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terça-feira, 9 de novembro de 2021

Fazer um filme sobre a Eucaristia mudou a vida de um diretor afastado da fé?

wideonet | Shutterstock

MADRI, 09 nov. 21 / 03:19 pm (ACI).- Dirigir “Vivo”, o documentário sobre a Eucaristia que é sucesso nos cinemas da Europa, teve forte impacto na vida do diretor Jorge Pareja Trigo, conhecido como “Justin”, que estava afastado da fé.

Ele conta que ao fazer “Vivo” pôde constatar “o bem que a adoração Eucarística faz às pessoas”.

“Conheci pessoas incríveis que me deixaram de boca aberta na forma de dar e dar, sem pedir nada em troca. Desta forma, fica claro que a fé faz coisas boas, dá esperanças às pessoas, e tem que continuar sendo assim”.

“Vivo”, que estreou na Espanha no dia 9 de abril em apenas seis salas, está entre os 10 filmes de maior bilheteria do ano no país.

O documentário, distribuído pela Bosco Films, narra quatro histórias de conversão de pessoas que tiveram um encontro pessoal com Cristo durante a adoração à Eucaristia.

O documentário foi dirigido por Jorge Pareja Trigo e produzido por Hakuna, em uma iniciativa pastoral do padre José Pedro Manglano.

Depois do sucesso nos cinemas europeus, “Vivo” chega ao México no dia 25 de novembro pelo Cinemex, e no dia 2 de dezembro à Argentina, Panamá, Peru, Honduras, El Salvador, Guatemala, Paraguai, Equador e Costa Rica, com o Cinemark.

Jorge Pareja Trigo disse Entrevistado à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que o projeto surgiu no final de 2017, quando foi convidado a gravar a celebração da missa na catedral da Almudena, em Madri.

Lá conheceu o trabalho de Hakuna e do padre José Pedro Manglano.

Naquela celebração, lembrou, “eu vi um montão de gente. O que chocava (surpreendia) não é o fato de ter muita gente, que em si mesmo já é algo importante, mas havia muita gente jovem”.

Além disso, destacou, "entre todos os jovens e velhos e de todas as idades, havia uma paixão e um sentimento que estava fora do comum".

Após a gravação dessa cerimônia, surgiu o projeto que culminaria no documentário de sucesso “Vivo”.

Apesar de seu distanciamento pessoal da fé, Pareja Trigo destacou que nas adorações eucarísticas e no trabalho católico de Hakuna “via muito amor, muita paixão. E eu via as pessoas tão felizes nesse momento que se contagiava também”.

“No final do filme, vê-se um pouco refletido o sentimento que existe e que sai desses momentos de adoração”, afirmou.

“Justin” também confessa que ainda “nem consegue acreditar” no sucesso que “Vivo” tem feito.

“É surpreendente quantas pessoas apostaram e continuam apostando no cinema religioso e como nos apoiaram ao máximo”, disse.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Doutorado honoris causa a Kiko Argüello e ao rabino David Rosen

Doutorado honoris causa a Kiko Argüello e ao rabino David Rosen | Vatican News

A Universidade Francisco de Vitoria de Madri concedeu o reconheceimento ao iniciador do Caminho Neocatecumenal e ao Diretor Internacional de Assuntos Religiosos do Comitê Judaico Americano, pelo seu empenho no diálogo entre judeus e cristãos.

Debora Donnini – Vatican News

São as notas da Sinfonia "O Sofrimento dos Inocentes" a fazer perceber o significado mais profundo do Doutorado honoris causa pela sua grande contribuição ao diálogo judaico-católico, conferido nesta segunda-feira (25/10) ao Rabino David Rosen, Diretor Internacional de Assuntos Religiosos do Comitê Judaico Americano, e a Kiko Argüello, iniciador do Caminho Neocatecumenal juntamente com Carmen Hernández, que morreu há cinco anos e para quem, em julho passado, foi apresentado ao arcebispo de Madri o 'Supplex Libellus', o pedido de abertura da fase diocesana para a causa de beatificação e canonização. A composição, criada por Kiko em 2010, é na realidade dedicada ao drama vivido pelos judeus com a Shoah e à dor "inocente" da Mãe de Deus cujo coração foi trespassado por uma espada. É, portanto, em honra de todas as mães judias que viram os seus filhos barbaramente assassinados nos campos de concentração. E se as notas tocam o coração, as palavras expressam o significado mais profundo: partilhar o sofrimento e a história dos outros ao ponto de dar a própria vida, faz-nos experimentar o amor e com ele, portanto, a presença de Deus.

Doutorado honoris causa a Kiko Argüello e ao rabino David Rosen | Vatican News

Uma amizade ao serviço do bem

O doutorado foi concedido pela Universidade Francisco de Vitória de Madri, uma universidade católica com mais de 8.000 estudantes, onde se realizou nesta segunda-feira uma cerimônia evocativa na presença do arcebispo de Madri, cardeal Carlos Osoro, e do cardeal Antonio María Rouco Varela, arcebispo emérito da mesma diocese. O reconhecimento acadêmico visa destacar o encontro entre duas personalidades, um judeu e um cristão, que acreditaram neste diálogo e colocaram a sua amizade ao serviço do bem e da beleza. Um doutorado que, diz Kiko, Carmen Hernández merece, mesmo que seja postumamente, porque com a sua experiência é a origem do grande amor que nasceu no Caminho em direção a Israel, com a redescoberta das raízes judaicas da fé cristã.

Carmen e a redescoberta das suas raízes judaicas

A atribuição do doutorado honoris causa marca uma etapa de um percurso de amizade que dura há décadas. Anos antes de conhecer Kiko e iniciar o Caminho, precisamente entre 1963 e 1964, Carmen fez uma peregrinação inesquecível à Terra Santa. Entre outras coisas, teve a oportunidade de ouvir Paulo VI em Nazaré durante a sua peregrinação. Desta vez, vivida nas pegadas da vida de Jesus, foi muito importante para redescobrir as raízes judaicas do cristianismo, compreendendo a ligação da história da salvação com a terra onde Deus se manifestou. Também central para Carmen foi o seu conhecimento do Concílio Vaticano II e neste sentido, em particular a constituição dogmática Dei Verbum e a declaração Nostra Aetate. Toda esta riqueza foi então concretamente transmitida na experiência do Caminho com a celebração semanal da Palavra de Deus.

Doutorado honoris causa a Kiko Argüello e ao rabino David Rosen | Vatican News

O compromisso do rabino Rosen com o diálogo

Grande apreço pela sinfonia e pela profunda amizade que se desenvolveu com o Caminho Neocatecumenal é sublinhado pelo rabino Rosen que se refere ao percurso do Concílio Vaticano II, à experiência dos Papas, começando por João XXIII que desejou a realização do Concílio. Um caminho de reconciliação e aproximação do qual ele próprio fez parte. Em particular, recorda a sua participação na Comissão Bilateral da Santa Sé e do Estado de Israel para negociar as questões relevantes que levariam à assinatura do Acordo Fundamental entre as duas partes em 1993, estabelecendo relações diplomáticas plenas entre ambas. Depois veio a peregrinação histórica de João Paulo II à Terra Santa, no ano jubilar de 2000. Depois do encontro do Papa com o Rabino-Chefe, foi criada uma Comissão bilateral permanente de diálogo entre o Rabino-Chefe de Israel e a Santa Sé para promover o entendimento e a cooperação entre os dois, da qual o próprio Rosen foi então convidado a ser membro, estando por isso fortemente empenhado nas relações e no diálogo entre judeus e católicos.

No centro do seu discurso esteve a importância da declaração Nostra Aetate. E também, no seu 50º aniversário, o documento da Comissão Pontifícia para as Relações Religiosas com o Judaísmo: "Porque os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis". Um caminho de reconciliação que ainda precisa de ser totalmente aprofundado e assimilado, observa Rosen, sublinhando neste sentido o importante papel do Caminho Neocatecumenal também em relação à formação teológica no seminário Redemptoris Mater na Galileia.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

As antigas culturas indígenas são mesmo um modelo ideal de sociedade?

Public domain
Por Francisco Vêneto

Violência brutal de tribos de vários continentes desmentem a narrativa generalizante de que os povos ancestrais levavam vidas idílicas.

É relativamente comum ouvir ou ler declarações de que as antigas culturas indígenas seriam o modelo ideal de sociedade, porque, idilicamente, viveriam de modo harmônico e natural, supostamente sem leis nem impostos, sem pressões econômicas porque tudo seria compartilhado, sem preocupações com o futuro porque todos viveriam um dia depois do outro, sem interferência de governos porque os caciques seriam apenas sábios conselheiros, sem opressão religiosa porque os rituais seriam inofensivos cultos à mãe natureza.

Quem espalha esse tipo de generalização também espalha, via de regra, mais algumas narrativas complementares, como a de que os missionários católicos teriam exterminado brutalmente a vida maravilhosa que os índios levavam antes da sua chegada.

Modelo ideal de sociedade?

Até que ponto essas narrativas refletem a realidade documentada por pesquisadores, arqueólogos e historiadores?

São contundentes os registros de rituais tão sangrentos e violentos praticados pelos astecas, por exemplo, que os próprios conquistadores espanhóis se chocavam com a sua desumanidade. Aos que alegam que esses relatos foram exagerados pelos colonizadores, é o caso de apresentar testemunhos arqueológicos como o dos 650 crânios encontrados em 2017 nos arredores do Templo Maior de Tenochtitlan, um dos principais da antiga capital asteca.

Segundo os pesquisadores, trata-se de restos mortais de centenas de guerreiros feitos reféns e depois executados; seus crânios foram usados para construir uma torre de ossos humanos que é apenas um dos muitos registros históricos de rituais de morte comuns a diversas culturas mesoamericanas anteriores à chegada dos espanhóis ao México. Descobertas arqueológicas similares incluem crânios de mulheres e crianças, o que descarta a narrativa de que as ossadas decorressem de guerras. Os indícios são de extensos rituais em que centenas de pessoas, inclusive crianças e mulheres, eram sacrificadas aos nada meigos deuses astecas. O próprio Instituto Nacional de Antropologia e História, do México, estima que cerca de 75% das vítimas eram homens de 20 a 35 anos; 20% eram mulheres e 5% crianças.

Durante um dos rituais documentados, o sacerdote asteca abria o peito da vítima usando uma lâmina afiada e retirava o seu coração ainda pulsando. Em seguida, o sacerdote retirava a cabeça do corpo assassinado fazendo um corte entre duas vértebras. Depois de removidas a pele e a carne até que restassem somente os ossos do crânio, eram abertos buracos nas suas laterais para que os crânios fossem presos a estacas de madeira. Eram assim formadas autênticas torres de crânios humanos oferecidos às divindades insaciáveis – literalmente, porque, para essa cultura, os sacrifícios humanos eram imprescindíveis para manter os deuses vivos e preservar a existência do mundo.

Ídolos canibais

Um dos deuses, aliás, era Huitzilopochtli, descrito como a “divindade canibal da guerra”: para os astecas, o sol só sairia no dia seguinte se Huitzilopochtli fosse alimentado com as entranhas de vítimas de sacrifícios rituais, pois isto o impediria de comer o sol. Em um dos templos chegava a existir uma estátua de Huitzilopochtli de boca aberta, pela qual era emitida uma voz medonha pedindo mais vítimas e declarando ter sede de sangue.

Crônicas de 1519 narram que Hernán Cortés ficou horrorizado a ponto de destruir ele próprio aquele ídolo a marretadas. Andrés de Tapia e Gonzalo de Umbria contaram 136.000 caveiras humanas em apenas um templo. Chegou-se a calcular que cerca de 100.000 vítimas eram sacrificadas por ano a Huitzilopochtli.

Se o simples conhecimento das características de Huitzilopochtli é capaz de despertar repulsa e horror até os nossos dias, é bom nos prepararmos bem antes de saber quem era a deusa-mãe de Huitzilopochtli: Coatlicoe, que correspondente, mais ou menos, à Pachamama dos incas.

Segundo o pesquisador Andrés Brito Galindo, doutor em Ciências da Informação pela Universidade de Burgos e professor de Antropologia da Educação no Centro de Estudos Teológicos de Tenerife, ambas as instituições na Espanha, Coatlicoe é um ídolo de cuja cabeça saíam duas serpentes, com outras duas formando os braços e garras de ave de rapina constituindo os pés. A essa aberração em forma de ídolo os astecas sacrificavam mulheres grávidas, arrancando-lhes os fetos para dissecar a sua cabeça e fazer colarinhos de pequenos crânios para adornar a deusa-mãe. Representações posteriores incluem nesses colares corações, mãos e caveiras.

https://youtu.be/EoUOJrrI868

Tribos beligerantes

O apontamento acrítico de um suposto modelo ideal de sociedade entre os povos ancestrais não cai por terra somente sob o peso dos seus ritos religiosos sangrentos: também cai por terra sob as mentiras a respeito da alegada natureza pacifista desses povos idealizados como cultura homogênea apesar de diversa.

Os mesmos astecas mantinham vultosos exércitos para submeter cerca de 300 outras tribos da região, mas a realidade sangrenta não se restringia ao território mexicano. A ferocidade das tribos da América do Norte não era menor, nem entre elas próprias, nem com os colonizadores.

Mesmo na alegadamente “pacífica” América do Sul não faltam registros de guerras e raptos entre povos de tribos diferentes. Recentemente, aliás, foi notícia no Brasil a tradução das únicas cartas de que se tem notícia escritas por um indígena em tupi antigo durante o período colonial da história do país. Na troca de correspondências, o indígena católico Felipe Camarão pedia a seus parentes Pedro Poti e Antônio Paraopeba, indígenas protestantes aliados dos invasores holandeses, que voltassem para o lado português. Camarão afirmava que os indígenas precisavam se unir, pois eram do mesmo sangue e não podiam se matar daquela maneira.

Os parentes, porém, não se comoveram. Em 16 de julho de 1645, o padre André de Soveral e 70 fiéis católicos, incluindo indígenas, foram assassinados de modo bárbaro por 200 soldados holandeses acompanhados pelo grupo de índios potiguares que tinham influenciado. O martírio foi sofrido em plena Santa Missa, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, em Canguaretama, litoral do atual Rio Grande do Norte.

Veja mais a respeito desse episódio:

Tribos escravizando outras tribos

A busca pelo “modelo ideal de sociedade” entre os povos antigos não pode eludir o fato incontestável da escravidão.

Esse horror, que muitas narrativas também atribuem exclusivamente aos exploradores europeus durante a era colonialista, era comum entre culturas africanas que não apenas a impunham umas às outras como, frequentemente, participavam dos lucros do tráfico humano vendendo escravos de seu próprio povo aos criminosos europeus que os revendiam às Américas.

A cumplicidade histórica de elites africanas com o tráfico de escravos negros para as Américas, sobretudo para o Brasil, é hoje reconhecido até por descendentes de escravos que buscam reconciliar-se com as suas origens.

É o caso de Zulu Araújo, que, aos 63 anos, em 2016, foi um dos 150 brasileiros convidados pela produtora Cine Group a identificar as suas origens mediante um exame de DNA. Após descobrir que é descendente do povo tikar, de Camarões, Zulu viajou ao país para conhecer a terra de seus antepassados. Lá conheceu o rei tribal, “homem alto e forte de 56 anos, casado com 20 mulheres e pai de mais de 40 filhos“, conforme matéria da BBC sobre o relato de Zulu. Ainda segundo a mesma matéria da BBC, o brasileiro perguntou ao rei africano “por que eles tinham permitido ou participado da venda dos meus ancestrais para o Brasil“.

E Zulu prossegue o depoimento: “O tradutor conferiu duas vezes se eu queria mesmo fazer aquela pergunta e disse que o assunto era muito sensível. Eu insisti. Ficou um silêncio total na sala. Então o rei cochichou no ouvido de um conselheiro, que me disse que ele pedia desculpas, mas que o assunto era muito delicado e só poderia me responder no dia seguinte. O tema da escravidão é um tabu no continente africano, porque é evidente que houve um conluio da elite africana com a europeia para que o processo durasse tanto tempo e alcançasse tanta gente. No dia seguinte, o rei finalmente me respondeu. Ele pediu desculpas e disse que foi melhor terem nos vendido, caso contrário todos teríamos sido mortos. E disse que, por termos sobrevivido, nós, da diáspora, agora poderíamos ajudá-los. Disse ainda que me adotaria como seu primeiro filho, o que me daria o direito a regalias e o acesso a bens materiais“.

Tribos escravizando cristãos

Os próprios cristãos brancos escravizados na África eram muito mais numerosos do que se acreditava até hoje, conforme os estudos do professor Robert Davis, da Ohio State University. A este respeito confira os seguintes artigos sugeridos:

Aparentemente, as narrativas sobre o “modelo ideal de sociedade” pularam diversos capítulos da História real da humanidade.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Publicado o programa da Primeira Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe

Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira do México | Vatican News

A Assembleia reunirá mais de mil participantes de todo o continente e se realizará de forma mista, em presença e virtual, respeitando os protocolos de saúde estabelecidos para a pandemia da Covid-19. No México, cerca de 80 membros participarão presencialmente, enquanto todos os outros poderão vivenciar este evento histórico através das plataformas digitais. Serão promovidas atividades nas redes sociais da Assembleia eclesial e do Celam, às quais poderão participar todos aqueles que o desejarem.

Vatican News

O Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) publicou o programa geral da Primeira Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, a ser realizada de 21 a 28 de novembro em Cidade do México.

A Assembleia reunirá mais de mil participantes de todo o continente e se realizará de forma mista, em presença e virtual, respeitando os protocolos de saúde estabelecidos para a pandemia da Covid-19.

Um evento histórico

No México, cerca de 80 membros participarão presencialmente, enquanto todos os outros poderão vivenciar este evento histórico através das plataformas digitais.

Segundo informa a nota do Celam recebida pela Fides - agência missionária da Congregação para a Evangelização dos Povos -, serão promovidas atividades nas redes sociais da Assembleia eclesial e do Celam, às quais poderão participar todos aqueles que o desejarem, tais como orações, celebrações, conversas com especialistas da Igreja local.

Também foi montada uma sala de imprensa virtual para as mídias do continente e do mundo para que elas possam acessar materiais, agendar entrevistas e participar das coletivas de imprensa.

Programação

No domingo, 21 de novembro, às 11 horas (hora local), será celebrada a missa de inauguração na Basílica de Nossa Senhora Guadalupe, presidida pelo Presidente do Celam, da Conferência Episcopal peruana e arcebispo de Trujillo, dom Miguel Cabrejos Vidarte, OFM.

Na segunda-feira, dia 22, se terá o ato inaugural, com saudações e várias mensagens (do Prefeito da Congregação para os Bispos, da Conferência Episcopal Mexicana, do Santo Padre) e a primeira conferência, que terá como tema "A centralidade de Jesus Cristo e de sua Palavra em nossa ação pastoral".

Na terça-feira 23, a segunda conferência terá como tema "A conversão pastoral integral e os quatro sonhos proféticos" e a terceira, na quarta-feira, dia 24, terá como tema "A Igreja em saída missionária".

Da Assembleia eclesial ao Sínodo sobre a Sinodalidade

Na quinta-feira, dia 25, o evento principal será o painel intitulado "Da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe rumo ao Sínodo sobre a Sinodalidade". Na sexta-feira, dia 26, a quarta conferência será sobre o tema "A sinodalidade do Povo de Deus: testemunhas".

Cada dia incluirá atividades de grupo, testemunhos, debates sobre o tema e momentos de oração. No sábado, 27 de novembro, estão previstas as conclusões, os trabalhos finais da Assembleia e uma mensagem para o Povo de Deus.

A missa de encerramento, presidida pelo Enviado do Santo Padre, terá lugar no domingo 28 de novembro, seguida da Consagração a Nossa Senhora de Guadalupe.

(com Fides)

Fonte: https://www.vaticannews.va/

Basílica de São João de Latrão

Basílica de São João de Latrão | Opus Dei
09 de novembro
Basílica de São João de Latrão

Durante os primeiros séculos, por causa das perseguições, a celebração da Eucaristia e a catequese tinham lugar em casas privadas que algumas famílias – habitualmente as que dispunham de mais meios econômicos, e portanto tinham casas mais amplas – punham à disposição da Igreja. Eram as primitivas igrejas domésticas, que em Roma também são chamadas títulos.

titulus era uma tabuinha de madeira que se pendurava na entrada das vilas romanas, onde estava escrito o sobrenome do proprietário; a vivenda também era denominada com o nome da gens, ou linhagem familiar.

Com o decorrer do tempo, muitas domus ecclesiae acabaram por ser doadas à Igreja e, quando houve liberdade de culto, edificaram-se templos cristãos sobre esses veneráveis lugares, cuja história remontava à época apostólica em alguns casos, e a famosos mártires romanos em outros. A partir do século IV, cada uma das primitivas igrejas domésticas foi dedicada a um santo, em bastantes casos ao antigo proprietário do imóvel, que tinha entregue não só a sua casa mas a própria vida pela fé.

Os títulos mencionados em alguns documentos antigos traçam uma espécie de mapa onde se pode observar como estavam distribuídos os cristãos pela Urbe até ao século III. Os mais antigos são o titulus Clementis (hoje igreja de São Clemente), Anastasiae (Santa Anastácia), Vizantis (São João e São Paulo, no Celio), Equitii (Santos Silvestre e Martinho ‘ai Monti’, no Esquilino), Chrysogoni (São Crisógono, no Trastevere), Sabinae (Santa Sabina, no Aventino); Gaii (Santa Susana); Crescentianae (São Sisto) e Pudentis (Santa Pudenciana).

Estes nove títulos remontam às origens do cristianismo em Roma e há outros três que datam dos finais do século III: o titulus Callisti (hoje Santa Maria in Trastevere), Ceciliae (Santa Cecília) e Marcelli (São Marcelo ‘al Corso’).

Calcula-se que antes do Edito de Milão (ano 313) existiam mais de vinte títulos ou igrejas domésticas na Cidade Eterna. Nessa altura já aproximadamente um terço da população se tinha convertido ao cristianismo, mas esta realidade não se refletia na fisionomia urbana, devido ao fato de a Igreja carecer de personalidade jurídica. O imperador Constantino, além de ter autorizado publicamente o culto cristão, promoveu a construção das primeiras basílicas cristãs, em Roma e em Jerusalém.

Um povo de estirpe nobre

O Batistério lateranense (esquerda). À direita pode-se apreciar a cúpula
do Batistério e o exterior do edifício.

Na Cidade Eterna, o primeiro templo cristão que se edificou foi a basílica Lateranense, nos terrenos até então ocupados por um quartel da guarda privada do imperador. Durante bastantes séculos – até ao período de Avignon – ali esteve a cátedra papal, pelo que esta basílica merecia o título de cunctarum mater et caput ecclesiarum, que ainda hoje se lê numa inscrição junto à entrada.

Ao princípio, recebeu o nome de Basílica do Salvador, mas na época medieval dedicou-se também a São João Batista e a São João Evangelista: O Papa Silvestre consagrou-a no ano de 318, embora tenham passado algumas dezenas de anos até ser concluída. Desde então, foi reconstruída várias vezes por causa de roubos, terremotos e incêndios. O edifício atual data de meados do século XVII e deve-se a Borromini, embora a fachada e a abside tenham sido transformadas posteriormente.

Um pouco separado da Basílica, na esquina direita da grande praça de São João, destaca-se um edifício de planta octogonal e de aspeto antigo, sobriamente adornado, mas de linhas harmoniosas. É o batistério. Data do século V, e foi construído durante o pontificado de Sisto III, sobre um outro primitivo que Constantino tinha mandado edificar.

Nas paredes, cinco afrescos reproduzem episódios da vida de Constantino, entre os quais são de destacar a aparição da Santa Cruz com a promessa: in hoc signo vinces (com este sinal vencerás), que sucedeu – segundo a tradição – quando o imperador estava acampado com o seu exército na zona de Saxa Rubra, na véspera da batalha da Ponte Mílvia em que Constantino derrotou Majêncio

A piscina circular onde antigamente os cristãos eram batizados por imersão fica no centro, rodeada por oito formosas colunas de pórfiro com capitéis jônicos e coríntios. Essas colunas sustentam uma arquitrave, que tem inscritos uns versos em latim, atribuídos ao Papa São Sisto III (432-440), onde se resume, de forma admirável, a doutrina cristã sobre o Batismo. Soam tão magnificamente, que vale a pena lê-los na língua original. Acrescentamos a tradução abaixo.

GENS SACRANDA POLIS HIC SEMINE NASCITVR ALMO
QVAM FECVNDATIS SPIRITVS EDIT AQVIS
VIRGINEO FETV GENITRIX ECCLESIA NATOS
QVOS SPIRANTE DEO CONCIPIT AMNE PARIT
COELORVM REGNVM SPERATE HOC FONTE RENATI
NON RECIPIT FELIX VITA SEMEL GENITOS
FONS HIC EST VITAE QVI TOTVM DILVIT ORBEM
SVMENS DE CHRISTI VVLNERE PRINCIPIVM
MERGERE PECCATOR SACRO PVRGANTE FLVENTO
QVEM VETEREM ACCIPIET PROFERET VNDA NOVVM
INSONS ESSE VOLENS ISTO MVNDARE LAVACRO
SEV PATRIO PREMERIS CRIMINE SEV PROPRIO
NVLLA RENASCENTVM EST DISTANTIA QVOS FACIT VNVM
VNVS FONS VNVS SPIRITVS VNA FIDES
NEC NVMERVS QVEMQVAM SCELERVM NEC FORMA SVORVM
TERREAT HOC NATVS FLVMINE SANCTVS ERIT

Aqui nasce um povo de nobre estirpe destinado ao Céu,
que o Espírito gera nas águas fecundadas.
A Mãe Igreja dá à luz na água, com um parto virginal
os que concebeu por obra do Espírito divino.
Esperai o reino dos céus, os renascidos nesta fonte:
a vida feliz não acolhe os nascidos uma só vez.
Aqui está a fonte da vida, que lava toda a terra,
que tem o seu princípio nas chagas de Cristo.
Submerge-te, pecador, nesta corrente sagrada e purificadora,
cujas ondas, a quem recebem envelhecido, devolverão renovado.
Se quiseres ser inocente, lava-te nestas águas,
tanto se te oprime o pecado herdado como o próprio.
Nada separa já os que renasceram, feitos um
por uma só fonte batismal, um só Espírito, uma só fé.
A nenhum aterrorize o número ou a gravidade dos seus pecados:
o que nasceu desta água viva será santo.

Apóstolo de apóstolos

Pelo Batismo todos os cristãos são chamados à santidade e ao apostolado. A inscrição do batistério lateranense mostra que essa consciência estava muito viva nas origens do cristianismo. Por isso, São Josemaria Escrivá ao explicar o espírito do Opus Dei o comparava com “a vida dos primeiros cristãos. Eles viviam profundamente a sua vocação cristã; procuravam seriamente a perfeição a que estavam chamados pelo fato, simples e sublime, do Batismo”[1].

OS PRIMEIROS CRISTÃOS VIVIAM PROFUNDAMENTE A SUA VOCAÇÃO CRISTÃ; PROCURAVAM SERIAMENTE A PERFEIÇÃO A QUE ESTAVAM CHAMADOS PELO FATO, SIMPLES E SUBLIME, DO BATISMO

Nos primeiros séculos, os neófitos eram batizados com uma tríplice imersão – em honra da Santíssima Trindade – na piscina do batistério, e traziam durante toda a semana seguinte uma túnica branca, como manifestação de não querer voltar a manchar a sua alma com o pecado, depois de purificada com as águas da regeneração. Se tinham a desgraça de cair, recorriam cheios de dor ao Sacramento da Penitência. Mas como eram grandes os seus desejos de santidade, a sua luta estava longe de ser uma luta negativa...! Sentiam-se felizes por terem encontrado a Verdade e o Bem – o Amor de Deus – e desejavam também, como é natural, ir a Deus acompanhados por muitos outros: parentes, amigos, vizinhos, companheiros de ofício... Anunciaram o Evangelho com alegria, e o Senhor concedeu-lhes muito fruto, mas sabemos que em certas ocasiões difundir a mensagem de salvação significou para eles arriscar a vida ou sofrer graves contradições. Contudo, os primeiros cristãos não se detiveram diante dos obstáculos: na sua conduta voltaram muitas vezes a ressoar as palavras pronunciadas por Pedro e João quando os pretendiam calar: “não podemos, pois, deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos[2]“.

Hoje como ontem cabe aos batizados a tarefa de trabalhar para que a salvação chegue a todas as partes e a todos os homens[3]. Por isso, nós cristãos não só procuramos fazer apostolado pessoal, mas encorajamos também os nossos amigos a serem também eles apóstolos e a se comprometerem na maravilhosa tarefa de aproximar almas a Cristo.

“Cada um de vós deve procurar ser um apóstolo de apóstolos”[4], escreveu São Josemaria em Caminho. Deus conta com cada um dos cristãos para que “todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade”[5]. Por isso, é urgente que todos os batizados tomem consciência da sua vocação para a santidade e para o apostolado. Assim aproximarão muitas pessoas da felicidade e serão eles próprios muito felizes, porque encherão de sentido cristão e de esperança qualquer realidade humana: “pelo Batismo, somos portadores da palavra de Cristo, que tranquiliza, que inflama e aquieta as consciências feridas. E para que o Senhor atue em nós, temos que dizer-lhe que estamos dispostos a lutar todos os dias, embora nos vejamos frouxos e inúteis, embora percebamos o peso imenso das nossas misérias e da nossa pobre fraqueza pessoal. Temos de repetir-lhe que confiamos nEle, na sua assistência: se for preciso, como Abraão, contra toda a esperança. Assim trabalharemos com redobrado empenho e ensinaremos os homens a comportar-se com serenidade, livres de ódios, de receios, de ignorâncias, de incompreensões, de pessimismos, porque Deus tudo pode”[6].


[1] Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, n. 24

[2] Atos dos Apóstolos, 4,20

[3] Cfr. Concílio Vaticano II, Decreto Apostolicam actuositatem, nº 3.

[4] São Josemaria, Caminho, n. 920.

[5] 1 Tm 2, 4.

[6] São Josemaria, Amigos de Deus, n. 210.


Fonte: https://opusdei.org/

Santo Orestes

Santo Orestes | arquisp
09 de novembro

Santo Orestes

Orestes é um nome de origem rude, de trágica lembrança, e muito divulgado no mundo cristão. Rude porque significa "homem da montanha". De lembrança trágica porque, segundo a literatura grega, era filho de Agamênon, a quem vingou a morte ao matar a esposa adúltera, a própria mãe. E divulgado entre os cristãos porque é o nome de um mártir da fé.

No livro dos santos da Igreja, só encontramos um com este nome. Dele sabemos, com certeza, que no final da Antiguidade era venerado como um mártir no dia de sua morte: 9 de novembro. E que alguns mosteiros importantes foram dedicados a ele, como o da Capadócia, no século IV.

Mais tarde, soube-se da participação de um monge do mosteiro de santo Orestes no segundo Concílio de Nicéia, onde saíram condenados os hereges iconoclastas, isto é, os cristãos que destruíam as pinturas e objetos sagrados.

Provavelmente, esse monge era do Mosteiro da Capadócia, onde as relíquias mortais do mártir Orestes estavam guardadas. Como a sepultura estava sob a construção, os dados de santo Orestes nunca foram encontrados e ninguém soube ao certo a sua origem.

A tradição relata sua vida começando pelo ponto culminante: a morte pelo testemunho da fé. A fé cristã sempre foi marcada, ao longo dos séculos, pelos sacrifícios de seus seguidores, iniciados com a crucificação pela Paixão de Jesus Cristo. Orestes foi mais um desses mártires, provavelmente morrendo na última perseguição aos cristãos decretada pelos romanos.

Temos uma narração milenar vinda da Capadócia que nos coloca Orestes como um médico acusado de incitar o povo contra a idolatria. Um médico, de fato, pode exercer muita influência sobre o ânimo dos doentes, que estão necessitados de ajuda material, mas que também precisam de conforto espiritual. Denunciado como cristão e pregador da nova fé, Orestes não negou.

Durante o julgamento público, ele clamou que o céu lhe concedesse um prodígio capaz de cair sobre o povo, que queria trair a verdade do cristianismo. Imediatamente, foi atendido. Orestes, apenas com um sopro, fez as estátuas dos ídolos voarem como folhas mortas e as colunas do templo caírem, como se fossem de fios de palha. Foi condenado à morte.

Mas antes foi torturado com pregos e arrastado por um cavalo. No final, com o cadáver desfigurado, foi atirado num rio, que devolveu seu corpo refeito e coberto com uma magnífica túnica. Foi assim que as relíquias do mártir chegaram naquele antigo local, onde existiu o famoso mosteiro de santo Orestes, na Capadócia, atual Turquia.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Sabedoria: uma das melhores virtudes para pedir a Deus

GRJ Photo | Shutterstock
Por Mário Scandiuzzi

Foi isso o que Salomão pediu ao Senhor - e Deus lhe concedeu um coração sábio e inteligente.

Certa vez o Papa Francisco disse que “a sabedoria é uma graça que nos permite ver as coisas com os olhos de Deus, a sentir como Deus e a falar com suas palavras”.

Mas como podemos pedir sabedoria a Ele? Uma bela prece com essa petição foi feita pelo rei Salomão quando assumiu o trono no lugar de seu pai, Davi (I Reis 3, 6-9).

O Senhor apareceu em sonho, dizendo que Salomão poderia pedir o que quisesse. Ele, que ainda era um jovem, disse a Deus: “Eu não passo de um adolescente e não sei como me conduzir” (v. 8). E concluiu pedindo: “Dai, pois, ao vosso servo um coração sábio, capaz de julgar o vosso povo e discernir entre o bem e o mal;  pois sem isto, quem poderia julgar o vosso povo, um povo tão numeroso?” (v. 9).

Coração sábio

Diante deste pedido, Deus concedeu a Salomão um coração sábio e inteligente.

E no capítulo 9 do livro da Sabedoria encontramos uma oração inspirada no pedido de Salomão:

“Deus de nossos Pais, e Senhor de misericórdia, que todas as coisas criastes pela vossa palavra, e que, por vossa sabedoria, formastes o homem para ser o senhor de todas as vossas criaturas, governar o mundo na santidade e na justiça, e proferir seu julgamento na retidão de sua alma, dai-me a Sabedoria que partilha do vosso trono e não me rejeiteis como indigno de ser um de vossos filhos, porque qualquer homem, mesmo perfeito entre os homens, não será nada se lhe falta a Sabedoria que vem de vós”.

Que possamos fazer essa oração, pedindo a Sabedoria de Deus para tomarmos sempre as decisões que vão nos levar pelo caminho da salvação.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Proclamado um ano extraordinário em homenagem ao Beato Scalabrini

O Beato Bispo Scalabrini, o anúncio do Ano Extraordinário
Scalabriniano 

No domingo, 7 de novembro iniciou o Ano Scalabriniano que terá sua conclusão no dia 9 de novembro de 2022, dia do 25º aniversário da beatificação de João Batista Scalabrini. O tema principal das iniciativas nos diferentes continentes será: "Fazer do mundo a pátria do homem". A vice-postuladora, Ir. Lina Guzzo explica o significado da celebração que pretende chamar a atenção aos migrantes vivida pelo fundador e hoje testemunhada por toda a Família Scalabriniana.

Adriana Masotti – Vatican News

João Batista Scalabrini foi proclamado Beato por São João Paulo II em 9 de novembro de 1997. Nasceu em 8 de julho de 1839 e faleceu em 1º de junho de 1905. Foi bispo da diocese de Piacenza-Bobbio e fundador de duas Congregações: os Missionários e as Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeu, mais conhecidas como Scalabrinianos e Scalabrinianas, também foi inspirado nele o Instituto das Missionárias Seculares Scalabrinianas, lançado em 1961. Toda a Família Scalabriniana se empenhará a partir de hoje em um Ano de iniciativas especiais para celebrar os 25 anos de sua beatificação, mas ainda mais para difundir seu pensamento e sua obra especialmente em favor dos migrantes, segundo as palavras de Jesus: "Era forasteiro e me recolhestes".

Scalabrini tornou-se tudo em todos

São significativas as palavras com as quais o Papa Wojtyła apresentou o novo beato aos fiéis: " “Profundamente atraído por Deus e de modo extraordinário devoto da Eucaristia, soube transformar a contemplação de Deus e do seu mistério numa intensa ação apostólica e missionária, tornando- se tudo em todos para anunciar o Evangelho. Esta sua fervorosa paixão pelo Reino de Deus tornou-o zeloso na catequese, nas atividades pastorais e na ação caritativa, sobretudo em benefício dos mais necessitados”. O Ano que se abre hoje é para sua Família sobretudo um convite para seguir seus passos, para contar sua paixão pelos migrantes, para que outros possam sentir a mesma paixão e intervir, em todos os níveis, na Igreja e na sociedade, para encorajar o acolhimento daqueles que estão longe de sua pátria.

Irmã Lina Guzzo: todos têm direito a uma vida melhor

A Irmã Scalabriniana Lina Guzzo, de origem vêneta, é vice-postuladora da Congregação das Irmãs Missionárias para a causa de canonização do Beato Scalabrini. Na entrevista Irmã Lina falou-nos sobre o significado deste Ano, o carisma do Beato Scalabrini, sua atenção especial pelos migrantes que continua através da Família Scalabriniana:

Irmã Lina, João Batista Scalabrini é reconhecido como uma testemunha exemplar do amor a Deus e a seus irmãos. A senhora poderia nos falar sobre o coração de seu carisma?

Scalabrini é o homem da paz, o homem que observa a realidade das pessoas no presente; um homem da Igreja, um homem de questões sociais, muito sensível. Dele recebemos este carisma que é o de dar atenção à pessoa, desde o nascimento até a morte. Inicialmente era bispo da diocese de Piacenza, mas um bispo universal porque abraçou o mundo, estava interessado em vários aspectos: das trabalhadoras rurais, dos surdos-mudos, dos migrantes e da fé destas pessoas. Em uma palavra, este homem era "poliédrico", ou seja, aberto a tudo, mas acima de tudo a todos.

Celebrar um ano dedicado a um fundador não se trata apenas de recordar. Como vocês pretendem vivê-lo?

Como Scalabrinanas, pensamos que Scalabrini é uma figura que deveria ser mais conhecida no mundo, ele se dirigiu em particular aos migrantes e refugiados, mas o mundo deve sentir que este homem é um pai atento destas pessoas. Assim, este ano, através de vários eventos, queremos recordar o cristão, o bispo, o homem que estava atento às questões sociais, aquele que não esperava que outros fizessem algo, que denunciou uma situação, mas depois arregaçou as mangas. Queremos que ele seja reconhecido como pastor, pai dos migrantes e apóstolo do catecismo, e por isso estamos desenvolvendo diversas atividades não só na Itália, mas em todos os cinco continentes onde vivemos, envolvendo sobretudo as Igrejas locais, as paróquias, as missões e todos aqueles que vivem a situação dos movimentos migratórios, mas que devem senti-los com aquela força que Scalabrini tinha no final do século XIX e início do século XX. Assim, gostaríamos de testemunhar e proclamar tudo isso e levar à sua devoção, de fato, gostaríamos que ele fosse reconhecido como santo, que fosse canonizado em um momento tão particular de migrações como o atual.

O tema deste ano especial é: "Fazer do mundo a pátria do homem", sabemos quantas pessoas estão à procura de uma nova pátria. O Beato Scalabrini tinha tentado dar uma resposta a este problema....

Sim, é um tema muito forte. Em outros momentos ele disse que para o pobre "a pátria é a terra que lhe dá o pão". Nós nos perguntamos: quando as pessoas vão pensar que, para comer, para não morrer de fome, as fronteiras devem cair? Quando chegaremos a dizer: eu tenho o direito de me mudar para viver uma vida pacífica, uma vida melhor e dizer que onde eu encontrar pão, posso ser sereno e livre para rezar, livre para encontrar o que minha família precisa e para viver em sociedade com um emprego? Este é o forte sentido de "Fazer do mundo a pátria do homem", que é uma liberdade que é um sonho para aqueles que partem da África distante ou da Ásia distante para chegar à Europa arriscando-se: arriscando-se no deserto, arriscando-se nas prisões, atravessando o mar, arriscando-se depois para chegar aos países ricos e não para encontrar uma acolhida humana, onde a pessoa possa se sentir livre para expressar o que vive sempre respeitando as leis, é claro.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

São Deodato ou Adeodato, Papa e Confessor

S. Deodato | Cléofas
08 de novembro

São Deodato

O nome “Deodato”, ou, em latim, “Deusdedit”, que significa dado por Deus, era muito comum já na Igreja primitiva. Foi, por exemplo, o que Santo Agostinho escolheu para seu filho, em agradecimento a Deus por ter-lho dado. No Martirológio Romano há vários santos com esse nome. Mas o mais conhecido é o Papa que viveu no século vii, São Deodato I.

Este santo era romano por nascimento e formação, e desde cedo seguiu a melhor tradição eclesiástica. Praticamente não temos dados sobre a sua infância e juventude. Foi elevado ao sólio pontifício em 19 de Outubro de 615, sucedendo ao Papa Bonifácio IV. Na época, o Papa não era somente o Bispo de Roma e pai espiritual de todos os fiéis, era também o seu líder na vida civil, o juiz e magistrado supremo, e o garante da ordem. Com a morte de cada pontífice, os romanos sentiam-se privados de protecção, expostos às invasões dos bárbaros nórdicos ou às reivindicações do Império do Oriente.

Nessa época, o Império Romano já se havia desmoronado, e Itália estava ocupada pelos bárbaros godos e longobardos, provenientes do norte da Europa. Por sua vez, o sul da península sofria a poderosa influência do Império Bizantino.

A Igreja de Roma, na pessoa do Sumo Pontífice, tinha de intervir muitas vezes para pacificar situações de conflito armado, e a sua autoridade afirmava-se cada vez mais como árbitro de príncipes e povos.

No tempo do Papa Deodado, deram-se de facto revoltas e invasões armadas, como as que tiveram lugar entre o Príncipe de Ravena e o tirano João Consino no sul da Itália, que exigiram a mediação pacificadora do Papa. Além disto, o breve pontificado de São Deodato, de apenas três anos, foi perturbado por duas graves calamidades: um desastroso terremoto nas vizinhanças de Roma, no mês de Agosto de 618, e uma peste que deformava os corpos, tornando-os irreconhecíveis.

O Papa desenvolveu então uma providencial obra de assistência, assumindo ele próprio o papel de enfermeiro, e cuidando dos atingidos pela desgraça, aliviando-lhes os sofrimentos. A história fala de curas milagrosas por ele operadas ao tocar ou abraçar os atingidos pelo terrível mal. Os romanos veneravam-no como a pai bondoso e extremado, que lhes aliviava os sofrimentos.

Na sua actividade pastoral, conservam-se deste Papa determinações litúrgicas a observar nas basílicas romanas. Teve um grande amor ao clero, favorecendo que os padres seculares ocupassem ofícios ou cargos fixos na diocese, e providenciando benefícios para sustento dos sacerdotes.

Com este Papa, teve início o uso de selar os documentos pontifícios com uma pequena peça redonda de chumbo, chamada “bulla”. Desde então, todos os documentos pontifícios sigilados com este selo de chumbo passaram a chamar-se bulas pontifícias, tratando geralmente de questões de doutrina ou de disciplina eclesiástica.

O Martirológio Romano traz um milagre operado pelo santo: “Em Roma, São Deusdado I, Papa, de tanto merecimento, com um beijo curou um leproso de sua doença.”

Ainda se conservam alguns documentos deste Papa, com o selo de chumbo representando a imagem do Bom Pastor com a sigla “alfa e ómega”, símbolo de Cristo, princípio e fim de todas as coisas.

Desconhecem-se as circunstâncias da morte deste Papa, que a história colocou no dia 8 de Novembro de 618. É todavia pacífico o título de santo que a tradição lhe conferiu. O seu corpo foi sepultado na Basílica de São Pedro, em Roma.

Fonte: https://accaofamilia.eu/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF