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segunda-feira, 18 de outubro de 2021

São Lucas

São Lucas | arquisp
18 de outubro

São LUCAS, EVANGELISTA, MÉDICO, PADROEIRO DOS ARTISTAS

Um escrito do século II, que estudos recentes consideram historicamente verídico, sintetiza do seguinte modo o perfil deste santo evangelista: “Lucas, um sírio de Antioquia, médico de profissão, discípulo dos apóstolos, mais tarde seguiu são Paulo até a confissão (martírio) deste. Serviu irrepreensivelmente ao Senhor, jamais tomou mulher, nem teve filhos. Morreu aos 84 anos, na Boécia, cheio do Espírito Santo”.

Das notas de viagem, isto é, dos Atos dos Apóstolos, no qual Lucas fala na primeira pessoa, apreendemos todas as notícias que a ele dizem respeito, além de breves acenos nas cartas de são Paulo — o apóstolo ao qual, mais do que a qualquer outro, estava ligado por fraterna amizade.

“Saúda-vos Lucas, médico amado”, lê-se na Carta aos Colossenses. A profissão de médico pressupõe uma boa cultura. Realmente, em seus escritos se revela um homem culto, com inclinações artísticas e bons dotes literários. Com são Paulo realizou a segunda viagem missionária de Trôade a Filipos, por volta do ano 50. Em Filipos deteve-se um par de anos para consolidar o trabalho do Apóstolo, após o qual voltou a Jerusalém.

Foi de novo companheiro de viagem de são Paulo e compartilhou com ele a prisão em Roma.
Os cristãos orientais atribuem ao “médico pintor”, Lucas, numerosos quadros representando a Virgem. Em seu evangelho, escrito em um grego fluente e límpido, Lucas traça a biografia da Virgem e fala da infância de Jesus. Revela-nos os íntimos segredos da Anunciação, da Visitação e do Natal, fazendo-nos entender que conheceu pessoalmente a Virgem, a ponto de alguns exegetas considerarem que tenha sido Maria quem lhe transcreveu o Magnificat. É Lucas mesmo quem afirma ter feito pesquisas e pedido informações sobre fatos relativos à vida de Jesus junto àqueles que deles foram testemunhas. Só Maria podia ser testemunha da Anunciação e dos fatos que se seguiram.

Lucas conhecia os evangelhos de Mateus e Marcos quando começou a escrever o seu, antes do ano 70. Julgava que ao primeiro faltava uma certa ordem no desenvolvimento dos fatos e considerava o segundo por demais conciso.

Como diligente estudioso, Lucas, depois de ter documentado escrupulosamente as notícias da vida de Jesus “desde o início”, quis narrá-la novamente de forma ordenada, de modo que os fatos e ensinamentos progredissem pari passu como a realidade.

Deu prova da mesma agradável fluência narrativa também na redação dos Atos dos Apóstolos.
Três cidades se ufanam de conservar suas relíquias: Constantinopla, Pádua e Veneza.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

domingo, 17 de outubro de 2021

FILOSOFIA: Nove maneiras de como se não deve falar de Deus

Foto: Canção Nova - Formação

Nove maneiras de como se não deve falar de Deus

Por Raimon Panikkar

Os nove pontos seguintes são um contributo para resolver um conflito que faz de muitos dos nossos contemporâneos um grupo à parte. De facto, parece que muita gente não é capaz de resolver o seguinte dilema: ou acreditar na caricatura de Deus que não é mais do que a projecção dos seus desejos insatisfeitos, ou não acreditar em nada em absoluto e, consequentemente, nem em si mesmos.

Pelo menos desde Parmênides, a maior parte da cultura ocidental tem-se centrado à volta da experiência-limite do Ser e da Plenitude. Grande parte da cultura oriental, por sua vez, pelo menos a partir dos Upanixades, centra-se à volta da consciência-limite do Nada e do Vazio. A primeira é atraída pelo mundo das coisas enquanto nos revelam a transcendência da Realidade. A segunda é atraída pelo mundo do subjectivo o qual nos revela a impermanência dessa mesma verdadeira Realidade. Ambas se preocupam com o problema da "finalidade", o fim último a que muitas tradições chamaram Deus.

As nove breves reflexões que se seguem nada dizem acerca de Deus. Em vez disso, desejariam apenas indicar a que circunstâncias o discurso sobre Deus tem de ser adequado e mostrar-se eficaz, se se quiser manter útil para nos ajudar a viver nossas vidas de uma maneira mais plena e mais livre. Não procedemos desta maneira para evitarmos abordar "isso" que é Deus, mas talvez por termos uma profunda intuição: não podermos falar de Deus da mesma maneira como falamos de outras coisas.

É importante que se tenha em conta o facto de que a maioria das tradições humanas falam de Deus tão só no vocativo. Deus é uma invocação.

As nove facetas que esta reflexão apresenta é um esforço para formular nove pontos, os quais, quanto a mim, deveriam ser aceites como base para o diálogo que os homens não podem por muito mais tempo adiar sob pena de se reduzirem a nada mais do que robôs programados. Em cada ponto acrescentei apenas alguns comentários, concluindo com citações da tradição cristã as quais servem apenas de ilustração.

1. Não podemos falar de Deus sem primeiro ter alcançado um silêncio interior

Assim como é necessário fazer uso de um acelerador de partículas e de matrizes matemáticas para falar com conhecimento de causa de elétrons, necessitamos, para falar de Deus, de uma pureza de coração que nos permitirá ouvir a Realidade sem outra interferência que a auto-investigação. Sem este silêncio do processo mental, não podemos elaborar qualquer discurso sobre Deus que não se reduza a uma simples extrapolação mental. Sem esta condição nós estaremos apenas a projetar as nossas próprias preocupações, boas ou más. Se procurarmos Deus com o fito de fazer uso do divino para qualquer coisa, estamos a ultrapassar a ordem da Realidade. Diz o Evangelho: "Quando orares, procura a mais profunda e a mais silenciosa parte da tua casa."

2. Falar sobre Deus é um discurso suigêneris

É radicalmente diferente do discurso sobre outra coisa qualquer, porque Deus não é uma coisa. Fazer de Deus uma coisa seria fazer de Deus um ídolo, mesmo que se trate de um ídolo mental.

Se Deus fosse apenas uma coisa, escondida ou superior, uma projecção do nosso pensamento, não seria necessário dar a "isso" um nome. Poder-se-ia com vantagem falar de um super-homem, uma super causa, uma meta-energia, ou meta-pensamento ou não sei o quê de outra coisa qualquer. Não seria necessário, em ordem a imaginar um arquiteto inteligentíssimo que outro não pudesse igualar ou um arquiteto de engenho inultrapassável, usar o termo "Deus"; bastaria falar do super desconhecido por de trás de todas as coisas que não conhecemos. É este o Deus das "descontinuidades" , o Deus dos espaços entre as matérias, cuja retirada estratégica tem vindo a ser revelada mais ou menos nestes três últimos séculos. "Não dirás o nome de Deus em vão", diz a Bíblia.

3. O discurso acerca de Deus é um discurso sobre o nosso ser todo inteiro.

Não é matéria de pressentimento, "feeling", da razão, do corpo, de ciência, de filosofia acadêmica e/ou de teologia. A experiência humana, em todos os tempos sempre procurou exprimir um "algo" de outra ordem que é "um mais" tanto na base como no fim de tudo o que somos, sem excluir ninguém. Deus, se Deus "existe", não está à esquerda, nem à direita, nem acima nem abaixo seja qual for o sentido destas palavras. "Deus não faz distinção entre pessoas", diz São Pedro.

4. Não é um discurso acerca de qualquer igreja, religião ou ciência.

Deus não é monopólio de qualquer tradição humana mesmo daquelas que a si mesmas se intitulam de teístas ou das que se consideram religiões. Todo e qualquer discurso que tenta tornar Deus prisioneiro de uma ideologia seja ela qual for é um discurso sectário.

É inteiramente legítimo definir o campo semântico das palavras, mas quem limitar o campo de "Deus" à idéia que um dado grupo humano faz do divino acaba sempre por defender uma concepção sectária de Deus. Se existe "alguma coisa" que corresponde ao termo "Deus", não o podemos confinar a nenhum "apartheid".

Deus é o Todo (to pan); A Bíblia hebraica diz isso; também as Escrituras cristãs repetem o mesmo.

5. É um discurso que sempre corresponde à expressão de uma fé

É impossível falar sem a linguagem. Do mesmo modo, não há linguagem que se não adapte a esta ou àquela crença. Contudo, nunca se deve confundir o Deus do qual falamos com a linguagem ou a crença que dá expressão ao Deus em que acreditamos. Existe uma relação transcendental entre o Deus que a linguagem simboliza e aquilo que nós atualmente sabemos acerca de Deus. A tradição ocidental falou freqüentemente de misterium – palavra que não significa nem enigma nem desconhecido.

Toda a linguagem é condicionada pela cultura e a ela está ligada. Mais, a linguagem depende do contexto concreto o qual, por sua vez e ao mesmo tempo a alimenta de significações e lhe determina os limites do campo significativo. Precisamos de um dedo, olhos e de um telescópio a fim de localizar a lua, mas não a podemos identificar com o sentido que aqueles instrumentos indicam. É preciso ter em conta a intrínseca inadequação de todas as formas de expressão. Por exemplo, as provas da existência de Deus que foram desenvolvidas no período da escolástica cristã só podem demonstrar aos que crêem em Deus que a existência do divino não é uma irracionalidade. Se assim não fora, como poderiam ser capazes de saber que a prova demonstrava aquilo de que precisamente andavam à procura?

6. É um discurso acerca do símbolo e não do conceito

Não se pode fazer de Deus o objeto de qualquer conhecimento ou de qualquer crença. Deus é um símbolo simultaneamente revelado e escondido no símbolo de tudo aquilo que vamos exprimindo enquanto falamos. O símbolo é símbolo porque simboliza e não por causa de ser interpretado como tal. Não há hermenêutica possível para um símbolo porque é ele próprio a hermenêutica. Aquilo de que fazemos uso para interpretar é o próprio símbolo.

Se a linguagem fosse apenas um instrumento para designar objetos, nunca seria possível um discurso sobre Deus. Os humanos não falam apenas para transmitir informação, mas porque sentem uma necessidade intrínseca de falar – quer dizer, para viver em pleno, participando linguisticamente num dado universo.

"Nunca ninguém viu Deus", disse S. João.

7. Falar sobre Deus é, necessariamente, um discurso polissêmico.

Trata-se de um discurso que não pode ser limitado a uma sentença estritamente analógica. Não pode haver desse discurso um primum analogatum uma vez que não pode haver uma meta-cultura a partir da qual se possa continuar o discurso. Se uma houvesse seria uma cultura. Existem muitos conceitos sobre Deus, mas nenhum é "conceito de" Deus. Isto significa que procurar limitar, definir ou conceber Deus é um empreendimento contraditório: o produto de um tal procedimento seria apenas uma criação do espírito, uma criatura.

"Deus é maior que o nosso coração", diz São João numa das suas epístolas.

8. Deus não é o único símbolo para indicar o que o termo «Deus» deseja transmitir.

O pluralismo é inerente, em última análise, à condição humana. Não podemos "compreender" ou significar o que a palavra "Deus" representa na óptica de uma única perspectiva ou mesmo a partir de um único princípio de inteligibilidade. Na verdade nem a palavra "Deus" é necessária. Toda a tentativa para tornar absoluto o termo "Deus" destrói as ligações não só com mistério divino (que deixaria assim de ser absoluto – isto é sem dependência relacional de qualquer espécie), mas com os homens e com as mulheres daquelas culturas que não sentem a necessidade deste símbolo. O reconhecimento de Deus caminha sempre com a experiência da contingência humana e com a própria contingência do conhecimento de Deus, uma atrás da outra.

O catecismo cristão resume isto dizendo que Deus é infinito e imenso.

9. É um discurso que inevitavelmente se completa a si mesmo outra vez num novo silêncio.

Um Deus que fosse completamente transcendente – o que poderia significar querer falar sobre um tal Deus? – tornar-se-ia supérfluo, ou até mesmo uma hipótese perversa. Um Deus inteiramente transcendente levaria a negar a imanência divina e ao mesmo tempo destruiria a transcendência humana. O mistério divino é inefável e não há discurso que o possa descrever.

É característica humana reconhecer que a própria experiência é limitada não só no sentido linear em direção ao futuro, mas também intrinsecamente nos alicerces que a sustenta. Não há experiência, a não ser que sabedoria e amor, se unam, corporalmente e temporalmente. "Deus" é uma palavra que agrada a algumas pessoas e desagrada a outras. Esta palavra, ao irromper no silêncio da existência, permite-nos redescobrir uma vez mais esse silêncio. Nós somos, cada um de nós é, uma existência de uma "sistência" que permite polongarmo-nos pelo tempo fora, estendermo-nos pelo espaço, consubstancial com o resto do universo quando insistimos em viver, caminhando em frente à procura, resistindo à cobardia e à frivolidade, subsistindo precisamente neste mistério a que muitos chamam Deus e outros preferem não nomear.

"Recolhe-te no silêncio e sabe que eu sou Deus", declara um Salmo.

Haverá quem lamente que eu tenha uma idéia demasiado precisa de Deus, mesmo que suponha que eu haja aqui escrito alguma coisa de acertado. Desejaria responder que, pelo contrário, eu tenho uma idéia muito precisa do que Deus não é – e mesmo esta idéia não se subtrai ao ataque crítico destes nove pontos. Mas apesar disto, não se trata de um circulo vicioso, mas antes, um novo exemplo do ciclo vital da Realidade. Não se pode falar da realidade fora da realidade nem fora do pensamento, tal como é impossível amar sem amor. Talvez o mistério divino dê sentido a todas estas palavras. A experiência do divino mais simples e despretensiosa consiste na tomada de consciência de tudo aquilo que quebra o nosso isolamento (solipsismo) ao mesmo tempo que respeita a nossa solidão (identidade).

Por Raimon Panikkar

O texto em inglês disponível em http://www.aril.org/panikkar.htm

ADVERTÊNCIA só minha, o responsável por esta página


Fonte: https://www.ecclesia.org.br/

Uma alma do Purgatório te agradecerá por isto

Zvonimir Atletic | Shutterstock
Por Cláudio de Castro

Podemos fornecer uma ajuda enorme a um falecido. Mas você sabe como fazê-lo?

purgatório é real. Se você morrer com pecados veniais, passará algum tempo purgando-os, purificando-os, até que sua alma, livre de pecados, possa ir para o Céu.

Santa Faustina Kowalska teve uma visão do purgatório e o descreve desta maneira:

Eu vi o Anjo da Guarda, que me disse para segui-lo. Em um ponto, encontrei-me em um lugar nebuloso, cheio de fogo, e havia uma multidão de almas sofredoras lá. Essas almas estavam orando com grande fervor, mas sem eficácia para si mesmas; só nós podemos ajudá-las.

Um padre comentou em um programa de rádio que se dedicou a tirar uma alma do purgatório por dia, rezando o Terçodiante de Jesus no sacrário.

Ele oferecia a indulgência que ganhava com a recitação desses rosários para as almas mais necessitadas da Misericórdia Divina.

Muitos santos presenciaram aparições de almas do purgatório que “com a permissão de Deus” apareceram para pedir seus favores – uma missa, a recitação do rosário… – para ajudá-las a sair daquele lugar de tormentos.

E quando elas conseguem, antes de embarcarem em sua viagem ao Paraíso, agradecem pelo imenso favor recebido.

Eu sinto que as almas no purgatório são nossas irmãs. E busco maneiras de ajudá-las. Também procuro conscientizar as pessoas sobre nossa obrigação moral de se recordar das almas do purgatório e mantê-las em nossas orações. É um ato de misericórdia que agrada muito a Deus.

São Josemaría Escrivá disse sobre elas:

As benditas almas do purgatório: levai-as muito em conta em vossos sacrifícios e orações. Espero que, quando referirdes a elas, vós possais dizer: “Minhas boas amigas, as almas do purgatório…”

Mas como ajudá-las concretamente? Existem 3 maneiras muito eficazes.

1. COM INDULGÊNCIAS

Ofereça indulgências pelas almas do purgatório. Você deve estar na graça de Deus para receber indulgências; precisa se confessar, receber a Comunhão e orar pelas intenções do Papa.

2. COM MISSAS

Pois os méritos de uma única missa são infinitos.

3. COM SUA FERVOROSA ORAÇÃO

Particularmente através da recitação do Terço.

Como ajudar os falecidos

Diz o Catecismo da Igreja:

Desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos, oferecendo sufrágios em seu favor, particularmente o Sacrifício eucarístico para que, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também a esmola, as indulgências e as obras de penitência a favor dos defuntos:

«Socorramo-los e façamos comemoração deles. Se os filhos de Job foram purificados pelo sacrifício do seu pai por que duvidar de que as nossas oferendas pelos defuntos lhes levam alguma consolação? […] Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer por eles as nossas orações».

CIC 1032

Eu realmente gosto de oferecer todas as infinitas graças que recebo em cada missa para as benditas almas do purgatório.

Eu sei que elas precisam e nos imploram por isso. É como se elas gritassem constantemente: “Ajudai-nos!”

Você aceitaria rezar também pelas benditas almas do purgatório? Elas precisam e vão te agradecer muito.

Reze a Deus por elas, e particularmente por aquelas que mais precisam da misericórdia divina.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Abertura da etapa arquidiocesana do Sínodo dos Bispos na Arquidiocese de Brasília

Arquidiocese de Brasília

No domingo (17), será aberta a etapa arquidiocesana do Sínodo dos Bispos na Arquidiocese de Brasília. O caminho sinodal proposto pelo Papa Francisco foi iniciado no último dia 10 de outubro e se desenvolverá até outubro de 2023. Neste vídeo, Dom Paulo Cezar, Arcebispo de Brasília, explica a proposta do Sínodo e convida todos os fiéis da Arquidiocese a participarem da abertura, no próximo domingo, às 10h30 na Catedral Metropolitana de Brasília e a caminharem juntos nessa proposta do Santo Padre.

https://youtu.be/lQcrnQcCKec

Sínodo dos Bispos

Diferente dos sínodos anteriores e, levando em conta o tema escolhido pelo Santo Padre – A Sinodalidade – a preparação para a reunião que acontecerá dentro de dois anos, recolherá experiências, participações e material advindos de todo o mundo. O caminho foi iniciado com a preparação dos documentos, textos e questionários preparados pela Secretaria do Sínodo dos Bispos, bem como a divulgação do itinerário que será percorrido pelos católicos de todo o mundo, unidos a suas dioceses, movimentos, famílias religiosas e outras realidades de vida e vocação. Em seguida, a partir do próximo domingo (17), será aberta a etapa diocesana, onde as Igrejas particulares irão se reunir para dialogar e discernir propostas que serão enviadas a próxima etapa nas Conferências episcopais, que farão uma síntese de seu país para serem apresentadas as conferências continentais que, por fim, enviarão a Roma para que, os bispos delegados para a Reunião do Sínodo em outubro de 2023 possam construir as propostas que podem auxiliar a Igreja no caminho de redescoberta de sua vivência sinodal.

Encontrar, escutar, discernir

Para iluminar o percurso destes dois anos, o Santo Padre utilizou-se do Evangelho da Liturgia do dia que relata a história do jovem rico. “Fazer Sínodo significa caminhar pela mesma estrada, caminhar em conjunto. Fixemos Jesus, que na estrada primeiro encontra o homem rico, depois escuta as suas perguntas e, por fim, ajuda-o a discernir o que fazer para ter a vida eterna. Encontrar, escutar, discernir: três verbos do Sínodo, nos quais me quero deter.” Desde o início de seu pontificado, o Papa Francisco tem insistido na necessidade da cultura do encontro. Nesta homilia, o Pontífice afirma que “encontrar” é dar importância, dispensar tempo, dar espaço a oração entre os pares, além de, não ser só uma ação diante do irmão, mas também, diante de Jesus Cristo. Elaborar teorias e fazer eventos não são a prioridade, mas sim, cultivar esta cultura do encontro que torna o homem único diante do outro.

Diferente do que muitas instâncias pregam hoje, o ato de parar e escutar é uma demonstração de que o outro é importante. Jesus escuta os dilemas e os questionamentos do jovem rico e só depois apresenta a ele as soluções. Se se faz o contrário, não há frutos pois não se saberá qual a dificuldade do outro. E quando se escuta, se dialoga, se caminha junto, pode-se, então, discernir. O discernimento deve ser uma via de mão dupla, sobretudo no caminho sinodal. As reflexões são construídas em conjunto. Não se fazem a partir de um estudo particular, mas recolhendo experiências, pensamentos, angústias e alegrias para que, com várias mãos, se produza o melhor para a comunidade.

Processo de escuta

E como a experiência deste caminho sinodal será de participação de todos na Igreja, o Santo Padre não deseja escutar tão somente o clero, mas também os fiéis leigos de todo mundo, as famílias religiosas e as mais variadas experiências eclesiais, é importante saber como essas dimensões acolhem essa nova vivência. O missionário Thulio Fonseca, da comunidade Canção Nova, que serve em Roma partilha como foi sua impressão na Missa de abertura: “Algo que define o caminho sinodal é de fato o ‘caminhar juntos’, e foi isso que experimentei na abertura do Sínodo aqui no Vaticano. A experiência de unidade que nos faz ser Igreja foi o expoente que nos uniu em cada momento desta primeira etapa, e para mim a Santa Missa de abertura foi muito marcante, pois o sínodo está apenas começando, e com o envio do Papa Francisco fomos encorajados a viver isso em nossas realidades locais, dioceses, grupos paroquiais e em nossas famílias. Também a proximidade da Cúria Romana com o povo de Deus nos enche de esperança, na certeza de que esse diálogo trará belos frutos de comunhão, participação e missão para todos os batizados.”

Fonte: https://arqbrasilia.com.b

Reflexão para o 29º Domingo do Tempo Comum

Evangelho do XXIX Domingo do Tempo Comum - "B" - Salvos por sua morte |
Vativan News

É, para o Senhor, mais importante servir, dar a vida, do que sentar-se à sua direita ou à sua esquerda. Jesus não pensa em humildade versus orgulho, mas em entrega até à morte, em favor do irmão.

Padre César Augusto dos Santos, S.J. - Vatican News

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2021/10/15/18/136222064_F136222064.mp3

No Evangelho de hoje, extraído de Marcos 10, 35-45, temos o pedido insólito dos irmãos Tiago e João, filhos de Zebedeu, para ocuparem os dois assentos de honra, ao lado de Jesus, quando esse estiver na glória.

A resposta do Senhor, antes de ser sim ou não, é uma pergunta sobre o preparo dos dois em relação à paixão, se eles estavam preparados para vivê-la, para em seguida anunciar a dificuldade em responder, já que isso não dependia dele.

A atitude dos dois irmãos demonstra o sentimento dos demais discípulos, ao ficarem indignados pela ousadia deles em se adiantarem naquilo que todos desejavam, ou seja, destaque, honra, poder. Jesus, certamente decepcionado com a reação dos escolhidos, aproveita o momento e dá mais uma lição, não tanto de humildade, mas de serviço. Jesus não aproveita o momento para falar da humildade, como tal, mas para falar na entrega de si ao serviço dos irmãos. É, para o Senhor, mais importante servir, dar a vida, do que sentar-se à sua direita ou à sua esquerda. Jesus não pensa em humildade versus orgulho, mas em entrega até à morte, em favor do irmão; do mesmo modo que na última ceia, ao lavar os pés dos apóstolos, o Senhor não coloca o acento no gesto próprio dos escravos, mas sim no serviço. É o que Tiago colocará em sua carta, a fé sem obras é morta! Podemos dizer que a humildade sem serviço é estéril.

Vestir uma roupa simples, ter modos recatados pode até ser louvável em uma sociedade cristã, mas isso não significa imitar a simplicidade do Messias. A simplicidade tem valor, para ele, se for consequência de um gesto de serviço, se estiver unida à entrega pelo bem do outro. A simplicidade do presépio, da vida em Nazaré, anunciava o nascimento do Servo de Javé, o anúncio do Reino de Deus, com a inversão dos valores até então pregados. O Rei deixa o palácio, sua vida de poder, para se solidarizar com o marginalizado e, através da entrega total, reintegrá-lo na Vida! 

segunda leitura, tirada da Carta aos Hebreus 4, 14-16 nos fala de Jesus como o eminente Sumo Sacerdote que entrou no Céu, que se compadeceu de nossas fraquezas, após sua provação em tudo, exceto no pecado.

Finalmente o autor da Carta nos convida a nos aproximarmos, com total confiança, do trono da graça, para alcançarmos misericórdia e auxílio no momento oportuno. Esse convite, claro que é também para nós, cristãos do século XXI. Jesus é nossa salvação, nosso recurso para a Vida. Deveremos nos permitir uma vida serena, sabendo que Jesus de Nazaré, o Servo do Senhor, o Seu Filho, se entregou por nós e prestou a maior liturgia possível, a entrega ao Senhor, através de sua paixão e serviço. 

Como nos fala a primeira leitura Isaías 53, 10-11, o Justo “fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas.” Essa é a missão do Cristo, daquele que é o grande servidor, que se entregou ao Pai, na cruz, em nosso favor. Ele nos justificou. Também nós, deveremos trabalhar pela justificação de todos. Peçamos esse auxílio para o momento oportuno, não de nos sentarmos em tronos privilegiados, mas em colaborarmos totalmente com a salvação de nossos irmãos, mesmo que isso implique a paixão, a cruz.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

A família brasileira de João Paulo I

Iria Tancon é parente de João Paulo I por parte da mãe de Albino Luciani

Dois primos separados pela migração. Porém, Bortola Tancon, mãe de Albino Luciani, nunca deixou de se corresponder com Giovanni Valentino Tancon, que fixou residência em Santa Catarina. A neta de Giovanni voltou a reunir a família encontrando-se com João Paulo I.

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

Se a migração italiana deu um Papa à Argentina, deu também uma família brasileira a João Paulo I.

A nossa história começa em 1897, a primeira onda migratória que uniu a Itália ao Brasil. Neste caso, mais precisamente a região do Vêneto com o Estado de Santa Catarina.

Foi ali, na Colônia Luiz Alves, que se estabeleceu um ramo da família Tancon, sobrenome da mãe de Albino Luciani: Bortola Tancon.

Apesar da distância, Bortola sempre manteve correspondência com seu primo, Giovanni Valentino Tancon, pois eram como irmãos, tendo crescido juntos em Canale d’Agordo, terra natal de João Paulo I. E foi justamente a neta de Giovanni, Iria, que viria a restabelecer o elo com a família de origem ao visitar a Itália e o ano não poderia ter sido mais providencial: 1978.

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2021/10/15/13/136221244_F136221244.mp3

“Eu o encontrei pela primeira vez em maio de 1978 em Roma, quando ele veio para uma visita ao Vaticano, e me convidou para almoçar com ele lá nas irmãs de Santa Dorotéia, em Forte Boccea. Foi aí que eu o conheci. Eu, toda tímida, com receio, imagina eu ia encontrar o patriarca. Quando ele chegou à sala para almoçar, juntamente com a sobrinha deleLina Petri, era como se eu o conhecesse a vida toda, era uma pessoa de uma simplicidade, de um carinho, um sábio na sua simplicidade. E aí conversamos de tudo, conversamos inclusive da viagem que ele tinha feito ao Brasil - e que não tinha procurado os parentes e não tinha encontrado - e esses parentes não estavam justamente no Estado em que ele esteve, porque ele esteve em São Paulo e Rio Grande do Sul, pulou justamente o Estado de Santa Catarina. Conversamos muito e a partir daí nasceu um carinho, e uma relação de espiritualidade realmente muito grande entre nós.

Quando veio a Roma para o Conclave, telefonei para ele para combinarmos uma janta e ele me prometeu: “Iria, assim que terminar o Conclave, agora eu não posso - ele era o presidente da CEI - preciso estar aqui para organização, mas assim que terminar, antes de subir para Veneza, nós vamos jantar juntos”. E infelizmente ou felizmente, quando terminou o Conclave, ele saiu Papa, aí não tivemos mais essa oportunidade.

Eu estava na Praça naquele momento em que foi anunciado a sua eleição, no Habemus Papam. Eu não posso descrever qual foi a minha emoção. Estava vivenciando como uma jovem, naquele tempo, um momento histórico particular e diria, depois que soube o nome, um momento familiar assim de grande intensidade. Foi uma emoção incontida, foi uma emoção que vocês eu acho que entendem, né? Não tem palavras para descrever. E depois no dia seguinte, no Angelus, eu estive também...

Seu irmão, "Zio" Berto, então me levou na audiência privada da família, junto com os seus. E quando ele veio ao meu encontro na sala de audiência lá do Vaticano, de longe já disse: “Grazie Iria del telegrama”. Imagina, no meio de tantos telegramas que ele recebeu, lembrar do meu telegrama que havia mandado por ocasião da sua eleição!

Essa simplicidade não me deixou encabulada. E ele veio ao meu encontro, aí pudemos conversar, e depois ele mandou pelo Tio Berto todos os jornais da eleição e da entronização que eu trouxesse para o meu pai, aqui para família. Então, ele era uma pessoa mesmo de família.

E eu gostaria também de dizer que nós aqui no Brasil, a família, mas não só, as pessoas têm uma veneração muito grande pelo Dom Albino. Ele cativou o nosso povo e mundo todo. Por isso, em 2010/2011, quando teve o ano da Itália no Brasil, esta Chiesetta nós consagramos ao Cristo dos Alpes, mas dedicamos a Dom Albino Luciani, ao Papa Sorriso. Então hoje o Papa Sorriso tem uma Chiesetta que o recorda, onde celebramos sempre a sua memória e a ele nós pedimos sempre a intercessão pelo nosso povo, pela nossa gente e pelo mundo todo. E ele, sorrindo, sempre nos abençoa."

A igreja dedicada a Dom Albino Luciani
Fonte: https://www.vaticannews.va/

Papa encontrará 500 pobres em Assis no Dia Mundial dos Pobres

Imagem referencial. Papa Francisco com os pobres.
Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
Por Mercedes de la Torre

Vaticano, 15 out. 21 / 12:32 pm (ACI).- Por ocasião do Dia Mundial dos Pobres de 2021, 14 de novembro, o papa Francisco viajará a Assis para se encontrar com 500 pobres de diferentes partes da Europa para ouvi-los e rezar com eles. A data foi estabelecida em 2017 pelo papa Francisco e cai sempre no 33º domingo do tempo comum, o último do ano litúrgico.

A visita do papa será "privada", segundo comunicado oficial do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.

Em Assis, o papa visitará na sexta-feira, 12 de novembro, a basílica de Santa Maria dos Anjos, que abriga em seu interior a Porciúncula em que Francisco viveu, e “encontrará, de forma privada, um grupo de 500 pobres de diferentes partes da Europa e passará um momento de escuta e oração com eles”.

O tema do Dia Mundial dos Pobres 2021 é “Sempre tereis pobres entre vós”, frase inspirada no Evangelho de São Marcos (Mc 14,7).

Em sua mensagem para este Dia Mundial, o papa destacou que “com frequência, os pobres são considerados como pessoas à parte, como uma categoria que requer um serviço caritativo especial”, porém, “seguir Jesus comporta uma mudança de mentalidade a esse propósito, ou seja, acolher o desafio da partilha e da coparticipação”.

“Tornar-se seu discípulo implica a opção de não acumular tesouros na terra, que dão a ilusão de uma segurança em realidade frágil e efêmera; ao contrário, requer disponibilidade para se libertar de todos os vínculos que impedem de alcançar a verdadeira felicidade e bem-aventurança, para reconhecer aquilo que é duradouro e que nada e ninguém pode destruir”, disse o papa.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Santo Inácio de Antioquia

S. Inácio de Antioquia | arquisp
17 de outubro

Santo Inácio de Antioquia

Inácio, “o teóforo” (aquele que conduz a Deus, como ele mesmo gostava de ser chamado), bispo do coração ardente (Inácio — Ignatius — quer dizer precisamente “fogo”) —, ficou na memória dos cristãos de todos os tempos por causa das inusitadas expressões de amor dirigidas a Cristo e à Igreja, as quais se lêem nas cartas escritas durante a viagem que, de Antioquia, devia levá-lo a Roma, para ser dado como pasto às feras — vítima ilustre da perseguição de Trajano.

Inácio ocupava desde o ano 79 a sede episcopal de Antioquia — a metrópole síria, terceira em ordem de grandeza no vasto Império Romano —, e o historiador Eusébio de Cesaréia o tem na conta de sucessor imediato de são Pedro.

Informa-nos de que “Inácio foi mandado da Síria a Roma para ser lançado como alimento às feras, por causa do testemunho dado por ele de Cristo. Realizando sua viagem pela Ásia, sob a custódia rígida de uma guarda numerosa, nas cidades onde parava, ia consolidando as igrejas com pregações e admoestações...”

De Esmirna, onde era bispo seu jovem amigo Policarpo, escreveu às igrejas de Éfeso, Magnésia e Tralli, confiando as cartas aos respectivos bispos — Onésimo, Dama e Políbio —, que haviam acorrido a fim de o encontrar para uma última saudação.

Chegado a Trôade, Inácio escreveu outras cartas, entre as quais uma a Policarpo, para confiar-lhe seus fiéis de Antioquia, a fim de que a grei não ficasse muito tempo sem pastor: “Onde está o bispo, aí esteja a comunidade, assim como onde está Cristo Jesus, aí está a Igreja católica”.
Esta última expressão, destinada a passar para a história, parece ter sido cunhada por ele, juntamente com a palavra “cristianismo”.

A viagem, depois da travessia de Durazo a Bríndisi, prosseguiu pela via Ápia até Roma, onde terminou seus dias no anfiteatro, devorado pelas feras, apesar de a comunidade cristã ter-se empenhado em poupar-lhe a pena capital. Mas ele desejava ardentemente o martírio: “Deixai-me ser alimento das feras, pelas quais me será dado desfrutar Deus. Eu sou o trigo de Deus: é preciso que ele seja triturado pelos dentes das feras a fim de ser considerado puro pão de Cristo”.

Para não ser incômodo a ninguém, almejava encontrar sepultura no ventre de alguma fera esfaimada. É provável que os fiéis tenham conseguido subtrair os restos de seu corpo martirizado até o extremo ultraje, pois desde a Antiguidade os cristãos de Antioquia veneram seu sepulcro, situado às portas da cidade, e celebram sua memória em 17 de outubro (dia adotado no novo calendário em lugar de 1º de fevereiro).

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

http://arquisp.org.br/

sábado, 16 de outubro de 2021

EUA registram mais de 100 ataques contra locais católicos desde maio de 2020

Vandalismo em uma porta da Catedral Basílica da Imaculada
Conceição em Denver, Colorado, em 10 de outubro de 2021 /
Crédito: Cortesia de padre Samuel Morehead

WASHINGTON DC, 15 out. 21 / 10:26 am (ACI).- O Comitê para a Liberdade Religiosa da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) informou que, desde maio de 2020, houve um total de 100 atos de vandalismo contra edifícios e monumentos católicos no país.

O mais recente ocorreu no último domingo, 10 de outubro, quando desconhecidos fizeram pichações satânicas e mensagens de ódio nas paredes da Catedral Basílica da Imaculada Conceição em Denver, Colorado, pouco antes da missa dominical.

O Comitê da USCCB começou a rastrear incidentes de incêndio criminoso, vandalismo e outros ataques a locais católicos nos Estados Unidos desde maio de 2020 e pondo cada um deles em uma lista em seu site oficial.

“Esses incidentes de vandalismo variam do trágico ao obsceno, do transparente ao inexplicável. Há muito desconhecimento sobre este fenômeno, mas no mínimo, ele ressalta que nossa sociedade tem uma grande necessidade da graça de Deus”, diz uma declaração emitida, em 14 de outubro, pelo cardeal Timothy Dolan, presidente do Comitê de Liberdade Religiosa, e pelo arcebispo Paul S. Coakley, presidente do Comitê de Justiça Doméstica e Desenvolvimento Humano da USCCB.

“Em todos os casos, devemos nos aproximar dos perpetradores com oração e perdão. É verdade que, quando o motivo foi a retribuição por alguma falta passada nossa, devemos nos reconciliar; onde o mal entendido dos nossos ensinamentos causou raiva contra nós, devemos oferecer clareza; mas esta destruição deve acabar. Essa não é a forma”, exortaram aos cidadãos.

Os arcebispos fizeram um chamado "às autoridades eleitas para que deem um passo a frente e condenem estes ataques”.

“Agradecemos às nossas forças da ordem por investigar estes incidentes e tomar as medidas adequadas para evitar danos maiores. Também pedimos ajuda aos membros da comunidade. Estes não são meros crimes contra a propriedade, é a degradação das representações visíveis da nossa fé católica. São atos de ódio”, afirmaram.

O Comitê para a Liberdade Religiosa da USCCB e o Comitê para Justiça Doméstica e Desenvolvimento Humano emitiram uma declaração sobre o vandalismo na igreja em 22 de julho de 2020.

O projeto “Beauty Heals” (Beleza cura) do Comitê para a Liberdade Religiosa, lançado em resposta à destruição de estátuas católicas, inclui vídeos de várias dioceses discutindo o significado da arte sacra.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Cai o número de seminaristas na Polônia, país europeu com mais vocações sacerdotais

Missa na capela do seminário em Poznan, Polônia (15/9/2018) /
Crédito: Mazur, catholicnews.org.uk

VALÊNCIA, 15 out. 21 / 03:25 pm (ACI).- Embora a Polônia ainda seja um dos países europeus com mais vocações sacerdotais, na última década experimentou uma diminuição drástica e progressiva do número de seminaristas.

O presidente da Conferência dos Reitores dos Seminários Maiores da Polônia, padre Piotr Kot, informou que o número de novos seminaristas que entraram nos seminários no país este ano diminuiu 20% em relação a 2020.

Em 12 de outubro, o padre disse à agência de notícias polonesa KAI que apenas 356 seminaristas começaram seus estudos em 2021, enquanto no ano passado havia 441 ingressantes. Segundo o padre Piotr Kot, dos 356 seminaristas que iniciaram os estudos, 242 visam o sacerdócio diocesano e 114, as ordens religiosas. São 47 seminaristas a menos nos seminários diocesanos e 38 a menos nas ordens religiosas, disse ele.

Segundo o semanário católico polonês Gość Niedzielny, as vocações sacerdotais diminuíram drasticamente na Polônia nos últimos anos. A publicação informou que, em 2012, inscreveram-se 828 candidatos no primeiro ano do seminário, enquanto em 2019 se inscreveram 498 pessoas. Em 2020, havia apenas 441 cadastrados.

Em março de 2021, os bispos poloneses fizeram os ajustes finais em um decreto, denominado “Ratio Institutionis Priestotalis pro Poland” (O caminho de formação dos sacerdotes na Polônia), onde estabeleceram novas regras para a formação sacerdotal.

Padre Kot disse ao jornal polonês que era difícil identificar com certeza todos os fatores por trás da diminuição das vocações sacerdotais.

Ele destacou que, embora Deus continue chamando os jovens das novas gerações para seguir a vocação ao sacerdócio, eles têm dificuldade em responder.

“Às vezes eles se julgam indignos ou incapazes de uma vida assim”, disse ele. “Por trás disso, podem estar histórias difíceis do passado: falta de modelos apropriados no lar, vícios precoces, problemas de personalidade e distúrbios de identidade”, disse ele.

“Outros estão relutantes em seguir o chamado de uma vocação porque uma imagem negativa da Igreja e do sacerdócio está enraizada em torno deles”, disse ele.

“Hoje esse fator é reforçado pela crise dos abusos sexuais. Se um jovem assim não entra numa oração mais profunda, não encontra um diretor espiritual ou recebe apoio em uma comunidade que vive a fé com entusiasmo e autenticidade, é difícil para ele responder ao chamado”, destacou.

Para o padre, outro fator que influencia a diminuição da opção pela vocação ao sacerdócio é o “hiperindividualismo” da sociedade contemporânea, que dificulta nos jovens a decisão de sacrificar a vida pelos demais.

A Igreja Católica na Polônia está sofrendo como consequência da crise de abusos sexuais noticiada no clero. Em junho, a Igreja relatou ter recebido 368 denúncias de abusos religiosos nos últimos dois anos e meio.

Desde novembro de 2020, o Vaticano tem tomado medidas disciplinares com vários bispos poloneses, principalmente aposentados, após investigações que foram realizadas aplicando a carta apostólica na forma do motu proprio “Vos estis lux mundi” do papa Francisco.

Deve-se notar que, apesar da diminuição do número de seminaristas, a Polônia continua sendo um dos países europeus com o maior número de vocações sacerdotais. O site “Notes from Poland” informou no ano passado que uma em cada quatro ordenações sacerdotais na Europa ocorrem na Polônia.

Na Irlanda, uma antiga potência católica com uma população de quase cinco milhões de pessoas, nove candidatos estão iniciando seus estudos para o sacerdócio este ano.

Em 2020, houve 56 ordenações sacerdotais diocesanas na Alemanha, um país vizinho à Polônia com uma população de 83 milhões de pessoas.

O relatório "A Igreja na Polônia", publicado em março deste ano, revelou que 91,9% dos poloneses, cerca de 32,5 milhões de pessoas, se identificam como católicos e 36,9% dos católicos na Polônia assistiam regularmente à missa.

A pesquisa observou que a Igreja Católica na Polônia tinha dois cardeais, 29 arcebispos, 123 bispos, 33,6 mil padres e cerca de 19 mil religiosos.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF