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domingo, 14 de novembro de 2021

Um rei bárbaro se prosterna diante de São Bento

Guadium Press
Oriundo de uma família católica, nobre e rica, São Bento nasceu em 480 na cidade de Nursia, centro da Itália.

Redação (13/11/2021 09:44Gaudium Press) Sendo ainda muito jovem, seus pais o enviaram a Roma a fim de estudar. Enojado com os maus costumes ali existentes, resolveu morar num lugar das proximidades e levar uma vida de anacoreta.

Certo dia, uma criada que o acompanhava pela estrada deixou cair uma jarra a qual se espedaçou. Ela desatou em prantos, mas o jovem Bento lhe disse que não se preocupasse; ele colheu os cacos, juntou-os e a jarra se recompôs.

Pouco tempo depois, dirigiu-se a uma gruta nas cercanias de Subiaco, próximo a Roma, e ali se estabeleceu. Sua alma estava tão voltada para Deus e o sobrenatural que nem se preocupou com o problema da alimentação.

Em certo momento, viu um cesto contendo um pão que descia do alto da gruta por meio de uma corda. Verificou, então, que ali vivia um varão de Deus – São Romão – o qual recebia diariamente um pão trazido por um corvo. Mas, com a chegada de São Bento, a ave passou a levar dois pães…

Em sua vida de oração e penitência, São Bento sofreu, como toda pessoa neste vale de lágrimas, tentações de impureza. Certa ocasião, elas se tornaram tão intensas que o Santo tirou sua capa e lançou-se sobre um arbusto repleto de agudos espinhos, ficando todo ensanguentado.  As tentações desapareceram e desde esse dia ele recebeu uma insigne graça: nunca mais sentiu os aguilhões da carne.

Castigo de um padre infame

A fama de sua santidade começou a se difundir. Tendo falecido o abade de um mosteiro situado nas redondezas, os monges pediram a São Bento que fosse o superior deles. O varão de Deus lhes disse que não aceitariam a vida ascética a qual ele imprimiria ao mosteiro. Mas, devido à insistência dos religiosos, São Bento concordou.

Passados alguns dias, eles colocaram veneno num copo de água que lhe seria servido durante a refeição. O Santo abençoou o copo o qual se partiu. Ele recriminou os nefandos monges e voltou para sua gruta de Subiaco.

Muitos homens pediam a São Bento que os aceitasse como religiosos sob sua direção. Inclusive famílias nobres e abastadas começaram a acorrer a Subiaco, trazendo seus filhos pequenos e imploravam que ali fossem educados.

Entre esses meninos, destacavam-se Mauro e Plácido que depois se tornaram santos.  O pai de São Mauro doou a São Bento grande extensão de terras, nas quais foram construídos doze mosteiros.

Certo dia, São Plácido caiu num rio e foi levado pela correnteza. São Bento ordenou a São Mauro que fosse buscá-lo. Andando sobre as águas, ele segurou São Plácido pelos cabelos e o conduziu à margem são e salvo.

Um padre de uma cidade vizinha, corroído de inveja de São Bento, enviou-lhe de presente um pão, mas que estava envenenado. Discernindo a realidade, o Santo ordenou a um corvo que levasse aquele pão e o jogasse num lugar inacessível; a ave obedeceu imediatamente.

Então, aquele ímpio sacerdote instigou algumas moças, as quais se banhavam num lago dos arredores, a que se dirigissem ao mosteiro para tentar os religiosos. Chegando à porta do mesmo, elas se puseram a efetuar danças lascivas.

Diante desses fatos asquerosos, São Bento resolveu deixar Subiaco. E o padre infame, tomando conhecimento dessa notícia, subiu numa enorme pedra a qual de repente ruiu e ele morreu… Todos entenderam que era um castigo mandado por Deus.

A Regra que é fonte da perfeição religiosa

Pouco tempo depois, o Santo mudou-se para Monte Cassino, situado numa grande propriedade que o pai de São Plácido lhe concedera. Era o ano de 524.

Havia no cimo do monte um templo pagão. O próprio São Bento derrubou o ídolo ali existente, e o demônio reagiu com berros terríveis que ecoavam naquela solidão. O varão de Deus amaldiçoou várias vezes o monstro infernal, cuja figura apenas ele via.

Nesse mesmo local iniciou-se a construção de um mosteiro. Certo dia, uma parede caiu sobre um menino e o matou. Seu pai, derramando lágrimas, mas cheio de Fé, levou o corpo a São Bento, o qual se encontrava trabalhando no campo, e pediu-lhe que lhe devolvesse a vida. Colocando suas mãos sobre o cadáver, o Santo implorou a Nosso Senhor que, pela Fé daquele pai, ressuscitasse o filho. Seu pedido foi atendido imediatamente.

São Bento viveu em Monte Cassino durante 23 anos. Não se tornou sacerdote nem escreveu tratados de Teologia, mas redigiu com seu próprio punho e letra uma Regra para os monges, que marcou a História da Igreja.

O Papa Vitor III, que ocupou o trono de São Pedro de 1086 a 1087 e foi monge em Monte Cassino, comparou a legislação de São Bento àquela do Sinai, transmitida por Deus a Moisés. E o Beato Urbano II, que pregou a Primeira Cruzada no Concílio de Clermont-Ferrand, em 1095, e foi monge beneditino, afirmou que do coração de São Bento, como das nascentes de água do Paraíso Terrestre, jorrou a fonte da perfeição religiosa que é sua Regra.

Encontro de Tótila com o varão de Deus

Em 541, os ostrogodos escolheram Tótila como seu rei. Dotado de excelentes qualidades militares, ele conquistou várias regiões da Itália, cometendo muitos crimes.

Tendo ouvido falar de São Bento, o rei bárbaro se dirigiu a Monte Cassino a fim de conhecê-lo. Quando se aproximou da porta do mosteiro e viu o Santo majestosamente sentado, ele se prosternou. Por três vezes, o Abade ordenou-lhe que se levantasse, mas o monarca permanecia prosternado. Então, o varão de Deus o ergueu com suas próprias mãos, censurou-o pelos males que cometera e disse-lhe que reinaria por nove anos.

Tótila lhe agradeceu, pediu orações e a partir desse momento sofreu notável transformação. Conquistou depois outras regiões, mas sempre respeitava as igrejas e tratava a população com bondade.

Após um cerco de dois anos, Tótila tomou Roma em 546 e, conforme o Livro Pontifício, viveu entre os romanos como um pai e seus filhos. Morreu, em 552, numa batalha contra tropas enviadas pelo Imperador do Oriente, Justiniano, comandadas pelo General Narses.

Assim, cumpriu-se a profecia anunciada por São Bento: Tótila reinou durante nove anos .

Por Paulo Francisco Martos

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Papa: levemos aos pobres a esperança com ternura, sem os julgar

Papa Francisco no Dia Mundial dos Pobres, 14 de novembro de 2021 |
Vatican News

O Papa Francisco pede, a nós cristãos, que sejamos “construtores incansáveis de esperança; luz enquanto o sol se obscurece; testemunhas de compaixão enquanto ao redor reina a distração; presenças atentas na indiferença generalizada”. Homilia da Santa Missa celebrada por ocasião do 5° Dia Mundial dos Pobres neste domingo 14 de novembro.

Jane Nogara - Vatican News

Neste domingo (14/11) em que a Igreja celebra o 5° Dia Mundial dos Pobres, na homilia da Santa Missa celebrada na Basílica de São Pedro o Papa Francisco falou sobre as imagens utilizadas por Jesus para nos dar esperança. Depois de falar sobre o Evangelho de Marcos (13, 24-28) no qual se recorda que “da total obscuridade, há de vir o Filho do Homem” disse:

Deste modo o Evangelho ajuda-nos a ler a história, captando dois aspetos dela: a dor de hoje e a esperança de amanhã. Por um lado, evocam-se todas as dolorosas contradições em que a realidade humana vive imersa em cada tempo; por outro, há o futuro de salvação que a espera, isto é, o encontro com o Senhor que vem para nos libertar de todo o mal”.

A dor e a esperança

Em seguida comentou dois desses aspetos, “com o olhar de Jesus”. Com relação ao primeiro aspecto comentou a dor de hoje. "Vivemos numa história marcada por tribulações, violências, sofrimentos e injustiças” e afirmou:

O Dia Mundial dos Pobres que estamos celebrando, pede-nos que não viremos o rosto para o outro lado, não tenhamos medo de olhar de perto o sofrimento dos mais frágeis. Para eles o sol frequentemente é obscurecido pela solidão, a lua de suas expectativas apaga-se e os sonhos caem na resignação e acaba abalada a própria existência. Tudo isso por causa da pobreza a que muitas vezes se veem constrangidos, vítimas da injustiça e da desigualdade duma sociedade do descarte, que corre apressada sem os ver e, sem escrúpulos, os abandona ao seu destino”.

Porém, disse Francisco:

Em contrapartida, existe o segundo aspeto: a esperança de amanhã. Jesus quer abrir-nos à esperança, arrancar-nos da angústia e do medo à vista da dor do mundo. Para isso assegura-nos: ao mesmo tempo que o sol se obscurece e tudo parece cair é precisamente quando Ele Se faz vizinho a nós”.

Porque, “a salvação de Deus não é só uma promessa reservada para o Além, mas cresce já agora dentro da nossa história ferida, abre caminho por entre as opressões e injustiças do mundo”.

O que Jesus nos pede, a nós cristãos?

Neste ponto o Papa perguntou o que se pede, a nós cristãos? E como resposta disse: “Nutrir a esperança de amanhã, curando a dor de hoje”. De fato, explicou, a esperança que nasce do Evangelho não consiste em esperar passivamente por um amanhã em que as coisas hão de correr melhor, mas em tornar concreta hoje a promessa de salvação de Deus: hoje, cada dia...

A nós, é-nos pedido isto: ser, entre as ruínas quotidianas do mundo, construtores incansáveis de esperança; ser luz enquanto o sol se obscurece; ser testemunhas de compaixão enquanto ao redor reina a distração; ser presenças atentas na indiferença generalizada”.

“Compete-nos”, disse ainda “especialmente a nós cristãos, organizar a esperança, traduzi-la diariamente em vida concreta nas relações humanas, no compromisso sociopolítico”.

Agir concretamente pelo bem

A partir da imagem simples que Jesus oferece a de folhas que desabrocham sem fazer ruído e estas folhas aparecem quando o ramo se torna tenro Francisco afirmou que aqui está a palavra que faz germinar a esperança no mundo e alivia a dor dos pobres: a ternura. Depende de nós superar o fechamento, a rigidez interior e deixar de pensar apenas em nossos problemas.

Jesus quer-nos ‘conversores de bem’: pessoas que, imersas no ar pesado que todos respiram, respondem ao mal com o bem (cf. Rm 12, 21). Pessoas que agem: partilham o pão com os famintos, trabalham pela justiça, elevam os pobres e devolvem-lhes a sua dignidade”.

Por fim encorajou todos com as palavras de Lucas: “Coragem, o Senhor está próximo! Também para ti há um verão que desabrocha no coração do inverno. Mesmo da tua dor, pode ressurgir a esperança”. Concluindo Francisco disse: “Levemos ao mundo este olhar de esperança. Levemo-lo com ternura aos pobres, sem os julgar. Porque lá, junto deles, está Jesus; porque lá, neles, está Jesus, que nos espera”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

XXXIII DOM DO TEMPO COMUM - Ano B

Dom Paulo Cezar | arqbrasilia

Dom Paulo Cezar Costa / Arcebispo de Brasília

Os pobres são nossos irmãos

            Neste trigésimo terceiro domingo comum, a liturgia coloca diante de nós a segunda vinda do Filho do Homem (Mc 13, 24-32), ao tempo em que celebramos o Dia Mundial dos Pobres, cujo tema este ano é: “sempre tereis pobres entre vós” (Mc 14, 7). As duas realidades não estão em contraposição, pois só estaremos preparados para o encontro com o Senhor se o encontrarmos na vida do dia a dia do irmão necessitado, do irmão pobre.

O Evangelho, usando uma linguagem apocalíptica, fala da segunda vinda do Filho do Homem. A imagem de sinais na natureza é própria do Antigo Testamento e do judaísmo posterior, em que a vinda do Filho do Homem é precedida por uma revolução cósmica: “o sol escurecerá, a lua não dará sua claridade, as estrelas estarão caindo do céu, e os poderes que estão no céu serão abalados”. Esta narrativa do Evangelho é influenciada, também, por Daniel (7, 13-14).   É um tipo de linguagem que quer dar uma mensagem clara para os discípulos de Jesus, para os cristãos: o Senhor virá um dia para nós, para a história, e precisamos estar preparados.

A parábola da figueira nos exorta a lermos os sinais de Deus no hoje da história. O Senhor vai se dando a nós, vai passando e repassando. Ele se dá constantemente a nós, Ele passa no meio de nós e nos interpela. É preciso saber encontrá-Lo. Ele se dá a nós por meio da Palavra, da Eucaristia, do irmão necessitado, da oração etc.

Este Dia do Pobre quer nos tornar sensíveis a esta realidade: o pobre é, para nós, a presença do Senhor. Diz Santo Agostinho: “… é o Cristo que nos alimenta e suporta a fome por causa de ti; é o benfeitor e está na pobreza. Quando ele oferece, queres receber; quando está na pobreza, não queres dar. O Cristo está necessitado quando um pobre está necessitado” (Sermão 38, 8). Na sua mensagem para este Dia  Mundial dos Pobres, o Papa Francisco nos exorta a percebermos que “os pobres não são pessoas ‘externas’ à comunidade, mas irmãos e irmãs cujo sofrimento se partilha, para abrandar o seu mal e a marginalização, a fim de lhes ser devolvida a dignidade perdida e garantida a necessária inclusão social”. O Papa indica a partilha como caminho, pois esta reforça a solidariedade e cria os requisitos necessários para alcançar a justiça.

Os pobres e a pobreza têm aumentado profundamente e mais notadamente neste tempo de pandemia. “É urgente dar respostas concretas a tantas pessoas que perderam seu emprego: pais de família, mulheres, jovens etc. A solidariedade social e a generosidade de que muitos, graças a Deus, são capazes, juntamente com projetos clarividentes de promoção humana, estão a dar e darão um contributo muito importante nesta conjuntura.” (Papa Francisco, Mensagem para o Dia dos Pobres, n. 2)

Neste tempo, não podemos nos perder em discussões vazias, é preciso que cada um faça a sua parte: Governantes, políticos, Judiciário, sociedade organizada e cada um, cada uma.  É preciso passar dos discursos vazios à ação. Que este Dia do Pobre nos ajude, como sociedade, a tirar estes nossos irmãos da invisibilidade e a tratá-los como cidadãos, como pessoas humanas criadas à imagem e semelhança de Deus e remidas por Cristo.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

sábado, 13 de novembro de 2021

Não deixe seu filho passar vergonha por sua causa

© Sylvie Bouchard/SHUTTERSTOCK
Por (Tudo sobre minha mãe)

Isso poderia ter acontecido com você. Mas como você reagiria?

“Levei minha filha de um ano para a piscina do prédio. Estava tendo uma festa infantil no play, de um menino de uns 4 anos. A saída do elevador é ao lado do salão de festas e minha filha saiu correndo na direção da festa assim que viu o movimento. Eu consegui alcançá-la antes que chegasse ao salão, pedi desculpas e fui saindo. Mas ela viu alguém tomando picolé e pediu. O aniversariante falou: “Vou pedir pro meu pai te dar um”. Saiu e voltou, com o pai berrando atrás: “Os picolés são somente para os convidados. Essas crianças do prédio circulando na festa alheia tem que sair. Nada de dar banquete pra vizinho sem educação “. O menino ficou tão sem graça que me pediu desculpas enquanto eu saía. Fiquei com muita pena do garotinho. Não merecia uma confusão em plena festa com os amigos.”

Pois é… Esta história foi contada por uma leitora do blog. E eu também fiquei morrendo de pena do aniversariante. Mas eu acho que, apesar desta história horrível, a gente pode tirar algumas liçōes do que nunca fazer aos nossos filhos. Envergonhá-los eu poderia listar como uma das primeiras atitudes que precisamos evitar. A outra é usar o máximo possível os princípios de gentileza.

Muito provavelmente a criança tem uma mãe mais gentil que este pai e por isso tem mais educação. Ou simplesmente é uma boa criança, de bom coração. Mas seja como for: filhos precisam de (bons) exemplos. E eu não estou dizendo que a gente precisa ser perfeito. O que a gente precisa é estar atento.

Sabe aquela mentirinha boba que os filhos notam que a gente está contando? Sabe quando você xinga alguém no trânsito porque ficou com muita raiva de uma barbeiragem? Sabe quando seu filho acaba escutando que você não suporta alguém que você finge gostar? São coisas mesquinhas de adulto que os nossos filhos não deveriam ter como exemplo. E a gente vive fazendo perto deles.

Pesa ser mãe (ou pai) e viver se policiando para não vacilar? Claro que pesa. Melhor é não viver com este peso. Mas eu continuo apostando na nossa tentativa de tomar cuidado. Nossas esponjinhas estão aí, nos cercando, nos observando, captando o nosso lado bom e o nosso lado ruim.

Alguém poderá dizer: mas a gente não pode viver num mundo de faz-de-conta sempre com os filhos, eles precisam ver a vida como ela é. Mas eu acho que independente do mundo que você quer mostrar para o seu filho, o princípio de gentileza/respeito ao próximo não pode ser esquecido ou deixado em segundo plano.

Parece óbvio o que estou dizendo, né? Pois é. Mas o caso do pai que não quis deixar o filho oferecer um picolé foi pra lá de discutido num grupo de mães da internet. A maioria ficou chocada com a grosseria, mas algumas mães disseram compreender a postura do pai e (pasmem) atacaram a mãe que relatou o caso dizendo coisas do tipo “saiba criar a sua filha para ela não invadir a festinha dos outros”. Um picolé. Uma criança de um ano. Uma mãe que pediu desculpas pela filha ter entrado na festa e já estava de saída. E um menininho generoso envergonhado pela estupidez do pai.

A nossa leitora não discutiu com o pai do aniversariante, não bateu boca, não disse nada e foi para a piscina. Ainda que pessoas próximas tenham dito que ela devia ter tomado alguma providência. E ela me disse que nāo quis constranger a própria filha, que não entenderia nada, e nem o menininho. Por alguns segundos ela justamente refletiu sobre o exemplo a dar a filha e ela optou por não armar uma discussão ali. “Imagina se eu ia parar de dar atenção para a minha filha para embarcar numa “guerra de princípios” com um vizinho grosseiro. Eu achei desnecessário. Ela é criada num ambiente harmônico. Ela estranha confusão”, explicou nossa leitora.

O síndico do condomínio presenciou a cena. E aqui a sequência do que aconteceu:

“Já na piscina, crianças da festa acharam o caminho e começaram a pular de roupa e tudo. O síndico rapidamente chamou o dono da festa para que retirasse as crianças, já que nenhum adulto estava olhando. E disse educadamente a ele: ‘Assim como seus sorvetes são só para os convidados, a piscina é só para moradores’.”

(Tudo sobre minha mãe)

Fonte: https://pt.aleteia.org/

BISPOS APRESENTAM O OLHAR DA IGREJA CATÓLICA FRENTE A REALIDADE DA POBREZA NO BRASIL

CNBB

BISPOS APRESENTAM O OLHAR DA IGREJA CATÓLICA FRENTE A REALIDADE DA POBREZA NO BRASIL EM ESPECIAL DA RÁDIO APARECIDA

De 15 a 19 de novembro, bispos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entre eles o bispo de Roraima, segundo vice-presidente da CNBB e presidente da Cáritas Brasileira, dom Mário Antônio, vão apresentar na série “Brasil: face que clama por misericórdia”, o olhar da Igreja Católica diante da realidade da pobreza no Brasil em especial da Rádio Aparecida.

Em sintonia com a V Jornada Mundial dos Pobres, instituía pelo Papa Francisco, a série de áudio-reportagens traz a realidade da pobreza em nosso país. Os cinco episódios vão abordar como destaque os conceitos que rodeiam o tema, a situação das famílias em vulnerabilidade, o impacto da pandemia, a relação com a violência e o preconceito, o papel governamental e a importância da compaixão.

A jornada deste ano faz um convite para que não haja indiferença frente ao sofrimento das pessoas em situação de vulnerabilidade e à crescente pobreza socioeconômica, que assola mais 51,9 milhões de brasileiros e brasileiras

O editor chefe da Rádio Aparecida, José Eduardo de Souza, disse que a partir da Jornada Mundial dos Pobres e da mensagem do Papa Francisco a equipe percebeu uma oportunidade de tratar do tema pobreza de forma ampla.

José Eduardo de Souza | Foto: Rádio Aparecida

“Ouvimos pessoas que enfrentam essa realidade diariamente e contamos com a ajuda de especialistas e dos bispos para apresentar, em cada um dos episódios, o olhar da igreja, que nos motiva a ter esperança de dias melhores”, destacou.

A cada dia, bispos ligados a esta realidade vão debater diferentes temas ligados à pobreza. No primeiro episódio ‘Conceito de pobreza em si, olhar da igreja’, que vai ao ar na próxima segunda-feira, dia 15 de novembro, o bispo da diocese de Brejo (MA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sócio Transformadora da CNBB, dom José Valdeci, destaca o papel da Jornada Mundial dos Pobres.

Episódios

‘Famílias que entraram em vulnerabilidade, agravamento da pandemia’ é o tema do segundo episódio que traz a participação do bispo de Jales (SP) e referencial da CNBB para a Pastoral Operária Nacional, dom Reginaldo Andrietta, que fala sobre o modelo econômico da sociedade e do bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, dom Ricardo Hoepers, que ressaltou a importância da união e da família em tempos difíceis.

No terceiro episódio ‘Excluídos da Sociedade e relação entre violência e pobreza’, o bispo de Valença (RJ) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, dom Nelson Francelino, destaca o respeito do impacto da pobreza e da falta de assistência na vida do Jovem.

Na sequência, o ‘Papel Governamental e políticas públicas para combate à pobreza’ é apresentado pelo bispo da diocese de Lages (SC) e presidente do Grupo de Trabalho – Pacto pela Vida e pelo Brasil, dom Guilherme Werlang, que ponta políticas públicas que são necessárias para que a pobreza seja superada e pelo assessor político da CNBB, padre Paulo Renato, que explica qual precisa ser o papel do Estado na vida das pessoas mais necessitadas.

Para fechar a série, no dia 19, o bispo de Roraima, segundo vice-presidente da CNBB e presidente da Cáritas Brasileira, dom Mário Antônio, destaca a caridade e o papel dos organismos da igreja no episódio ‘Solidariedade e compaixão na prática’. Também foi ouvido o Padre Patrick Samuel Batista, coordenador de campanhas da CNBB, a respeito da campanha “É tempo de Cuidar”.

A série de áudio-reportagens conta ainda com a participação de especialistas no assunto, pessoas que vivem a pobreza na pele, pastorais e instituições como o Instituto Sou da Paz, Cáritas Brasileira e Fazenda Esperança que também lançam perspectivas e apresentam sugestões para a solução de problemas estruturais

Fernanda Prado e Rafaela Oliveira. Foto: Rádio Aparecida

Os episódios serão veiculados a partir desta segunda-feira, 15 de novembro, na Rede Aparecida de Rádio, nos jornais Notícias em 30 (1ª e 2ª edição, às 7h e 17h30) e também no programa Com a Mãe Aparecida (20h45), pelo portal a12.com/radio, aplicativo Aparecida, além do Youtube e Facebook da emissora. A série contou reportagem de Fernanda Prado e Rafaela Oliveira; edição de jornalismo de José Eduardo Souza; trabalhos técnicos de Marcos Prado e direção do padre Inácio Medeiros.


Fonte: https://www.cnbb.org.br/

O que fazer para aliviar a ansiedade?

Shutterstock | fizkes
Por Jim Schroeder

Um psicólogo compartilha seus conselhos sobre como controlar a ansiedade.

Se você já vivenciou um quadro de ansiedade, sabe que a reação mais visceral a essa experiência é a de autopreservação. Não importa se a ansiedade decorre de uma ameaça real, como uma tempestade, ou de uma ameaça existencial, como o medo do constrangimento: ela é uma experiência assustadora.

Mesmo em situações em que a ansiedade decorre de um evento positivo, como um casamento, a sensação de nervosismo pode ser desconcertante, na melhor das hipóteses. Devido ao desconforto inerente, toda ansiedade impulsiona a pessoa a uma de duas ações (ou ambas): evitar ou controlar.

Os seres humanos encontram conforto no que podem controlar e no que podem evitar, mesmo que saibam (explícita ou implicitamente) que fazê-lo repetidamente pode trazer resultados negativos no longo prazo, como travar em situações sociais ou desenvolver compulsões prejudiciais destinadas a reduzir medos obsessivos.

Identificando o medo

No centro de toda ansiedade está o medo da perda — de saúde, status (por exemplo, respeito), afiliação (por exemplo, pertencimento, amor) e perda de vidas. Nesse sentido, um pouco de ansiedade é produtiva e necessária na preservação da espécie humana. Então parece que fomos criados com ansiedade para preservar o que é mais importante — incluindo a comunhão uns com os outros.

No entanto, não há dúvida de que o medo está no controle mais do que nunca nos dias de hoje. Somos uma sociedade que tenta negar os medos e, assim, dificilmente reconhece as bênçãos que podem surgir das dificuldades.

A ironia é que quanto mais possuímos, mais medrosos nos tornamos. Desse jeito, encontramos-nos em um contexto muito desconfortável. É como se estivéssemos mais preocupados em proteger o que temos e, às vezes, adquirir ainda mais, do que acolher o que nos foi dado. Apenas uma mudança radical em nossa mentalidade poderá reduzir esses medos incessantes e sufocantes.

Qual é essa mudança de perspectiva?

A maioria de nós sabe que a frase mais repetida na Bíblia é alguma variação de “não tenha medo”. Como observei anteriormente, todo medo está fundamentado na possibilidade de perda. A ansiedade sempre nos joga nisso. A ansiedade excessiva cria a maior mentira de todas. Se quisermos nos libertar da ansiedade excessiva, devemos recusar a grande mentira da ansiedade.

Simplificando, a grande mentira é esta: que nós merecemos o que nos foi dado. Seja nossa saúde, a provisão de nossas necessidades básicas, nossos confortos.

Ou seja, devemos primeiramente considerar todos os aspectos da vida (mesmo quando envoltos em provações) como dons a serem acolhidos, e não como coisas que supostamentemerecemos e poderíamos perder.

Para ter essa atitude, devemos abraçar a ideia de que a vida, por sua natureza, é uma grande aventura repleta de conquistas e dificuldades, e não a mera progressão de uma prosperidade que deveria ser protegida a qualquer custo.

O que estou tentando dizer é que, ao invés de ficarmos travados no medo e no excesso de ansiedade, devemos reagir e tentar dizer com todo o nosso coração:

Obrigado, Senhor, por eu ainda estar vivo para temer, pois quem nada teme é por que já se foi.

E…

Obrigado, Senhor, por esta grande aventura da vida, mesmo que agora eu esteja sofrendo com o excesso de medo e ansiedade.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Menina cristã é sequestrada por muçulmano no Paquistão

Guadium Press
Normalmente esse tipo de sequestro ocorre com o objetivo de realizar conversões forçadas ao islamismo e fazer com que a vítima se case com o sequestrador.

Paquistão – Islamabade (12/11/2021 16:18, Gaudium Press) Uma menina cristã de 12 anos de idade foi sequestrada na província de Punjab, no Paquistão, por um muçulmano. Esse não é o primeiro caso no país. Normalmente esses sequestros ocorrem com o objetivo de realizar conversões forçadas ao islamismo.

Conversões forçadas

A menor de idade Meerab Abbas foi sequestrada por um homem muçulmano chamado Muhammad Daud, que a levou para sua província de Baluchistão na semana passada. A mãe da jovem foi parar no hospital após sofrer um colapso mental com a notícia do sequestro de sua filha.

Apesar da polícia ter conseguido prender dois suspeitos envolvidos no sequestro de Meerab, ainda não há nenhuma pista sobre o paradeiro da jovem e do sequestrador. Grupos de direitos humanos acreditam que a menina será forçada a se converter ao Islã e se casar com o mesmo.

Desinteresse do governo local

“Pedimos ao governo que considere os sequestros e casamentos forçados um problema grave e legisle em favor das minorias, essencial para o desenvolvimento da nação”, exortou o Frei Zahid Augustine, pároco de Sahiwal.

Segundo o ativista de direitos humanos Ashiknaz Khokhar, o governo não tem demonstrado interesse em investigar a questão. Khokhar denunciou ainda que o projeto de lei sobre a conversão forçada foi recentemente rejeitado pelo Parlamento. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Primeiro santo leigo da Índia lutou pela fim das castas

Lázaro Devasahayam / Crédito: Wikipedia
Por Blanca Ruíz

CALCUTA, 12 nov. 21 / 02:36 pm (ACI).- O mártir Lázaro Devasahayam será canonizado em 15 de maio de 2022 tornando-se o primeiro santo leigo na Índia. Nascido em 1712, em Tamil Nadu, Índia, era de família hindu de casta superior, no fechado sistema de estratificação social da Índia. Devashayam tornou-se militar e foi ministro do reino de Travancore, como oficial do palácio real.

Em 1741, um prisioneiro católico holandês o pôs em contato com João Batista Buttari, missionário jesuíta, que tornaria amigo e conselheiro espiritual de Devasahayam. Foi batizado quatro anos depois e declarou que abraçou a fé cristã sem ser forçado, mas por sua própria vontade.

Mudou o nome original, Neelakanda Pillai, para Lázaro e também abandonou o "Pillai" por se referir à sua casta. Sua esposa Bargavi Ammal, também se converteu e recebeu o nome de Teresa, em tamil.

Embora pertencesse a uma alta casta, pregava a igualdade entre todas as pessoas, o que provocou grande oposição, e após várias tentativas de fazê-lo abandonar a fé cristã, foi preso, acusado de traição em 1749.

Desde então, começou um período de tortura e humilhação, culminando no martírio por fuzilamento em 14 de janeiro de 1752.

Seus restos mortais foram enterrados na igreja de São Francisco Xavier em Kottar, Índia. Em 2012 foi beatificado e a celebração contou com a presença de mais de 100 mil católicos.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Santa Sé: COP26, foram dados passos avante, mas o tempo está se esgotando

COP26 em Glasgow, na Escócia (AFP)

Comunicado da Santa Sé destaca o compromisso dos Estados a limitar o aumento da temperatura, mas reitera a necessidade de um acordo sobre um roteiro claro para preencher algumas lacunas que surgiram. A delegação vaticana espera que as decisões finais da COP26 "sejam inspiradas por um genuíno sentido de responsabilidade para com as gerações presentes e futuras, bem como o cuidado com nossa casa comum, e que essas decisões possam responder verdadeiramente ao grito da Terra e ao grito dos pobres".

Vatican News

"Promissores" e "essenciais para a sobrevivência das comunidades mais vulneráveis": desse modo, num comunicado, a Santa Sé julga os compromissos assumidos pelos Estados, que participaram da COP26 em Glasgow, na Escócia, de limitar o aumento da temperatura média global a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais e de fornecer os recursos financeiros necessários para alcançar este objetivo.

O texto lembra que a delegação trouxe à Escócia as preocupações do Papa com a casa comum, "enfatizando a face humana da crise climática, seu impacto sobre os mais pobres e aqueles que menos fizeram para causá-la".

Um roteiro claro

Embora apreciando o compromisso dos Estados, a Santa Sé lembra que "ainda há muito a ser feito" e por esta razão é necessário encontrar formas eficazes também para remediar algumas "lacunas" que surgiram "nas áreas da mitigação, adaptação e financiamento".

"Os recursos disponibilizados para estes três aspectos, fundamentais para a concretização dos objetivos do Acordo de Paris, deverão ser reforçados e renovados", diz o documento. "A Santa Sé - prossegue o comunicado - espera que a COP26 possa chegar a um acordo sobre um roteiro claro para preencher estas lacunas em breve, com os países desenvolvidos assumindo a liderança".

Decisões responsáveis para as gerações futuras

Recorda-se em seguida o apelo conjunto de líderes religiosos e cientistas, lançado em 4 de outubro, focalizando a situação das comunidades mais vulneráveis às mudanças climáticas, e se reportam as palavras do Papa sobre "a dívida ecológica e a solidariedade que os países industrializados devem aos pobres".

A delegação da Santa Sé espera que as decisões finais da COP26 "sejam inspiradas por um genuíno sentido de responsabilidade para com as gerações presentes e futuras, bem como o cuidado com nossa casa comum, e que essas decisões possam responder verdadeiramente ao grito da Terra e ao grito dos pobres". "O tempo está se esgotando: esta ocasião não deve ser perdida" – conclui-se o comunicado com este alerta do Papa Francisco contido em sua a Carta aos católicos da Escócia.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

São Diogo de Alcalá

S. Diogo de Alcalá | Diocese de Petrópolis
13 de novembro

São Diogo de Alcalá

Religioso da Primeira Ordem (1400-1463). Canonizado por Sixto V no dia 2 de julho 1588.

Diogo nasceu pelo ano de 1400 em São Nicolau do Porto, na região espanhola de Andaluzia. Sentindo desde muito novo inclinação  para vida solitária e penitente, durante vários anos viveu como eremita junto da igreja de São Nicolau, no seu torrão de natal. No entanto, à oração e contemplação aliava o trabalho manual, como cultivo de uma horta e a confecção de cestos de vime e pequenos utensílios para uso doméstico, os lucros desses trabalhos destinava-os por inteiro a ajudar os pobres. A fama de sua virtude estendeu-se a povoações vizinhas, e passou a ser venerado por muita gente.

Entretanto começou a sonhar em voos mais altos, e resolveu ingressar na ordem dos frades menores. Dirigiu-se nesse intuito a um convento próximo de Córdova, onde foi admitido ao noviciado, e a seu tempo à profissão dos votos religiosos. Exerceu vários ofícios humildes em diversos conventos da província religiosa, até que em 1441 foi enviado às Canárias para evangelizar os nativos, que tinham recaído em superstições e idolatrias. Só por obediência aceitou o cargo de guardião de um convento para o qual fora eleito em 1446. Dedicou-se com especial empenho a defender os indígenas da exploração por parte dos conquistadores, que por isso mesmo lhe levantaram muitas dificuldades e causaram muitas contrariedades, a ponto de em 1449 pedir autorização para regressar à Espanha. No ano seguinte em 1450, foi com um confrade a Roma, para ganhar o jubileu e assistir à canonização de São Bernardino de Sena.

Aconteceu que o convento romano de Araceli, onde os dois religiosos se tinham hospedado, foi atingido pela epidemia que nesse ano flagelou a cidade de Roma, e quase todos os frades, que eram muitos, caíram doentes. Diogo desfez-se em cuidados para com eles, quer a respeito de tratamentos, quer para providenciar ao sustento necessário, que era escasso, apesar das providências tomadas pelas autoridades públicas. Foi um autêntico herói nesse apostolado de caridade, cuidando dos doentes e socorrendo os pobres mais afetados pela carestia resultante da peste. Chegou a curar muitos enfermos pelo simples contato das mãos, untada no azeite da lâmpada colocada junto à imagem de Nossa Senhora.

Ao voltar à pátria, viveu de novo em diversos conventos antes de a morte lhe abrir as portas do céu, em Alcalá de Henares, perto de Madrid, a 12 de novembro de 1463, aos 63 anos de idade. A fama de santidade de vida desse humilde irmão leigo franciscano, unida aos muitos milagres que Deus por sua intercessão realizou, levou Sisto V a inscrevê-lo no catálogo dos santos, a 2 de julho de 1558.

São Diogo de Alcalá fez reviver a figura daqueles irmãos, simples e humildes, que nos tempos do franciscanismo primitivo foram o orgulho e a alegria de São Francisco, que no trabalho, no silêncio e na penitência conquistavam almas para Cristo. Na Ordem Franciscana é venerado como especial patrono dos irmãos não clérigos.

Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.

https://franciscanos.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF