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terça-feira, 23 de novembro de 2021

ESPIRITUALIDADE: Amor sem limites (Parte 1/19)

Capa: Fragmento de um ícone de meados
de século XVII atribuída a Emanuel lombardos
Ecclesia

Um Monge da Igreja do Oriente

AMOR SEM LIMITES

Tradução para o português:
Pe. André Sperandio

Ecclesia
1. Apresentação

Como uma figura lendária antiga passou entre nós. Não quis revelar seu nome e, embora muitos soubessem quem era e conhecessem a sua história cheia de mistério e de Espírito, deixou em seus escritos tão somente esta assinatura: Um monge da Igreja do Oriente. Assim se auto definia e, ao mesmo tempo, do melhor modo, nos sugeria o que é e como é a Igreja do Oriente.

A Igreja Oriental é um mistério peculiar que, como todo mistério, não tem limites precisos ou fronteiras claras. Por isso, é universal, isto é, Católica. A origem deste "Monge da Igreja do Oriente" é, evidentemente, monacal. Dentro do monacato, isto é, daqueles que caracterizam suas vidas pela contemplação viva do culto, da adoração. Este culto que, cumprido como obra de Deus, nos conduz às nossas origens, ao deserto convertido em Paraíso Primevo, à contemplação do Mistério. O culto é ir às origens, e ir às origens é, de uma ou de outra forma, entrar em comunhão com Céu já aqui na terra, o que a Igreja Oriental, a Igreja Ortodoxa, torna presente no deserto de sua pobreza, de seus sofrimentos, de sua perseguição, porém, sobretudo, na riqueza, no esplendor e triunfo de sua Liturgia e de sua contemplação trinitária. Ali, onde mística é teologia e teologia é mística, um monge encontrou um abrigo áspero e doce, seco e florescente do que outro contemplativo tinha vivido. “Por aqui já não há caminho, porque, para o justo não há lei”.

Este lendário monge que foi alguém real, deixou-nos um legado: sua vida e suas contemplações.

Passada a vida e tendo alcançado a transfiguração, suas experiências contemplativas são ícones que iluminam e convertem. E, da pequenez e modéstia de quem se deixa comover diante de um ícone, quer prosseguir, como um copista aprendiz, as contemplações que são diálogo com os que encontraram nesse incógnito monge a ocasião para o despertar ao Amor Sem-limites.

As páginas que seguem esta breve apresentação [1] pretendem ser a expressão da vivência que produziu a um “outro monge” da Igreja Oriental o ato de contemplar o ícone que lhe chegou através de alguns escritos.

Carlos Castro

[1] Carlos Castro: Desierto y destierro. Col. Icono. Narcea. Madrid, 1987 (en preparación).

2. A ti, quem quer que sejas...

Quem quer que sejas, como quer que sejas, o Senhor-amor te diz: Minha mão descansa em tuas mãos.

Este gesto significa que eu te amo e que eu te chamo. Eu nunca deixei de te amar, de te falar e de te chamar. Às vezes, fazia no silêncio e na solidão. Às vezes, alí onde os outros se encontravam reunidos em meu nome. Este chamado, frequentemente não percebeste porque não estavas escutando. Outras vezes, percebias, mas de uma maneira vaga e confusa. Em certas ocasiões, estivestes muito próximo de me dar uma resposta aceitável. Em outras, sim, me respondeste, mas sem constância duradoura. Tu te apegavas à emoção de me ouvir. Porém, recuavas ante a decisão. Contudo, nunca te empenhaste definitivamente, de uma maneira total e exclusiva na escuta do amor.

Mais uma vez eu venho a ti. Eu quero falar novamente contigo. Eu te quero todo, inteiro. Repito: o amor te quer de maneira total e exclusiva. Vou te falar em segredo, em confidência, intimamente.

Minha boca está junto do teu ouvido. Ouça o que os meus lábios vão te dizer bem baixinho, ouça este susurro que é dirigido somente para ti. Eu sou o Amor, o teu Senhor. Queres entrar na vida do amor? Não se trata de uma atmosfera de um ternura apática, fria. Trata-se de entrar na incandescência do amor. Aqui está a verdadeira conversão, a conversão do amor incandescente. Queres te tornar um outro diferente do que tens sido? Queres te tornar um outro em relação ao que tens sido até agora? Queres ser o que é para os outros e, sobretudo, para este Outro e com este Outro no que cada ser tem a sua existência? Queres ser o irmão universal, o irmão do universo? Então escuta o que o meu amor quer te dizer.

® NARCEA, S.A. EDIÇÕES
Dr. Federico Rubio e Galí, 9. 28039 - Madrid
® EDITIONS ET LIBRAIRIE DE CHEVETOGNE Bélgica
Título original: Amour sans limite
Tradução (para o espanhol): CARLOS CASTRO CUBELLS
Tradução para o português: Pe. André Sperandio
Capa: Fragmento de um ícone de meados de século XVII atribuída a Emanuel lombardos
ISBN: 84-277-0758-4
Depósito Legal: M-26455-1987
Impressão: Notigraf, S. A. San Dalmácio, 8. 28021 - Madrid

Fonte: https://www.ecclesia.org.br/

Os efeitos do sacramento da Unção dos Enfermos

Calamity Jane | Shutterstock
Por Prof. Felipe Aquino

É bom recordar que a Igreja diz que a Unção dos Enfermos não é um Sacramento só daqueles que se encontram às portas da morte.

O Catecismo da Igreja, no número 1532, explica os efeitos importantes da Unção dos Enfermos para o enfermo que a recebe. Este sacramento traz uma graça especial.

1. União com a Paixão de Cristo

A união do doente com a paixão de Cristo, para o seu bem e o bem de toda a Igreja. O Sacramento dá ao doente a oportunidade de “sofrer na fé” e com méritos diante de Deus, unindo o seu sofrimento com o de Cristo que padeceu pela humanidade. Pela graça deste Sacramento, o enfermo recebe a força e o dom de unir-se mais intimamente à paixão de Cristo: de certa forma ele é consagrado para produzir fruto pela configuração à paixão redentora do Salvador. O sofrimento, sequela do pecado original, recebe um sentido novo: torna-se participação na obra salvífica de Jesus.

A Unção dos Enfermos é também uma graça para a Igreja, porque os enfermos que recebem este Sacramento, “associando-se livremente à paixão e à morte de Cristo”, “contribuem para o bem do povo de Deus” (LG 11). Ao celebrar este sacramento, a Igreja, na Comunhão dos Santos, intercede pelo bem do enfermo. E o enfermo, por sua vez, pela graça deste sacramento, contribui para a santificação da Igreja e para o bem de todos os homens pelos quais a Igreja sofre e se oferece, por Cristo, a Deus Pai.

2. Conforto, paz e coragem

O reconforto, a paz e a coragem para suportar de forma cristã os sofrimentos da doença ou da velhice; desta forma o doente, pela graça do Sacramento, sofre sem revolta e com esperança e paz. Isto é um dom particular do Espírito Santo ligado ao Sacramento, para ajudar o enfermo a vencer as dificuldades próprias ao estado de enfermidade grave ou à fragilidade da velhice.

Esta graça renova a confiança e a fé do enfermo em Deus e o fortalece contra as tentações do maligno, tentação de desânimo e de medo da morte (cf. Hb 2,15). Esta assistência do Senhor pela força de seu Espírito leva o enfermo à cura da alma, mas também à do corpo, se for esta a vontade de Deus, como ensinou o Concilio de Florença (DS 1325). Além disso, “se ele cometeu pecados, eles lhe serão perdoados” (Tg 5, 15; Conc. Trento, DS 1717).

3. Perdão dos pecados

O perdão dos pecados, se o doente não pode obtê-lo pelo Sacramento da Penitência. Portanto, é preciso que se ofereça ao doente grave, a Confissão, antes da Unção dos Enfermos.

4. Cura e salvação espiritual

O restabelecimento da saúde se isto convier à salvação espiritual do doente. O Sacramento visa acima de tudo a cura do doente se isto for o melhor para ele.

5. Preparação para a vida eterna

Preparação para a passagem para a vida eterna. Se for o desígnio de Deus que a pessoa morra, então o Sacramento o preparará para morrer em paz e na confiança em Deus. Se o sacramento dos Enfermos é concedido a todos que sofrem de doenças e enfermidades graves, com mais razão ainda cabe aos que estão às portas da morte (Conc. Trento, DS 1698).

Última das unções

A Unção dos Enfermos conforma nossa vontade com a Morte e Ressurreição de Cristo. É a última das unções e graças que acompanham toda vida cristã: a do Batismo, que nos deu a nova vida; a da Confirmação, que nos fortificou para o combate desta vida. Esta última Unção fortalece o fim de nossa vida terrestre para enfrentar as últimas lutas antes da entrada na casa do Pai.

A Igreja enfatiza que a Unção dos Enfermos “não é um Sacramento só daqueles que se encontram às portas da morte. Portanto, tempo oportuno para receber a Unção dos Enfermos é certamente o momento em que o fiel começa a correr perigo de morte por motivo de doença, debilitação física ou velhice” (SC 73; cf. CDC, cân. 1004; 1005;1007).

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Dia de Santa Dulce dos Pobres pode se tornar feriado nacional

Santa Dulce dos Pobres | Guadium Press
Projeto já foi aprovado pelo Senado e agora segue para a Câmara dos Deputados, onde, caso seja aprovado, necessitará apenas da sanção presidencial para entrar em vigor.

Redação (22/11/2021 14:52, Gaudium Press) A Comissão de Educação do Senado aprovou na última quinta-feira, 18, uma proposta para a criação de um novo feriado nacional. A data recordaria a primeira santa brasileira reconhecida pela Igreja Católica: Santa Dulce dos Pobres.

Após essa aprovação do projeto, de autoria do senador Angelo Coronel (PSD-BA), o mesmo seguirá para a Câmara dos Deputados onde, caso seja aprovado, necessitará apenas da sanção presidencial para entrar em vigor.

O dia escolhido é 13 de março, data da morte da santa religiosa, que entregou sua alma à Deus no ano de 1992 em Salvador, Bahia. Inicialmente chegou a ser cogitado o dia 13 de outubro, data na qual a Santa foi canonizada, porém, o relator do projeto, senador Flávio Arns (Podemos-PR), preferiu manter o dia 13 de março, pois “as tradições religiosas da Bahia já dedicam esse dia à lembrança de Irmã Dulce”.

Santa Dulce, o anjo bom da Bahia | Guadium Press

Quem foi Santa Dulce dos Pobres?

Nascida no dia 26 de maio de 1914, na cidade de Salvador (BA) Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus.

Desejando consagrar sua vida a Deus servindo aos mais necessitados, tornou-se religiosa, passando a ser chamada de Irmã Dulce, em homenagem a sua mãe. Mais tarde, ficou popularmente conhecida como o “Anjo bom da Bahia”.

Em 1949, improvisou, no galinheiro do convento, um abrigo para acolher os doentes que eram resgatados por ela nas ruas de Salvador. Dez anos depois, um terreno foi doado para a construção do Albergue Santo Antônio. Anos mais tarde, ao lado do albergue, foi fundado o Hospital Santo Antônio, coração das Obras Sociais de Irmã Dulce.

Irmã Dulce faleceu no dia 13 de março de 1992, em sua casa, no Convento Santo Antônio. Ela foi beatificada no dia 22 de maio de 2011 e canonizada pelo Papa Francisco no dia 13 de outubro de 2019, tornando-se a primeira santa brasileira. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Saiba quando montar a sua árvore de Natal

Árvore de Natal. Foto: Pixabay (domínio público)

REDAÇÃO CENTRAL, 23 nov. 21 / 06:00 am (ACI).- Faltando poucos dias para o Natal, muitas lojas, shoppings, casas já estão decoradas para esta data; mas, quando exatamente se deve montar a árvore de Natal?

Segundo o coordenador da Comissão de Liturgia da Arquidiocese de Vitória (ES), padre Rodrigo Chagas, o dia para preparar a árvore é o primeiro domingo do Adento, que neste ano será no próximo dia 28 de novembro.

Em declarações ao site da Arquidiocese capixaba em 2020, o sacerdote explicou que muitas pessoas se deixam levar pela moda, principalmente do comércio, o qual antecipa tudo, uma vez que precisam de um tempo maior para realizar suas vendas.

Entretanto, “como a nossa meta é o Cristo, não precisamos ter tanta pressa para montar a árvore de Natal e enfeitar a casa”.

“O diferencial de nós, cristãos católicos, é que também não devemos decorar tudo no mesmo dia. É preciso começar no primeiro dia do Advento e conforme vai se aproximando o dia do Natal, decoramos cada vez mais a nossa casa até chegar a grande noite  em que Cristo, o Senhor, nasce no meio de nós”, acrescentou.

O Advento é o tempo de preparação para o Natal e, segundo padre Rodrigo, “devemos estar recolhidos em nossas orações”.

“E em relação aos enfeites, esse momento da decoração da casa, deve ser vivido a cada domingo. Assim como vamos acendendo em nossas comunidades a coroa do Advento, para iluminar cada vez mais a nossa igreja, também nós devemos acender a esperança da chegada de Jesus em nosso coração, nossa casa, nossa vida e nossa família”, afirmou.

O sacerdote também falou sobre a data para desmontar a árvore e retirar os enfeites natalinos de casa. Segundom ele, deve ser no dia 6 de janeiro, solenidade da Epifania do Senhor aos Reis Magos, quando se comemora a manifestação de Deus no meio de nós, pela vinda do seu próprio filho.

“Então, se Cristo está conosco, Ele habita entre nós e armou sua tenda entre nós. Por isso, não precisamos mais dessas manifestações externas do nascimento do Senhor, porque Ele se manifesta e está presente dentro de nós que somos batizados”, afirmou.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Ano Jubilar Missionário: Igreja do Brasil celebra o ano de 2022

Ano Jubilar Missionário: Igreja do Brasil celebra o ano de 2022 

O Ano Jubilar Missionário terá como lema “Sereis minhas testemunhas” (At 1,8) escolhido pelo Papa Francisco como mensagem do Dia Mundial da Missões de 2022. Apresentada a logo que vai marcar as atividades durante o ano.

Vatican News

No sábado, 20 de novembro, data em que as Pontifícias Obras Missionárias celebraram 43 anos no Brasil, foi realizado o lançamento do Ano Jubilar Missionário. Com a temática “A Igreja em estado permanente de missão”, o Ano Jubilar Missionário terá como lema “Sereis minhas testemunhas” (At 1,8) escolhido pelo Papa Francisco como mensagem do Dia Mundial da Missões de 2022.

https://youtu.be/Q98AimtzJRU

Identidade visual do Ano Jubilar Missionário

Durante a live de lançamento foi apresentada a logo que vai marcar as atividades durante o ano. A identidade visual do Ano Jubilar Missionário compõe alguns elementos que expressam a intencionalidade dos jubileus celebrativos: o globo, o mapa do Brasil, a cruz missionária, o ano 2022, as cores dos cinco continentes e a cor dourada que remete ao jubileu.

O conjunto da arte está em movimento, expressando o dinamismo missionário que brota da Trindade, ou seja, a missão é uma só, ela é de Deus (Missio Dei) e nasce do “amor fontal do Pai” (AG 2), que se expande, se comunica, sai de si e transborda sem fronteiras. O amor de Deus é um impulso gratuito, de dentro para fora, e de um jeito de ser que tem como origem e fim a vida divina (Cf. DAp 348).

O logo expressa uma grande explosão missionária que, em 1972, marcou um novo impulso para a missão da Igreja do Brasil e que, em 2022, abre-se em medida maior para missão sem fronteiras para alcançar a todas as pessoas, em todas as nações. Dois grandes projetos do Programa Missionário Nacional vão nessa mesma direção, de expandir a consciência missionária orientada a universalidade. Será um tempo oportuno para dar continuidade e fortalecer o projeto Ad Gentes e projeto Igrejas Irmãs da CNBB.

A temática “A Igreja em estado permanente de missão” segue as intuições do documento de Aparecida, que compreende a missão com identidade da Igreja, ou seja, não é algo optativo, uma atividade da Igreja entre outras, mas a sua própria natureza. A Igreja é missão!

https://youtu.be/c5VBhYfDa2A

O que celebramos em 2022

No âmbito nacional, os motivos jubilares são:

  • 50 anos de criação do Conselho Missionário Nacional (COMINA);
  • 50 anos das Campanhas Missionárias;
  • 50 anos dos Projetos Igrejas Irmãs;
  • 50 anos do Conselho Missionário Indigenista (CIMI);
  • 50 anos do Documento de Santarém;
  • 60 anos do Centro Cultural Missionário (CCM);
  • 70 anos da criação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

No âmbito internacional vamos celebrar:

  • 400 anos de criação da Congregação para Evangelização dos Povos;
  • 200 anos do nascimento da Pontifícia Obra da Propagação da Fé (POPF), fundada em 1822 pela venerável Paulina Jaricot;
  • 150 anos do nascimento do beato Paolo Manna, PIME, fundador da Pontifícia União Missionária;
  • 100 anos do motu próprio Romanorum Pontificum do Papa Pio XI, com o qual, em 1922, designou as Obras Missionárias como Pontifícias.

Presidentes da CNBB e CRB falam sobre o Ano Jubilar Missionário

Durante a live de lançamento do Ano Jubilar Missionário, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lembrou sobre a importância da vida missionária na Igreja. “Ser missionário e missionária é compromisso de cada cristão batizado, daqueles que são verdadeiramente discípulos e discípulas de Jesus Cristo. Quem segue Jesus experimenta uma força interior que conduz à missão. Sabe que não pode egoisticamente guardar somente para si o dom da fé, mas deve partilhá-lo para que outras pessoas também possam seguir a Jesus e viver essa experiência do maior e mais importante encontro da nossa vida. Assim, cada missionário e missionária ajuda a mudar o mundo, pois os discípulos de Cristo são convocados a viver no horizonte do amor de Deus. A fé autenticamente vivida muda relações, quebra indiferença em relação aos que sofrem, inquieta consciências diante de situações de abandono ou de injustiça”.

Ir. Maria Inês Ribeiro, presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), destacou as comemorações dos 50 anos do COMINA. “Enfatizamos o jubileu de ouro do Conselho Missionário Nacional, que é vinculado à Comissão Episcopal Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB. Trata-se de um tempo oportuno, um kairós, para elevarmos o nosso coração ao Deus da vida e da misericórdia pela trajetória missionária e profética, percorrida por esses organismos e projetos ao longo da nossa história no Brasil”.

Fonte: POM

https://www.vaticannews.va/

Santa Felicidade e sete irmãos

Santa Felicidade e sete irmãos | diocesedeblumenau
23 de novembro
SANTA FELICIDADE E SETE IRMÃOS

“Nos tempos do imperador Antonino, foi presa e encarcerada a nobre senhora Felicidade com seus sete cristianíssimos filhos”. Assim começam as Atas do martírio de santa Felicidade e dos seus sete filhos que certos estudiosos acham que não podem ser autênticas, embora muito antigas. É bastante evidente neste documento a inspiração em dois outros clamorosos casos de martírio coletivo, de uma mãe juntamente com sete filhos: o caso dos irmãos Macabeus, de que fala a Sagrada Escritura no capítulo 7 do segundo livro dos Macabeus e aquele de santa Sinforosa.

Parece até que não se possa falar de sete verdadeiros irmãos, embora isso venha afirmado por são Gregório Magno. Este, de fato, acolhendo o pedido de santa Teodolinda, enviou-lhe algumas gotas de óleo da lâmpada que ardia próximo ao sepulcro da mártir. Ora, como estivesse ali ao lado também uma gravura mural que representava santa Felicidade, juntamente com outras sete figuras, foi o suficiente para o grande papa declarar que se tratava dos protagonistas das Atas de santa Felicidade e identificar as outras figuras como sendo os sete filhos da mártir. E por ocasião de uma celebração litúrgica na basílica edificada sobre o túmulo de santa Felicidade pelo papa Bonifácio I, o próprio são Gregório Magno aproveitou muita coisa da Paixão para a sua homilia.

De qualquer modo, está fora de dúvida, que existiram efetivamente, além de santa Felicidade, sete mártires, cujos nomes são lembrados no Martirológio Romano, juntamente com a forma do martírio: “Em Roma (festeja-se) a paixão dos santos sete irmãos mártires, isto é, Januário, Félix, Filipe, Silvano, Alexandre, Vidal e Marcial no tempo do imperador Antonino, quando era prefeito da cidade Públio. Entre esses, Januário, após ter sido açoitado com varas e padecido no cárcere, foi morto com flagelos chumbados; Félix e Filipe foram mortos a cacete; Silvano foi jogado num precipício; Alexandre, Vidal e Marcial foram punidos com sentença capital”.

As Atas do martírio concluem com este grito de triunfo: “Assim, mortos por diversos suplícios foram todos vencedores e mártires de Cristo e, triunfando com a mãe, voaram ao céu para receber os prêmios que tinham merecido. Eles que, por amor a Deus desprezaram as ameaças dos homens, as penas e os tormentos, tornaram-se no reino dos céus amigos de Cristo, que, com o Pai e o Espírito Santo, vive e reina por todos os séculos. Amém”.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

Fonte: https://www.diocesedeblumenau.org.br/

São Columbano, abade

São Columbano | arquisp
23 de novembro

São Columbano

Catequizada por são Patrício no século V, a Irlanda deu à Europa medieval inúmeros monges missionários que espalharam e fizeram crescer a Igreja cristã. Da "ilha dos santos" para a Europa, eles vieram, austeros, retos e amorosamente motivados, dar origem à chamada "peregrinação pelo Senhor". Além de expandir muito as regiões de fé cristã, colaboraram para a renovação cultural do velho continente. Um de grande relevância foi o monge Columbano, nascido por volta do ano 540 na cidade de Leinster.

Esse irlandês era um nobre rico, culto e dotado de inteligência incomum. Ele próprio se iniciou no estudo das Sagradas Escrituras. Depois, estudou as ciências humanas e a teologia em um mosteiro da Irlanda do Norte, em Bangor, considerado o de regras mais rígidas de todo país. Teve como orientador espiritual o próprio abade, santo Comgall. Passou décadas e mais décadas de ilha em ilha, onde os mosteiros floresciam. Ele mesmo fundou um em Bangor, que se tornou célebre também, e onde, por uma década, foi professor dos noviços.

Contemporâneo dos mais destacados religiosos de sua época, estudou ao lado de muitos deles, alguns dos quais se tornaram santos. Aos cinqüenta anos, deixou seu país para atuar como missionário, acompanhado de outros doze monges. E passou para a história da Igreja por sua presença de visionário reformador e fundador de mosteiros, dono de uma singular personalidade que unia vigor e poesia, determinação férrea e descuidada improvisação. Mas também, e principalmente, pela rigidez das regras de disciplina imposta aos monges dos seus mosteiros.

Chegou, em 590, na Europa decadente daqueles tempos medievais, entrando pela França, onde fundou o primeiro mosteiro em Luxeuil, a seguir outros dois na região da Borgonha. Assim, atraiu centenas de seguidores, reavivando a fé cristã. Depois, foi a vez da Suíça, onde deixou o discípulo Gallo, agora santo, o qual fundaria, mais tarde, um célebre mosteiro que perpetua o seu nome.

Finalmente, chegou na Itália, onde a fama de sua sabedoria e santidade já era conhecida. Atuou como conselheiro do rei dos longobardos, mas indispos-se com ele por causa da sua oposição aos hereges arianos. Foi para as montanhas da Ligúria, entre Gênova e Pávia, onde ergueu a igreja e o Mosteiro de Bobbio, que tantos frutos daria ao catolicismo no futuro. Nele, o abade Columbano morreu no dia 23 de novembro de 615. E essa é a data da festa para a sua celebração.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

São Clemente I, papa

S. Clemente I, papa | Vatican News
23 de novembro
SÃO CLEMENTE I , PAPA

Clemente foi o quarto Papa da Igreja de Roma, ainda no primeiro século. Vivia em Roma e foi contemporâneo de São João Evangelista, São Felipe e São Paulo. A antiga tradição cristã o apresenta como filho do senador Faustino, da família Flávia, parente do imperador Domiciano

Governou a Igreja por longo período, do ano 88 ao 97, no qual levou adiante a evangelização, firmemente centrada nos princípios da doutrina. Foi considerado o autor da célebre Carta aos Coríntios. Através da Carta, Clemente I os animou a perseverarem na , na caridade ensinada por Cristo e participarem da união com a Igreja. 

Restabeleceu o uso da Crisma, seguindo a tradição de São Pedro e instituiu o uso da expressão "Amém" nos ritos religiosos. Com sua atuação séria e exemplar, converteu até Domitila, irmã do imperador Domiciano, fato que ajudou muito para amenizar a sangrenta perseguição aos cristãos. Por causa de suas ações, o papa Clemente I acabou exilado na Criméia, onde encontrou milhares de cristãos abandonados.  

Passou a encorajá-los a perseverarem na fé e converteu muitos outros pagãos. Novamente, suas atitudes desagradaram as lideranças pagãs. O imperador mandou jogá-lo ao mar Negro com uma âncora amarrada ao pescoço. Tudo aconteceu no dia 23 de novembro do ano 101.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.

Reflexão
O Papa São Clemente I, na sua Carta aos Coríntios, faz-nos este convite: "Olhemos para o Pai e Criador de todo o universo. Afeiçoemo-nos aos dons e benefícios da paz, magníficos e sublimes. O Criador e Senhor do universo dispôs que todas as coisas acontecessem em paz e na concórdia, bondoso para com tudo e, de modo particular, para conosco que recorremos à sua piedade por intercessão de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Oração
Senhor Jesus, vós que confiastes a Pedro o cuidado de vossas ovelhas, infundi vosso Espírito em vosso sucessor, o Papa. Que ele se alimente de vossa vontade e guie a Igreja segundo os desígnios do Pai que Vós mesmo revelastes. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Padre e crianças católicas entre os feridos do atropelamento da parada de Natal nos EUA

Cena do atropelamento em Waukesha / Getty Images

REDAÇÃO CENTRAL, 22 nov. 21 / 04:00 pm (ACI).- Um padre, alguns paroquianos e crianças de escola católicas se feriram quando um veículo SUV atropelou um desfile de Natal em Waukesha, Wisconsin, EUA, ontem, 21 de novembro, segundo a arquidiocese de Milwaukee.

“Rezamos pelas pessoas que foram feridas e mortas nesse trágico incidente em Waukesha”, disse a diretora de comunicação da diocese, Sandra Peterson. “Por favor, juntem-se a nós em oração por todos os envolvidos, suas famílias e os que ficaram traumatizados por testemunhar a cena horrível.

Segundo as autoridades locais, ao menos cinco pessoas morreram e 40 ficaram feridas quando o motorista de um SVU vermelho rompeu as barreiras e avançou contra uma pequena multidão que desfilava pela rua principal do subúrbio de Milwaukee às 16hs de ontem. Vídeos postados nas redes sociais mostram um veículo acelerando rumo à parada momentos antes de os desfilantes serem atingidos, com a polícia na perseguição.

A comunidade católica de Waukesha, que tem quatro paróquias, informou que vários membros da comunidade foram hospitalizados.

O departamento de polícia de Waukesha mantém sob custória uma pessoa ligado ao evento.

“Continuamos a monitorar o impacto do trágico evento de ontem e a ministrar para nossos paroquianos e para todos os que estavam no local”, diz a comunidadde em sua página do Facebook.

“É nas nossas horas mais difíceis que nós, como comunidade, nos voltamos ao Senhor em busca de refúgio, força e amor. Por favor junte-se a nós com sua comunidade em oração.”

Fonte: https://www.acidigital.com/

Por que o padre beija o altar no início da Missa?

Pascal Deloche I Godong
Por Philip Kosloski

O significado de um dos mais antigos costumes litúrgicos, que remonta ao século IV.

Antes da celebração de cada Missa, o padre se aproxima do altar e o beija. Para algumas pessoas, essa prática parece bastante estranha, pois os altares são objetos materiais de pedra ou madeira e não parecem justificar qualquer reverência particular.

Mas qual o verdadeiro significado por trás desse costume antigo?

Beijar objetos sagrados  faz parte de várias religiões há milhares de anos. A prática vem de culturas em que o beijo era visto como um sinal de respeito ou usado como saudação – e foi naturalmente aplicado a objetos que representavam o divino.

À medida que os cristãos desenvolveram a liturgia, eles adaptaram os costumes de sua própria cultura e deram-lhes um novo significado. Beijar o altar era uma dessas tradições, e esse gesto foi rapidamente incorporado às ações do sacerdote na Missa.

Sacrifício da Missa

O altar tem fundamental importância na conexão com o Santo Sacrifício da Missa que se celebra sobre ele. Foi estabelecido para este propósito e o bispo o consagra quando é instalado em uma nova igreja.

A cerimônia de consagração imita, de certa forma, o batismo de um novo cristão, pois o bispo usa óleos santos para abençoar o altar e o veste com uma roupa branca depois das orações.

Simbolicamente, o altar costuma ser a representação de Jesus Cristo, a “pedra angular” da Igreja (cf. Efésios 2:20). Durante a história da liturgia, o sacerdote às vezes beijava o altar antes de abençoar as pessoas, demonstrando que benção vinha de Deus, não dele.

Além disso, ao longo do tempo, as relíquias de santos foram inseridas no altar. Quando o padre o beija, ele também estaria beijando as relíquias.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF