Translate

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Líder pró-vida contesta que Suprema Corte descriminalizou o aborto no Méxic

Imagem ilustrativa. Crédito: Carlo Navarro / Unsplash
Por David Ramos

MEXICO D.F., 08 set. 21 / 03:45 pm (ACI).- Meios de comunicação do México e de outros países disseram que a Suprema Corte de Justiça da Nação (SCJN) descriminalizou o aborto em todo o México. A Suprema Corte declarou inválido, neste 7 de setembro, artigos que se referem à pena de prisão para as mulheres que abortam voluntariamente, e profissionais de saúde que as ajudem.

Jornais como El País, da Espanha, citaram as palavras do presidente da SCJN, Arturo Zaldívar Lelo de Larrea, no final da sessão disse que, com a sentença da SCJN, “se estabelece um critério obrigatório para todos os juízes e juízas do país” e que, “a partir de agora, não se poderá processar alguma mulher que aborte nos casos considerados válidos por este Tribunal Constitucional sem violar o critério da Corte e a Constituição”.

O presidente da Frente Nacional pela Família (FNF), Rodrigo Iván Cortés, disse à ACI Prensa que a decisão da SCJN só afetava “os artigos que dão pena corporal em casos de aborto no estado de Coahuila. O tipo penal do aborto se mantém em toda a República”. Para Cortés, quem afirme que o aborto foi descriminalizado em todo o México “não está dizendo a verdade”.

O presidente do FNF disse que, quando Zaldívar Lelo de Larrea se refere aos “pressupostos considerados por este Tribunal Constitucional”, somente se refere a que “seja pena corporal”, e que “seja no estado de Coahuila”.

Cortés disse também que o presidente do Supremo Tribunal quis converter o aborto “em um direito” e eliminar completamente o delito de aborto do Código Penal de Coahuila. “Mas isso não funcionou e ele insistiu na invalidez de alguns artigos”.

O presidente da FNF disse também que o jornal El País mente quando afirma que “os ministros da Corte discutiram durante dois dias ações de inconstitucionalidade que chegavam dos estados de Coahuila e Sinaloa”. No entanto, nas sessões de 6 e 7 de setembro, a SCJN apenas abordou e decidiu sobre uma ação de inconstitucionalidade contra artigos do Código Penal do estado de Coahuila.

Nos próximos dias, a Suprema Corte abordará outras duas ações de inconstitucionalidade: uma contra a blindagem da vida desde a concepção na Constituição do estado de Sinaloa e outra que poderia limitar a objeção de consciência dos profissionais de saúde, obrigando-os a participar em abortos contra a sua vontade.

Através da plataforma CitizenGO, mais de 50 mil pessoas assinaram uma campanha exigindo aos ministros da Suprema Corte que não aprovem o aborto no México.

Cerca de 30 mil pessoas assinaram uma campanha semelhante na plataforma Actívate.

Fonte: https://www.acidigital.com/

São Pedro Claver

ChurchPOP

SÃO PEDRO CLAVER, PRESBÍTERO JESUÍTA, APÓSTOLO ENTRE OS NEGROS DEPORTADOS

Os escravos negros que chegavam em enormes navios negreiros ao porto de Cartagena, na Colômbia, eram recepcionados e aliviados de suas dores e sofrimentos por um missionário que, além de alimento, vinho e tabaco, oferecia palavras de fé para aquecer seus corações e dar-lhes esperança. Para quem vivia com corrente nos pés e sob o açoite dos feitores, a esperança vinha de Nosso Senhor.

Esse missionário era Pedro de Claver, nascido no povoado de Verdú, em Barcelona, na Espanha, em 26 de junho de 1580. Filho de um casal de simples camponeses muito cristãos, desde cedo revelou sua vocação. Estudou no Colégio dos Jesuítas e, em 1602, entrou para a Companhia de Jesus, para tornar-se um deles.

Quando terminou os estudos teológicos, Pedro de Claver viajou com uma missão para Cartagena, hoje cidade da Colômbia, na América do Sul. Iniciou seu apostolado antes mesmo de ser ordenado sacerdote, o que ocorreu logo em seguida, em 1616, naquela cidade. E assim, foi enviado para Carque, evangelizar os escravos que chegavam da África. Apesar de não entenderem sua língua, entendiam a linguagem do amor, da caridade e do sentimento cristão e paternal que emanavam daquele padre santo. Por esse motivo os escravos negros o veneravam e respeitavam como um justo e bondoso pai.

Em sua missão, lutava ao lado dos negros e sofria com eles as mesmas agruras. O que podia fazer por eles era mitigar seus sofrimentos e oferecer-lhes a salvação eterna. Com essa proposta, Pedro de Claver batizou cerca de quatrocentos mil negros durante os quarenta anos de missão apostólica. Foram atribuídos a ele, ainda, muitos milagres de cura.

Durante a peste, em 1650, ele foi o primeiro a oferecer-se para tratar os doentes. As consequências foram fatais: em sua peregrinação entre os contaminados, foi atacado pela epidemia, que o deixou paralítico. Depois de quatro anos de sofrimento, Pedro de Claver morreu aos setenta e três anos de idade, em 8 de setembro de 1654, no dia na festa da Natividade da Virgem Maria.

Foi canonizado pelo papa Leão XIII em 1888. São Pedro Claver foi proclamado padroeiro especial de todas as missões católicas entre os negros em 1896. Sua festa, em razão da solenidade mariana, foi marcada para 9 de setembro, dia seguinte ao da data em que se celebra a sua morte.

Fonte: https://franciscanos.org.br/

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Dom Paulo Cezar recebe Pálio nesta quarta-feira (8)

Dom Paulo Cezar | Arcebispo de Brasília

Na próxima quarta-feira, 8 de setembro, festa da Natividade de Nossa Senhora, às 12h15, na Catedral Metropolitana de Brasília, Dom Paulo Cezar, Arcebispo de Brasília, recebe a imposição do Pálio Arquiepiscopal das mãos do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro.

Estarão presentes na cerimônia os bispos da província:  Dom Raimundo Damasceno, Arcebispo emérito de Aparecida -SP e Vigário-geral da Arquidiocese de Brasília; Dom José Aparecido e Dom Marcony Vinicius, Bispos Auxiliares de Brasília; Dom Giovani, Bispo Diocesano de Uruaçu – GO e Dom Fernando Guimarães, Arcebispo do Ordinariato Militar do Brasil.

Revista ECCLESIA
O Pálio – derivado do latim pallium, manto de lã – vestimenta litúrgica usada na Igreja Católica -, consiste em uma faixa de lã branca com seis cruzes pretas de seda que é colocada sobre os ombros;  é destinado ao Arcebispo que assume uma arquidiocese, simbolizando o poder na província, sua comunhão com a Igreja Católica, o ministério pastoral dos arcebispos e sua união com o Bispo de Roma.

A celebração de entrega do Pálio acontece na Solenidade de São Pedro e São Paulo, celebrado universalmente por toda a Igreja no dia 29 de julho, em Roma, mas devido às restrições impostas pela pandemia, a insígnia foi enviada à Nunciatura Apostólica e a imposição ocorre numa celebração realizada na Igreja local, diante do povo.

A missa será transmitida pelas ondas da Rádio Nova Aliança 710 AM/ 103,3 FM e pela TV Renascidos em Pentecostes.

Fonte: PASCOM / Arquidiocese de Brasília

A virtude do silêncio, Santo Tomás e o ensinamento monástico

Gentile da Fabriano | Public Domain
Por Vitor Roberto Pugliesi Marques

Ao lermos a obra deixada por Santo Tomás de Aquino, entendemos que atrás daquele semblante escondia-se um silêncio fértil e altamente comprometido com as necessidades da alma humana.

Em pleno século XXI, seja entre crédulos e incrédulos, poucos são os que não reconhecem em Santo Tomás de Aquino um dos maiores filósofo e teólogo de todos os tempos. 

Nascido por volta do ano de 1226, no vilarejo de Roccasecca, uma província italiana da região do Lácio, Tomás era o sétimo filho do Conde Landolfo de Aquino, tendo vivido em uma época de intensos conflitos políticos e religiosos. Construiu ao longo de sua vida uma obra tão grandiosa, que o fez ser declarado Doutor da Igreja, recebendo diversos reconhecimentos ao longo da história, tais como os presentes na encíclica Aeterni Patris, do papa Leão XIII, que o declara “guia e mestre” de toda a teologia escolástica. 

Uma dos pontos biográficos de Santo Tomás de Aquino bem conhecidos é a alcunha de “Boi Mudo”, que recebeu dos colegas universitários. Tal apelido deu-se devido à combinação de um corpo obeso e alto associado a um silêncio contínuo, que dava ao seu semblante um aspecto de lentidão de raciocínio e vagareza. Entretanto, as palavras do seu mestre, Santo Alberto Magno, foram proféticas quando anunciou a todos: “Vocês o chamam de Boi Mudo; eu lhes digo que esse Boi Mudo mugirá tão alto que seus mugidos preencherão o mundo”. Ao lermos a obra deixada por Santo Tomás de Aquino, entendemos que atrás daquele semblante escondia-se um silêncio fértil e altamente comprometido com as necessidades da alma humana, tal como afirmou seu mestre. Assim, cabe-nos aqui, a oportunidade de discorrer breves palavras sobre a perspectiva cristã do silêncio.

O capítulo sexto da Santa Regra de São Bento versa exclusivamente sobre essa virtude cristã. Embora se traduza o termo em latim taciturnitate (o título original desse capítulo) como silêncio, talvez seria melhor manter o termo taciturnidade, mesmo que seja menos familiar aos nossos ouvidos. Isso porque o silêncio pregado por São Bento aos seus monges não representa apenas o ato físico de não vibrar as cordas vocais (embora esse artifício seja por demais estimulado também), mas, sim, uma atitude de recolhimento da alma, que a permite aprender, meditar e agir de modo santo no dia a dia. Certamente, esse era o silêncio vivido por Santo Tomás. Por fora, colocava-se com alguém desatento, entretanto, por dentro, vibrava seu espírito em união com Deus, na busca de respostas para as mazelas humanas. 

No livro de Provérbios, se lê: “não pode faltar o pecado num caudal de palavras; quem modera os lábios é um homem prudente” (Pv 10,19). Esse versículo nos ensina o porquê de o silêncio ser tão desejado por Deus e tão vivido pelos seus santos. Colocando-nos em atitude de “tagarelice”, logo chegará a ocasião de ofensa ao próximo, a ocasião de lamúria diante da vida e sabe Deus lá onde isso pode parar em termos de pecado. Não significa que conversas santas e próprias a edificar não sejam bem-vindas; pelo contrário, elas são estimuladas pelo próprio São Bento no capítulo previamente colocado, mas uma vez que se perceba que o tom da conversa levará ao pecado, esta logo deve ser interrompida. Com o progresso da vida espiritual, entende-se que a melhor conversa é aquela na qual se ouve o ensinamento de um mestre e os medita no coração. 

Em um contexto moderno, assolado pelas redes sociais, em que todos querem falar, sobretudo por meio do excesso de exposição da vida íntima e por meio da postagem e de textos que, muitas vezes, não têm proficiência e não atestam a veracidade, a taciturnidade de Santo Tomás convida-nos ao comportamento oposto: do recolhimento em Deus e da escuta do Espírito Santo dentro de nós. Que saibamos crescer em silêncio, tal como a Virgem Santíssima, que “conservava todas as palavras, meditando-as no seu coração” (Lc 2,19).

Santo Tomás de Aquino, rogai por nós!

Fonte: Aleteia

As aparências do pecado enganam

Guadium Press
Certas pessoas não compreendem suficientemente a gravidade de certos pecados de malícia cometidos com toda a frieza, com presunçosa moderação e gestos de benevolência e tolerância.

Redação (07/09/2021 12:12Gaudium Press) “O pecado de malícia procede frequentemente de algum vício engendrado por múltiplas faltas; mas também pode existir sem tal vício; assim, o primeiro pecado do demônio foi um pecado de malícia, não habitual, mas sim de malícia atual, de má vontade, de uma embriaguez de orgulho.

É evidente que o pecado de malícia é mais grave que os de ignorância e de fraqueza, ainda que estes possam ser mortais. Por isso as leis humanas castigam com mais rigor o homicídio premeditado que o cometido por paixão.

A principal gravidade dos pecados de malícia provém do fato de que estes são mais voluntários que os outros; geralmente procedem de um vício engendrado por faltas reiteradas, e, ao cometê-los, se antepõe um bem temporal à divina amizade, sem a escusa de ignorância ou de uma violenta paixão.

Em tais questões as pessoas podem se enganar de duas maneiras distintas. Uns se inclinarão a pensar que somente o pecado de malícia pode ser mortal. Estes não compreendem bem a gravidade de certos pecados de ignorância voluntária ou de fraqueza, nos quais, não obstante, existe matéria grave, suficiente advertência e consentimento pleno.

Outros, pelo contrário, não compreendem suficientemente a gravidade de certos pecados de malícia cometidos com toda a frieza, com presunçosa moderação e gestos de benevolência e tolerância.

Os que desta forma combatem a verdadeira religião e privam os pequenos do pão da verdade divina podem, ocasionalmente, pecar mais gravemente do que aqueles que blasfemam e que matam em impulsos de paixão.

A falta é tanto mais grave quanto mais é cometida com mais vontade e conhecimento, e quanto mais procede do desordenado amor a si mesmo que às vezes chega até o desprezo de Deus”.


In: GARRIGOU-LAGRANGE, Réginald. Las tres edades de la vida interior. Buenos Aires: Desclée de Brouwer, 1950, 3 ed., p. 362. (Tradução da Gaudium Press).

Fonte: https://gaudiumpress.org/

PAIS DA IGREJA: São Gregório Magno (Parte 6/7)

S. Gregório Magno | ECCLESIA

São Gregório Magno

«Antologia»

«Mulher, porque choras?»

Homilia 25

Maria torna-se testemunha da compaixão de Deus; sim... aquela Maria a quem um fariseu queria quebrar o arroubo de ternura. "Se este homem fosse profeta, exclamava ele, saberia quem é esta mulher que o toca e o que ela é: uma pecadora" (Lc 7,39). Mas as suas lágrimas apagaram-lhe as manchas do corpo e do coração; ela precipitou-se a seguir os passos do seu Salvador, afastando-se dos caminhos do mal. Estava sentada aos pés de Jesus e escutava-o (Lc 10,39). Vivo, apertava-o nos seus braços; morto, procurava-o. E encontrou vivo aquele que procurava morto. Encontrou nele tanta graça que acabou por ser ela a levar a boa nova aos apóstolos, aos mensageiros de Deus!


Que devemos ver aqui, meus irmãos, senão a infinita ternura do nosso Criador, que, para dar novo ânimo à nossa consciência, nos dá constantemente exemplos de pecadores arrependidos. Lanço os meus olhos sobre Pedro, olho para o ladrão, examino Zaqueu, considero Maria e só vejo neles apelos à esperança e ao arrependimento. Foi a vossa fé tocada pela dúvida? Pensem em Pedro que chora amargamente a sua cobardia. Estais ardendo em cólera contra o vosso próximo? Pensai no ladrão: em plena agonia, arrepende-se e ganha as recompensas eternas. A avareza seca-vos o coração? Prejudicastes alguém? Vede Zaqueu que devolve quatro vezes mais aquilo que tinha roubado a um homem. Por causa de uma paixão, perdestes a pureza da carne? Olhai para Maria que purifica o amor da carne com o fogo do amor divino.

Sim, Deus todo-poderoso oferece-nos constantemente exemplos e sinais da sua compaixão. Enchamo-nos, pois, de horror pelos nossos pecados, mesmo pelos mais antigos. Deus todo-poderoso esquece com facilidade que nós cometemos o mal e está pronto a olhar para o nosso arrependimento como se fosse a própria inocência. Nós que, depois das águas da salvação, nos tínhamos de novo manchado, renasçamos das nossas lágrimas... O nosso Redentor consolará as vossas lágrimas com a sua alegria eterna.

«Bendizei o Senhor,
vós seus anjos, que servis a sua palavra»
(Sl 102,20)

Homilias sobre o Evangelho

Que há anjos, muitas páginas da Sagrada Escritura o atestam… Mas é preciso saber que a palavra “anjo” designa a sua função: ser mensageiro. E chamamos “arcanjos” aos que anunciam os grandes acontecimentos. Foi assim que o arcanjo Gabriel foi enviado à Virgem Maria; para este ministério, para anunciar o maior de todos os acontecimentos, impunha-se enviar um anjo da mais alta estirpe…

De igual forma, quando se tratou de manifestar um poder extraordinário, foi Miguel que foi enviado. Na verdade, a sua ação, tal como o seu nome que quer dizer “Quem como Deus?”, fazem compreender aos homens que ninguém pode realizar o que compete apenas a Deus. O antigo inimigo, que desejou por orgulho fazer-se semelhante a Deus, dizia: “Eu escalarei os céus; erigirei o meu trono acima das estrelas; serei semelhante ao Altíssimo” (Is 14,13). Mas o Apocalipse diz-nos que, no fim dos tempos, quando for abandonado à sua própria força, antes de ser eliminado pelo suplício final, ele terá de combater contra o arcanjo Miguel: “Houve um combate nos céus: Miguel e os seus anjos combateram contra o Dragão. E também o Dragão combatia com os seus anjos; mas não venceu e foi precipitado no abismo” (Ap 12,7).

À Virgem Maria, foi então Gabriel, cujo nome significa “Força de Deus”, que foi enviado; não é verdade que ele vinha anunciar aquele que quis manifestar-se numa condição humilde, para triunfar do orgulho do demônio? Foi, pois, pela “Força de Deus” que foi anunciado aquele que vinha como “o Senhor dos exércitos, poderoso nos combates” (Sl 23,8).

Quanto ao arcanjo Rafael, o seu nome significa “Deus cura”. Na verdade, foi ele que livrou das trevas os olhos de Tobias, tocando-os como toca um médico vindo do céu (Tb 11,17). Aquele que foi enviado para cuidar o justo na sua enfermidade merece bem ser chamado “Deus cura”.

FONTE:

Evangelho Cotidiano

Fonte: https://www.ecclesia.org.br/

A oração do Papa Francisco: Maria, nós nos entregamos a Ti

Vatican News

Numa videomensagem, o Papa pede à Virgem Milagrosa do Santuário de Castel di Leva “proteção” neste momento de emergência devido ao coronavírus. O vídeo de Francisco abriu a celebração da missa presidida pelo vigário do Santo Padre para a Diocese de Roma, cardeal Angelo De Donatis, para o dia de oração e jejum.

VATICAN NEWS

Confiar “a cidade, a Itália e o mundo à proteção da Mãe de Deus, como sinal de salvação e esperança” nesses “dias de emergência de saúde”. Este é o pensamento do Papa Francisco expresso na vídeomensagem para a missa que será celebrada, nesta quarta-feira (11/03), às 19h locais, no Santuário do Divino Amor no anunciado dia de oração e jejum. 

A Oração do Papa

Ó Maria, Tu sempre brilhas em nosso caminho como sinal de salvação e esperança. Nós nos entregamos a Ti, Saúde dos Enfermos, que na Cruz foste associada à dor de Jesus, mantendo firme a Tua fé. Tu, Salvação do povo romano, sabes do que precisamos e temos a certeza de que garantirás, como em Caná da Galiléia, que a alegria e a celebração possam retornar após este momento de provação. Ajuda-nos, Mãe do Divino Amor, a nos conformarmos com a vontade do Pai e a fazer o que Jesus nos disser. Ele que tomou sobre si nossos sofrimentos e tomou sobre si nossas dores para nos levar, através da Cruz, à alegria da Ressurreição. Amém. Sob a Tua proteção, buscamos refúgio, Santa Mãe de Deus. Não desprezes as nossas súplicas, nós que estamos na provação, e livra-nos de todo perigo, Virgem gloriosa e abençoada.

A missa do Papa e do vigário 

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, anunciou a participação espiritual do Papa Francisco na oração à Virgem, a cujos pés, em 1944, Pio XII e os romanos imploraram a salvação de Roma durante a retirada das tropas nazistas. Mais de 75 anos depois, outra emergência, invisível e também ameaçadora, leva o Papa a se voltar para a Mãe Deus, partilhando os sentimentos do cardeal vigário que, como o Papa, na missa desta quarta-feira, inaugurou a celebração eucarística cotidiana das 19h, que foi transmitida ao vivo pela TV2000 em streaming através do Facebook da diocese. Uma escolha para ir ao encontro dos fiéis obrigados a ficar em casa para evitar o contágio do coronavírus.

Coleta de fundos para os agentes de saúde

“Na missa de hoje”, recorda uma nota do Vicariato de Roma, “será feita uma coleta diocesana extraordinária de ofertas para ajudar os agentes de saúde que estão trabalhando com generosidade e sacrifício no atendimento aos doentes”. “Será um momento de graça, em que unidos, estaremos em comunhão espiritual, nos sentiremos irmãos e irmãs na fé, solidários e não desconfiados uns dos outros”, escreve o cardeal De Donatis na carta em que instituiu o Dia de oração e jejum.

Fonte: Vatican News

Encontro anual do Terço dos Homens acontece na Canção Nova

Santuário do Pai das Misericórdias, na Canção Nova.
Foto: Wikimedia Commons (CC BY 3.0)

Cachoeira Paulista, 07 set. 21 / 06:00 am (ACI).- A Comunidade Canção Nova acolhe o encontro anual do movimento do Terço dos Homens entre os dias 10 e 12 de setembro em Cachoeira Paulista (SP). O evento terá como tema “Mãe e Rainha da evangelização, homens unidos no terço e na missão”.

Segundo os organizadores, o objetivo é reunir grupos do terço dos homens atuantes em todo o país. A programação contará com missas, pregações, adoração ao Santíssimo Sacramento e momento de devoção mariana. Entre as presenças confirmadas estão o assessor nacional do terço dos homens Mãe Rainha, padre Vandemir Meister, o assessor do terço dos homens na arquidiocese de Olinda e Recife (PE), padre Vitor Hugo Possetti, e o assessor do terço dos homens na diocese de Guarulhos (SP), padre Johnny William Bernardo.

O evento será presencial e, devido às medidas de segurança para evitar o contágio por covid-19, será obrigatório o uso de máscara, a aferição de temperatura corporal, a higienização das mãos com álcool e o distanciamento social. Haverá também transmissão pelo Sistema Canção Nova de Comunicação.

O Terço dos Homens teve início com Frei Peregrino, em 1936, na então Vila da Providência, hoje cidade de Itabi (SE). Dentro do “Movimento de Schoenstatt”, o Terço dos Homens começou da iniciativa de um pequeno grupo de homens, que rezavam o terço na rua, enquanto suas esposas participavam de reuniões. Atualmente, os grupos estão presentes em todo o país, tanto no “Movimento da Mãe Rainha” quanto em outras iniciativas.

A programação do encontro anual pode ser acessada AQUI.

Fonte: ACI Digital

Frederico Ozanam

Frederico Ozanam | ArquiSP
08 de setembro

Frederico Ozanam

Nascido na Itália, em 23 de abril de 1813, Antonio Frederico Ozanam viveu na França. Muito de sua vida de caridade e serviço aos pobres deve-se, particularmente, ao pai, João Antônio, um exemplo de caridade cristã, que era médico oficial do exército napoleônico e cuidava gratuitamente de pessoas humildes que não tinham como pagar pelos cuidados médicos.

Frederico foi estudar direito e letras na Universidade de Sorbonne, em Paris, onde depois foi professor, mas a sua paixão era o estudo de religião comparada, nas horas vagas. Nessa época, havia se hospedado na casa de André-Marie Ampère, o famoso estudioso da eletrodinâmica. Contagiado pela fé do amigo e orientado pelo seu confessor, o abade Noirot, envolveu-se com jovens intelectuais cristãos numa época onde o clericalismo ortodoxo estava sendo duramente combatido em toda a Europa.

Defensor da fé, empolgante orador, excelente escritor e precioso professor, Frederico não estava satisfeito em apenas praticar o cristianismo intelectual. Entendia que era necessário fundamentar essa fé no exercício de uma obra de caridade, pois assim ela se justificaria. Então, voltou-se para os pobres e norteou a sua vida no sentido de servi-los, a exemplo de seu pai e dos ensinamentos de Jesus Cristo.

Junto de outros jovens cristãos com o mesmo objetivo, fundou a Sociedade de São Vicente de Paulo, em 1833, uma instituição católica, mas de leigos, direcionada para dar abrigo e assistência aos pobres e aos excluídos. Entretanto pensou não apenas no objetivo social, mas também no religioso para os integrantes da Sociedade, que, além de proporcionar o bem-estar aos pobres, trilhariam o caminho da santificação, no seguimento de Cristo. Também colocariam em prática os princípios da verdadeira democracia social e dos direitos humanos dos indivíduos baseados na caridade cristã. Por essa visão humanitária e democrática cristã ele é considerado precursor da doutrina social da Igreja.

Frederico Ozanam casou-se em 1841. Teve uma filha. Mas continuou firme na Obra. Amigo da nobreza e da intelectualidade parisiense, viajou por toda a Europa difundindo as "Conferências de Caridade da Sociedade São Vicente de Paulo". Porém, quando sentiu seu organismo ser tomado pela doença, preferiu ir viver numa das Casas da Sociedade São Vicente de Paulo, optando pela vida simples e humilde. Sua obra expandiu-se e seus integrantes tornaram-se numerosos, espalhando-se por todo o planeta.

Morreu em 8 de setembro de 1853, em Marselha, França. Em 1997, o papa João Paulo II, durante a solenidade de sua beatificação, na catedral de Notre Dame, em Paris, disse: "Frederico Ozanam é verdadeiramente um santo laico do nosso tempo". Sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

Natividade da Virgem Maria

Opus Dei
08 de setembro

NOSSA SENHORA DA NATIVIDADE

Iniciamos a publicação de uma série de textos sobre a Vida da Virgem. Acrescentamos comentários do Magistério e dos Padres da Igreja, dos santos e dos poetas. Este primeiro é sobre a Imaculada Conceição.

A história do homem sobre a terra é a história da misericórdia de Deus. Desde a eternidade, antes da criação do mundo, escolheu-nos para que fossemos santos e sem mancha em sua presença, pelo amor (Ef 1, 4).

Entretanto, por instigação do demônio, Adão e Eva se rebelaram contra o plano divino: sereis como Deus, conhecedores do bem e do mal (Gn 3,5), tinha-lhes sussurrado o príncipe da mentira. E lhe deram ouvidos. Não quiseram dar crédito ao amor de Deus. Trataram de conseguir, por suas próprias forças, a felicidade a que haviam sido chamados.

Mas Deus não voltou atrás. Desde a eternidade, em sua Sabedoria e em seu Amor infinitos, prevendo o mau uso da liberdade por parte dos homens, havia decidido fazer-se um de nós, mediante a Encarnação do Verbo, segunda Pessoa da Santíssima Trindade.

Por isso, dirigindo-se a Satanás, que, sob a figura da serpente havia tentado Adão e Eva, o condenou: Porei inimizade entre ti e a mulher, entre tua descendência e a dela (Gn 3, 15). É o primeiro anúncio da Redenção, no qual já se entrevê a figura de uma Mulher, descendente de Eva, que será a Mãe do Redentor e, com Ele e sob Ele, esmagará a cabeça da serpente infernal. Uma luz de esperança se acende para o gênero humano, desde o próprio instante em que pecamos.

“TRATARAM DE CONSEGUIR, SOMENTE POR SUAS FORÇAS, A FELICIDADE A QUE HAVIAM SIDO CHAMADOS".

Começavam assim a cumprir-se as palavras inspiradas – escritas muitos séculos antes do nascimento da Virgem – que a liturgia põe nos lábios de Maria de Nazaré: O Senhor me possuiu no principio de seus caminhos, antes que fizesse coisa alguma... Desde a eternidade fui formada, desde o começo, antes da terra. Quando não existiam os oceanos, fui dada à luz, quando não havia fontes repletas de água. Antes que se assentassem os montes, antes das colinas, fui dada à luz. Ainda não havia feito a terra nem os campos, nem o primeiro pó do mundo (Pr 8, 22-26).

A Redenção do mundo estava em marcha desde o primeiro momento. A seguir, pouco a pouco, inspirados pelo Espírito Santo, os profetas foram descobrindo os traços dessa filha de Adão à que Deus – em previsão dos méritos de Cristo, Redentor universal do gênero humano – preservaria do pecado original e de todos os pecados pessoais, e encheria de graça, para fazer d'Ela a digna mãe do Verbo encarnado.

“ALCANÇOU VITÓRIA SOBRE UM INIMIGO PODEROSO, ATÉ O PONTO QUE A ELA, MAIS DO QUE A NINGUÉM, SE DIRIGEM AQUELES LOUVORES".

Ela é a virgem que conceberá e dará à luz um Filho, que se chamará Emanuel (Is 7, 14); está prefigurada em Judite, a heroína do povo hebreu, que alcançou vitória contra um inimigo poderoso, até o ponto em que a Ela, mais que a ninguém, se dirigem aqueles louvores: Tu és a exaltação de Jerusalém, a grande glória de Israel, a grande honra de nossa gente... Bendita sejas tu da parte do Senhor onipotente para sempre (Jt 15, 9-10).

Extasiados ante a beleza de Maria, os cristãos lhe têm dirigido sempre toda classe de louvores, que a Igreja recolhe na liturgia: horto cerrado, lírio entre espinhos, fonte selada, porta do céu, torre vitoriosa contra o dragão infernal, paraíso de delícias plantado por Deus, estrela guia dos náufragos, Mãe puríssima...

Opus Dei
O Nascimento da Virgem é o tema do segundo conjunto de textos sobre a vida da Mãe de Deus, iniciado por ocasião do Ano Mariano que se vive no Opus Dei.

Muitos séculos tinham passado desde que Deus, às portas do Paraíso, prometera aos nossos primeiros pais a chegada do Messias. Centenas de anos em que a esperança do povo de Israel, depositário da promessa divina, se centrava numa donzela, da linhagem de Davi, que está grávida e vai dar à luz um Filho, que deve se chamar Emanuel (Is 7, 14). Geração após geração, os israelitas piedosos tinham esperado o nascimento da Mãe do Messias, aquela que haveria de dar à luz, como anunciava Miquéias tendo em fundo a profecia de Isaías (cfr. Mq 5, 2).

Depois do regresso do exílio na Babilônia, a expectativa do Messias tinha-se tornado mais intensa por parte de Israel. Uma onda de emoção percorria aquela terra nos anos imediatamente antes da Era Cristã. Muitas antigas profecias pareciam apontar nessa direção. Homens e mulheres esperavam com ânsia a chegada do Desejado das nações. A um deles, o velho Simeão, o Espírito Santo tinha revelado que não morreria sem que os seus olhos tivessem visto a realização da promessa (cfr. Lc 2, 26). Ana, uma viúva de idade avançada, suplicava com jejuns e orações a redenção de Israel. Os dois gozaram do enorme privilégio de ver e tomar nos seus braços o Menino Jesus (cfr. Lc 2, 25-38).

Inclusive no mundo pagão — como afirmam alguns relatos da Roma antiga — não faltavam sinais de que algo muito grande se estava a gerar. A própria pax romana, a paz universal proclamada pelo imperador Otávio Augusto poucos anos antes do nascimento de Nosso Senhor, era um presságio de que o verdadeiro Príncipe da paz estava quase a vir à terra. Os tempos estavam maduros para receber o Salvador.

DEUS ESMERA-SE NA ESCOLHA DA SUA FILHA, ESPOSA E MÃE. E A VIRGEM SANTA, A MAIS EXCELSA SENHORA, A CRIATURA MAIS AMADA POR DEUS, CONCEBIDA SEM PECADO ORIGINAL, VEIO À TERRA.

Mas, quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob o domínio da Lei, para resgatar os que se encontravam sob o domínio da Lei, a fim de recebermos a adoção de filhos (Gl 4, 4-5). Deus esmera-se na escolha da sua Filha, Esposa e Mãe. E a Virgem santa, a mais excelsa Senhora, a criatura mais amada por Deus, concebida sem pecado original, veio à terra. Nasceu no meio de um profundo silêncio. Dizem que no Outono, quando os campos dormem. Nenhum dos seus contemporâneos se deu conta do que estava a acontecer. Só os anjos do Céu festejaram.

“Pelo teu nascimento anunciaste a alegria a todo o mundo”.

COM O SEU NASCIMENTO SURGIU NO MUNDO A AURORA DA SALVAÇÃO, COMO UM PRESSÁGIO DA PROXIMIDADE DO DIA.

Das duas genealogias de Cristo que aparecem nos evangelhos, a que recolhe São Lucas é muito provavelmente a de Maria. Sabemos que era de estirpe distinta, descendente de Davi, como tinha anunciado o profeta falando do Messias — brotará um rebento do tronco de Jessé, e um renovo brotará das suas raízes (Is 11, 1) — e como confirma São Paulo quando escreve aos Romanos acerca de Jesus Cristo, nascido da linhagem de Davi segundo a carne (Rm 1, 3).

Um escrito apócrifo do século II, conhecido com o nome de Proto-evangelho de Santiago, transmitiu-nos os nomes dos seus pais — Joaquim e Ana — que a Igreja inscreveu no calendário litúrgico. Diversas tradições situam o lugar do nascimento de Maria na Galiléia ou, com maior probabilidade, na cidade santa de Jerusalém, onde se encontraram as ruínas de uma basílica bizantina do século V, edificada sobre a chamada casa de Santa Ana, muito perto da piscina Probática. Com razão a liturgia põe nos lábios de Maria umas frases do Antigo Testamento: estabeleci-me em Sião. Na cidade amada Ele me fez repousar e em Jerusalém está o meu poder (Eclo 24, 10-11).

Até Maria nascer, a terra esteve às escuras, envolta nas trevas do pecado. Com o seu nascimento surgiu no mundo a aurora da salvação, como um presságio da proximidade do dia. Assim o reconhece a Igreja na festa da Natividade de Nossa Senhora: pelo teu nascimento, Virgem Mãe de Deus, anunciaste a alegria a todo o mundo: de ti nasceu o Sol da justiça, Cristo, nosso Deus (Oficio de Laudes).

O mundo não o soube, então. A terra dormia.

J. A. Loarte

Fonte: https://opusdei.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF