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terça-feira, 2 de novembro de 2021

Vocação Religiosa – Proposta aos Jovens

Crédito: A12

Mons. José  Maria Pereira

        No terceiro domingo do mês Vocacional celebramos a Vocação Religiosa. Quando nos referimos à vida religiosa, temos presente os homens e as mulheres que, vivendo em comunidade, buscam a perfeição pessoal e assumem a missão própria do seu Instituto, Ordem ou Congregação. Na solenidade da Assunção de Maria ao Céu, a Igreja lembra que a Mãe de Jesus é modelo para todos os cristãos, e, de forma particular, dos  que se consagram a Deus pelos conselhos evangélicos: pobreza, castidade e obediência. Hoje existem diferentes formas de vida consagrada, desde os que testemunham a fé em comunidades apostólicas, contemplativas e monásticas, até os que, pessoalmente, se inserem nas realidades profissionais e evangelizadoras, e aí vivem sua consagração e missão. Recordamos aqui os inúmeros institutos seculares.

       O fundamento evangélico da vida consagrada está na relação que Jesus estabeleceu com alguns de seus discípulos, convidando-os a  colocarem a sua existência ao serviço do Reino, deixando tudo e imitando mais de perto a sua forma de vida. A origem da vida consagrada está, pois, no seguimento de Jesus Cristo a partir da profissão pública dos conselhos evangélicos. A referência vital e apostólica são os carismas de fundação. Sua função consiste em dar testemunho de santidade e do radicalismo das bem-aventuranças.

       Eis alguns ensinamentos do Documento de Aparecida sobre os consagrados:” A vida consagrada é um dom do Pai, por  rmeio do Espírito, à sua Igreja. É um caminho de especial seguimento de Cristo, para dedicar-se a Ele com o coração indiviso e colocar-se, como Ele, a serviço de Deus e da humanidade, assumindo a forma de vida que Cristo escolheu para vir a este mundo: vida virginal, pobre e obediente” (Nº 216). Falando do valor do testemunho da vida contemplativa, continua Aparecida: “De maneira especial, a América Latina e o Caribe necessitam da vida contemplativa, testemunha de que somente Deus basta para  preencher a vida de sentido e de alegria. “Em um mundo que continua perdendo o sentido do divino, diante da supervalorização do material, vocês queridas religiosas, comprometidas desde seus claustros a serem testemunhas dos valores pelos quais vivem, sejam testemunhas do Senhor para o mundo de hoje, infundam com sua oração um novo sopro de vida na Igreja e no homem atual”(Nº 221 e Discurso de João Paulo II às Relegiosas de Clausura ,México, 30/01/1979).

       O Papa Bento XVI, no Discurso de Abertura da V Conferência, em Aparecida, referindo-se aos jovens e à pastoral vocacional, expressou: “Na América Latina a maioria da população está formada por jovens. A este respeito, devemos recordar-lhes que sua vocação é ser amigos de Cristo, discípulos, sentinelas do amanhã, como costumava dizer o meu predecessor João Paulo II. Os jovens não temem o sacrifício, mas, sim, uma vida sem sentido. São sensíveis à chamada de Cristo que os convida a segui-lo. Podem responder a essa chamada como sacerdotes, como consagrados e consagradas, ou ainda como pais e mães de família, dedicados totalmente a servir aos seus irmãos com todo o seu tempo, sua capacidade de entrega e com a vida inteira. Os jovens encaram a existência como constante descoberta, não se limitando às modas e tendências comuns, indo mais além com uma curiosidade radical acerca do sentido da vida, e de Deus Pai-Criador e Deus-Filho Redentor no seio da família humana. Eles devem se comprometer por uma constante renovação do mundo á luz de Deus. Mais ainda: cabe-lhes a tarefa de opor-se às fáceis ilusões da felicidade imediata e dos paraísos enganosos da droga, do prazer, do álcool, junto com todas as formas de violência”(D.I,5).

       Que, cada vez mais, os religiosos, as religiosas e consagrados sejam para o mundo testemunhas de que existe outra forma de viver com sentido. Rezemos para que sejam entre nós sinais vivos e confiáveis do amor de Deus e de seu Reino. Com eles vamos formar a grande comunidade, que é a Igreja, em sua missão de  evangelização. E que muitos jovens descubram que vale a pena dar a vida Àquele que por primeiro deu a  Sua vida por nós, Cristo Jesus.


Fonte: https://www.presbiteros.org.br/

Cardeal Tempesta: Rezar pelos mortos: nosso compromisso de fé!

Dom Orani oferta flores na quadra dos indigentes do
Cemitério de Santa Cruz | Vatican News.

Reze hoje pelos que te precederam na vida eterna. Amanhã, outros também irão rezar por ti! Que os fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz.

Cardeal Orani João Tempesta, O. Cist. - Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

As orações nas intenções das pessoas que já faleceram são expressões da ligação e do amor que temos para com elas. Através das nossas preces, gostaríamos de ajudá-las no momento da morte a se decidirem por Deus. É um sinal do nosso amor e da nossa solidariedade. Para o amor, a morte não é um limite. Na morte de um cristão, as possibilidades de se ajudar e de se doar não deixam de existir. Encontramos essa prática já no Antigo Testamento. Um dos testemunhos mais claros está em 2Mc 12,38-45, onde encontramos além da fé na ressurreição, a prática de oração e ajuda pelos mortos. Claro que precisamos compreender este auxílio e purificação após a morte dentro da prática da Igreja que chamamos de comunhão dos santos.

Fazemos parte do Corpo de Cristo que é a Igreja. Ensina-nos o Concílio Ecumênico Vaticano II, na Constituição Dogmática Lumem Gentium 49, que essa Igreja é peregrina na terra, triunfante no céu e padecente nesse processo de purificação. Por formarmos um único corpo, é que podemos ir em socorro dos nossos irmãos e irmãs falecidos, assim como podemos contar com a intercessão dos santos e santas que já estão junto de Deus. Ou seja, assim como no nosso corpo humano um membro beneficia o outro, no corpo espiritual, que é a Igreja, acontece o mesmo, o bem de cada um dos membros comunica-se a todos (1Cor 12,26).

Fique claro que não nos comunicamos com os mortos, mas fazemos comunhão com eles por meio do amor e da oração. Nós amamos na terra, eles nos amam no céu, nós rezamos na terra, eles louvam nos céus. E não há dúvidas que assim como temos o auxílio dos santos, nós podemos, com nossas orações, ajudar os que já morreram.

Dom Orani durante celebração da Santa Missa | Vatican News

Na oração pelos mortos como fazemos na Santa Missa que celebramos, não existe barreira entre céu e terra, entre vivos e mortos. Na Santíssima Eucaristia, participamos do banquete eterno, que os nossos entes queridos celebram, agora, junto com Deus. Podemos experienciar a comunhão com eles, que celebram as bodas eternas no mesmo momento.

Tenhamos presente que rezamos pelos mortos. Os bem-aventurados (santos) não precisam das nossas orações, por isso rezamos com eles invocando as suas intercessões. E rezamos pelos mortos na certeza de que nossas preces podem ajudá-los no encontro definitivo com Deus.

Vale lembrar que é parte da nossa fé a doutrina do purgatório. E é aqui que se justifica a nossa oração pelos mortos. Mas tenhamos presente que purgatório não é lugar. Por isso, não devemos pensá-lo nas categorias de tempo e espaço. Como se uma pobre alma permanecesse ali por tanto tempo afim de expiar os pecados. Alguns teólogos católicos compreendem o purgatório como sendo a imagem do encontro pessoal com Deus. No encontro com Ele, que nos ama, reconhecemos a dor que causamos aos outros com nossos pecados e sofremos a dor do arrependimento. Não podemos dizer quanto tempo leva essa dor, pois como dizíamos, fugimos das categorias de tempo e espaço.

Como dificilmente nos encontramos preparados para a morte, cremos na possibilidade da solidariedade na expiação dos pecados de uns pelos outros. Uma vez que após a morte não é possível fazer mais nada por si mesmo, os que morrem no pecado têm necessidade da intercessão dos outros membros da Igreja. Desse modo, como membros do Corpo de Cristo, podemos auxiliar nossos irmãos que morreram no pecado com nossas orações.

Santo Agostinho diz que as obras de misericórdia são a melhor ajuda que podemos prestar aos mortos. Ou seja, o bem que ficou a meio caminho naqueles que morreram continua a ser feito em comunhão com o bem praticado pelos que amam seus mortos. Nossa oração é uma expressão do nosso amor. Gostaríamos de poder mostrar que não os esquecemos, que eles nos são importantes.

O sete é um número simbólico e na Bíblia indica perfeição, uma oração contínua em favor dos nossos entes queridos. Até porque recordamos que na obra da criação o 7º dia é o dia do descanso (Gn 2,3), e nós rezamos pelo descanso eterno da pessoa que morreu.  Mas também temos a tradição do luto de sete dias que nós encontramos na Bíblia: José fez um luto de sete dias pelo seu pai Jacó (Gn 50,10); Saul foi enterrado e fizeram um jejum de sete dias (1Sm 31,13); O povo chorou a morte de Judite durante sete dias (Jt 16,24); O luto por um morto dura sete dias (Eclo 22,13). E esse período de luto é comumente concluído, na tradição católica, com a missa de 7º dia.

O sete é uma medida temporal, vale para nós, enquanto Igreja Peregrina, enquanto seres medidos pelo tempo. Mas não vale mais para os nossos mortos, pois passados pelo juízo particular, eles participam da eternidade de Deus.

Por isso, celebrar a Eucaristia por alguém falecido é expressão da nossa comunhão. Continuamos lembrando dele, não o abandonamos, o consideramos parte de nós. E é muito importante que quando encomendamos uma intenção de missa, participemos da celebração. É muito triste quando, às vezes, inclusive em missas de 7º dia, nenhum familiar encontra-se na Igreja. Não deveríamos terceirizar o nosso amor por um ente que chamamos de querido.

Neste sentido, do dia 1º ao dia 8 de novembro, aos fiéis que visitarem o cemitério e rezarem, mesmo só mentalmente, pelos defuntos, concede-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: diariamente, do dia 1º ao dia 8 de novembro, nas condições de costume, isto é: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice. Neste ano, devido à pandemia, esse prazo foi prorrogado até o final do mês pela Penitenciaria Apostólica. Isso já aconteceu no ano passado.

Ainda neste dia, em todas as Igrejas, oratórios públicos ou semipúblicos, igualmente lucra-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: a obra que se prescreve é a piedosa visitação à Igreja, durante a qual se deve rezar a Oração Dominical e o Símbolo (Pai nosso e Creio) confissão sacramental, comunhão eucarística e oração na intenção do Sumo Pontífice (que pode ser um Pai Nosso e Ave Maria, ou qualquer outra oração conforme inspirar a piedade e devoção).

Reze hoje pelos que te precederam na vida eterna. Amanhã, outros também irão rezar por ti! Que os fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz. Amém!

Fonte: https://www.vaticannews.va/

Por que a Igreja é divina e humana

Pier Francesco Sacchi | Public Domain
Por Vanderlei de Lima

Somos chamados a ser santos como o Pai celeste é santo.

Há homens e mulheres, irmãos na fé católica, que ficam perplexos quando um (a) filho(a) da Igreja (leigo(a), religioso(a), sacerdote ou bispo) comete algum erro.

É, pois, a esses cristãos atônitos que dedicamos, com apreço, o presente artigo a fim de deixar claro o seguinte: a Igreja, como Corpo místico de Cristo prolongado na história (cf. Cl 1,24; 1Cor 12,12-21), é divina, mas formada por filhos pecadores é também humana, segundo a parábola do joio e do trigo (cf. Mt 13,24-30) ao relatar que no campo do Senhor, junto ao trigo (os bons) cresce o joio (os maus).

Pecadores

Aqui já se coloca um impasse: por que Deus permite que os pecadores permaneçam na sua Igreja? – Responde São Tomás de Aquino († 1274) que é pelas seguintes razões: a) o pecado de uns, longe de desanimar, deve incentivar os fiéis a serem mais santos em resposta supridora ao pecado; b) o Senhor quer dar a cada um desses pecadores a oportunidade de se converterem, especialmente por meio do Sacramento da Confissão; c) mesmo com o mau exemplo dos errantes, a Igreja não deixa de exercer a missão que Nosso Senhor lhe confiou: o ouro da graça divina pode passar por mão sujas, mas não perde o seu pleno valor.

Sim, desde o início do Cristianismo, de um modo particular a partir de Santo Agostinho († 430), a Igreja, lembrando as parábolas do joio e do trigo, já citada, e da rede que recolhe bons e maus peixes (cf. Mt 13,47-50), demonstra que sempre houve problemas nas comunidades: incesto (cf. 1Cor 5,1); injúrias ao apóstolo Paulo (cf. 2Cor 2,5-11), renegação da doutrina (cf. Hb 6,4-8; 10,26-31), falhas morais diversas (cf. Gl 1,6; 3,1;5,4), esfriamento da fé (cf. Ap 2-3) etc.

Comunhão

Todavia, não obstante às falhas de seus filhos, em Mt 28,20, o Senhor Jesus promete estar com a Igreja até o fim dos tempos. Daí comentar Dom Estêvão Bettencourt, OSB, o seguinte: “Jesus promete à sua Igreja uma assistência vigilante… Igreja caracterizada pela sucessão apostólica; Jesus não promete estar com os mais santos ou os mais cultos, mas, sim, com os Apóstolos e seus legítimos sucessores [os Bispos] até o fim dos tempos. Muitas pessoas procuram o Cristo na comunidade mais simpática ou mais emocionante (critérios subjetivos). O que importa é não perder a comunhão com essa linhagem [dos Apóstolos em seus sucessores], mesmo que nela se encontre figuras humanas pouco dignas (o joio não impede o trigo de frutificar)” (A Igreja divina e humana. Rio de Janeiro: Mater Ecclesiae, 2004, p. 6 – base deste artigo).

Isso posto, vê-se que só se afasta do colo da Mãe Igreja aquele(a) que desconhece em profundidade a fé que diz professar ou que se deixa levar por sentimentalismos capazes de colocar o bispo X ou o padre Y no lugar de Deus. Algo que, se feito conscientemente, é pecado. E pecado grave.

Glória da Igreja

Em sentido contrário, quem entende que a Igreja é divina e humana concorda, neste ponto, com o filósofo Jacques Maritain ao escrever que “Os católicos não são o Catolicismo. As faltas, as lerdezas, as carências e as sonolências do católico não comprometem o Catolicismo… A melhor apologética [defesa] não consiste em justificar os católicos quando erram, mas, ao contrário, em assinalar esses erros e dizer que não afetam a substância do Catolicismo e só contribuem para melhor trazer à tona a força de uma religião sempre viva apesar deles… Não nos considereis a nós pecadores. Vede, antes, como a Igreja sana as nossas chagas e nos leva trôpegos para a vida eterna… A grande glória da Igreja é ser santa com membros pecadores” (Religion et culture. Paris, 1930, p. 60).

Possam essas reflexões levar-nos a confiar na mensagem transmitida pela Mãe Igreja por meio de seus ministros (às vezes pouco dignos) e rezar sempre pela nossa conversão e pela dos nossos irmãos. Afinal, somos chamados a ser santos como o Pai celeste é santo (cf. Lv 17,1; Mt 5,48; 1Pd 1,5-6).

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Do simbolismo à realidade

Guadium Press
O símbolo nos ajuda a entender as realidades escondidas sob os véus dos mistérios sobrenaturais.

Redação (30/10/2021 15:32Gaudium Press) A presença de símbolos permeia o dia-a-dia de qualquer um de nós; sejam eles de conveniência, organização, cultura ou religião, sempre estão a nos acompanhar.

Por exemplo, no cerimonial litúrgico da Igreja Católica todos os gestos e atitudes parecem ter mais que uma ‘dimensão’ – alfaias que variam em coloração de acordo com o tempo litúrgico ou celebração, introdução de incenso para as Missas mais solenes, inclinações e gestos feitos pelos Sacerdotes, entre outros.

Espíritos pragmáticos poderiam objetar contra o uso destes elementos simbólicos; afinal de contas, qual é a utilidade do que não tem função prática? Ademais, todos esses símbolos não obscurecem o significado real das coisas atrás de seu véu tamisado?

Elemento de grande valia e utilidade

O sinal, conforme nos ensina Santo Agostinho, é uma coisa que leva ao conhecimento de outra diferente de si – aliud videtur et aliud intelligitur.[1] Ele nos ajuda a entender as realidades nebulosas e/ou escondidas através da relação e analogia que possui com estas. Assim, vendo o rastro de um animal, sabemos ter ele passado por determinado lugar; ao vermos fumaça, imediatamente a correlacionamos ao fogo.

E a simbologia torna-se um elemento de grande valia e utilidade na vida do ser humano quando ele sabe se utilizar bem dela. Destarte, os símbolos contidos na Liturgia são um agente utilizado pela Igreja para nos fazer atentar às coisas mais altas, elevando nossas almas a Deus.

Em seu agir, Deus não contraria as leis que foram postas por Ele mesmo em nós.  Dessa maneira, não faz senão tratar o homem a modo de homem: constituído de corpo e alma, é necessário aperfeiçoar seu conhecimento espiritual por meio das coisas sensíveis e materiais. O uso constante de metáforas em nossa linguagem prova isso. Com efeito, todos nós já experimentamos o quanto, muitas vezes, uma realidade difícil de compreender torna-se muito mais acessível quando acompanhada de uma metáfora que a ilustre.

Portanto, afirma São Tomás de Aquino que a Sabedoria divina provê a cada um segundo seu modo de ser, quanto ao homem é facultado chegar às realidades sobrenaturais mediante as sensíveis, notadamente através dos símbolos.[2]

Por Jerome Sequeira Vaz


[1] Do latim: Vê-se uma coisa e entende-se outra.

[2] Cf. S. Th. III, q.60, a.7, co.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Milhares de homens honram a Virgem de Guadalupe em cidades mexicanas

Homens rezam em frente à Catedral de Guadalajara /
Crédito: Qué Viva México
Por Diego López Marina

Cidade do México, 01 nov. 21 / 11:34 am (ACI).- Milhares de homens, em cerca de 30 cidades do México, realizaram um ato público de fé ajoelhados diante de Nossa Senhora de Guadalupe, na sexta-feira, 29 de outubro, com o objetivo de "homenageá-la e colocar-se a seu serviço".

O evento "Varones por la Reina" (Varões pela Rainha), foi realizado às 19h, horário do centro do México, na Basílica de Guadalupe e nas praças públicas de todo o país.

“Em mais de 28 cidades eles se prostraram e homenagearam a sua Rainha, a Virgem Santa Maria de Guadalupe, de joelhos no chão, com os terços nas mãos e a Ave-Maria na boca, rezaram o santo terço e cantaram”, disse Brenda del Río, líder da plataforma Que Viva México que convocou o evento, à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI.

"Eles o empunharam como uma espada poderosa que de forma misteriosa rompe barreiras, muda corações, eventos climáticos, termina guerras e transforma corações", acrescentou.

Del Río comentou que este evento foi realizado ao mesmo tempo que “se debatia a legalização do homicídio pré-natal até as 12 semanas de gestação na Baixa Califórnia e até 9 meses em caso de estupro; e enquanto um ato de apostasia acontecia na Cidade do México, convocado pelo Templo Satânico”.

Por outro lado, a líder da plataforma Que Viva México comentou que “todas as populações realizam o mesmo programa e a mesma intenção: honrar a Rainha do México, mostrar-lhe adesão aos seus projetos, e rendição de sua masculinidade ao serviço dos planos da Rainha”,

Do mesmo modo, anunciou que o evento se repetirá todos os anos.

Para Brenda del Río, “se os homens estão em seus cargos no México, os planos de Maria de Guadalupe se cristalizarão mais rapidamente e ocorrerá o triunfo do seu Imaculado Coração”.

Diante do “esforço de tentar varrer a cultura cristã da nossa pátria”, destacou, “o ato de rendição à Rainha, em um ato público, para honrá-la e colocar-se a seu serviço, é também fazer cultura católica".

Fonte: https://www.acidigital.com/

Papa: os túmulos das vítimas de guerra clamam por paz

Papa no cemitério militar francês de Roma | Vatican News

Antes da celebração eucarística no Cemitério Militar Francês de Roma, Francisco se deteve em oração diante de alguns túmulos, sobre os quais depositou rosas brancas. Diante de um túmulo, afirmou, não havia nem mesmo o nome do soldado. Mas “no coração de Deus está o nome de todos nós. Esta é a tragédia da guerra".

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

Por todos os mortos, em especial pelas vítimas da guerra e da violência: o Papa Francisco já havia anunciado a sua intenção de oração neste Dia de Finados. E assim foi. O Pontífice deixou o Vaticano para a celebrar a missa no Cemitério Militar Francês de Roma.

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2021/11/02/11/136246621_F136246621.mp3

Antes da celebração eucarística, Francisco se deteve em oração diante de alguns túmulos, sobre os quais depositou rosas brancas.

Já em sua homilia, a sua pregação se concentrou sobre dois aspectos: o nosso estar em caminho e a necessidade de paz.

Missa no Dia de Finados: https://youtu.be/q5m3l2tYTOA

“Todos nós estamos em caminho, se quisermos fazer algo na vida”, disse o Papa. Não se trata de um passeio nem de circular por um labirinto. Neste caminhar, passamos diante de fatos históricos, diante de tantas situações difíceis e diante dos cemitérios. E Francisco aconselhou: você que passa, pare o passo e pense em seus passos. Todos nós daremos o último passo. Não se trata de ser trágico, mas é a realidade. “O importante é que o último passo seja em caminho. Estar a caminho para que o último passo seja caminhando.”

No coração de Deus está o nome de todos nós

O segundo aspecto é representado pelos túmulos. No caso do cemitério francês, as pessoas ali enterradas morreram na guerra. "Morreram porque foram chamados a defender a pátria, os valores, os ideais e muitas vezes defender situações políticas tristes e lamentáveis. São as vítimas da guerra, que consome os filhos da pátria." O Papa citou algumas localidades da Itália e da França onde houve combates e mortes durante as Guerras: Anzio, Redipuglia, Piave, Normandia.

Diante de um túmulo, acrescentou, não havia nem mesmo o nome do soldado. Mas “no coração de Deus está o nome de todos nós".

“Esta é a tragédia da guerra. Estou certo de que todos os foram chamados pela pátria a defendê-la estão com o Senhor.”

Mas para o Papa, o importante agora é estar a caminho lutando suficientemente para que não haja guerras, para que não existam as economias dos países fortificadas pela indústria das armas. Assim, a pregação é olhar os túmulos. "Alguns têm nome, outros não. Estes túmulos são uma mensagem de paz." Uma mensagem para que os fabricantes de armas deixem de produzi-las.

“Deixo esses dois pensamentos. Você que passa, pense em seus passos e no último passo: que seja em paz. O segundo pensamento: estes Túmulos que clamam, gritam ‘paz’.”

Fonte: https://www.vaticannews.va/

DIA DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS

Crédito: Canção Nova
DIA DE FINADOS

Origens

Desde os primórdios os cristãos rezavam pelos seus falecidos. Sabe-se que desde o Século II, cristãos visitavam os túmulos dos mártires para rezarem pelos falecidos. No século V, a Igreja já destinava um dia do ano para se fazer orações por todos os falecidos, principalmente por aqueles que não eram lembrados nem recebiam orações de ninguém. Sabe-se que em 998, Santo Odilon, abade de Cluny, pedia que os monges rezassem pelos falecidos. Um pouco mais tarde, a partir do século XI, o Papa Silvestre II (1009), o Papa João XVII (1009) e o Papa Leão IX (1015) motivaram toda a comunidade cristã a dedicar um dia de oração ao ano por todos os mortos.

2 de novembro

No ano 1331 esse dia anual de orações pelos mortos foi incluído definitivamente no calendário litúrgico, passando a ser comemorado no dia 2 de novembro. Isso porque no dia 1 de novembro celebra-se a Festa de Todos os Santos. Em 1915, por causa da mortandade causada pela I Guerra Mundial, o papa Bento XV emitiu um decreto para que os padres de todo o mundo rezassem três missas no dia 2 de novembro, na intenção de Todos os Fiéis (isto é, cristãos) mortos.

Passagens bíblicas

A doutrina católica se baseia em algumas passagens bíblicas que fundamentam a necessidade da oração pelos falecidos. Essas passagens são as seguintes: no Antigo Testamento: Tobias 12,12; Jó 1,18-20 e II Macabeus 12,43-46. No Novo Testamento: Mt 12,32. Além desses textos bíblicos, a Igreja se apoia numa Tradição de quase dois mil anos.

Almas do purgatório

Após celebrar o dia de todos os santos, temos o dia de finados, quando a igreja reza por todos os fiéis falecidos que já se salvaram, mas ainda não estão na glória celestial e sim, no purgatório. Em todos os outros 364 dias do ano, pedimos a intercessão dos santos que estão na glória de Deus, no céu. No dia 2 de novembro, fazemos o inverso: somos nós que pedimos a Deus pelas almas dos fiéis, nossos irmãos, que estão no purgatório. E nossas orações, se feitas com fervor e amor por nossos irmãos falecidos, podem abreviar os sofrimentos que eles vivem estando ainda no purgatório. Por isso é tão importante participarmos da santa missa e elevarmos nossas orações a Deus por todas as almas do purgatório. Elas precisam das nossas orações e nós podemos aliviá-las.

Indulgências

Por causa da grande importância de se rezar pelos mortos, a Igreja oferece indulgências, ou seja, o alívio das penas por causa de nossos pecados, por ocasião do dia de finados. Para recebermos esta indulgência, é preciso que procuremos o sacramento da confissão, que comunguemos, que rezemos pelos mortos na semana que antecede o dia de finados e que participemos da santa missa no dia de finados, oferecendo-a pelos fiéis falecidos.

Oração por todos os falecidos

Ó Deus, que pela morte e Ressurreição de vosso Filho Jesus Cristo nos revelastes o enigma da morte, acalmastes nossas angústias e fizestes florescer a semente da eternidade que vós mesmo plantastes em nós: Concedei aos vossos filhos e filhas já falecidos a paz definitiva da vossa presença. Enxugai as lágrimas dos nossos olhos e dai-nos a todos a alegria da esperança na Ressurreição prometida. Isto vos pedimos, por Jesus Cristo vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Que todos aqueles que buscaram o Senhor com o coração sincero e que morreram na esperança da Ressurreição descansem em paz. Amém.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Dia de Todos os Santos: ser santo é simples – muito mais do que pintam

carloacutis.com

Recente beatificação do jovem Carlo Acutis, apaixonado pela Eucaristia e pela informática, nos lembra que todos podemos ser "santos de calça jeans".

Aproxima-se o Dia de Todos os Santos e, com ele, uma lembrança-chave para todo católico: ser santo é muito mais simples do que pintam por aí.

Ser santo, afinal, é manter a união com Deus mediante a vida de graça, amando-O sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, praticando no dia-a-dia os ensinamentos de Jesus. Simples mesmo. No entanto, “simples” nem sempre quer dizer “fácil”.

E, de fato, não é fácil porque exige escolhas – e toda escolha exige renúncias. Se você escolhe a Deus, então renuncia ao mal e a todos os agentes do mal. Escolhendo o próximo, você renuncia ao egoísmo. Ao escolher os ensinamentos de Jesus, renuncia às ideologias do mundo. E, se escolhe a vida de graça, é porque renuncia ao pecado.

Renunciar ao egoísmo, no entanto, não quer dizer que você deva deixar a si mesmo completamente de lado. Jesus, afinal, não pediu para amarmos o próximo mais que a nós mesmos: Ele nos pediu para amarmos o próximo como a nós mesmos.

Amar a nós mesmos, portanto, também é um mandamento cristão! Só que nos amarmos de verdade não é escolher o que nos escraviza e nos acomoda. Pelo contrário: é escolher e alimentar o que existe de mais nobre e elevado em nós, já que somos imagem e semelhança de Deus e Ele nos chama a restaurar esta semelhança. O que é para deixar de lado, então, é tudo aquilo que o pecado corrompeu em nossa natureza; tudo aquilo que nos afasta da verdadeira essência humana, que é ser imagem e semelhança de Deus, nosso Pai.

E Deus é Alegria! No fim das contas, Deus nos criou para sermos felizes, alegres, radiantes! É por isso que, na vida de união com Deus, todas as alegrias puras, belas e simples não são apenas recomendáveis: elas são imprescindíveis.

Ser santo é simples

Os santos são exemplos de como desfrutar das coisas simples e belas da criação divina com alegria e leveza.

É por isso vemos imagens como a da Santa Madre Teresa de Calcutá pulando corda com uma criança – e como uma criança… Ou Santa Dulce dos Pobres tocando acordeon…

Missionárias da Caridade / Acervo Memorial Irmã Dulce (CC – Reprodução)

Ou São João Paulo II fazendo caretas para os fotógrafos e jogando bola de batina e tudo… Ou os Papas Bento tomando cerveja, como bom alemão, e Francisco tomando vinho, como bom argentino…

Lena Klimkeit | DPA | AFP

Entre centenas ou milhares de outros exemplos, vemos também o jovem beato Carlo Acutis harmonizando com alegre simplicidade a sua paixão pelos computadores e o seu imenso amor pela Eucaristia. Como bem o descreveram, ele é um testemunho de que dá para sermos “santos de calça jeans”.

Pode não ser fácil – mas é simples!

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Do G20 à Cop 26: o objetivo dos acordos globais

COP26 em Glasgow | Vatican News

Da a cúpula em Roma à conferência em Glasgow, um contínuo confronto sobre emergências ambientais. O desafio não é apenas alcançar acordos para combater o aquecimento global, mas encontrar um novo equilíbrio de cooperação em nível internacional, como explica o diplomata Guido Lenzi. Além disso, não pode haver acordos de sustentabilidade sem compromissos em favor daqueles que mais pagarão pela fase de transição, como recomenda a especialista do Ifad Romina Cavatassi.

Fausta Speranza – Vatican News

Após o G20 de Roma, a atenção da mídia mundial se desloca para Glasgow, Escócia, para a 26ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 26). De 31 de outubro a 12 de novembro, líderes de 197 nações estarão reunidos. A eles se juntarão dezenas de milhares de negociadores, representantes de governo, empresas e cidadãos. É um confronto contínuo entre vontades políticas sobre questões interligadas, tais como mudança climática, migração, pobreza e a crise sanitária. O objetivo vai muito além das medidas de contenção de riscos, como sublinhou o diplomata Guido Lenzi, professor da Universidade de Bolonha, ex-embaixador e diretor do Instituto Europeu de Estudos de Segurança em Paris:

O desafio", esclarece Lenzi, "não é apenas chegar a acordos para combater o aquecimento global, mas encontrar, após os choques da globalização e da pandemia, um novo equilíbrio de cooperação em nível internacional". Lenzi explica que, em essência, após a Guerra Fria e a globalização, a perspectiva que antes tinha levado à concepção das Nações Unidas deve ser recuperada. De acordo com o diplomata, os acontecimentos dos últimos anos puseram em questão a assunção de um fórum internacional dentro do qual se pudessem desenvolver confrontos e acordos que permitissem superar a lógica dos equilíbrios de poder. Ele ressaltou que se fala em fracasso ou reforma da ONU, destacando que na realidade o foco deveria ser a vontade política dos diversos países para fazer funcionar o mecanismo da ONU, pois - acrescentou - precisamos recuperar a premissa básica: encontrar acordos e formas de cooperação, respeitando as peculiaridades de cada país. É por isso que, em sua opinião, é significativo ver uma espécie de fluxo ideal que do G20 leve à COP26. Mas o objetivo de cooperar para encontrar soluções comuns deve ser claro e compartilhado por todos os líderes mundiais.

Em todo caso, não pode haver compromissos de sustentabilidade ambiental, como os cortes planejados nas emissões, sem planos para o período crucial de transição, a serem elaborados pensando em particular nas faixas mais vulneráveis, como recomenda a especialista em recursos naturais do Ifad Romina Cavatassi:

A pesquisadora primeiro destaca a complexidade das questões, enfatizando que não pode haver sustentabilidade ambiental sem sustentabilidade social. Em seguida, ela pede uma reflexão em duas frentes: a primeira diz respeito às medidas de "contenção" a serem tomadas, tais como as que visam reduzir as emissões de carbono. Cavatassi salienta que são necessárias e importantes e que devem ser encontrados acordos para assegurá-las. A segunda faixa de reflexão, entretanto, não deve ser negligenciada: é a das medidas que ela define como "adaptação", ou seja, capaz de apoiar áreas geográficas, povos e grupos populacionais que estão destinados a pagar o maior preço pela transição da velha para a nova produção, entre velhos e novos conceitos de desenvolvimento. Não podemos esquecer", recomenda ela, "de assumir compromissos precisos para garantir que a fase de transição não esmague os mais fracos". Até agora", lembra, "a maioria dos investimentos alocados tem sido direcionada para medidas de contenção, enquanto muito pouco tem sido feito para acompanhar os agricultores dos países africanos, por exemplo, na transição para tipos de culturas que consomem menos água ou para recursos de energia renovável. Todas estas medidas são necessárias na inevitável longa fase de transição.

Os desafios na prática

Segundo relatórios da ONU, mesmo que os acordos feitos até agora fossem respeitados, eles não seriam suficientes para inverter a tendência: em 2100 o mundo ainda estaria 2,7°C mais quente do que os níveis pré-industriais. Isto está bem acima da meta de 2°C estabelecida no Acordo de Paris de 2015. Em um planeta 2 graus mais quente, as ondas de calor, consideradas excepcionais até agora, se tornariam até 14 vezes mais prováveis a cada ano, duplicando os eventos de seca ou enchentes. "Estamos numa boa estrada para uma catástrofe climática", disse sem rodeios o Secretário Geral da ONU, Antonio Guterres. "Os cientistas são claros sobre os fatos. Agora os líderes devem ser igualmente claros em suas ações, eles devem vir a Glasgow com planos arrojados e com tempo limitado para alcançar o zero nítido", disse ele. 

A temperatura do planeta já está acima de 1,2°C em relação aos níveis pré-industriais, e o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5°C fracassará já em 2040 se não forem feitos cortes maciços nas emissões de gases de efeito estufa imediatamente: pelo menos 50% do total até 2030. O desafio para Glasgow, portanto, é antes de tudo estabelecer metas mais ambiciosas para reduzir as emissões dentro dos próximos dez anos, consideradas "cruciais" para o futuro do planeta. 

A questão dos combustíveis fósseis

O setor de fornecimento de energia, ainda fortemente dependente de combustíveis fósseis e responsável por cerca de 75% das emissões diretas de CO2, é de longe o setor mais poluente em nível global. Isto explica porque os países mais industrializados são também os maiores poluidores e porque a ONU lhes pede que intensifiquem seus esforços econômicos: eliminando os subsídios aos combustíveis fósseis, mas também apoiando os países mais vulneráveis. A eliminação gradual dos combustíveis fósseis deve, no entanto, ser alcançada através de uma transição justa. Isto significa acabar com o apoio público a projetos de combustíveis fósseis, com prioridade para o carvão, o mais poluente, que deve ser eliminado o mais rápido possível, protegendo ao mesmo tempo as populações e comunidades mais afetadas. Dos 100 bilhões de dólares anuais prometidos para apoiar os países em desenvolvimento - que poluem menos, mas têm que se adaptar a um modelo de crescimento sustentável - apenas 80 bilhões de dólares chegaram, dos quais 60 bilhões de dólares sob a forma de empréstimos.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS

Paróquia São Luís

1 de novembro

Solenidade de Todos os Santos

Celebrar a festa de Todos os Santos é recordar os homens nossos irmãos de todas as raças, povos e condições; os santos canonizados pela Igreja e os santos desconhecidos; os que são proclamados bem-aventurados por Jesus Cristo no Evangelho que hoje é lido.

Todos viveram de forma deveras empenhada a fé em Jesus Cristo, a qual é fonte de toda a santidade e da vida da Igreja.

Aqueles que melhor seguiram o modelo que é Jesus

Ao celebrar Todos os Santos estamos a pensar na multidão imensa de todas as nações a que se refere a primeira leitura desta Solenidade.

Os que no passado, ao longo dos tempos pertenceram a movimentos renovadores da Igreja: eremitas e conventuais, monges de todas as denominações, beneditinos e franciscanos, carmelitas e dominicanos; os grandes reformadores de todas as épocas, às vezes incompreendidos e até perseguidos no seu tempo, mas a quem devemos uma tradição admirável de fé e apostolado: os evangelizadores e reformadores de todos os séculos e do nosso tempo, os missionários, os santos vivos que no tempo presente militam nesta Igreja de Jesus Cristo que muito amamos e queremos ver cada vez mais activa e missionária com a nossa presença e de todos os homens de fé por entre as «incompreensões do mundo e as bênçãos de Deus».

Ninguém pode ser santo sem seguir o modelo que é Jesus, sem se deixar impelir pelo vento do Espírito que soprou no Pentecostes que levaria os discípulos de Cristo até aos confins da terra. Alguns, muitos mesmo, os levaria ao martírio, outros dariam testemunho das mais diversas maneiras. O Pentecostes, aliás não aconteceu só um dia. É Pentecostes todos os dias e todas a vezes que alguém fica cheio do Espírito Santo como os discípulos do Cenáculo.

Quando o Espírito intervém e muda radicalmente as pessoas e a história, opera maravilhas, santifica e conduz pelos caminhos da fé no reflorescimento de movimentos eclesiais e novas comunidades. Os movimentos são hoje caminhos de santidade que alguns percorrem graças à efusão do Espírito.

Abri-vos com docilidade aos dons do Espírito. Cada carisma é dado para o bem comum, em benefício de toda a Igreja

Os santos que queremos rezar cada vez com mais verdade a oração do Senhor… Pai nosso… santificado seja o vosso nome… não nos deixeis cair em tentação.

Entre estes estão certamente quantos vivem comprometidos com novos movimentos de renovação cristã.

Alguns movimentos eclesiais serão por ventura olhados com reserva por leigos ou sacerdotes mas se eles estão na comunhão da Igreja, se a experiência nova é ditada pela inspiração do Espírito Santo, se estão na linha evangélica que nos recorda que na «casa de meu Pai há muitas moradas», vivam os novos movimentos que vêm ornar o rosto sempre jovem da Igreja de novos carismas e sinais de evangelização. E neles se encontra o espaço de graça dos novos santos.

Olhai: é o evangelho de hoje que nos avisa: bem-aventurados sereis se vos perseguirem por causa do meu nome…

A Igreja é bela, quando na unidade da fé do Batismo e na Eucaristia encontra o valor da oração e a graça da caridade na união com Deus. Todos os que fizeram de Cristo o perfeito modelo são os santos que fazem bela esta Igreja que amamos.

Os santos são o rico património da Igreja

Os santos que se converteram depois de uma pausa na vida e de terem meditado o Evangelho são um rico património da Igreja. Alguns trouxeram à mesma Igreja uma novidade inesperada, encontraram-se diante de um forte desafio e desafiam a própria Igreja a transmitir aos seus membros uma sólida e aprofundada formação cristã.

Personalidades fortes, dóceis ao chamamento do Espírito enriquecem continuamente Igreja, mesmo quando lhes colocam problemas pelo inesperado do seu aparecimento.

Jesus disse: «Vim lançar fogo sobre a terra; e que quero Eu senão que ele já se tenha ateado?» (Lc 12, 49).

Também não devemos esquecer os santos de amanhã aqueles que hão-de receber o ideal que aqui nos reúne e nos traz à prática dos sacramentos.

Vamos ao ponto central da questão: honrar os santos de ontem que hoje fazem coro junto do trono do cordeiro. Com eles cantamos; Hossana. Amém.

Ao referir-me aos santos de hoje agora queria recordar todos aqueles que o Santo João Paulo II, e Papa Bento XVI, no seu pontificado foi apontando como modelo – e são bastantes – e elevou às honras dos altares e cuja lista vai crescendo continuamente. Também associamos a nossa voz à sua e cantamos: Hossana… amém!

Fonte: https://paroquiasaoluis-faro.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF