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segunda-feira, 4 de outubro de 2021

JMJ 2023: Jornada de Lisboa será nos dias 1 a 6 de agosto

Logo JMJ Lisboa 2023  

Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, declara a sua alegria, sublinhando a importância deste anúncio ser feito no dia de S. Francisco de Assis, 4 de outubro.

Rui Saraiva – Portugal

A organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023 anuncia nesta segunda-feira dia 4 de outubro que a edição de Lisboa, em Portugal, será de 1 a 6 de agosto. As datas são agora reveladas num comunicado que cita D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa:

“É com muita alegria que revelamos que a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 se realizará de 1 a 6 de agosto de 2023. O anúncio desta data da JMJ neste dia de S. Francisco de Assis é um momento muito importante para todos. Há muito que os jovens de todo o mundo desejavam conhecer a data da JMJ Lisboa 2023 para preparar com maior detalhe a vinda a Lisboa. Esperamos que os 22 meses que nos conduzirão à JMJ sejam um tempo de evangelização para todos” – considera D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa.

Neste momento, são já mais de 400 os voluntários, na sua maioria portugueses, que estão a colaborar com a organização da JMJ Lisboa 2023 no Comité Organizador Local (COL).

JMJ Lisboa 2023: Estás preparado?

https://youtu.be/S6dq_aObzvg

Entretanto, em cada uma das 21 dioceses de Portugal existem também já Comités Organizadores Diocesanos (COD) que dinamizam no seu território o caminho de preparação para o evento.

Do caminho percorrido até agora podemos recordar um importante momento como foi a passagem da Cruz peregrina e do Ícone mariano, símbolos da JMJ, dos jovens do Panamá àqueles de Portugal. A 22 de novembro de 2020, na Solenidade de Cristo Rei, numa Eucaristia na Basílica de S. Pedro, o Papa Francisco exortou os jovens a não renunciarem aos grandes sonhos e disse-lhes para fazerem obras de misericórdia:

“Não renunciemos aos grandes sonhos. Não nos contentemos com o que é devido. O Senhor não quer que restrinjamos os horizontes, não nos quer estacionados nas margens da vida, mas correndo para metas altas, com júbilo e ousadia. Não fomos feitos para sonhar as férias ou os fins de semana, mas para realizar os sonhos de Deus neste mundo. Ele tornou-nos capazes de sonhar, para abraçar a beleza da vida. E as obras de misericórdia são as obras mais belas da vida. Se tens sonhos de verdadeira glória – não da glória passageira do mundo, mas da glória de Deus, esta é a estrada; porque as obras de misericórdia dão mais glória a Deus do que qualquer outra coisa” – sublinhou o Papa Francisco na recepção dos símbolos da JMJ em Roma pelos jovens portugueses.

A JMJ Lisboa 2023 decorre em Portugal de 1 a 6 de agosto. Até lá os símbolos da JMJ peregrinam pelas dioceses de Portugal de novembro 2021 a julho 2023. O tema da JMJ 2023 é: “Maria levantou-se e partir apressadamente” (Lc 1, 39).

Fonte: https://www.vaticannews.va/

O Papa: respeitemos o ser humano, a criação e o Criador. Cop26 ofereça respostas eficazes

O Papa Francisco no encontro "Fé e Ciência".
Rumo à "Cop 26" na sala das Bênçãos, no Vaticano

O Papa Francisco reuniu cientistas, especialistas e líderes religiosos no Vaticano para o encontro "Fé e Ciência", durante o qual foi assinado um apelo conjunto em vista do evento de Glasgow. O Pontífice entregou aos participantes seu discurso escrito, no qual faz um apelo a adotar comportamentos e ações modelados na 'interdependência' e 'corresponsabilidade' para neutralizar as 'sementes do conflito' que prejudicam o meio ambiente e a pessoa humana.

Salvatore Cernuzio/Mariangela Jaguraba – Vatican News

"Tudo está interligado, tudo no mundo está intimamente conexo": ciência e fé, homem e criação. Portanto, é necessário adotar comportamentos e ações modelados na "interdependência" e "corresponsabilidade" e, sobretudo, no "respeito" recíproco, a fim de combater aquelas "sementes de conflito" tais como ganância, indiferença, ignorância, medo e violência que causam feridas tanto no ser humano quanto no meio ambiente. No dia do primeiro aniversário da Encíclica Fratelli tutti, dedicada à fraternidade humana, o Papa Francisco reúne, esta segunda-feira (04/10), na Sala das Bênçãos, no Vaticano, cientistas, especialistas e líderes religiosos (dentre eles o Grão Imame de al-Azhar, Ahmad al-Tayyeb, e o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I) para o encontro "Fé e Ciência. Rumo à Cop 26". Um evento que - como diz o título – olha para a conferência climática anual da ONU programada para se realizar, em Glasgow, na Escócia, de 31 de outubro a 12 de novembro.

Apelo conjunto

Em meio a música e momentos de silêncio, discursos e debates em vários idiomas, todos os presentes assinaram um apelo conjunto no qual ilustraram vários percursos educacionais e de formação a serem desenvolvidos em favor do cuidado da Casa comum. O Pontífice entregou o documento ao presidente da Cop26, Alok Sharma, e ao ministro das Relações Exteriores italiano, Luigi Di Maio; junto com ele, as três páginas de seu discurso: "Vocês têm a transcrição do que tenho a dizer agora e para não sair fora do tempo necessário para todos falarem, deixo o texto em suas mãos. Vocês podem lê-lo e assim continuamos esta celebração."

Uma única família humana

No discurso entregue, o Pontífice recorda que “o encontro de hoje, que une muitas culturas e espiritualidades num espírito de fraternidade, reforça a consciência de que somos membros de uma única família humana: cada um de nós tem a sua própria fé e tradição espiritual, mas não existem fronteiras e barreiras culturais, políticas ou sociais que nos permitam isolar-nos”.

Francisco indica três conceitos-chave para refletir sobre esta colaboração recíproca:

“O olhar de interdependência e partilha, o motor do amor e a vocação ao respeito.”

A assinatura do Apelo conjunto | Vatican News

Interdependência e partilha

O Papa parte do conceito de "harmonia divina" presente no mundo natural, o que demonstra que "nenhuma criatura é suficiente a si mesma. Cada uma existe apenas na dependência das outras, para se completarem mutuamente, a serviço umas das outras". "Plantas, águas, seres vivos são guiados por uma lei nelas impressa por Deus para o bem de toda a criação", enfatiza o Pontífice.

Reconhecer que o mundo está interconectado significa não apenas compreender as consequências nefastas de nossas ações, mas também identificar comportamentos e soluções que devem ser adotados com olhos abertos para a interdependência e a partilha. 

Mudança de rumo

O conceito é o mesmo que foi expresso pelo Papa durante estes longos e difíceis meses de pandemia: "Não podemos agir sozinhos". O Pontífice enfatiza que "o compromisso de cada pessoa de cuidar dos outros e do meio ambiente é fundamental". Um compromisso "que leva a uma mudança urgente de rumo e que também deve ser alimentado pela própria fé e espiritualidade"; um compromisso que deve ser continuamente incentivado pelo motor do amor. "Do fundo de cada coração, o amor cria laços e amplia a existência quando faz a pessoa sair de si mesma em direção ao outro", diz o Papa. Esta "força propulsora do amor" não é "posta em movimento" de uma vez por todas, "deve ser reavivada a cada dia". As religiões e tradições espirituais podem oferecer uma grande contribuição neste sentido.

O amor é o espelho de uma vida espiritual intensamente vivida. Um amor que se estende a todos, além das fronteiras culturais, políticas e sociais; um amor que se integra também e sobretudo em benefício dos últimos, que são muitas vezes aqueles que nos ensinam a superar as barreiras do egoísmo e a derrubar as paredes do eu.

Sementes de conflito

"Este é um desafio", aponta o Papa Francisco, "que enfrenta a necessidade de combater essa cultura do descarte, que parece prevalecer em nossa sociedade e que se acomoda no que o nosso Apelo Conjunto chama de sementes de conflito: ganância, indiferença, ignorância, medo, injustiça, insegurança e violência". As mesmas sementes de conflito que causam "as feridas graves" que infligimos ao meio ambiente: mudanças climáticas, desertificação, poluição, perda de biodiversidade. São feridas que, diz o Papa, citando a Caritas in Veritate, levam à "ruptura daquela aliança entre o ser humano e o ambiente que deve espelhar o amor criativo de Deus, do qual viemos e para o qual caminhamos".

O Papa e o patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I |
Vatican News

Respeito pela criação, pelo próximo, por Deus

O Papa indica "exemplo e ação", por um lado, e "educação", por outro, como os dois "planos" para enfrentar este desafio que tem "o sabor da esperança", já que "não há dúvida de que a humanidade nunca teve tantos meios para atingir este objetivo como hoje". Ele recorda a "vocação ao respeito":

Respeito pela criação, respeito pelo próximo, respeito por si e respeito pelo Criador. Mas também respeito recíproco entre fé e ciência, a fim de entrar num diálogo entre elas orientado para o cuidado com a natureza, a defesa dos pobres, a construção de uma rede de respeito e fraternidade.

Respostas eficazes da Cop 26

"O respeito", sublinha o Pontífice, "não é um mero reconhecimento abstrato e passivo do outro", mas uma ação "empática e ativa" destinada a "querer conhecer o outro e entrar em diálogo com ele a fim de caminhar juntos neste caminho comum". "Uma viagem que levará à Cop 26 em Glasgow que", conclui o Papa, "é urgentemente chamada a oferecer respostas eficazes à crise ecológica sem precedentes e à crise de valores em que vivemos, e assim oferecer esperança concreta às gerações futuras".

Veja o evento em original: https://youtu.be/eVOoncpD-X0

Fonte: https://www.vaticannews.va/

São Francisco de Assis

S. Francisco de Assis | arquisp
04 de setembro

São Francisco de Assis

São Francisco de Assis nasceu em Assis, Itália, em 1182. Era filho de Pedro Bernardone, um rico comerciante, e Pia, de família nobre da Provença.  Na juventude, Francisco era muito rico e esbanjava dinheiro com ostentações. Porém, os negócios de seu pai não lhe despertaram interesse, muito menos os estudos. O que ele queria mesmo era se divertir. Porém, São Boaventura, seu contemporâneo, escreveu sobre ele: “Mas, com o auxílio divino, jamais se deixou levar pelo ardor das paixões que dominavam os jovens de sua companhia”.

Vida de São Francisco

Na juventude de Francisco, por volta de seus vinte anos, uma guerra começou entre as cidades italianas chamadas Perugia e Assis. Ele queria combater em Espoleto, entre Assis e Roma, mas caiu enfermo. Durante a doença, Francisco ouviu uma voz sobrenatural. Esta lhe pedia para ele "servir ao amor e ao Servo". Pouco a pouco, com muita oração, Francisco sentiu em seu coração a necessidade de vender seus bens e “comprar a pérola preciosa” sobre a qual ele lera no Evangelho.

Certa vez, ao encontrar um leproso, apesar da repulsa natural, venceu sua vontade e beijou o doente. Foi um gesto movido pelo Espírito Santo. A partir desse momento, ele passou a fazer visitas e a servir aos doentes que sem encontravam nos hospitais. Aos pobres, presenteava com suas próprias roupas e também com o dinheiro que tivesse no momento.

O Chamado

Num dia simples, mas muito especial, num momento em que Francisco rezava sozinho na Igreja de São Damião, em Assis, ele sentiu que o crucifixo falava com ele,  repetindo por três vezes a frase que ficou famosa: "Francisco, repara minha casa, pois olhas que está em ruínas". O santo vendeu tudo o que tinha e levou o dinheiro ao padre da Igreja de São Damião, e pediu permissão para viver com ele. Francisco tinha vinte e cinco anos.

Pedro Bernardone, ao saber o que seu filho tinha feito, foi busca-lo indignado, levou-o para casa, bateu nele e acorrentou-o pelos pés. A mãe, porém, o libertou na ausência do marido, e o jovem retornou a São Damião. Seu pai foi de novo buscá-lo. Mandou que ele voltasse para casa ou que renunciasse à sua herança. Francisco então renunciou a toda a herança e disse: "As roupas que levo pertencem também a meu pai, tenho que devolvê-las". Em seguida se desnudou e entregou suas roupas a seu pai, dizendo-lhe: “Até agora tu tem sido meu pai na terra, mas agora poderei dizer: ‘Pai nosso, que estais nos céus”.

Renúncia de São Francisco de Assis

Para reparar a Igreja de São Damião, Francisco pedia esmola em Assis. Terminado esse trabalho, começou reformar a Igreja de São Pedro. Depois, ele retirou-se para morar numa capela com o nome de Porciúncula. Ela fazia parte daabadia de Monte Subasio, cuidada pelos beneditinos. Ali o céu lhe mostrou o que realmente esperava dele.

O trecho do Evangelho da Missa daquele dia dizia: "Ide a pregar, dizendo: o Reino de Deus tinha chegado. Dai gratuitamente o que haveis recebido gratuitamente. Não possuas ouro, nem duas túnicas, nem sandálias...” A estas palavras, Francisco tirou suas sandálias, seu cinturão e ficou somente com a túnica.

Milagres de São Francisco de Assis

Deus lhe concedeu o dom da profecia e o dos milagres. Quando Francisco pedia esmolascom o fim de restaurar a Igreja de São Damião, ele dizia: "Um dia haverá ali um convento de religiosas, em cujo nome se glorificará o Senhor e a Igreja". A profecia se confirmou cinco depois com Santa Clara e suas religiosas. Ao curar, com um beijo, o câncer que havia desfigurado o rosto de um homem, São Boaventura comentou para São Francisco de Assis: "Não se há que admirar mais o beijo do que o milagre?"

Fundação da Ordem dos Frades Menores (O.F.M.)

Francisco começou a anunciar a verdade, no ardor do Espírito de Cristo. Convidou outros a se associarem a ele na busca da perfeita santidade, insistindo para que levassem uma vida de penitência. Alguns começaram a praticar a penitência e em seguida se associaram a ele, partilhando a mesma vida. O humilde São Francisco de Assis decidiu que eles se chamariam Frades Menores.

Surgiram assim os primeiros 12 discípulos que, segundo registram alguns documentos, “foram homens de tão grande santidade que, desde os Apóstolos até hoje, não viu o mundo homens tão maravilhosos e santos”. O próprio Francisco disse em testamento: “Aqueles que vinham abraçar esta vida, distribuíam aos pobres tudo o que tinham. Contentavam-se só com uma túnica, uma corda e um par de calções, e não queriam mais nada”. Os novos apóstolos reuniram-se em torno da pequena igreja da Porciúncula, ou Santa Maria dos Anjos, que passou a ser o berço da Ordem.

A nova ordem religiosa de São Fracisco de Assis

Em 1210, quando o grupo contava com doze membros, São Francisco de Assis redigiu uma regra pequena e informal. Esta regra era, na sua maioria, os conselhos de Jesus para que possamos alcançar a perfeição. Com ela foram à Roma apresentá-la ao Sumo Pontífice. Lá, porém,relutavam em aprovar a nova comunidade. Eles achavam que o ideal de Francisco eramuito rígidoa respeito da pobreza. Por fim, porém, um cardeal afirmou: "Não podemos proibir que vivam como Cristo mandou no Evangelho".

Receberam a aprovação e voltaram a Assis, vivendo na pobreza, em oração, em santa alegria e grande fraternidade, junto a Igreja da Porciúncula. Mais tarde, Inocêncio III mandou chamar São Francisco de Assis e aprovou a regra verbalmente. Logo em seguida o papa impôs a eles o corte dos cabelos, e lhes enviou em missão de pregarem a penitência.

São Francisco de Assis, um exemplo de vida

São Francisco de Assis manifestava seu amor a Deus por uma alegria imensa, que se expressava muitas vezes em cânticos ardorosos. A quem lhe perguntava qual a razão de tal alegria, respondia que “ela deriva da pureza do coração e da constância na oração”.

A santidade de São Francisco de Assis lhe angariou muitos discípulos e atraiu também uma jovem, filha do Conde de SassoRosso, Clara, de 17 anos. Desde o momento em que o ouviu pregar, compreendeu que a vida que ele indicava era a que Deus queria para ela. Francisco tornou-se seu guia e pai espiritual. Nascia assim a Ordem Segunda dos Franciscanos, a das Clarissas. Depois, Inês, irmã de Clara, a seguia no claustro; mais tarde uma terceira, Beatriz se juntou a elas.

Sabedoria divina

Certa vez, São Francisco de Assis, sentindo-se fortemente tentado pela impureza, deitou-se sem roupas sobre a neve. Outra vez, num momento de tentação ainda mais violenta, ele rolou sobre espinhos para não pecar e vencer suas inclinações carnais.

Sua humildade não consistia simplesmente no desprezo sentimental de si mesmo, mas na convicção de que "ante os olhos de Deus o homem vale pelo que é e não mais". Considerando-se indigno do sacerdócio, São Francisco de Assis apenas chegou a receber o diaconato. Detestava de todo coração o exibicionismo.

Uma vez contaram-lhe que um dos irmãos amava tanto o silêncio que até quando ia se confessar, fazia-o por sinais. São Francisco respondeu desgostoso:"Isso não procede do Espírito de Deus, mas sim do demônio; é uma tentação e não um ato de virtude". Francisco tinha o dom da sabedoria. Certa vez, um frade lhe pediu permissão para estudar. Francisco respondeu que, se o frade repetisse com amor e devoção a oração "Glória ao Pai", se tornaria sábio aos olhos de Deus. Ele mesmo, Francisco, era um grande exemplo da sabedoria dessa maneira adquirida.

São Francisco de Assis e os animais

A proximidade de Francisco com a natureza sempre foi a faceta mais conhecida deste santo. Seu amor universalista abrangia toda a Criação, e simbolizava um retorno a um estado de inocência, como Adão e Eva no Jardim do Éden.

Os estigmas de São Franscisco de Assis

Dois anos antes de sua morte, tendo Francisco ido ao Monte Alverne em companhia de alguns de seus frades mais íntimos, pôs-se em oração fervorosa e foi objeto de uma graça insigne.

Na figura de um serafim de seis asas apareceu-lhe Nosso Senhor crucificado que, depois de entreter-se com ele em doce colóquio, partiu deixando-lhe impressos no corpo os sagrados estigmas da Paixão. Assim, esse discípulo de Cristo, que tanto desejara assemelhar-se a Ele, obteve mais este traço de similitude com o Divino Salvador.

Devoção a São Francisco de Assis

No verão de 1225, Francisco esteve tão enfermo, que o cardeal Ugolino e o irmão Elias o levaram ao médico do Papa, em Rieti. São Francisco de Assis perguntou a verdade e lhe dissessem que lhe restava apenas umas semanas de vida. "Bem vinda, irmã Morte!", exclamou o santo.

Em seguida pediu para ser levado à Porciúncula. Morreu no dia três de outubro de 1226, com menos de 45 anos, depois de escutar a leitura da Paixão do Senhor. Ele queria ser sepultado no cemitério dos criminosos, mas seus irmãos o levaram em solene procissão à Igreja de São Jorge, em Assis.

Ali esteve depositado até dois anos depois da canonização. Em 1230, foi secretamente trasladado à grande basílica construída pelo irmão Elias. Ele foi canonizado apenas dois anos depois da morte, em 1228, pelo Papa Gregório IX. Sua festa é celebrada em 04 de outubro.

Oração a São Francisco de Assis

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor;

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;

Onde houver discórdia, que eu leve a união;

Onde houver dúvida, que eu leve a fé;

Onde houver erro, que eu leve a verdade;

Onde houver desespero, que eu leve a esperança;

Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;

Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, Fazei que eu procure mais

Consolar, que ser consolado;

compreender, que ser compreendido;

amar, que ser amado.

Pois, é dando que se recebe,

é perdoando que se é perdoado,

e é morrendo que se vive para a vida eterna.

IGREJAS DEDICADAS A SÃO FRANCISCO DE ASSIS EM BRASÍLIA

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Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

domingo, 3 de outubro de 2021

Há 43 anos morria o “Papa dos 33 Dias” no “Ano dos 3 Papas”

Aleteia
Por Francisco Vêneto

Faleceu em 28 de setembro aquele Papa de um incomum nome duplo: o "Papa dos 33 dias", também conhecido como o "Papa do Sorriso".

Em 28 de setembro de 1978, vitimado por um ataque cardíaco no Palácio Apostólico, falecia João Paulo I, já então conhecido como “o Papa do Sorriso” e, a partir de então, chamado também de “o Papa dos 33 dias”.

De fato, ele havia sido eleito como sucessor de São Paulo VI em 26 de agosto, dando solene início ao novo pontificado em 3 de setembro. Aqueles 33 dias desde a eleição configurariam o pontificado mais curto dos últimos quase quatrocentos anos e um dos mais breves de todos os tempos.

O Ano dos 3 Papas

1978 entrou para a história como “O Ano dos 3 Papas”: São Paulo VI, João Paulo I e São João Paulo II se sucederam no trono de São Pedro não apenas durante um mesmo ano, mas, mais precisamente, durante pouco mais de dois meses daquele ano.

Seria preciso voltar no tempo mais de três séculos e meio para encontrar um precedente semelhante: Clemente VIII, Leão XI e Paulo V, em 1605.

João + Paulo

Após a morte do Papa São Paulo VI no meio de um tórrido verão italiano, foi eleito ao pontificado o Patriarca de Veneza, Albino Luciani, que adotou o incomum nome duplo de João Paulo em homenagem aos seus dois predecessores imediatos: São João XXIII e São Paulo VI, líderes do Concílio Vaticano II.

A primeira homilia

Na Santa Missa de abertura do seu pontificado, o Papa João Paulo I afirmou:

“O primeiro pensamento, de adoração e de súplica, vai para Deus, Infinito e Eterno; com uma decisão humanamente inexplicável e com a Sua benigníssima dignação, Ele nos elevou à Cátedra do bem-aventurado Pedro (…) Iniciamos o nosso serviço apostólico invocando como estrela esplendorosa da nossa caminhada a Mãe de Deus, Maria, Salus Populi Romani e Mater Ecclesiae, que a liturgia venera de modo particular neste mês de setembro. Que a Virgem Santíssima, que guiou com delicada ternura a nossa vida de criança, de seminarista, de sacerdote e de bispo, continue a iluminar e a dirigir os nossos passos, para que, feito voz de Pedro, com os olhos e a mente fixos no Seu Filho, Jesus, proclamemos no mundo, com jubilosa firmeza, a nossa profissão de fé: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”.

A trajetória do Papa dos 33 dias

O Papa João Paulo I nasceu em 17 de outubro de 1912 em Canale d’Agordo, no Vêneto, norte da Itália. Foi batizado no mesmo dia como Albino Luciani por uma mulher chamada Maria Fiocco, devido ao “perigo iminente de morte” que sofria.

Entrou no seminário menor de Feltre aos 11 anos e, aos 16, no seminário gregoriano em Belluno, sendo ordenado sacerdote em 7 de julho de 1935 com apenas 22 anos.

São João XXIII o nomeou bispo de Vittorio Veneto em 15 de dezembro de 1958. Por sua vez, São Paulo VI o nomeou patriarca de Veneza em 1º de fevereiro de 1970 e, em 5 de março de 1973, o criou cardeal.

Causa de santificação

O Papa Francisco assinou o decreto de reconhecimento das virtudes heroicas de João Paulo I em 9 de novembro de 2017, o que significa que, depois de uma detalhada investigação da sua vida e dos seus escritos, constatou-se que ele viveu em grau heroico as virtudes teologais da fé, esperança e caridade.

A próxima fase rumo aos altares é a beatificação, que depende da comprovação de um milagre realizado mediante a sua intercessão. Um segundo milagre será necessário para que, finalmente, o Papa dos 33 dias seja canonizado.

Um novo João Paulo

À surpreendente morte de João Paulo I com apenas 33 dias de pontificado seguiu-se outra notícia surpreendente para a Igreja e o mundo: a eleição de um segundo João Paulo “vindo de longe”.

Karol Wojtyla, arcebispo de Cracóvia, manteve o nome escolhido pelo antecessor e passou para a posteridade como São João Paulo II, um dos mais carismáticos e influentes líderes não apenas da longa história da Igreja Católica, mas da longuíssima história de toda a humanidade.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Intenção do Papa Francisco para o mês de outubro de 2021

ACI Digital

Intenção de oração para outubro de 2021

O Papa Francisco confia mensalmente à sua Rede Mundial de Oração intenções de oração que exprimem as suas grandes preocupações pela humanidade e pela missão da Igreja. A sua intenção de oração mensal é um chamamento mundial para transformarmos a nossa oração em «gestos concretos», é uma bússola para uma missão de compaixão para com o mundo.

Propõe um caminho para nos mobilizar todos os meses, através da oração e da ação, para um mundo mais humano, fraterno e solidário.

Estas intenções de oração são fruto de um longo processo de discernimento na Igreja, em diversos países do mundo e com propostas provenientes de vários dicastérios, congregações e serviços da Santa Sé. No fim deste processo, que dura vários meses, o Papa, tendo em conta as propostas recebidas, reserva um tempo para rezar e discernir os desafios da humanidade e da missão da Igreja. Confia então as suas 12 intenções de oração a todos os fiéis. São orientações para a nossa vida e missão. (http://apostoladobrasilia.com.br/)

https://youtu.be/9Os_dhm1-VQ

"Fratelli tutti", para dar vida ao Evangelho

Fratelli tutti, L'Osservatore Romano  (@VaticanMedia)

Publicada em 4 de outubro de um ano atrás, a última encíclica do Papa Francisco propõe o caminho a seguir para salvar a humanidade do abismo do ódio.

ANDREA TORNIELLI

Um ano após sua publicação, ainda é muito cedo para verificar se o efeito da encíclica Fratelli tutti será semelhante ao da Laudato si', o outro importante documento papal, promulgado em 2015, que nunca como antes foi capaz de interceptar o interesse de pessoas distantes da Igreja, gerando iniciativas e um compromisso concreto a partir de baixo.

Fratelli tutti, assim como Laudato si’, pertencem ao magistério social da Igreja, e devemos evitar o risco de 'reducionismo', como se fossem documentos que se ocupam de emergências e problemas contingentes, propondo caminhos que são igualmente contingentes. A defesa da vida, a salvaguarda da Criação a nós confiada, a ecologia humana e integral não são sugestões questionáveis e incidentais para o tempo presente, mas encontram sua origem e fundamento na Palavra de Deus. Da mesma forma, o convite à fraternidade, a considerar o outro - quem quer que seja e de onde quer que venha - não como "o outro", mas como um irmão enquanto filho de Deus, não é uma mera contingência ou o interesse particular de uma época na vida da Igreja, mas um olhar profundamente evangélico.

Há seis anos, com a "Laudato si", Francisco chamava a atenção para as conexões entre a crise ambiental, a crise social, as guerras, a migração e a pobreza. Ele pediu a construção de um sistema econômico e social mais justo e respeitoso da criação, com o homem no centro e não a idolatria do dinheiro. Há um ano, com Fratelli tutti, o Papa indicou o caminho a seguir para alcançar esse objetivo: reconhecer-nos como irmãos e irmãs, guardiães uns dos outros. Isto nada mais é do que o Evangelho, como nos ensina a parábola do Bom Samaritano, tão perturbadora e pouco convencional e, ao mesmo tempo, ainda tão pouco compreendida e vivida. O cristão reconhece o rosto de Jesus "em cada ser humano, para vê-lo crucificado na angústia dos abandonados e esquecidos deste mundo, e ressuscitado em cada irmão que se levanta novamente". Mas também aqueles que não receberam o dom da fé cristã compreendem a mensagem da fraternidade, o único antídoto para a corrida autodestrutiva rumo ao abismo do ódio, da guerra, do egoísmo e do fanatismo.

Embora ainda seja muito cedo para verificar os frutos da encíclica papal publicada há um ano, há sinais e sementes de esperança. Quem escreve teve a graça de passar algumas horas com Dale Recinella, um ex-advogado estadunidense do setor financeiro de Wall Street que há muitos anos, junto com sua esposa Susan, dedica sua vida a acompanhar os prisioneiros que aguardam a execução no Corredor da Morte na Flórida. Muitos deles, graças à sua amizade, enfrentaram o verdugo reconciliado com Deus. Dale reconheceu Jesus nestes irmãos e irmãs e por esta razão, apesar das dificuldades e mal-entendidos dos quais ele está cercado, ele precisa deles tanto quanto eles precisam dele. Com os olhos molhados de lágrimas, ele disse que a mensagem da encíclica Fratelli tutti, cada palavra e cada gesto do Papa Francisco, são para ele como "uma transfusão de sangue, que ajuda a viver e seguir em frente". Há muitas pessoas no mundo, longe dos holofotes da mídia e das convenções comemorativas, que, olhando desta forma para o testemunho do Sucessor de Pedro, dão vida ao Evangelho.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

Igreja que tem memorial de bebês mortos em abortos é vandalizada

Igreja do Colorado com pichações abortistas /
Crédito: Mark Evevard

DENVER, 01 out. 21 / 04:15 pm (ACI).- Uma igreja católica de Boulder, Colorado (EUA), que tem um memorial aos bebês vítimas de aborto, foi vandalizada com pichações abortistas em 29 de setembro.

A igreja do Sagrado Coração de Maria apareceu com dizeres “Jesus (ama) o aborto”, “fora proibições de nossos corpos”, “tirem as suas mãos do meu útero”, e o símbolo da anarquia em suas paredes. Os vândalos também picharam imagens, um dos carros da paróquia com a frase “meu corpo, minha escolha”, jogaram ovos e quebraram janelas.

A paróquia mantém um memorial de 4 mil cruzes, cada uma das quais representa um dos bebês que morrem abortados diariamente nos EUA. Os vândalos atacaram pelo menos metade das cruzes.

Embora a igreja tenha um sistema de segurança por vídeo, as imagens capturadas dos atacantes parecem "sombras", disse Mark Evevard, diretor de juventude e comunicações sociais da paróquia, disse à CNA, agência em inglês do grupo ACI.

Evevard disse que o pároco, padre Jonathan Dellinger, pediu aos fiéis para "colocar esses irmãos no topo de sua lista de intenções de oração e rezar por sua conversão".

Recentemente, a paróquia de St. Louis, nas proximidades de Louisville, também foi vandalizada com pichações semelhantes, concluiu Evevard.

Em Boulder vive Warren Hern, que dirige a Boulder Abortion Clinic, centro de aborto popular que aceita mulheres grávidas em estágio avançado e que chegam de todo o mundo. O Estado do Colorado não tem leis que vetem abortos tardios. O aborto pode ser feito durante toda a gravidez até o momento do nascimento do bebê.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Percurso de vida de Cardeal D. Alexandre Maria dos Santos

Cardeal Alexandre José Maria dos Santos | Vatican News

Um longo compromisso com a Igreja e o povo de Moçambique que abraçou integralmente à luz da Palavra de Deus. "Um servidor incansável do Evangelho e da Igreja." - como o define no seu telegrama de pêsames, o Papa Francisco.

Cidade do Vaticano 

"Um servidor incansável do Evangelho e da Igreja." É assim que o Papa Francisco recorda o cardeal moçambicano, Alexandre José Maria dos Santos, que faleceu na última quarta-feira, 29 de setembro, em Maputo, onde foi pastor por 30 anos.

Num telegrama ao atual arcebispo de Maputo, Dom Francisco Chimoio, o Papa exprime a sua dor pela morte do cardeal e sua solidariedade aos "familiares em luto e a quantos, sobretudo nessa arquidiocese de Maputo, se beneficiaram do serviço deste pastor".

O Papa confia o purpurado ao Senhor "que o guiou em toda a sua existência" e pede a Deus que "o acolha na Jerusalém do céu". Pede igualmente aos que participarão das exêquias - a ter lugar no dia 7 de outubro na Catedral de Maputo - nas quais participará espiritualmente, que elevem os corações e a todos dá a sua benção. 

Vida e obra do Cardeal Alexandre José Maria dos Santos…

Primeiro sacerdote, primeiro bispo e primeiro cardeal nativo de Moçambique, o cardeal Alexandre José Maria dos Santos, da Ordem dos Frades Menores, Arcebispo emérito de Maputo, nasceu em Zavala, na Diocese de Inhambane, a 18 de março de 1924.

Concluiu os primeiros estudos na escola dos Missionários Franciscanos da Província de Portugal, presentes na Região desde o início do XX.

Depois de frequentar o seminário menor franciscano de Amatongas, na região central de Moçambique, foi enviado para Nyassaland - atual Malawi - para fazer o curso de filosofia com os Padres Brancos (Missionários da África), pois naquela época, ainda não existia seminário maior em Moçambique.

Em 1947 entrou no noviciado da Província Franciscana Portuguesa de Varatojo, perto de Lisboa. Depois de fazer a profissão temporária em 1948, frequentou o curso de Teologia em Lisboa. Ali faria a profissão solene em 1951 e foi ordenado sacerdote a 25 de junho de 1953.

Regressado à sua terra natal em 1954, desempenhou o ministério sacerdotal nas missões franciscanas na região de Inhambane. Em 1972 tornou-se Conselheiro da Custódia Franciscana de Moçambique e Reitor do novo Seminário Menor do país em Vila Pery, hoje Chimoio.  

Foi nomeado, pelo Papa Paulo VI, Arcebispo de Maputo em 23 de dezembro 1974, tendo sido sagrado Bispo a 9 de março do ano seguinte, pouco mais de dois antes da independência de Moçambique ocorrida a 25 de Junho de 1975. Assumia assim o governo pastoral da Igreja moçambicana e um profundo compromisso com as pessoas atingidas pela guerra civil e pelas calamidades naturais.

Dom Alexandre fundou a Caritas de Moçambique e foi o seu primeiro presidente. Promoveu programas de ajuda para os pobres, refugiados e vítimas da seca. Esteve também empenhado em na promoção de novas relações entre as comunidades eclesiais dos países que foram colónias portuguesas: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe.

Em 22 de agosto de 1981 fundou a Pia União das Mulheres com o nome de Franciscanas de Nossa Senhora Mãe de África. É um instituto religioso africano de moças moçambicanas que têm por objetivo fazer florescer a vida religiosa contemplativa e ativa no país, na pastoral e na assistência aos pobres. As normas datam de 20 de abril de 1981.

Em setembro de 1988, já como Cardeal, teve a alegria de receber o Santo Padre João Paulo II em visita pastoral a Moçambique. Tinha sido o Papa João Paulo II a criá-lo Cardeal no consistório de 28 de junho de 1988.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

XXVII DOM TEMPO COMUM - Ano B

Dom Paulo Cezar | arqbrasilia

Dom Paulo Cezar Costa / Arcebispo de Brasília

Deus os fez homem e mulher

            A palavra de Deus, neste domingo, coloca diante de nós a vocação originária do projeto de Deus para o matrimônio. Alguns fariseus querem colocar Jesus à prova e Lhe perguntam: é licito ao homem divorciar-se de sua mulher? Qual era a situação do divórcio no tempo de Jesus? A Tôrah sobre este ponto era clara: um marido pode repudiar a mulher (Dt 24,1-4). Mas a situação de Israel sobre este ponto é mais complexa. A prática normal se coloca sobre esta linha de permitir o divórcio, como atestam as escolas de Shammai e de Hillel, que divergem somente sobre a motivação do divórcio (m. Ghit. 9,10). Mas a existência de um matrimônio indissolúvel é atestada em Qumran, não somente uma vez (CD 4,20-5,5; 11Qt 57,17-18); e em Ghit 90b, onde se lê: “quando um homem repudia a sua primeira mulher, também o altar derrama lágrimas por ela”.

Jesus se opõe explicitamente à tradição da prática do divórcio (Mc 10,2-12; Mt 19,3-9; Mt 5,31s; Lc 16,18) e há também a confirmação independente de Paulo (1Cor 7,10-11). A posição de Jesus não trata somente de um rigor maior no interno de um sistema indiscutível, mas de uma verdadeira e própria proibição positiva: a pergunta formulada pelos fariseus (Mc 10,2 «ei éxestin…, «É lícito…?») tem uma conotação jurídica, e a resposta implica uma verdadeira oposição ao texto legal do Deuteronômio. A solução que Jesus anuncia jamais fora considerada por outro doutor da época. Jesus retorna ao projeto original do Criador onde, no início, Deus fez o homem e a mulher. “Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!” (Mc 10, 7-9). É neste projeto criador original que se deve fundamentar toda escolha de vida matrimonial cristã.  No projeto original de Deus, está um ideal de doação limpidamente totalizante, que não pode ser abolido por uma permissão introduzida por causa da dureza dos corações. Jesus aboliu a concessão feita no tempo da dureza do coração e restituiu a vontade originária do Criador. Por isso, afirma o Papa Francisco: “(…) a aliança esponsal, inaugurada na criação e revelada na história da salvação, recebe a revelação plena do seu significado em Cristo e na Igreja, e a graça necessária para testemunhar o amor de Deus e viver a vida de comunhão. O Evangelho da família atravessa a história do mundo desde a criação do homem à imagem e semelhança de Deus (cf. Gn 1, 26-27) até a realização do mistério da Aliança em Cristo, no fim dos séculos, com as núpcias do Cordeiro (cf. Ap 19, 9)” (Papa Francisco, Amoris Laetitia, 63).

Que esta Palavra de Deus nos ajude percebermos a beleza do matrimônio e da família no projeto de Deus. Que ela inspire todos os agentes das pastorais e dos movimentos ligados à família a proclamarem a beleza da família no projeto salvífico de Deus. A beleza do projeto de Deus deve nos ajudar, também, a não desprezar os casais feridos em sua vida conjugal, mas a acolhê-los, acompanhá-los e integrá-los. Sejamos missionários da beleza da família no projeto salvífico de Deus.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF