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quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Há 130 anos, o papa Leão XIII profetizou tempos atuais e exortou a rezar o rosário

Imagem ilustrativa / Crédito: Unsplash

DENVER, 10 nov. 21 / 01:09 pm (ACI).- O papa Leão XIII muito sobre a importância de rezar o santo rosário como uma arma para enfrentar os grandes problemas que atingem o mundo hoje.

Num artigo do National Catholic Register, o escritor e autor do livro Fruits of Fatima: Century of Signs and Wonders (Frutos de Fátima: um século de Sinais e Maravilhas, em tradução livre), Joseph Pronechen, disse que nos seus 25 anos de papado, Leão XIII "viu grandes perigos surgirem no mundo".

“Leão XIII não se deteve ao falar sobre os perigos do comunismo, do socialismo, da maçonaria e seu caminho rumo à destruição”, disse.

Pronechen disse que o papa "alertou para os graves perigos" nas suas dez encíclicas sobre o Rosário, "incluindo Fidentem piumque animum de 1896, há exatamente 125 anos, e  Octobri mense em 1891, que celebra o seu 130º aniversário".

Segundo o autor, o papa Leão XIII disse em Octobri mense que os sofrimentos da Igreja, “antes que se aligeirarem, crescem cada dia mais em número e em aspereza”.

“A todos são conhecidos os males que Nós deploramos: a luta desapiedada contra os sagrados e intangíveis dogmas, que a Igreja guarda e transmite; a zombaria da integridade da virtude cristã, que a Igreja defende; a trama de calúnias de mil modos urdidas; o ódio fomentado contra a sagrada ordem dos bispos, e principalmente contra o Romano Pontífice; os ataques dirigidos, com a mais impudente audácia e a criminosa impiedade, contra a própria divindade de Cristo”, acrescentou o papa.

Pronechen disse que o papa sofria pelo que aconteceria no futuro e lamentava que muitos se extraviassem pela “perversidade dos erros e por esta insolente atitude contra Deus”, por causa de sua indiferença “para com qualquer forma de religião” que os despojou da fé divina, por católicos que "são cristãos só de nome, e não cumprem os deveres da sua fé".

“Tais ruinosos e deploráveis males estão na exclusão completa da Igreja das ordenações sociais, ao mesmo tempo em que, de propósito, se hostiliza a sua salutar influência. E nisto é de reconhecer um grande e merecido castigo de Deus, que cega miseravelmente as nações que se afastam d’Ele”, acrescentou.

O autor disse que estas frases do papa soam como notícias que são dadas na atualidade e destacou que o papa Leão XIII afirmou que "é absolutamente necessário que os católicos dirijam a Deus fervorosas, perseverantes" súplicas e orações, não só nos seus lares, mas publicamente.

“Para que Deus liberte a Igreja dos homens maus e perversos, e leve saúde e sabedoria às nações mediante a luz da caridade de Jesus Cristo”, acrescenta Leão XIII

O papa Leão XIII disse que, no meio desta tempestade de males, a Igreja recorda aos fiéis a necessidade de rezar “com mais veemência a Deus” e, a exemplo dos santos, de pedir a intercessão da Virgem Maria.

O papa afirmou que, pela vontade de Deus, assim como “assim como ninguém pode achegar-se ao Pai Supremo senão por meio do Filho, assim também, ordinariamente, ninguém pode achegar-se a Cristo senão por meio de sua Mãe. Quanta sabedoria e misericórdia resplandece nesta disposição da Divina Providência!”

Pronechen disse que o papa deixa claro que para responder à luta contra o mal é necessário recorrer ao Santo Rosário, uma oração agradável para a Virgem Maria e vantajosa para quem a reza.

É uma oração que tem “o perfume das rosas e a graça das coroas. Nome que, enquanto é indicadíssimo para significar uma devoção destinada a honrar aquela que justamente é saudada como ‘Rosa Mística’ do Paraíso”, comentou.

O papa Leão XIII disse que, ao rezar o Rosário, “demonstramos querer obter do Pai Celeste o seu reino de graça e de glória; e com as nossas reiteradas súplicas à Virgem Mãe imploramos para nós pecadores o seu auxílio e a sua intercessão”.

O papa lembrou que nossa fé está exposta a uma infinidade de perigos e ataques todos os dias, e é por meio dessa oração que os fiéis podem obter alimento e força para sua fé.

Pronechen disse que o papa esclarece em Octobri mense que, embora existam várias formas de honrar a Virgem Maria, uma das mais poderosas e agradáveis ​​para Nossa Senhora é o Rosário.

“Que, pois, a própria Rainha do Céu haja ligado a essa oração uma grande eficácia, demonstra-o o fato de haver ela sido instituída e propagada por santo Domingos como arma muito poderosa contra os inimigos”, acrescentou o papa.

Leão XIII lembrou outros casos registrados quando o Rosário veio em socorro, fornecendo "provas notáveis" de nações salvas do perigo por meio do Rosário.

Pronechen disse para não desanimar e lembrar “que Deus responde como um bom Pai” e embora os desígnios do Senhor nem sempre possam ser compreendidos, “chegará o momento em que, pelo bem de Deus, causas e efeitos serão esclarecidos, e o maravilhoso poder e utilidade da oração se manifestarão”.

“Então se verá quantos em meio a uma era corrupta se conservaram puros de toda concupiscência da carne e do espírito, operando sua santificação no temor de Deus; como outros, expostos ao perigo da tentação, se contiveram sem demora para obter novas forças para a virtude a partir do próprio perigo; como outros, tendo caído, agarraram-se ao desejo ardente de voltar aos abraços de um Deus compassivo", acrescentou o papa Leão XIII.

Dirigindo-se a Nossa Senhora, o papa rezou para que “as nações atoladas no erro possam voltar aos ensinamentos e preceitos cristãos, que são a base da segurança pública e fonte de paz e verdadeira felicidade”.

“Que através dela eles possam se empenhar firmemente pela mais desejável de todas as bênçãos, a restauração da liberdade de nossa Mãe, a Igreja, e a posse tranquila de seus direitos”, concluiu.

Fonte: https://www.acidigital.com/

São Martinho de Tours

S. Martinho de Tours | Olhar Jornalístico
11 de novembro

São Martinho de Tours

Bastou o episódio do manto dividido em dois para abrigar contra o frio um mendigo encontrado à noite, quando estava de ronda, para torná-lo popular no decurso dos séculos. A vida de Martinho é constelada de gestos generosos.

Nascido na província romana da Panônia, o pai, militar, o encaminhou à mesma carreira em Pavia, para onde fora destinado. Martinho foi logo promovido ao grau de circitor, isto é, de ronda noturna, e foi durante este serviço que dividiu seu manto com o pobre friorento.

Recebeu o batismo na Páscoa de 339 e continuou a vida militar até os 40 anos. Depois da dispensa foi para Poitiers encontrar-se com o bispo Hilário, que o acolheu em sua diocese, ordenando-o exorcista e hospedando-o em uma vila um pouco distante, onde Martinho levou vida monacal, logo rodeado de discípulos.

Surgiu assim o primeiro mosteiro da Europa, em Ligugé. Realizava-se assim sua grande aspiração, expressa na juventude e contrariada pelo pai, obstinadamente pagão. Mas em Ligugé permaneceu apenas dez anos.

O bispo de Tours havia morrido, e os fiéis logo pensaram em Martinho. Não foi fácil convencê-lo; para vencer sua resistência, tiveram de recorrer a um estratagema: um certo Rusticus convidou-o a sua casa, para visitar a mulher enferma e tocá-la com as mãos. Martinho não pôde subtrair-se a um ato de caridade e foi. Mas no caminho um grupo de cristãos raptou-o e levou-o a Tours, onde a população o aclamou bispo. Isso também aconteceu a Ambrósio em Milão e a Agostinho em Hipona.

Martinho foi consagrado bispo em 4 de julho de 371. E foi um pastor zeloso e ativo, sobretudo um grande missionário, porque não se limitou a guiar seu rebanho e a servir de árbitro entre os cidadãos e as autoridades romanas. Percorreu os campos e as vilas e preparou seus sacerdotes para a missão, fundando em Mormutier o primeiro centro de formação missionária da Gália.

Ao findar o outono de 397, estava em visita pastoral em uma paróquia rural quando sentiu avizinhar-se a última hora. Estendeu-se sobre uma rude mesa recoberta de cinzas e em oração esperou a morte, que chegou em 8 de novembro. No dia 11 de fevereiro realizaram-se as exéquias em Tours, onde foi colocado em uma simples tumba. Contra esta se enfureceram os huguenotes que, em 25 de maio de 1562, queimaram os restos mortais do grande bispo.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Fonte: https://arquisp.org.br/

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

JOGOS DE AZAR

Crédito: Jornal de Brasília

Dom Pedro Carlos Cipollini
Bispo de Santo André (SP)

Afirmam alguns que a liberação dos jogos e cassinos, no Brasil, vai gerar muitos empregos e impostos. A quem os defensores da liberação pretendem convencer? A mim parece que a legalização dos jogos e cassinos, no Brasil, irá gerar uma grande cadeia de organizações suspeitas, como meio para implementar lavagem de dinheiro, evasão de divisas e prostituição, dando uma aparência de legitimidade para recursos de origem ilícita. É o que acontece na maioria de países onde estes estabelecimentos são liberados.

No Congresso Nacional, infelizmente, ao menos um grupo de congressistas, se mobilizam para reativar o assunto “liberação dos jogos”, pretendendo aprovar matérias legislativas sob esse tema, que se encontram tramitando nas duas Casas Parlamentares. Segundo levantamentos, encontra-se na Câmara dos Deputados o Projeto de lei 442/191. No Senado, tramitam os Projetos de lei nºs 186/2014, 595/2015, 2648/2019 e 4495/2020.

A legalização dos jogos de azar é reconhecida como causadora de alguns danos à sociedade. Seus defensores sobrepõem os argumentos quanto ao incremento do turismo, atração de investimentos estrangeiros e alta demanda pelo serviço gerado, sendo fácil quantificá-los em números, enquanto os contra-argumentos são dificilmente mensuráveis e têm seus custos difusos na sociedade.

Os estragos que os grandes centros de jogos de azar poderão acarretar não ficam somente na permissividade para que grupos possam agir na criminalidade sob a tutela do Estado, atingem diretamente a estrutura de famílias, que são a base de toda a sociedade. A liberação vai favorecer a ter mais jogadores patológicos, mais famílias sofrendo e mais gente tendo problemas com isso.  A destruição de famílias se tornará em realidade, sem a qual não se tem alternativas de solução

O vício em jogos já afeta hoje 1% da população brasileira, ou seja, mais de 2 milhões de pessoas, segundo o Departamento de Psiquiatria da Universidade de São Paulo – USP, isso sem ainda termos sua legalização. O problema é tão sério que a Organização Mundial da Saúde – OMS, colocou o jogo compulsivo no Código Internacional de Doenças, ao lado da dependência do álcool, cocaína e de outras drogas.

Os prejuízos do vício são sociais, profissionais e financeiros. Afeta principalmente a família.  Além disso, o viciado também perde a moral e o respeito, e, em casos agudos, se não for tratado, pode se tornar um mendigo ou tirar a própria vida. O transtorno do jogo é uma dependência que não tem volta, segundo profissionais da área, e muitas vezes é uma doença que não tem a devida importância. Quanto mais disponível o jogo estiver, maior será o número de pessoas vulneráveis a ele.

O problema de dependência não se resolve com a proibição dos jogos pura e simplesmente, mas a inexistência dos cassinos e grandes centros turísticos destinados a esse fim diminui muito a prevalência da doença, sem o que, em dados estimados, o Brasil caminhará para ter cerca de 4 milhões de viciados em jogos.

Disse a respeito do jogo, George Washington: “O jogo é filho da avareza, irmão da iniquidade, e pai do crime”.

Será que vamos admitir que esse vício venha a se tornar lei em nosso País?

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Brasília sediará o IV Congresso Brasileiro de Médicos Católicos

congresso.medicoscatolicos
4º Congresso Brasileiro de Médicos Católicos

Após 20 anos do último evento, Brasília sediará o 4º Congresso Brasileiro de Médicos Católicos. Com o tema “Vocação e Missão do Médico Católico” o evento será híbrido e reunirá representantes de mais de 14 Associações Diocesanas de Médicos Católicos, além de grupos médicos católicos e lideranças médicas e eclesiais brasileiras.

O evento teve sua sede alterada para a Paróquia Nossa Senhora da Esperança, na Asa Norte de Brasília, cujo auditório tem capacidade para mais de 300 participantes e oferece ambiente arejado e consonante às normas sanitárias vigentes.

No dia 12 de novembro (sexta-feira) haverá acolhida dos inscritos e Santa Missa de abertura presidida pelo Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, seguida de Solenidade de Abertura. Nos dias 13 e 14 (sábado e domingo), a programação científica ocorrerá na modalidade presencial e online, com atividades de conferências, seguidas de debate, mesas redondas com múltiplos participantes e colóquios, com sustentação oral dos debatedores. A temática do Congresso envolve apresentações com ênfase na atuação do médico católico na atenção à saúde, na docência, em sua responsabilidade social, na defesa e promoção da vida, nos temas médicos contemporâneos e complexos, nas questões atinentes ao início e ao fim da vida, com abordagem bioética personalista. Haverá ainda programação científica dirigida aos estudantes de medicina, além de debate sobre o papel das Associações de Médicos Católicos.

Por fim, há a expectativa de que por ocasião do Congresso seja fundada a Associação Brasileira de Médicos Católicos.

Em Brasília

A Associação dos Médicos Católicos de Brasília (AMCB) é uma entidade de natureza religiosa, cultural e científica com personalidade jurídica civil, sem fins lucrativos, composta por médicos e estudantes de medicina do Distrito Federal, que aceitaram seu Estatuto.

Podem se associar à AMCB os médicos e os estudantes de medicina do Distrito Federal, católicos, e que aceitam o estatuto da AMCB. O formulário que consta no link abaixo é apenas uma manifestação de interesse que será submetida à Diretoria da AMCB, e não implica em associação automática do(a) postulante.

https://site.medicoscatolicosdf.com.br/associe-se

Com informações da Comissão Organizadora do IV Congresso Brasileiro de Médicos Católicos

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Vaticano divulga coleção de selos para o Natal 2021

Guadium Press
Além dos selos natalinos, também foram disponibilizados selos comemorativos pela Jornada Mundial dos Pobres e as viagens do Papa em 2020.

Cidade do Vaticano (09/11/2021 12:34, Gaudium Press) O Escritório Filatélico e Numismático do Estado da Cidade do Vaticano disponibiliza a partir desta terça-feira, 9 de novembro, os seus selos de Natal 2021 e também a coleção comemorativa pela Jornada Mundial dos Pobres e as viagens do Papa em 2020.

Três Reis Magos e Sagrada Família

Os selos natalinos apresentam os Três Reis Magos, personagens importantes na representação do nascimento do menino Jesus, com traços das muitas pessoas em estado vulnerável que frequentam a praça de São Pedro em busca de ajuda.

A arte é de autoria de Adam Piekarski, um jovem polonês apaixonado pela arte e com um olhar atento o suficiente para reproduzir em folhas de papel os seus companheiros que vivem nas ruas de Roma lutando por uma vida digna.

Outro selo de Natal apresentado, é composto pela reprodução da Sagrada Família como lembrança do Ano especial da Família ‘Amoris laetitia’.

Dia Mundial dos Pobres e outras comemorações

Ainda há selos dedicados ao V Dia Mundial dos Pobres, com fotos que reproduzem a celebração da Santa Missa pelo Papa Francisco e a refeição que o Pontífice compartilhou com eles.

Há também selos dedicados ao nono centenário da fundação da Abadia de Prémontré, realizada com a profissão solene de São Norberto e seus 40 companheiros. As viagens do Papa em 2020 foram afetadas pela pandemia, portanto, apenas o encontro de Bari é recordado: “Mediterrâneo: fronteira de paz”. Por fim, através de uma primeira emissão dedicada à Oceania, se inicia uma peregrinação ideal ao redor da Terra no caminho até o Jubileu de 2025. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Os detalhes do encontro do Papa com 500 pessoas pobres em Assis

Giuseppe Ciccia | NurPhoto

Evento marca o início das celebrações do Dia Mundial dos Pobres, uma ocasião para conscientizar a sociedade sobre o terrível drama da pobreza.

O Papa Francisco viajará para Assis (Itália) em 12 de novembro de 2021, às vésperas do quinto Dia Mundial dos Pobres, que acontecerá em 14 de novembro. Lá, o Papa deve encontrar cerca de 500 pessoas pobres de toda a Europa.

No dia 12 de novembro, pela quinta vez desde sua eleição em 2013, o Papa Francisco vai a Assis, aonde chegará às 9h. Ele será recebido no pátio da Basílica Santa Maria dos Anjos, onde se encontrará com 500 pessoas pobres. Ali, receberá simbolicamente “o manto e o cajado de peregrino”, segundo informa um comunicado do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.

Depois, o Papa Francisco e os pobres se dirigirão à basílica, como forma de simbolizar que «todos vieram como peregrinos aos lugares de São Francisco para ouvir a sua palavra», explica o Pontifício Conselho, que é presidido por D. Rino Fisichella.

Visita à Porciúncula

O Papa irá então até a Porciúncula, esta pequena igreja – agora abrigada pela basílica – que São Francisco restaurou. Ele abençoará uma pedra da Porciúncula e a entregará aos representantes do asilo para sem-teto “Rose di San Francesco”, fundado em 2007 em Trsat, Croácia, pela fraternidade local da Ordem Franciscana Secular.

Seis pessoas em estado de pobreza darão seu testemunho na basílica – dois franceses, um polonês, um espanhol e dois italianos. O Papa vai interagir com eles.

Momento de oração

Após um intervalo às 10h30, será organizado um momento de oração. Em seguida, o pontífice distribuirá uma recordação aos presentes, antes de se despedir deles. O Santo Padre retornará ao Vaticano de helicóptero. Já os 500 participantes do evento serão recebidos em um almoço oferecido pela comunidade católica de Assis e seu bispo, Dom Domenico Sorrentino.

À tarde, serão oferecidas visitas à Basílica de São Francisco ou ao Convento de São Damião. À noite, uma “vigília de misericórdia” e também uma procissão de tochas constam no programa.

Os participantes

Os participantes do evento com o Papa e a Igreja local de Assis, todos pessoas em situação de pobreza e vulnerabilidade, ​​terão recebido previamente uma mochila com roupas da fabricante italiana Tombolini e máscaras anti-Covid de tecido lavável.

Essas 500 pessoas pobres virão de vários lugares da Europa. Alguns chegarão com as dioceses de Umbria sob a liderança da Caritas, ou com a associação francesa “Fratello” ou mesmo de Roma, onde várias estruturas são mobilizadas para o evento, como a capelania apostólica do Papa, a Caritas da diocese de Roma e a comunidade de Sant’Egídio.

Um dia de conscientização sobre o drama da pobreza

A manhã do Papa Francisco em Assis é o lançamento da quinta edição do Dia Mundial dos Pobres. Os participantes deste encontro regressarão às suas casas no sábado, 13 de novembro, como “representantes enviados” pelo Papa, para viver este Dia Mundial na sua paróquia local, domingo, 14 de novembro.

Nesta quinta edição do evento, criado no final do Jubileu da Misericórdia, cerca de cinquenta lugares em todo o mundo vão acolher iniciativas locais em homenagem aos mais vulneráveis. Um momento mundial de oração online está programado para o domingo, 14 de novembro, às 15h00, horário de Roma.

Fonte: https://draft.blogger.com/

Arquidiocese da capital da Nigéria recorda seu início sob uma árvore

Arcebispo Kaigama na celebração dos 40 anos da arquidiocese
de Abuja/Crédito: Archdiocese of Abuja

LAGOS, 09 nov. 21 / 03:07 pm (ACI).- A arquidiocese Católica de Abuja, capital da Nigéria, que hoje é uma das maiores da África, começou com uma pequena comunidade que se reunia para rezar debaixo de uma árvore, 40 anos atrás. Hoje, a arquidiocese se orgulha de sua infra-estrutura e do grande número de católicos.

"Depois de quarenta anos, o que começou como missio sui iuris (missão independente) evoluiu para o que é hoje a Arquidiocese Católica de Abuja", disse o arcebispo Ignatius Kaigama durante a celebração dos 40 anos da arquidiocese, no sábado, 6 de novembro.

"Creio que a experiência do padre Kukah, como iniciar uma comunidade de culto sob uma árvore em Abuja, o preparou para seu ministério episcopal em Sokoto, uma diocese que compreende quatro grandes Estados" da NIgéria, disse Kaigama sobre o bispo Matthew Kukah, um dos iniciadores da comunidade católica de Abuja.

Foi Kukah que obteve o registro de igrejas e instituições paroquiais pioneiras na que hoje é a arquidiocese de Abuja. Kukah assumiu a liderança de Abuja enquanto trabalhava em tempo integral como diretor de desenvolvimento social da província eclesiástica de Kaduna, e Secretário Nacional de Desenvolvimento Social em Lagos.

A primeira residência do bispo nigeriano antes que qualquer coisa fosse construída na Arquidiocese foi um quarto que o então bispo Christopher Abba de Minna lhe ofereceu na casa paroquial em Suleja, uma cidade ao norte de Abuja.

Em seu discurso de 6 de novembro na Co-catedral de Abuja de Nossa Senhora Rainha da Nigéria, o Arcebispo Kaigama elogiou os esforços dos fundadores da Arquidiocese e de outras pessoas que, ao longo dos anos, contribuíram para seu crescimento, observando que sua contribuição foi "um pequeno bloco" para as fundações e pilares já existentes.

Ele reconheceu o falecido cardeal Dominic Ignatius Ekandem que, a partir de 6 de novembro de 1981, foi encarregado da responsabilidade como o primeiro Superior Eclesiástico da missão recém-criada.

“O falecido cardeal”, observou dom Kaigama em sua homilia, "viu a necessidade óbvia de um desenvolvimento pastoral sustentado no Território da Capital Federal e, com um ardente zelo e previdência, estabeleceu bases sólidas".

O atual líder da comunidade católica de Abuja contou que o falecido cardeal Ekandem procurava a assistência pastoral de Dioceses e Congregações Religiosas, para estabelecer estruturas que eventualmente definiriam a jurisdição eclesiástica de Abuja, construindo Paróquias, a Co-Catedral, hospitais e escolas como Regina Pacis, Christ the King College, Seminário Menor e orfanato, entre outros.

Hoje, a Arquidiocese de Abuja tem 79 paróquias, 23 capelanias e 51 áreas pastorais.

A arquidiocese também conta com 323 sacerdotes diocesanos e religiosos e outros Sacerdotes em missão secundária na arquidiocese, 380 religiosas e 132 seminaristas, que trabalham na Arquidiocese.

"Com nossa população católica mais de 900.000 católicos com jovens vibrantes, através da intercessão de Nossa Mãe Santíssima, imploramos ao Senhor da Providência que catapulte nossa Arquidiocese nos próximos quarenta anos para mais alturas pastorais através de nosso trabalho de amor; que nos faça testemunhas brilhantes em nossa perturbada nação, e no final de nossas vidas, nos permita ver Deus face a face no céu", disse dom Kaigama.

O arcebispo reconheceu os esforços de religiosos e religiosas e membros do clero, cujos trabalhos para construir a Arquidiocese considera notáveis.

"Apreciamos profundamente os religiosos e o clero diocesano que prestaram seu apoio à evangelização e ao desenvolvimento da infra-estrutura da jurisdição desde seus primeiros anos", disse ele, e acrescentou: "Deve ser feita menção à Sociedade das Missões Africanas (SMA), aos Padres Espiritanos (CSSp), aos Padres de São Patrício (SPS), às Servas do Santo Menino Jesus, às Irmãs do Santo Rosário e às Irmãs do Imaculado Coração, entre outros".

"Leigos fiéis e dinâmicos, tanto os vivos como os que nos precederam, contribuíram com grande paixão e serviço dedicado para o tremendo progresso registrado até agora. Muito foi alcançado e trabalhando juntos, muito mais pode ser alcançado", disse dom Kaigama na celebração deste 6 de novembro.

Ele expressou seu apreço pelo cardeal John Onaiyekan que se tornou o bispo-auxiliar, bispo, e, depois, arcebispo de Abuja, nove anos após sua fundação. O cardeal, recordou dom Kaigama, ordenou muitos sacerdotes, criou muitas paróquias e providenciou muitas instalações.

O arcebispo Kaigama, assumiu a arquidiocese Nigeriana em 2019, disse sobre sua nomeação para suceder ao cardeal John Onaiyekan: "Vim humildemente pela graça de Deus, para acrescentar meu pequeno tijolo às enormes fundações e pilares já existentes".

"Com a criação de novas áreas pastorais, aumentando e fortalecendo as comissões, as frequentes reuniões do conselho presbiteral, do conselho pastoral, das sociedades eclesiásticas e da Assembléia Geral anual, esperamos consolidar as conquistas já registradas", disse ele.

O arcebispo de 63 anos disse que seus esforços buscam garantir que os marginalizados se sintam incluídos no crescimento da Igreja na capital da Nigéria.

"Intensificaremos nossos serviços para um impacto pastoral e espiritual mais positivo sobre os muitos que vêm a Abuja em busca do Novelo de Ouro, e muitos na 'outra Abuja', na periferia onde os grupos étnicos de extração Gbagi, Koro e Gwandara vivem em condições econômicas e infra-estruturais precárias", disse ele.

Ele expressou otimismo de que nas próximas décadas, com sacrifício sacerdotal e dedicação aos deveres pastorais, bem como o compromisso dos leigos, a arquidiocese de Abuja será "um lar de comunhão, participação e missão" a exemplo do Sínodo sobre a Sinodalidade que o Papa Francisco lançou no mês passado.

O arcebispo de Abuja reconheceu o potencial da Igreja na construção de uma comunidade onde ninguém se sinta deixado para trás. Ele disse que a Igreja pode construir uma sociedade melhor sozinha, mesmo onde não há apoio do governo.

"Como as partes do corpo, cada um de nós deve contribuir aos nossos serviços pastorais, educacionais, de atenção médica e outros serviços sociais, em uma sociedade onde as pessoas têm vindo a identificar a Igreja como provedora de amenidades sociais, emprego e alívio para os pobres, mesmo que ela não receba subsídios do governo como os líderes políticos eleitos prodigamente o fazem", disse o arcebispo Kaigama.

Finalmente, o arcebispo fez um apelo aos agentes pastorais, indivíduos e grupos da arquidiocese para redobrar seus esforços e contribuir para o esforço de evangelização patrocinando modestos edifícios da igreja, com a compra de terrenos e a construção de casas paroquiais, especialmente nas 51 áreas pastorais recém-criadas.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Jordânia: salvaguardar o lugar onde Jesus recebeu o Batismo

As obras na Terra Santa no sítio de Qasr al-Yahud local onde
Jesus recebeu o Batismo | Vatican News

Para salvaguardar como meta mundial de turismo e peregrinação o lugar onde João Batista batizou Jesus nas margens do rio Jordão, uma equipe de especialistas avaliará projetos para valorizar a área.

Tiziana Campisi – Vatican News

Na terça-feira (09) foi apresentado oficialmente em Amã, na Jordânia o Comitê Consultivo Internacional para o desenvolvimento da área ao redor do local do batismo de Jesus na margem leste do rio Jordão. A notícia foi comunicada pela sala de imprensa do Rei Abdullah II. A cerimônia contou com a presença do Rei e do príncipe Ghazi bin Muhammad, seu conselheiro-chefe para assuntos religiosos e culturais. O Comitê, criado no ano passado, reúne especialistas e profissionais de todo o mundo nas áreas de desenvolvimento, turismo e bens culturais e oferecerá uma visão estratégica do local, meta turística e de peregrinação para os cristãos. O objetivo é melhorar a acolhida de visitantes e peregrinos e criar uma localidade com hotéis e albergues, espaços para celebrações religiosas, parques e jardins agrícolas. O Comitê também supervisionará todos os projetos para garantir a proteção e preservação do sítio, que é patrimônio mundial da UNESCO desde o ano 2000.

Margens do Jordão | Vatican News

O lugar do batismo de Jesus e as duas margens do Jordão

Al-Maghtas, o local do batismo de Jesus, conhecido como Betânia do outro lado do Jordão, também está ligado à figura do profeta Elias e ao testemunho de eremitas e peregrinos do início do cristianismo. A margem ocidental, sob controle israelense, é ao invés chamada de Qasr al-Yahud, fortaleza dos judeus, provavelmente em memória da travessia do rio pelos israelitas para entrar na Terra Prometida. Aqui a Igreja Católica, representada pela Custódia da Terra Santa, possui um terreno no lado sul da estrada que liga Jericó ao rio Jordão; o Patriarcado Greco-Ortodoxo de Jerusalém possui propriedades no lado oposto ao norte; as Igrejas Ortodoxas Armênia, Copta, Etíope, Romena, Síria e Russa possuem propriedades ao sul dos terrenos das Igrejas Católica e Ortodoxa. O Reino Hachemita da Jordânia assumiu a responsabilidade de preservar a Al-Maghtas como ela é, mantendo seu aspecto original e autorizando obras apenas nas áreas adjacentes, para fins turísticos e religiosos e para incentivar o desenvolvimento da área.

Obras no sítio onde Jesus recebeu o Batismo | Vatican News

Fonte: https://www.vaticannews.va/

São Leão Magno

São Leão Magno | Canção Nova
10 de novembro
São Leão Magno, papa

Origens

O nascimento de Leão I ocorreu por volta do ano 400, perto da cidade de Roma, na região da Toscana. Cristão vigoroso e firme, foi ordenado sacerdote ainda bem jovem. Por causa de seu carisma e força espiritual, teve uma carreira eclesiástica bastante sólida, sendo sempre brilhante em tudo.

Carreira brilhante

No ano 430, Leão I  foi nomeado arcediácono. Em seguida, passou a ser conselheiro dos papas Celestino I e Xisto III. Seu nome passou a ser muito respeitado. Tanto que, após a morte de Xisto III, ele foi o eleito para ocupar a liderança da Igreja. Assumiu o título de Leão I. Era agosto do ano 440.

Papado

O pontificado de Leão I durou 21 anos. Ele governou a Igreja num tempo agitado e muito difícil. Combateu heresias importantes como o eutiquianismo e o donatismo. Com sua força moral, espiritual e diplomática, convenceu Átila, o rei dos Hunos, a não invadir Roma. Átila teria ficado bastante impressionado pela grande força moral de São Leão I.

Esclarecendo a Doutrina sobre Jesus Cristo

Leão I atuou decisivamente no IV Concílio de Calcedônia. Quinhentos bispos participavam e havia discordâncias sobre as naturezas divina e humana na pessoa de Jesus. Leão I acabou com as discussões escrevendo o texto definitivo sobre o tema, afirmando que na unidade da Pessoa de Jesus Cristo residem as duas naturezas: divina e humana. Os bispos, esclarecidos pela sabedoria do Papa, aclamaram a definição e complementaram: “Esta a fé dos Apóstolos! Foi Pedro que falou pela boca de Leão!”

Vencendo os Vândalos

Tempos depois, São Leão I teve atuação decisiva na contenção dos vândalos, que invadiram Roma, chefiados pelo temível Genserico. Esses povos bárbaros só não incendiaram Roma e não causaram uma terrível mortandade graças à sábia e inspirada atuação do grande Papa Leão I.

Morte

São Leão I morreu em 10 de novembro de 461 e logo começou a ser venerado como santo. Foi enterrado na Basílica de São Pedro, em Roma. Em 1754, o papa Bento XIV proclamou São Leão I doutor da Igreja. Ele foi o primeiro dos papas que recebeu o título de "Magno".

Oração composta por São Leão I

Recomeçar Sempre!

“Não desista nunca: Nem quando o cansaço se fizer sentir, Nem quando os teus pés tropeçarem, Nem quando os teus olhos arderem, Nem quando os teus esforços forem ignorados, Nem quando a desilusão te abater, Nem quando o erro te desencorajar, Nem quando a traição te ferir, Nem quando o sucesso te abandonar, Nem quando a ingratidão te desconsertar, Nem quando a incompreensão te rodear, Nem quando a fadiga te prostrar, Nem quando tudo tenha o aspecto do nada, Nem quando o peso do pecado te esmagar.

Invoque sempre a Deus, cerre os punhos, sorria… E recomece!”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

terça-feira, 9 de novembro de 2021

Contos Sacerdotais

Presbíteros

1. Deus tem sentido de humor

Pe. Robert V. Reagan

Orlando (Estados Unidos)

Chamou a Pedro, que o negaria três vezes. Chamou a Tomé, que duvidaria da sua ressurreição. Chamou a Judas, que o trairia. Também chamou a mim, o menos apto de todos para ser escolhido como pescador de homens: um velho (52 anos), divorciado e descapacitado, veterano da guerra do Vietnã. Mas já sabia que estava bem acompanhado.

Quando finalmente tive o valor de contactar com o diretor de vocações ele me disse que não perdesse meu tempo, porque a política da diocese era de não aceitar a ninguém maior de 40 anos como candidato ao sacerdócio. Disseram-me que, se acaso, com 45 anos de idade, fosse muito conhecido na diocese e tivesse muitas recomendações… Sabendo isto, voltei a contactar ao diretor de vocações e perguntei se essa política de limite de idade estava já muito bem esculpida. Então meu pároco me aconselhou falar diretamente com o bispo. Eu estava assustado. Que poderia dizer-lhe? “Prazer em conhece-lo, senhor bispo. Por certo, creio que sua politica de admissão esta saturada”. Para não fazer longa a história, falei com o bispo e tivemos uma maravilhosa conversa. No dia seguinte soube, por meio do diretor de vocações, que eu já não era tão velho como pensava. Podia ser admitido.

Enquanto avançava o processo de admissão e seleção para entrar no Seminário, muitas das pessoas encarregadas me perguntaram quais eram minhas motivações. Alguns pensavam que eu tinha mais “crise dos 50” do que vocação. Eu lhes dizia que se tivesse a crise dos 50 iria num carro esportivo vermelho com uma loira, em vez de estar buscando celibato, obediência e simplicidade de vida.

Quando fui aceito, muitos me chamavam “vocação tardia”. Nunca estive de acordo com esse conceito e sempre respondia: “nada de tardio; quando fui chamado, eu vim”.

Dado que eu nunca havia estudado nada de filosofia, teria que fazer 6 anos de estudos, com um ano de experiência pastoral. Já não tinha problemas. Eu estava disposto a qualquer coisa para chegar à Ordenação. Durante o final do quarto ano o reitor me chamou no seu escritório e me disse que acabava de falar com o bispo. Tinham decidido ordenar-me em maio. Nesse momento me podiam derrubar tocando-me como uma pluma… Eu nunca tinha pedido nem tinha esperando nenhum atalho!

Antes da minha Ordenação, aquele diretor que não quis aceitar-me ao início, me disse que pediu ao bispo que me mandasse a sua paroquia como sacerdote. Era uma paróquia peculiar porque tinha duas comunidades numa mesma igreja: uma comunidade americana e uma vietnamita. Os vietnamitas tinham seu próprio sacerdote e diácono e tinham liturgia na sua própria língua. Fui convidado a assistir aos seus atos litúrgicos e a seus eventos. Inclusive eu presidia sua Missa muitas vezes, quando seu sacerdote não estava.

Durante a guerra do Vietnã eu bombardeei quase todos os dias várias zonas do país desde um B-52. Depois de todos estes anos, Deus me deu a oportunidade de reparar algo do dano. Antes os perseguia; agora os ajudava a salvar suas almas. Esta experiência me ajudou a entender a São Paulo e ao seu zelo. Se fechou o circulo da minha vida.

2. Confessei o Diabo

Pe. Manuel Julián Quiceno Zapata

Cartago(Colômbia)

Do que vivi antes da confissão, recordo o seguinte…

Como pároco duma pequena aldeia, frequentemente, cada domingo, saia pelas ruas e aproveitava para cumprimentar as pessoas, deixando-lhes uma catequese escrita, especialmente àqueles que por diversas razoes não iam à igreja.

Naquela paroquia dedicada a São José, muitos tinham um costume que cumpriam sem faltas todo domingo, como se fosse um dever. Isto era tomar “umas geladas” – assim chamavam eles à cerveja –. Portanto, era fácil saber onde encontrar este tipo de “fiéis” e entre eles estava também ele.

Certo dia, ao terminar meu percurso, se aproxima uma senhora para perguntar-me se tinha reconhecido ao “diabo”. Segundo ela, eu o havia cumprimentado e ele tinha recebido uma das minhas mensagens que eu repartia. Eu não havia visto ao “diabo”, ou pelo menos não recordo haver visto a nenhuma nem a nenhum parecido com ele.

Noutra ocasião necessitava ir ao vilarejo vizinho para ajudar a um irmão sacerdote, mas o carro da paróquia não funcionava e por isso necessitava de alguém que me levasse.

Que grande surpresa quando, ao perguntar a algumas pessoas quem poderia me ajudar com esse serviço, imediatamente um menino me disse: “Padre, se o senhor quiser chamo o ‘diabo’ para que o leve”. Não se imaginam o que pensei naquele momento. Parecia uma brincadeira, mas logo aceitei a proposta e esse dia o vi pela primeira vez…

Por um bom tempo, guardei silencio, pois era a primeira vez que fazia uma viagem assim. Ademais pensei: de que posso falar com o diabo? Ao pouco tempo o falei, mas parecia mais uma entrevista do que um diálogo. Esse dia, ao terminar a viagem e sem dizer nada, deixei no seu carro um escapulário da Virgem do Carmo.

Dai adiante, o via em todas as partes; já o reconhecia e, ainda que sempre o convidava à Missa, ele sempre me dizia “agora não, algum outro dia o farei, tenho minhas razões”.

O tempo passou e certo dia um menino que esperava na porta da igreja me disse que alguém necessitava urgentemente e que não queria ir-se antes de falar comigo. O menino me explicou que se tratava de um enfermo grave. Então, rapidamente busquei tudo o necessário para a visita.

Como fiquei assombrado quando, ao chegar naquele lugar, descobri que o enfermo grave que há vários dias esperava o sacerdote se chamava Ramón, aquele a quem chamavam “o diabo”; um homem do campo que havia vivido situações humanas muito difíceis. Não recordava quando nem por que lhe haviam começado a chamar assim, mas ele se tinha acostumado. Agora, prostrado numa cama, padecia de um terrível câncer e se aproximava o seu final.

Recordo muito bem o que ele me disse aquele dia: “Padre, lembra-se de mim? Sou aquele a quem chamam ‘o diabo’, mas minha alma não a deixarei a ele, mas pertence a Deus! Por favor, pode me confessar?”

Foi um momento muito especial, mas ainda quando vi o que apertava nas suas mãos enquanto se confessava: um escapulário; precisamente aquele que eu havia deixado no seu carro. Agora ele o portava no seu viagem à eternidade. Logo, naquela casa também pude ver uma folha sobre a confissão, uma daquelas que eu mesmo lhe havia dado algum domingo ao meio-dia.

E esse dia todo o vilarejo comentava e também eu o pensava: “confessei o diabo!”

3. Gerados pelo Batismo

Pe. José Rodrigo Kópez Cepeda, MSpS

Guadalajara (México)

Visitando minha cidade natal, cedi ao pedido da minha mãe de ir a ver uma amiga sua internada no hospital. Estando no quarto da enferma, se aproximou de mim uma enfermeira e me perguntou se eu poderia ver a um ancião sacerdote que estava muito grave. Sem indagar mais me despedi da amiga da minha mãe e me dirigi à terapia intensiva, onde estava meu irmão no sacerdócio.

Ao entrar foi muito grande minha surpresa pois aquele ancião sacerdote, certamente em estado muito grave, era o sacerdote que me tinha batizado. Estava inconsciente. Apresentei-me à pessoa que cuidava dele que começou a chorar quando eu lhe disse que tinha sido batizado por aquele sacerdote.

E então me disse: “Padre… o senhor pároco soube da sua Ordenação sacerdotal lá na Espanha e dizia que não queria morrer sem ver seu filho sacerdote, pois ele lhe havia gerado à fé pela água do batismo”. E ali estava eu ungindo e apresentando ao Senhor a esse servo fiel que me tinha presenteado a graça que agora me permitia de abençoá-lo.

Este fato marcou minha vida sacerdotal, pois eu também estou chamado a gerar à vida de fé a muitos pelo batismo e ainda mais por minha forma de viver a fé. Não sei quantos dos que eu batizei tenha chamado Deus a servir-lhe, mas desde então, cava vez que apresento um menino na pia batismal faço um pedido no meu interior: “Que o dia de amanha, Senhor, um desses me ajude a ir ao teu encontro”.

4. Com Deus tudo é possível

Pe. Hung Phuoc Lam, OP

Saigón (Vietnam)

“Eu te batizo no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Estas são as palavras que todo ministro usa ao batizar. Mas para mim tem um significado muito especial, porque eu batizei o meu próprio pai.

Nasci numa família pagã-católica. Meu pai venerava aos seus antepassados e minha mãe era católica; minha tia era budista, mas mesmo assim fui batizado quando era bebê. Meu pai era muito severo e proibia minha mãe de ir à Igreja – e portanto também estava proibido para mim -. Talvez a razão era que, numa ocasião, seu taxi quebrou e teve que deixa-lo diante da Igreja para consertá-lo e então veio o sacerdote e o repreendeu. Desde então se encheu de prejuízos contra os sacerdotes e contra a Igreja e o resultado inevitável era esta proibição aos membros da minha família.

Também houve outro incidente relacionado com isso. Aqui quando chove, diluvia. Um dia, durante um forte aguaceiro, ele e sua família se refugiaram numa igreja, mas uma freira os expulsou porque não queria que sujassem o templo. Desde então a fé na Igreja perdeu todo o valor para ele.

Só posso dizer que esta situação era muito triste. Eu segui confiando em Deus e rezando. Pedia-lhe que mudasse o coração do meu pai, custasse o que custasse. Não exclui meu próprio chamado. E foi assim como ele quis responder.

Deus me chamou à ordem dominicana. Tinha 26 anos. Meu pai não aceitou minha vocação. Foi então quando entendi as palavras do Evangelho: “Não vim trazer a paz, mas sim a espada” (Mt. 10, 35-36). De fato, não sabia que responder quando meu pai me disse: “te proíbo ser católico e agora queres ser sacerdote católico! Não percebes como são os sacerdotes e as freiras?” Tomou uma atitude indiferente em relação a mim e quase me abandonou. De todos os modos, eu seguia adiante, em silêncio, confiando em Deus. E todos os dias rezei por ele com minha mãe.

Dias, meses e anos passaram. Deus mudou meu pai e o fez de verdade. Ele aceitou minha vocação quando presenciou a profissão dos meus primeiros votos. Logo fiz meus votos finais na ordem dominicana. Participou na celebração e gradualmente foram desaparecendo seus preconceitos contra a Igreja. Antes da minha Ordenação lhe disse que gostaria muito que deixasse a minha mãe ir à Igreja. Ele aceitou e minha mãe exultava de felicidade; depois de 33 anos poderia finalmente praticar sua fé. Foi uma grande alegria o dia da minha Ordenação, pois a paz regressou a minha família. Recebi aquilo que pensava ter perdido. Na minha Ordenação meu pai reconheceu: “Fui derrotado por Deus; não lhe posso tirar meu filho. Meu filho é um sacerdote. Está decidido; é um fato”.

Quatro anos depois algo maravilhoso sucedeu. Meu pai expressou o desejo de ser cristão e lhe batizei em 2006. Batizei a muita gente, mas jamais me esquecerei o momento em que batizei a meu pai.

Deus derrotou meu pai. O Senhor fez grandes coisas por minha família: eu era um jovem normal numa família pagã e agora sou sacerdote: meu pai passou de perseguir a fé a ser um bom pai católico.

Tudo isso foi obra de Deus. Tudo para sua glória. Deu-me mais do que eu lhe pedi durante mais de 20 anos de oração silenciosa e perseverante. Ele, com seu poder, fez milagres em coisas normais. Senti-me muito inspirado pelo exemplo de oração silenciosa e perseverante de Santa Mônica. Deus me usou como instrumento para sua glória e para a salvação dos demais. Com Deus tudo é possível.

Tradução ao português: Pe. Anderson Alves

Fonte: https://www.presbiteros.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF