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terça-feira, 5 de outubro de 2021

Direção espiritual (o sacerdote: pastor, pai, médico, mestre, juiz) (Parte 2/3)

Presbíteros

Pe. Francisco Faus

II. Que condições pessoais que deve ter um bom diretor espiritual?

Em primeiro lugar, ter  a consciência clara de que o diretor espiritual não é nem o modelo nem o modelador: «O modelo é Jesus Cristo; o modelador, o Espírito Santo, por meio da graça»[5].

O seu papel é apenas (nada mais e nada menos) o de ser instrumento nas mãos de Deus. As orientações que o diretor espiritual dá não podem ser “opiniões pessoais”. Ele deve ser sempre, o mais possível, «luz de Deus, voz de Deus, fogo de Pentecostes» (São Josemaria, em São Paulo, em 1974) [6].

E, como estará em condições de poder falar e agir desse modo?  Tendo também a convicção (que é, ao mesmo tempo, uma responsabilidade) de que a direção espiritual, por ser tarefa sobrenatural (santificadora), deve-se apoiar, antes de mais nada, nos meios sobrenaturais [7]. Concretamente:

a) na sua oração: a começar pela petição humilde e insistente das graças e luzes do Espírito Santo e dos seus dons; e a constante petição pelas pessoas concretas que atende;

b) na sua mortificação [8], consciente de que – como lembra São Josemaria Escrivá- «o Espírito Santo é fruto da Cruz […]. Só quando  homem, fiel à graça, decide colocar no centro da sua alma a Cruz […], só então é que recebe com plenitude o grande fogo, a grande consolação do Espírito Santo» [9];

c) de modo geral, numa sólida vida interior, própria de quem procura seriamente a santidade. Como lemos no Decreto Presbyterorum Ordinis, n. 12: «Embora a graça possa levar a termo a obra da salvação também por ministros indignos, no entanto, prefere Deus ordinariamente manifestar as suas maravilhas através daqueles que se fizeram mais dóceis ao impulso e à direção do Espírito Santo, pela sua íntima união com Cristo e santidade de vida»;

d) como fruto da vida interior, o instrumento de Deus estará em condições de manter aceso o zelo apostólico, a vibração que se contagia e leva os outros a vibrar, a desejar servir (suscitam-se, assim, vocações) e a fazer apostolado.

Pelo que acabamos de comentar, fica claro que o maior inimigo da verdadeira direção espiritual  é a tibieza: «O apóstolo tíbio: este é o grande inimigo das almas» (Forja, n. 488). Por quê?

a) em primeiro lugar, porque a tibieza “cega” para as coisas de Deus. Ao tíbio, Cristo diz: És pobre, cego e nu. Dou-te um conselho: […] compra um colírio para curar os teus olhos, para que enxergues (Apoc 3,7-8). E São Paulo afirma, categórico: O homem não-espiritual não aceita o que é do Espírito de Deus… Ele não é capaz de entendê-lo (1 Cor 2,14);

b) em segundo lugar, porque não basta saber, ter ciência, para orientar bem. Além da doutrina bem assimilada, é necessária uma verdadeira vida interior, para que atuem em nós os dons do Espírito Santo: sabedoria, inteligência, conselho… Na realidade, só o santo, ou o que luta por sê-lo, é capaz de “entender”, de “captar” e transmitir a “voz do Espírito Santo”, porque capta “por conaturalidade” (S. Tomás) as luzes de Deus;

c) Faltando a luz do Espírito Santo, será fácil que o sacerdote baseie a  orientação dos fiéis na simples sensatez, no palpite do momento; ou então nas ciências humanaspedagogia, psicologia, que, quando muito, podem ser auxiliares secundárias. Por esse caminho, mesmo que o diretor espiritual dê alguma ajuda, acabará causando muitos estragos. Deixará o organismo sobrenatural em estado de coma (tal é o caso do diretor espiritual “muito amigo”, que escuta e conversa de mil coisas, mas não toca no essencial, e deixa as almas, do ponto de vista da vida sobrenatural, numa “anemia perniciosa”).

Dentro dessa perspectiva, a Exortação Pastores dabo vobis, n. 53,  frisa que deve haver uma união indissolúvel entre estudo e piedade. O diretor espiritual deve ter a doutrina – as idéias, as soluções e conselhos – iluminada e aquecida pela piedade.

perigo é que, quando não se é exigente consigo mesmo nestes pontos, é fácil acabar na situação medíocre de alguns sacerdotes, diáconos e seminaristas que, nas paróquias ou comunidades, contam com agentes de pastoral, ministros e colaboradores, que são gente de confiança, “braços direitos”, mas que são muito fracos na doutrina, na piedade e nas virtudes. Isso leva inevitavelmente a cair no ativismo, e a pensar que tudo está feito apenas com essa “movimentação”, que às vezes não passa de agitação superficial. É importante que não esqueçamos a grande verdade que se encerra nesta breve frase de Caminho: «Estas crises mundiais são crises de santos» (n. 301), e só os que lutam por ser “santos” as poderão superar.

Convençamo-nos de que, sem levar a sério o forte apelo para a santidade da Novo millennio ineunte, sem compreender que essa é a mais evidente «urgência pastoral» (n. 30), não será possível superar as grandes crises morais que, no mundo atual, se alastram e agravam de forma cada vez mais sensível, entre fiéis de todas as idades.

Essas convicções, o diretor espiritual deve aplicar, em primeiro lugar, a si mesmo. É preciso ter sempre presente que a caridade – «vínculo da perfeição» – não tem fim (Cf. 1 Cor,13,8), exige um crescimento contínuo, até a alma chegar à estatura do Cristo em toda a sua plenitude (Ef 4,13). Por isso, o próprio diretor espiritual deverá esforçar-se sinceramente em “crescer” (procurando ter um sólido plano de vida espiritual; recebendo, também ele, o auxílio de uma direção espiritual eficaz, etc.). Caso contrário, deixará facilmente as almas estagnadas, num nível inferior ao que Deus quer.

Notas:

[5] S. Josemaria Escrivá, Carta 8/8/1956

[6] Que todos nos considerem como ministros de Cristo e administradores dos mistérios de Deus  (1 Cor 4,1).

[7]  Na Carta Novo millennio ineunte, n. 38, João Paulo II insistia na necessidade de «respeitar um princípio essencial da visão cristã da vida: o primado da graça. Há uma tentação que sempre insidia qualquer caminho espiritual e também a ação pastoral: pensar que os resultados dependem da nossa capacidade de agir e programar. É certo que Deus nos pede uma real colaboração com a sua graça, convidando-nos por conseguinte a investir, no serviço pela causa do Reino, todos os nossos recursos de inteligência e de ação; mas ai de nós, se esquecermos que, “sem Cristo, nada podemos fazer” (cf. Jo 15,5)».

[8] «Os Presbíteros, consagrados pela unção do Espírito Santo e enviados por Cristo, mortificam em si mesmos as obras da carne e se dedicam totalmente ao serviço dos homens, e assim podem avançar na santidade…» (Decreto Presbyterorum Ordinis, n. 12).

[9] É Cristo que passa, n. 137

Fonte: https://www.presbiteros.org.br/

“É assustador: estamos criando Deus”, diz ex-Google sobre Inteligência Artificial da empresa

© Willyam Bradberry - Shutterstock
Por Francisco Vêneto

Para Mo Gawdat, o lado perigoso da ficção científica pode estar prestes a deixar de ser mera ficção.

Mo Gawdat, um ex-funcionário da Google que comandou um departamento de Inteligência Artificial (IA) da empresa, declarou em entrevista ao jornal britânico The Times que está “assustado” com o que a gigante norte-americana da tecnologia está criando nessa área.

O cientista deixou a Google em 2017, depois de ter perdido um filho de 21 anos durante uma cirurgia. Empreendedor digital, ele escreveu o livro “A Fórmula da Felicidade“, que relata a sua experiência de lidar com a perda do filho.

Gawdat revelou, na entrevista, que a Google desenvolveu um sistema para que braços robóticos encontrassem e agarrassem pequenas esferas. Durante o desenvolvimento do projeto, um dos braços robóticos agarrou uma delas, e, em seguida, também a segurou. Gawdat não deixou claro se esta última ação estava prevista na capacidade de aprendizado artificial do braço robótico ou se de fato foi executada “autonomamente” pelo mecanismo. Como quer que seja, a descrição geral do comando era “identificar, localizar e agarrar” a esfera, teoricamente finalizando assim a execução em vez de também segurá-la.

Estamos falando, em suma, de um robô que parece ter ido além do que estava programado para fazer, porque teria “aprendido”, via códigos de inteligência artifical, a executar “por conta própria” um próximo passo que ainda não estava incluído em sua “tarefa” atual.

A este respeito, Gawdat afirmou ao The Times:

“Foi aí que eu percebi o quanto isso é assustador”.

“Estamos criando Deus”

Ele afirma que a tecnologia está cada vez mais próxima de criar uma “inteligência artificial geral”, capaz de incorporar ao seu código a capacidade de tomar decisões autônomas e, portanto, vir a se tornar uma ameaça à humanidade.

O cinema de ficção científica explorou em diversas ocasiões essa hipótese que então parecia remota. Uma das obras mais populares em que as máquinas passam a agir de modo autônomo, tornando-se um enorme problema para a humanidade, é a franquia “O Exterminador do Futuro“. Optando por outra perspectiva, o também emblemático “I.A. – Inteligência Artificial“, de Steven Spielberg, mostra uma espécie de “humanização” de um menino-robô que aprende a desenvolver emoções.

Para Mo Gawdat, o lado perigoso da ficção científica pode estar prestes a deixar de ser mera ficção:

“A realidade dos fatos é que nós estamos criando Deus”.

Os lados positivos e negativos da Inteligência Artificial

Mo Gawdat não está sozinho ao emitir o alerta sobre os aspectos da IA que requerem mais controle.

Um dos nomes mais influentes da atualidade em alta tecnologia, o mega-empresário Elon Musk, já declarou que é preciso implementar restrições e regulamentações para não corrermos o risco de ser dominados por algum tipo de Inteligência Artificial “rebelde”. Musk provavelmente tem boa noção do que está dizendo, já que é fundador de marcos históricos na trajetória da evolução tecnológica da humanidade: SpaceX, Tesla, The Boring Company e Neuralink estão entre as companhias que ele tirou do papel.

A também gigante Microsoft pede recorrentemente às autoridades governamentais não só dos EUA, mas de diversos outros países, para criarem regulamentações e restrições mais rígidas à pesquisa e desenvolvimento da Inteligência Artificial.

De fato, os riscos derivados do mau uso dessa tecnologia não estão apenas num futuro hipotético.

Desenvolvedores independentes já implementaram algoritmos preditivos que criam “deepfakes” de mulheres famosas ou anônimas com graus extraordinários de realismo. “Deepfakes” são vídeos com altíssimo grau de realismo e que, portanto, parecem autênticos, mas são inteiramente falsos: muitos deles forjam cenas de pessoas em situações que envolvem pornografia ou mesmo crimes, causando-lhes sérios problemas até conseguirem desmenti-los. Um código desse tipo que fuja ao controle e passe a produzir “deepfakes” por conta própria pode gerar o caos. Veja mais sobre “deepfake” na matéria recomendada ao final deste artigo.

Outro caso de tecnologia que já “tomou decisões” erradas parece ter sido o do software Rekognition, criado pela Amazon para reconhecimento facial. Autoridades policiais norte-americanas o testaram e relataram que a tecnologia demonstrava “viés racista”, cometendo erros graves na identificação de pessoas negras.

Por outro lado, há também sucessos importantes, como sistemas já em uso por biólogos para prever doenças de origem animal capazes de infectar os humanos, visando adiantar as pesquisas para tratamentos.

O fato é que há mesmo muitas lacunas e incógnitas na legislação sobre Inteligência Artificial e este cenário demanda atenção da sociedade civil e dos seus representantes no poder legislativo. Assim como ocorre em outras áreas complexas, como a genética e a ecologia, o desafio é criar leis que, ao mesmo tempo, não atrapalhem o desenvolvimento da ciência e da economia nem sejam permissivas a ponto de não estabelecer limite algum.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Apostolado da Oração celebra seus 150 anos no Brasil

Guadium Press
Durante a festa, foi anunciada a abertura do processo para a beatificação e canonização do Padre Bartolomeu Taddei, fundador do movimento no Brasil.

São Paulo – Jundiaí (04/10/2021 17:01, Gaudium Press) Na última sexta-feira, dia 1º de outubro, a Rede Mundial de Oração do Papa celebrou os 150 anos do Apostolado da Oração no Brasil, fundado pelas mãos do Padre Bartolomeu Taddei com o objetivo de rezar pelas necessidades da Igreja e do mundo e difundir a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, verdadeiro testemunho de perseverança e religiosidade.

Guadium Press

As comemorações foram marcadas pela Missa Solene em ação de graças, na Igreja Matriz Nossa Senhora Candelária, presidida por Dom Vicente Costa, Bispo de Jundiaí e na presença do Padre Eliomar Ribeiro, SJ, diretor nacional do Apostolado da Oração; e do Padre Francisco Carlos Caseiro Rossi, pároco da Matriz e Reitor do Santuário Nacional do Sagrado Coração de Jesus.

Guadium Press

Abertura do processo de beatificação do Padre Bartolomeu Taddei

Durante a sua homilia, Dom Vicente anunciou que foi aberto o processo para a beatificação e canonização do Padre Bartolomeu Taddei. A notícia animou toda a comunidade presente na celebração, sobretudo os membros do Apostolado da Oração. Logo depois da Santa Missa, foi iniciada uma procissão até o Santuário Nacional do Sagrado Coração de Jesus, onde foi entoado o Te Deum e recitada uma oração pedindo a beatificação do Padre Bartolomeu Taddei.

Guadium Press

Neste mesmo dia, a Editora Loyola realizou o lançamento do livro “Bartolomeu Taddei, o padre santo de Itu”, de autoria de Luís Roberto de Francisco, um dos escritores da revista Mensageiro do Coração de Jesus. (EPC)

Divulgado os vencedores do Prêmio Ratzinger 2021

Prêmio Ratzinger é entregue desde 2011 

O Prêmio Ratzinger é a principal iniciativa da Fundação do Vaticano Joseph Ratzinger - Bento XVI. De acordo com os estatutos, o prêmio é concedido a "estudiosos que se distinguiram por méritos particulares na publicação e/ou pesquisa científica". Nos últimos anos, o objetivo do prêmio foi ampliado para incluir também as artes de inspiração cristã.

Bruno Franguelli SJ - Cidade do Vaticano

No próximo 13 de novembro o Santo Padre entregará o Prêmio Ratzinger 2021 a dois estudiosos:

Hanna-Barbara Gerl-Falkovitz, nascida em 1945 em Oberwappenhöst (Alemanha). Estudou filosofia, estudos alemães e Ciência Política nas Universidades de Munique e Heidelberg. Ela recebeu seu doutorado em Filosofia em 1971 e sua habilitação em 1979 pela Universidade de Munique. É professora emérita de Filosofia das religiões e ciências religiosas comparativas na Universidade de Dresden, onde lecionou de 1993 a 2011. Gerl-Falkovitz é uma notável especialista nos estudos sobre Edith Stein e Romano Guardini, dos quais ela também é editora da respectiva Opera Omnia. Ela membro da Presidência do Instituto Europeu de Filosofia e Religião no Phil. -Theol. Hochschule Benedikt XVI em Heiligenkreuz/Vienna.

Prof. Ludger Schwienhorst-Schönberger, nascido em 1957 em Lüdinghausen (Alemanha). Estudou Filosofia, Teologia e Sagrada Escritura em Munique. Obteve seu doutorado em 1989 e sua habilitação em 1992 na Universidade de Münster. Desde 1993, ensina exegese do Antigo Testamento e Língua hebraica na Universidade de Passau. Desde 2007 é também professor de Antigo Testamento na Universidade de Viena. Schwienhorst-Schönberger é considerado um dos principais especialistas do Livros da Sabedoria e, em particular, do Cântico dos Cânticos.

Na mesma ocasião, os dois vencedores do Prêmio Ratzinger 2020 também estarão presentes, pois, no ano passado a situação pandêmica forçou o cancelamento da audiência papal. Os dois vencedores do ano passado foram o professor Jean-Luc Marion (Francia, 1946) e a professora Tracey Rowland (Australia, 1963).

O Prêmio Ratzinger é a principal iniciativa da Fundação do Vaticano Joseph Ratzinger - Bento XVI. De acordo com os estatutos, o prêmio é concedido a "estudiosos que se distinguiram por méritos particulares na publicação e/ou pesquisa científica". Nos últimos anos, o objetivo do prêmio foi ampliado para incluir também as artes de inspiração cristã.

Todos os anos o nome dos candidatos ao prêmio são propostos para a aprovação do Papa pela Comissão científica da Fundação. O prêmio é concedido desde 2011 a dois ou três estudiosos anualmente. Até a atual edição de 2021, 24 estudiosos foram premiados e são provenientes de 15 países: Alemanha (7), França (3), Itália (2), Austrália, Áustria, Brasil, Burkina Faso, Canadá, Estonia, Grécia, Inglaterra, Líbano, Polônia, Espanha e Estados Unidos. Entre os que já receberam o prêmio se encontram também cristãos não católicos: um anglicano, um luterano e dois ortodoxos. O único brasileiro a receber o prêmio foi o padre jesuíta Mário de França Miranda, professor emérito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, em 2015.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

São Benedito, o Negro

S. Benedito | Cléofas
05 de outubro
SÃO BENEDITO

São Benedito nasceu perto de Messina, na ilha da Sicília, Itália, no ano de 1526. Benedito significa abençoado. Seus pais foram escravos vindos da Etiópia para a Sicília. Era filho de Cristovão Manasceri e de Diana Larcan. O casal não queria ter filhos para não gerarem mais escravos. O senhor deles, sabendo disso, prometeu que, se eles tivessem um filho, daria a ele a liberdade. Assim, eles tiveram Benedito. E, como prometido, ele foi libertado pelo seu senhor ainda menino.

Benedito foi educado por seus pais na fé cristã. Quando menino, cuidava das ovelhas e sempre aproveitava para rezar o Rosário, ensinado por sua mãe.

A vida de São Benedito

Quando tinha 20 anos foi insultado por causa de sua raça. Porém, com muita calma e paciência suportou tudo. Vendo isso, o líder dos eremitas franciscanos, Frei Jerônimo Lanza, convidou-o para fazer parte da congregação. São Benedito aceitou prontamente, vendeu tudo o que tinha e se tornou um eremita franciscano, ficando com eles por volta de 5 anos.

Papa Pio IV, desejando unificar a ordem franciscana, ordenou aos eremitas que se juntassem a qualquer ordem religiosa. Benedito foi para o mosteiro da Sicília, um convento em Santa Maria de Jesus. Era o convento dos franciscanos capuchinhos. Benedito entrou como irmão leigo, assumindo uma função tida como secundária: a de cozinheiro. Benedito, porém, fez da cozinha um santuário de oração e fervor. Vivia sempre alegre e com muita mansidão, conquistando a todos com sua comida saborosa e sua simpatia.

Foi transferido depois para o convento de Sant’Ana di Giuliana, ficando por 4 anos. Depois retornou para o convento de Santa Maria de Jesus, permanecendo ali até sua morte.

Superior do mosteiro

Por causa de sua vida exemplar, trabalho, oração e ajuda a todos, Frei Benedito tornou-se um líder natural. Em 1578 foi convidado para ser o Guardião, (superior) do mosteiro, cargo que aceitou depois de muita relutância. Apesar de ser analfabeto, administrou o mosteiro com grande sucesso, seguindo com rigor os preceitos de São Francisco. Organizou os noviços, foi caridoso os padres, era o primeiro a dar exemplo nas orações e no trabalho.

São Bernedito, um analfabeto procurado pelos teólogos

Os teólogos vinham de longe para conversar com São Benedito e aprender com ele. Frei Benedito tinha o dom da sabedoria e o dom da ciência. E, apesar de sua condição de analfabeto, ensinava a todos.

Mandava os porteiros não dispensarem nenhum pobre sem antes dar-lhes alimento e ajuda, mesmo na dificuldade do mosteiro. Quando termina seu mandato como superior, ele volta com alegria para o seu ofício de cozinheiro.

A fama de São Benedito

Todos queriam ver e tocar em São Benedito, por causa de sua fama de santidade, palavras, milagres e orações. Os escravos simpatizavam muito com ele, por ser negro, pobre e com grandes virtudes. Em torno do seu nome surgiram numerosas irmandades. São Benedito é um dos Santos mais populares no Brasil, com inúmeras paróquias por todos os lugares inspiradas em seu modelo de humildade e caridade.

Os Milagres de São Benedito

Grande é o numero de milagres de São Benedito, inclusive a ressurreição de dois meninos, a cura de vários cegos e surdos, a multiplicação de peixes e pães, e vários outros milagres. Alguns milagres de multiplicação de alimentos aconteceram na cozinha de São Benedito. Por isso, ele é tido carinhosamente pelo povo como o Santo Protetor da cozinha, dos cozinheiros, contra a fome e a falta de alimentos.

Falecimento

Um dia Frei Benedito profetizou que quando morresse teria que ser enterrado às pressas para evitar problemas para seus irmãos. Depois disso, ficou gravemente doente e faleceu no dia 4 de abril de 1589, aos 65 anos de idade. E a profecia se cumpriu: quando ele faleceu uma multidão invadiu o mosteiro para vê-lo, conseguir algum objeto seu ou um pedaço de sua roupa de monge para terem como relíquia do santo pobre e humilde, causando problemas para o convento.

Na hora de sua morte ele disse com muita alegria: Jesus! Jesus! Minha mãe, doce Maria! Meu Pai São Francisco! E morreu em paz. Seu corpo foi transladado para a igreja e exalava suave perfume. Exumado posteriormente, estava intacto, (incorrupto). Em 1611 seu corpo foi colocado em uma urna de cristal na igreja de Santa Maria em Palermo para visitação e permanece até os dias de hoje.

Imagem de São Benedito

São Benedito foi canonizado em 24 de maio de 1807, pelo Papa Pio Vll. É representado com o menino Jesus nos braços por que fora visto várias vezes com um lindo bebê nos braços quando estava em profunda oração. Por orientação da CNBB, no Brasil a festa de São Bendito é comemorada no dia 5 de outubro.

Oração a São Benedito

Glorioso São Benedito, grande confessor da fé, com toda a confiança venho implorar a vossa valiosa proteção. Vós, a quem Deus enriqueceu com dons celestes, consegui-me as graças que ardentemente desejo, para maior glória de Deus. Confortai o meu coração nos desalentos.

Fortificai minha vontade para cumprir bem os meus deveres. Sede o meu companheiro nas horas de solidão e desconforto. Assisti-me e guiai-me na vida e na hora da minha morte, para que eu possa bendizer a Deus nesse mundo e gozá-lo na eternidade. Com Jesus Cristo, a quem tanto amastes. Assim seja, amém.

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

Santa Maria Faustina Kowalski

Sta. Maria Faustina Kowalski | arquisp
05 de outubro

Santa Maria Faustina Kowalski

Não podemos dizer que exista alguma novidade numa irmã que fale sobre a Misericórdia Divina e do nosso dever de ser misericordioso. Assim como sabemos que, sob a insígnia da Misericórdia, nasceram muitas comunidades e instituições cristãs, ao longo de todos os tempos. O diferencial de santa Faustina foi ter dado vida, sob essa insígnia, a um grande movimento espiritual, justamente quando a humanidade mais carecia de misericórdia: entre as duas guerras mundiais.

Nascida na aldeia Glogowiec, na Polônia central, no dia 25 de agosto de 1905, em uma numerosa família camponesa de sólida formação cristã, foi batizada com o nome de Helena, terceira dos dez filhos de Mariana e Estanislau Kowalski. Desde a infância, sentiu a aspiração à vida consagrada, mas teve de esperar diversos anos antes de poder seguir a sua vocação. Mas desde aquela época só fez percorrer a via da santidade.

Aos dezesseis, anos deixou a casa paterna e começou a trabalhar como doméstica, na cidade de Varsóvia, da Polônia independente. Lá, maturou na oração a sua verdadeira vocação de religiosa. Assim, em 1925, ingressou na Congregação das Irmãs da Bem-Aventurada Virgem Maria da Misericórdia, adotando o nome de Maria Faustina. O carisma desse Instituto está voltado para a educação das jovens e para a assistência das mulheres necessitadas de renovação espiritual. Após concluir o noviciado e emitir os votos perpétuos, percorreu diversas casas, exercendo as mais diversas funções, como cozinheira, jardineira e porteira. Teve uma vida espiritual muito rica de generosidade, de amor e de carismas, que escondeu na humildade do seu cotidiano.

Irmã Faustina, como era chamada, ofereceu-se a Deus pelos pecadores, sobretudo por aqueles que tinham perdido a esperança na Misericórdia Divina. Nutriu uma fervorosa devoção à eucaristia e à Virgem Maria, e amou intensamente a Igreja. Com freqüência, era acometida por visões e revelações, até que seu confessor e diretor espiritual lhe sugeriu anotar tudo. Assim, em 1934 ela começou a escrever um diário, intitulado "A Divina Misericórdia em minh'alma", mais tarde traduzido e publicado em vários países.

Em seu diário, irmã Faustina escreveu que à perfeição chegamos através da união íntima da alma com Deus, e não por meio de graças, revelações ou êxtases. Ela se manteve sempre tão humilde que não acreditava, na sua própria experiência mística, um sinal de santidade. Expressou todo o seu amor ao Senhor por meio de uma fórmula muito simples, que fez questão de propagar entre os fiéis: "Jesus, confio em vós".

Consumida pela tuberculose, ela morreu no dia 5 de outubro de 1938, com apenas trinta e três anos de idade, na cidade de Cracóvia, Polônia. Beatificada em 1993, foi proclamada santa Maria Faustina Kowalski pelo papa João Paulo II em 2000. As suas relíquias são veneradas no Santuário da Divina Misericórdia, de Cracóvia.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

http://arquisp.org.br/

Beato Francisco Xavier Seelos

B. Francisco Xavier Seelos | Senza Pagare
05 de outubro

FRANCISCO XAVIER SEELOS

Nasceu no dia 11 de Janeiro de 1819, em Füssen, na região da Baviera (Alemanha). Tendo concluído os estudos filosóficos, foi admitido no Seminário em Setembro de 1842, abraçando o carisma da Congregação do Santíssimo Redentor.

Foi ordenado Sacerdote a 22 de Dezembro de 1844 em Baltimore, e dedicou-se ao apostolado dos imigrantes alemães nos Estados Unidos. Alguns meses mais tarde foi transferido para Pittsburgo, na Pensilvânia, onde trabalhou como vice-pároco de São João Neumann, superior da comunidade redentorista.

Participou nas "Missões das Paróquias" em várias localidades, distinguindo-se sempre como grande pregador, bom confessor e zeloso pastor dos pobres e marginalizados. O ponto fundamental do seu apostolado era o ensino da catequese para o crescimento da comunidade paroquial.

Cuidou também da formação de outros redentoristas, tendo sido prefeito de estudos e infundindo nos seminaristas entusiasmo, espírito de sacrifício e zelo apostólico.

Em 1860, o Bispo de Pittsburgo propôs ao Papa Pio IX o nome de Francisco Xavier Seelos como seu sucessor, mas este escreveu ao Papa pedindo que fosse nomeado outro sacerdote.
De 1863 a 1866 trabalhou como missionário itinerante em vários Estados e, quando lhe foi designada a comunidade de Nova Orleães, ali permaneceu pouco tempo, pois, na assistência pastoral a vários doentes, contraiu a febre amarela, por ele suportada com paciência e resignação, obrigando-o a limitar quase toda a atividade pastoral.

Francisco Xavier faleceu no dia 4 de Outubro de 1867.

Fonte: https://www.vatican.va/

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Um milhão de pessoas marcha pelas mulheres e contra o aborto no México

Marcha a favor da mulher e da vida na Cidade do México /
Crédito: David Ramos / ACI Prensa
Por David Ramos

Cidade do México, 04 out. 21 / 09:45 am (ACI).- Mais de 300 mil pessoas se manifestaram a favor das mulheres e da vida só na Cidade do México, somando com as marchas em outras cidades do país, cerca de um milhão de pessoas, segundo os organizadores.

Na Cidade do México, milhares de pessoas de concentraram antes das 11h ao pé do Auditório Nacional. A multidão vinda da própria capital e de outras partes do país percorreu os três quilômetros que separam o Auditório Nacional do Monumento da Independência, também conhecido como o Anjo da Independência, em meio a cânticos, lemas a favor da mulher e da defesa da vida desde a concepção.

Entre os cartazes e slogans destacaram-se as críticas aos ministros da Suprema Corte de Justiça da Nação (SCJN), que em setembro proferiram duas sentenças a favor do aborto, contra a proteção da vida desde a concepção e decidiram restringir o direito de objeção de consciência dos profissionais de saúde.

Ao chegar ao Anjo da Independência, os milhares de participantes foram recebidos por uma festa com música em homenagem às mulheres e à vida, além de vários testemunhos e mensagens de corajosas mulheres mexicanas.

No palco, um médico realizou um ultrassom em uma jovem grávida de 38 semanas, permitindo que os participantes da marcha ouvissem os batimentos cardíacos do bebê.

O coordenador da marcha, Marcial Padilla, compartilhou seu testemunho junto com sua muher Mayela Sepúlveda e com a sua filha Ana Paula, de 9 anos, que sofre de "lesão cerebral gravíssima".

“Ela não pode cuidar de si mesma, para tudo ela precisa de nós”, disseram. “É tão vulnerável como quando era um bebê antes de nascer ou recém-nascida. A doença não é um limite para o amor”.

Enquanto “alguns poderiam pensar que Ana Paula vale menos, ou que a sua vida não tem sentido”, afirmaram, “é exatamente o contrário”.

“Isso não quer dizer que seja fácil ou que não nos custe trabalho”, ressaltaram, mas destacaram que a vida de Ana Paula “por si só é maravilhosa”.

Também participou na marcha na Cidade do México Mayra Rodríguez, uma líder pró-vida que deixou a empresa multinacional de aborto Planned Parenthood depois de ver de perto a verdade sobre o aborto.

Mayra, que conseguiu vencer a Planned Parenthood no tribunal, disse: "hoje é a primeira vez que piso em minha cidade natal, em 27 anos, para marchar com vocês, como mexicana, a favor da mulher e da vida”.

“Fui diretora da maior clínica de abortos do estado do Arizona”, disse ela, o “que vi lá é o que me faz estar hoje junto com vocês”.

Lianna Rebolledo, uma conferencista católica e líder pró-vida, lembrou que foi sequestrada e estuprada aos 12 anos e ficou grávida. Lianna lamentou que muitas vezes a família e o entorno, no caso de uma mulher estuprada, pensam que “a vida da menina está destruída, que ninguém vai amá-la, que já não tem valor, e o que vai fazer com o bebê”.

"Mas sabem que isso é uma vitimização dupla", disse.

No caso dela, destacou: “quando me disseram que eu estava grávida, isso mudou a minha vida”, embora os médicos tenham aconselhado abortar.

“Mesmo sendo uma menina de 12 anos, eu me perguntei: vou deixar de ter sido estuprada se abortar? Vou me esquecer do trauma? Não, certo?”, disse.

Para Lianna, "o maior presente que a vida me deu, que Deus me deu, foi a minha filha".

"Ela, com quatro anos, me disse, mamãe, obrigado por me dar a vida", disse.

Por volta das 14h30, e em clima de festa e alegria, culminou a histórica marcha “Em favor das mulheres e da vida” na Cidade do México.

Rodrigo Iván Cortés, presidente da Frente Nacional pela Família, disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que neste 3 de outubro “o México marchou, o México está de pé, o México não se rende, o México está a favor da vida, a favor da mulher, a favor da família, a favor das liberdades fundamentais”.

“Que nos ouçam os três poderes da união: Executivo, Legislativo e Judiciário”, disse, assim como os níveis “federal, estadual e municipal”.

“Que ouçam alto e claro: não queremos mais morte, queremos mais vida, não queremos que legalizem o crime do aborto, queremos que protejam a mulher grávida e o bebê que leva dentro. Não queremos que redefinam a família, mas que a apoiem".

“Não que violem as liberdades fundamentais, mas que as respeitam, começando pela liberdade de consciência e de religião. Em concreto, o que é o direito à objeção de consciência do setor saúde: não podem os obrigar a matar inocentes”, exigiu.

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF