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terça-feira, 31 de agosto de 2021

Sacerdote defende namoro "livre" de sexo para ter um bom casamento

Foto ilustrativa / Crédito: Pixabay
Por Walter Sánchez Silva

REDAÇÃO CENTRAL, 30 ago. 21 / 03:57 pm (ACI).- O padre Eduardo Hayen Cuarón, diretor da revista “Presencia”, da diocese de Ciudad Juárez, no México, falou sobre a importância de um noivado “livre” de sexo e fez reflexões sobre essa dimensão da vida de um casal. Pelo Twitter, o padre mexicano disse que “as pessoas que reservam o sexo para o casamento se divorciam menos. Elas vivem seus anos de solteiro aprendendo a amar de verdade. Se você investir em um bom namoro com exigências altas e livre de sexo, chegará no casamento com o vento a seu favor”, afirmou.

O padre Eduardo também disse que “o sexo tem uma linguagem interna: criar um forte vínculo emocional, trazer novas vidas ao mundo e entregar-se totalmente e para sempre à outra pessoa. O sexo fala uma linguagem e ela se chama ´para sempre`. É a linguagem do casamento”.

O número 2.361 do Catecismo da Igreja Católica afirma que “a sexualidade, mediante a qual o homem e a mulher se dão um ao outro com os atos próprios e exclusivos dos esposos, não é algo de puramente biológico, mas diz respeito à pessoa humana como tal, no que ela tem de mais íntimo. Esta só se realiza de maneira verdadeiramente humana se for parte integrante do amor com o qual homem e mulher se comprometem totalmente um para com o outro até à morte”.

O número 2.363 diz que, “pela união dos esposos, realiza-se o duplo fim do matrimônio: o bem dos próprios esposos e a transmissão da vida. Não podem separar-se estes dois significados ou valores do matrimônio sem alterar a vida espiritual do casal nem comprometer os bens do matrimônio e o futuro da família”.

O padre Eduardo também tuitou afirmando que “o ato conjugal produz, nos esposos, uma hormona chamada oxitocina. Ela funciona como uma super cola emocional que faz com que os cônjuges superem as pequenas moléstias da vida comum e se tornem mais unidos. É uma ajuda que Deus dá aos esposos para permanecerem juntos”.

O sacerdote também explicou que, “quando os noivos mantêm relações sexuais antes do matrimônio, também se produz a oxitocina que os faz querer estar juntos. Isso não lhes permite ver com clareza os defeitos do outro e, muitas vezes, cometem o erro de casar-se com a pessoa errada”.

Nas mulheres, a oxitocina também ocorre durante o parto e amamentação, o que ajuda a formar o vínculo emocional da mãe com o bebê.

O padre Eduardo também citou algumas pesquisas feitas nos Estados Unidos sobre satisfação sexual, revelando que “os casais mais satisfeitos são os que estão casados, e não só isso, mas também os que são muito religiosos e que reservaram o sexo para o casamento. A satisfação não é uma questão de técnicas, mas de contexto”.

O sacerdote também afirmou que “há quem não queira casar-se em um casamento público. Geralmente, é porque não tem a convicção para dizer 'sim' para sempre”. No entanto, considerou que, “se não há casamento e só união livre, a porta dos fundos fica aberta para poder escapar. O casamento protege os esposos”.

O número 2.364 do Catecismo diz que o matrimônio é “uma íntima comunidade de vida e de amor, fundada pelo Criador e por Ele dotada de leis próprias. Esta comunidade é instaurada pela aliança conjugal, ou seja, por um irrevogável consentimento pessoal. Os dois entregam-se, definitiva e totalmente, um ao outro. Doravante, já não são dois, mas uma só carne”.

O número 2.365 se refere à fidelidade e afirma que ela significa “a constância em manter a palavra dada. Deus é fiel. O sacramento do matrimônio introduz o homem e a mulher na fidelidade de Cristo à sua Igreja”.

Fonte: ACI Digital

Parsons: os atletas paraolímpicos estão tentando mudar o mundo

Atleta paraolímpico  (AFP or licensors)

Em um artigo no jornal L'Osservatore Romano, o presidente do Comitê Paraolímpico Internacional fala sobre os desafios dos próximos anos para mudar o modo com o qual 15% da população mundial com deficiência é percebida e, consequentemente, tratada.

Andrew Parsons, Presidente do Comitê Paraolímpico Internacional

Quase não acredito que finalmente estamos aqui em Tóquio. Muitos duvidavam que esses dias de esporte realmente acontecessem, acreditando ser impossível organizar os Jogos Paraolímpicos por causa da pandemia.  Mas graças aos esforços de tantas pessoas, que nunca perderam a fé e a esperança, o evento esportivo mais... "transformador" do mundo está agora em andamento.

Como família paraolímpica honraremos esta confiança, daremos substância a esta esperança, assegurando que a excepcional "herança" que os Jogos deixam pontualmente para o país anfitrião realmente consiste em uma nova percepção das pessoas com deficiência. Através de uma mudança de mentalidade.

Mas, na verdade, nós queremos muito mais! Nós não queremos apenas mudar a maneira como a deficiência é vista no Japão! Queremos mudar a cultura do mundo inteiro!

Atleta paraolímpicos | Vatican News
É por isso que o Comitê Paraolímpico Internacional e a International Disability Alliance conceberam, lançaram e agora estão apoiando a campanha "WeThe15".

Nos próximos dez anos, "WeThe15" pretende lançar um desafio contínuo para mudar o modo como o qual 15% da população mundial com deficiência é percebida e, consequentemente, tratada.

"WeThe15" lançará luz sobre a vida cotidiana de 15% da população mundial e fará o máximo para derrubar as barreiras. Para que todas as pessoas com deficiências possam realizar seu potencial e participar ativamente em uma sociedade verdadeiramente inclusiva.

Portanto, com o apoio de muitas organizações internacionais, da sociedade civil - mas também da rede empresarial e da mídia - queremos colocar 1,2 bilhões de pessoas com deficiência no centro da agenda de inclusão global.

E os Jogos Paraolímpicos são certamente uma plataforma extraordinária para a mudança. Mas um evento que ocorre apenas a cada quatro anos certamente não é suficiente. Cabe a cada um de nós fazer nossa parte, todos os dias, para construir uma sociedade mais inclusiva em cada país, em nossas cidades, em nossas comunidades.

Atleta paraolímpicos | Vatican News
A diversidade que vem da deficiência é uma força, não uma fraqueza. O novo mundo pós-pandêmico terá que ser construído de uma maneira melhor do que antes. Ele terá que ser caracterizado por sociedades onde existam oportunidades para todos.

Quando os Jogos foram adiados há um ano, os atletas paraolímpicos se tornaram faróis de esperança. Nem mesmo quando a sombra da incerteza era mais escura eles pararam de treinar, perseguindo seus sonhos. E eles nunca deixaram de acreditar que estariam aqui, em Tóquio, nestes dias.

É por isso que os atletas paraolímpicos são uma força da natureza, uma força para o bem.  Sua resiliência devolveu a esperança a muitas pessoas que a haviam perdido. Mas estes atletas não estão sozinhos. Ao lado deles estão os Comitês Paraolímpicos Nacionais e as Federações Internacionais que os apoiaram neste momento sem precedentes para a humanidade.

Esta é precisamente a força do movimento paraolímpico: trabalhar juntos para garantir que os atletas tenham a melhor plataforma para "brilhar", para dar o melhor de si mesmos.

Os atletas paraolímpicos deram tudo de si para estarem aqui em Tóquio: sangue, suor e lágrimas. Agora é a hora de mostrar ao mundo sua capacidade, sua força, sua determinação. Se o mundo os rotulou como "deficientes", agora é o momento de serem re-etiquetados: campeão, herói, amigo, colega, modelo. Ou simplesmente um ser humano.

Estes atletas extraordinários são os melhores da humanidade e os únicos que podem decidir quem e o que ser em suas vidas, apesar de tudo. Com suas performances, eles sabem que podem mudar suas próprias vidas. Mas, acima de tudo, eles sabem que poderiam mudar, e para sempre, a vida de 1,2 bilhões de pessoas.

Este é o poder do esporte: transformar vidas e fazer comunidade. E a mudança pode realmente começar com o esporte. E agora, em Tóquio, os atletas paraolímpicos estão tentando mudar o mundo.

Fonte: Vatican News

São Raimundo Nonato

S. Raimundo Nonato | ArquiSP
31 de agosto

São Raimundo Nonato

Raimundo nasceu em Portell, na Catalunha, Espanha, em 1200. Seus pais eram nobres, porém não tinham grandes fortunas. O seu nascimento aconteceu de modo trágico: sua mãe morreu durante os trabalhos de parto, antes de dar-lhe à luz. Por isso Raimundo recebeu o nome de Nonato, que significa não-nascido de mãe viva, ou seja, foi extraído vivo do corpo sem vida dela.

Dotado de grande inteligência, fez com certa tranqüilidade seus estudos primários. O pai, percebendo os dotes religiosos do filho, tratou de mandá-lo administrar uma pequena fazenda de propriedade da família. Com isso, queria demovê-lo da idéia de ingressar na vida religiosa. Porém as coisas aconteceram exatamente ao contrário.

Raimundo, no silêncio e na solidão em que vivia, fortificou ainda mais sua vontade de dedicar-se unicamente à Ordem de Nossa Senhora das Mercês, fundada por seu amigo Pedro Nolasco, agora também santo. A Ordem tinha como principal finalidade libertar cristãos que caíam nas mãos dos mouros e eram por eles feitos escravos. Nessa missão, dedicou-se de coração e alma.

Apesar da dificuldade, conseguiu o consentimento do pai e, finalmente, em 1224, ingressou na Ordem, recebendo o hábito das mãos do próprio fundador. Ordenou-se sacerdote e seus dotes de missionário vieram à tona, dedicando-se nessa missão de coração e alma. Por isso foi mandado em missão à Argélia, norte da África, para resgatar cristãos das mãos dos muçulmanos. Conseguiu libertar cento e cinqüenta escravos e devolvê-los às suas famílias.

Quando se ofereceu como refém, sofreu no cativeiro verdadeiras torturas e humilhações. Mas mesmo assim não abandonou seu trabalho. Levava o conforto e a Palavra de Deus aos que sofriam mais do que ele e já estavam prestes a renunciar à fé em Jesus. Muitas foram as pessoas convertidas por ele, o que despertou a ira dos magistrados muçulmanos, os quais mandaram que lhe perfurassem a boca e colocassem cadeados, para que Raimundo nunca mais pudesse falar e pregar a doutrina de Cristo.

Raimundo sofreu durante oito meses essa tortura até ser libertado, mas com a saúde abalada. Quando chegou à pátria, na Catalunha, em 1239, logo foi nomeado cardeal pelo papa Gregório IX, que o chamou para ser seu conselheiro em Roma. Empreendeu a viagem no ano seguinte, mas não conseguiu concluí-la. Próximo de Barcelona, na cidade de Cardona, já com a saúde debilitada pelos sofrimentos do cativeiro, Raimundo Nonato foi acometido de forte febre e acabou morrendo, em 31 de agosto de 1240, quando tinha, apenas, quarenta anos de idade.

Raimundo Nonato foi sepultado naquela cidade e o seu túmulo tornou-se local de peregrinação, sendo, então, erguida uma igreja para abrigar seus restos mortais. Seu culto propagou-se pela Espanha e pela Europa, sendo confirmado por Roma em 1681. São Raimundo Nonato, devido à condição difícil do seu nascimento, é venerado como Padroeiro das Parturientes, das Parteiras e dos Obstetras.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Missa em honra a Dom Bosco é celebrada na Ermida seguida de Procissão Náutica

Dom Paulo Cezar | arquibrasília
Missa em honra a Dom Bosco

Nesta manhã de domingo (29), último domingo do mês vocacional, uma missa campal marcou a festa do co-padroeiro de Brasília, São João Bosco e o retorno da procissão Náutica de Dom Bosco após dez anos, no Lago Paranoá. A missa foi presidida por Dom Paulo Cezar, arcebispo de Brasília e concelebrada por seu auxiliar, Dom José Aparecido, pelo Pe. Natale Vitale – Provincial dos Salesianos; o Pe. Jonh, padres e diáconos convidados.

Em sua homilia, o arcebispo de Brasília ressaltou que “o sonho representa sempre a percepção de que Deus olha o seu povo. O sonho de Dom Bosco não é um sonho simplesmente humano, representa que Deus está olhando por nós. O sonho de Dom Bosco toma forma através de um outro homem sonhador, Juscelino Kubitschek, que foi capaz de construir aqui a capital.

Estamos aqui hoje também sonhando, porque quando deixamos de sonhar, nós perdemos o horizonte do presente e do futuro. O sonho faz parte da vida de um povo, o sonho faz parte da vida do ser humano, é preciso sonhar, é preciso sonhar grande.”

É preciso sonhar grande

Celebra São João Bosco, este sonho que mostra que Deus olha por nós, que Deus tem um grande projeto para nós, relembra que, nesse tempo histórico em que estamos vivendo com seus problemas, uma sociedade polarizada, é preciso sonhar. É preciso ter grandes sonhos. É preciso ter grandes ideais. Uma sociedade quando perde a capacidade de sonhar, de ter grandes sonhos, ela vai enterrando o seu presente e minando as suas condições de futuro.

“Que daqui de Brasília, porque na origem dessa cidade está o sonho, sempre emerjam grandes sonhos para a vida da nossa sociedade. Grandes sonhos que façam jus verdadeiramente a grandeza da dignidade humana, da grandeza do ser humano. Que daqui, saiam grandes sonhos da vida da igreja. Que o nosso tempo seja regado por grandes sonhos,” conclui Dom Paulo Cezar.

Com o sentimento de alegria e unidade, o casal Wilson e Gorete Costa, vieram celebrar o santo de devoção. “Dom Bosco é muito especial para a minha família. Meus filhos só deslancharam através dos cuidados dos Salesianos de Dom Bosco, na paróquia São João Bosco, no Núcleo Bandeirante,” explica Gorete.

Para o grupo de jovens: Luana, Maria Melo, Daniel, Erica Machado, Maria Clara e Elton Soares, membros do coral da paróquia São João Bosco – Núcleo Bandeirante, “voltar aqui em plena pandemia está sendo muito gratificante. Sentir a presença do povo reunido é muito importante, ainda mais neste tempo difícil. Dom Bosco é uma inspiração muito grande para todos nós.”

PASCOM | Arquidiocese de Brasília
Comemoração

A festa de São João Bosco iniciou às 8h, com uma carreata com a imagem do Santo partindo do Santuário São João Bosco, na 702 Sul, com destino à Ermida Dom Bosco, para a tradicional missa campal, realizada anualmente.

Por volta de 11h30, a procissão largou do deck da ermida rumo à Ponte JK, onde o Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar, concedeu dias bençãos: pelas necessidades públicas e pelos barcos da marinha que completam 10 anos. Após a chegada do Lago Paranoá, o evento seguiu em carreata até a Paróquia São João Bosco, no Núcleo Bandeirante, com benção aos motoristas na chegada à igreja Matriz. Às 18h, os festejos encerraram com missa solene presidida pelo Cardeal Dom Raymundo Damasceno.

Nas mãos de Dom Paulo – Relíquia de Dom Bosco
(Fios de cabelo guardados em um ostensório)
Cercada de 300 pessoas participaram da missa campal, entre autoridades, membros da família Salesiana, educadores e jovens das obras Salesianas do DF e fiéis devotos ao santo, respeitando os protocolos de segurança contra o COVID-19.

O evento foi organizado pela Secretaria de Turismo do DF (Setur), com apoio da Secretaria de Governo (Segov) e da Arquidiocese de Brasília. A Marinha do Brasil prestou suporte logístico à comemoração, que contou também com a participação do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e da Secretaria do Meio Ambiente (Sema).

Fonte: PASCOM/Arquidiocese de Brasília

A partir de outubro, primeira Faculdade católica de Teologia em Damasco

Faculdade quer ser um espaço aberto a todos  (AFP or licensors)

Um lugar "ecumênico" onde até os não-cristãos são bem-vindos. O reitor da nova Faculdade, nascida de um projeto da Igreja Melquita síria, falou ao Vatican News sobre as esperanças e projetos que ganharão vida com o início dos cursos no próximo mês de outubro.

Gabriella Ceraso - Cidade do Vaticano

"Abertura" a todos e "serviço". Estas são as palavras mais frequentes na conversa por telefone que tivemos com o padre Youssef Lajin, que está em Damasco, onde é reitor da nova Faculdade Católica de Teologia que, inaugurada em setembro, abrirá as portas a professores e alunos no mês seguinte.

Ao visitá-la, o núncio apostólico na Síria, cardeal Mario Zenari, expressou seu grande entusiasmo. É “uma novidade e um primado” para a Síria - frisa padre Lajin - que tem uma população de 90% de muçulmanos e sofre com o êxodo constante de cristãos. Será uma forma de reconstituir o tecido sírio dilacerado? É o que esperamos. "Tantos anos de guerra criaram uma fissura e não queremos uma fissura, queremos ter um contato normal com aqueles que não são de nossa própria comunidade religiosa", queremos ser uma família", como já foi, um tempo lindo que nos deu alegria”.

Um trabalho a ser feito junto também com os não-cristãos

Na visão do reitor, esta nova Faculdade pode tornar-se um “lugar ecumênico”: concebida como “aberta a todos”, é dirigida àqueles que - explica ele - “se interessam pela religião cristã e pelo mundo católico, aos ortodoxos, caldeus, armênios e siríacos, mas também para os muçulmanos que querem saber mais sobre a nossa fé”.

Por isso o Pe. Lajin, quando questionado sobre quais são os objetivos da nova Faculdade, concentra-se em três pontos, dando particular ênfase ao último.

O primeiro - afirma - é dar aos alunos uma cultura católica geral e eclesiástica, o segundo é permitir que trabalhem, com o diploma obtido, no âmbito do ensino no final do curso. Por fim, e mais importante, é uma abertura a todos, para dizer especialmente aos não cristãos: 'Somos por vocês, queremos dialogar com vocês'. Até mesmo professores não cristãos nos ajudarão nisso. É um trabalho a ser feito em conjunto e que nos levará para a frente”.

Erigida com decreto presidencial de 7 de maio de 2019, a Faculdade nasceu onde era a antiga escola patriarcal, depois Instituto Teológico de Damasco. A oferta formativa é de cinco anos, sendo dois de Filosofia e três em Teologia, com cursos de Dogmática, Patrística, Sacramentos, História da Igreja, Pastoral, Doutrina Social da Igreja, até culminar na habilitação para lecionar em Teologia, reconhecida pelo Estado.

As diretrizes do curso estão de acordo com a Congregação para a Educação Católica, explica Pe. Youssef, isso inclui também o estudo das línguas, francês, inglês, grego, latim. Estamos pensando em abrir - conclui - também um instituto de línguas, "muito importante para nós - confessa - muitos têm interesse em aprender".

Certamente, conclui, abre-se um novo espaço com esta faculdade também para os seminaristas que - recordou o reitor - poderão ficar e estudar no seu país e não necessariamente mudar-se para o vizinho Líbano como até agora”.

Fonte: Vatican News

SÃO FÉLIX E SANTO ADAUTO

São Félix e Santo Adauto | Vatican News
30 de agosto

SS. FÉLIX SACERDOTE, E ADAUTO, MÁRTIRES

Padroeiros dos perseguidos pela causa de Deus

Origens

Os registros existentes sobre os santos Félix e Adauto são poucos. A história desses dois chegou até nós através da Tradição (com “T” maiúsculo) cristã, que remonta aos primeiros tempos do cristianismo. Sabe-se que São Félix foi um sacerdote cristão que viveu no tempo do imperador Diocleciano por volta do ano 300, em Roma. O pouco que se sabe sobre Santo Adauto é surpreendente e inquietante.

Mártires oferecendo suas vidas por Jesus

A história conta que São Félix foi preso pelos soldados do imperador Diocleciano, um dos maiores perseguidores dos cristãos, pelo simples fato de se declarar cristão e exercer o ministério sacerdotal em Roma. Com efeito, no tempo de Diocleciano, esta era uma razão forte de condenação à morte. Como São Félix não renunciou à sua fé em Cristo, foi condenado à morte por decapitação.

Santo Adauto aparece e se oferece para morrer com Félix

Condenado à morte, São Félix estava sendo levado para ser executado pelos soldados romanos. Nesse caminho, eis que aparece um homem que afronta os soldados e se declara cristão. Os soldados, a princípio, estranham a atitude daquele homem. E o estranho insistiu, oferecendo-se para ser morto junto com São Félix. Determinados a exterminar cristãos, os soldados prenderam o homem e o levaram junto com São Félix.

Martírio

Os soldados, então, chegando ao local determinado, decapitaram primeiro a São Félix e, logo em seguida, com a mesma espada, decapitaram o estranho que desafiou o imperador. Nenhum daqueles que assistiram à decapitação tinha ideia de quem seria aquele homem. Por isso, passaram a chama-lo de “Adauto”, nome que quer dizer “adjunto”, ou seja, aquele que morreu junto com São Félix e, junto com ele, recebeu a glória do martírio, entregando sua vida por Jesus.

Culto

Segundo a Tradição, os dois foram sepultados num túmulo do cemitério chamado Comodila, em Roma. Tal cemitério ficava próximo à Basílica de São Paulo Fora dos Muros. Mais tarde, o Papa Sirício fez construir uma Basílica no lugar onde eles foram sepultados. A basílica veio a se tornar um local de enorme peregrinação até depois de passada a Idade Média. Com o passar do tempo, o culto aos dois santos foi diminuindo até ficar quase esquecido pelos cristãos. Somente em 1903 a pequenina basílica dedicada a São Félix e Santo Adauto foi restaurada definitivamente. A história dos dois santos ficou tão marcada na história da Igreja que foi dedicado o mesmo dia de celebração aos dois mártires. Há algumas fontes descobertas mais tarde, que afirmam que os dois seriam irmãos. Sendo irmãos de sangue ou não, eles eram irmãos pelo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Oração a São Félix e Santo Adauto

Concedei-nos, Ó Deus Onipotente, a graça de sermos sempre firmes na fé, e pela intercessão de S. Félix e de Santo Adauto, dai-nos, Senhor, a graça que vos pedimos. Por Cristo Nosso Senhor, amém. São Félix e Santo Adauto, rogai por nós.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

Lições da vitória talibã

John smith 2021 | Shutterstock
Por Francisco Borba Ribeiro Neto

As condições para a chamada “guerra justa” podem ser sumarizadas numa frase.

Assistimos estarrecidos à fulminante vitória talibã no Afeganistão, depois de 20 anos de presença militar norte-americana na região, com um investimento militar avaliado em US$ 2 trilhões. Esse valor é mais de 4 vezes maior que o produto interno bruto (PIB) estimado para o Afeganistão nesses anos todos!

Uma série de erros, surpreendente na máquina de guerra mais poderosa do mundo, que são as Forças Armadas dos EUA, levaram ao desfecho vergonhoso para uns e trágico para milhões. Desde a Guerra do Vietnam, pelo menos, militares de todo o mundo sabem das dificuldades de tropas regulares enfrentarem guerrilheiros em locais com acesso difícil e populações hostis, como era o caso do Afeganistão.

Por outro lado, a ocupação militar e o apoio a líderes políticos locais sem respaldo popular também são estratégias de poder que não se mostram eficientes nos tempos atuais. Novamente trata-se de uma constatação das várias guerras travadas no Oriente Médio nos últimos 30 anos, que tem deixado um longo rastro de terrorismo, genocídios e opressão.

A falácia da “guerra justa”

A Igreja, em sua sabedoria histórica, tem questionado o uso da violência e da força para garantir a paz. As condições para a chamada “guerra justa” (cf. Compendio da Doutrina Social da Igreja, CDSI 497-515) podem ser sumarizadas numa frase: só é justa a guerra que é inevitável. Geralmente, o próprio fato de se ter que justificar uma guerra já atesta que ela é injusta, pois poderia ser evitada.

Já em seu discurso para o Dia Mundial da Paz de 2002, São João Paulo II alertava para o perigo de uma reação militar desproporcional ao terrorismo, que não criasse uma paz efetiva. Os EUA estavam ainda em choque com o atentado de 11 de setembro, mas a imprensa norte-americana identificou no discurso um claro alerta para o perigo do emprego excessivo da força no Afeganistão, que havia sido invadido para combater os terroristas da Al-Qaeda.

“Desenvolvimento é o novo nome da paz”, concluía São Paulo VI na encíclica Populorum progressio. Mas o Afeganistão, apesar de todo o investimento militar norte-americano e do avança recente no reconhecimento dos direitos humanos, permanece um dos países com menores índices de desenvolvimento humano (IDH, que reflete a situação de renda, saúde e educação da população).

Governos sem legitimidade levam à violência

Apesar de formalmente democrático, o governo afegão não contava com apoio popular. Nas últimas eleições, votaram apenas 1,8 milhão de habitantes, numa população de 39 milhões. A corrupção era reconhecidamente endêmica.

O exército afegão, apesar de muito bem armado, não recebia suprimentos adequadamente e estava desmotivado. Rendeu-se a tropas mal equipadas, muito inferiores numericamente, mas fortemente motivadas. Seus modernos equipamentos e armas desfilam agora sob o controle talibã. O investimento armamentista norte-americano na região enriqueceu a indústria bélica dos EUA, mas agora serve aos seus inimigos.

A vitória talibã mostra a todos nós que o bem comum não pode ser construído com a violência e alianças corruptas. O uso da força é sempre a última alternativa e, se absolutamente necessário, deve cessar assim que possível. Raiva e violência trazem mais raiva e violência, numa espiral que só pode ser parada pelo perdão e o diálogo sincero. Muitos se aliam a corruptos para conseguir o poder ou manter-se nele. Tais estratégias podem garantir ganhos pessoais, geralmente pouco lícitos, mas não o bem comum.

E se o Afeganistão fosse aqui?

De tempos em tempos, os brasileiros criam certas identificações com as tragédias de outros países e muitos passam a agir orientados pelo temos (nem sempre realista) de que coisas semelhantes aconteçam entre nós.

Assim foi, por exemplo, com o “efeito Orloff”, “eu sou você amanhã”, que ameaçava os brasileiros de terem no futuro uma crise econômica similar à da Argentina. Até hoje ouvimos falar do perigo de nos tornamos uma grande Cuba – ou então que o PT ou Bolsonaro vão nos transformar numa nova Venezuela…

Não temos esse medo em relação ao Afeganistão. Nenhum grupo fundamentalista parece ameaçar seriamente nossa democracia. Contudo, a tragédia daquele país nos mostra ao menos duas lições importantes: não apostar na violência nem deixar-se levar pela raiva, não imaginar que alianças com corruptos poderosos poderão nos garantir a paz e o nem estar social.

O compromisso cristão – e de todas as pessoas de boa-vontade – é com a política melhor, nas palavras do Papa Francisco na Fratelli tutti. nunca com a violência e a eliminação física ou moral do outro.

Fonte: Aleteia

Afinal, o que é ser fariseu?

Guadium Press
Ser fariseu consiste em praticar sem ser, ou ser sem praticar?  A liturgia deste XXII Domingo do Tempo Comum nos permite refletir sobre a doutrina a respeito do verdadeiro fariseu e de algumas de suas  características.

Redação (4:06 Gaudium Press) A conjugação da Liturgia da Palavra, neste XXII Domingo do Tempo Comum, nos apresenta na primeira leitura (cf. Dt 4, 1-2. 6-8) a promulgação de uma Lei Eterna, da qual nada deve ser acrescentado ou suprimido: os Dez Mandamentos. Na 2º leitura, São Tiago exorta a sermos “praticantes da palavra e não meros ouvintes” (cf. Tg 1, 22). No evangelho, porém, algo parece contraditório: os fariseus incitam a Nosso Senhor a praticar a lei mosaica. Mas Ele, por sua vez, os repreende por tal atitude. Ora, como explicar este aparente paradoxo?

A resposta está nas próprias palavras de Nosso Senhor: “Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito ‘Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos’. Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens” (Mc 7, 6-8). Eis a descrição do fariseu.

O fariseu não é aquele que não cumpre nenhuma lei; mas sim aquele que a altera, ou a deturpa. Como? Deixando de lado o mandamento de Deus – e este está contido no decálogo – para seguir a tradição dos homens, o mundo e a moda.

Assim, jamais um fariseu negará toda a lei, mas ele porá em evidência somente o que lhe é cômodo, deixando de lado o que lhe é mais custoso. Saberá cumprir aquilo que mais facilmente se aproxima dos preceitos mundanos, e recusar os mandatos divinos. O fariseu troca a caridade pela filantropia, a humildade pela pusilanimidade, a religião pelo sentimento, a verdade pelo erro.

Ser ou praticar?

Alguém perguntará: então, o fariseu é apenas aquele que prática o que não é, interiormente?

Não! Respondo. O fariseu é também aquele que deseja ser sem praticar, como afirma São Tiago na segunda leitura (cf. Tg 1, 22. 27).

De fato, que adianta alguém dizer que ama a Deus se pratica o oposto? Neste caso, amputa-se não a lei, mas a natureza, pois sendo o homem um ser racional, deve viver mediante seu pensar, e pensar de acordo com suas obras; caso contrário, estará enganando-se a si e aos outros. De um coração que ama a Deus não podem sair “más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo” (Mc 7, 22-23). Não raro, é o exterior que revela o interior.

Portanto, a liturgia de hoje nos exorta a sermos os verdadeiros filhos do Pai das Luzes, ouvindo e vivendo a palavra de Deus em cada dia de nossas vidas, para que, no final desta trajetória terrena, mereçamos habitar no seu Santo Monte Celeste.

Por Thiago Resende

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Diocese americana obriga uso de máscara em escolas católicas

Imagem ilustrativa / Crédito: Kelly Sikkema / Unsplash

MIAMI, 26 ago. 21 / 03:25 pm (ACI).- O Escritório de Escolas Católicas da diocese de Palm Beach, na Flórida, Estados Unidos, emitiu uma nota em 22 de agosto informando que os estudantes das suas escolas deverão usar, obrigatoriamente, máscaras faciais para a prevenção de possíveis contágios da covid-19.

A política entrou em vigor na segunda-feira, 23 de agosto, e exige que os estudantes usem máscaras no interior das escolas durante pelo menos os primeiros 60 dias de aulas. A nota também afirma que a prorrogação da medida será avaliada após esse período.

Segundo a nota, assinada pelo superintendente das escolas católicas Gary Gelo, o uso das máscaras é obrigatório para todas as pessoas que “estiverem no interior de qualquer edifício do nosso campus escolar e no transporte escolar”, mas opcional quando os estudantes estiverem ao ar livre.

Gelo informou aos pais de família que “se seu filho chegar à escola sem máscara, será entregue uma máscara e esperamos que ele cumpra a norma e use a máscara”. Ele também alertou que, em caso de descumprimento da política, medidas serão tomadas.

“Se você ou seu filho se recusarem, seu filho será enviado para casa. Não será permitido que seu filho assista a aula sem a máscara. As famílias que não cumprirem essas diretrizes poderão ser convidadas a considerar outras opções educacionais para seus filhos”, afirmou.

Os pais têm a opção de solicitar uma adequação médica, mas a criança deve continuar usando uma máscara até que o pedido seja processado e aprovado.

No momento, o estado da Flórida vem registrando um aumento dos casos de covid-19, em grande parte provocado pela propagação da variante delta do coronavírus. De acordo com o jornal local Miami Herald, o governo estadual informou, na segunda-feira, que os Centros de Controle e Prevenção de Doenças registraram 42,14 mil casos de contágio e 726 mortes.

Desde o início da pandemia, a Flórida registrou mais de 3 milhões de casos e 43 mil mortes relacionadas com a covid-19.

“Entendemos que algumas famílias se opõem firmemente às máscaras, enquanto outras defendem que os estudantes usem máscaras. Recebemos ligações e e-mails de ambas as partes sobre esse assunto”, disse Gelo no comunicado.

“Infelizmente, os dados publicados em 19 de agosto de 2021 pelo Departamento de Saúde da Flórida indicam tendências crescentes e contínuas no número de casos positivos para cada 100 mil pessoas em cada condado”, acrescentou.

Gelo disse que “a expectativa da chegada do pico máximo de contágio ainda é para dentro de algumas semanas” e afirmou que estão à espera de “números inferiores a 100/100 mil habitantes. O número de novos casos positivos também continua aumentando em nossa região”.

A diocese de Palm Beach não é a única do estado da Flórida a adotar a política de uso obrigatório de máscaras antes do início do ano escolar e das aulas presenciais.

A diocese de St. Augustine enfrentou certa oposição à política do uso obrigatório da máscara, promulgada dois dias antes do início do ano escolar. Desde então, dezenas de pais se reuniram em frente aos escritórios diocesanos para protestar contra a norma.

O diácono Scott Conway, superintendente escolar de St. Augustine, disse que a decisão de usar máscaras está relacionada com o número de pessoas afetadas pela covid-19 e que ele vai relaxar quando os números baixarem, informou Catholic Spirit.

No início de agosto, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos publicaram um guia que recomenda que todos os estudantes, funcionários, professores e visitantes das escolas do ensino básico ao médio usem máscaras nos ambientes interiores, independentemente do estado da vacinação contra a covid-19.

A Academia Americana de Pediatria também recomenda o uso de máscaras, dado que grande parte dos estudantes são muito pequenos para serem vacinados.

Outras dioceses adotaram abordagens diferentes sobre o uso de máscaras.

A arquidiocese de Atlanta, governada por dom Greg Hartemeyer, fez uma abordagem híbrida e estabeleceu o uso obrigatório da máscara para estudantes das escolas primárias, mas opcional para alunos do ensino médio. Pais de família também protestaram contra essa decisão da diocese.

Por sua vez, a diocese de Cleveland “recomendou encarecidamente” o uso de máscaras em suas escolas, mas não chegou a exigi-las.

A diocese disse que “as máscaras podem ser necessárias por um período de tempo, no caso de um surto de covid-19 em uma escola ou comunidade, ou por qualquer motivo, quando um departamento de saúde local o considerar necessário devido às circunstâncias locais”.

No final de 2020, uma escola primária católica em Michigan processou a secretaria estadual de saúde por obrigar os alunos a usar máscaras continuamente durante a jornada escolar. No processo, o requisito foi considerado desnecessário e prejudicial para os estudantes mais jovens.

A esse respeito, um juiz se recusou a intervir e emitir uma ordem judicial contra a ordem de uso obrigatório de máscaras do departamento de saúde. Na segunda-feira, a Corte de Apelações do Sexta Comarca dos Estados Unidos confirmou a decisão do juiz.

Fonte: ACI Digital

Hoje a Igreja recorda o martírio de São João Batista

Martírio de São João Batista, Evangeliário de Otão III, séc. X 
29 de agosto

Memória do martírio de São João Batista, que o rei Herodes Antipas fez prisioneiro na fortaleza de Maqueronte, na atual Jordânia, e na festa do seu aniversário, a pedido da filha de Herodíades, mandou degolar. Deste modo, o precursor do Senhor, como luz que arde e ilumina, deu testemunho da verdade, tanto na morte como na vida.

Cidade do Vaticano

A passagem do Evangelho de São Marcos que nos recorda o martírio de São João Batista diz: “Imediatamente, mandou um carrasco cortar e trazer a cabeça de João. O carrasco foi e, lá na prisão, cortou-lhe a cabeça, trouxe-a num prato e deu à moça. E ela a entregou à sua mãe. Quando os discípulos de João ficaram sabendo, vieram e pegaram o corpo dele e o puseram numa sepultura” (Mac 6, 27-29).

João Batista é o único Santo que durante o ano litúrgico é celebrado no seu nascimento e na sua morte, respectivamente dia 24 de junho e 29 de agosto. João é primo de Jesus, concebido por Zacarias e Isabel quando já eram idosos, ambos descendentes de famílias sacerdotais. O seu nascimento é colocado cerca de seis meses antes do de Cristo, de acordo com o episódio evangélico da Visitação de Maria a Isabel. Enquanto a data da morte ocorreu entre os anos 31 e 32, e remonta à dedicação de uma pequena basílica do século V no local do seu sepulcro.

Último profeta e primeiro apóstolo

Depois da juventude, João retirou-se em uma vida ascética no deserto. Andava com vestes de pele de camelo e se alimentava apenas de gafanhotos e mel silvestre. Perto do ano 28-29, durante o império de Tibério, iniciou sua vida pública e sua pregação, deslocando-se para as margens do rio Jordão. Começam a chamá-lo de Messias, mas ele adverte: O Messias já está entre eles e enquanto que ele, João, batiza com a água, Ele batizará com o Espírito Santo e fogo. João é apenas o Precursor de alguém que ele considera muito superior a si. Um dia este alguém, Jesus, apresenta-se a ele no Jordão para ser batizado. Inicialmente João recusa, mas depois obedece, porque ele, além de ser o último grande profeta do Antigo Testamento, é o primeiro apóstolo de Jesus que o seguirá até a morte, prefigurando com o próprio sofrimento e o próprio martírio, a Paixão de Jesus.

Uma lâmpada que arde e ilumina

João não é suave nas suas palavras. Tem recado para todos. Acusa os fariseus considerano-os hipócritas, além disso é repudiado pelos sacerdotes, porque com o seu batismo perdoa os pecados, tornando inúteis os sacrifícios para remissão que na época eram feitos no Templo.

Portanto é obvio que critique também a conduta do rei de Israel, Herodes Antipas, filho do Herodes autor do massacre dos inocentes, que mora com a esposa do irmão Felipe, Herodíades. Herodes, aprisiona João na fortaleza de Maqueronte, atual Jordânia, mas não o odeia: conversam muito e são discursos que o perturbam. Também teme que a sua morte possa causar uma rebelião no povo.

Na festa de aniversário de Herodes, a filha de Herondíades, Salomé, faz uma dança em honra do rei que fica fascinado e lhe concede como presente qualquer desejo seu, mesmo a metade do reino. Salomé, depois de falar com a mãe, pede a cabeça de João Batista. Herodes vacila, mas não pode recusar, pois tinha feito uma promessa. Assim João Batista morre, como mártir. Não um mártir da fé – porque não lhe foi pedido que a negasse – mas um mártir da verdade. Seja porque jamais a deixou de defendê-la, seja porque pela Verdade que é Jesus, ele viveu e morreu.  

Fonte: Vatican News


 

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF