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sexta-feira, 12 de novembro de 2021

O testemunho de um padre ao resgatar migrantes no Mar Mediterrâneo

Shutterstock | Nicolas Economou
Por Francisco Vêneto

"Não dá para ficar parado olhando isto. Não dá simplesmente para assistir. Você tem que agir."

A agência humanitária espanhola Open Arms (Braços Abertos) resgata migrantes no Mar Mediterrâneo, onde ficam à deriva em águas internacionais enquanto tentam escapar de guerras e miséria nas suas nações de origem. Essas tentativas desesperadas de migração têm sido crônicas na região, com refugiados procedentes da África, do Oriente Médio e da Ásia Central tentando chegar à Europa em embarcações precárias e superlotadas.

Quando o padre italiano Luigi Usubelli viu uma dessas embarcações de madeira com cerca de 70 migrantes, incluindo quatro crianças e seis mulheres, pensou imediatamente:

“Não dá para ficar parado olhando isto. Não dá simplesmente para assistir. Você tem que agir”.

Ele mesmo conta que entrou em ação ajudando a içar os refugiados a bordo de um barco da Open Arms. E relata:

“Foi uma experiência muito especial. Estar no meio do mar e ver em primeira mão a coragem daquelas pessoas que sobem a um barco, sem recursos, e esperam no meio de um mar agitado, é uma experiência poderosa”.

Centenas de migrantes no Mar Mediterrâneo morrem anualmente em naufrágios durante as tentativas de travessia – possivelmente, milhares. O Papa Francisco chegou a declarar, em junho deste ano, que “o Mediterrâneo se tornou o maior cemitério da Europa”.

Junto com estas palavras impactantes, Francisco recordou o naufrágio histórico de 18 de abril de 2015, quando afundou nas águas entre a Europa e a África um barco procedente da costa da Líbia com 700 refugiados que tentavam chegar à Itália. Apenas 28 foram resgatados vivos.

Uma das primeiras visitas de Francisco, aliás, logo após ser eleito Papa em 2013, foi à ilha italiana de Lampedusa, na costa da Sicília. É um dos principais destinos de migrantes da África rumo à Europa.

A preocupação do Papa com os migrantes no Mar Mediterrâneo e em quaisquer outras regiões do globo está no centro do seu pontificado. Todos os anos, ele celebra uma Santa Missa para recordar a visita a Lampedusa e voltar a reforçar a urgência de se resolver o drama persistente dos refugiados. A importância simbólica daquela visita de Francisco é tamanha que o dia 8 de julho foi designado por uma aliança global de organizações sem fins lucrativos como o Dia Internacional do Mar Mediterrâneo, visando aumentar a conscientização sobre esta prolongada emergência humanitária – que não parece próxima de ser superada.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Túneis jesuítas do século XVIII são abertos ao público em Buenos Aires

Guadium Press
Historiadores dizem que os túneis foram construídos para ajudar na fuga dos padres na época em que os mestres coloniais espanhóis lutavam contra outras potências europeias.

Buenos Aires (11/11/2021 17:01, Gaudium Press) Após passarem por um processo de restauração, foram abertos ao público, nesta quinta-feira, 11 de novembro, um claustro de três séculos de um colégio jesuíta em Buenos Aires e seu labirinto de túneis.

A cerimônia de abertura contou com a presença de inúmeras pessoas, que lotaram as instalações do histórico Colégio Grande de Santo Inácio para testemunhar a abertura das estruturas históricas.

Reabertura dos túneis são de importância histórica, cultural e espiritual

O vigário da paróquia de Santo Inácio, Padre Francisco Baigorria, presidiu uma Santa Missa em agradecimento. Após a celebração eucarística, o sacerdote abençoou o edifício e os túneis na presença das autoridades municipais e nacionais.

Segundo o Padre Baigorria, estas obras abençoadas e inauguradas “são de grande importância não só no que diz respeito à recuperação e valorização dos espaços de construção, mas sobretudo aos marcos e valores espirituais culturais, que são as bases da nossa Nação e identidade cultural”.

Guadium Press

Túneis serviam para os sacerdotes escaparem durante as perseguições religiosas

O colégio e os prédios da igreja foram projetados pelo jesuíta alemão Juan Krauss. Naquela época, os jesuítas ensinavam latim, hebraico, grego, aritmética, ciências naturais e matemática no colégio histórico. Quando o Papa Francisco era Arcebispo de Buenos Aires, ele confiou ao Padre Baigorria com a preservação e reforma dos prédios históricos do colégio, assim como seu labirinto de túneis.

Os historiadores opinam que os túneis foram construídos para ajudar os padres, irmãos e estudiosos a escapar na época em que os mestres coloniais espanhóis lutavam contra outras potências europeias. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Pandemia é oportunidade de mudar sistemas econômicos do mundo, diz o papa

Papa Francisco no Vaticano / Foto: Vatican Media

Vaticano, 12 nov. 21 / 08:53 am (ACI).- O papa Francisco pediu ter uma "esperança responsável" para rejeitar a "tentação de soluções fáceis" diante das consequências causadas pela pandemia da Covid-19.

Em mensagem aos participantes do IV Fórum de Paris sobre a Paz, que acontece de 11 a 13 de novembro, Francisco pediu "que não sigam o caminho cômodo de retornar a uma 'normalidade' marcada pela injustiça".

“Diante das consequências da grande tempestade que abalou o mundo, nossa consciência nos chama, portanto, a uma esperança responsável, ou seja, a não seguir o cômodo caminho de retornar a uma 'normalidade' marcada pela injustiça, mas a aceitar o desafio de assumir a crise como uma oportunidade concreta de conversão, de transformação, de repensar nosso modo de vida e nossos sistemas econômicos e sociais”, escreveu o papa.

Além disso, Francisco disse que “a esperança responsável permite-nos rejeitar a tentação das soluções fáceis e dá-nos a coragem de avançar no caminho do bem comum, de cuidar dos pobres e da casa comum”.

Para o papa, "a pandemia foi uma revelação para todos nós sobre as limitações e deficiências de nossas sociedades e estilos de vida", e acrescentou que "no entanto, em meio a esta dura realidade, precisamos esperar, porque esperança é um gerador de energia, que estimula a inteligência e dá à vontade todo o seu dinamismo”.

“A esperança nos convida a sonhar grande e a abrir espaço para a imaginação de novas possibilidades. A esperança é audaz e incentiva a ação com base na certeza de que a realidade pode mudar”, afirmou o papa. “A minha esperança é que a tradição cristã, particularmente a doutrina social da Igreja, assim como outras tradições religiosas, possam ajudar a dar-lhe a esperança confiável de que a injustiça e a violência não são inevitáveis, não são nosso destino”.

O papa disse aos participantes do IV Fórum de Paris sobre a Paz que esta iniciativa pode "contribuir e promover a paz, o bom governo e um futuro melhor para todos e que ajude a sair melhores da pandemia da Covid-19".

Segundo Francisco, “não pode haver cooperação geradora de paz sem um compromisso coletivo concreto de desarmamento integral”.

“As despesas militares em todo o mundo já ultrapassaram o nível registrado no final da guerra fria e estão aumentando sistematicamente a cada ano. Com efeito, as classes dirigentes e os governos justificam este rearmamento referindo-se a uma ideia abusiva de dissuasão baseada em um equilíbrio de armamentos”, lamentou o papa.

Ele citou as palavras de são João XXIII na encíclica Pacem in Terris para destacar que “o critério de paz baseado no equilíbrio dos armamentos seja substituído pelo princípio de que a verdadeira paz só pode ser construída através da confiança mútua”.

“Não desperdicemos esta oportunidade de melhorar nosso mundo, de adotar com decisão caminhos mais justos para progredir e construir a paz” e gerar “modelos econômicos que atendam às necessidades de todos, preservando os dons da natureza, bem como políticas futuras que promovam o desenvolvimento integral da família humana”, pediu o papa.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Charles de Foucauld, o postulador: “irmão universal” que imitou Jesus

Charles de Foucauld | Vatican News

Após o anúncio da data de canonização de Charles de Foucauld, feito na terça-feira, 9 de novembro, o postulador da sua causa de canonização, padre Bernard Ardura, lembra que o sacerdote francês "quis imitar Cristo, quis reproduzir as virtudes de Jesus em sua própria vida.

Marine Henriot e Amedeo Lomonaco – Vatican News

A notícia foi divulgada na terça-feira, 9 de novembro, pela Congregação das Causas dos Santos com um comunicado: a cerimônia de canonização do sacerdote francês Charles de Foucauld e outros seis beatos será realizada no dia 15 de maio. É uma grande alegria, ressalta o presidente do Pontifício Comitê de Ciências Históricas e postulador de sua causa de canonização, padre Bernard Ardura. É uma alegria, acrescenta ele, "para sua família espiritual, para a Igreja no Norte da África".

A notícia foi dada com a data da canonização

Padre Ardura: "Lembro-me que durante as felicitações à Cúria Romana no último Natal eu disse ao Papa Francisco: esperamos por esta canonização. E ele me respondeu imediatamente: certamente, quero fazê-la, mas é preciso esperar. Agora temos esta grande alegria. Uma alegria para a família espiritual de Charles de Foucauld. Uma alegria para a Igreja no Norte da África. Isto é importante porque esta Igreja é constituída por pequenas comunidades formadas por estrangeiros que vivem na Argélia, Marrocos, Tunísia e Líbia. Para eles, é muito importante que Charles de Foucauld se torne um sinal universal. Estas Igrejas não estão sozinhas, não estão isoladas, mas pertencem à Igreja católica. E creio que isto é muito importante para a consciência, para a consciência que estas Igrejas têm de si mesmas como parte integrante da Igreja católica."

Qual é o ensinamento de Charles de Foucauld?

Padre Ardura: "Charles de Foucauld, quando se converteu, entendeu uma coisa: minha vida deve ser inteiramente dedicada a Cristo. Foi isto que ele quis viver até o final de sua vida. Charles de Foucauld quis imitar Jesus, quis reproduzir em sua própria existência a vida de Jesus, as virtudes de Jesus. Ele fez isso, no início, indo viver na Terra Santa, para viver na terra frequentada por Jesus e pelos apóstolos. Depois, pouco a pouco, sua fé se purificou, amadureceu: entendeu que o ambiente geográfico não era essencial. Ele entendeu que tinha que viver a vida de Jesus todos os dias. E viver esta comunhão com Jesus interiormente. Por esse motivo ele foi para o Saara, onde viveu entre soldados franceses, todos batizados, mas não crentes, e entre muçulmanos. Neste contexto, ele quis ser outro Cristo. Ele foi para eles um sinal de um amor universal. E por esta razão podia dizer com razão: eu sou o irmão universal."

Uma testemunha do Evangelho

Antes de se tornar "Irmão Charles de Jesus", o jovem Charles, nascido em Estrasburgo em 15 de setembro de 1858, empreendeu a carreira militar. Na adolescência, deixou de lado sua fé, mas durante uma perigosa exploração no Marrocos, uma pergunta surgiu nele: "Deus existe? "Meu Deus, se existis, fazei que eu vos conheça" foi o pedido dele, que já assumia os traços daquela oração incessante que caracterizaria toda a sua vida. De volta à França, De Foucauld se colocou em uma busca e pediu a um sacerdote que o instruísse. Depois ele foi em peregrinação à Terra Santa. Nos lugares da vida de Cristo, ele encontrou sua vocação: consagrar-se totalmente a Deus, imitando Jesus em uma vida escondida e silenciosa. Ordenado sacerdote aos 43 anos de idade (1901), Charles De Foucauld foi para o deserto argelino do Saara, primeiro para Beni Abbès, pobre entre os mais pobres, depois mais ao sul para Tamanrasset com os Tuareg do Hoggar. Ele viveu uma vida de oração, meditando continuamente a Sagrada Escritura, no desejo incessante de ser um "irmão universal" para cada pessoa. Ele morreu aos 58 anos de idade na noite de 1º de dezembro de 1916, assassinado por um grupo de saqueadores de passagem. Bento XVI o beatificou em 2005.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

São Josafá Kuncewycz

São Josafá | arquisp
12 de novembro

São Josafa Kuncewicz

São Josafá é o primeiro representante das Igrejas uniatas a ser elevado às honras dos altares da Igreja de Roma. Um santo ecumênico, venerado como apóstolo da unidade dos cristãos do Oriente.

A Rússia havia sido evangelizada por cristãos de Constantinopla em torno do século X e seguiu a Igreja oriental, aceitando ser dela dependente e, em conseqüência, a separação da Igreja de Roma. Em 1589, com a elevação do metropolita de Moscou à dignidade de patriarca, a Igreja russa tornou-se autônoma.

Quando a Rutênia passou do domínio russo ao polonês, os sacerdotes ortodoxos, entrando em comunhão com Roma, mantiveram os antigos ritos e as tradições da Igreja eslava, denominando-a Igreja uniata.
Neste período histórico se insere a obra pastoral de João Kuncewycz, que na profissão religiosa assumiu o nome de Josafá, o bíblico nome do vale do Cedron. Nascido em Vladimir, na Polônia, foi o primeiro noviço do primeiro mosteiro basiliano uniata de Vilna.

Ordenado sacerdote e eleito arquimandrita e coadjutor do arcebispo de Polozk, empreendeu um ativo trabalho missionário aprendido na escola dos jesuítas. Em razão da extraordinária capacidade de atrair e de converter foi chamado “raptor de almas”. Empenhou-se particularmente em reunir à Santa Sé os cristãos apartados, partindo dos grandes dons comuns deles: o batismo, a palavra escrita, a vida da graça, a fé, a caridade e uma terna devoção à Virgem.

A Igreja russa havia de fato conservado intacto o “depósito” da fé, com todos os sacramentos, a rica liturgia, a tradição apostólica e patrística, a espiritualidade monástica, o culto dos santos e em particular o da Virgem. Foi essa intensa espiritualidade o fio condutor que uniu a Igreja eslava a Roma.

Josafá sucedeu ao arcebispo de Polozk e foi barbaramente assassinado por um grupo de sectários em Vitebsk, na Bielo-Rússia, em virtude de sua benemérita atuação em favor da unidade com Roma. Foi canonizado por Pio IX em 1867, e o novo calendário litúrgico tornou obrigatória a sua comemoração.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Filho de faxineira passa em medicina e faz surpresa emocionante para a mãe

Shutterstock
Por Ricardo Sanches

"Não era uma ilusão, era só um sonho difícil", disse o rapaz ao agradecer à mãe.

É a notícia que toda mãe quer receber: o filho passou no vestibular. Principalmente se for para medicina, um dos cursos mais concorridos. Agora, se a família é de origem humilde, tal notícia tem os sabores de vitória e orgulho ainda mais acentuados.

E essa é, exatamente, a história de André Ramon, 26 anos, e da mãe dele, Vilenilde Arruda Maciel, de 48 anos. Em agosto de 2021, quando soube que passou em medicina na Universidade Federal do Acre, André foi até a academia onde Vilenilde trabalha como faxineira para dar a notícia pessoalmente à mãe.

“Mãe, eu vim lhe avisar que não era uma ilusão, era só um sonho difícil e eu passei em medicina na Universidade Federal do Acre”, disse André, que depois de dar um longo e apertado abraço na mãe, começou a chorar de emoção.

Dona Vilenilde também se emocionou, e respondeu: “Esse é o melhor presente da mamãe. Graças a Deus, parabéns mesmo”.

Assista:

https://twitter.com/i/status/1458232173610340357

Sonho difícil

E tanta emoção tem motivo. De origem pobre, Dona Vilenilde é mãe de sete filhos e, atualmente, apenas ela sustenta a casa. Teve que trabalhar muito como faxineira para permitir que André ficasse em casa estudando para o vestibular. Mas, nas horas vagas ele também fazia bicos para ajudar a pagar as despesas da casa. Dividia a rotina dos livros com os serviços de limpeza de piscinas e quintais.

André foi alfabetizado em uma escola rural. Depois, estudou em escolas públicas. Tentou passar em medicina por seis vezes consecutivas. Em 2020, ganhou uma bolsa integral para fazer um cursinho pré-vestibular. A jornada rumo ao sonho incluía mais de oito horas por dia em meio a leituras, cálculos, pesquisas e simulados.

Na pandemia, a escola fechou e ele não conseguia estudar em casa. O rapaz mora em uma casa de madeira (onde faz muito calor) e não tem internet para acessar as aulas. Com as bibliotecas também fechadas, precisou contar com a ajuda de um amigo, que lhe cedeu um quarto com ar-condicionado, computador e internet.

Mudança de vida

“Tenho certeza que agora começa uma nova etapa nas nossas vidas. Estou com muito orgulho e espero que a gente consiga caminhar para uma vida melhor a partir de agora”, disse a mãe ao G1.

Ao relembrar as dificuldades por que passou, o rapaz também tem esperança de mudar de vida com a faculdade. “Nossa cultura no Acre e no Brasil é que quando uma pessoa pobre faz 19 anos ela tem que sair de casa e procurar trabalho e eu não, fui contra isso e as pessoas não entendem. Muitas vezes, fui chamado de vagabundo, mas continuei estudando e minha mãe entendia. Eu sabia que somente a educação ia poder me fazer virar a chave”, afirmou.

Enquanto as aulas na universidade não começam, André trabalha como porteiro para ajudar a pagar as contas de casa.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Arquidiocese de Brasília celebra o V Dia Mundial dos Pobres

diocesedepiracicaba.org.br

Arquidiocese de Brasília celebra o V Dia Mundial dos Pobres dia 14/11

No próximo domingo, dia 14/11, a Igreja celebra, no mundo inteiro, o V Dia Mundial dos Pobres. Na Arquidiocese de Brasília, o Arcebispo Dom Paulo Cezar Costa, presidirá a Santa Missa às 10h30 na Catedral Metropolitana de Brasília.

Frei Rogério Soares, Vigário Episcopal para a Promoção Humana e Obras Sociais afirma que “É oportuno, em nossas paróquias, celebrarmos esse dia, como uma forma de conscientizar nosso povo para a grave situação que estamos passando de grande flagelo e pobreza e de sermos solidários com os mais pobres.”

Em comunicado enviado aos padres e comunidades da Arquidiocese, Frei Rogério lembra que “como resultado da pandemia, os mais pobres e vulneráveis aumentaram muito. Nós, como Igreja, precisamos ser um raio de esperança.”

Para fazer sua doação de alimentos, roupas e itens de higiene pessoal, ou ainda outro tipo de contribuição, leve a uma das paróquias da Arquidiocese, durante toda a semana, ou também, no domingo (14), faça seu gesto concreto na Catedral de Brasília e nas Igrejas Católicas do Distrito Federal.

Este ano o Papa Francisco escolheu como tema deste dia a passagem “Sempre tereis pobres entre vós” (Mc 14, 7). O Papa oferece a todos os católicos, mas também a todos os homens e mulheres de boa vontade uma carta que pode inspirar as práticas de caridade, mas sobretudo, o amor fraterno e a fraternidade humana, lembrando sempre do bem comum. Abaixo você pode conferir dois trechos deste texto e, para ler a carta completa clique aqui.

“Há muitas pobrezas dos «ricos» que poderiam ser curadas pela riqueza dos «pobres», bastando para isso encontrarem-se e conhecerem-se. Ninguém é tão pobre que não possa dar algo de si na reciprocidade. Os pobres não podem ser aqueles que apenas recebem; devem ser colocados em condição de poder dar, porque sabem bem como corresponder. Quantos exemplos de partilha diante dos nossos olhos! Os pobres ensinam-nos frequentemente a solidariedade e a partilha.”

“A esmola é ocasional, ao passo que a partilha é duradoura. A primeira corre o risco de gratificar quem a dá e humilhar quem a recebe, enquanto a segunda reforça a solidariedade e cria as premissas necessárias para se alcançar a justiça. Enfim os crentes, quando querem ver Jesus em pessoa e tocá-Lo com a mão, sabem onde dirigir-se: os pobres são sacramento de Cristo, representam a sua pessoa e apontam para Ele.”

Mensagem completa

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/poveri/documents/20210613-messaggio-v-giornatamondiale-poveri-2021.html

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Estamos no meio da tempestade, mas Cristo está conosco no barco

Antoine Mekary | Aleteia
Le 17 janvier 2020, Mgr Angelo Comastri, archiprêtre de la basilique Saint-Pierre,, bénit les animaux présents sur la place Pie XII.

Fala o cardeal Angelo Comastri, arcipreste da Basílica de São Pedro.

Nas tempestades da vida, nos momentos de desorientação, o homem não pode contar apenas com as próprias forças. É preciso ter fé e recordar que Deus pode nos “salvar de todas as tempestades”.

As palavras do cardeal Angelo Comastri, arcipreste da Basílica de São Pedro, estão ligadas com a atual realidade que apresenta um mundo chocado por uma epidemia que está causando milhares de vítimas.

Em relação à situação da Igreja este momento, me vem em mente um episódio narrado por Mateus, Marcos e Lucas sobre a tempestade no Mar da Galileia. Os evangelistas contam que um dia atravessavam o Mar da Galileia de barco e Jesus senta-se na parte posterior do barco.

Em particular o diz São Marcos que repete as catequeses de São Pedro. Jesus estava na parte de trás e se adormenta propositadamente. Enquanto Jesus repousa, veio uma ventania tão forte que as ondas se jogavam dentro do barco; e este se enchia de água. Os apóstolos ficaram com medo. Acordaram Jesus dizendo: “Senhor, salvai-nos estamos afundando”. Jesus acordou, levantou-se e repreendeu o vento e o mar.

O vento parou, e fez-se a calmaria. “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” Temos que recordar sempre que Deus está acima das tempestades, que Deus pode nos tirar de todas as tempestades, desde que tenhamos fé e abramos nosso coração a Ele.

Padre Divo Barsotti, um grande sacerdote, disse um dia que o verdadeiro perigo para a Igreja, o verdadeiro risco para a Igreja, é a superficialidade da fé ou a falta de fé. Não foi por acaso que Jesus disse: quando o filho do homem retornar, encontrará ainda fé sobre a terra? É uma boa advertência, é um convite para crescer na fé.

Dias atrás o senhor deu início à oração diária do Angelus e do Terço na Basílica de São Pedro. Qual é o valor deste encontro?

Quando o mar está revoltoso devemos nos dirigir ao Senhor. O único que pode nos ajudar é Jesus. Esta oração nasce precisamente desta constatação. Nas dificuldades não podemos resolver as questões com a nossa força humana, devemos nos agarrar ao Senhor, a única rocha. Por isso quis fazer esta oração e ação de graças a Deus. Todos aqueles que podiam, responderam. Mas pensem que meu telefone ficou congestionado de tanta gente que dizia “obrigado, suas orações entraram nas nossas casas, nos fizeram sentir parte de uma grande família que reza na Basílica de São Pedro”. E faço questão de deixar claro que a Basílica de São Pedro ficou sempre aberta nestes dias, nunca fechou, das 7 da manhã às 18 horas da tarde. Obviamente as pessoas têm dificuldade para virem aqui. Mas os poucos que vêm, rezam e esta iniciativa alarga os espaços e cria uma grande família orante.

As orações prosseguirão na próxima semana?

As orações continuarão até dia 3 de abril. Depois teremos outras disposições, saberemos o que decidirão sobre o que fazer na Semana Santa, mas isto é o Santo Padre que decidirá. Também nos domingos 15, 22 e 29 de março serão transmitidas as Missas a partir das 10h30 (horário italiano), de modo que da Basílica de São Pedro parta uma grande, forte oração e a Colunata de Bernini se alargue e abrace todos em uma maravilhosa oração que parte do coração da catolicidade.

Para concluir, o que toda esta situação desta emergência nos ensina?

Refleti muito sobre tudo isso. Parece-me ter que dizer que esta epidemia imprevista, inesperada, rapidíssima nos faça refletir. E a primeira reflexão é esta: em pouco tempo a Itália, a Europa e o mundo parecem de joelhos. Somos todos convidados a tomar um grande banho de humildade, não somos os donos do mundo, somos pequenos, somos frágeis, por isso devemos nos dar as mãos, mas principalmente nos agarrarmos ao Senhor. Madre Teresa dizia: Deus é a viga que mantém em pé o teto. Se tirarmos a viga, o teto cai.  Devemos nos agarrar ao Senhor, este é o primeiro grande convite. Segundo grande ensinamento: ontem eu ouvia em um programa radiofônico um jovem que dizia: “Se me tirarem a partida de futebol, se me tirarem a discoteca, o que me resta? Qual é o objetivo da minha vida?” Eis a grande reflexão: devemos reencontrar o essencial. O essencial não é o divertimento, não é o dinheiro, não é o sucesso. Em 1970 – para contar um particular que pode nos fazer refletir – Mario Soldati, um bom jornalista, foi à Suécia para escrever sobre o paraíso verde e ficou vários meses morando lá. A conclusão foi um livro, que ainda pode ser encontrado, com este título: “Os desesperados do bem-estar”. No livro, Soldati diz: é uma sociedade organizada de maneira maravilhosa. Porém falta alguma coisa: há uma elevada taxa de suicídios, falta alguma coisa… mas não teve a coragem de dizer que faltava Deus. E Deus veio ao nosso encontro em Jesus. Não estamos sós, na tempestade, no barco está Jesus, desde que o despertemos. E Jesus nos deu a fórmula da felicidade. Madre Teresa também dizia: nos países onde reina o bem-estar os indicadores da felicidade estão todos errados. Qual é a fórmula da felicidade? É o mandamento do amor: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. O mandamento do amor coloca-nos em comunhão com Deus, faz-nos uma transfusão da vida de Deus e quando estamos em comunhão com Deus estamos felizes. Imagine que uma vez eu disse a Madre Teresa – era o dia 22 de maio de 1997, a Madre faleceu em 5 de setembro do mesmo ano, foi a última vez que a vi – estava sobrecarregada, cansada: “Madre, tire alguns dias de férias”. Madre Teresa olhou-me com um olhar severo e me disse: “Caro bispo Angelo, não tenho necessidade de férias porque todos os meus dias são férias. Fazer o bem é uma festa. Recorde-se, é a única festa”. E concluiu: “um dia ou outro poderás ouvir dizer que Madre Teresa morreu de ataque cardíaco. Sim, eu poderia ter um ataque do coração, mas de tanta alegria”. Jesus já havia dito isso. Esta epidemia também nos confirma o ensinamento de Jesus.

(Vatican News)

https://pt.aleteia.org/

A Eucaristia, o maior dos milagres

Guadium Press
Muitos se surpreendem – com quanta razão – com os chamados “milagres eucarísticos”, mas não valorizam devidamente o milagre da transubstanciação ou da divinização do cristão.

Redação (10/11/2021 15:23, Gaudium Press) O mistério eucarístico foi numerosas vezes sugerido no Antigo Testamento com maior ou menor força evocativa. Por exemplo, é inegável que o cordeiro pascal ou o maná do deserto são pré-figuras da Eucaristia.

Assim também são sugestivos outros trechos das Sagradas Escrituras que, ao relatar a expectativa do povo eleito à espera do Messias, apontam o que se cristalizaria em seu momento com a instituição eucarística. É o caso de algumas passagens dos Livros Históricos ou dos Sapienciais, onde vemos aludidas as dimensões de sacrifício, alimento e presença de que se reveste o magno mistério que nos ocupa. Vejamos um exemplo:

Santo Elias: exemplo de pessoas de fé que passam por tentações e sofrimentos, mas vivem à altura do ideal para o qual nasceram.
Guadium Press

Santo Elias e a pré-figura da Eucaristia

No primeiro Livro dos Reis se destaca um homem absolutamente fora de série, o Profeta Elias. Entre outros acontecimentos de sua jornada, três particularmente impressionantes se destacam: seu decreto de seca que se abateu sobre Israel durante três anos como castigo por suas prevaricações, a matança de quatrocentos e cinquenta sacerdotes de Baal que ele degolou sozinho, um a um no Monte Carmelo, e sua prodigiosa elevação em uma carruagem de fogo para um lugar misterioso, de onde ele retornará no final dos tempos para lutar contra o anticristo e morrer. Definitivamente, Elias não é um personagem banal…

Mas este homem colossal teve, como todo mortal, debilidades e passou por infortúnios. Vamos reproduzir o texto sagrado e comentá-lo depois.

“Então [Elias] caminhou pelo deserto por um dia, até que, sentando-se debaixo de um junípero, implorou à morte dizendo: ‘Basta Senhor! Tirai minha vida, pois não sou melhor do que meus pais!’ Ele deitou-se e adormeceu debaixo do junípero, mas um anjo o tocou e disse: ‘Levanta-te e come’. Ele olhou em volta e em sua cabeça estava um pão cozido debaixo da cinza e uma jarra de água. Ele comeu, bebeu e deitou-se novamente. O anjo do Senhor voltou uma segunda vez, tocou-o e disse de novo: ‘Levante-se e coma, porque tens um longo caminho a percorrer’. Elias levantou-se, comeu e bebeu; e com o vigor daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horeb, o monte de Deus” (1 Reis 19, 4-8).

Nestes versículos está narrada a marcha do Profeta pelo deserto fugindo da ímpia rainha Jesabel que jurou matá-lo, enfurecida por causa da matança dos sacerdotes de Baal perpetrada pelo homem de Deus. Elias teve medo, se sentiu desamparado e chegou a pedir para si a morte.

Uma atitude assim não tem semelhança com a de tantos fiéis desanimados que caminham pelos “desertos” do mundo atual e vão dormir, ou seja, ignoram o combate da vida? Neles, depois de uma primavera de fervor, sucede o inverno do desencanto.

Um anjo vem até Elias, o desperta e lhe dá ânimo encorajando-o a comer e beber. Aplicando este fato ao nosso tempo, consideremos os movimentos do anjo da guarda, de algum amigo ou da própria consciência, convidando aquele ao que está sobrecarregado para a mesa eucarística, “levanta-te e come”.

Elias come e… volta a dormir. Isso é o que acontece com muitos católicos em meio ao caos circundante; De repente, eles “acordam”, aproximam-se da Hóstia Santa para adorá-la ou para recebê-la em comunhão, e depois são conquistados de novo pelo sono, voltam a dormir. Assim acontece, por exemplo, com tantos meninos e meninas que piedosamente e com grande entusiasmo fazem sua primeira comunhão, para mais tarde serem vencidos pela indiferença, pelo esquecimento e pelo sono.

Mas o anjo observa. “O anjo do Senhor voltou uma segunda vez, tocou-o e lhe disse: ‘Levante-se e coma, porque tens um longo caminho a percorrer’. Elias se levantou, comeu, bebeu e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até o Horeb, o monte de Deus”.

Guadium Press

Eucaristia: o alimento misterioso que dá forças

Aqui parece estar figurado o renascimento da alma depois de um pesado sonho, ao tomar consciência de que deve realizar a razão de sua vida para, desta maneira, alcançar a recompensa eterna. Essa longa caminhada de quarenta dias é a exigência diária do testemunho cristão; o alimento misterioso que dá forças é o Pão do céu; e a recompensa a conquistar é o Paraíso celeste, autêntico Monte Horeb onde se contempla beatificamente ao Senhor, sem véus.

Notemos nesta afirmação altamente decisiva “e com o vigor daquela comida, caminhou quarenta dias”. Convenhamos que é humanamente impossível caminhar todo esse tempo por um deserto depois de ter comido no início, apenas uma vez, pão e água. Trata-se, portanto, de um alimento milagroso que opera a maravilha de atingir a meta sem comer nada durante a viagem.

Ora, o fruto que a Eucaristia produz é, precisamente, o de dar essa energia para superar as dificuldades do caminho da vida, conseguindo a divinização do fiel através da identificação com Cristo e, finalmente, chegar ao céu.

Está comprovado que, para o pleno cumprimento dos deveres batismais, as pessoas, por si mesmas, são impotentes. Mas esses compromissos podem ser cumpridos com a ajuda do Pão da Vida, alimento revigorante para os peregrinos, um verdadeiro milagre que também produz milagres.

Quão pouco é fazer um mudo falar, restaurar a visão a um cego ou ressuscitar um morto, se compararmos com converter um pequeno pedaço de pão de trigo no próprio Deus e multiplicá-lo prodigiosamente! Em que medida aqueles que vão à Missa têm clara consciência de presenciar o maior e mais surpreendente dos milagres?

Muitos se surpreendem – com quanta razão – com os chamados “milagres eucarísticos”, mas não valorizam devidamente o milagre da transubstanciação ou da divinização do cristão.

Mas há algo ainda pior: nossos irmãos na Fé chegam a confiar nos horóscopos, a acreditar no poder de amuletos ou na fatalidade do destino, desinteressando-se por completo no auxílio onipotente, seguro e benevolente d’Aquele que disse ser o caminho, a verdade e a vida.

Mairiporã, São Paulo, novembro de 2021.

Por Padre Rafael Ibarguren EP – Assistente Eclesiástico das Obras Eucarísticas da Igreja.

Traduzido por Emílio Portugal Coutinho.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

O Papa: seremos julgados por nossa incapacidade de ser guardiões do mundo

Parque Natural de Chartreuse, França | Vatican News

Francisco volta a falar sobre a Conferência de Glasgow que está prestes a terminar, relançando a responsabilidade moral de enfrentar o grande desafio das mudanças climáticas para com as gerações presentes e futuras.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco enviou, nesta quinta-feira (11/11), uma carta aos católicos da Escócia por ocasião da Cop26, a Conferência da ONU sobre o Clima, que se conclui na sexta-feira, 12 de novembro, em Glasgow.

O Pontífice ressalta que não foi possível participar da Cop 26 e que sente muito por isso, mas ao mesmo tempo está feliz porque hoje os católicos escoceses se unem em oração pelas intenções do Papa e "por um resultado frutífero deste encontro, destinado a enfrentar uma das grandes questões morais de nosso tempo: a preservação da criação de Deus, que nos foi doada como um jardim para cultivar e como uma Casa comum para a nossa família humana".

Deus confiou o mundo aos nossos cuidados

"Imploramos os dons da sabedoria e força de Deus para aqueles que têm a tarefa de guiar a Comunidade internacional, à medida que procuram enfrentar este sério desafio com decisões concretas inspiradas na responsabilidade para com as gerações presentes e futuras. O tempo está se esgotando. Esta oportunidade não deve ser desperdiçada por medo de ter que enfrentar o julgamento de Deus por nossa incapacidade de sermos guardiões fiéis do mundo que Ele confiou aos nossos cuidados", ressalta Francisco na carta.

O Papa expressa aos católicos da Escócia o seu afeto no Senhor e os incentiva "a perseverar em sua fidelidade a Deus e à sua Igreja". Francisco saúda e reza pelos católicos escoceses e "suas famílias, pelos jovens, pelos idosos, os doentes e por aqueles que, de qualquer forma, estão sofrendo os efeitos da pandemia".

"Nestes tempos difíceis, que todos os seguidores de Cristo na Escócia renovem seu compromisso de serem testemunhas convincentes da alegria do Evangelho e de seu poder de levar luz e esperança a todos os esforços para construir um futuro de justiça, fraternidade e prosperidade, tanto material quanto espiritual".

Francisco conclui a carta, assegurando suas orações pelos católicos escoceses, suas famílias, suas paróquias e comunidades, e confiando-lhes à amorosa intercessão de Maria, Mãe da Igreja.

Crédito: Easyvoyage UK

Fonte: https://www.vaticannews.va/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF