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sábado, 28 de agosto de 2021

Quanto sofres nesta vida miserável que tanto amas!

Guadium Press
Vale a pena tanto sofrimento nesta vida? Se não for por amor à vida eterna, de que valem tantos esforços, fama, dinheiro, trabalhos e fadigas? Para aliviar o peso da vida terrena, Deus entregou os Mandamentos. Com eles, “o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”

Redação (27/08/2021 10:41Gaudium Press) “Disse o Senhor a um certo jovem: ‘Se queres chegar à vida, guarda os mandamentos’. Não disse: ‘Se queres chegar à vida eterna’, mas: se queres chegar à vida, chamando simplesmente vida à vida eterna.

Analisemos acima de tudo o amor a esta vida. De fato, esta vida é objeto de amor, qualquer quer seja, seja como seja, ainda que esteja cheia de tribulações e misérias, os homens têm medo de que ela acabe e, por isso, se enchem de pavor.

Daqui se pode ver e considerar o quanto se deve amar a vida eterna, pelo tão grande amor que se tem a esta vida miserável que há de terminar algum dia.

Considerai, irmãos, o quanto se deve amar a vida que nunca termina. Vós amais esta vida na qual tanto vos fatigais, correis, vos preocupais e ansiais; apenas podem contar as coisas necessárias nesta mísera vida: semear, arar, replantar, navegar, moer, cozinhar, tecer; e depois de tudo isso, vos encontrais com uma vida que se acaba. Vede quanto tendes que sofrer nesta vida miserável que tanto amais.

Por Cícero Leite

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Jornalista católica: Nova regulamentação em Cuba busca nos calar

Imagem ilustrativa / Crédito: Pexels
Por Diego López Marina | ACI Prensa

REDAÇÃO CENTRAL, 27 ago. 21 / 04:34 pm (ACI).- A jornalista Neife Rigau, da revista independente La Hora de Cuba, disse que o Decreto-Lei 35, que regula as telecomunicações é uma tentativa do regime comunista de “silenciar a sociedade cubana” após os protestos de 11 de julho. “Com esse decreto, eles tentam silenciar a sociedade cubana e o nosso papel como jornalistas. Nosso papel é fazer com que, tanto os cubanos como o mundo, saibam o que acontece nos povoados e bairros de Cuba. Se deixarmos que nos amedrontem, deixaremos a sociedade um pouco órfã, porque estes são momentos em que o jornalismo e a comunicação são fundamentais para conseguir mudanças na ilha”, declarou a jornalista católica de 22 anos em entrevista à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI.

O governo cubano publicou, na terça-feira, 17, uma série de regras que tipificam, pela primeira vez, crimes cibernéticos, podendo resultar em sanções penais. As redes sociais e a internet, que em Cuba chegou aos celulares em 2018, foram as ferramentas que permitiram à população se organizar em diversas localidades do país para se mobilizarem exigindo liberdade e melhores condições de vida. Em Cuba, o governo comunista controla os meios de comunicação de massa, como rádios, televisão e jornais impressos.

Através de fotos e vídeos das marchas compartilhadas nas redes sociais, foi possível difundir a repressão do regime aos protestos para outros países. Por causa desse fluxo de informação, o governo cortou o serviço de internet em toda a ilha durante quase uma semana enquanto respondia com violência, detenções arbitrárias e julgamentos sumários.

A ONG espanhola de defesa legal dos direitos humanos, Prisoners Defenders, reportou em 3 de agosto uma lista de 272 condenados e presos políticos, num período de 20 dias, após o início dos protestos.

“Não é novidade o fato deles terem agido de forma repressiva contra os cidadãos que se expressam através das redes sociais. Mas agora eles têm apoio legal para exercer esse tipo de ação” com o novo decreto, disse Rigau.

As novas regras estabelecem 17 delitos de “cibersegurança”, tipificados em níveis de “periculosidade” que vão de “média” a “muito alta”.

De acordo com a mídia independente El Diario de Cuba, agora é crime “compartilhar nas redes sociais notícias falsas, mensagens ofensivas ou ‘difamação com impacto no prestígio do país`, sendo este último caso algo bastante ambíguo”.

“Serão consideradas como ´difusão prejudicial` as publicações de conteúdos que ´violem os preceitos constitucionais, sociais e econômicos do Estado` ou que ´incitem à mobilização ou a outros atos que alterem a ordem pública; difundam mensagens que façam apologia à violência, acidentes de qualquer tipo que afetem a intimidade e dignidade das pessoas`”, continuou o jornal.

A jornalista Rigau, que mora em Camagüey, disse à ACI Prensa que “diante do Decreto-Lei 35 não nos resta outra opção a não ser continuar nos expressando, fazendo jornalismo e denunciando as injustiças e falsidades que o regime cubano tenta mostrar ao mundo”.

“As ações repressivas do governo contra os jornalistas, repórteres e comunicadores vão desde a prisão domiciliária ou prisão até coisas mais simples, como o corte da internet durante horas ou dias, como eles vêm fazendo há anos”, disse a jornalista, que também trabalhou para a Conferência dos Bispos Católicos de Cuba e na Pastoral Juvenil Inaciana da Companhia de Jesus.

Em Cuba, não há liberdade de imprensa porque a Constituição proíbe a propriedade privada dos meios de comunicação social. Embora existam alguns meios de comunicação independentes na internet, eles têm pouco alcance porque a internet é de má qualidade e cara. Além disso, o acesso público ao wi-fi gratuito é praticamente inexistente.

A ONG francesa, Repórteres Sem Fronteiras, afirmou que “Cuba continua sendo, ano após ano, o país com a pior qualificação em matéria de liberdade de imprensa na América Latina” e que a nomeação de Díaz-Canel em 2018 não gerou nenhuma mudança.

O regime cubano detém um monopólio quase absoluto da informação e tenta entravar, por todos os meios, o trabalho da imprensa independente com detenções arbitrárias, ameaças de prisão, perseguição, assédio, buscas domiciliárias ilegais, confisco e destruição de material jornalístico, afirmou a ONG.

Na entrevista com a ACI Prensa, Neife Rigau contou que também sofreu pessoalmente a repressão do regime contra a imprensa.

No dia 11 de julho, ela e seus colegas Henry Constantin e Iris Mariño foram detidos durante 10 dias e acusados de suposto delito de desordem pública, apesar de só terem feito a cobertura das manifestações para o seu jornal, La Hora de Cuba.

“Eles abriram um processo judicial contra nós, que durou 42 dias, até o dia 23 de agosto passado. A promotoria encerrou o caso e pôs fim à prisão domiciliar. Mas fomos obrigados a pagar uma multa de 1000 pesos cubanos”, contou ela.

Muitas pessoas “ainda estão sendo processadas ou condenadas por participar do 11 de julho ou por terem publicado vídeos sobre aquele dia”, disse Rigau. “Todos os casos foram julgados como crimes comuns, como desordem pública, desacato ou atentado”, juízo que o governo utiliza “contra opositores e ativistas pelos direitos humanos”, acrescentou.

Sobre o uso da internet na ilha, Neife Rigau explicou que, nos últimos meses e em anos anteriores, muitas pessoas foram citadas “pela segurança do Estado por fazerem comentários ou publicações nas redes sociais, sobretudo no Facebook, que é a rede mais utilizada em Cuba”.

“Em 2018 começou a haver uma certa abertura com a implementação das comunicações através de dados móveis. Desde aquele momento, as redes sociais desempenharam um bom papel ao denunciar tudo aquilo que não pode ser feito de forma presencial, porque é arriscado e porque finalmente os resultados não seriam os mesmos”, afirmou.

Rigau acredita que agora, com a aprovação do Decreto-Lei 35, nada mais será igual. “Qualquer pessoa que tente se expressar nas redes sociais poderá ser perseguida ou punida por exercer seu direito”, lamentou.

“Como o governo sabe que a internet é a ferramenta que as pessoas usam para se expressar, estão tentando amedrontar ou limitar essa via de expressão. Aquele que se expressa livremente, mas contra a ideologia que o regime impõe, pode ser reprimido. O poder executivo tem uma e mil maneiras de reprimir”, explicou.

Quanto à profissão que ela vem desempenhando, Rigau disse que “trabalhar em um meio de comunicação em Cuba é uma experiência enriquecedora, por todos os desafios” que implica. “Ser jornalista independente em uma ilha onde a liberdade de expressão é bastante limitada sempre exige desafios, já que a gente pode receber ameaças nas redes sociais ou na vida real, como ameaças de morte, de prisão ou contra familiares”, afirmou.

Sobre o futuro de Cuba, Rigau acha que ele é “difuso”, devido ao panorama “desolador” do presente, no qual, “por um lado, está a repressão do governo e, por outro, o desabastecimento e a crise sanitária tão grande”.

“Só espero que o mal-estar social pela situação do país ajude a que as mudanças aconteçam progressivamente, que possa haver melhorias e que os cidadãos ganhem mais espaço nas instituições e na sociedade”, disse ela.

Para Rigau, “a mudança em Cuba será lenta, porque houve muitos danos antropológicos e institucionais. Mas acho que, pouco a pouco, pequenos passos serão dados para ajudar na transição que sonhamos, para uma Cuba democrática”.

Fonte: ACI Digital

Laudato si' preenche lacuna entre fé e ciência, diz cientista do clima

Gregory Asner mostra ao Papa Francisco um mapa
da biodiversidade  (@VaticanMedia)

Após o encontro do Papa Francisco com os membros do Movimento Laudato si', o cientista Gregory Asner explicou ao Vatican News que a ciência pode oferecer ferramentas no esforço de pesquisar e combater as mudanças climáticas.

Devin Watkins - Cidade do Vaticano

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2021/08/26/14/136159559_F136159559.mp3

Laudato si’ fala para as pessoas de uma forma que um cientista não consegue. O Papa Francisco realmente nos dá um presente para comunicar onde a ciência atua na ecologia integral, como parte de uma responsabilidade maior”.

Essa observação resume para um cientista a contribuição do Papa para a promoção da ecologia integral entre pessoas de todas as religiões.

De acordo com Gregory Asner, cientista do clima e da biodiversidade nascido nos Estados Unidos, fé e ciência podem trabalhar juntas na questão das mudanças climáticas e não se opor, como se pode observar na Encíclica do Papa de 2015. 

Asner, que é diretor da School of Geographical Sciences & Urban Planning (Tempe, Arizona) e entre 1995 e 2005 mapeou o desmatamento ilegal na Amazônia - falou com nosso colega Jean-Charles Putzolu após uma delegação do Movimento Laudato Si (novo nome Movimento Global Católico pelo Clima desde julho) ser recebida pelo Papa Francisco na quinta-feira, 26. Encontro do qual participaram duas lideranças indígenas da terra indígena Maró, oeste do Pará.

Fé e ciência trabalham juntas

“Ouvindo o Papa Francisco, a Igreja e Laudato si’, vejo um entendimento de que [a questão da mudança climática e da biodiversidade] é crítica”, disse Asner. “Temos que desempenhar um papel na melhoria das nossas condições em todo o planeta para as pessoas e para a natureza.”

A ciência e a fé, acrescentou ele, podem “absolutamente” trabalhar juntas para atingir esse objetivo.

Em suas viagens por muitas nações do mundo, o cientista se depara muitas vezes com a ideia de que ciência e fé se opõem uma à outra.

Ele observa, no entanto, que sua formação mostrou que as duas são importantes, mas por razões diferentes.

“A fé nos dá bússola, compreensão e muito mais do que a ciência nos dará”, disse Asner. “Mas a ciência nos dá algo único: ferramentas.”

As ferramentas oferecidas pela ciência, acrescentou, podem nos ajudar a passar dos pontos A para B e melhorar nosso mundo.

A ciência oferece ferramentas

Referindo-se a seu próprio país, os Estados Unidos, Asner disse que muitas vezes ouve pessoas quase elevando a questão mudança climática ao nível de crença, dizendo "Eu não acredito nas mudanças climáticas".

Sua resposta é que as mudanças climáticas não são uma crença, mas uma medição científica que usa ferramentas.

“É difícil para as pessoas perceberem que a ciência não está em combate com a crença; é um instrumento, uma ferramenta, uma forma de navegar para a frente”, disse ele, oferecendo o exemplo de ligar os faróis de um carro durante a condução à noite. “Eles apenas me mostram para onde ir.”

Laudato si' preenche uma lacuna

A Encíclica Laudato si’, de acordo com Asner, preenche a lacuna entre a fé e a ciência, chamando-a de "uma perspectiva única".

A mentalidade do Papa, disse ele, é que as duas trabalhem juntas. “A crença - seja qual for o sistema de crença com o qual você se associa - não pode ignorar o fato de que a ciência está falando alto, nos dizendo que temos que mudar nossos hábitos, a maneira como estamos consumindo os recursos da terra e mudar o estresse que colocamos nos ecossistemas, na biodiversidade, e o clima.”

Ele defende que a humanidade deve "assumir a responsabilidade pelo que nos foi dado - esta terra - e cuidar dela."

Fonte: Aleteia

S. AGOSTINHO, BISPO DE HIPONA E DOUTOR DA IGREJA

Santo Agostinho | ArquiSP
28 de agosto

Bispo e doutor da Igreja (354-430)

SANTO AGOSTINHO, BISPO DE HIPONA E DOUTOR DA IGREJA

Aurélio Agostinho nasceu, no dia 13 de novembro de 354, na cidade de Tagaste, hoje região da Argélia, na África. Era o primogênito de Patrício, um pequeno proprietário de terras, pagão. Sua mãe, ao contrário, era uma devota cristã, que agora celebramos, como santa Mônica, no dia 27 de agosto. Mônica procurou criar o filho no seguimento de Cristo. Não foi uma tarefa fácil. Aliás, ela até adiou o seu batismo, receando que ele o profanasse. Mas a exemplo do provérbio que diz que "a luz não pode ficar oculta", ela entendeu que Agostinho era essa luz.

Aos dezesseis anos de idade, na exuberância da adolescência, foi estudar fora de casa. Na oportunidade, envolveu-se com a heresia maniqueísta e também passou a conviver com uma moça cartaginense, que lhe deu, em 372, um filho, Adeodato. Assim era Agostinho, um rapaz inquieto, sempre envolvido em paixões e atitudes contrárias aos ensinamentos da mãe e dos cristãos. Possuidor de uma inteligência rara, depois da fase de desmandos da juventude centrou-se nos estudos e formou-se, brilhantemente, em retórica. Excelente escritor, dedicava-se à poesia e à filosofia.

Procurando maior sucesso, Agostinho foi para Roma, onde abriu uma escola de retórica. Foi convidado para ser professor dessa matéria e de gramática em Milão. O motivo que o levou a aceitar o trabalho em Milão era poder estar perto do agora santo bispo Ambrósio, poeta e orador, por quem Agostinho tinha enorme admiração. Assim, passou a assistir aos seus sermões. Primeiro, seu interesse era só pelo conteúdo literário da pregação; depois, pelo conteúdo filosófico e doutrinário. Aos poucos, a pregação de Ambrósio tocou seu coração e ele se converteu, passando a combater a heresia maniqueísta e outras que surgiram. Foi batizado, junto com o filho Adeodato, pelo próprio bispo Ambrósio, na Páscoa do ano de 387. Portanto, com trinta e três e quinze anos de idade, respectivamente.

Nessa época, Agostinho passou por uma grande provação: seu filho morreu. Era um menino muito inteligente, a quem dedicava muita atenção e afeto. Decidiu, pois, voltar com a mãe para sua terra natal, a África, mas Mônica também veio a falecer, no porto de Óstia, não muito distante de Roma. Depois do sepultamento da mãe, Agostinho prosseguiu a viagem, chegando a Tagaste em 388. Lá, decidiu-se pela vida religiosa e, ao lado de alguns amigos, fundou uma comunidade monástica, cujas Regras escritas por ele deram, depois, origem a várias Ordens, femininas e masculinas. Porém o então bispo de Hipona decidiu que "a luz não devia ficar oculta" e convidou Agostinho para acompanhá-lo em suas pregações, pois já estava velho e doente. Para tanto ele consagrou Agostinho sacerdote e, logo após a sua morte, em 397, Agostinho foi aclamado pelo povo como novo bispo de Hipona.

Por trinta e quatro anos Agostinho foi bispo daquela diocese, considerado o pai dos pobres, um homem de alta espiritualidade e um grande defensor da doutrina de Cristo. Na verdade, foi definido como o mais profundo e importante filósofo e teólogo do seu tempo. Sua obra iluminou quase todos os pensadores dos séculos seguintes. Escreveu livros importantíssimos, entre eles sua autobiografia, "Confissões", e "Cidade de Deus".

Depois de uma grave enfermidade, morreu amargurado, aos setenta e seis anos de idade, em 28 de agosto de 430, pois os bárbaros haviam invadido sua cidade episcopal. Em 725, o seu corpo foi transladado para Pavia, Itália, sendo guardado na igreja São Pedro do Céu de Ouro, próximo do local de sua conversão. Santo Agostinho recebeu o honroso título de doutor da Igreja e é celebrado no dia de sua morte.

Fonte: Os santos e os beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente, Mario Sgarbossa, Paulinas.

Arquidiocese de São Paulo

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

MINISTÉRIO E MISSÃO!

Sou Catequista

Dom José Gislon
Bispo de Caxias do Sul (RS)

MINISTÉRIO E MISSÃO!

Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Nas celebrações do Mês Vocacional, lembramos neste último domingo os nossos queridos catequistas, que exercem esse bonito e fundamental Ministério na vida da Igreja, comunidade de fé. São mães e pais de família, adultos e jovens, consagrados, consagradas, que abraçaram com amor a missão de evangelizar, de apresentar Jesus às crianças, aos jovens e adultos. Para que possam conhecê-lo, acolhê-lo e amá-lo como Mestre e Senhor de suas vidas.

Este ano, com a Carta Apostólica Antiquum Ministerium (Ministério Antigo), o nosso amado Papa Francisco instituiu o Ministério de Catequista na Igreja. É um justo reconhecimento às milhares de pessoas que prestam um serviço fundamental na evangelização. Trata-se de um verdadeiro Ministério que esteve presente na vida da Igreja, desde os primórdios da comunidade cristã. Ao longo dos séculos, este valoroso serviço de evangelização sempre contou com a disponibilidade de homens e mulheres que, obedientes à ação do Espírito Santo, dedicaram a sua vida ao serviço dos irmãos e irmãs na Igreja, comunidade de fé.

Instituindo o Ministério do Catequista, “a Igreja quis reconhecer este serviço como expressão concreta do carisma pessoal, que tanto favoreceu o exercício da sua missão evangelizadora”. Quando olhamos “para a vida de fé das primeiras comunidades cristãs”, podemos fazer memória dos milhares de catequistas que se empenharam na difusão do Evangelho. Essa bonita história, marcada por doação à missão, estimula também na realidade de hoje milhares de catequistas a colocarem seus dons e talentos a serviço do Evangelho na Igreja.

“Toda a história da evangelização destes dois milênios manifesta, com grande evidência, como foi eficaz a missão dos catequistas”. Não se pode esquecer a multidão incontável de catequistas que foram protagonistas na difusão do Evangelho, através do ensino catequético. Eram “homens e mulheres, animados pela fé”, e, graças à fidelidade ao Mestre Jesus, foram “verdadeiras testemunhas de santidade”. “Também nos nossos dias, há muitos catequistas competentes e perseverantes que estão à frente de comunidades em diferentes regiões, realizando uma missão insubstituível na transmissão e aprofundamento da fé. A longa série de Beatos, Santos e Mártires catequistas que marcaram a missão da Igreja, merece ser conhecida, pois constitui uma fonte fecunda não só para a catequese, mas também para toda a história da espiritualidade cristã”.

Minha gratidão a todos os catequistas que, mesmo diante dos desafios da pandemia, dentro do possível, continuaram ajudando as crianças, os jovens e adultos a conhecerem Jesus, através do processo de Iniciação à Vida Cristã. Confio à bondade e à misericórdia do Pai, os catequistas falecidos, especialmente aqueles que partiram neste tempo de pandemia.

Fonte: CNBB

Síndrome de Burnout ‘viraliza’ na pandemia: conheça os sintomas

Antonio Guillem | Shutterstock
Por Octavio Messias

Condição associada ao excesso de trabalho está vinculada a outros problemas de saúde mental como depressão, ansiedade e pânico.

Com o distanciamento social e o trabalho em home-office impostos a muitos pela pandemia do coronavírus, uma escalada de casos da síndrome de burnout, problema de saúde mental relacionado ao excesso de trabalho, tem preocupado especialistas. O transtorno, incluído em 2019 na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS), pode desencadear de maneira psicossomática doenças como hipertensão, gastrite, dermatite, psoríase e alcoolismo. 

Segundo uma pesquisa recente da Fundação Oswaldo Cruz, que entrevistou trabalhadores essenciais do Brasil e da Espanha durante a pandemia, 47,3% deles passaram a apresentar sintomas de ansiedade e depressão a partir do isolamento social. Mais da metade deles (27,4% do total) sofre das duas condições (ansiedade e depressão, que estão associadas) ao mesmo tempo. Outros dados alarmantes são referentes ao abuso de álcool (44,3%) e a variações nos hábitos de sono (42,9%). De todos os entrevistados, 30,9% foram diagnosticados ou trataram de doenças mentais no ano anterior. 

Como identificar 

Em tempos normais, a Síndrome de Burnout, ou do esgotamento profissional, é causada pelo excesso de trabalho. No entanto, pela escassez de momentos de lazer e relaxamento, o que tem sido comum durante a pandemia, mesmo menos horas trabalhadas, especialmente em frente ao computador, têm surtido o mesmo efeito, sintomas como: 

Exaustão 

Quando você tenta dar cabo das tarefas, mas sente estafa mental ou até mesmo um esgotamento de energia. 

Negativismo

Quando o trabalho ou outros fatores associados a ele passam a despertar ansiedade, medo, tristeza, negativismo ou cinismo. Um distanciamento mental e afetivo das suas tarefas. 

Diminuição da eficiência 

Quando você não consegue mais cumprir os prazos ou realizar as mesmas tarefas, com a mesma eficiência, que costumava desempenhar. 

Principais sintomas

Isolamento

Tristeza

Pessimismo 

Baixa autoestima

Apatia e desesperança

Excesso de irritabilidade

Falta de prazer em atividades que gostava de desempenhar 

Distúrbios do sono

Dores musculares e de cabeça

Oscilações de humor

Falhas de memória

Dificuldade de concentração

Queda do sistema imunológico e maior suscetibilidade a doenças 

Falta de apetite

Agressividade

Como lidar

O primeiro passo para superar essa condição é tentar se distanciar o máximo possível do trabalho sem que isso traga prejuízos profissionais ou financeiros. E intercalar suas responsabilidades com pausas regulares, além de desempenhar atividades prazerosas, como caminhadas, viagens e socialização (ainda que por Zoom ou algum outro dispositivo). Prática de esportes, oração e meditação também ajudam a aliviar. Não deixe de manter uma alimentação equilibrada e estar sempre bem hidratado. Mais importante, talvez, seja não se cobrar tanto e respeitar os próprios limites. Se a situação estiver crítica e nada disso adiantar, deve-se procurar auxílio de um psicólogo ou psiquiatra. 

Fonte: Aleteia

Que vieste fazer na Religião?

Guadium Press
Quantos desvios, quantas misérias! Como a Igreja Católica teria menos problemas se aqueles que entraram para servi-la como clérigos e religiosos se lembrassem de que são… religiosos!

Redação (26/08/2021 09:23Gaudium Press) É muito útil empregar o meio de que se servia Santo Bernardo. Tinha sempre no coração, e muitas vezes nos lábios, esta pergunta que fazia a si mesmo: “Bernardo, Bernardo, que vieste fazer na Religião?”.

Assim todo religioso deveria dizer continuamente: deixei o mundo e todas as vantagens que ele me oferece para vir ao convento me santificar, e agora, que é que faço? Oh, como este pensamento de ter deixado o mundo para se santificar é próprio para despertar o religioso e inspirar-lhe a coragem necessária para progredir e superar os obstáculos que se encontram no seu estado!

Que o religioso diga, pois, consigo mesmo: De que me servirá ter deixado o mundo, ter-me encerrado entre quatro paredes e privado da liberdade, se, longe de me santificar, me exponho, por uma vida tíbia e relaxada, ao perigo de condenar-me?

Por Cícero Leite

Do livro “O religioso santificado”, de Santo Afonso Maria de Ligório

Fonte: https://gaudiumpress.org/



Time de futebol do Vaticano ajuda obras de caridade do Papa

Papa  (Vatican Media)

Finalmente, a camisa oficial da Representação dos Funcionários do Vaticano pode ser comprada nos Museus do Vaticano e na loja de roupas do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano. Metade dos proventos para ajudar os mais necessitados.

Vatican News

O último dia 30 de julho de 2021 foi uma data histórica para a ASD Sport, Associazione Sportiva Dilettantistica (Associação Esportiva Amadora) no Vaticano, porque um projeto muito importante para a Associação foi realizado. Finalmente, a camisa oficial da Representação dos Funcionários do Vaticano pode ser comprada nos Museus do Vaticano e na loja de roupas do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano. Tudo isso foi possível graças ao grande trabalho da diretoria da Associação, mas sobretudo graças à intuição de um dos dirigentes que, durante a pandemia de Covid-19, decidiu lançar este maravilhoso desafio, vendendo as camisetas oficiais, o agasalho de treinamento, a mochila e o boné oficiais da equipe de futebol do Vaticano e doando cerca de metade dos proventos com as vendas para as obras de caridade do Papa Francisco para ajudar os mais necessitados.

Papa recebe a camiseta do time de futebol do Vaticano
Esta fantástica iniciativa foi imediatamente recebida com muito entusiasmo. A primeira pessoa a receber a camiseta personalizada número 1 "Francesco" como presente foi o próprio Santo Padre durante uma audiência em 23 de junho de 2021.

A entrega da camisa oficial como presente aos cardeais, bispos e diretores dos diversos departamentos da Cúria continuou e continua como um sinal de agradecimento pelo grande apoio recebido ao longo dos anos e para mostrar o desejo de continuar a atividade esportiva sob a bandeira da caridade, da amizade e da cultura do diálogo e do encontro.

Prefeito do Dicasterio para a Comunicação Paolo Ruffini recebe
a camiseta do time do Vaticano
As atividades esportivas começarão em setembro com a participação na “Partita del Cuore - Un Goal per la Pediatria” (Partida do Coração - Um Gol para a Pediatria) para levantar fundos para as enfermarias de pediatria da Fundação San Matteo e da Fundação Mondino em Pavia.

Cardeal Comastri recebe a camiseta do time vaticano
As atividades continuarão com a organização do campeonato de futebol masculino, organização do torneio feminino Bambin Gesù, a copa do Vaticano, a supercopa do Vaticano, o memorial Nicola Antognetti, o 2º memorial Roberto Di Stefano, o torneio de Paddle e finalmente a Festa das Famílias.

Boné do time vaticano

Mochila do time vaticano
Agasalho do time vaticano
Fonte: Vatican News

Supremo Tribunal da Colômbia aprova união livre de menores com adultos

Foto ilustrativa / Crédito: Jakob Owens / Unsplash
Por Walter Sánchez Silva | ACI Prensa

BOGOTÁ, 26 ago. 21 / 04:20 pm (ACI).- A Corte Suprema da Colômbia determinou que menores entre 14 e 18 anos podem tomar a “decisão livre” de casar-se civilmente ou estabelecer uma união estável, com a “vontade responsável” de formar uma família, em sentença com data de 18 de agosto. Jesús Magaña, presidente da plataforma pró-vida e pró-família Unidos por la Vida, advertiu sobre os sérios perigos contidos na decisão que autorizou a união estável e civil entre adultos e adolescentes de 14 a 18 anos sem a autorização dos pais. A sentença responde a um pedido relativo à existência ou não de uma união estável entre um jovem de 14 anos e uma mulher maior de idade, que já morreu.

Para a Corte, “os maiores de 14 anos e menores de 18 anos” podem, “conforme sua idade e maturidade”, decidir “sobre suas próprias vidas e assumir responsabilidades”. “Ninguém mais poderia ser dono de seus destinos. Assim, devem ser consideradas pessoas livres e autônomas, com a plenitude de seus direitos”, acrescenta o texto.

Em declarações à ACI Prensa em 25 de agosto, Magaña disse que “realmente vemos com grande preocupação a forma como os tribunais, neste caso o Supremo Tribunal, começam a legislar. Esse é o ponto grave: geram e inventam direitos e desconhecem a legislação existente”.

“Temos aqui uma situação delicada, que todo mundo entende facilmente: um jovem de 14 anos não tem todos os recursos, nem a maturidade psicológica, nem física, para conseguir estabelecer compromissos com opções permanentes de vida, como a fundação de uma família”, disse o líder pró-vida.

Magaña alertou que, com a sentença, “se abre também uma porta muito delicada e muito perigosa para que crianças de 14 anos possam ter relações com pessoas adultas. Eventualmente, isso poderia causar riscos de relações de pedofilia”.

Para Jesús Magaña, a sentença da Corte Suprema é uma “porta que se abre de maneira desnecessária, quando já existem consensos e legislações claras a respeito. Acho que é um desejo de libertinagem por liberdade, sem fundamento sobre o que é melhor ou mais conveniente para a pessoa”. Na sua opinião, a decisão do Supremo Tribunal reflete a falta de apoio e preocupação pelos menores, pois “eles ficam expostos a uma decisão que pode ser tomada sob pressão ou não com suficiente informação e que os afetará para o resto de suas vidas”.

Com a sentença, já não é necessária a autorização dos pais. A respeito disso, Magaña disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que “evitar nesse assunto o direito ao pátrio poder dos pais de família é algo muito grave, porque para algumas coisas o Estado a exige, pedindo que eles sejam responsáveis pelos atos de seus filhos”.

"Hoje temos que um jovem aos 14 anos que não pode dirigir, mas pode fundar uma família. Também não pode comprar uma cerveja na loja, porque é menor de idade, mas pode fundar uma família. Há muitas atividades às quais um menor de 18 anos não pode aceder, mas pode fundar uma família”, disse ele.

O presidente da Unidos por la Vida disse que a sentença que permite a união estável ou civil de menores com adultos é “uma contradição, um desatino e uma visão ideologizada por parte desses magistrados da Corte Suprema”.

Fonte: ACI Digital

O Papa: que os políticos protejam a dignidade humana das ameaças tecnológicas

O Papa na audiência aos Legisladores Católicos em 2018 | Vatican News

Encontro de Francisco com os membros da Rede Internacional de Legisladores Católicos: "Pornografia infantil, roubo de dados, falsidade das redes sociais: é necessária uma legislação atenta para orientar a evolução e aplicação da tecnologia para o bem comum".

Salvatore Cernuzio/Mariangela Jaguraba – Vatican News

O Papa Francisco recebeu, no Vaticano, nesta sexta-feira (27/08), os participantes do encontro promovido pela Rede Internacional de Legisladores Católicos, uma rede de parlamentares católicos provenientes de todo o mundo nascida, em Trumau, na Áustria, em 2010, com o patrocínio do arcebispo de Viena, cardeal Christoph Schönborn.

Existe a pandemia da Covid que "perturba" e continua causando mortes e contágios; existem distúrbios e polarizações políticas que criam desconfiança em relação aos representantes políticos, mas acima de tudo existe um desafio que questiona e torna ainda mais delicado o papel dos parlamentares, especialmente dos parlamentares católicos, que é o desafio das novas tecnologias e das ameaças à "dignidade humana". Pornografia infantil, exploração de dados pessoais, fake news: contra essas chagas é necessária uma legislação atenta e orientada ao bem comum. Este é um mandato claro e definido que o Papa Francisco confiou aos membros da Rede Internacional de Legisladores Católicos. O cardeal Christoph Schönborn esteve presente na audiência do Papa junto com o professor Alting von Geusau e e Ignatius Aphrem II, patriarca da Igreja sírio-ortodoxa.

Contra a Covid ainda há muito a ser feito

Agradecendo ao organismo o trabalho realizado nestes onze anos de acompanhamento e apoio à obra da Santa Sé nos respectivos países e na Comunidade internacional, o Papa abordou, em seu discurso, a realidade de hoje gravemente marcada pela pandemia da Covid que parece ganhar ímpeto.

Fizemos certamente progressos significativos na criação e distribuição de vacinas eficazes, mas há ainda muito trabalho a ser feito. Já foram confirmados mais de 200 milhões de casos e quatro milhões de mortos devido a esta praga terrível, que também causou tanta ruína econômica e social.

Uma boa política é indispensável para a paz social

O papel dos parlamentares é mais importante do que nunca. "Nomeados para servir o bem comum, vocês são agora chamados a colaborar, através de sua ação política, a renovar integralmente as suas comunidades e a sociedade como um todo", disse Francisco. O objetivo não é apenas "vencer o vírus" e "voltar ao status quo antes da pandemia", mas "enfrentar as causas profundas que a crise revelou e ampliou: pobreza, desigualdade social, desemprego e falta de acesso à educação".

“Irmãos e irmãs, de uma crise não se sai iguais: sairemos melhores ou piores. De uma crise não saímos sozinhos: sairemos juntos ou não conseguiremos sair.”

Não é um trabalho fácil, ainda mais numa "época de perturbação e polarização política", na qual "os parlamentares e os políticos em geral nem sempre possuem grande estima". No entanto, observou o Papa, "que chamado maior existe do que servir o bem comum e dar prioridade ao bem-estar de todos, antes do ganho pessoal"?

“Uma boa política é indispensável para a fraternidade universal e a paz social.”

O desafio das novas tecnologias

Neste contexto, um dos maiores desafios da atualidade é "a administração da tecnologia para o bem comum", ressaltou o Pontífice. Certamente, "as maravilhas da ciência e tecnologia modernas aumentaram a nossa qualidade de vida", todavia, “abandonadas a si mesmas e apenas às forças do mercado, sem as devidas orientações das assembleias legislativas e de outras autoridades públicas orientadas por um sentido de responsabilidade social, essas inovações podem ameaçar a dignidade do ser humano”.

"Não se trata de frear o progresso tecnológico", esclareceu o Papa, mas "de proteger a dignidade humana quando esta é ameaçada". Os instrumentos políticos e regulamentares permitem que os parlamentares o façam.

O Papa enumerou alguns destes ataques contra a pessoa provenientes da internet: "Penso no flagelo da pornografia infantil, na exploração de dados pessoais, nos ataques a infraestruturas importantes como hospitais, nas falsidades difundidas nas redes sociais".

“Uma legislação atenta pode e deve orientar a evolução e aplicação da tecnologia para o bem comum.”

Cidadãos responsáveis e líderes preparados

O incentivo é o de "assumir a tarefa de uma reflexão moral séria e profunda sobre os riscos e oportunidades inerentes ao progresso científico e tecnológico, para que a legislação e as normas internacionais que os regulam possam centrar-se na promoção do desenvolvimento humano integral e da paz, e não no progresso como um fim em si mesmo".

O Papa convidou os membros da Rede Internacional de Legisladores Católicos a "promoverem o espírito de solidariedade, começando das necessidades das pessoas vulneráveis e desfavorecidas". "O compromisso dos cidadãos, nas várias esferas da participação social, civil e política, é indispensável", disse ele.

"Para curar o mundo, duramente provado pela pandemia, e para construir um futuro mais inclusivo e sustentável em que a tecnologia sirva as necessidades humanas e não nos isole uns dos outros, precisamos não apenas de cidadãos responsáveis, mas também de líderes preparados e animados pelo princípio do bem comum".

Fonte: Vatican News

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF