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quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Nova multiplataforma leva o Catecismo às gerações mais jovens

Aleteia
Por Pe. Patrick Briscoe

Às vésperas do aniversário de 30 anos do Catecismo da Igreja Católica, um novo projeto dá vida a esse texto fundamental para as novas gerações.

“Para muitos, o Catecismo é visto como um livro de referência ou um conjunto de regras”, diz o cofundador do projeto Real + True, Edmundo Reyes. “Mas na verdade é muito mais do que isso.”

Para convidar uma nova geração a descobrir o quão extraordinário é o Catecismo da Igreja Católica, um novo projeto chega para apresentá-lo de uma forma totalmente nova.

“Estamos entusiasmados em trazer o esforço combinado de criadores de conteúdo digital e especialistas catequéticos para este projeto, lançando algo verdadeiramente inovador para a Igreja hoje, especialmente quando nos aproximamos dos 30 anos da publicação do Catecismo atual, em 2022”, disse Emily Mentock, cofundadora do Real + True.

“Acreditamos que o Catecismo não é um mero livro didático, uma coletânea de ideias nem um conjunto de regras. Acreditamos que o Catecismo é a voz fiel de um Deus que deseja se revelar a nós e também quer que lhe respondamos”, disse Edmund Mitchell, cofundador da Real + True, em um comunicado à imprensa. “Esperamos que nosso conteúdo leve a beleza e a sabedoria do Catecismo para mulheres e homens modernos — e, acima de tudo, ajude as pessoas a descobrirem o seu núcleo, que é Jesus Cristo.”

Por que iniciar um novo projeto com base em um texto antigo?

Surge uma pergunta natural: Por que basear um novo projeto de evangelização em um livro escrito há três décadas? Os responsáveis por Real + True explicam: “A sabedoria e a beleza dos ensinamentos da Igreja Católica não têm data de validade e respondem às perguntas mais profundas da vida, mesmo às perguntas do mundo moderno”.

“Na verdade – continuam –, pode-se dizer que o Catecismo hoje é mais necessário do que nunca, já que há muita confusão, tanto online quanto offline, sobre o que o catolicismo ensina”.

Incentivado pelos apelos do Papa Francisco por uma catequese renovada, o Real + True quer essencialmente levar as pessoas a Cristo.

“Quando estávamos discutindo este projeto, fomos inspirados por uma homilia de Advento do Cardeal Raniero Cantalamessa”, disse Mentock. “Durante o Ano da Fé em 2012, ele falou de forma muito eloquente sobre como este livro, o Catecismo da Igreja Católica, poderia ser transformado de um instrumento silencioso em um instrumento que desperta os corações.”

Real + True ajudará as pessoas a descobrirem o coração vivo e pulsante do Catecismo: a pessoa de Jesus.

Inovação para promover o encontro

O nome Real + True é uma referência ao Deus real e verdadeiro. “Em Jesus, Deus é real. Ele é alguém, não algo”, afirma Reyes. “Ele é uma pessoa que nos conhece e nos entende. Ele andou nesta terra e nos mostrou como viver e amar. Ele também é a Verdade, e sua luz guia nosso caminho.”

Real + True dá ao Catecismo uma voz viva para o mundo moderno. “A palavra ‘catequese’ significa ‘ecoar abaixo’. E o que ecoa além da voz viva de Deus?” diz Mentock. “É o que Deus nos revelou sobre ele e seu plano para nós, então somos chamados a rezar com o Catecismo, e não apenas estudá-lo ou memorizar seus ensinamentos”, disse.

Apresentando conteúdos envolventes em vídeos, podcasts e mídias sociaisReal + True recompensa a curiosidade e promove o encontro. E é grátis.

Disponível em inglês, francês, espanhol e português, Real + True leva a sério o chamado para evangelizar o mundo. “Nosso conteúdo fala dos sonhos, aspirações e necessidades de nosso público de maneira prática e inovadora”, diz Reyes.

Do coração da Igreja

“O mundo de hoje está faminto por Jesus Cristo e sua mensagem de verdade, esperança e amor. Estou satisfeito em ver projetos como Real + True surgirem, trazendo inovação e excelência à maneira como nossa fé é apresentada aos jovens e às mulheres e homens de nossa Igreja e do mundo”, disse Dom Kevin C. Rhoades, Presidente do Conselho OSV.

Os conselheiros de Real + True incluem algumas das vozes mais proeminentes do ensinamento católico de hoje: o bispo Andrew Cozzens, bispo auxiliar da Arquidiocese de St. Paul e Minneapolis e Presidente do Comitê de Evangelização e Catequese da USCCB; bispo Kevin Rhoades, de Fort Wayne-South Bend e presidente do Comitê de Doutrina da USCCB; bispo David Ricken, de Green Bay; Stacey Noem, Gloria Purvis, Julianne Stanz, Sherry Weddell, Hosffman Ospino, Robert Rice, Scott P. Richert, Stephen Pullis, Agustino Torres, Joseph White e Petroc Willey.

Um projeto de Our Sunday VisitorReal + True reúne uma equipe global de “discípulos e catequistas, estrategistas e criadores de conteúdo”. Conheça todos os parceirosaqui: https://realtrue.org/team.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Hungria mostra cruz feita com relíquias de 34 santos e beatos

Guadium Press
Com mais de três metros de altura, a ‘Cruz Missionária’ possui relíquias de 34 santos e beatos além de um pedaço da própria Santa Cruz de Cristo.

Redação (08/09/2021 17:11, Gaudium Press) Por ocasião do 52ª edição do Congresso Eucarístico Internacional, a Basílica de Esztergom, localizada na cidade húngara de Budapeste, recebeu uma Cruz contendo relíquias de 34 santos e beatos além de um pedaço da Santa Cruz de Cristo.

Possuindo mais de três metros de altura, a ‘Cruz Missionária’ foi feita pelo artesão Csaba Ozsvári em 2007. Com revestimentos de bronze, ela conta com ornamentos florais recordando “os temas utilizados pelos ourives da época da conquista da Pátria Húngara”.

Relíquia da Santa Cruz, de Santos e Beatos

No centro da cruz há uma caixa de prata na qual está a relíquia da santa cruz e as relíquias de diferentes santos húngaros ou de origem húngara. São eles: Santo Adalberto, São Gerardo, São Emerico da Hungria, Santo Estêvão I rei da Hungria, São Ladislau I da Hungria, Santa Margarida, Santa Isabel da Hungria, São Tomás Becket, Santa Edwiges I da Polônia, Santo André Zorard, São Bento de Zobor, São Martinho e Santa Gisela da Baviera.

A Cruz também contém as relíquias dos seguintes Beatos: Ladislao Batthyány-Strattmann, Guillermo Apor, Teodor Romzha, Zoltán Meszlényi, János Brenner, Pablo Pedro Gojdič, Basilio Hopko, János Scheffler, Carlos de Habsburgo, Anton Durcovici, papa Inocêncio XI, das beatas Anna Kolesárová, Sára Salkaházi, e das mártires da Drina e dos mártires de Kassa.

Guadium Press

Programação do Congresso Eucarístico Internacional

A abertura do Congresso Eucarístico Internacional foi realizada na Praça dos Heróis através de uma Missa Solene, que contou com o acompanhamento de um coral de mil vozes. Entre os dias 6 a 10 de setembro, as celebrações eucarísticas, catequeses, exposições e outros eventos culturais ocorrem em ‘Hungexpo in Pest’.

O Arcebispo de Esztergom-Budapeste, Cardeal Péter Erdo, celebrará uma Santa Missa no dia 11 de setembro, na Praça Kossuth. Em seguida será realizada uma procissão luminosa até a Praça dos Heróis. Local onde, no dia 12 de setembro, será realizada a Missa conclusiva presidida pelo Papa Francisco. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

A esponsalidade Cristo-Igreja, conclusão

Papa Francisco na Missa da Páscoa na Basílica de São pedro 
(Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved)

"Cristo-Esposo não é mera comparação, mas algo que revela sua identidade. Igreja-esposa não mero simbolismo, mas que revela sua essência e missão."

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

Depois de ter falado sobre as figuras da Igreja apresentadas na Constituição Lumen Gentium do Concílio Vaticano II, padre Gerson Schmidt dedicou oito programas ao tema da esponsalidade de Cristo com a Igreja, fundamentando sua exposição nas Sagradas Escrituras e no Magistério da Igreja. Nesta quarta-feira, o sacerdote gaúcho nos traz a reflexão conclusiva sobre este tema:

“Acentuar o aspecto afetivo das relações entre Cristo e sua Igreja é uma vantagem do simbolismo nupcial. Distinta do Esposo, a Igreja não está, todavia, separada dele. Ao contrário, está toda orientada para ele, e nele se compraz. Um vínculo indissolúvel vem uni-los. Como os esposos terrestres formam uma só carne, assim Cristo e a sua Igreja formam um só espírito, pelo laço de um amor sempre jovem e beatificante. Em relação ao mistério esponsal de Cristo com a Igreja, pode-se afirmar que o mistério divino, em seu conteúdo cristológico, é o plano redentor de Deus que se realiza concretamente em Jesus Cristo. E esse plano de redenção consiste em que o Pai, movido por seu infinito amor, imolou seu Filho para que este pudesse conduzir ao Pai a humanidade redimida” [1].

Tal como Eva é criada por Deus através de Adão, Cristo criou para si a Esposa e, ao mesmo tempo, desposou-a, quando lhe comunicou sua vida, a vida nova de Deus, que brotou de sua morte, de seu lado aberto na cruz e sua entrega total. “Assim, o Esposo celestial ofereceu à sua Igreja o Espírito Santo. O fato de Jesus identificar-se como Esposo sublinha no seu amor o aspecto de doação e de íntima compenetração que tende a fazer de dois uma só coisa. Por outro lado, reconhecer a Igreja como Esposa é vê-la primariamente como aquele “tu” que se encontra diante do Cristo-Esposo, num mistério de distinção e de unidade com Ele. Na Encarnação, Cristo reúne em sua própria carne o divino e humano. Esta união é complementada através da doação de sua própria vida pela salvação de sua esposa, a Igreja. Porém, a paixão e a morte do esposo são coroadas por sua ressurreição” [2].

Assim, a morte de Cristo na cruz não é algo sem sentido, mas é redentora para a sua esposa. É uma morte fecunda, que gera muitos filhos para sua amada esposa, a Igreja. O mistério pascal de Cristo pode, então, ser considerado como as núpcias de Cristo com a Igreja. Encontram o seu ápice nos mistérios pascais da paixão, morte, ressurreição e glorificação do Senhor. Isto porque, pela sua Paixão, Cristo crucificado foi exaltado, recebendo, em sua humanidade, a plenitude do Espírito, que o converteu em Senhor da nova Criação redimida. Ser “esposa de Cristo” é essencial à identidade da Igreja. Ela não é nada sem o Cristo, que não cessa de amá-la e de purificá-la cada dia com seu sangue, pois ela não está a salvo das infidelidades de que fala sobretudo o Antigo Testamento. Mas, ela está certa do amor de seu esposo. Ser “esposa de Cristo” não nos fala somente da intimidade única que existe entre o Cristo e a Igreja, mas os esponsais divinos implicam também, e inseparavelmente, nossa incorporação a Cristo pelo batismo. Se a Igreja é purificada, cada um de nós o é também. Deus não tem outro objetivo senão a comunhão de vida conosco.

Dedicamos aqui um bom tempo para aprofundar esse tema da esponsalidade de Cristo com sua amada Igreja, porque, como dissemos no início, entendemos ser não somente uma mera imagem, analogia bíblica, senão uma realidade essencial que indica algo que é central de seu próprio ser e mistério, merecendo ocupar um lugar de maior destaque na teologia e na vida da Igreja. Cristo-Esposo não é mera comparação, mas algo que revela sua identidade. Igreja-esposa não mero simbolismo, mas que revela sua essência e missão. 

*Padre Gerson Schmidt foi ordenado em 2 de janeiro de 1993, em Estrela (RS). Além da Filosofia e Teologia, também é graduado em Jornalismo e é Mestre em Comunicação pela FAMECOS/PUCRS.

_______________________________

[1] A esponsabilidade de Cristo com a Igreja. Teocomunicação, Porto Alegre, v. 38, n. 160, maio/ago. 2008, P.250-251.

[2] Idem. 

Fonte: https://www.vaticannews.va/

Líder pró-vida contesta que Suprema Corte descriminalizou o aborto no Méxic

Imagem ilustrativa. Crédito: Carlo Navarro / Unsplash
Por David Ramos

MEXICO D.F., 08 set. 21 / 03:45 pm (ACI).- Meios de comunicação do México e de outros países disseram que a Suprema Corte de Justiça da Nação (SCJN) descriminalizou o aborto em todo o México. A Suprema Corte declarou inválido, neste 7 de setembro, artigos que se referem à pena de prisão para as mulheres que abortam voluntariamente, e profissionais de saúde que as ajudem.

Jornais como El País, da Espanha, citaram as palavras do presidente da SCJN, Arturo Zaldívar Lelo de Larrea, no final da sessão disse que, com a sentença da SCJN, “se estabelece um critério obrigatório para todos os juízes e juízas do país” e que, “a partir de agora, não se poderá processar alguma mulher que aborte nos casos considerados válidos por este Tribunal Constitucional sem violar o critério da Corte e a Constituição”.

O presidente da Frente Nacional pela Família (FNF), Rodrigo Iván Cortés, disse à ACI Prensa que a decisão da SCJN só afetava “os artigos que dão pena corporal em casos de aborto no estado de Coahuila. O tipo penal do aborto se mantém em toda a República”. Para Cortés, quem afirme que o aborto foi descriminalizado em todo o México “não está dizendo a verdade”.

O presidente do FNF disse que, quando Zaldívar Lelo de Larrea se refere aos “pressupostos considerados por este Tribunal Constitucional”, somente se refere a que “seja pena corporal”, e que “seja no estado de Coahuila”.

Cortés disse também que o presidente do Supremo Tribunal quis converter o aborto “em um direito” e eliminar completamente o delito de aborto do Código Penal de Coahuila. “Mas isso não funcionou e ele insistiu na invalidez de alguns artigos”.

O presidente da FNF disse também que o jornal El País mente quando afirma que “os ministros da Corte discutiram durante dois dias ações de inconstitucionalidade que chegavam dos estados de Coahuila e Sinaloa”. No entanto, nas sessões de 6 e 7 de setembro, a SCJN apenas abordou e decidiu sobre uma ação de inconstitucionalidade contra artigos do Código Penal do estado de Coahuila.

Nos próximos dias, a Suprema Corte abordará outras duas ações de inconstitucionalidade: uma contra a blindagem da vida desde a concepção na Constituição do estado de Sinaloa e outra que poderia limitar a objeção de consciência dos profissionais de saúde, obrigando-os a participar em abortos contra a sua vontade.

Através da plataforma CitizenGO, mais de 50 mil pessoas assinaram uma campanha exigindo aos ministros da Suprema Corte que não aprovem o aborto no México.

Cerca de 30 mil pessoas assinaram uma campanha semelhante na plataforma Actívate.

Fonte: https://www.acidigital.com/

São Pedro Claver

ChurchPOP

SÃO PEDRO CLAVER, PRESBÍTERO JESUÍTA, APÓSTOLO ENTRE OS NEGROS DEPORTADOS

Os escravos negros que chegavam em enormes navios negreiros ao porto de Cartagena, na Colômbia, eram recepcionados e aliviados de suas dores e sofrimentos por um missionário que, além de alimento, vinho e tabaco, oferecia palavras de fé para aquecer seus corações e dar-lhes esperança. Para quem vivia com corrente nos pés e sob o açoite dos feitores, a esperança vinha de Nosso Senhor.

Esse missionário era Pedro de Claver, nascido no povoado de Verdú, em Barcelona, na Espanha, em 26 de junho de 1580. Filho de um casal de simples camponeses muito cristãos, desde cedo revelou sua vocação. Estudou no Colégio dos Jesuítas e, em 1602, entrou para a Companhia de Jesus, para tornar-se um deles.

Quando terminou os estudos teológicos, Pedro de Claver viajou com uma missão para Cartagena, hoje cidade da Colômbia, na América do Sul. Iniciou seu apostolado antes mesmo de ser ordenado sacerdote, o que ocorreu logo em seguida, em 1616, naquela cidade. E assim, foi enviado para Carque, evangelizar os escravos que chegavam da África. Apesar de não entenderem sua língua, entendiam a linguagem do amor, da caridade e do sentimento cristão e paternal que emanavam daquele padre santo. Por esse motivo os escravos negros o veneravam e respeitavam como um justo e bondoso pai.

Em sua missão, lutava ao lado dos negros e sofria com eles as mesmas agruras. O que podia fazer por eles era mitigar seus sofrimentos e oferecer-lhes a salvação eterna. Com essa proposta, Pedro de Claver batizou cerca de quatrocentos mil negros durante os quarenta anos de missão apostólica. Foram atribuídos a ele, ainda, muitos milagres de cura.

Durante a peste, em 1650, ele foi o primeiro a oferecer-se para tratar os doentes. As consequências foram fatais: em sua peregrinação entre os contaminados, foi atacado pela epidemia, que o deixou paralítico. Depois de quatro anos de sofrimento, Pedro de Claver morreu aos setenta e três anos de idade, em 8 de setembro de 1654, no dia na festa da Natividade da Virgem Maria.

Foi canonizado pelo papa Leão XIII em 1888. São Pedro Claver foi proclamado padroeiro especial de todas as missões católicas entre os negros em 1896. Sua festa, em razão da solenidade mariana, foi marcada para 9 de setembro, dia seguinte ao da data em que se celebra a sua morte.

Fonte: https://franciscanos.org.br/

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Dom Paulo Cezar recebe Pálio nesta quarta-feira (8)

Dom Paulo Cezar | Arcebispo de Brasília

Na próxima quarta-feira, 8 de setembro, festa da Natividade de Nossa Senhora, às 12h15, na Catedral Metropolitana de Brasília, Dom Paulo Cezar, Arcebispo de Brasília, recebe a imposição do Pálio Arquiepiscopal das mãos do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro.

Estarão presentes na cerimônia os bispos da província:  Dom Raimundo Damasceno, Arcebispo emérito de Aparecida -SP e Vigário-geral da Arquidiocese de Brasília; Dom José Aparecido e Dom Marcony Vinicius, Bispos Auxiliares de Brasília; Dom Giovani, Bispo Diocesano de Uruaçu – GO e Dom Fernando Guimarães, Arcebispo do Ordinariato Militar do Brasil.

Revista ECCLESIA
O Pálio – derivado do latim pallium, manto de lã – vestimenta litúrgica usada na Igreja Católica -, consiste em uma faixa de lã branca com seis cruzes pretas de seda que é colocada sobre os ombros;  é destinado ao Arcebispo que assume uma arquidiocese, simbolizando o poder na província, sua comunhão com a Igreja Católica, o ministério pastoral dos arcebispos e sua união com o Bispo de Roma.

A celebração de entrega do Pálio acontece na Solenidade de São Pedro e São Paulo, celebrado universalmente por toda a Igreja no dia 29 de julho, em Roma, mas devido às restrições impostas pela pandemia, a insígnia foi enviada à Nunciatura Apostólica e a imposição ocorre numa celebração realizada na Igreja local, diante do povo.

A missa será transmitida pelas ondas da Rádio Nova Aliança 710 AM/ 103,3 FM e pela TV Renascidos em Pentecostes.

Fonte: PASCOM / Arquidiocese de Brasília

A virtude do silêncio, Santo Tomás e o ensinamento monástico

Gentile da Fabriano | Public Domain
Por Vitor Roberto Pugliesi Marques

Ao lermos a obra deixada por Santo Tomás de Aquino, entendemos que atrás daquele semblante escondia-se um silêncio fértil e altamente comprometido com as necessidades da alma humana.

Em pleno século XXI, seja entre crédulos e incrédulos, poucos são os que não reconhecem em Santo Tomás de Aquino um dos maiores filósofo e teólogo de todos os tempos. 

Nascido por volta do ano de 1226, no vilarejo de Roccasecca, uma província italiana da região do Lácio, Tomás era o sétimo filho do Conde Landolfo de Aquino, tendo vivido em uma época de intensos conflitos políticos e religiosos. Construiu ao longo de sua vida uma obra tão grandiosa, que o fez ser declarado Doutor da Igreja, recebendo diversos reconhecimentos ao longo da história, tais como os presentes na encíclica Aeterni Patris, do papa Leão XIII, que o declara “guia e mestre” de toda a teologia escolástica. 

Uma dos pontos biográficos de Santo Tomás de Aquino bem conhecidos é a alcunha de “Boi Mudo”, que recebeu dos colegas universitários. Tal apelido deu-se devido à combinação de um corpo obeso e alto associado a um silêncio contínuo, que dava ao seu semblante um aspecto de lentidão de raciocínio e vagareza. Entretanto, as palavras do seu mestre, Santo Alberto Magno, foram proféticas quando anunciou a todos: “Vocês o chamam de Boi Mudo; eu lhes digo que esse Boi Mudo mugirá tão alto que seus mugidos preencherão o mundo”. Ao lermos a obra deixada por Santo Tomás de Aquino, entendemos que atrás daquele semblante escondia-se um silêncio fértil e altamente comprometido com as necessidades da alma humana, tal como afirmou seu mestre. Assim, cabe-nos aqui, a oportunidade de discorrer breves palavras sobre a perspectiva cristã do silêncio.

O capítulo sexto da Santa Regra de São Bento versa exclusivamente sobre essa virtude cristã. Embora se traduza o termo em latim taciturnitate (o título original desse capítulo) como silêncio, talvez seria melhor manter o termo taciturnidade, mesmo que seja menos familiar aos nossos ouvidos. Isso porque o silêncio pregado por São Bento aos seus monges não representa apenas o ato físico de não vibrar as cordas vocais (embora esse artifício seja por demais estimulado também), mas, sim, uma atitude de recolhimento da alma, que a permite aprender, meditar e agir de modo santo no dia a dia. Certamente, esse era o silêncio vivido por Santo Tomás. Por fora, colocava-se com alguém desatento, entretanto, por dentro, vibrava seu espírito em união com Deus, na busca de respostas para as mazelas humanas. 

No livro de Provérbios, se lê: “não pode faltar o pecado num caudal de palavras; quem modera os lábios é um homem prudente” (Pv 10,19). Esse versículo nos ensina o porquê de o silêncio ser tão desejado por Deus e tão vivido pelos seus santos. Colocando-nos em atitude de “tagarelice”, logo chegará a ocasião de ofensa ao próximo, a ocasião de lamúria diante da vida e sabe Deus lá onde isso pode parar em termos de pecado. Não significa que conversas santas e próprias a edificar não sejam bem-vindas; pelo contrário, elas são estimuladas pelo próprio São Bento no capítulo previamente colocado, mas uma vez que se perceba que o tom da conversa levará ao pecado, esta logo deve ser interrompida. Com o progresso da vida espiritual, entende-se que a melhor conversa é aquela na qual se ouve o ensinamento de um mestre e os medita no coração. 

Em um contexto moderno, assolado pelas redes sociais, em que todos querem falar, sobretudo por meio do excesso de exposição da vida íntima e por meio da postagem e de textos que, muitas vezes, não têm proficiência e não atestam a veracidade, a taciturnidade de Santo Tomás convida-nos ao comportamento oposto: do recolhimento em Deus e da escuta do Espírito Santo dentro de nós. Que saibamos crescer em silêncio, tal como a Virgem Santíssima, que “conservava todas as palavras, meditando-as no seu coração” (Lc 2,19).

Santo Tomás de Aquino, rogai por nós!

Fonte: Aleteia

As aparências do pecado enganam

Guadium Press
Certas pessoas não compreendem suficientemente a gravidade de certos pecados de malícia cometidos com toda a frieza, com presunçosa moderação e gestos de benevolência e tolerância.

Redação (07/09/2021 12:12Gaudium Press) “O pecado de malícia procede frequentemente de algum vício engendrado por múltiplas faltas; mas também pode existir sem tal vício; assim, o primeiro pecado do demônio foi um pecado de malícia, não habitual, mas sim de malícia atual, de má vontade, de uma embriaguez de orgulho.

É evidente que o pecado de malícia é mais grave que os de ignorância e de fraqueza, ainda que estes possam ser mortais. Por isso as leis humanas castigam com mais rigor o homicídio premeditado que o cometido por paixão.

A principal gravidade dos pecados de malícia provém do fato de que estes são mais voluntários que os outros; geralmente procedem de um vício engendrado por faltas reiteradas, e, ao cometê-los, se antepõe um bem temporal à divina amizade, sem a escusa de ignorância ou de uma violenta paixão.

Em tais questões as pessoas podem se enganar de duas maneiras distintas. Uns se inclinarão a pensar que somente o pecado de malícia pode ser mortal. Estes não compreendem bem a gravidade de certos pecados de ignorância voluntária ou de fraqueza, nos quais, não obstante, existe matéria grave, suficiente advertência e consentimento pleno.

Outros, pelo contrário, não compreendem suficientemente a gravidade de certos pecados de malícia cometidos com toda a frieza, com presunçosa moderação e gestos de benevolência e tolerância.

Os que desta forma combatem a verdadeira religião e privam os pequenos do pão da verdade divina podem, ocasionalmente, pecar mais gravemente do que aqueles que blasfemam e que matam em impulsos de paixão.

A falta é tanto mais grave quanto mais é cometida com mais vontade e conhecimento, e quanto mais procede do desordenado amor a si mesmo que às vezes chega até o desprezo de Deus”.


In: GARRIGOU-LAGRANGE, Réginald. Las tres edades de la vida interior. Buenos Aires: Desclée de Brouwer, 1950, 3 ed., p. 362. (Tradução da Gaudium Press).

Fonte: https://gaudiumpress.org/

PAIS DA IGREJA: São Gregório Magno (Parte 6/7)

S. Gregório Magno | ECCLESIA

São Gregório Magno

«Antologia»

«Mulher, porque choras?»

Homilia 25

Maria torna-se testemunha da compaixão de Deus; sim... aquela Maria a quem um fariseu queria quebrar o arroubo de ternura. "Se este homem fosse profeta, exclamava ele, saberia quem é esta mulher que o toca e o que ela é: uma pecadora" (Lc 7,39). Mas as suas lágrimas apagaram-lhe as manchas do corpo e do coração; ela precipitou-se a seguir os passos do seu Salvador, afastando-se dos caminhos do mal. Estava sentada aos pés de Jesus e escutava-o (Lc 10,39). Vivo, apertava-o nos seus braços; morto, procurava-o. E encontrou vivo aquele que procurava morto. Encontrou nele tanta graça que acabou por ser ela a levar a boa nova aos apóstolos, aos mensageiros de Deus!


Que devemos ver aqui, meus irmãos, senão a infinita ternura do nosso Criador, que, para dar novo ânimo à nossa consciência, nos dá constantemente exemplos de pecadores arrependidos. Lanço os meus olhos sobre Pedro, olho para o ladrão, examino Zaqueu, considero Maria e só vejo neles apelos à esperança e ao arrependimento. Foi a vossa fé tocada pela dúvida? Pensem em Pedro que chora amargamente a sua cobardia. Estais ardendo em cólera contra o vosso próximo? Pensai no ladrão: em plena agonia, arrepende-se e ganha as recompensas eternas. A avareza seca-vos o coração? Prejudicastes alguém? Vede Zaqueu que devolve quatro vezes mais aquilo que tinha roubado a um homem. Por causa de uma paixão, perdestes a pureza da carne? Olhai para Maria que purifica o amor da carne com o fogo do amor divino.

Sim, Deus todo-poderoso oferece-nos constantemente exemplos e sinais da sua compaixão. Enchamo-nos, pois, de horror pelos nossos pecados, mesmo pelos mais antigos. Deus todo-poderoso esquece com facilidade que nós cometemos o mal e está pronto a olhar para o nosso arrependimento como se fosse a própria inocência. Nós que, depois das águas da salvação, nos tínhamos de novo manchado, renasçamos das nossas lágrimas... O nosso Redentor consolará as vossas lágrimas com a sua alegria eterna.

«Bendizei o Senhor,
vós seus anjos, que servis a sua palavra»
(Sl 102,20)

Homilias sobre o Evangelho

Que há anjos, muitas páginas da Sagrada Escritura o atestam… Mas é preciso saber que a palavra “anjo” designa a sua função: ser mensageiro. E chamamos “arcanjos” aos que anunciam os grandes acontecimentos. Foi assim que o arcanjo Gabriel foi enviado à Virgem Maria; para este ministério, para anunciar o maior de todos os acontecimentos, impunha-se enviar um anjo da mais alta estirpe…

De igual forma, quando se tratou de manifestar um poder extraordinário, foi Miguel que foi enviado. Na verdade, a sua ação, tal como o seu nome que quer dizer “Quem como Deus?”, fazem compreender aos homens que ninguém pode realizar o que compete apenas a Deus. O antigo inimigo, que desejou por orgulho fazer-se semelhante a Deus, dizia: “Eu escalarei os céus; erigirei o meu trono acima das estrelas; serei semelhante ao Altíssimo” (Is 14,13). Mas o Apocalipse diz-nos que, no fim dos tempos, quando for abandonado à sua própria força, antes de ser eliminado pelo suplício final, ele terá de combater contra o arcanjo Miguel: “Houve um combate nos céus: Miguel e os seus anjos combateram contra o Dragão. E também o Dragão combatia com os seus anjos; mas não venceu e foi precipitado no abismo” (Ap 12,7).

À Virgem Maria, foi então Gabriel, cujo nome significa “Força de Deus”, que foi enviado; não é verdade que ele vinha anunciar aquele que quis manifestar-se numa condição humilde, para triunfar do orgulho do demônio? Foi, pois, pela “Força de Deus” que foi anunciado aquele que vinha como “o Senhor dos exércitos, poderoso nos combates” (Sl 23,8).

Quanto ao arcanjo Rafael, o seu nome significa “Deus cura”. Na verdade, foi ele que livrou das trevas os olhos de Tobias, tocando-os como toca um médico vindo do céu (Tb 11,17). Aquele que foi enviado para cuidar o justo na sua enfermidade merece bem ser chamado “Deus cura”.

FONTE:

Evangelho Cotidiano

Fonte: https://www.ecclesia.org.br/

A oração do Papa Francisco: Maria, nós nos entregamos a Ti

Vatican News

Numa videomensagem, o Papa pede à Virgem Milagrosa do Santuário de Castel di Leva “proteção” neste momento de emergência devido ao coronavírus. O vídeo de Francisco abriu a celebração da missa presidida pelo vigário do Santo Padre para a Diocese de Roma, cardeal Angelo De Donatis, para o dia de oração e jejum.

VATICAN NEWS

Confiar “a cidade, a Itália e o mundo à proteção da Mãe de Deus, como sinal de salvação e esperança” nesses “dias de emergência de saúde”. Este é o pensamento do Papa Francisco expresso na vídeomensagem para a missa que será celebrada, nesta quarta-feira (11/03), às 19h locais, no Santuário do Divino Amor no anunciado dia de oração e jejum. 

A Oração do Papa

Ó Maria, Tu sempre brilhas em nosso caminho como sinal de salvação e esperança. Nós nos entregamos a Ti, Saúde dos Enfermos, que na Cruz foste associada à dor de Jesus, mantendo firme a Tua fé. Tu, Salvação do povo romano, sabes do que precisamos e temos a certeza de que garantirás, como em Caná da Galiléia, que a alegria e a celebração possam retornar após este momento de provação. Ajuda-nos, Mãe do Divino Amor, a nos conformarmos com a vontade do Pai e a fazer o que Jesus nos disser. Ele que tomou sobre si nossos sofrimentos e tomou sobre si nossas dores para nos levar, através da Cruz, à alegria da Ressurreição. Amém. Sob a Tua proteção, buscamos refúgio, Santa Mãe de Deus. Não desprezes as nossas súplicas, nós que estamos na provação, e livra-nos de todo perigo, Virgem gloriosa e abençoada.

A missa do Papa e do vigário 

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, anunciou a participação espiritual do Papa Francisco na oração à Virgem, a cujos pés, em 1944, Pio XII e os romanos imploraram a salvação de Roma durante a retirada das tropas nazistas. Mais de 75 anos depois, outra emergência, invisível e também ameaçadora, leva o Papa a se voltar para a Mãe Deus, partilhando os sentimentos do cardeal vigário que, como o Papa, na missa desta quarta-feira, inaugurou a celebração eucarística cotidiana das 19h, que foi transmitida ao vivo pela TV2000 em streaming através do Facebook da diocese. Uma escolha para ir ao encontro dos fiéis obrigados a ficar em casa para evitar o contágio do coronavírus.

Coleta de fundos para os agentes de saúde

“Na missa de hoje”, recorda uma nota do Vicariato de Roma, “será feita uma coleta diocesana extraordinária de ofertas para ajudar os agentes de saúde que estão trabalhando com generosidade e sacrifício no atendimento aos doentes”. “Será um momento de graça, em que unidos, estaremos em comunhão espiritual, nos sentiremos irmãos e irmãs na fé, solidários e não desconfiados uns dos outros”, escreve o cardeal De Donatis na carta em que instituiu o Dia de oração e jejum.

Fonte: Vatican News

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF