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sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Para a CIDH, uma ultrassonografia é um crime maior que o aborto

ACI Digital
Por David Ramos

Cidade do México, 07 out. 21 / 03:41 pm (ACI).- A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que se manifestou abertamente a favor da descriminalização do aborto em vários países, expressou em 6 de outubro sua "condenação" pela realização de uma ultrassonografia em uma mãe adolescente durante a marcha “A favor da mulher e da vida”.

Embora os organizadores da marcha tenham confirmado que a adolescente deu consentimento para a realização da ultrassonografia no evento, assim como seus pais, para a CIDH a “exposição pública do procedimento de saúde não atende ao interesse superior da adolescente”.

No dia 3 de outubro, por ocasião da marcha “A favor das mulheres e da vida”, que reuniu 300 mil pessoas na Cidade do México e cerca de um milhão em todo o país, um médico realizou uma ultrassonografia em Ana, uma adolescente de 15 anos com 38 semanas de gestação.

O vídeo de ultrassom desatou a ira dos promotores do aborto, que fizeram vários insultos e ameaças.

Ao mesmo tempo, o vídeo se tornou viral, atingindo cerca de 11 milhões de pessoas, com cerca de 2 milhões de visualizações.

A "condenação" da CIDH ao vídeo do ultrassom foi recebida com fortes críticas.

Um usuário destacou que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, dependente da Organização dos Estados Americanos (OEA), “não se pronuncia sobre o uso de crianças em marchas pró-morte, onde são levadas e expostas a atos de violência , vandalismo e linguagem obscena”.

“Aí não se preocupam por todas essas crianças. Ou quando as levam em marchas gays onde há nudez e exposição a linguagem sexual”, disse.

Julia Regina de Cardenal, presidente de uma fundação pró-vida de El Salvador, escreveu: “A desprestigiada CIDH é ativista que promove o negócio do aborto, que explora e prejudica mulheres com gravidezes difíceis, matando seus filhos”.

https://twitter.com/i/status/1445821979500630018

Para o líder pró-vida, a CIDH busca evitar “mostrar o bebê em desenvolvimento porque matá-lo é um crime bárbaro contra um ser humano indefeso”.

A CIDH celebrou em 2017 a despenalização do aborto em alguns casos no Chile, pois considerava que abria caminho “para que os serviços de aborto legal e seguro sejam garantidos a todas as mulheres, crianças e adolescentes”.

Numa audiência que visava pressionar a Argentina a legalizar o aborto em 2018, a então presidente da CIDH, Margarette May Macaulay, afirmou que “as mulheres têm direito e autonomia para decidir sobre seus corpos e o Estado deve garantir esses direitos às mulheres, e em particular para meninas e jovens”.

No México, o aborto é um crime despenalizado apenas até 12 semanas de gestação em alguns estados e na Cidade do México.

No entanto, com base na polêmica Norma Oficial Mexicana NOM-046, meninas maiores de 12 anos podem solicitar diretamente o aborto em instituições de saúde sem a necessidade de nenhuma denúncia, mas apenas com um pedido garantindo sob juramento que a gravidez ocorreu em um abuso.

Em setembro deste ano, a Suprema Corte de Justiça da Nação, máximo órgão judicial do México com faculdades de Tribunal Constitucional, invalidou uma série de artigos no Código Penal do estado de Coahuila, abrindo a porta para a despenalização do aborto no país.

Nesse mesmo mês, a SCJN declarou inconstitucional a proteção à vida desde a concepção na Constituição de Sinaloa e invalidou um artigo da Lei Geral de Saúde que protegia a objeção de consciência dos profissionais de saúde, que os impedia de participar de abortos contra sua vontade.

Em diálogo com ACI Prensa, agência do grupo ACI, Rodrigo Iván Cortés, presidente da Frente Nacional pela Família (FNF), destacou a contradição na CIDH, já que “se escandalizam” com a ultrassonografia, quando ao mesmo tempo querem “que seja um direito fundamental tirar a vida de um ser humano inocente em sua etapa mais vulnerável”.

“Chama a atenção que esta Comissão, que deveria velar pelos direitos humanos, não tenha prestado atenção ao que expressaram as 300 mil pessoas que estavam na Cidade do México, as 200 mil pessoas que estavam no estado de Jalisco, ou as cerca de um milhão de pessoas que em mais de 80 cidades levantaram a voz a favor do direito humano fundamental a viver”.

O direito de viver, destacou, é "o direito humano sem o qual nenhum outro direito pode ser desfrutado".

O presidente da FNF também denunciou que tanto da CIDH quanto de outras áreas da OEA “o que querem impor é um pensamento único, que é a ideologia de gênero”.

“E assim como eles querem chamar de 'direitos reprodutivos' matar um ser humano inocente, eles querem chamar a imposição da ideologia de gênero de 'direitos sexuais'”.

"Se escandalizam pelo ultrassom feito a uma menor grávida, mas não se escandalizam com esta imposição da ideologia de gênero, que implica promover e utilizar recursos públicos para amputar membros saudáveis de menores de idade sob o pretexto da ideologia de gênero”, criticou.

"Aqui vemos claramente uma contradição severa", disse ele. "E o que mais me preocupa: uma subversão muito forte das coisas".

Fonte: https://www.acidigital.com/

Maria, modelo da Igreja como Mãe

Papa Francisco preside a Santa Missa no Santuário Nacional de
Sastin, Eslováquia  (Vatican Media)

"A maternidade da Igreja transforma os crentes em filhos e filhas de Deus. A mãe Igreja dá a seus filhos plenitude e calor, saciando a fome e sede espirituais. Como mãe, a Igreja sara os feridos, consola os débeis e anima os fortes a fazerem com que sua força redunde em benefícios dos fracos".

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

“O Sumo Pontífice Francisco, considerando atentamente quanto a promoção desta devoção possa favorecer o crescimento do sentido materno da Igreja nos Pastores, nos religiosos e nos fiéis, como, também, da genuína piedade mariana, estabeleceu que esta memória da bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, seja inscrita no Calendário Romano na Segunda-feira depois do Pentecostes, e que seja celebrada todos os anos”, reza o Decreto Ecclesia Mater, publicado em 3 de março de 2018.

Assim como Maria é Mãe de Cristo e Mãe da Igreja, também a Igreja a tem como modelo em sua maternidade, dando “a seus filhos plenitude e calor, saciando a fome e sede espirituais. Como mãe, a Igreja sara os feridos, consola os débeis e anima os fortes a fazerem com que sua força redunde em benefícios dos fracos”. "Maria, modelo da Igreja como Mãe", é o tema da reflexão do padre Gerson Schmidt* para esta quarta-feira:

"Comentamos na última oportunidade da imagem da Igreja como esposa e, consequentemente, como mãe. O Papa Francisco emprega, na Evangelli Gaudium, uma imagem comovente da Igreja como “mãe com o coração aberto”. O Papa diz que “muitas vezes agimos como controladores da graça e não como facilitadores. Mas a Igreja não é uma alfândega; é a casa paterna, onde há lugar para todos com a sua vida fadigosa”.

O modelo dessa Igreja-mãe é Maria. Ela é o protótipo da fé, porque viveu a relação mais profunda com Jesus. Maria é caminho e indicadora da fé. A Igreja é mãe, em primeiro lugar, porque como Maria oferece Jesus Cristo aos seres humanos. Maria convida toda a Igreja a percorrer o caminho que leva a relação pessoal com o seu Filho. Esse convite é dirigido a toda a Igreja e a cada cristão em particular: ouvir a Palavra de Deus como Maria, de modo que a Palavra nos transforme. O Verbo divino se faça carne também no meio de nós, em nossas relações humanas, por meio do amor recíproco. Essa é a dimensão mariana da missão da Igreja: preparar o caminho para Cristo, para que possa ganhar forma e oferecer-se ao mundo [1].  

Lumen Gentium aponta: “Com efeito, no mistério da Igreja, a qual é também com razão chamada mãe e virgem, a bem-aventurada Virgem Maria foi adiante, como modelo eminente e único de virgem e de mãe. Porque, acreditando e obedecendo, gerou na terra, sem ter conhecido varão, por obra e graça do Espírito Santo, o Filho do eterno Pai; nova Eva, que acreditou sem a mais leve sombra de dúvida, não na serpente antiga, mas no mensageiro celeste. E deu à luz um Filho, que Deus estabeleceu primogénito de muitos irmãos (Rom 8, 29), isto é, dos fiéis, para cuja geração e educação Ela coopera com amor de mãe” (LG, 63).

A maternidade da Igreja transforma os crentes em filhos e filhas de Deus. A mãe Igreja dá a seus filhos plenitude e calor, saciando a fome e sede espirituais. Como mãe, a Igreja sara os feridos, consola os débeis e anima os fortes a fazerem com que sua força redunde em benefícios dos fracos [2]. A Igreja somente se torna mãe quando se abre à novidade de Deus, à força do Espírito Santo.  Acentua o Papa Francisco na Evangelii Gaudium: “A Igreja peregrina é chamada por Cristo a esta reforma perene. Como instituição humana e terrena, a Igreja necessita perpetuamente desta reforma». Há estruturas eclesiais que podem chegar a condicionar um dinamismo evangelizador; de igual modo, as boas estruturas servem quando há uma vida que as anima, sustenta e avalia. Sem vida nova e espírito evangélico autêntico, sem «fidelidade da Igreja à própria vocação», toda e qualquer nova estrutura se corrompe em pouco tempo” (EG, 26). Se as estruturas eclesiais não visibilizarem Jesus Cristo, então de nada servirão ao Evangelho. O Concílio Vaticano II apresentou a conversão eclesial como a abertura a uma reforma permanente de si mesma por fidelidade a Jesus Cristo: “Toda a renovação da Igreja consiste essencialmente numa maior fidelidade à própria vocação” (EG, 26).

Por um grande período da história da Igreja, se destacou bastante sua dimensão Petrina, acentuando-se a autoridade de Pedro e das lideranças eclesiásticas. A configuração do sacerdote com Cristo Cabeça – isto é, como fonte principal da graça – não comporta uma exaltação que o coloque por cima dos demais. Por isso, o papa Francisco acentua essa dimensão serviçal da Igreja-mãe: “Na Igreja, as funções «não dão justificação à superioridade de uns sobre os outros». Com efeito, uma mulher, Maria, é mais importante do que os Bispos. Mesmo quando a função do sacerdócio ministerial é considerada «hierárquica», há que ter bem presente que «se ordena integralmente à santidade dos membros do corpo místico de Cristo». A sua pedra de fecho e o seu fulcro não são o poder entendido como domínio, mas a potestade de administrar o sacramento da Eucaristia; daqui deriva a sua autoridade, que é sempre um serviço ao povo” (EG, 104)."

*Padre Gerson Schmidt foi ordenado em 2 de janeiro de 1993, em Estrela (RS). Além da Filosofia e Teologia, também é graduado em Jornalismo e é Mestre em Comunicação pela FAMECOS/PUCRS.

___________________________

[1] AUGUSTIN, George. Por uma Igreja “em saída”. Impulsos da Exortação Evangelii Gaudium, Vozes, 2018, p. 79.

[2] Idem, p. 80. 

Fonte: https://www.vaticannews.va/

Santa Pelágia

Santa Pelágia | arquisp
08 de outubro

Santa Pelágia Penitente

São duas as santas com este nome — ou quatro, segundo o Martirológio romano. Mas se trata de um desdobramento.

A primeira é uma jovem mártir de Antioquia, que se jogou da janela para evitar a perda da virgindade. E são João Crisóstomo louva sua coragem, dando origem a intermináveis discussões.
O mesmo santo bispo narra as vicissitudes de uma célebre atriz, belíssima tanto quanto dissoluta, que depois da conversão levou vida austera de penitência. Mas não diz seu nome.
Assim, um autor desconhecido, que se nomeia Tiago, julgou bom dar-lhe o nome de Pelágia e escrever um longo relato sobre sua história.

Ao chegar a Antioquia junto com uma companhia de comediantes, a mulher provocou logo escândalo em razão de “costumes vulgares”, virando a cabeça de vários homens, até do irmão do imperador. Mas há mais. Conseguiu distrair o próprio bispo Nono: o bom velho se pôs a olhá-la enquanto se dirigia em procissão para o sínodo.

Desta leviandade o bispo extraiu um útil assunto para seu sermão: se uma mulher se embeleza desse modo para agradar a um simples mortal, como deveremos nós adornar nossa alma destinada às místicas núpcias com Deus? E com a oração e a boa palavra conseguiu realmente recolocar no redil aquela bela criatura.

Pelágia mudou de vida, recebeu o batismo e se retirou para viver como eremita em uma cela escavada junto ao monte das Oliveiras.

O pseudo-Tiago acrescenta que a mulher, para não ser objeto de desejos, travestiu-se de homem e viveu longamente em penitência, purificando-se assim dos passados desregramentos.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Fonte: http://www.arquisp.org.br/

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Santo Irineu, o "campeão da luta contra as heresias", será Doutor da Igreja

Santo Irineu, Nunciatura Apostólica em Paris

O anúncio do Papa foi feito na audiência com os membros do Grupo de Trabalho Misto Ortodoxo-Católico Santo Irineu: "O seu padroeiro terá o título de Doutor unitatis". Bento XVI lhe dedicou uma catequese em 2007: "Foi um campeão na luta contra as heresias".

Salvatore Cernuzio/Mariangela Jaguraba – Vatican News

Vindo do Oriente, mas apóstolo no Ocidente, "pastor" e "campeão da luta contra as heresias" como Bento XVI o definiu, Santo Irineu de Lyon será logo proclamado Doutor da Igreja com o título de Doctor unitatis, Doutor da Unidade. O anúncio foi feito diretamente pelo Papa, esta manhã (07/10), numa breve passagem em seu discurso aos membros do Grupo de Trabalho Misto Ortodoxo-Católico "Santo Irineu". "Terei a alegria de declarar o seu patrono Doutor da Igreja", disse Francisco, descrevendo esta figura de importância primária na história da Igreja como "uma grande ponte espiritual e teológica entre os cristãos orientais e ocidentais". O próprio nome, Irineu, "carrega a marca da palavra paz", sublinhou o Papa, lembrando a raiz grega Ειρηναίος (Eirenaios), que significa precisamente "pacífico", "pacificador", "seráfico". Em outras palavras, indica alguém que se esforça para levar e trabalhar a paz. Exatamente o que era o programa de vida do santo.

Evangelizador dos bárbaros na luta contra o gnosticismo

Natural da Ásia, provavelmente nascido em Esmirna e chegado à Gália em 177, discípulo de Policarpo, então indiretamente do apóstolo João, ele foi o primeiro teólogo cristão a tentar elaborar uma síntese global do cristianismo primitivo. Ele falava grego, mas para evangelizar os celtas e os germânicos aprendeu as línguas de povos considerados bárbaros. Ele realizou seu trabalho numa época de dura perseguição e num período histórico marcado por dois grandes eventos culturais: o surgimento do gnosticismo no âmbito cristão, primeira forma de heresia com uma estrutura doutrinária capaz também de fascinar muitos cristãos cultos; e a difusão no mundo pagão do neoplatonismo, uma filosofia abrangente que tinha algumas afinidades com o cristianismo.

Defensor da doutrina

Irineu tentou dar uma resposta decisiva para destacar os erros contidos no gnosticismo, uma doutrina que afirmava que a fé ensinada na Igreja era apenas um simbolismo para os simples, incapazes de compreender coisas difíceis, enquanto os iniciados, os intelectuais, entenderiam o que estava por trás desses símbolos, e assim formariam um cristianismo elitista, intelectualista. Por outro lado, o pastor de Lyon abriu uma janela de diálogo com o neoplatonismo e aceitou alguns de seus princípios gerais, desenvolvendo-os pessoalmente. Permanecem duas obras de seus escritos: os cinco livros intitulados "Contra as heresias" e a "Exposição da Pregação Apostólica", definido também o mais antigo catecismo de doutrina cristã.

A catequese de Bento XVI em 2007

Através de seus escritos, Irineu perseguiu um duplo objetivo: "Defender a verdadeira doutrina dos ataques dos hereges e expor com clareza as verdades da fé", como disse o Papa Bento XVI, que dedicou toda uma catequese a esta "personalidade eminente" em sua audiência geral de 28 de março de 2007. "Irineu é antes de tudo um homem de fé e um Pastor", disse o atual Papa emérito naquela ocasião. "Do bom Pastor ele tem o senso da medida, da riqueza da doutrina, o ardor missionário... Irineu é o campeão da luta contra as heresias". "Firmemente arraigado na doutrina bíblica da criação", ele refutou "o dualismo e o pessimismo gnóstico que desvalorizavam as realidades corporais" e reivindicou "decisivamente a santidade originária da matéria, do corpo, da carne e do espírito".

Além das heresias

Mas a obra de Irineu vai muito além da refutação da heresia: “Pode-se dizer que ele se apresenta como o primeiro grande teólogo da Igreja, que criou a teologia sistemática; ele mesmo fala do sistema da teologia, isto é, da coerência interna de toda a fé”, recordou novamente o Papa Bento XVI. “No centro de sua doutrina está a questão da Regra da fé e sua transmissão. Para Irineu, a Regra da fé coincide na prática com o Credo dos Apóstolos e nos dá a chave para interpretar o Evangelho”. Irineu levou o Evangelho que recebeu numa cadeia ininterrupta dos Apóstolos, que não ensinaram senão "uma fé simples". Sempre argumentando com o caráter "secreto" da tradição gnóstica e observando seus êxitos contraditórios, ele - disse Joseph Ratzinger - teve o cuidado de ilustrar "o conceito genuíno de Tradição Apostólica" que é "pública", "única" e "pneumática", guiada pelo Espírito Santo "que a torna viva e a faz ser corretamente compreendida pela Igreja".

O Papa na audiência com os membros do Grupo de Trabalho Misto
Ortodoxo-Católico Santo Irineu
Fonte: https://www.vaticannews.va/

Entrevista com o autor do relatório sobre abusos sexuais na Igreja na França

Lionel BONAVENTURE I AFP
Jean-Marc Sauvé, président d'Apprentis d'Auteuil.

"Não há dúvida sobre a vontade da Santa Sé de enfrentar o problema", disse Jean-Marc Sauvé a I.MEDIA.

Após três anos de investigação, a Comissão Independente sobre Abuso Sexual na Igreja (Ciase) apresentou em 5 de outubro de 2021 um relatório no qual estima que 216.000 pessoas podem ter sido vítimas de abusos sexuais por clérigos ou religiosos desde 1950 na França.

A agência I.MEDIA entrevistou Jean-Marc Sauvé, presidente do Ciase, sobre as relações entre a Igreja na França e a Santa Sé na luta contra os abusos sexuais. Segundo ele, embora o Papa Francisco esteja claramente envolvido nessa luta, a falta de firmeza de Roma nessas questões até o início dos anos 2000 pode ter tido consequências para a extensão da crise na França.

Você espera viajar a Roma para apresentar seu relatório ao Papa Francisco?

É uma possibilidade que está em cima da mesa. Estamos à disposição do Santo Padre para encontrá-lo. Veremos o que a Santa Sé pode fazer. É possível que haja uma viagem a Roma dentro de um período que não foi determinado até agora.

Durante a conferência de apresentação do relatório, uma vítima expressou o sentimento de que o Papa Francisco foi um “ilustre ausente”em relação à questão dos abusos. O senhor acha que o Papa Francisco percebeu a gravidade da crise na Igreja?

Minha impressão é que o Papa Francisco disse e fez coisas importantes na luta contra os abusos sexuais na Igreja. Penso especificamente na Carta ao Povo de Deusde agosto de 2018 e no encontro que ele organizou em fevereiro de 2019 com os presidentes das conferências episcopais em todo o mundo. Existem outros exemplos, como a reforma do direito canônico que entra em vigor em 8 de dezembro e é o culminar de um longo trabalho.

Na comissão que presidi, não há dúvidas sobre a vontade da Santa Sé de enfrentar este problema ou sobre o compromisso do Papa Francisco com essas questões. O Papa está em linha com o pontificado de Bento XVI, que tomou muitas medidas a esse respeito.

Devemos entender o fato de que as vítimas expressam um grande radicalismo e uma forma de impaciência que pode levá-las a acusações que, da minha parte, eu não compartilho.

O senhor apontou a cegueira dos responsáveis pela Igreja na França até o início dos anos 2000 em relação aos abusos sexuais. Essa passividade pode ter derivado da falta de firmeza por parte de Roma?

Acho que sim. Até o início dos anos 2000, a Santa Sé não estava extremamente atenta a essas questões. As primeiras medidas apareceram em 2001 sob o pontificado de João Paulo II. Então, houve uma virada com o novo século. Na França, foi nessa época que despertou uma maior sensibilidade perante essas questões.

No entanto, notamos que as instituições civis também evoluíram neste período. Na França, foi somente em 1998 que o Ministério da Educação nacional decidiu agir com tolerância zero. Então essas duas mudanças de postura ocorreram ao mesmo tempo. O problema é que a mudança de postura na educação nacional foi feita muito rapidamente, sem hesitação, enquanto, na Igreja, as coisas são feitas com muito mais dificuldades, o que levou ao atraso no processo de atualização dos procedimentos de combate ao abuso infantil.

Nas recomendações que o senhor faz à Igreja na França, há a reforma do direito canônico. Mas isso se aplica à Igreja universal. Você pedirá ao Papa que leve em consideração esta recomendação?

Estamos bem cientes de que uma reforma do direito canônico é uma decisão que pertence ao Papa e que tem um escopo universal. Para este tipo de recomendação, estamos cientes de que a Conferência Episcopal Francesa não pode fazer nada. É responsabilidade do Papa e da Santa Sé. Como já disse, a reforma do direito canônico que entra em vigor em 8 de dezembro está no caminho certo.

Na comissão a que presido há um certo número de advogados. Eu mesmo fui vice-presidente do Conselho de Estado da França. Somos sensíveis ao fato de que o procedimento perante jurisdições canônicas em matéria penal não é atualmente um procedimento justo. Não é no sentido que entendemos, por exemplo, na Convenção Europeia dos Direitos Humanos. Seria extremamente útil para a Igreja se esse procedimento fosse reformado.

O simples fato de ter criado um tribunal penal interdiocesano ajudará a regular muitos problemas. É uma medida que também está no caminho certo.

Sobre a questão do direito canônico, gostaria de destacar um ponto muito importante, o do acesso das vítimas ao processo. Na comissão, todos nós ficamos extremamente impressionados com isso, especialmente quando você olha para a situação das mulheres, religiosas que apresentaram queixas na Igreja. Os processos se desenvolveram sem que as vítimas fossem ouvidas. No final, elas viram com espanto que o processo havia terminado, que uma sentença havia sido emitida e que elas nem haviam sido informadas.

Sobre essas questões, estou disposto a mobilizar tudo o que é necessário em termos de convencimento para destacar que temos que nos mover.

Por iniciativa do Papa Francisco, todas as dioceses do mundo iniciam neste domingo um grande processo sinodal sobre o tema da sinodalidade. Para o senhor, que presidiu o Ciase e que é católico, é hora de aproveitar este sínodo para colocar em cima da mesa a questão da crise de abusos na Igreja e tentar remediá-la?

A Comissão considera que viria bem ao governo da Igreja Católica uma revisão da cabeça aos pés. Entre as diretrizes que achamos úteis e prioritárias, haveria a busca por uma melhor articulação entre a dimensão vertical e a dimensão horizontal, ou seja, entre hierarquia e sinodalidade. Acreditamos que mais deliberações dariam segurança à Igreja Católica e permitiriam que ela respondesse de forma mais eficaz e pertinente ao problema dos abusos.

Quando uma decisão é tomada sozinha, o risco de cometer erros é maior do que quando a decisão é colegiada. Isso se aplica a todos os aspectos do governo. Dentro da comissão, se eu tomar decisões sozinho, é algo rápido e prático. Mas se discuti-las em conjunto, tomaremos decisões mais bem fundamentadas.

Acreditamos, portanto, que o desenvolvimento da sinodalidade e a associação de leigos, homens e mulheres, no poder de decisão da Igreja pode ser uma resposta, entre outras, para um tratamento mais adequado do problema dos abusos.

Para dar um exemplo, trabalhando no exame dos arquivos da Igreja Católica, descobrimos que, na década de 1990, havia um trabalho inicial que foi realizado. Percebemos que foram as mulheres que refletiram sobre essas questões, que fizeram as perguntas apropriadas e que pressionaram os bispos a agir.

Ter pessoas iluminadas que percebem coisas que, por exemplo, os homens não percebem e fazê-las participar do processo de tomada de decisão significa tomar melhores decisões.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Arquidiocese de Belo Horizonte tem novo Santuário

Guadium Press
Até este momento, a Arquidiocese de Belo Horizonte possui doze santuários, dos quais seis se encontram na capital mineira.

Minas Gerais – Belo Horizonte (06/10/2021 15:38, Gaudium Press) Na última segunda-feira, 4 de outubro, o Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidiu a cerimônia de elevação da Capela Curial São Francisco de Assis a Santuário Arquidiocesano.

Referência na evangelização

Em sua homilia, o prelado mineiro explicou que os santuários “são referência na evangelização a partir da cultura e do compromisso com os mais pobres. O Santuário Arquidiocesano São Francisco de Assis reúne essas características, acolhendo visitantes de diferentes cidades e países”.

O Reitor do novo Santuário, Padre Ednei Almeida Costa, comunicou aos fiéis presentes que as Santas Missas, antes celebradas apenas aos domingos, agora serão celebradas diariamente, além disso serão intensificadas as celebrações dos diversos sacramentos.

Guadium Press

Doze Santuários na Arquidiocese de Belo Horizonte

Segundo o Padre Ednei, este é um reconhecimento digno e justo. Para uma igreja ser elevada à categoria de Santuário, é necessário que haja peregrinação de um grande número de fiéis por algum motivo especial de piedade.

Até este momento, a Arquidiocese de Belo Horizonte possui doze santuários, dos quais seis se encontram na capital mineira: Nossa Senhora da Boa Viagem, São Paulo da Cruz, Nossa Senhora da Conceição dos Pobres, da Saúde e da Paz (Padre Eustáquio), São José e São Judas Tadeu. (EPC)

Nossa Senhora do Rosário: Papa Francisco incentiva a rezar o terço em outubro

Papa abençoa o rosário de um peregrino / Foto: Vatican Media
Por Mercedes de la Torre

Vaticano, 07 out. 21 / 08:37 am (ACI).- O papa Francisco exortou os católicos a rezarem o terço para se deixar conduzir por Maria até seu filho Jesus, hoje, 7 de outubro, dia em que a Igreja celebra a festa de Nossa Senhora do Rosário.

Na saudação aos fiéis italianos reunidos na Aula Paulo VI do Vaticano para a Audiência Geral de quarta-feira, o papa convidou todos “a valorizar esta oração tão querida pela tradição do povo cristão”.

Aos peregrinos de língua alemã, o papa disse que rezassem neste mês de outubro “esta oração, deixando que Maria os leve ao seu Filho Jesus” e rezou para que Deus os “abençoe e proteja”.

Depois, o papa exortou os fiéis de língua polonesa a que “ao recitar o rosário, confiem o 'hoje' e 'amanhã' à Santíssima Virgem Rainha”.

O papa confiou à intercessão de Nossa Senhora do Rosário a visita ad limina apostolorum dos bispos poloneses para que “a peregrinação dos pastores ao túmulo do apóstolo Pedro produza abundantes frutos evangélicos a serviço do bem espiritual da Igreja na Polônia”.

No domingo, 3 de outubro, após a oração do Ângelus, o papa convidou a renovar o “compromisso de rezar o santo rosário”.

“Neste primeiro domingo de outubro, o pensamento dirige-se aos fiéis reunidos no Santuário de Pompeia para a recitação da Súplica à Virgem Maria. Neste mês, renovemos juntos o nosso compromisso de rezar o santo rosário”, afirmou Francisco na ocasião.

Em 7 de outubro de 2020, o papa disse que o santo rosário “é uma arma que nos protege dos males e das tentações”, além de ser “a oração mais bela que podemos oferecer a Nossa Senhora”.

Na ocasião, Francisco convidou “a rezar o rosário e levá-lo nas mãos ou no bolso” porque “a recitação do rosário é a oração mais bela que podemos oferecer à Virgem Maria; é uma contemplação das etapas da vida de Jesus Salvador com a sua Mãe Maria e é uma arma que nos protege dos males e das tentações”.

“Peçamos, por intercessão de Nossa Senhora do Rosário, a graça de ser homens e mulheres íntegros e dignos de fé, para que, na oração, o Senhor una cada um de nós a sua vida e nos dê paz e serenidade”, disse então o papa e pediu “redescobrir, sobretudo neste mês de outubro, a beleza da oração do terço, que ao longo dos séculos tem alimentado a fé do povo cristão”.

Fonte: https://www.acidigital.com/

O Papa: abandonemos definitivamente o ‘sempre foi feito assim’

O Papa na Pontifícia Universidade Lateranense com o Patriarca
Bartolomeu e a diretora da UNESCO Azoulay  (Vatican Media)

Educação à sustentabilidade: é a temática do encontro na Universidade Lateranense de Roma realizado nesta quinta-feira (07). Na ocasião o Papa disse: “A ideia de um ciclo especial de estudos, serve para transformar mesmo entre os crentes o mero interesse pelo meio ambiente em uma missão realizada por pessoas formadas, fruto de uma experiência educacional adequada”.

Jane Nogara – Vatican News

Na manhã desta quinta-feira (07/10) o Papa Francisco participou de um Ato Acadêmico para a Instituição de um ciclo de estudos sobre o “Cuidado da nossa Casa Comum e a Proteção da Criação” e da Cátedra UNESCO "Um futuro de educação à sustentabilidade”. O Papa iniciou seu discurso agradecendo a presença de todos e principalmente do Patriarca Bartolomeu de Constantinopla “com quem compartilhamos o dever de proclamar o amor à criação e o compromisso por sua preservação”.

Francisco recordou em seguida a mensagem em vista da COP26 em Glasgow escrita juntamente com o Patriarca Bartolomeu e o arcebispo Justin Welby , Primaz da Igreja Anglicana.

“Penso que todos nós estamos conscientes: o mal que estamos fazendo ao planeta não se limita mais aos danos ao clima, à água e ao solo, mas agora ameaça a própria vida na Terra. Diante disso, não basta repetir declarações de princípio que nos fazem sentir bem porque, entre outras coisas, também estamos interessados no meio ambiente. A complexidade da crise ecológica exige responsabilidade, concretude e competência.”

A atividade acadêmica 

O Papa ponderou que estas escolhas recordam a missão original das Universidades onde diversas áreas do saber se encontram, onde estudantes e professores se reúnem para refletir e desenvolver criativamente novos caminhos para o futuro: "A atividade acadêmica - disse ainda o Papa - é chamada a promover uma conversão ecológica integral a fim de preservar o esplendor da natureza, antes de tudo reconstruindo a unidade necessária entre as ciências naturais e sociais com o que é oferecido pela reflexão teológica, filosófica e ética, a fim de inspirar a norma jurídica e uma saudável visão econômica".

Papa Francisco na Universidade Lateranense

Em seguida Francisco falou sobre a presença da mais alta representação da UNESCO no encontro agradecendo “o objetivo pela atenção ativa que prestou a esta iniciativa ao lançar o caminho para uma cátedra sobre o Futuro da Educação à Sustentabilidade”. Ao falar sobre o novo ciclo de estudos em ecologia e meio ambiente lançado na Universidade Francisco recordou: “Deve ser um ponto de encontro para a reflexão sobre ecologia integral, capaz de reunir diferentes experiências e pensamentos, combinando-os através do método de pesquisa científica.

“Desta forma, a Universidade não é apenas uma expressão da unidade do conhecimento, mas também a depositária de um imperativo que não tem fronteiras religiosas, ideológicas ou culturais: salvaguardar nossa casa comum, preservá-la de ações perversas, talvez inspiradas pela política, economia e educação ligadas ao resultado imediato, em benefício de poucos.”

Interesse deve se tornar missão

Para uma ecologia integral, recordou Francisco devemos vincular os objetivos de desenvolvimento sustentável com uma relação de causa e efeito sem esquecer que “não há ecologia sem uma antropologia adequada" (Laudato si', 118). Sem uma verdadeira ecologia integral teremos "um novo desequilíbrio, que não só deixará de resolver problemas, mas acrescentará novos" (ibidem)”

Portanto:

“A ideia de um ciclo especial de estudos, serve para transformar até mesmo entre os crentes o mero interesse pelo meio ambiente em uma missão realizada por pessoas formadas, fruto de uma experiência educacional adequada.”

Por fim o Papa adverte aos presentes: “Esta é a maior responsabilidade diante daqueles que, por causa da degradação ambiental, são excluídos, abandonados e esquecidos. Um trabalho para o qual as Igrejas, por vocação, e toda pessoa de boa vontade são chamadas a dar toda a contribuição necessária, fazendo-se a voz daqueles que não têm voz, que se eleva acima dos interesses partidários e não fica apenas reclamando”.

E concluindo disse: “Abandonemos definitivamente o ‘sempre foi feito assim’, o que não nos torna confiáveis porque gera superficialidade e respostas que só aparentemente são válidas”. Pelo contrário, somos chamados a um trabalho qualificado, que exige generosidade e gratuidade de todos para responder a um contexto cultural cujos desafios exigem concretude, precisão e capacidade de enfrentá-los”.  

Nossa Senhora do Rosário

Terra
07 de outubro
NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

Nossa Senhora do Rosário possui um devoção muito antiga. Teve origem com os Monges irlandeses no século VIII, que recitavam os 150 Salmos. Como os leigos não sabiam ler, os monges ensinaram a rezar 150 Pai Nossos, que mais tarde foram substituídos por 150 Ave Marias. Assim, a devoção, começou a se espalhar pelo mundo.

Em muitas aparições de Maria Santíssima, Ela pede, ensina e reza junto, a oração do Rosário, como em Lourdes, em Fátima e tantas outras.

Rosário de Nossa Senhora

A palavra Rosário quer dizer um tanto de rosas, um buquê de rosas que se oferece a Nossa Senhora. Cada Ave Maria é uma rosa que oferecemos à Mãe, com carinho e esperança. Assim, quando rezamos o Santo Rosário completo, oferecemos um buquê de duzentas rosas a Nossa Senhora.

A devoção de Nossa Senhora do Rosário

São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Dominicanos, foi o grande propagador do Rosário no início do século Xlll. A Igreja lhe conferiu o título de Apóstolo do Santo Rosário. Naquela época havia muitos hereges que desviavam os fieis da Igreja Católica. São Domingos, com a prática da oração do Rosário, a pedido de Nossa Senhora, começou a combater as heresias dos albingenses, que crescia vertiginosamente na França.

O Papa mandou vários missionários para combater os hereges, mas nada conseguiram. Somente São Domingos, com a criação de sua ordem e com a insistente oração do Rosário, é que conseguiu acabar com esses hereges. São Domingos dizia que em todas as orações do Rosário pedia a intercessão de Maria Santíssima para converter os hereges e com o passar dos anos conseguiu.

Papa João Paulo II, o Papa de Nossa Senhora do Rosário

João Paulo II dedicou todo o seu Pontificado a Maria Santíssima. Ele declarou logo no primeiro dia de seu pontificado: Totus tuus Mariae (Tudo é de Maria). A devoção a Nossa Senhora do Rosário foi amplamente difundida e divulgada. Ele acrescentou mais um conjunto de Mistérios ao Rosário - os Mistérios Luminosos - em uma Encíclica que escreveu sobre o Santo Rosário.

A Oração que veio do Céu

O que dá verdade e embasamento ao Santo Rosário, é que nos foi ensinado pelo próprio Jesus, por Maria Santíssima e pelo anjo do Senhor. O Pai Nosso foi ensinado por Jesus quando disse aos apóstolos: quando forem rezar, dizei: Pai nosso que estais no Céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a sua vontade, assim na terra como do Céu. O pão nosso de cada dia nos daí hoje,  perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, não nos deixeis cair em tentação, e livrai-nos de todo o mal. Amém.

A oração da Ave Maria, foi nos ensinada pelo Anjo Gabriel, que apareceu a Maria dizendo:  Ave Maria Cheia de graça, o Senhor é convosco. Santa Isabel, cheia do Espírito Santo, como nos diz Lucas, disse a Maria: bendita sóis vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre, Jesus.  E a Igreja completou escrevendo: Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte amém.

Contemplação dos Mistérios do Rosário

Atualmente o Santo Rosário é dividido em quatro conjuntos de mistérios, onde contemplamos os momentos da vida de Jesus e de Maria. Os quatro conjuntos de Mistérios são:

Mistérios Gozosos nos quais se contemplam a anunciação do Anjo a Maria; a visita de Maria a sua prima Isabel; o nascimento de Jesus em Belém; a apresentação de Jesus no templo; e Jesus perdido e achado no templo entre os doutores da lei.

Mistérios Dolorosos nos quais se contemplam a agonia de Jesus no Horto das Oliveiras; a flagelação de Jesus; a Coroação de Espinhos; Jesus carrega a Cruz até o Calvário; a Crucificação e morte de Jesus.

Mistérios Gloriosos nos quais se contemplam a Ressurreição de Jesus; a sua Ascensão ao Céu; a vinda do Espírito Santo Sobre os Apóstolos e Maria; a Assunção de Maria ao Céu; a coroação de Maria.

Mistérios Luminosos foram escritos pelo próprio Papa João Paulo II, em sua carta apostólica, Rosarium Virginis Mariae, no ano de 2002. Nestes mistérios contemplam-se toda a Vida pública de Jesus: o Batismo no Rio Jordão; o Milagre nas bodas de Caná; a proclamação do Reino do Céu e o convite a Conversão; a Transfiguração de Jesus no Tabor; a Instituição da Eucaristia.

Milagres de Nossa Senhora do Rosário

A devoção a Nossa Senhora do Rosário atravessa os séculos, trazendo a Igreja para o lado de Maria Santíssima, que a leva para a Salvação de Jesus. O Rosário de Maria une a terra aos Céus. Maria Santíssima, em suas aparições, sempre insiste para que as pessoas rezem o Rosário, que é um dos caminhos para se chegar a Jesus e a Salvação eterna. O Santo Rosário é também uma poderosa arma de intercessão, um meio certo de se obter graças através da Virgem Maria.

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

4 conselhos de um ex-protestante convertido para a defesa da fé católica ante os ataques

Fernando Casanova / Crédito: EWTN

REDAÇÃO CENTRAL, 02 ago. 18 / 04:00 pm (ACI).- O ex-pastor protestante convertido ao catolicismo, Dr. Fernando Casanova, deu quatro conselhos para os católicos que buscam defender sua fé ante os insultos e ameaças.

Em diálogo com o Grupo ACI, o reconhecido conferencista internacional, doutor em teologia e apresentador das séries de EWNT “Defenda tua Fé” e “Estou em casa”, quis oferecer estas pautas após revelar que não só recebeu ataques de membros de igrejas protestantes formadas de maneira “raivosamente anticatólica”, mas também de vários católicos que o classificaram de “fanático conservador”, “apóstata liberal” e por não promover ou aceitar uma nova “revelação”.

A seguir, os quatro conselho de Dr. Fernando Casanova:

1. Paciência

“Não se trata de que os católicos estejamos equivocados ou que a Bíblia diga tal coisa; trata-se do preconceito (para com o catolicismo). Deve-se ter paciência para ter a calma, a clareza de mente e análise, para demonstrar a mansidão e a humildade de Jesus Cristo que, ao final das contas, manifesta sua verdade e autoridade”, indicou Dr. Casanova.

2. Formação

O conferencista internacional destacou que a “formação inclui saber” e, portanto, “informação”. Porém, isso não é tudo.

“É claro que é preciso aprender e ter dados, conteúdos; é preciso estudar, pesquisar, consultar. Porém, é algo mais. Formação do caráter cristão; formação e práticas e vivências espirituais. Trata-se de que vejam um pacote completo, que não haja contradição, de convencer com a palavra e com o caráter”, indicou.

Nesse sentido, disse que “a palavra é o que se diz, o que poderia dissuadir, mas o exemplo, o testemunho, a atitude, convencem e arrasam”.

“Primeiro, espiritualidade de verdade: católica, sólida, madura, sinceramente humilde. Depois, os livros, estudos e essas coisas. Permitam-me aqui outra máxima: ‘não se pode dar o que não se tem’”, afirmou o apresentador de séries da EWTN.

3. Testemunho

Dr. Casanova reiterou que uma pessoa bem formada sempre “é de bom testemunho”, porque assim “veriam em nós o melhor cristão possível”.

Do mesmo modo, referiu-se ao testemunho que se relata a outros, por exemplo, “podem ser coisas milagrosas, até mesmo restituições, curas, eventos eloquentes de aprendizagem e crescimento espiritual”.

“Eu uso, como se sabe, acontecimentos de minha vida passada e presente, e testemunho de outras pessoas também, que demonstram a pertinência e a veracidade de nossa fé e do poder que a Igreja dispensa”, destacou Dr. Casanova, acrescentando a importância de validar o que foi dito usando a doutrina correta e a Bíblia.

4. Santo Terço

“Esta é minha arma secreta. Devemos considerar esta oração mariana de forma especialíssima. É uma devoção de muita piedade que desperta o fervor e provê muitos frutos espirituais e apostólicos”, afirmou o doutor em teologia.

Nesse sentido, recordou que “a Virgem entregou pessoalmente o terço a santo Domingo de Gusmão como uma arma poderosíssima para a conversão dos que não estavam em comunhão com a Igreja”.

Por esse motivo, recomendou “a todos, mas em especial aos que estamos em diálogo ou expostos, e a nossos pastores também, que rezem devotamente o terço todos os dias”.

“Que peça, entre outras intenções, pela conversão desses irmãos em questão, e pela nossa santificação, dos fiéis da Igreja”, concluiu.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF