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quarta-feira, 6 de outubro de 2021

O pesar do Papa pelo Relatório sobre os abusos na Igreja na França

Jean-Marc Sauvé entrega o relatório da CIASE ao presidente dos bispos franceses,
dom Éric de Moulins-Beaufort (AFP)

Tristeza pelas feridas sofridas, mas também gratidão pela coragem da denúncia. É o que Francisco expressa à luz dos dados coletados em dois anos e meio de investigação e apresentados esta terça-feira (05/10) em Paris pela Comissão independente sobre os abusos sexuais em menores na Igreja francesa: 216 mil vítimas de padres e religiosos católicos desde 1950. O núncio apostólico, dom Celestino Migliore, também participou da coletiva de imprensa.

Cyprien Viet/Raimundo de Lima - Vatican News

As vítimas e a Igreja na França estão hoje no coração do Papa, repleto de tristeza por causa de uma "terrível realidade". Ao término da apresentação do Relatório em Paris, fruto de mais de dois anos de trabalho, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, comunicou que Francisco, que dias atrás se encontrou com os bispos da França em visita ad limina, havia sido informado do fato.

"Seu pensamento dirige-se primeiramente para as vítimas, com grande tristeza, por suas feridas, e gratidão, por sua coragem em denunciar, e para a Igreja na França, para que, consciente desta terrível realidade, unida ao sofrimento do Senhor por seus filhos mais vulneráveis, possa empreender um caminho de redenção."

As vítimas estão novamente no centro da oração do Papa. Em sua oração, Francisco confiou ao Senhor o "povo de Deus na França", particularmente as vítimas, "a fim de que lhes conceda conforto e consolo e para que através da justiça se possa alcançar o milagre da cura".

As palavras e a oração vêm assim no final de uma manhã delicada e difícil. Conforme anunciado à imprensa, o Relatório em sua totalidade é extenso e detalhado. O trabalho dos 21 membros da Comissão independente designada pelos bispos e religiosos da França foi árduo e intenso. Na abertura da coletiva de imprensa, o presidente da comissão, Jean-Marc Sauvé, citou uma carta de uma vítima para dizer que o que surgiu em quase dois anos e meio pode às vezes ser "desestabilizador e desencorajador", mas dá esperança "de um novo início", de "outra relação" com esta história de dor. Uma "clima humano", sublinhou um membro da Comissão, caracterizou a escuta das vítimas - um aspecto central na elaboração do relatório - lembrando em particular as "lágrimas de uma mulher de 70 anos" e a "raiva de uma mulher". Escuta, portanto, antes de ser uma investigação de especialistas.

François Devaux, vítima do padre Preynat na Arquidiocese de Lyon e cofundador da associação La Parole Libérée, falou em nome das vítimas de abusos. Seu discurso foi cheio de sofrimento e raiva, mas também de gratidão pelo trabalho da Comissão, que ele descreveu como um "sacrifício pelo bem comum". "É do inferno que vocês, os membros da Comissão, voltaram", disse ele, pedindo à Igreja reformas profundas, expressando seu sentimento de traição pelos silêncios e pelas "disfunções sistêmicas" que enfrentou em sua dolorosa luta.

Os números assustadores

O Relatório, baseado em testemunhos, pesquisas e dados de arquivo, é muito detalhado - como explicou o presidente Sauvè - mas não pretende ser exaustivo. Conforme anunciado à imprensa nos últimos dias, a Comissão estimou em 2.900 a 3.200 o número de padres e religiosos envolvidos em crimes de pedofilia na França entre 1950 e 2020. Mas a avaliação é parcial. Uma pesquisa nacional dá conta de que um total de 216 mil pessoas na França hoje (com uma margem de erro de 50 mil) foram abusadas por padres e religiosos católicos. Se forem incluídas as agressões cometidas por leigos (sobretudo nas escolas), esta estimativa sobe para 330 mil pessoas.

Jean-Marc Sauvé explicou que, na sociedade francesa como um todo, cinco milhões e meio de pessoas (14,5% das mulheres e 6,4% dos homens) haviam sofrido violência sexual antes dos 18 anos de idade. As famílias e amigos ainda são os principais contextos, mas a prevalência de agressões na Igreja católica continua alta, mesmo em tempos recentes, e 80% desses abusos envolvem meninos.

O apelo por uma "ação vigorosa"

Denunciando a mentalidade corporativista da Igreja católica, que há muito procurava encobrir esses casos (em particular fazendo do silêncio das vítimas uma condição para a indenização), Jean-Marc Sauvé apelou, portanto, para uma "ação vigorosa", incluindo o reconhecimento de atos passados, e medidas preventivas na formação e no discernimento vocacional. O relatório também fez 45 recomendações específicas, incluindo um fortalecimento dos mecanismos de controle interno, uma melhor definição do papel do bispo para evitar que ele seja tanto juiz quanto parte em causa, e um melhor envolvimento dos leigos no governo da Igreja.

Chamando a um "trabalho de verdade, perdão e reconciliação", o presidente Sauvé também enfatizou que a Igreja católica é "um componente essencial da sociedade" e deve trabalhar para "restabelecer uma aliança que foi danificada". "Nossa esperança não pode e não será destruída. A Igreja pode e deve fazer tudo para restaurar o que foi danificado e reconstruir o que foi rompido", concluiu, destacando a coragem das vítimas.

A reação da Igreja

Dor e vergonha na reação da Igreja: os bispos e religiosos que encomendaram o Relatório estiveram presentes na coletiva de imprensa. Em seu discurso, o arcebispo de Reims e presidente da Conferência Episcopal (CEF), dom Éric de Moulins-Beaufort, reconheceu a extensão "assustadora" da violência na Igreja. A voz das vítimas "nos choca, nos impressiona", reconheceu ele, elogiando em particular a franqueza e as "verdadeiras palavras" de François Devaux. O presidente da CEF prometeu que os bispos dedicariam o tempo necessário para estudar o relatório e tirar conclusões a partir dele, em particular durante sua assembleia plenária em novembro.

Por sua vez, a presidente da Conferência das Religiosas da França (CORREF), Irmã Véronique Margron, expressou sua "tristeza infinita" e "vergonha absoluta" perante os "crimes contra a humanidade do sujeito íntimo, crente e amoroso". As 45 recomendações são um "sinal de exigente confiança na Igreja", que terá de trabalhar com as outras instituições.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

São Bruno Abade

São Bruno | arquisp
06 de outubro

São Bruno

Educado na Alemanha (nasceu em Colônia, da nobre família dos Hartefaust), atuou na França e na Itália. Nomeado chanceler da diocese de Reims, denunciou o próprio bispo Manassés por simonia. Teve de refugiar-se em Colônia até o bispo ser deposto pelo Concílio de Lião.

Bruno voltou para a França e permaneceu sob a direção de são Roberto no ermo de Solesmes. Depois, com outros companheiros, procurou um lugar mais solitário para erigir seu mosteiro. Recebeu-o como doação do santo bispo de Grenoble, Hugo: um inteiro vale solitário, chamado Cartuxa, nos Alpes do Delfinado.

Em 1078 nasceu a primeira cartuxa, que mais tarde será chamada a Grande Chartreuse, casa mãe dos cartuxos. Os monges alternavam a recitação do Ofício com os trabalhos manuais. Era o lugar ideal com que Bruno sempre havia sonhado. Mas nele ficou por pouco tempo.

Um de seus discípulos, tornado papa com o nome de Urbano II, chamou-o a Roma como conselheiro. Bruno levou consigo seus monges e adaptou como mosteiro as termas de Diocleciano, transformadas depois na grande basílica de Miguel Ângelo de Santa Maria dos Anjos.

Eram tempos de grande turbulência em Roma, e o partido vitorioso do antipapa obrigou Urbano II a refugiar-se no Sul. Bruno mandou novamente seus monges a Grenoble e, no séquito do papa, procurou na Calábria um lugar adequado para fundar uma segunda cartuxa.

Encontrou-o na localidade que hoje leva seu nome, serra São Bruno, no coração da Sila, “uma planície vasta e risonha, cercada de pastagens verdejantes e bordada de flores”, escreve Bruno a seus monges. “Esta paz que o mundo ignora é propícia para a alegria do Espírito Santo.”
O duque das Apúlias e conde da Calábria, que lhe havia feito a doação do terreno, teve em troca a amizade e a preciosa guia do santo eremita.

Este, sentindo-se próximo da morte, reuniu em torno de si os monges e ditou sua profissão de fé no mistério trinitário e eucarístico. Morreu a 6 de outubro, dia em que é comemorado. Seu corpo, encontrado in-corrupto em 1513, foi sepultado na atual cartuxa de serra São Bruno, província de Catanzaro. O santo é desde sempre invocado contra as possessões diabólicas.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

http://arquisp.org.br/

terça-feira, 5 de outubro de 2021

JESUS E OS FARISEUS

Opus Dei

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)

Estamos chegando quase no final do Tempo Comum e no Evangelho deste 27º Domingo do Tempo Comum (Mc 7,31-37), Jesus se encontra com os fariseus que sempre querem pô-Lo à prova. Eles colocam para Jesus uma questão da vida cotidiana: o divórcio que era permitido. Querem saber se Ele dirá alguma coisa contra a própria lei instituída por Moisés.

Jesus diz que Moisés escreveu esse mandamento pela dureza do coração deles e mostra que a lei apenas existe para dar lugar ao que é conveniente aos homens, feita para enfrentar a maldade humana. Ele retoma o projeto original usando as Palavras da Sagrada Escritura como autoridade para o Seu ensinamento: “o que Deus uniu, o homem não separe!”. Jesus não dá importância à lei exclusivamente, porque ela não corresponde à vontade de Deus.

O encontro com os fariseus leva Jesus a ensinar Seus discípulos em particular. Ao chegar em casa com eles, na intimidade de irmãos, Jesus orienta sobre a importância da fidelidade entre esposos, pois acredita que seus discípulos são capazes de compreender, como as criancinhas perante o Reino de Deus, pois elas ouvem, acolhem e confiam totalmente nos ensinamentos de seus pais, livremente.

Os discípulos, porém, parecem evitar ouvir a verdade e afastam as pessoas que levam os pequeninos até Jesus que fica indignado com eles e as acolhe com muito amor, impondo as mãos sobre elas abençoando-as, e repreende os discípulos pela atitude contrária ao que Ele prega e vive. Jesus proclama que só a confiança igual das crianças permite aos cristãos viverem os Seus ensinamentos. Por isso, Ele enfatiza tanto o Seu amor por elas, que confiam e se entregam totalmente ao Pai.

Jesus lembra a unidade: “… e os dois formarão uma só carne.” (Mc 10,8), isto é, quase uma só pessoa, com a concórdia nos mesmos projetos e sentimentos; implicitamente inculca a construir sobre a unidade e renová-la cada dia. Procurando resolver logo que surgem os problemas, as incompreensões, as friezas. Depois, a confiança recíproca; esta é como um lubrificante; falar, comunicar as próprias dificuldades e tentações. Enquanto há confiança recíproca, o divórcio fica longe.

Devemos nos convencer de que tudo isto não basta e que são necessários os meios espirituais: sacrifício e oração. Se o matrimônio encontra tanta dificuldade de se manter unido, é porque enfraqueceu o espírito de sacrifício e se quer só receber do outro antes de dar ao outro.

A dignidade do matrimônio e a sua estabilidade é um dos temas que mais importa defender e fazer com que muitos compreendam. Pois a saúde moral dos povos está ligada ao bom estado do matrimônio. Quando este se corrompe, podemos afirmar que a sociedade está doente, gravemente doente.

A família sempre deve ser o centro da vida da Igreja e da sociedade. O lema da semana nacional da vida é “Família Santuário da Vida. Fechar-se ao matrimônio que evita ter filhos vai na contramão da própria gênese da vida matrimonial.

Os que se casam iniciam juntos uma vida nova que devem percorrer na companhia de Deus. É o próprio Senhor que os chama para que cheguem a Ele por esse caminho, pois o matrimônio é uma autêntica vocação sobrenatural. Sacramento grande em Cristo e na Igreja (Ef 5,32), diz São Paulo; sinal sagrado que santifica, ação de Jesus que se apossa da alma dos que se casam e os convida a segui-Lo, transformando toda a vida matrimonial num caminhar divino sobre a terra.

Não esqueçamos que a primeira coisa que o Messias quis santificar foi um lar. O primeiro milagre que Jesus fez foi no casamento, em Caná da Galiléia (Jo 2, 1-11). E que é precisamente nas famílias alegres, generosas, cristãmente sóbrias, que nascem as vocações para a entrega plena a Deus na virgindade ou no celibato. Todas elas representam um dom que Deus concede muitas vezes aos pais que rezam pelos filhos de todo o coração e com constância.

Que as famílias possam manter-se fiéis à sua vocação em cada época da vida, “na alegria e no sofrimento, na saúde e na doença”, como prometeram no rito sacramental. Conscientes da graça recebida, possam os cônjuges cristãos construir uma família aberta à vida e capaz de enfrentar unida os numerosos e complexos desafios deste nosso tempo. Hoje, há particularmente necessidade do seu testemunho. Há necessidade de famílias que não se deixem arrastar pelas correntes culturais inspiradas no hedonismo e no relativismo, e estejam prontas a realizar com generosa dedicação a sua missão na Igreja e na sociedade.

A família, tal como Deus a quis, é o lugar idôneo para tornar-se, com o amor e o bom exemplo dos pais, dos irmãos e dos outros membros do círculo familiar, uma verdadeira escola de virtudes em que os filhos se formem para serem bons cidadãos e bons filhos de Deus. É no meio da família firmemente voltada para Deus que cada um pode encontrar a sua própria vocação, aquela a que Deus o chama. Numa época em que muitos procuram destruir ou desfigurar a família, é urgente proclamar o Plano de Deus sobre o Matrimônio e a Família. Não é uma norma da Igreja, é Plano de Deus, reafirmado por Cristo.

O Documento de Aparecida diz: “Cremos que a família é imagem de Deus que em seu mistério mais íntimo não é uma solidão, mas uma família. Na comunhão de amor das Três Pessoas Divinas, nossas famílias têm sua origem, seu modelo perfeito, sua motivação mais bela e seu último destino” (DAp 434).

Rezemos pelos casais e para aqueles que estão se encaminhando ao matrimônio; que o Senhor afaste deles o divórcio do coração e o divórcio jurídico. Sobre todas as famílias, especialmente sobre as que estão em dificuldade, invoquemos a proteção materna de Nossa Senhora e do seu esposo São José.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Direção espiritual (o sacerdote: pastor, pai, médico, mestre, juiz) (Parte 2/3)

Presbíteros

Pe. Francisco Faus

II. Que condições pessoais que deve ter um bom diretor espiritual?

Em primeiro lugar, ter  a consciência clara de que o diretor espiritual não é nem o modelo nem o modelador: «O modelo é Jesus Cristo; o modelador, o Espírito Santo, por meio da graça»[5].

O seu papel é apenas (nada mais e nada menos) o de ser instrumento nas mãos de Deus. As orientações que o diretor espiritual dá não podem ser “opiniões pessoais”. Ele deve ser sempre, o mais possível, «luz de Deus, voz de Deus, fogo de Pentecostes» (São Josemaria, em São Paulo, em 1974) [6].

E, como estará em condições de poder falar e agir desse modo?  Tendo também a convicção (que é, ao mesmo tempo, uma responsabilidade) de que a direção espiritual, por ser tarefa sobrenatural (santificadora), deve-se apoiar, antes de mais nada, nos meios sobrenaturais [7]. Concretamente:

a) na sua oração: a começar pela petição humilde e insistente das graças e luzes do Espírito Santo e dos seus dons; e a constante petição pelas pessoas concretas que atende;

b) na sua mortificação [8], consciente de que – como lembra São Josemaria Escrivá- «o Espírito Santo é fruto da Cruz […]. Só quando  homem, fiel à graça, decide colocar no centro da sua alma a Cruz […], só então é que recebe com plenitude o grande fogo, a grande consolação do Espírito Santo» [9];

c) de modo geral, numa sólida vida interior, própria de quem procura seriamente a santidade. Como lemos no Decreto Presbyterorum Ordinis, n. 12: «Embora a graça possa levar a termo a obra da salvação também por ministros indignos, no entanto, prefere Deus ordinariamente manifestar as suas maravilhas através daqueles que se fizeram mais dóceis ao impulso e à direção do Espírito Santo, pela sua íntima união com Cristo e santidade de vida»;

d) como fruto da vida interior, o instrumento de Deus estará em condições de manter aceso o zelo apostólico, a vibração que se contagia e leva os outros a vibrar, a desejar servir (suscitam-se, assim, vocações) e a fazer apostolado.

Pelo que acabamos de comentar, fica claro que o maior inimigo da verdadeira direção espiritual  é a tibieza: «O apóstolo tíbio: este é o grande inimigo das almas» (Forja, n. 488). Por quê?

a) em primeiro lugar, porque a tibieza “cega” para as coisas de Deus. Ao tíbio, Cristo diz: És pobre, cego e nu. Dou-te um conselho: […] compra um colírio para curar os teus olhos, para que enxergues (Apoc 3,7-8). E São Paulo afirma, categórico: O homem não-espiritual não aceita o que é do Espírito de Deus… Ele não é capaz de entendê-lo (1 Cor 2,14);

b) em segundo lugar, porque não basta saber, ter ciência, para orientar bem. Além da doutrina bem assimilada, é necessária uma verdadeira vida interior, para que atuem em nós os dons do Espírito Santo: sabedoria, inteligência, conselho… Na realidade, só o santo, ou o que luta por sê-lo, é capaz de “entender”, de “captar” e transmitir a “voz do Espírito Santo”, porque capta “por conaturalidade” (S. Tomás) as luzes de Deus;

c) Faltando a luz do Espírito Santo, será fácil que o sacerdote baseie a  orientação dos fiéis na simples sensatez, no palpite do momento; ou então nas ciências humanaspedagogia, psicologia, que, quando muito, podem ser auxiliares secundárias. Por esse caminho, mesmo que o diretor espiritual dê alguma ajuda, acabará causando muitos estragos. Deixará o organismo sobrenatural em estado de coma (tal é o caso do diretor espiritual “muito amigo”, que escuta e conversa de mil coisas, mas não toca no essencial, e deixa as almas, do ponto de vista da vida sobrenatural, numa “anemia perniciosa”).

Dentro dessa perspectiva, a Exortação Pastores dabo vobis, n. 53,  frisa que deve haver uma união indissolúvel entre estudo e piedade. O diretor espiritual deve ter a doutrina – as idéias, as soluções e conselhos – iluminada e aquecida pela piedade.

perigo é que, quando não se é exigente consigo mesmo nestes pontos, é fácil acabar na situação medíocre de alguns sacerdotes, diáconos e seminaristas que, nas paróquias ou comunidades, contam com agentes de pastoral, ministros e colaboradores, que são gente de confiança, “braços direitos”, mas que são muito fracos na doutrina, na piedade e nas virtudes. Isso leva inevitavelmente a cair no ativismo, e a pensar que tudo está feito apenas com essa “movimentação”, que às vezes não passa de agitação superficial. É importante que não esqueçamos a grande verdade que se encerra nesta breve frase de Caminho: «Estas crises mundiais são crises de santos» (n. 301), e só os que lutam por ser “santos” as poderão superar.

Convençamo-nos de que, sem levar a sério o forte apelo para a santidade da Novo millennio ineunte, sem compreender que essa é a mais evidente «urgência pastoral» (n. 30), não será possível superar as grandes crises morais que, no mundo atual, se alastram e agravam de forma cada vez mais sensível, entre fiéis de todas as idades.

Essas convicções, o diretor espiritual deve aplicar, em primeiro lugar, a si mesmo. É preciso ter sempre presente que a caridade – «vínculo da perfeição» – não tem fim (Cf. 1 Cor,13,8), exige um crescimento contínuo, até a alma chegar à estatura do Cristo em toda a sua plenitude (Ef 4,13). Por isso, o próprio diretor espiritual deverá esforçar-se sinceramente em “crescer” (procurando ter um sólido plano de vida espiritual; recebendo, também ele, o auxílio de uma direção espiritual eficaz, etc.). Caso contrário, deixará facilmente as almas estagnadas, num nível inferior ao que Deus quer.

Notas:

[5] S. Josemaria Escrivá, Carta 8/8/1956

[6] Que todos nos considerem como ministros de Cristo e administradores dos mistérios de Deus  (1 Cor 4,1).

[7]  Na Carta Novo millennio ineunte, n. 38, João Paulo II insistia na necessidade de «respeitar um princípio essencial da visão cristã da vida: o primado da graça. Há uma tentação que sempre insidia qualquer caminho espiritual e também a ação pastoral: pensar que os resultados dependem da nossa capacidade de agir e programar. É certo que Deus nos pede uma real colaboração com a sua graça, convidando-nos por conseguinte a investir, no serviço pela causa do Reino, todos os nossos recursos de inteligência e de ação; mas ai de nós, se esquecermos que, “sem Cristo, nada podemos fazer” (cf. Jo 15,5)».

[8] «Os Presbíteros, consagrados pela unção do Espírito Santo e enviados por Cristo, mortificam em si mesmos as obras da carne e se dedicam totalmente ao serviço dos homens, e assim podem avançar na santidade…» (Decreto Presbyterorum Ordinis, n. 12).

[9] É Cristo que passa, n. 137

Fonte: https://www.presbiteros.org.br/

“É assustador: estamos criando Deus”, diz ex-Google sobre Inteligência Artificial da empresa

© Willyam Bradberry - Shutterstock
Por Francisco Vêneto

Para Mo Gawdat, o lado perigoso da ficção científica pode estar prestes a deixar de ser mera ficção.

Mo Gawdat, um ex-funcionário da Google que comandou um departamento de Inteligência Artificial (IA) da empresa, declarou em entrevista ao jornal britânico The Times que está “assustado” com o que a gigante norte-americana da tecnologia está criando nessa área.

O cientista deixou a Google em 2017, depois de ter perdido um filho de 21 anos durante uma cirurgia. Empreendedor digital, ele escreveu o livro “A Fórmula da Felicidade“, que relata a sua experiência de lidar com a perda do filho.

Gawdat revelou, na entrevista, que a Google desenvolveu um sistema para que braços robóticos encontrassem e agarrassem pequenas esferas. Durante o desenvolvimento do projeto, um dos braços robóticos agarrou uma delas, e, em seguida, também a segurou. Gawdat não deixou claro se esta última ação estava prevista na capacidade de aprendizado artificial do braço robótico ou se de fato foi executada “autonomamente” pelo mecanismo. Como quer que seja, a descrição geral do comando era “identificar, localizar e agarrar” a esfera, teoricamente finalizando assim a execução em vez de também segurá-la.

Estamos falando, em suma, de um robô que parece ter ido além do que estava programado para fazer, porque teria “aprendido”, via códigos de inteligência artifical, a executar “por conta própria” um próximo passo que ainda não estava incluído em sua “tarefa” atual.

A este respeito, Gawdat afirmou ao The Times:

“Foi aí que eu percebi o quanto isso é assustador”.

“Estamos criando Deus”

Ele afirma que a tecnologia está cada vez mais próxima de criar uma “inteligência artificial geral”, capaz de incorporar ao seu código a capacidade de tomar decisões autônomas e, portanto, vir a se tornar uma ameaça à humanidade.

O cinema de ficção científica explorou em diversas ocasiões essa hipótese que então parecia remota. Uma das obras mais populares em que as máquinas passam a agir de modo autônomo, tornando-se um enorme problema para a humanidade, é a franquia “O Exterminador do Futuro“. Optando por outra perspectiva, o também emblemático “I.A. – Inteligência Artificial“, de Steven Spielberg, mostra uma espécie de “humanização” de um menino-robô que aprende a desenvolver emoções.

Para Mo Gawdat, o lado perigoso da ficção científica pode estar prestes a deixar de ser mera ficção:

“A realidade dos fatos é que nós estamos criando Deus”.

Os lados positivos e negativos da Inteligência Artificial

Mo Gawdat não está sozinho ao emitir o alerta sobre os aspectos da IA que requerem mais controle.

Um dos nomes mais influentes da atualidade em alta tecnologia, o mega-empresário Elon Musk, já declarou que é preciso implementar restrições e regulamentações para não corrermos o risco de ser dominados por algum tipo de Inteligência Artificial “rebelde”. Musk provavelmente tem boa noção do que está dizendo, já que é fundador de marcos históricos na trajetória da evolução tecnológica da humanidade: SpaceX, Tesla, The Boring Company e Neuralink estão entre as companhias que ele tirou do papel.

A também gigante Microsoft pede recorrentemente às autoridades governamentais não só dos EUA, mas de diversos outros países, para criarem regulamentações e restrições mais rígidas à pesquisa e desenvolvimento da Inteligência Artificial.

De fato, os riscos derivados do mau uso dessa tecnologia não estão apenas num futuro hipotético.

Desenvolvedores independentes já implementaram algoritmos preditivos que criam “deepfakes” de mulheres famosas ou anônimas com graus extraordinários de realismo. “Deepfakes” são vídeos com altíssimo grau de realismo e que, portanto, parecem autênticos, mas são inteiramente falsos: muitos deles forjam cenas de pessoas em situações que envolvem pornografia ou mesmo crimes, causando-lhes sérios problemas até conseguirem desmenti-los. Um código desse tipo que fuja ao controle e passe a produzir “deepfakes” por conta própria pode gerar o caos. Veja mais sobre “deepfake” na matéria recomendada ao final deste artigo.

Outro caso de tecnologia que já “tomou decisões” erradas parece ter sido o do software Rekognition, criado pela Amazon para reconhecimento facial. Autoridades policiais norte-americanas o testaram e relataram que a tecnologia demonstrava “viés racista”, cometendo erros graves na identificação de pessoas negras.

Por outro lado, há também sucessos importantes, como sistemas já em uso por biólogos para prever doenças de origem animal capazes de infectar os humanos, visando adiantar as pesquisas para tratamentos.

O fato é que há mesmo muitas lacunas e incógnitas na legislação sobre Inteligência Artificial e este cenário demanda atenção da sociedade civil e dos seus representantes no poder legislativo. Assim como ocorre em outras áreas complexas, como a genética e a ecologia, o desafio é criar leis que, ao mesmo tempo, não atrapalhem o desenvolvimento da ciência e da economia nem sejam permissivas a ponto de não estabelecer limite algum.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Apostolado da Oração celebra seus 150 anos no Brasil

Guadium Press
Durante a festa, foi anunciada a abertura do processo para a beatificação e canonização do Padre Bartolomeu Taddei, fundador do movimento no Brasil.

São Paulo – Jundiaí (04/10/2021 17:01, Gaudium Press) Na última sexta-feira, dia 1º de outubro, a Rede Mundial de Oração do Papa celebrou os 150 anos do Apostolado da Oração no Brasil, fundado pelas mãos do Padre Bartolomeu Taddei com o objetivo de rezar pelas necessidades da Igreja e do mundo e difundir a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, verdadeiro testemunho de perseverança e religiosidade.

Guadium Press

As comemorações foram marcadas pela Missa Solene em ação de graças, na Igreja Matriz Nossa Senhora Candelária, presidida por Dom Vicente Costa, Bispo de Jundiaí e na presença do Padre Eliomar Ribeiro, SJ, diretor nacional do Apostolado da Oração; e do Padre Francisco Carlos Caseiro Rossi, pároco da Matriz e Reitor do Santuário Nacional do Sagrado Coração de Jesus.

Guadium Press

Abertura do processo de beatificação do Padre Bartolomeu Taddei

Durante a sua homilia, Dom Vicente anunciou que foi aberto o processo para a beatificação e canonização do Padre Bartolomeu Taddei. A notícia animou toda a comunidade presente na celebração, sobretudo os membros do Apostolado da Oração. Logo depois da Santa Missa, foi iniciada uma procissão até o Santuário Nacional do Sagrado Coração de Jesus, onde foi entoado o Te Deum e recitada uma oração pedindo a beatificação do Padre Bartolomeu Taddei.

Guadium Press

Neste mesmo dia, a Editora Loyola realizou o lançamento do livro “Bartolomeu Taddei, o padre santo de Itu”, de autoria de Luís Roberto de Francisco, um dos escritores da revista Mensageiro do Coração de Jesus. (EPC)

Divulgado os vencedores do Prêmio Ratzinger 2021

Prêmio Ratzinger é entregue desde 2011 

O Prêmio Ratzinger é a principal iniciativa da Fundação do Vaticano Joseph Ratzinger - Bento XVI. De acordo com os estatutos, o prêmio é concedido a "estudiosos que se distinguiram por méritos particulares na publicação e/ou pesquisa científica". Nos últimos anos, o objetivo do prêmio foi ampliado para incluir também as artes de inspiração cristã.

Bruno Franguelli SJ - Cidade do Vaticano

No próximo 13 de novembro o Santo Padre entregará o Prêmio Ratzinger 2021 a dois estudiosos:

Hanna-Barbara Gerl-Falkovitz, nascida em 1945 em Oberwappenhöst (Alemanha). Estudou filosofia, estudos alemães e Ciência Política nas Universidades de Munique e Heidelberg. Ela recebeu seu doutorado em Filosofia em 1971 e sua habilitação em 1979 pela Universidade de Munique. É professora emérita de Filosofia das religiões e ciências religiosas comparativas na Universidade de Dresden, onde lecionou de 1993 a 2011. Gerl-Falkovitz é uma notável especialista nos estudos sobre Edith Stein e Romano Guardini, dos quais ela também é editora da respectiva Opera Omnia. Ela membro da Presidência do Instituto Europeu de Filosofia e Religião no Phil. -Theol. Hochschule Benedikt XVI em Heiligenkreuz/Vienna.

Prof. Ludger Schwienhorst-Schönberger, nascido em 1957 em Lüdinghausen (Alemanha). Estudou Filosofia, Teologia e Sagrada Escritura em Munique. Obteve seu doutorado em 1989 e sua habilitação em 1992 na Universidade de Münster. Desde 1993, ensina exegese do Antigo Testamento e Língua hebraica na Universidade de Passau. Desde 2007 é também professor de Antigo Testamento na Universidade de Viena. Schwienhorst-Schönberger é considerado um dos principais especialistas do Livros da Sabedoria e, em particular, do Cântico dos Cânticos.

Na mesma ocasião, os dois vencedores do Prêmio Ratzinger 2020 também estarão presentes, pois, no ano passado a situação pandêmica forçou o cancelamento da audiência papal. Os dois vencedores do ano passado foram o professor Jean-Luc Marion (Francia, 1946) e a professora Tracey Rowland (Australia, 1963).

O Prêmio Ratzinger é a principal iniciativa da Fundação do Vaticano Joseph Ratzinger - Bento XVI. De acordo com os estatutos, o prêmio é concedido a "estudiosos que se distinguiram por méritos particulares na publicação e/ou pesquisa científica". Nos últimos anos, o objetivo do prêmio foi ampliado para incluir também as artes de inspiração cristã.

Todos os anos o nome dos candidatos ao prêmio são propostos para a aprovação do Papa pela Comissão científica da Fundação. O prêmio é concedido desde 2011 a dois ou três estudiosos anualmente. Até a atual edição de 2021, 24 estudiosos foram premiados e são provenientes de 15 países: Alemanha (7), França (3), Itália (2), Austrália, Áustria, Brasil, Burkina Faso, Canadá, Estonia, Grécia, Inglaterra, Líbano, Polônia, Espanha e Estados Unidos. Entre os que já receberam o prêmio se encontram também cristãos não católicos: um anglicano, um luterano e dois ortodoxos. O único brasileiro a receber o prêmio foi o padre jesuíta Mário de França Miranda, professor emérito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, em 2015.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

São Benedito, o Negro

S. Benedito | Cléofas
05 de outubro
SÃO BENEDITO

São Benedito nasceu perto de Messina, na ilha da Sicília, Itália, no ano de 1526. Benedito significa abençoado. Seus pais foram escravos vindos da Etiópia para a Sicília. Era filho de Cristovão Manasceri e de Diana Larcan. O casal não queria ter filhos para não gerarem mais escravos. O senhor deles, sabendo disso, prometeu que, se eles tivessem um filho, daria a ele a liberdade. Assim, eles tiveram Benedito. E, como prometido, ele foi libertado pelo seu senhor ainda menino.

Benedito foi educado por seus pais na fé cristã. Quando menino, cuidava das ovelhas e sempre aproveitava para rezar o Rosário, ensinado por sua mãe.

A vida de São Benedito

Quando tinha 20 anos foi insultado por causa de sua raça. Porém, com muita calma e paciência suportou tudo. Vendo isso, o líder dos eremitas franciscanos, Frei Jerônimo Lanza, convidou-o para fazer parte da congregação. São Benedito aceitou prontamente, vendeu tudo o que tinha e se tornou um eremita franciscano, ficando com eles por volta de 5 anos.

Papa Pio IV, desejando unificar a ordem franciscana, ordenou aos eremitas que se juntassem a qualquer ordem religiosa. Benedito foi para o mosteiro da Sicília, um convento em Santa Maria de Jesus. Era o convento dos franciscanos capuchinhos. Benedito entrou como irmão leigo, assumindo uma função tida como secundária: a de cozinheiro. Benedito, porém, fez da cozinha um santuário de oração e fervor. Vivia sempre alegre e com muita mansidão, conquistando a todos com sua comida saborosa e sua simpatia.

Foi transferido depois para o convento de Sant’Ana di Giuliana, ficando por 4 anos. Depois retornou para o convento de Santa Maria de Jesus, permanecendo ali até sua morte.

Superior do mosteiro

Por causa de sua vida exemplar, trabalho, oração e ajuda a todos, Frei Benedito tornou-se um líder natural. Em 1578 foi convidado para ser o Guardião, (superior) do mosteiro, cargo que aceitou depois de muita relutância. Apesar de ser analfabeto, administrou o mosteiro com grande sucesso, seguindo com rigor os preceitos de São Francisco. Organizou os noviços, foi caridoso os padres, era o primeiro a dar exemplo nas orações e no trabalho.

São Bernedito, um analfabeto procurado pelos teólogos

Os teólogos vinham de longe para conversar com São Benedito e aprender com ele. Frei Benedito tinha o dom da sabedoria e o dom da ciência. E, apesar de sua condição de analfabeto, ensinava a todos.

Mandava os porteiros não dispensarem nenhum pobre sem antes dar-lhes alimento e ajuda, mesmo na dificuldade do mosteiro. Quando termina seu mandato como superior, ele volta com alegria para o seu ofício de cozinheiro.

A fama de São Benedito

Todos queriam ver e tocar em São Benedito, por causa de sua fama de santidade, palavras, milagres e orações. Os escravos simpatizavam muito com ele, por ser negro, pobre e com grandes virtudes. Em torno do seu nome surgiram numerosas irmandades. São Benedito é um dos Santos mais populares no Brasil, com inúmeras paróquias por todos os lugares inspiradas em seu modelo de humildade e caridade.

Os Milagres de São Benedito

Grande é o numero de milagres de São Benedito, inclusive a ressurreição de dois meninos, a cura de vários cegos e surdos, a multiplicação de peixes e pães, e vários outros milagres. Alguns milagres de multiplicação de alimentos aconteceram na cozinha de São Benedito. Por isso, ele é tido carinhosamente pelo povo como o Santo Protetor da cozinha, dos cozinheiros, contra a fome e a falta de alimentos.

Falecimento

Um dia Frei Benedito profetizou que quando morresse teria que ser enterrado às pressas para evitar problemas para seus irmãos. Depois disso, ficou gravemente doente e faleceu no dia 4 de abril de 1589, aos 65 anos de idade. E a profecia se cumpriu: quando ele faleceu uma multidão invadiu o mosteiro para vê-lo, conseguir algum objeto seu ou um pedaço de sua roupa de monge para terem como relíquia do santo pobre e humilde, causando problemas para o convento.

Na hora de sua morte ele disse com muita alegria: Jesus! Jesus! Minha mãe, doce Maria! Meu Pai São Francisco! E morreu em paz. Seu corpo foi transladado para a igreja e exalava suave perfume. Exumado posteriormente, estava intacto, (incorrupto). Em 1611 seu corpo foi colocado em uma urna de cristal na igreja de Santa Maria em Palermo para visitação e permanece até os dias de hoje.

Imagem de São Benedito

São Benedito foi canonizado em 24 de maio de 1807, pelo Papa Pio Vll. É representado com o menino Jesus nos braços por que fora visto várias vezes com um lindo bebê nos braços quando estava em profunda oração. Por orientação da CNBB, no Brasil a festa de São Bendito é comemorada no dia 5 de outubro.

Oração a São Benedito

Glorioso São Benedito, grande confessor da fé, com toda a confiança venho implorar a vossa valiosa proteção. Vós, a quem Deus enriqueceu com dons celestes, consegui-me as graças que ardentemente desejo, para maior glória de Deus. Confortai o meu coração nos desalentos.

Fortificai minha vontade para cumprir bem os meus deveres. Sede o meu companheiro nas horas de solidão e desconforto. Assisti-me e guiai-me na vida e na hora da minha morte, para que eu possa bendizer a Deus nesse mundo e gozá-lo na eternidade. Com Jesus Cristo, a quem tanto amastes. Assim seja, amém.

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF