Translate

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Francisco: combater a fome superando a lógica fria do mercado

Agricultores ao trabalho no Iêmen | Vatican News

"Reforçar a lógica da solidariedade" para uma verdadeira mudança de rumo. É o que o Papa Francisco expressa na mensagem enviada ao diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, em vista do Dia Mundial da Alimentação, em 16 de outubro: "Devemos exortar produtores e consumidores a tomarem decisões éticas e sustentáveis."

Adriana Masotti/Mariangela Jaguraba

O Papa Francisco enviou uma mensagem ao diretor-geral do Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Qu Dongyu, para o Dia Mundial da Alimentação 2021, celebrado no sábado, 16 de outubro.

O Santo Padre afirma, no texto, que "vencer a fome de uma vez por todas" é "um dos maiores desafios da humanidade". É "um objetivo ambicioso". Francisco lembra que a Cúpula das Nações Unidas sobre Sistemas Alimentares, realizada em 23 de setembro, destacou a necessidade urgente de soluções inovadoras para transformar o nosso modo de produzir e consumir. Um compromisso que não pode ser "prorrogado", escreve o Papa. Citando o tema do Dia Mundial da Alimentação deste ano, "As nossas ações são o nosso futuro. Melhor produção, melhor nutrição, um ambiente melhor e uma vida melhor", Francisco afirma:

O tema proposto este ano pela FAO enfatiza a necessidade de ação conjunta para que todos tenham acesso a uma alimentação que garanta a máxima sustentabilidade ambiental e que seja adequada e a um preço acessível. Cada um de nós tem uma função a desempenhar na transformação dos sistemas alimentares em benefício das pessoas e do planeta, e "todos podemos colaborar [...] para o cuidado da criação, cada um com sua cultura e experiência, suas iniciativas e capacidades".

Fome e problemas de obesidade no mundo

Existe um paradoxo no mundo, ressalta Francisco na mensagem, em relação ao acesso aos alimentos: se mais de 3 bilhões de pessoas não podem contar com uma alimentação nutritiva, quase 2 bilhões de pessoas são obesas ou sofrem os efeitos de uma má alimentação e um estilo de vida sedentário. A proteção da saúde de todos requer "mudanças em todos os níveis" e a reorganização dos sistemas alimentares como um todo. O Papa sugere quatro áreas de ação a respeito do campo, do mar, da nossa mesa e da questão do desperdício alimentar:

Os nossos estilos de vida e nossas práticas diárias de consumo influem na dinâmica global e ambiental, mas se aspiramos a uma mudança real, devemos exortar produtores e consumidores a tomarem decisões éticas e sustentáveis e conscientizar a geração mais jovem sobre a importante tarefa que ela desempenha para tornar realidade um mundo sem fome. Cada um de nós pode dar sua contribuição para esta nobre causa.

A contribuição fundamental dos pequenos agricultores

"A crise mundial desencadeada pela Covid-19 oferece uma oportunidade de mudança para a qual a contribuição dos pequenos produtores é fundamental e preciosa", escreve o Papa. É "necessário facilitar" para eles o acesso às inovações no setor agroalimentar, úteis para "fortalecer a resistência às mudanças climáticas" e "aumentar a produção de alimentos". A seguir, Francisco reitera mais uma vez seu pensamento:

A luta contra a fome exige a superação da lógica fria do mercado, concentrada avidamente no mero benefício econômico e na redução do alimento a uma mercadoria como tantas outras e no fortalecimento da lógica da solidariedade.

Proximidade do Papa e da Igreja a quem luta contra a fome

Na mensagem, o Papa assegura a proximidade da Santa Sé e da Igreja católica ao compromisso no setor alimentar da FAO e de outras realidades, para que os direitos fundamentais de cada pessoa sejam garantidos. Invocando sobre todos a bênção de Deus Onipotente, ele conclui: "Que aqueles que espalham sementes de esperança e concórdia sintam o apoio da minha oração para que suas iniciativas e projetos sejam cada vez mais frutuosos e eficazes".

Fonte: https://www.vaticannews.va/

10 conselhos de Santa Teresa de Jesus para sermos santos em nosso dia-a-dia

Creative Commons

Sim, a santidade é um convite real e possível para todos nós!

Santa Teresa de Jesus, também chamada de Santa Teresa de Ávila, é uma das mais influentes místicas de toda a história da Igreja. É dela um dos mais inspiradores textos que já publicamos sobre a devoção ao grande São José, no qual ela testemunha: “Não me lembro de ter jamais lhe rogado uma graça sem a ter imediatamente obtido“.

Desta vez, apresentamos dez conselhos contidos em seus textos sobre como podemos chegar à santidade dos filhos de Deus, uma meta real e possível, para a qual o próprio Deus nos chama e nos prepara com sua Graça:

1 – Dirige a Deus cada um dos teus atos; oferece-os a Ele e pede-Lhe que tudo seja para Sua honra e glória.

2 – Oferece-te a Deus … muitas vezes por dia, e que seja com grande fervor e desejo de Deus.

3 – Em todas as coisas, observa a providência de Deus e Sua sabedoria; em tudo, dedica a Ele o teu louvor.

4 – Em tempos de tristeza e de inquietação, não abandones nem as obras de oração, nem a penitência a que estás habituado. Antes, intensifica-as e verás com que prontidão o Senhor te sustentará.

5 – Nunca fales mal de quem quer que seja, nem jamais escutes, a não ser que se trate de ti mesmo – e, no dia em que chegares a alegrar-te com isso, muito terás progredido. 

6 – Não digas nunca, de ti mesmo, algo que mereça admiração, quer se trate de conhecimento, de virtude, de condição de berço, a menos que seja para prestar serviço – e, nesse caso, que seja feito com humildade e considerando que tais dons vêm das mãos de Deus.

7 – Não vejas em ti senão o servo de todos, e em todos contempla Cristo, nosso Senhor; assim O respeitarás e O venerarás.

8 – No tocante às coisas que não te dizem respeito, não te mostres curioso, nem de perto, nem de longe, nem mediante comentários, nem mediante perguntas.

9 – Mostra a tua devoção interior só em caso de necessidade urgente. Lembra-te do que diziam São Francisco e São Bernardo: “Meu segredo pertence a mim”.

10 – Cumpre todas as coisas como se nosso Rei estivesse visível; agindo assim, muito ganhará a tua alma.

_______________

A partir de compilação publicada no blog Para Maior Glória de Deus

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Santa Teresa de Ávila

Santa Teresa de Ávila | Canção Nova
15 de outubro
SANTA TERESA DE ÁVILA

Com grande alegria, lembramos, hoje, da vida de santidade daquela que mereceu ser proclamada “Doutora da Igreja”: Santa Teresa de Ávila (também conhecida como Santa Teresa de Jesus). Teresa nasceu em Ávila, na Espanha, em 1515, e foi educada de modo sólido e cristão, tanto assim que, quando criança, se encantou tanto com a leitura da vida dos santos mártires a ponto de ter combinado fugir com o irmão para uma região onde muitos cristãos eram martirizados; mas nada disso aconteceu graças à vigilância dos pais.

Aos vinte anos, ingressou no Carmelo de Ávila onde viveu um período no relaxamento, pois muito se apegou às criaturas, parentes e conversas destrutivas, assim como conta em seu livro biográfico.

Certo dia, foi tocada pelo olhar da imagem de um Cristo sofredor, assumiu a partir dessa experiência a sua conversão e voltou ao fervor da espiritualidade carmelita, a ponto de criar uma espiritualidade modelo.

Foi grande amiga do seu conselheiro espiritual, São João da Cruz, também Doutor da Igreja, místico e reformador da parte masculina da Ordem Carmelita. Por meio de contatos místicos e com a orientação desse grande amigo, iniciou aos 40 anos de idade, com saúde abalada, a reforma do Carmelo feminino. Começou pela fundação do Carmelo de São José, fora dos muros de Ávila. Dali partiu para todas as direções da Espanha, criando novos Carmelos e reformando os antigos. Com isso, provocou muitos ressentimentos por parte daqueles que não aceitavam a vida austera que propunha para o Carmelo reformado. Chegou a ter temporariamente revogada a licença para reformar outros conventos ou fundar novas casas.

Santa Teresa deixou-nos várias obras grandiosas e profundas, principalmente escritas para as suas filhas do Carmelo : “O Caminho da Perfeição”, “Pensamentos sobre o Amor de Deus”, “Castelo Interior”, “A Vida”. Morreu em Alba de Tormes na noite de 15 de outubro de 1582 aos 67 anos, e em 1622 foi proclamada santa. O seu segredo foi o amor. Conseguiu fundar mais de trinta e dois mosteiros, além de recuperar o fervor primitivo de muitas carmelitas, juntamente com São João da Cruz. Teve sofrimentos físicos e morais antes de morrer, até que em 1582 disse uma das últimas palavras: “Senhor, sou filha de vossa Igreja. Como filha da Igreja Católica quero morrer”.

No dia 27 de setembro de 1970, o Papa Paulo VI reconheceu-lhe o título de Doutora da Igreja. Sua festa litúrgica é no dia 15 de outubro. Santa Teresa de Ávila é considerada um dos maiores gênios que a humanidade já produziu. Mesmo ateus e livres-pensadores são obrigados a enaltecer sua viva e arguta inteligência, a força persuasiva de seus argumentos, seu estilo vivo e atraente e seu profundo bom senso. O grande Doutor da Igreja, Santo Afonso Maria de Ligório, a tinha em tão alta estima que a escolheu como patrona, e a ela consagrou-se como filho espiritual, enaltecendo-a em muitos de seus escritos.

Santa Teresa de Ávila, rogai por nós!

Oração:

“Ó Santa Teresa de Jesus, vós sois a mestra da genuína oração e nos ensinais a rezar conversando com Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Ó Santa Teresa, ajudai-nos a rezar com fé e confiança, sem nunca duvidar da bondade divina. Ajudai-nos a rezar com inteira conformidade de nossa vontade com a vontade de Deus, com insistente perseverança até alcançarmos aquilo que necessitamos.”

Fonte: https://santo.cancaonova.com/

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Aniversário da CNBB : trajetória a serviço da Igreja no Brasil

CNBB

"Celebraremos de modo reverente a trajetória de sete décadas de nossa Conferência Episcopal homenageando evangelizadores e pastores que ajudaram a tecer essa bonita história”, dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da CNBB.

Vatican News

https://youtu.be/ugCyb4qGqd8

O dia 14 de outubro marca uma data especial para a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB): o dia do seu nascimento.  Com reunião de sua instalação no Palácio São Joaquim, na arquidiocese do Rio de Janeiro, a CNBB veio à luz no ano de 1952, dez anos antes do Concílio Vaticano II. Foi idealizada, à época, pelo bispo-auxiliar do Rio de Janeiro, dom Helder Câmara que, na primeira formação da comissão permanente encarregada de dirigir a entidade, tornou-se o seu secretário-geral.

O cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, então arcebispo de São Paulo, foi eleito o primeiro presidente da entidade, função que exerceu por dois mandatos. Também integraram a primeira comissão de direção da entidade dom Alfredo Vicente Scherer, dom Mário de Miranda Vilas Boas e dom Antônio Morais de Almeida Júnior.

Início do ano Jubilar

Logo: CNBB

Para marcar esta trajetória de serviço à Igreja no Brasil e ao povo Brasileiro, a CNBB divulgou neste 14 de outubro, um vídeo no qual recupera marcos desta história. Para o arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, dom Walmor Azevedo de Oliveira, a comunhão e a colegialidade são marcas da organização ao longo destes anos.

“Celebraremos de modo reverente a trajetória de sete décadas de nossa Conferência Episcopal homenageando evangelizadores e pastores que ajudaram a tecer essa bonita história”, dom Walmor.

Ao anunciar o ano Jubilar para comemorar no aniversário – de 14 de outubro de 2021 a 14 de outubro de 2022 – o presidente da CNBB aponta a sinodalidade, como um jeito de caminhar, e como um traço.

https://youtu.be/0PS_PRs4nm8

Fonte: https://www.vaticannews.va/

Papa Francisco: “as periferias existenciais estão repletas de solidão”

Antoine Mekary | ALETEIA
Por Francisco Vêneto

"Espalhem ao seu redor o fogo do amor que aquece os corações frios", pediu ele.

O Papa Francisco recebeu no final de agosto um grupo de membros da associação francesa Lázaro, dedicada às pessoas vulneráveis. Na ocasião, Francisco reforçou o seu apelo em favor do que chama de “periferias existenciais”. Ele declarou:

“Num ambiente cheio de indiferença, individualismo e egoísmo, vocês nos fazem entender que os valores da vida autêntica se encontram em acolher as diferenças, respeitar a dignidade humana, escutar, cuidar e servir aos mais humildes”.

O Papa também destacou a respeito das periferias existenciais:

“Elas estão frequentemente cheias de solidão, tristeza, feridas interiores e perda do gosto pela vida. Na sociedade vocês podem se sentir isolados, rejeitados e sofrer exclusão, mas não desistam, não se desanimem. Sigam em frente, cultivando no coração a esperança da alegria contagiante”.

Periferias existenciais

Francisco acrescentou que o testemunho de vida de quem se importa com o próximo recorda que “os pobres são verdadeiros evangelizadores, porque foram os primeiros a serem evangelizados e chamados a compartilhar a alegria do Senhor e do seu reino. Espalhem ao seu redor esse fogo de amor que aquece os corações frios”.

O Papa também exortou a associação a ter coragem de “apostar no amor dado e recebido de graça”. Ele disse:

“Com as suas palavras e ações, derramem o óleo da consolação e da cura sobre os corações feridos. Quero repetir: Deus ama vocês!”.

A associação Lázaro celebrou 10 anos de existência e, entre as suas iniciativas, acolhe pessoas em apartamentos “solidários” com jovens de várias idades. Este projeto, segundo o Papa Francisco, é “uma demonstração da ‘amizade social’ que todos são chamados a viver”.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Biblioteca do Vaticano empresta manuscrito milenar para exposição em Dubai

Guadium Press
Esta é a primeira vez que o documento, produzido entre 800 d.C. e 830 d.C, sai do Vaticano.

Redação (13/10/2021 12:41, Gaudium Press) A Biblioteca Apostólica do Vaticano enviou três históricos manuscritos originais para Dubai, onde ficarão expostos até o dia 31 de março de 2022, em uma feira mundial dos Emirados Árabes Unidos.

Documento do século IX nunca tinha saído do Vaticano

O mais antigo desses documentos foi produzido entre 800 d.C. e 830 d.C. pelo Bayt al-Ḥikmah e é uma tradução árabe da introdução do estudioso grego Theon de Alexandria às ‘Tabelas úteis’ de Ptolomeu. É a primeira vez que o manuscrito sai da Biblioteca do Vaticano.

Os outros dois documentos históricos em exposição são um manual sobre o uso de algarismos arábicos no Ocidente, de Leonardo Fibonacci, datado entre 1170 e 1250, e a observação do astrônomo Tomás de Orta do século XVI sobre a reforma do calendário gregoriano.

Pavilhão da Santa Sé na Expo Dubai

O pavilhão da Santa Sé foi projetado por Monsenhor Tomasz Trafny e o arquiteto Giuseppe Di Nicola para conter uma reprodução do afresco de Giotto sobre o encontro com o Sultão, uma cópia da “Criação de Adão” de Michelangelo do teto da Capela Sistina, uma instalação de vídeo sobre a Biblioteca do Vaticano e alguns uniformes da Guarda Suíça.

Com pavilhões multimilionários e mais de 190 países participantes, a Expo Dubai é a primeira feira mundial realizada no Oriente Médio. Dentre as peças expostas, destaca-se a réplica em 3-D de mármore do ‘David’ de Michelangelo presente no pavilhão da Itália. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

O Papa a empresários: o trabalho expressa e alimenta a dignidade do ser humano

Operário no local de trabalho | Vatican News

O Papa fala numa videomensagem no 57º Encontro anual organizada pelo IDEA, Instituto de Desenvolvimento de Empresas da Argentina. O investimento olha para a família. Os subsídios são apenas uma situação provisória.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco saudou, nesta quinta-feira (14/10), numa videomensagem, os participantes do 57° Encontro da Fundação Idea, Instituto de Desenvolvimento de Empresas da Argentina, e da União de Trabalhadores da Economia Popular. O evento teve início na última quarta-feira (13/10), em Buenos Aires, na Argentina, e prossegue até sexta-feira dia 15.

Desde 1974, a Fundação Idea promove um colóquio anual de três dias com a participação de líderes empresariais nacionais e internacionais, funcionários do governo, acadêmicos, líderes de Organizações não-governamentais e líderes sindicais, para debater novas ideias e inspirar os líderes a tomarem medidas para transformar a realidade.

"Espero sinceramente que seja um momento de verdadeiro intercâmbio que possa reunir a contribuição inovadora de empresários e trabalhadores que lutam por sua dignidade e por suas famílias", disse Francisco na mensagem de vídeo, recordando que muitas vezes se referiu "à nobre vocação do empresário que criativamente busca produzir riqueza e diversificar a produção, ao mesmo tempo em que torna possível a criação de empregos".

"Não me cansarei de me referir à dignidade do trabalho. É o trabalho que dá dignidade. Quem não tem trabalho, sente que lhe falta algo, falta-lhe aquela dignidade que o trabalho lhe dá, que unge de dignidade", sublinha ainda o Papa.

https://youtu.be/Ud_0cps_bEM

Segundo Francisco, alguns o fizeram dizer coisas que não apoia, que propõe uma vida sem esforço ou que despreza a cultura do trabalho. "Imagine se isso pode ser dito de um descendente de piemonteses, que não vieram ao nosso país com vontade de serem mantidos, mas com um enorme desejo de arregaçar as mangas para construir um futuro para as suas famílias. É curioso, os migrantes não colocaram o dinheiro no banco, mas nos tijolos e na terra. A casa, a primeira coisa. Eles olhavam adiante para a família. Investimento familiar. "

O trabalho expressa e alimenta a dignidade do ser humano, permite-lhe desenvolver as capacidades que Deus lhe deu, ajuda-o a construir relações de intercâmbio e ajuda mútua, permite-lhe sentir-se colaborador de Deus para cuidar e desenvolver este mundo, faz com que se sinta útil à sociedade e solidário com seus entes queridos. É por isso que o trabalho, além do cansaço e das dificuldades, é o caminho do amadurecimento, da realização pessoal, que dá asas aos melhores sonhos.

"Sendo assim, é claro que os subsídios só podem ser uma ajuda provisória", reitera o Pontífice. "Não se pode viver de subsídios, pois o grande objetivo é proporcionar fontes diversificadas de trabalho que permitam a todos construir seu futuro com esforço e engenho. Por serem diversificadas, abrem o caminho para que as pessoas encontrem o contexto mais adequado para desenvolver seus próprios dons, já que nem todos têm as mesmas capacidades e inclinações."

O Papa conclui a videomensagem, dizendo "que o diálogo entre empresários e trabalhadores não só é indispensável, mas também fecundo e promissor", e agradece aos promotores do evento por este debate que eles planejaram com um propósito tão nobre.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

Arcebispo de Aparecida pede pátria sem armas, mentira e corrupção

Dom Orlando Brandes durante a missa no Santuário de Aparecida.
Foto: Gustavo Cabral / Santuário de Aparecida

APARECIDA, 13 out. 21 / 03:17 pm (ACI).- Durante a missa solene da festa de Nossa Senhora Aparecida, no santuário nacional, na manhã de 12 de outubro, o arcebispo de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes, pediu, numa homilia bastante política, que todos construam juntos a “pátria amada”, que “não pode ser pátria armada” e deve ser “sem ódio, sem mentira e fake news, sem corrupção”. À tarde, o presidente Jair Bolsonaro participou da missa no santuário, quando fez uma das leituras da missa e rezou a consagração à padroeira do Brasil.

Dom Orlando Brandes destacou duas palavras da liturgia do dia: povo e aliança. O arcebispo afirmou que são Paulo VI, são João Paulo II, Bento XVI e o papa Francisco, ao enviar mensagens aos brasileiros, se referiram ao povo. “E eu quero pedir que cada um de nós abrace o Brasil, abrace o nosso povo”, disse, citando os indígenas, os negros, os europeus, as crianças, os pobres e os enlutados “pelas 600 mil mortes” por covid-19 no país. “E abraçamos também nossas autoridades, para que juntos construamos um Brasil pátria amada. Para ser pátria amada não pode ser pátria armada. Para ser pátria amada, seja uma pátria sem ódio, sem mentira e fake news, sem corrupção. E pátria amada com fraternidade”, afirmou, ao se referir a Fratelli Tutti, encíclica do papa Francisco sobre a fraternidade e a amizade social.

Sobre a aliança, o arcebispo disse que “é sinônimo de amizade, amizade pessoal, mas, o papa pede e a doutrina social da Igreja também, uma amizade social”. “Aliança significa parceria, diálogo mútuo, empatia, união e democracia”, afirmou dom Orlando, pedindo ainda que todos sejam “aliados do bem-comum” e “que nenhum brasileiro e brasileira possa caçar no lixo ossos para sobreviver”.

Por fim, dom Orlando agradeceu a Nossa Senhora Aparecida, porque durante a pandemia “foi consoladora, conselheira, mestra, companheira e guia do povo brasileiro, que hoje te agradece de todo coração”. “Porque vacina sim, ciência sim e Nossa Senhora Aparecida juntos salvando o povo brasileiro”, concluiu. Sem nomear ninguém, a fala de dom Orlando tocou em todos os pontos pelos quais o presidente Jair Bolsonaro tem sido atacado por seus críticos e opositores.

À tarde, o presidente Jair Bolsonaro chegou ao Santuário de Aparecida acompanhado pelos ministros da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e da Cidadania, João Roma. Eles participaram da missa das 14h, presidida por dom Orlando Brandes. Na ocasião, Bolsonaro foi encarregado de fazer a primeira leitura e rezou a oração de consagração a Nossa Senhora Aparecida.

Dom Orlando Brandes não pronunciou a homilia durante esta celebração. A reflexão ficou a cargo do redentorista padre José Ulysses da Silva, que falou sobre a pandemia de covid-19. “Podemos dizer, graças a Deus estamos vivos, estamos aqui. Talvez, tivemos que chorar pessoas que se foram. Nossa Senhora, ao longo de toda essa pandemia, tenho certeza, enxugou as lágrimas de muitas pessoas, de muitas famílias”.

Segundo o sacerdote, “ao longo dessa pandemia certamente algo temos que aprender”. Disse que a “primeira lição que Nossa Senhora nos dá é o valor da vida de cada um de nós, um valor que deve prevalecer sobre todo e qualquer valor desse mundo, nossos interesses políticos, econômicos e até religiosos”. Além disso, afirmou que outra lição é que “nossa vida é conectada uns com os outros”. “Ninguém vive sozinho e certamente foi graças à solidariedade, ao cuidado que nós não atravessamos crises ainda mais violentas do que poderíamos atravessar”, disse e agradeceu “a Nossa Senhora por todos os agentes de saúde que se cansaram demais para dar conta desse tempo tão difícil”.

“Ficam as sequelas, as consequências e acho que Nossa Senhora pede a nós: continuem se cuidando. Há mesas vazias, há desemprego, há sequelas da enfermidade e tudo isso ainda vai levar algum tempo”, disse. Por isso, pediu para olhar “para Nossa Senhora e, com o mesmo carinho que Ela olha para você, continue sendo solidário, continue estendendo a mão, continue ajudando”.

Fonte: https://www.acidigital.com/

São Calisto I

São Calisto I | Vatican News
São Calisto I, Papa e Mártir

São Calisto I, defendeu a Misericórdia de Deus, que se expressa pela Igreja, que perdoa os pecadores

Os Papas da Igreja são por excelência os Príncipes do Cristianismo, e hoje lembramos um dos Príncipes da Fé que mais se destacou entre os primeiros Papas: São Calisto I.

Filho de uma humilde família romana, nasceu em 160. Administrador dos negócios de um comerciante, Calisto passou por grandes dificuldades, pois algo saiu de errado no trabalho, chegando a ser flagelado e deportado para a ilha da Sardenha, onde como condenação enfrentou trabalhos forçados nas minas, juntamente com cristãos condenados por motivos de fé.

Sem dúvida, com a convivência com os cristãos que enfrentavam o martírio, pois o Cristianismo era considerado religião ilegal, Calisto decidiu seguir a Jesus. Mais tarde muitos cristãos foram resgatados do exílio e a comunidade cristã o libertou.

O Santo de hoje colaborou com o Papa Vítor e depois como diácono ajudou o Papa Zeferino em Roma, pois assumiu, com muita sabedoria, a administração das catacumbas, na Via Ápia, que eram aqueles cemitérios cristãos, que se encontravam no subsolo por motivos de segurança, e também serviam para celebrações litúrgicas, além de guardar para a ressurreição os corpos dos mártires e dos primeiros Papas.

Com a morte do Papa Zeferino, o Clero e o povo elegeram Calisto como o sucessor deste, apesar de sua origem escrava. Foi perseguido, caluniado e morreu mártir, quando acabou condenado ao exílio. Segundo a tradição mais segura, morreu numa revolta popular contra os cristãos e foi lançado a um poço.

Durante os seis anos de pastoreio zeloso e santo, São Calisto I condenou a doutrina que se posicionava contra a Santíssima Trindade. Até o seu martírio defendeu a Misericórdia de Deus, que se expressa pela Igreja, que perdoa os pecados dos que cumprem as condições de penitência, assim, combatia Calisto os rigoristas que condenavam os apóstatas adúlteros e homicidas.

São Calisto I, rogai por nós!

Fonte: https://catholicus.org.br/

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Governo francês aproveita abusos sexuais para atacar segredo da confissão

Adresse aux Français I YouTube

Outros governos também pressionam, indevidamente, pela intervenção estatal no segredo da confissão sacramental.

O governo francês está se aproveitando do recente relatório sobre abusos sexuais perpetrados por clérigos criminosos para atacar o segredo da confissão sacramental.

Segundo o relatório publicado na terça-feira passada por uma comissão independente que investigou acusações ao longo de 32 meses, teria havido na França, entre 1950 e 2020, pelo menos 330.000 casos de abuso sexual contra menores, cometidos por bandidos dentro do clero ou entre leigos católicos em ambientes ligados à Igreja. Trata-se de uma estimativa com base em sondagens. O relatório registrou também que uma parte dos superiores católicos foi omissa diante dos casos relatados.

O segredo da confissão na mira do governo

A comissão independente, extrapolando as suas atribuições, chegou a sugerir uma “revisão do sigilo confessional”, o que a Igreja descarta porque o segredo de confissão sacramental é inviolável.

Dom Éric de Moulins-Beaufort, presidente da Conferência Episcopal Francesa, enfatizou em entrevista à Rádio France Info que o segredo da confissão “é mais forte do que as leis”.

Reagindo a esta declaração de dom Éric, porém, o porta-voz do governo francês, Gabriel Attal, retrucou que “nada é mais forte que as leis da República”. Aliás, o governo do atual presidente Emmanuel Macron já havia chegado a afirmar, em ocasião anterior, que “as leis da República também estão acima das leis de Deus”.

O próprio Macron, quando questionado sobre os casos de abusos apontados pelo relatório, pediu a dom Éric que explicasse o porquê de se manter o sigilo confessional na Igreja. Adicionando mais pressão, o ministro francês do Interior, Gerald Darmanin, afirmou que receberá dom Éric no início desta semana, a pedido do presidente, para “esclarecer as coisas”. Cabe lembrar que o ministério de Darmanin é o responsável, no governo francês, pela tutela dos cultos religiosos.

Abusos sexuais, entre fatos e narrativas

A se confirmarem as estimativas levantadas pelo relatório, teria havido entre 1950 e 2020 cerca de 3.200 criminosos abusadores sexuais entre os padres, religiosos e leigos católicos da França. O número corresponde a cerca de 3% do total de pessoas consagradas no país, incluindo clérigos e leigos.

A ocorrência desses crimes evidentemente exige medidas firmes das autoridades eclesiásticas e civis para punir os bandidos e reprimir contundentemente essa prática abominável. Entretanto, o cenário tem servido de justificativa para generalizações ideologicamente enviesadas e para restrições desproporcionais à liberdade de consciência e de religião, o que equivale a alegar resolver um problema criando novos.

O mesmo cenário tem ocorrido em outros países que também pressionam, indevidamente, pela intervenção estatal no segredo da confissão sacramental. Um dos governos mais agressivos a este respeito é o da Austrália. Confira, a propósito, os artigos recomendados a seguir.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF