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sábado, 4 de setembro de 2021

Precisamos falar sobre o suicídio (e não apenas em setembro)

Iphotosmile - Shutterstock
Por Talita Rodrigues

Pensamentos suicidas aparecem com uma frequência muito maior do que imaginamos, atingindo jovens e idosos. Mas o diálogo pode salvar vidas.

O suicídio acontece por causa da perda de sentido e de propósito diante da vida. 

Fique ligado aos seus sinais, e aos sinais dos que estão próximos: 

– Pensamentos: pensamentos remoídos obsessivamente, sem esperança e concentração são um dos primeiros indícios do suicídio, assim como enxergar a vida como algo sem sentido ou propósito;

– Humor: alterações extremas no humor podem sinalizar emoções suicidas. Excesso de raiva, sentimento de vingança, ansiedade, irritabilidade e sentimentos intensos de culpa ou vergonha são sinais aos quais você deve ficar atento;

– Avisos: Frases como “a vida não vale a pena”, “estou tão sozinho que queria morrer” ou “você vai sentir a minha falta” estão diretamente ligadas a pensamentos sobre a morte. Se a pessoa se sente um fardo, precisa buscar ajuda;

– Desapego: caso você perceba que a pessoa está começando a “fechar pontas soltas”, doar seus pertences e até visitar vários entes queridos, faça uma intervenção o mais rápido possível;

– Irresponsabilidade: comportamentos irresponsáveis e perigosos, sem medir as consequências, como o uso excessivo de álcool e drogas, direção imprudente e sexo sem proteção são indícios de que a pessoa já não dá a importância devida a própria vida;

– Mudança na rotina: todo mundo tem um lugar que gosta de frequentar em especial, então repare em mudanças extremas na rotina. Caso a pessoa pare de ir a locais que sempre gostou de visitar, tome uma medida o mais rápido possível. Abandonar atividades que lhe davam prazer é um grande sinal de alerta.

Apoio e diálogo contra o suicídio

O apoio de um ente querido é importante. Converse, escute com  paciência, sem julgamentos, sem expor nenhum sentimento que faça a pessoa se sentir culpada e envergonhada. Seja direto, e pergunte se a pessoa está com pensamentos suicidas. Por meio da resposta você pode obter um forte indício para buscar ajuda profissional, salvar a vida desta pessoa querida e fazer com que ela (re)encontre o sentido para viver. 

Diálogos salvam vidas.

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Fonte: Aleteia

Comportamento: Será que você é uma pessoa tóxica?

E+ Estadão

POR LUCIANA KOTAKA

29/08/2021

É interessante nos olharmos com mais critério e avaliarmos se estamos nos comportando de forma tóxica.

Conviver com pessoas tóxicas é uma tarefa desafiadora pois não conseguimos prever as suas reações, e quando menos esperamos algo acontece. Um comentário, um grito e a agressividade são demonstrados e atravessam a nossa alma. No começo nem sempre se mostram, principalmente em ambientes em que estão desprotegidos, mas aos poucos vão cometendo deslizes e revelando ao mundo as dores que carregam dentro de si mesmas.

Conseguimos enxergar o mundo interno da pessoa tóxica em situações em que os gatilhos são ativados e ela não se contêm, coloca para fora toda a raiva que sente, mágoas, traumas e frustrações que estavam controlando e direcionando em outra pessoa, no primeiro alvo fácil que cruzar a sua frente.

Normalmente são pessoas controladoras, não sabem relaxar, aquietar o coração, ouvir o que vem de dentro. Usam da comida, da bebida, do sexo, do cigarro, do trabalhar demais como mecanismos de defesa com intuito de amortecer todas as dores que estão contidas em seu sistema, precisam explodir para relaxarem. Algo aí precisa ser trabalhado e curado, é preciso tomar consciência do comportamento tóxico e então buscar ajuda profissional.

Infelizmente essa é uma realidade que raramente se concretiza, quem é tóxico foge da terapia, não tem tempo para essas frescuras como eles mesmo dizem, se acham bem resolvidos. Esse é o maior desafio, porque não tem como dialogar sem causar mais fricções, até a nossa tentativa de ajuda pode ser motivo de mais brigas e perdas de controle.

Por trás de todo comportamento agressivo há uma pessoa que foi muito ferida, que sentiu na pele as dores da agressão, os seus machucados estão à flor da pele, qualquer movimento não calculado, um esbarrão, o irá fazê-lo pular de dor. Pode ter sido uma infância difícil, adolescência, vida adulta, mas com certeza há um sistema cheio de muita dor e medo. Foram desrespeitadas em sua essência, podadas, controladas, usadas e manipuladas.

Muitas podem ser as situações que deixaram cicatrizes profundas e não podemos jamais julgá-las de acordo com os nossos crivos, pois cada um sabe o quanto foi machucado, qual o impacto que essas experiências deixaram em suas vidas. Essas pessoas vão desenvolvendo ferramentas internas para saírem do conflito, usam máscaras para enfrentarem a dor diariamente, e uma dessas máscaras é a agressividade querendo dizer para você não chegar muito perto.

Cada situação deve ser olhada com muito cuidado, é muito fácil para quem está de fora achar que sabe como resolver a situação, mas para a pessoa tóxica não é, pois se vê engolida pelos traumas, há uma forma negativa de enxergar a vida. A esperança, a alegria, os sonhos foram minados em algum momento, então é preciso que ela busque ajuda, ela faça esse movimento de cura. Às vezes o orgulho fala mais alto e a pessoa morre em sua dor, vai somente sobrevivendo dia após dia, mas é uma escolha.

Para quem está de fora olhando e sendo exposto a essas situações não é fácil manter o equilíbrio, também vamos nos intoxicando, nos sentimos acuados e agredidos. Pessoas que têm baixa autoestima são altamente impactadas e acabam sendo os principais alvos, assumem erros que não são seus, desistem de seus sonhos pois são frequentemente minados em suas ações, começam a morrer em vida por não terem força de cortarem essas relações tão destrutivas.

Todas as pessoas envolvidas com a pessoa tóxica podem precisar de ajuda, é saudável que procurem profissionais especializados em comportamento humano para ressignificarem as suas feridas, e assim se fortalecerem para seguirem em frente aprendendo a darem limites e serem respeitadas.

Fonte: https://emais.estadao.com.br/

PAIS DA IGREJA: São Gregório Magno (Parte 2/7)

S. Gregório Magno | ECCLESIA

São Gregório Magno

«Antologia»

«Dou-lhes a vida eterna»

Homilia 14 sobre o Evangelho

Aquele que é bom, não por um dom recebido mas por natureza, diz-nos: "Eu sou o bom Pastor". E continua, para que imitemos o modelo que nos deu da sua bondade: "O bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas" (Jo 10.11). No seu caso, Ele realizou o que tinha ensinado; mostrou o que tinha ordenado. Bom Pastor, Ele deu a vida pelas suas ovelhas, para mudar o seu corpo e sangue em nosso sacramento e saciar com o alimento da sua carne as ovelhas que tinha resgatado. Mostrou o caminho a seguir: desprezou a morte. Eis diante de nós o modelo a que temos de nos conformar. Em primeiro lugar, gastar-nos exteriormente com ternura pelas suas ovelhas; em seguida, se for necessário, oferecer-lhes a nossa morte.

Ele acrescenta: "Eu conheço - quer dizer, amo - as minhas ovelhas e elas conhecem-me". É como se dissesse de uma forma mais clara: "Quem me ama, siga-me!", porque quem não ama a verdade é porque ainda a não conhece. Vede, irmãos caríssimos, se sois verdadeiramente as ovelhas do bom Pastor, vede se O conheceis, vede se vos apropriais da luz da verdade. Não falo da apropriação pela fé mas pelo amor; vede se vos apropriais não pela vossa fé mas pelo vosso comportamento. Porque o mesmo evangelista João, que nos transmitiu esta palavra, afirma ainda: "Quem diz que conhece Deus e não guarda os seus mandamentos, é um mentiroso" (1 Jo 2,4) É por isso que, no nosso texto, Jesus acrecenta logo a seguir: "Assim como o Pai me conhece, Eu conheço o Pai e dou a vida pelas minhas ovelhas", o que equivale a dizer claramente: o facto de que Eu conheço o meu Pai e sou conhecido por Ele consiste em que Eu dê a vida pelas minhas ovelhas. Por outras palavras: este amor que me leva a morrer pelas minhas ovelhas mostra até que ponto Eu amo o Pai.

«O Reino dos céus está em nós»

Homilia 14 sobre o Evangelho

Jesus disse no Evangelho: “As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu conheço-as, elas seguem-me e eu dou-lhes a vida eterna” (Jo 10,27). Um pouco acima, ele tinha dito: “Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem” (v. 9). Porque entra-se pela fé, mas sai-se da fé pela visão face a face; passando da crença à contemplação, encontraremos pastagens para um repouso eterno.

São pois as ovelhas do Senhor quem tem acesso às pastagens, porque aquele que sai na simplicidade de coração recebe em alimento uma erva sempre verde. O que são estas pastagens das ovelhas senão as alegrias profundas de um paraíso sempre verdejante? A pastagem dos eleitos é o rosto de Deus presente, contemplado numa visão sem sombra; a alma sacia-se sem fim deste alimento de vida.

Nestas pastagens os que escaparam à rede dos desejos deste mundo são cumulados eternamente. Lá, canta o coro dos anjos, lá são reunidos os habitantes dos céus. Lá, é uma festa bem doce para os que regressam depois dos seus trabalhos numa triste estadia no estrangeiro. Lá se encontram o coro dos profetas de olhos penetrantes, os doze apóstolos juízes, a armada vitoriosa dos inumeráveis mártires tanto mais felizes quanto foram aqui em baixo rudemente afligidos. Nesse lugar, a constança dos confessores da fé é consolada recebendo a sua recompensa. Lá se encontram os homens fieis a quem os prazeres deste mundo não puderam amolecer a força de alma, as santas mulheres que venceram toda a fragilidade ao mesmo tempo que a este mundo; lá estão as crianças que pela sua maneira de viver se elevaram acima dos seus anos, os anciãos que a idade não pôde enfraquecer aqui em baixo e que a força para trabalhar não abandonou. Irmãos bem amados, ponhamo-nos em busca dessas pastagens onde seremos felizes em companhia de tantos santos.

FONTE:

Evangelho Cotidiano

Fonte: https://www.ecclesia.org.br/

POR OCASIÃO DO DIA DA PÁTRIA

CNBB

PRESIDENTE DA CNBB PEDE A BRASILEIROS QUE NÃO SE DEIXEM CONVENCER POR QUEM AGRIDE OS PODERES LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO

O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo divulgou nesta sexta-feira, 3 de setembro, um vídeo por ocasião do próximo Dia da Pátria, 7 de setembro. De acordo com o presidente da CNBB, a data deve inspirar em cada brasileiro o reconhecimento de que todos são irmãos, inclusive daqueles com quem não se concorda.

Essa verdade, segundo do Walmor, precisa ser contemplada e ajudar no reconfiguramento da interioridade de cada um frente a um contexto no qual o Brasil está sendo contaminado pela raiva e pela intolerância. De acordo com o arcebispo de Belo Horizonte, em nome de ideologias muitos dedicam-se à ofensas, chegando ao absurdo de defender o armamento da população.

“Quem se diz cristão ou cristã deve ser agente da Paz e a paz não se constrói com armas. Somos todos irmãos. Esta verdade é sublinhada pelo Papa Francisco na carta encíclica Fratelli Tutti”, disse.

Os ensinamentos da Fratelli Tutti, aponta dom Walmor, devem também inspirar cuidados com os que sofrem. “A fome é realidade de quase 20 milhões de brasileiros. Aquele pai que não tem alimento a oferecer para o próprio filho é seu irmão. Nosso irmão. Do mesmo modo, a criança e a mulher feridas pela miséria são suas irmãs, nossos irmãos e irmãs”, afirmou no vídeo.

De acordo com o presidente da CNBB, os católicos e cristãos não podem ficar indiferentes à realidade que mistura desemprego e alta inflação, num contexto agravado pela pandemia, situação que acentua as exclusões sociais. A saída, de acordo com o arcebispo, está na urgência em implementar políticas públicas para a retomada da economia e a inclusão dos mais pobres no mercado de trabalho.

Povos originários e a Casa Comum


“Nossa pátria não começa com a colonização europeia. Nossas raízes estão nas matas e florestas, num sinal claro nos ensinando que a nossa relação com planeta deve ser pautada pela harmonia. Os povos indígenas, historicamente perseguidos e dizimados, enfrentam graves ameaças do poder econômico extrativista  e ganancioso que tudo faz para exaurir nossos recursos naturais”, disse.O presidente da CNBB afirma que os olhares precisam voltar-se para os povos que estão mais sofrendo, como os indígenas, povos originários.

O presidente da CNBB dedica um parte da mensagem ao cuidado com a Casa Comum (meio ambiente). Dom Walmor reforça o alerta dos cientistas brasileiros sobre a gradativa queda nos mananciais de água potável no Brasil. “A exploração desmedida e irracional do solo, com a derrubada de florestas, está levando à escassez de água em nossas torneiras. Não podemos deixar que o Brasil, reconhecimento internacionalmente por ser rico em recursos naturais, seja devastado e torne-se uma terra arrasada”, exortou.

Exercício da cidadania e superação da crise

Dom Walmor enalteceu a importância do dia 7 de Setembro como caminho para contribuir para o exercício qualificado da cidadania. Na mensagem, o arcebispo defende que a participação cidadã na política, reivindicando direitos, com liberdade, está diretamente relacionada com o fortalecimento das instituições que sustentam a Democracia.

“Não se deixe convencer por quem agride os poderes Legislativo e Judiciário. A existência de três poderes impede a existência de totalitarismos”, disse. Dom Walmor defende que não é possível aceitar, independentemente das convicções político-partidárias de cada um, agressões aos pilares que sustentam a democracia. Agredir, eliminar, hostilizar, ignorar ou excluir, segundo o arcebispo, são verbos que não combinam com um sistema democrático.

No próximo 7 de setembro, dom Walmor fez um pedido aos brasileiros: “respeite a vida e a de seu semelhante. (…) a intolerância nos distância da Justiça e da Paz e afasta-nos de Deus. Somos todos irmãos. No dia da Pátria, 7 de setembro, rezemos para que o Brasil encontre um caminho para superar as suas crises. Rezemos também pelas vítimas da Covid-19 “, reforçou.

Dom Walmor encerra o vídeo recordando o trecho de uma mensagem do Papa Francisco: “O bem não é conquista mas uma construção permanente, demandando a nossa dedicação a cada dia”.

Conheça a íntegra da mensagem no vídeo abaixo:

https://youtu.be/wC8C4N-Tb1I

Fonte: CNBB

Papa Francisco alerta para o problema da desinformação

Sdecoret - Shutterstock
Por Octavio Messias

Em sua fala no Dia Mundial das Comunicações Sociais, pontífice valorizou o jornalismo de qualidade e criticou a distorção intencional de informação na internet.

São muitos os problemas que a humanidade enfrenta nos dias de hoje, boa parte deles novos, com os quais, historicamente, não aprendemos a lidar, advindos da tecnologia, do crescimento populacional e dos desafios geopolíticos dos novos tempos. Entre eles, três podem ser destacados como os principais e com estreita relação entre si: a crise do novo coronavírus, a polarização política e, acirrando ainda mais os dois primeiros, o fenômeno da desinformação.  

Foi a este último que o Papa Francisco se dirigiu no Dia Mundial das Comunicações Sociais, por ocasião da 54ª Jornada Mundial das Comunicações Sociais, que teve como tema “Vinde ver”: Comunicar encontrando as pessoas como e onde estão, tirado do livro João 1, versículo 46. 

Novas mídias

Atualmente, em meio à avalanche de desinformação que o mundo atravessa, o que contribui diretamente com a polarização política, o que, por sua vez, prejudica a divulgação de informações verdadeiras sobre as medidas e os protocolos de contenção do novo coronavírus, redes sociais como Facebook e Twitter e ferramentas como WhatsApp são apontados como principais responsáveis. Em sua mensagem, o papa alertou quanto a este problema: 

“Se é verdade que a internet constitui uma possibilidade extraordinária de acesso ao saber, verdade é também que se revelou como um dos locais mais expostos à desinformação e à distorção consciente e pilotada dos fatos e relações interpessoais, a ponto de muitas vezes cair no descrédito”. 

Agradecimento aos jornalistas

O pontífice ainda reconheceu a importância do jornalismo de qualidade no sentido de levar informação a respeito da situação dos menos favorecidos e mais suscetíveis aos problemas socioeconômicos trazidos pela pandemia.  Ele agradeceu aos profissionais de comunicação pela coragem e determinação ao retratar realidades tão distintas em todos os cantos do planeta: 

“O próprio jornalismo, como exposição da realidade, requer a capacidade de ir aonde mais ninguém vai: mover-se com desejo de ver. Uma curiosidade, uma abertura, uma paixão. Temos que agradecer à coragem e determinação de tantos profissionais (jornalistas, operadores de câmara, editores, cineastas que trabalham muitas vezes sob grandes riscos), se hoje conhecemos, por exemplo, a difícil condição das minorias perseguidas em várias partes do mundo, se muitos abusos e injustiças contra os pobres e contra a criação foram denunciados, se muitas guerras esquecidas foram noticiadas. Seria uma perda não só para a informação, mas também para toda a sociedade e para a democracia, se faltassem estas vozes: um empobrecimento para a nossa humanidade”, afirmou.

Gastar sola

Ao mesmo tempo em que enalteceu a categoria, Papa Francisco criticou o modo preguiçoso como muitas empresas de comunicação divulgam informações nos dias de hoje, baseada em pesquisas na internet, com cada vez menos apuração em campo: 

“A crise do setor editorial pode levar a informações construídas nas redações, na frente do computador, nos terminais das agências, nas redes sociais, sem nunca sair para a rua, sem gastar as solas dos sapatos, sem encontrar as pessoas para encontrar histórias”, afirmou.

Responsabilidade coletiva

Além de nos informarmos pelos veículos reconhecidos de imprensa, temos papel importante e uma responsabilidade coletiva no controle da disseminação desenfreada de fake news. Antes de compartilhar uma notícia ou qualquer conteúdo nas redes sociais ou pelo WhatsApp, sempre dê um Google para checar se aquela informação foi veiculada nas plataformas tradicionais, cruze os dados e veja se ela ainda se sustenta. Na dúvida, não compartilhe. 

Fonte: Aleteia

O Sacramento do Batismo e a nossa real dignidade

Guadium Press
O Batismo contém em si tesouros de inestimável valor, ao mesmo tempo arma e escudo contra o mal.

Redação (03/09/2021 17:36Gaudium Press) Dentre os maiores mistérios que compõem a Fé cristã está o impressionante fato de que, a partir do momento em que sobre nós é derramada a água batismal juntamente à fórmula prescrita pela Igreja, nos tornamos templos da Santíssima Trindade, filhos de Deus e coerdeiros do Reino dos Céus, em virtude da força santificadora conferida aos Sacramentos, pelos méritos da Paixão de Cristo.

O Sacramento do Batismo, com efeito, foi instituído por nosso Senhor Jesus Cristo não apenas por suas palavras, mas pelo seu próprio exemplo: quis Ele receber o batismo de São João — preparatório, evidentemente, ao Batismo Cristão — para assinalar-nos os benefícios desta torrente purificadora.

Um Sacramento esquecido?

É de lastimar, entretanto, que muitas vezes o católico se esquece deste dom que recebeu, deste selo indelével que o separa e o eleva sobre os outros homens. Basta dizer que, sem o Batismo, o homem estará reduzido à simples qualidade de criatura. “O batizado passa ao domínio de Cristo[1], é o que ensina a Teologia, pois é recebendo este inefável dom que passa a ser posse de Deus, filho de Deus propriamente.

É de se perguntar, pois, por que não se vive considerando o Batismo como o mais precioso dos dons, superior a qualquer bem terreno; é possível que haja algo mais extraordinário?

Força e proteção contra todo inimigo

Lê-se na história da conversão dos francos, povo bárbaro ancestral dos franceses, as sublimes palavras de uma carta do Bispo Santo Avito, dirigida ao rei franco Clóvis no dia de seu Batismo:

“Que direi da solenidade do vosso batismo? Oh! como essa noite sagrada nos encheu de consolo ao evocarmos a vossa pessoa! Que espetáculo, dizíamos, ver reunidos um grupo de pontífices servir com solicitude no batismo de um grande rei, contemplar aquela cabeça temida pelas nações curvar-se diante dos servos de Deus; ver aquela cabeleira crescida sob o capacete militar receber, com a sagrada unção, o capacete da salvação; ver aquele guerreiro deixar por algum tempo a couraça para usar vestes brancas. Não duvideis, ó mais florescente dos reis, a maciez dos novos trajes emprestará nova força às vossas armas; e tudo quanto a vossa boa sorte realizou até agora, a vossa piedade realizará ainda melhor”.[2]

Muito mais do que uma bela recordação do passado, o católico deve ter sempre diante de si o que significa ser batizado propriamente; como sabiamente diz São Paulo, “sepultemo-nos” nas águas batismais como Cristo, para que também sejamos ressuscitados com Ele em sua glória.[3]

O Batismo é, pois, um escudo, mas sobretudo a arma capaz de vencer o inimigo infernal e de abrir o caminho até a Salvação.

Por André Luiz Kleina


[1] OÑATIBIA, Ignacio. Bautismo y Confirmación: Sacramentos de iniciación. Madrid: BAC, 2000, p. 190.

[2] Cf. ROHRBACHER, René François. Vida dos Santos. São Paulo: Américas, 1960, v. 17, p. 186.

[3] Cf. Rm 6,4.


Fonte: https://gaudiumpress.org/

Como viver as bem-aventuranças segundo Santa Teresa de Calcutá?

Santa Teresa de Calcutá. Crédito: Daniel Ibañez / ACI Prensa

REDAÇÃO CENTRAL, 04 set. 21 / 09:00 am (ACI).- A palavra "bem-aventurança" significa bênção suprema, e Santa Teresa de Calcutá viveu cada uma dessas mensagens de humildade e amor fraterno que conduzem à recompensa eterna; por isso, não é de surpreender que suas palavras coincidam com as bem-aventuranças.

1. Jesus disse: "Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos Céus!”.

Madre Teresa disse: "Quando você não tem mais nada além de Deus, tem mais do que o suficiente para começar de novo". "A pobreza espiritual do mundo ocidental é muito maior que a pobreza física do nosso povo".

2. Jesus disse: "Bem-aventurados os que cho­ram, porque serão consolados!".

Madre Teresa disse: “A dor e sofrimento entraram na sua vida, mas lembre-se de que a dor, a tristeza e o sofrimento nada mais são do que o beijo de Jesus, um sinal de que você se aproximou tanto dele dele que Ele pode beijar você".

3. Jesus disse: "Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!".

Madre Teresa disse: “A humildade é a mãe de todas as virtudes; a pureza, a caridade e a obediência. É em ser humilde que o nosso amor se torna real, devoto e ardente. Se você é humilde, nada vai te tocar, nem louvor, nem desgraça, porque você sabe o que é. Se te culparem por algo, não ficará desanimado. Se te chamarem de santo, não vai se colocar em um pedestal”.

4. Jesus disse: "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!".

Madre Teresa disse: "Se você julga as pessoas, não tem tempo para amá-las". "Prefiro que você cometa erros de bondade do que realize milagres sem bondade".

5. Jesus disse: "Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão miseri­córdia!".

Madre Teresa disse: “Muitas vezes as pessoas são irracionais e egocêntricas. Perdoe-as assim mesmo. Se você é amável, as pessoas podem acusá-lo de ser interesseiro. Seja amável assim mesmo. Se você é honesto, as pessoas podem te enganar. Seja honesto assim mesmo. Se você encontra a felicidade, as pessoas poderiam ficar com ciúmes. Seja feliz assim mesmo. O bem que você faz hoje, pode ser esquecido amanhã. Faça o bem assim mesmo. Dê ao mundo o melhor que você tem, e pode ser que nunca seja suficiente. Dê o melhor assim mesmo. Veja você que, no final das contas, é tudo entre você e Deus. Nunca foi entre você e os outros”. 

6. Jesus disse: "Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!".

Madre Teresa disse: “Nesta vida, não podemos fazer grandes coisas. Só podemos fazer pequenas coisas com muito amor”.

7. Jesus disse: "Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!".

Madre Teresa disse: "A paz começa com um sorriso".

8. Jesus disse: "Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus!".

A Madre Teresa foi admirada por muitos, mas também foi perseguida e constantemente criticada por fazer seu trabalho de evangelização. Do mesmo modo, foi acusada de não fazer o suficiente para mudar as coisas.

Em 1994, a santa desafiou a ira dos membros do Congresso dos Estados Unidos, do presidente Bill Clinton e do vice-presidente Al Gore e de suas esposas no Café da Manhã de Oração, ao se pronunciar em defesa dos nascituros. A vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 1979 disse que "a maior ameaça para a paz hoje é o aborto, porque Jesus disse que ‘o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe’".

“Portanto, cada aborto é a negação de receber Jesus, a negligência de receber Jesus. E se aceitarmos que uma mãe possa matar o seu próprio filho, como podemos dizer aos outros que não se matem? O país que aceita o aborto não está ensinando o seu povo a amar, mas a aplicar a violência para conseguir o que deseja”, disse Santa Teresa de Calcutá.

Enquanto grande parte da plateia se colocou de pé e aplaudiu em voz alta, Clinton, Gore e suas esposas se sentaram rigidamente na mesa principal. Madre Teresa falou com ousadia, sem buscar elogios e sem medo de violentas reações e perseguições, mas simplesmente para dizer a verdade.

Fonte: ACI Digital

Fr. Mamerto Esquiú será beatificado neste sábado em Catamarca, Argentina

Mamerto Esquiú, da Ordem dos Frades Menores,
bispo de Córdoba (Argentina) 

Frei Mamerto Esquiú se distinguiu em dois aspectos principais que caracterizam a espiritualidade franciscana: no primeiro, porque foi um protagonista ativo da restauração da vida comunitária dos franciscanos de seu tempo; na minoridade, porque quando a fama o fez correr o risco de ficar 'confortável' na sociedade de seu tempo, fugiu e preferiu uma vida de oração, estudo e missão em Tarija, na Bolívia, por cinco anos.

Isabella Piro – Vatican News

Um homem que "sabia como responder aos desafios de seu tempo". Com estas palavras o ministro da Província franciscana da Assunção da Bem-aventurada Virgem do Rio da Prata, na Argentina, Fr. Emilio Andrada, define a principal característica de seu confrade, Fr. Mamerto Esquiú (1826- 1883), que será beatificado neste sábado, 4 de setembro. A cerimônia terá lugar na esplanada da Igreja de “San José de Piedra Blanca”, em Catamarca.

“A fraternidade e minoridade são traços distintivos da espiritualidade franciscana - explica o ministro provincial -. Frei Mamerto Esquiú se distinguiu em ambos os aspectos: no primeiro, porque foi um protagonista ativo da restauração da vida comunitária dos franciscanos de seu tempo; na minoridade, porque quando a fama o fez correr o risco de ficar 'confortável' na sociedade de seu tempo, fugiu e preferiu uma vida de oração, estudo e missão em Tarija, na Bolívia, por cinco anos”.

Ao mesmo tempo, acrescenta frei Emilio, Fr. Mamerto sabia enfrentar os desafios de sua época e não tinha o temor de "dizer aos dirigentes do país o que era mais apropriado fazer", em um período histórico em que a Argentina havia conquistado recentemente sua independência.

“Foi obediente à Ordem e filho fiel da Igreja”, continua o ministro provincial, falando de alguns pormenores da beatificação: “Na nossa igreja de 'San Francisco de Catamarca', onde será abençoado um altar em honra a Fra 'Esquiú, também será colocada uma relíquia formada por uma partícula de seu coração."

Trata-se de um fragmento particularmente precioso, porque a relíquia inteira do coração foi roubada e nunca mais encontrada. Aquilo que resta, portanto, é somente esta pequena partícula. Por fim, Frei Andrada reitera desde já o compromisso da Ordem Franciscana de trabalhar pela canonização do falecido confrade, que foi "um de nós e nos mostrou um caminho válido para alcançar a santidade".

Nascido em 11 de maio de 1826 em San José de Piedra Blanca, Mamerto de la Ascensión Esquiú recebeu a fé e a devoção a São Francisco de Assis desde os 5 anos, graças aos ensinamentos maternos. Ingressou na Ordem dos Frades Menores e em 31 de maio de 1836 iniciou os estudos e o noviciado no convento franciscano de Catamarca. Em 1842 emitiu a profissão solene na Ordem, sendo ordenado sacerdote em 18 de outubro de 1848.

Após uma breve experiência no mundo da escola, trabalhou no âmbito da concórdia social e da unidade do povo argentino nos difíceis anos da guerra que, em pleno ano de 1800, levou à formação do país moderno. É famoso seu sermão proferido durante a celebração do "Juramento da Constituição" em 9 de julho de 1853, centrado na oração pela união de todo o povo argentino, que o presidente Justo José de Urquizalodò mandou imprimir e distribuir em todo o país.

Em seu ministério, o religioso se destacou por sua doutrina e autoridade, propondo a santidade como coração da vida sacerdotal e do compromisso cristão. Fundamento de sua extraordinária atividade pastoral é a intensa vida de oração e união com Cristo.

Nomeado bispo de Córdoba em 1880, faleceu em 10 de janeiro de 1883, provado pelo desgaste e fadiga. Foi declarado Venerável em 2006, enquanto em 19 de junho de 2020 o Papa Francisco autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar o decreto sobre um milagre atribuído à sua intercessão, dando assim o nulla osta para sua futura beatificação. O milagre ocorreu na Diocese de Tucumán, Argentina, em 2016, em uma menina com grave osteomielite do fêmur.

E será o arcebispo emérito de Tucumán, cardeal Luis Héctor Villalba, a presidir a cerimônia de beatificação. Para o domingo, estão previstas duas Missas de Ação de Graças: a primeira na Basílica de Catamarca, presidida pelo bispo local, Dom Luis Urbanc, enquanto a segunda será na Catedral de Córdoba.

A recordar que no dia 10 de janeiro a Diocese de Catamarca inaugurou um ano especial dedicado a frei Mamerto. A data foi escolhida para comemorar o 138º aniversário da morte do religioso.

Fonte: Vatican News Service - IP

Santa Rosália

Sta. Rosália | ArquiSP
04 de setembro

Santa Rosália

Rosália nasceu no ano de 1125, em Palermo, na Sicília, Itália. Era filha de Sinibaldo, rico feudatário, senhor da região dos montes "da Quisquínia e das Rosas", e de Maria Guiscarda, sobrinha do rei normando Rogério II. Portanto Rosália era muito rica e vivia numa Corte muito importante da época. Durante a adolescência, foi ser dama da Corte da rainha Margarida, esposa do rei Guilherme I da Sicília, que apreciava sua companhia amável e generosa. Porém nada disso a atraía ou estimulava. Sabia que sua vocação era servir a Deus e ansiava pela vida monástica.

Aos quatorze anos, levando consigo apenas um crucifixo, abandonou de vez a Corte e refugiou-se, solitária, numa caverna nos arredores de Palermo. O local pertencia ao feudo paterno e era um local ideal para a reclusão monástica. Ficava próximo do Convento dos beneditinos, que possuía uma pequena igreja anexa. Assim, mesmo vivendo isolada, podia participar das funções litúrgicas e receber orientação espiritual.

Depois, a jovem ermitã transferiu-se para uma gruta no alto do monte Pelegrino, que lhe fora doado pela amiga, a rainha Margarida. Lá já existia uma pequena capela bizantina e, também, nos arredores, os beneditinos com outro Convento. Eles puderam acompanhar e testemunhar com seus registros a vida eremítica de Rosália, que viveu em oração, solidão e penitência. Muitos habitantes do povoado subiam o monte atraídos pela fama de santidade da ermitã. Até que, no dia 4 de setembro de 1160, Rosália morreu, na sua gruta de monte Pelegrino, em Palermo.

Vários milagres foram atribuídos à intercessão de santa Rosália, como a extinção da peste que no século XII devastava a Sicília. O seu culto difundiu-se, enormemente, entre os fiéis, que a invocavam como padroeira de Palermo, embora para muitos essa celebração fosse apenas uma antiga tradição oral cristã, por falta de sinais reais da vida da santa. Sinais que o estudioso Otávio Gaietani não conseguiu encontrar antes de morrer, em 1620.

Só três anos depois tudo foi esclarecido, parece que pela própria santa Rosália. Consta que ela teria aparecido a uma mulher doente e contado onde estavam escondidos os seus restos mortais. Essa mulher comunicou aos frades franciscanos do convento próximo de monte Pelegrino, os quais, de fato, encontraram suas relíquias no local indicado, no dia 15 de junho de 1624.

Quarenta dias após a descoberta dos ossos, dois pedreiros, trabalhando no Convento dos dominicanos de Santo Estêvão de Quisquínia, acharam numa gruta uma inscrição latina, muito antiga, que dizia: "Eu, Rosália Sinibaldi, filha das rosas do Senhor, pelo amor de meu Senhor Jesus Cristo decidi morar nesta gruta de Quisquínia". Isso confirmou todos os dados pesquisados pelo falecido Gaietani.

A autenticidade das relíquias e da inscrição foi comprovada por uma comissão científica, reacendendo o culto a santa Rosália, padroeira de Palermo. Contribuiu para isso, também, o papa Ubaldo VIII, que incluiu as duas datas no Martirológio Romano, em 1630. Assim, santa Rosália é festejada em 15 de junho, data em que suas relíquias foram encontradas, e em 4 de setembro, data de sua morte. A urna com os restos mortais de santa Rosália está guarda no Duomo de Palermo, na Sicília, Itália.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

PAIS DA IGREJA: São Gregório Magno (Parte 1/7)

S. Gregório Magno | ECCLESIA

São Gregório Magno

«Antologia»

«Ele viu-o e encheu-se de piedade»

Exposição sobre os sete salmos da penitência, PL 79, 581

Ó Senhor Jesus, que tu tenhas a bondade de te aproximar de mim, movido pela piedade. Descendo de Jerusalém para Jericó, cais das alturas no nosso fosso, de um lugar onde os seres estão cheios de vida, para uma terra de doentes. Vê: eu caí nas mãos dos anjos das trevas que, não só me despiram as vestes da Graça, mas depois de me terem posto às cambalhotas, deixaram-me semi-morto. Que Tu cures as chagas dos meus pecados depois de me teres dado a esperança de encontrar a saúde, não vão piorar se eu vier a perder a esperança na cura. Que queiras ungir-me com o óleo do teu perdão e verter sobre mim o vinho da compunção. Se me levasses na tua montada, então é que «erguerias o fraco da poeira» e «retirarias o pobre do lixo» (Sl 112,7).

É que Tu és Aquele que transportou os nossos pecados, Aquele que pagou por nós uma dívida que não contraíra. Se Tu me conduzisses ao abrigo da tua Igreja, dar-me-ias de alimento a refeição do teu corpo e do teu sangue. Se tomasses conta de mim, eu não voltaria a desobedecer às tuas ordens, não atrairia mais sobre mim a raiva das feras furiosas. É que preciso muito dos teus cuidados, porquanto envergo esta carne sujeita ao pecado. Escuta-me pois, a mim, o samaritano despojado e ferido, chorando e gemendo, chamando por Ti e gritando com David: «Piedade para mim, ó Deus, segundo a tua grande ternura».

«Que o amor nos atraia a segui-lo»

Homilias sobre os Evangelhos, n° 29

"O Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi elevado ao céu e sentou-se à direita de Deus" (Mc 16,19). Partia assim para o lugar de onde era, regressava de um lugar onde continuava a permanecer; com efeito, no momento em que subia ao céu com a sua humanidade, unia pela sua divindade o céu e a terra. O que temos de destacar na solenidade de hoje, irmãos bem amados, é a supressão do decreto que nos condenava e do julgamento que nos votava à corrupção. Na verdade, a natureza humana a quem se dirigem estas palavras: "Tu és terra e regressarás à terra" (Gn 3,19), essa natureza subiu hoje ao céu com Cristo. É por isso, caríssimos irmãos, que temos de segui-lo com todo o nosso coração, até ao lugar onde sabemos pela fé que Ele subiu com o seu corpo. Fujamos dos desejos da terra: que nenhum dos lugares cá de baixo nos entrave, a nós que temos um Pai nos céus.

Pensemos também no facto de que aquele que subiu aos céus cheio de suavidade regressará com exigência... Eis, meus irmãos, o que deve guiar a vossa acção; pensai nisso continuamente. Mesmo se estais presos na confusão dos assuntos deste mundo, lançai desde hoje a âncora da esperança para a pátria eterna (He 6,19). Que a vossa alma procure apenas a verdadeira luz. Acabamos de ouvir que o Senhor subiu ao céu; pensemos seriamente naquilo em que acreditamos. Apesar da fraqueza da natureza humana que nos retém ainda cá em baixo, que o amor nos atraia a segui-lo, porque estamos certos de que aquele que nos inspirou este desejo, Jesus Cristo, não nos decepcionará na nossa esperança.

FONTE:

Evangelho Cotidiano

Fonte: https://www.ecclesia.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF