo Horizonte (MG)

A Igreja Católica, ao celebrar a Semana da Família, faz coro, ainda mais fortemente, com outras instituições da sociedade para mostrar a importância de se investir na família. O contexto familiar é escola onde se deve aprender a ternura que inscreve, em cada pessoa, o sentido da vida, dom inviolável. A ternura ultrapassa simples consideração melosa. Estrutura a conduta social na lei do amor e capacita cada ser humano para ser um dom na vida de seu semelhante. A missão que Jesus confiou a seus discípulos se efetiva no testemunho de pais e mães que, no dia a dia, permanecem fiéis ao mandamento maior, a vivência do amor, oferecendo as suas vidas pela família. Deste amor brotam a misericórdia e o perdão. O resultado é a fecundação do indispensável tempero da ternura, com a sua luz própria, direcionando corações para o rumo certo. Assim, reconhece-se um Evangelho da família, com capítulos que alicerçam dinâmicas qualificadas no amor. A ternura do abraço guarda, pois, um potencial estruturante – oferece à interioridade o equilíbrio nas relações interpessoais, configurando-as na modulação do amor.

O remédio da ternura leva à cura das dores do cansaço e das feridas, conforme ensina a família de Nazaré – oportuno se lembrar daquele doloroso episódio, a violência praticada pela arbitrariedade de Herodes. A ternura da Sagrada Família projetou luzes nas sombras da perseguição que ainda hoje envolvem tantas pessoas – o sofrimento das famílias de refugiados e dos descartados da sociedade. Há, pois, um Evangelho da família, que deve emoldurar a experiência de cada pessoa, garantindo laços de fraternidade. A família educa para a abertura ao outro, uma grande escola da fé, da liberdade e da convivência humana. Trata-se de uma escola indispensável. Sua ausência representa grande lacuna, que prejudica competências humanas tão necessárias para o bem viver.

Ternura e acolhimento no ambiente familiar

A experiência da fraternidade na família possibilita o aprendizado sobre a necessidade do cuidado com o semelhante, desenvolvendo, ao mesmo tempo, o gosto por conseguir ajudar alguém e a humildade para, em momento de necessidade, não recusar a ajuda oferecida. O Evangelho da família inclui o cultivo da solicitude, da paciência e do carinho, possibilitando chegar ao princípio cristão determinante: o outro, para além de sua condição e das suas circunstâncias, é sempre mais importante. Torna-se, pois, evidente que nenhuma experiência pode substituir a singularidade da família com o seu Evangelho. No contexto familiar, tem-se a oportunidade de crescer entre irmãos, uns cuidando dos outros, ajudando e sendo ajudados. Essa experiência forte da irmandade, embora com fadigas e desafios, capacita o ser humano para a sociabilidade, alicerçando a configuração das relações político-sociais. O círculo pequeno formado pelos cônjuges e seus filhos se alarga em uma grande família, possibilitando uma comunhão sempre mais profunda.

Exercício da solidariedade

O Papa Francisco faz um apelo, na Carta Encíclica sobre a alegria do amor na família: a família ampliada de cada pessoa deveria acolher, com muito amor, as mães solteiras, as crianças sem pais, as mulheres abandonadas que devem continuar a educação de seus filhos, as pessoas com deficiência que requerem muito carinho e proximidade, os jovens que lutam contra uma dependência, as pessoas solteiras, separadas ou viúvas que sofrem com a solidão, os idosos e os doentes que não recebem o apoio de seus filhos, incluir até mesmo os mais desastrados na condução de suas vidas. A Igreja tem a inegociável tarefa de anunciar o Evangelho da família, convocando para essa missão outras instituições. Uma tarefa que deve envolver, primordialmente, as famílias cristãs, testemunhando a alegria que enche o coração. Trata-se de importante semeadura, verdadeira obra de Deus. É preciso proporcionar a todas as famílias uma compreensão que lhes garanta a qualificação como escola de fé e de amor. O desafio permanente é não se contentar com um anúncio teórico e desligado dos problemas das pessoas. Deve-se oferecer a oportunidade do exercício da reciprocidade, na comunhão e na fecundidade. Esse exercício é um legado indispensável vivido com singularidade no contexto familiar. O equilíbrio humano e a competência na administração da vida estão profundamente vinculados à aprendizagem da reciprocidade.

A ternura do abraço é muito mais do que uma simples situação de aconchego envolvendo pais e filhos. Trata-se de lição que amadurece o ser humano na experiência insubstituível da reciprocidade. Permite desenvolver a competência para o exercício da solidariedade, sacrificando-se pelo bem do próximo, vencendo a mesquinhez. Quando não se aprende a reciprocidade carrega-se o peso do isolamento, do egoísmo, da inabilidade para seguir princípios morais. Reciprocidade não se aprende conceitualmente, mas a partir de vivências, particularmente aquelas que caracterizam a vida em família. Investir na família é, assim, imprescindível, oferecendo as condições materiais e humanas, espirituais e morais para que todos tenham a oportunidade de alicerçar a vida na rocha invencível do amor – experimentado na fé e na grandeza da alma, na ternura do abraço.

Fonte: https://formacao.cancaonova.com/

O RH se desumanizou?

Revista Cidade Nova

TRABALHO A área de Recursos Humanos enfrenta o dilema da agilidade e da diversidade propiciadas pelas plataformas de inteligência artificial e os desafios de manter o processo de recrutamento e seleção ainda humanizados.

por Cibele Lana   publicado em 02/08/2021

ASSIM como aconteceu com outras áreas, a pandemia também intensificou a digitalização da área de Recursos Humanos (RH) dentro das empresas. De uma hora para a outra, os processos de admissão, demissão, recrutamento e seleção passaram para o ambiente on-line, e a área também se viu responsável por auxiliar os colaboradores na transição para o trabalho remoto, por inovar em pacotes de benefícios para o “novo normal”, dentre outras ações bastante estratégicas para as organizações. 

Tal cenário alavancou também os negócios de empresas que vendem tecnologias de inteligência artificial para processos de recrutamento e seleção com a promessa de tirar do encargo dos profissionais de RH as tarefas mais operacionais. As ferramentas funcionam a partir de aprendizado de máquina (machine learning, em inglês) e, a partir de dados imputados no sistema, como questionários aplicados com todos os colaboradores, são propensas a triar e selecionar currículos de pessoas com o mesmo perfil ou mais “parecidas” com a cultura da empresa. 

É o caso da Gupy, uma das líderes de mercado nesse segmento. A empresa possui mais de 60 mil vagas publicadas todos os meses, mais de 20 milhões de usuários registrados na plataforma e cerca de 5 milhões de candidaturas a vagas mensalmente. “Nossa inteligência artificial ajuda a contratar a pessoa certa de forma ágil  para que o RH seja mais estratégico. Graças a todas estas soluções, ajudamos a economizar em média 50% no tempo de fechamento de vagas, 80% no esforço operacional do RH e 30% na rotatividade de pessoal”, diz Guilherme Dias, cofundador da Gupy. 

No entanto, apesar da inovação, o mercado de RH, pelo que parece, anda bem dividido sobre os reais benefícios de utilizar inteligência artificial em processos de contratação de pessoas. Líder de RH em uma grande empresa do setor alimentício, Marcos Ono decidiu estudar o assunto em sua dissertação de mestrado pela Fundação Getúlio Vargas.

“Todos os headhunters (profissionais que buscam candidatos qualificados no mercado) com os quais conversei falam que esse vai ser o maior fator de transformação nessa área nos próximos anos. As empresas muito grandes utilizam mais tecnologia, assim como a tecnologia tem um peso maior para cargos de entrada. No entanto, no caso de recrutamento de executivos o uso cai, pois aqui no Brasil o critério mais forte é o cultural, dos valores etc.”

Camila Machado é gerente geral de gente em uma grande empresa e atua com RH há 21 anos. A profissional diz acreditar que para algumas organizações muito grandes e com muitos ciclos de contratação e após muitos dados inseridos nas plataformas, elas possam ser mais assertivas, mas questiona de forma contundente a “velocidade” dos processos vendida pelas plataformas. “Na minha experiência, quanto mais rápido fazemos o processo, mas rápido é o insucesso. O custo da cadeira vazia é alto, mas no fim percebo que quando fazemos o processo muito rápido, a gente erra, porque faz parte do conhecimento da empresa e do candidato um tempo para que conversem, explorem etc.” 

Essas ferramentas vendem a possiblidade de contratações, além de ágeis, também com menos vieses, propiciando mais diversidade. Em alguns casos, as ferramentas podem ajudar, de fato, contribuindo para que a triagem dos currículos seja menos subjetiva, levando para o funil de contratação pessoas que não são conhecidas por sua etnia, orientação sexual, deficiências físicas etc. No entanto, Camila salienta que mesmo com o auxílio da tecnologia, a etapa final dificilmente não irá envolver uma entrevista com interação. “Isso pode ser um ganho marginal, mas não dá certo para tudo e nem para todas as posições.” 

OUTRA PERSPECTIVA

E para quem está do “outro lado”, como é enfrentar um processo seletivo automatizado? 

Amanda Carvalho precisou buscar por recolocação profissional recentemente e em um curto período participou de mais de 60 processos seletivos on-line, com a oportunidade de interagir com diversas dessas plataformas tecnológicas de recrutamento e seleção. “São muitas as etapas e todas as convocações são por e-mail. Quando você chega numa terceira ou quarta etapa, você sabe que tem o perfil e competências para aquele tipo de vaga e, por alguma razão, por algum crivo tecnológico, você não permanece no processo. E aí você recebe um feedback on-line também, com aquelas palavras iguais para todos. Então, a minha percepção é de que o RH se desumanizou”, argumenta. No primeiro processo em que Carvalho foi convocada para uma entrevista “presencial”, foi contratada. Para ela, o processo gera um sentimento enorme de frustração para as pessoas, que são excluídas dos processos com muitos “nãos” e sem um feedback humanizado para compreender como pode ser melhor. 

Amanda Carvalho conta ainda sua experiência sobre a robotização dos recursos humanos na rede social LinkedIn e já obteve mais de 22 mil curtidas na publicação. Pela confirmação do público, parece que a percepção da profissional resume bem o novo cenário: “O RH deve reinventar o processo seletivo em grande quantidade, mas não somente com ferramentas de agilidade. É preciso pensar numa forma de ser também mais humanizado”. 

Texto originalmente publicado na Revista Cidade Nova edição de Agosto 2021.

Fonte: https://www.cidadenova.org.br/

Redes sociais e o Detox digital

Netflix
Por Pe. Judinei Vanzeto

A necessidade de estimulação constante está ligada ao narcisismo, ao isolamento e ao novo individualismo.

O documentário “O Dilema das Redes” foi lançado em fevereiro de 2020 no festival de Sundance, nos Estados Unidos, mas o assunto ganhou o mundo após entrar para o catálogo da Netflix, sete meses depois.

O filme consiste-se em depoimentos de ex-executivos das maiores empresas do Vale do Silício e acadêmicos, onde transcrevem o vício e os impactos negativos das redes sociais na vida das pessoas, bem como as estratégias criadas para manipular a emoção e comportamento dos usuários da rede. 

Os depoimentos de “O Dilema das Redes” apontam como as experiências digitais, as recomendações automáticas, as notificações e publicações sugeridas funcionam como engodos para a população mundial. Apontam que o alvo é o tempo das pessoas, ou seja, fazem render monetariamente o tempo que os usuários permanecem conectados para empresas, políticos, organizações e países. Pois “quando você não compra nada na web é porque você é o produto”.

Detox digital

O homem moderno encontra-se imerso no mundo digital e precisa dar-se conta da necessidade de voltar ao silêncio e a reflexão. Para isso, alguns especialistas, propõem um detox digital, isto é, desconectar-se do mundo virtual e abandonar qualquer tipo de tecnologia, como, por exemplo, o celular.

 As pessoas que se propuseram a um detox digital dizem que, por meio do silêncio, retornaram à reflexão, a vida de oração e ao hábito de uma boa leitura e amizades fecundas. Pois, muitas pessoas, que num determinado momento do dia, passa grande parte do tempo em redes sociais, essas mesmas estão procurando o silêncio, mas não sabem como fazê-lo. 

 O silêncio conduz a pessoa para a solidariedade, integração pessoal e comunhão nas relações com o outro, sobretudo, com os familiares. Estar totalmente desligado do mundo digital é um perigo, mas viver completamente imerso é pior ainda. Em muitos espaços não se ouve nenhum ruído, mas as pessoas estão cada vez mais incomodadas, estressadas: Por quê? É o barulho da falta de comunicação, diálogo, relação interpessoal.  

Cultura digital

Na família há pessoas que estão conversam mais com os de fora, por meio das redes sociais, do que com seu próximo. Outras consomem conteúdos pornográficos ao invés de alimentar-se com algo mais criativo e produtivo. Isso é a mesma coisa que reunir um caminhão de pólvora debaixo do tapete da sala de sua própria casa; um dia vai explodir e ferir a si mesmo e as pessoas que mais ama. E depois não sabe o motivo da separação do casal ou do filho ter caído no mundo dos entorpecentes. 

A cultura digital parece reforçar cada vez mais a busca de estímulos externos e numa velocidade destruidora. Todo mundo está com pressa e surge o café instantâneo, as respostas devem ser instantâneas, a vida atropelada e nisso os relacionamentos acabam sendo feridos.

Essa necessidade de estimulação constante está ligada ao narcisismo, ao isolamento, ao novo individualismo, ao vazio e conduz para a infelicidade. Não obstante, o Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965) já pedia aos fiéis, em particular aos pais, para ajudar os jovens a aprenderem a praticar a moderação e o autocontrole no uso dos meios de comunicação social. 

Fonte: Aleteia

Milícia da Imaculada no Brasil publica livro com escritos de São Maximiliano Kolbe

Guadium Press
A obra reúne e apresenta de forma organizada os escritos de São Maximiliano Kolbe, desde os primeiros cadernos de anotações, até o último cartão escrito da prisão e endereçado à mãe.

Redação (13/08/2021 12:51, Gaudium Press) Um livro que reúne escritos de São Maximiliano Kolbe está sendo publicado no Brasil. O conteúdo da obra, que contém mais de 2500 páginas, foi traduzido a partir de uma versão italiana que compilou o que Kolbe escreveu em diversos idiomas, tais como o italiano, o polonês e o latim.

“Trata-se de um material impressionante colocado à nossa disposição para podermos colher o pensamento do fundador da Milícia da Imaculada, as riquíssimas reflexões que permanecem muito atuais e nos estimulam; sua espiritualidade voltada para a santidade e sobretudo para a missão, sua paixão pela Imaculada e sua particular mariologia”, explica Matilde Luvistto, uma das tradutoras do livro.

Guadium Press

Obra reúne cartas, artigos e anotações de São Maximiliano Kolbe

Durante sua vida, Kolbe enviou correspondências para diversas pessoas, além de ter escrito inúmeros artigos para jornais e revistas, e anotado suas inspirações místicas. A obra reúne e apresenta de forma organizada os escritos de São Maximiliano Kolbe, desde os primeiros cadernos de anotações, até o último cartão escrito da prisão e endereçado à mãe.

“Por meio dos escritos de São Maximiliano Kolbe poderemos conhecer os detalhes da sua história de vida: seus sentimentos, sua visão de mundo, sua eclesiologia e suas experiências espirituais. A leitura e reflexão desses escritos é um importante caminho para o conhecimento do legado espiritual desse grande santo”, assegura Frei Gilson Miguel Nunes, OFM Conv., Assistente Internacional da Milícia da Imaculada.

Um ‘mergulho’ na alma do santo fundador da Milícia da Imaculada

Voltado para estudantes, pesquisadores e para quem deseja conhecer e aprofundar sobre a espiritualidade de São Maximiliano Kolbe, este livro é iniciado com uma breve apresentação escrita por Frei Raffaele di Muro, OFM Conv., que é especialista em São Maximiliano Kolbe.

O Frei Sebastião Benito Quaglio, OFM Conv., co-fundador do Instituto Missionários da Imaculada-Padre Kolbe, que também escreve uma mensagem de incentivo na obra, destaca que a publicação deste livro facilita que o leitor possa realizar um ‘mergulho’ na alma do santo fundador da Milícia da Imaculada.

nazistas temiam uma das “armas” e davam pouca atenção para a outra, ...mais poderosa do que imaginavam. Pior para eles.
Guadium Press

São Maximiliano Kolbe

Nascido no ano de 1894 na Polônia, São Maximiliano Kolbe fundou em 1917 a Milícia da Imaculada, onde desenvolveu intenso trabalho com os meios de comunicação. O Santo morreu em 1941 no campo de concentração de Auschwitz, após se oferecer no lugar de um pai de família. (EPC)

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF