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domingo, 29 de agosto de 2021

O ABRAÇO DO PAPA FRANCISCO A INDÍGENAS BRASILEIROS DO MOVIMENTO LAUDATO SI NO VATICANO

CNBB

O ABRAÇO DO PAPA FRANCISCO A INDÍGENAS BRASILEIROS

Na manhã desta quinta-feira, 26, o Papa Francisco recebeu na antessala da Sala Paulo VI uma delegação do Movimento Laudato Si (até 29 de julho chamado Movimento Católico Global pelo Clima), que tem o foco de suas atividades na ecologia integral, mas também o compromisso internacional e constante inspiração de ação na Encíclica do Papa o sobre o cuidado com a Casa Comum.

Duas lideranças indígenas do Pará presentes no encontro – Cacique Dadá Borari e Poraborari, da terra indígena Maró, município de Santarém, oeste do Pará – contaram que o Papa Francisco dançou o Surara – somos guerreiros, eu sou guerreiro – e na conversa deu a eles “uma esperança muito boa”. As lideranças acompanham a movimentação em torno da votação do marco temporal pelo STF nesta quinta-feira, mas também falaram sobre os inúmeros testes realizados antes de chegar na Itália – incluindo a quarentena de 10 dias – e ao final exortaram todos a usar máscara, álcoo gel, e ter cuidado consigo mesmo e com os outros.

Como foi o encontro com o Papa Francisco na manhã de hoje?

O encontro foi um encontro muito bom, por conta que o Papa nos recebeu com todo carinho, com toda essa pessoa que ele é, foi sensível, sensibilizou a luta indígena nossa no Brasil, principalmente lá do Baixo Tapajós, e ele nos garantiu que é possível a gente construir uma agenda, aonde a gente possa discutir exatamente esse grande problema que hoje ocorre no Brasil, que é possível a gente fazer aliança, que essa aliança seja feita entre nós do Brasil, a população indígena, e a liderança que ele é hoje aqui no Vaticano. Então ele deu uma esperança muito boa para gente, que a gente vai construir uma torre de liderança, que essa torre de liderança possa discutir exatamente esses grandes empreendimentos que ocorrem no Brasil.

Teve uma dança e um grito especial durante o encontro, é isso?

Foi muito legal, por conta que nós dançamos o Surara e o Papa Francisco entrou na roda com a gente, segurou na minha mão, e a gente conseguiu dançar o Surara, que nada mais é do que esse tom aqui…[canto indígena]. O Surara significa ‘somos guerreiros, eu sou guerreiro’ (…) significa que o Papa Francisco é um guerreiro forte aqui no Vaticano. Esse é o significado. E tem o grito ‘Surara!’, somos fortes.

Hoje vai ser votado no STF o marco temporal. Como vocês estão acompanhando a mobilização em torno da votação, que teve inclusive o apoio nesses dias da CNBB, da REPAM, da CRB….

Estamos acompanhando, estamos bastante preocupados, porque está sendo discutido o futuro dos territórios indígenas, o futuro dos povos indígenas, porque se o STF referenda o marco temporal, significa dizer na prática de que todos os territórios indígenas, eles acabam sendo atribuído, criada regra geral para ter direito à demarcação de terra, os povos que estavam sob posse em 5 de outubro de 1988, quando foi promulgada a Constituição, o Brasil é signatário. E com isso é muito prejudicial por conta que a nossa história não começa em 88, nós estamos ocupando o Estado brasileiro muito antes da constituição do Estado brasileiro, nós já estávamos ali ocupando aqueles territórios. Então o STF precisa reconhecer a presença indígena no Brasil, precisa reconhecer os povos indígenas como pertencentes daquele território, o direito dos povos indígenas é um direito signatário, originário, e que o STF precisa referendar. E mais, a própria tese do marco temporal ela é inconstitucional. Vários juristas do Brasil já fizeram seus artigos de apoio, apontando a inconstitucionalidade da tese do marco temporal, há dois dias atrás, a ONU lançou um relatório também afirmando ndo e ponderando que o STF precisa julgar pela inconstitucionalidade da tese do marco temporal, porque a ONU também entende de que o marco temporal é uma tese inconstitucional para os povos indígenas no Brasil.

Como vocês veem o apoio da Igreja Católica à causa indígena?

A Igreja Católica tem sua importância no mundo, tem suas influências no mundo, e no momento em que o cacique recebe um convite para se encontrar com Papa Francisco, onde o Papa Francisco assume o compromisso em criar uma aliança pela defesa e a manutenção dos direitos originários dos povos indígenas, dos povos tradicionais, isso é muito importante porque a Igreja nada mais, nada menos, do que está reconhecendo o seu papel social, não só o papel religioso mas seu papel social para com os povos, que há muito tempo foram dizimados e invisibilizados.

Nós estamos vivendo este período de pandemia. Como foi para chegar à Itália para este encontro no Vaticano e como está a situação da Covid em sua aldeia…

Desde que a gente saiu da aldeia, aí chegamos na Cidade de Santarém, a gente teve que fazer exame de Covid, fizemos exames em São Paulo, aí depois fizemos quando chegou aqui na Itália, e todos os exames foram negativos, e quando eu cheguei aqui na Itália a gente teve que ir para a quarentena de 10 dias. Após a quarentena a gente voltou a fazer exame de novo, testou negativo e para entrar aqui no Vaticano também tivemos que fazer o exame, graças a Deus deu tudo certo, deu tudo negativo.

Nesse momento de pandemia na aldeia, a gente está seguindo as nossas próprias regras culturais, e a gente teve um grande problema que por conta… no início nós tivemos 40 pessoas na aldeia que foram vítimas da Covid, mas daí temos uma grande que é que a minha mãe, Edite Alves de Souza o nome dela, e ela com outro pajé, andaram fazendo os remédios caseiro e graças a Deus nenhum indígena precisou ir para o hospital de Santarém, para que recebesse intubação, graças a Deus ninguém veio [foi ]e a gente só tratou, a mamãe, só tratou lá com os remédios caseiros que tem no próprio território. Então a sabedoria ancestral, voltada à medicina tradicional, ela foi positiva e graças a Deus todo mundo ficou bom, não deixou sequelas em ninguém e hoje a gente tá feliz, porque temos nossos saberes culturais que não deixa de somar com os saberes científicos. Mas a gente como a gente exige respeito da sociedade, nós também respeitamos a sociedade. Aí é por isso que eu concordei em fazer essa quarentena de 10 dias e a gente cumpriu a quarentena tudo na paz, tudo deu certo, espero sucesso a todo mundo, mesmo lá do meu país e aqui do país Vaticano e peço a todos, por favor: “Você que tá ouvindo neste momento, use máscara, use álcool gel e tenha cuidado que o que está em jogo não é a vida dos outros, mas é a nossa própria vida, a minha, a sua, a de todo mundo, vamos se cuidar.”

Fonte: CNBB

PAIS DA IGREJA: São Cipriano de Cartago

S. Cipriano de Cartago | Veritatis Splendor

São Cipriano de Cartago

(†258) Bispo de Cartago e Mártir

«Da inutilidade dos ídolos»

Tradução: Luiz Fernando Karps Pasquotto

Estes que não são deuses, os quais as pessoas comuns adoram, são conhecidos por isto. Eles eram anteriormente reis, que por conta de suas memórias reais começaram a ser adorados por seus povos, mesmo depois de mortos. Desde então templos foram erigidos em honra deles; desde então imagens foram esculpidas para conservar as expressões do falecido; e homens sacrificaram vítimas, e celebraram dias de festas, com a intenção de lhes dar honras. Então, para os que vieram depois, estes ritos tornaram-se sagrados, os quais, primeiramente, foram adotados como um conforto. E agora vamos ver se esta verdade é sensata em casos particulares.

2. Melicertes e Leucothea são precipitados no mar, e tornam-se divindades do mar. Os Castores morreram periodicamente, para que possam viver. Esculápio é atingido por um raio para que possa se transformar em um deus. Hércules, para que possa se transformar em um deus, é queimado nas chamas de Oeta. Apolo alimentou os rebanhos de Admeto; Netuno erigiu muralhas para Laomedon, e infelizmente não recebeu pagamento por seu trabalho. A caverna de Júpiter é para ser vista em Creta, e sua sepultura é mostrada; e é manifestado que Saturno foi expulso por ele, e que por ele Lácio recebeu seu nome, como sendo seu esconderijo. Ele foi o primeiro que ensinou a grafar as letras; ele foi o primeiro que ensinou a cunhar dinheiro na Itália e, além disso, o tesouro é chamado tesouro de Saturno. E ele também foi o cultivador da vida rústica, e por isso é representado como um homem velho carregando uma foice. Jano o recebeu com hospitalidade quando ele foi expulso e também é chamado Janículo. O mês de Janeiro recebe seu nome dele. Ele mesmo é retratado com duas faces pois, posto no meio, parece olhar igualmente em direção ao começo e ao fim do ano. O Mauri, de fato, manifestamente adora reis, e não oculta seus nomes por nenhum disfarce.

3. Por causa disso a religião politeísta muda a cada nação e província, na medida em que nenhum deus é adorado por todos, mas cada um adora o seu ancestral de forma peculiar. Para comprovar que isso é assim, Alexandre, o Grande, escreveu em um volume endereçado a sua mãe que, através de seu poder, a doutrina dos deuses que era mantida em segredo foi aberta a ele por um sacerdote, pois esta era a memória dos ancestrais e reis que eram realmente mantidas, e que por causa disso os ritos de adoração e sacrifício cresceram. Mas se deuses nasciam em qualquer tempo, porque eles não nascem atualmente também? A menos que, de fato, Júpiter tenha crescido muito velho, ou a faculdade de suportar tenha reprovado Juno.

4. Mas porque pensais que os deuses podem valer-se em nome dos Romanos, quando vê-se que não podem fazer nada por si mesmos? Pois sabemos que os deuses dos Romanos são ingênuos. Rômulo foi feito deus pelo falso testemunho de Próculo, e Pico, e Tiberino, e Pilumno, e Cônso, que como um deus da traição teve que ser adorado, apenas como se ele tivesse sido um deus dos advogados, quando sua perfídia resultou no estupro de Sabines. Tácio também criou e adorou a deusa Cloacina; Hortílio, Terror e Pálida. Logo, eu não sei por quem, Febre foi dedicada, e Acca e Flora às prostitutas. Estes são os deuses romanos. Mas Marte é um traciano, Júpiter é cretense; Juno é de Argiva ou da Sâmia ou de Cartago; Diana é de Tauro e a mãe dos deuses, de Ida; há ainda os monstros egípcios, que não são deuses, os quais asseguradamente, se tivessem algum poder, teriam preservado a eles mesmos e aos seus povos. Certamente há entre os romanos, também, o vencido Penates, o qual o fugitivo Aeneas introduziu com a finalidade de ser adorado. Há também Vênus, mais desonrada pelos seus atos em Roma que por ter sido ferida, de acordo com Homero.

5. Reinos não se elevam à supremacia através do mérito, mas sim pelo acaso. Um dos impérios foi formado pela união dos assírios, medos e persas; e nós sabemos, também, que os gregos e egípcios tiveram seu período de glória. Depois, pela variação de poder, o período de glória passou para os romanos e para outros. Mas se retornarmos às suas origens, ficaremos corados. Tais povos foram unidos pela imoralidade e por seus crimes, e a impunidade de seus crimes cresceu; e seu rei tornou-se um criminoso, pois Rômulo tornou-se um fratricida. Eles roubam, praticam a violência, enganam na intenção de aumentar a população do Estado; seus casamentos consistem na quebra da hospitalidade e em lutas cruéis com seus sogros. O consulado, além disso, é o mais alto grau de honra, em Roma, pois sabemos que o consulado existe desde que o reino foi fundado. Brutus pôs seus filhos à morte, para que a consideração de sua dignidade pudesse aumentar pela aprovação de sua maldade. O reino romano, entretanto, não cresceu da santidade da religião, nem da sorte e do augúrio, mas mantém seu tempo marcado dentro de um limite definido. Além disso, Régulo observava a adivinhação pelo vôo dos pássaros, mas foi feito prisioneiro; e Mancino observava suas obrigações religiosas, mas foi subjugado. Paulo tinha galinhas que se alimentavam, mas foi morto em Cannae. Caio César desprezou os augúrios e as previsões que se opunham ao envio de seus navios à África antes do inverno, e facilmente navegou e conquistou-a.

6. De todos estes, porém, o princípio é o mesmo que engana e ilude, e com truques que escondem a verdade, conduzem um crédulo simples e tolo ao erro. Eles são espíritos impuros e vagantes que, depois de terem sido macerados em vícios terrestres, partiram do vigor celestial deles pelo contágio de terra, e não cessam, quando arruínam eles mesmos, de buscar a ruína de outros; e quando se degradam, infundem em outros o erro de sua própria degradação. Estes demônios os poetas também reconhecem, e Sócrates declarou que ele foi instruído e regido pela guarda de um demônio; e por isso os Magos têm um poder tanto para dano como para escárnio, de quem, porém, Hostanes diz que a forma do verdadeiro Deus não pode ser vista, e declara que anjos ficam rodando em volta do trono dEle. Em que Platão também concorda no mesmo princípio, e, mantendo um Deus, chama o reto de anjos ou demônios. Além disso, Hermes Trismegisto fala de um Deus, e confessa que Ele é incompreensível e além de nossa estimação.

7. Estes espíritos, então, estão espreitando debaixo das estátuas e imagens consagradas: eles inspiram os peitos de seus profetas com seu sopro, animam as fibras das entranhas, dirigem os vôos dos pássaros, regem os lotes, dá eficiência aos oráculos, sempre estão misturando falsidade com verdade, porque são ambos enganados e enganadores; eles perturbam suas vidas, eles inquietam seus sonos; seus espíritos também rastejam em seus, secretamente atormentando suas mentes; torcem seus membros, destroem suas saúdes, excitam doenças para forçar sua adoração, de forma que quando o altar está saturado com o vapor das pilhas de gado, lhes dá a impressão de terem soltado o que tinham ligado, e assim pareça terem efetuado uma cura. O único remédio deles é quando seus próprios danos cessam; nem têm eles qualquer outro desejo além de chamar os homens para longe de Deus, e os levar para longe da compreensão da verdadeira religião, levando-os para a superstição com respeito a eles mesmos; e desde que eles mesmos estão debaixo do castigo, (desejam) buscar para eles companheiros no castigo, os quais podem, pelo engano deles, torná-los cúmplices em seus crimes. Porém, estes, quando forçados por nós através do verdadeiro Deus, imediatamente se rendem, e são constrangidos a saírem dos corpos possuídos. Você pode vê-los na nossa voz, e pela operação da majestade escondida, atingidos duramente com faixas, queimado com fogo, esticados com o aumento de um castigo crescente, uivando, gemendo, pedindo, confessando de onde eles vieram e quando partem, até mesmo ouvindo falar dessas muitas pessoas que os adoram, e qualquer um que pula adiante imediatamente ou desaparecendo gradualmente, até mesmo como a fé do sofredor vem em ajuda, ou a graça dos efeitos de curandeiro. Conseqüentemente, eles urgem as pessoas comuns para detestarem nosso nome, de forma que os homens começam a nos odiar antes deles nos conhecerem, pois conhecendo-nos ou eles deveriam nos imitar, ou eles não teriam motivo para condenar-nos.

8. Portanto o único Senhor de tudo é Deus. Sendo sublime, não pode possivelmente ter qualquer obrigação, pois só ele possui todo o poder. Além disso, nos deixe pegar emprestado uma ilustração para o governo divino da terra. Sempre que se fez uma aliança em realeza não começaram elas em boa fé e terminaram em derramamento de sangue? Assim a fraternidade do Tébanos estava quebrada, e a discórdia durou até mesmo na morte, na desunião de suas cinzas. E um reino não pode conter os gêmeos romanos, embora o abrigo de um útero os tenha segurado. Pompéia e César eram parceiros, e não mantiveram o laço de sua relação no poder invejoso deles. Não deve você se maravilhar disto em relação ao homem, já que nisto estão todos os consentimentos da natureza. As abelhas têm um rei; os rebanhos têm um líder e uma regra. Suficiente é a Regra do mundo todo; quem comanda todas as coisas, tudo o que eles são, com sua Palavra, os dispõe por sua Sabedoria, e os realiza por seu poder.

9. Ele não pode ser visto - Ele é muito luminoso para visão; nem compreendido - Ele é muito puro para nosso discernimento; nem calculado - Ele é muito grande para nossa percepção; e portanto nós só estamos O calculando meritoriamente quando nós dizemos que Ele é inconcebível. Mas que templo pode ter Deus, de quem templo o mundo inteiro é? E enquanto o homem mora longe e distante, devia eu me calar sobre o poder de tal grande majestade dentro de um edifício pequeno? Ele deve ser dedicado em nossa mente; em nosso peito Ele deve ser consagrado. Nem deve você perguntar o nome de Deus. Deus é o nome dele. Entre esses há necessidade de nomes onde uma multidão é para ele distinguido por apropriadas características de títulos. Para Deus que é só, pertence todo o nome de Deus; então Ele é único, e Ele na sua totalidade está em todos os lugares. Pois até mesmo as pessoas comuns em muitas coisas naturalmente confessam Deus, quando suas mentes e almas são prevenidas de seu autor e origem. Nós freqüentemente ouvimos dizer: “Ó Deus,” e “Deus vê” e “Eu recomendo para Deus” e “Deus o dá,” e “Como vai Deus,” e “Se Deus deveria conceder”; “E esta é a mesma altura de pecadores, recusar o conhecimento dele”, o qual você não pode conhecer.

10. Mas aquele Cristo é o caminho pelo qual a salvação passou a nós, pois esta é a maneira, o plano, pois esta maneira, é o meio. Em primeiro lugar, um favor com Deus foi dado aos judeus. Assim eles de velhos eram íntegros; assim seus antepassados eram obedientes aos compromissos religiosos deles. Por isso, com eles, suas regras sublimes floresceram, e a grandeza da raça deles avançou. Mas subseqüentemente tornando-se negligentes de disciplina, orgulhosos, e erguendo a cabeça com confiança aos seus pais, eles menosprezaram os preceitos divinos, e perderam o favor conferido neles. Mas como o profano se tornou a vida deles, a ofensa para a religião violada deles foi contraída, até eles mesmos agüentam testemunhar, desde que, embora eles estejam calados com suas vozes, eles confessem isto pelo seu fim. Se espalhado e se desgarrado, eles vagam; desterrados da própria terra deles, eles são lançados na hospitalidade de estranhos.

11. Além disso, Deus previamente tinha predito que isto aconteceria, de como as eras passariam, e que o fim do mundo estava próximo; Deus irá juntar para Ele todas as nações, e as pessoas, e lugares, adoradores muito melhores em obediência e mais fortes na fé, de que tiraria o presente divino de clemência que os judeus tinham recebido e tinham perdido por menosprezarem suas ordenações religiosas. Portanto, desta clemência e graça são enviados a Palavra e Filho de Deus como o dispensador e mestre, o qual por todos os profetas antigos foi anunciado como o iluminador e professor da raça humana. Ele é o poder de Deus, Ele é a razão, Ele é sabedoria e glória; Ele foi concebido por uma virgem; por ação do Santo Espírito, Ele é dotado com carne; Deus é entrosado com homem. Este é nosso Deus, este é Cristo que, como o mediador dos dois, tornou-se homem, o qual Ele pode conduzir para o Pai. O que o homem é, Cristo estava disposto ser, para que o homem também possa ser o que o Cristo é.

12. E os judeus sabiam que o Cristo estava para vir, pois Ele sempre foi anunciado a eles pelos profetas. Mas o advento dele, sendo significado a eles duplamente - primeiro, o que deveria descarregar o ofício e exemplo de um homem; segundo, o outro que deveria declará-lo como Deus - eles não entenderam o primeiro advento que precedeu, como sendo escondido em sua paixão, mas acreditam no único que será manifesto em poder. Mas para que os judeus não pudessem entender isto, era em razão do deserto de seus pecados. Eles foram castigados, assim, pela cegueira de sua sabedoria e inteligência. Eles eram desmerecedores da vida, tiveram a vida ante seus olhos, e não a viram.

13. Então quando Cristo Jesus, conforme o que tinha sido previamente predito pelos profetas, arrebanhar para longe dos homens os demônios por sua palavra, e pelo comando de sua voz erguer os paralíticos, limpar os leprosos, iluminar os cegos, der o poder de movimento para os mancos, elevar os mortos novamente, compelir os elementos para O obedecer como servos, os ventos para O servir, os mares para O obedecer, as mais baixas regiões para render culto a Ele, os judeus, que tinham acreditado nele somente pela humildade de sua carne e corpo, O consideraram como um feiticeiro pela autoridade de seu poder. Seus mestres e líderes, isto é, aqueles a quem Ele subjugou tanto pela sabedoria como pelo conhecimento, inflamados com ira e estimulados com indignação, finalmente O agarraram e O entregaram a Pôncio Pilatos, que era então o procurador da Síria em nome dos romanos, exigindo com urgência sua violenta e obstinada crucifixão e morte.

14. Que eles fariam isto, Ele também tinha predito; e o testemunho de todos os profetas O tinha precedido de certa forma, que era necessário que Ele sofresse; não que Ele pudesse sentir a morte, mas que Ele poderia conquistar a morte, e que, quando Ele deveria ter sofrido, Ele deveria retornar novamente ao céu, para mostrar o poder da majestade divina. Então o curso de eventos cumpriu a promessa. Pois quando crucificado, o ofício do executor sendo antecipado, Ele de próprio teve seu espírito tomado, e no terceiro dia, livremente ressuscitou da morte. Ele apareceu aos seus discípulos como Ele tinha sido. Ele deu a si mesmo para o reconhecimento daqueles que o viram, reunidos juntos com Ele; e sendo evidente pela substância de sua existência corporal completamente existente, Ele retirou-se durante quarenta dias nos quais eles poderiam ter sido instruídos por Ele nos preceitos da vida, e poderiam aprender o que eles estavam para ensinar. Então, em uma nuvem que os rodeou, Ele foi erguido para o céu como um conquistador que Ele poderia trazer ao Pai, Homem o qual Ele amou, quem Ele pôs acima, quem Ele protegeu da morte; logo virá do céu para o castigo do diabo e para o julgamento da raça humana, com a força de um vingador e com o poder de um juiz; ainda os discípulos, espalhados em cima do mundo, à licitação que seu Mestre e Deus deu adiante seus preceitos para salvação, homens para guiar os cegos até a luz, e deu olhos aos cegos e ignorantes para o reconhecimento da verdade.

15. E como a prova poderia não ser menos significativa, e a confissão de Cristo poderia não ser uma questão de prazer, eles são experimentados por torturas, através de crucificações, por muitos tipos de castigos. A dor, que é o teste da verdade, é trazida para mostrar que Cristo, o Filho de Deus, o qual é confiado aos homens por suas vidas, não só poderia ser anunciado pela voz, mas pelo testemunho dos sofrimentos. Então nós O acompanhamos, nós O seguimos, nós O temos como o Guia de nosso caminho, a Fonte da luz, o Autor da salvação, prometendo tanto o Pai como o céu para esses que buscam e acreditam. O que o Cristo é, nós os cristãos deveremos ser, se nós imitarmos o Cristo.

FONTE:

http://www.veritatis.com.br


Rede social censura “Glória a Deus” tachando a frase de “discurso de ódio”

Isa Deschamps | Facebook / Arte sobre imagem Pixabay (Creative Commons)
Por Francisco Vêneto

Dezenas de usuários denunciaram o fato nesta semana e o comprovaram com imagens;

Uma rede social censura “Glória a Deus” tachando esta frase como “discurso de ódio”, segundo denúncias de uma usuária da própria rede, Isa Deschamps, confirmada por dezenas de outros usuários que postaram a mesma frase e obtiveram como retorno a mesma mensagem de alerta:

“É possível que este comentário não siga nossos Padrões da Comunidade. Seu comentário está no Facebook, mas é similar a outros comentários removidos por não seguirem os nossos padrões sobre discurso de ódio”.

Trata-se do Facebook. A rede apresenta em seguida a opção de excluir o comentário ou ignorar a mensagem.

Isa Deschamps divulgou uma captura de tela em que apresenta esse alerta. Ela comentou:

“Novas do Foicebook: Não podemos comentar: ‘Glória a Deus! Aleluia!’ Tentem escrever esta expressão aqui nos comentários para ver se acontece com vcs também”.

Foi quando muitos outros internautas confirmaram o fato, publicando eles próprias as suas capturas de tela para demonstrar a censura.

Um deles foi o pe. Allan Victor Almeida Marandola, que declarou:

“Eu fiz o teste, e é verdade! Uma verdade satânica!”.

Rede social censura “Glória a Deus”

Não se trata do primeiro caso de censura anticristã cometida pela rede social de Mark Zuckerberg.

Em 2017, o Facebook simplesmente baniu dezenas de páginas católicas, entre as quais a brasileira “Papa Francisco – Amigos e Amigas”, parceira de Aleteia.

Em 2018, o Facebook censurou uma imagem que representava o Papai Noel ajoelhado perante o Menino Jesus, classificando-a, absurdamente, como “violenta ou explícita”. A rede social só voltou a exibir a imagem depois que a denúncia de censura viralizou na internet.

Em abril de 2021, o Facebook censurou a imagem de sacerdotes usando batina alegando tratar-se de “conteúdo sensível” que poderia “incomodar algumas pessoas”.

Fonte: Aleteia

XXII DOM TEMPO COMUM - Ano "B"

Dom Paulo Cezar | arquibrasília

Por Dom Paulo Cezar Costa / Arcebispo de Brasília

A interioridade do ser humano

            A Palavra de Deus, no Evangelho deste domingo, coloca diante de nós a questão da exterioridade e da interioridade do ser humano. Vive-se, hoje, numa cultura da exterioridade, a que valoriza a corporeidade, a aparência etc. Esta questão estava também no centro da vida religiosa do tempo de Jesus. Os fariseus e mestres da Lei estão preocupados com a exterioridade: lavar mãos, lavar objetos, banhar-se etc. Eram preceitos importantes, que nós chamaríamos regras de boa educação, e estavam no centro da discussão religiosa.

Jesus, no Evangelho deste domingo (Mc 7, 1-8. 14-15.21-22) e em outros momentos, aponta para a realidade central da vida humana: a interioridade. Os fariseus e mestres da Lei estavam preocupados com os preceitos exteriores, mas Jesus remete para a interioridade: “Escutai todos e compreendei: o que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior”. O ensinamento de Jesus, aqui, é claro e fácil de ser compreendido. O puro e impuro não deve ser procurado fora do ser humano, nas coisas exteriores, mas dentro do homem, na interioridade, no coração. Coração entendido no sentido semita, como princípio do agir humano, como princípio das nossas ações. A interioridade deve ser entendida como a forma de pensar, de conceber aquelas ideias que estão lá dentro de nós e que norteiam a nossa vida, as nossas decisões.

O Evangelho remete para aquilo que chamamos de consciência, para a necessidade da formação da consciência, para a interioridade da pessoa humana. O Catecismo da Igreja Católica, nº 1776 diz: “Na intimidade da consciência, o homem descobre uma lei. Ele não a dá a si mesmo, mas a ela deve obedecer. Chamando-o sempre a amar e fazer o bem e a evitar o mal, no momento oportuno a voz desta lei ressoa no íntimo de seu coração … É uma lei inscrita por Deus no coração do homem”.

Jesus afirma que o mal não está no que entra na pessoa humana, mas naquilo que vem da sua interioridade: “Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo” (Mc 7, 21-22). As ações más, antes de serem praticadas, são concebidas na nossa interioridade, no nosso coração. É preciso formar a interioridade. Sem a formação da interioridade, da consciência, tem-se cada vez mais um ser humano que vai perdendo os referenciais éticos e morais da vida. A formação da consciência é um processo que se inicia na família, que tem um papel fundamental e irrenunciável, pois é de pequeno que o ser humano vai aprendendo a conceber o bem, os valores e vai evitar o mal. Todas as instâncias da sociedade possuem um papel fundamental neste processo educativo. Papa Francisco, citando um provérbio africano, diz que “é preciso toda uma aldeia para educar uma criança”. Todos são agentes na formação da consciência: família, igrejas, escolas, meios de comunicação etc. O grande perigo da vida de uma sociedade torna-se o ir perdendo os referencias éticos e morais, caindo numa cultura niilista, do nada. Quando se vai renunciando aos princípios éticos, na vida de uma sociedade, corre-se o risco ir-se minando as condições da vida social. Que esta palavra de Deus nos ajude a termos uma medida alta da vida, dos processos e instrumentos de formação da consciência moral e da vida em sociedade.

Fonte: Arquidiocese de Brasília

Santa Sé suprime comunidade religiosa com presença no Brasil

A cúpula da Basílica de São Pedro. Foto: Daniel Ibáñez/CNA

Vaticano, 27 ago. 21 / 03:28 pm (ACI).- A Santa Sé teria extinguido a Comunidade Regina Pacis, sociedade de vida apostólica com sede em Verona, Itália, informou a agência de notícias local L’Arena di Verona. A decisão da Santa Sé teria sido tomada em 17 de julho e o bispo de Verona, dom Giuseppe Zenti, teria informado a sociedade da decião no dia 17 de agosto.

A Comunidade Regina Pacis foi fundada em 1986 pelo casal Alessandro Nottegar e Luisa Scipionato Nottegar como comunidade católica dedicada à oração, evangelização e serviço aos pobres.  Nottegar, que era médico, morreu aos 42 anos, dois meses depois da fundação da comunidade e foi declarado “venerável”, um dos passos no rumo da canonização, pelo papa Francisco em 2017. A viúva e as três filhas do casal continuaram a comunidade.

Os primeiros membros da Regina Pacis eram casais casado e famílias, mas o grupo depois acolheu religiosos e religiosas assim como padres.

No Brasil, a Comunidade Regina Pacis está presente em três cidades, Quixadá (CE), Fortaleza (CE) e Feira de Santana (BA). Além de atividades religiosas, a comunidade realiza também obras sociais e é mantenedora da Associação Alessandro Nottegar, uma instituição beneficente, filantrópica e de assistência social, responsável pelas escolas Rainha da Paz, em Quixadá e Fortaleza, e Maternal Menino Jesus, em Feira de Santana.

Em nota enviada ao site Diário de Quixadá em 11 de agosto, a Comunidade Regina Pacis afirmou que a decisão da Santa Sé “se refere, exclusivamente, à comunidade religiosa e não às obras sociais” e que “todas as providencias cabíveis estão sendo tomadas”.

“Independentemente da decisão mencionada, o foco da comunidade é e sempre foi o desenvolvimento das suas ações à luz dos princípios constitucionais, voltando-se para a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar, divulgar o pensamento, a arte e o saber, além do pluralismo de ideais e de concepções pedagógicas e possui como propósito contribuir para o enaltecimento da educação no Brasil, pautando-se pela qualidade, pela ética, pelos referenciais cristãos e pelo respeito à dignidade da pessoa humana. Estando regularmente constituída conforme as normas vigentes brasileiras, sua prioridade é e sempre foi o atendimento das suas finalidades estatutárias, beneficiando os mais vulneráveis”, diz a comunidade.

A diocese de Verona já havia feito uma inspeção da comunidade há quatro anos. Depois disso a Santa Sé nomeou dois comissários pontifícios para fazer sua própria inspeção.

A carta do bispo Zenni cita trecho do decreto de supressão da Congregação para os Intitutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica segundo o qual encontraram-se dificuldades de relacionamente entre membros da Comunidade e “deficiências institucionais, especialemente de governança”.

Sempre segundo L’Arena di Verona, o decreto diz que “a Comunidade Regina Pacis não mostra ter adquirido uma maturidade carismáticco-institucional que possa garantir desenvolvimento saudável no futuro”, que ela carece de “originalidade e confiabilidade do carisma fundador”, e tem “pouca consistência dos textos inspiracionais, especialmente na esfera eclesiológica e na formação da associação”.

A visitação da Santa Sé à comunidade foi feita pela irmã Marisa Adami, das Irmãs da Sagrada Família e pelo padre Amedeo Cencini. Cencini liderou a investigação da Comunidade Ecumênica de Bose em 2019 que levou à remoção do fundador dela, padre Enzo Bianchi.

Fonte: ACI Digital

Bispos do Peru: orientar a democracia para a liberdade

Presidente Castillo  (AFP or licensors)

Em uma mensagem intitulada "Com passos decisivos, vamos tornar nosso Peru grande" e publicada na véspera da apresentação do novo governo, os bispos do país latino-americano afirmam que compartilham "os sofrimentos e as grandes incertezas" que o Peru está vivendo.

Vatican News

Buscar o bem comum, sem exasperar, exacerbar e polarizar, orientando a democracia para a liberdade. Evitar todo autoritarismo e combater todas as formas de discriminação e pobreza a fim de percorrer um caminho em direção à igualdade e à fraternidade. Promover a amizade social, o cuidado com a diversidade cultural e a biodiversidade. Estas são as diretrizes indicadas pela Conferência Episcopal do Peru em uma mensagem na véspera da apresentação do novo governo do Presidente Pedro Castillo ao Congresso. Os prelados sublinham "com profunda preocupação" que a extrema polarização política está criando "incerteza no país", com repercussões em todos os setores da sociedade, especialmente para os mais pobres e vulneráveis.

Problemas educacionais e falta de trabalho

Traçando uma visão geral da situação atual no Peru, os bispos indicam entre os problemas "o doloroso e histórico abandono de milhares de cidadãos peruanos nos subúrbios do país". Uma situação que causa dor e ressentimento, além de acentuar as já grandes desigualdades sociais. Entre os problemas exacerbados pela pandemia está o sofrimento dos peruanos devido à "falta de trabalho, ao alto custo de vida e ao medo de investir" no país. Os pais também estão preocupados que com o ensino à distância, "muitos dos objetivos de aprendizagem não estão sendo alcançados". Muitos estudantes em condições de extrema pobreza também não tiveram acesso a ferramentas digitais. Tudo isso, lembram os bispos peruanos, está acontecendo enquanto muitas "crianças e adolescentes estão mostrando sinais claros de problemas de saúde mental e emocional devido à falta de contato direto com seus professores e colegas de classe".

Trabalhar em prol do bem comum

A Conferência Episcopal do Peru também está apelando para que o governo forneça vacinas a todos para combater o avanço da pandemia relacionada à Covid. E convoca todos os peruanos a se vacinarem. Em uma sociedade polarizada, os bispos pedem que a fé seja um instrumento que contribua "para a reconciliação e a superação das polarizações, gerando uma cultura de encontro e de diálogo". Intolerância, indiferença e discriminação", lê-se na mensagem, "não devem continuar a prevalecer em nossa convivência", dando lugar à busca da "reconciliação e do bem-estar de todos". Finalmente, o episcopado peruano reitera sua "disposição de dialogar com as autoridades governamentais". "A Igreja", concluem os bispos, "estende suas mãos e renova sua vontade de construir pontes e de trabalhar juntos em fraternidade e amizade social, para o bem comum, o desenvolvimento humano integral e para fortalecer a democracia". "Que o Senhor dos milagres abençoe o Peru".

No dia 1º de agosto passado no Angelus, vendo algumas bandeiras peruanas, o Papa Francisco disse: "Eu saúdo vocês, peruanos, que têm um novo presidente. Que o Senhor abençoe sempre seu país".

Fonte: Vatican News

Santa Joana Maria da Cruz

Sta. Joana Maria da Cruz | ArquiSP
29 de agosto

Santa Joana Maria da Cruz

Joana nasceu numa aldeia de Cancale, França, em 25 de outubro de 1792. Seu pai era um pescador e morreu no mar quando ela tinha quatro anos. Logo conheceu a pobreza e começou a trabalhar como empregada num castelo. Sustentava a família enquanto ajudava os idosos abandonados e pobres. Joana era sensível à miséria dos idosos que encontrava nas ruas, dividindo com eles seu salário, o pão e o tempo de que dispunha.

Aos dezoito anos de idade, recusou uma proposta matrimonial de um jovem marinheiro, sinalizando: "Deus me quer para ele". Aos vinte e cinco anos, deixou sua cidade para ser enfermeira no hospital Santo Estêvão. Nesse meio tempo, ingressou na Ordem Terceira fundada por são João Eudes.

Deixou o hospital em 1823 e foi residir e acompanhar a senhorita Lecoq, mais como amiga do que enfermeira, com quem ficou por doze anos. Com a morte da senhorita Lecoq, herdou suas poucas economias e a mobília. Assim, sozinha, associou-se à amiga Francisca Aubert e alugaram um apartamento, em 1839. Lá acolheu a primeira idosa, pobre, doente, sozinha, cega e paralítica. Depois dessa, seguiram-se muitas mais. Outras companheiras de Joana uniram-se a ela na missão e surgiu o primeiro grupo, formando uma associação para os pobres, sob a condução do vigário do hospital Santo Estêvão.

Em 1841, deixam o apartamento e alugam uma pequena casa que lhes permite acolher doze idosos doentes e abandonados. Sozinha, Joana inicia sua campanha junto à população para recolher auxílios, tarefa que cumprirá até a morte. Mas logo sensibiliza uma rica comerciante e com essa ajuda consegue comprar um antigo convento. Ele se tornou a Casa-mãe da nascente Congregação das Irmãzinhas dos Pobres, sob a assistência da Ordem Hospedeira de São João de Deus, hábito que depois recebeu, tomando o nome de Joana Maria da Cruz. Adotando o voto de hospitalidade, imprimiu seu próprio carisma: "A doação como apostolado de caridade para com quem sofre por causa da idade, da pobreza, da solidão e outras dificuldades".

Assim foi o humilde começo da Congregação, que rapidamente se estendeu por vários países da Europa. Quando Joana morreu na França, em 29 de agosto de 1879, na Casa-mãe de Pern, as irmãzinhas eram quase duas mil e quinhentas, com cento e setenta e sete casas em dez países.

Em setembro de 1885, estabeleceram-se na América do Sul, fundando a primeira Casa na cidade de Valparaíso, no Chile, a qual logo foi destruída por um terremoto e reconstruída em Viña del Mar. Atualizando-se às necessidades temporais, hoje são quase duzentas casas em trinta e um países na Europa, América, África, Ásia e Oceania.

Uma obra fruto da visão da fundadora, Joana Jugan, madre Joana Maria da Cruz, que "soube intuir as necessidades mais profundas dos anciãos e entregou sua vida a seu serviço", para ser festejada no dia de sua morte, como disse o papa João Paulo II quando a beatificou em 1982.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

sábado, 28 de agosto de 2021

O CAMINHO NEOCATECUMENAL NA ATUALIDADE

neocatechumenaleiter

O CAMINHO NA ATUALIDADE

Em 19 de julho de 2016 morre Carmen Hernández, iniciadora do Caminho com Kiko Argüello, e é sepultada no Seminário “Redemptoris Mater” de Madri. Ficando incompleta a equipe responsável internacional e a pedido da Santa Sé – segundo indicam os Estatutos do Caminho –, um ano e meio depois, passa a integrar a equipe a espanhola María Ascensión Romero, itinerante durante 25 anos na Rússia.

O Caminho Neocatecumenal está a serviço dos bispos e dos párocos como itinerário de redescobrimento do Batismo e de formação permanente na fé e é proposto aos fiéis que desejam reavivar em sua vida a riqueza da iniciação cristã.

O Caminho – cujo itinerário se vive nas paróquias, em pequenas comunidades constituídas por pessoas de diversas idades e condições sociais – leva, gradualmente, os fiéis à intimidade com Jesus Cristo e os transforma em sujeitos ativos na Igreja e testemunhas da Boa Notícia. É um instrumento para a Iniciação Cristã dos adultos que se preparam para receber o batismo.

Atualmente, o Caminho Neocatecumenal está presente em 134 nações dos 5 continentes, com 21.300 comunidades em 6.270 paróquias. Conta com 1.668 famílias em missão, das quais 216 são missões “ad gentes” em cidades descristianizadas nos 5 continentes, e com 125 seminários Diocesanos Missionários “Redemptoris Mater”.

Fonte: https://neocatechumenaleiter.org/

Papa: ir às periferias, que estão repletas de solidão e feridas

Papa Francisco com membros da Associação Lázaro | Vatican News

Um pequeno grupo da Associação Lázaro já havia sido recebido pelo Papa em maio deste ano. Agora mais numerosos, eles voltaram ao Vaticano para celebrar com Francisco os seus 10 anos de fundação. E ouviram do Pontífice palavras de encorajamento.

Vatican News

O Papa Francisco encerrou suas atividades neste sábado recebendo, no Vaticano, os membros da Associação Lázaro, que está completando 10 anos de existência.

O projeto nasceu na França com a finalidade de dar um lar às pessoas em situação de rua. Mais do oferecer um abrigo, a experiência dos membros da Associação é morar com essas pessoas nas casas e compartilhar o seu cotidiano. Hoje, 10 anos depois, o projeto cresceu e está presente na Bélgica, na Espanha e no México.

“Agradeço a Deus pela bela experiência que estão tendo na coabitação e fraternidade que vivem no dia a dia”, escreve o Papa no discurso que foi entregue, definindo o projeto como “uma vitrine da amizade social que todos somos chamados a viver”.

“Num ambiente cheio de indiferença, individualismo e egoísmo, faz-nos compreender que os valores da vida autêntica se encontram em acolher as diferenças, respeitar a dignidade humana, escutar, cuidar e servir os mais humildes.”

Não desistam

Na sociedade, pode-se sentir isolado, rejeitado e sofrer de exclusão. “Mas não desistam, não se desencorajem”, foram as palavras do Pontífice.

Francisco os encorajou a permanecerem firmes em suas convicções e fé. “Vocês são a face amorosa de Cristo. Então espalhem à sua volta este fogo de amor que aquece corações frios e secos.”

A exortação do Papa prosseguiu pedindo que os membros da Associação possam ir para as periferias, “que estão frequentemente cheias de solidão, tristeza, feridas interiores e perda do gosto pela vida”.

“Com as suas palavras e ações, derramem o óleo de consolação e cura sobre os corações feridos. Quero repetir: Deus os ama.”

O Santo Padre concluiu concedendo a sua bênção apostólica. 

Fonte: Vatican News

4 fatos surpreendentes sobre o poder da Eucaristia

ALETEIA
Por Theresa Nobre

Ela é obra e dom de toda a Trindade.

“A Eucaristia nos é dada como obra e dom de toda a Trindade” (Pe. Raniero Cantalamessa, OFM)

Uma amiga me contou, dias atrás, que seu pai ajudava a mãe na cozinha em várias tarefas, inclusive em uma bem tediosa: descascar nozes, classificá-las e guardá-las em sacos – e depois dar uma parte delas a amigos e familiares. Ele faleceu. Alguns meses mais tarde, minha amiga foi pegar algumas das nozes no freezer e parou para pensar, com carinho, que seu pai tinha partido, mas deixara aquele alimento cuidadosamente pronto.

Não foi difícil para essa minha amiga traçar um paralelo quase imediato com a Eucaristia. Quando Jesus sabia que estava prestes a ascender ao céu, deixou para os seus amigos não apenas alimento terreno que os nutrisse, mas seu próprio Corpo e Sangue.

Estamos cuidados.

Estamos bem cuidados.

Temos um Pai celestial que conhece todas as nossas necessidades e cuida de satisfazê-las. Nosso pão de cada dia não é só um símbolo ou só uma subsistência terrena: é verdadeiro alimento espiritual, é a Carne real e o Sangue real de nosso Salvador, Deus feito homem. A Eucaristia é o alimento que transcende a cerimônia e tem sua essência e seu poder enraizados na própria Trindade.

Eis alguns dos efeitos surpreendentes da Eucaristia

1. União com Cristo

Receber Jesus na Eucaristia funde o nosso ser com o de Cristo. São Cirilo de Alexandria o descreve como “quando a cera derretida se funde com outra cera”. A jornada cristã consiste em tornar-se como Cristo, em “permanecer nele” – e Ele em nós. A Eucaristia é o meio para que isto aconteça.

2. Destruição do pecado venial

A Eucaristia destrói o pecado venial. Destrói! O fervor da nossa caridade pode ser afetado pelo pecado venial, mas, quando recebemos a Eucaristia, nos unimos à própria Caridade, que queima todo vestígio de pecado venial e nos deixa limpos, prontos para recomeçar.

3. Preservação contra o pecado mortal

Assim como devemos abster-nos de receber a Eucaristia quando conscientes de estar em pecado mortal, também devemos recebê-la tanto quanto possível quando em graça, porque ela nos preserva e nos ajuda a evitar o pecado grave. O poder da Eucaristia lava o pecado venial da nossa alma e a recobre de uma “camada protetora” contra o pecado mortal!

4. Relação pessoal com Jesus

Todo cristão sabe da importância da relação pessoal com Jesus, mas é principalmente através da Eucaristia que podemos realmente viver o encontro com a Pessoa de Jesus, presente na Hóstia Santa. Bento XVI, na Sacramentum Caritatis, nos esclareceu:

Há hoje uma necessidade de redescobrir que Jesus Cristo não é apenas uma convicção privada ou uma ideia abstrata, mas sim uma Pessoa real, cuja participação na história humana é capaz de renovar a vida de cada homem e de cada mulher. Por isso, a Eucaristia, como fonte e ápice da vida e da missão da Igreja, deve ser traduzida em espiritualidade, em uma vida vivida ‘de acordo com o Espírito’“.

Fonte: Aleteia

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF