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domingo, 2 de janeiro de 2022

Papa: com o novo ano os problemas não desaparecem, mas Deus está conosco

O Papa Francisco durante a homilia das Vésperas da Solenidade de Maria Mãe
de Deus | Vatican News

Na celebração das vésperas da Solenidade de Maria Santíssima, o Papa afirmou que este tempo de pandemia aumentou em nós o sentimento de perda. Depois de uma primeira fase de reação, em que nos sentimos solidários na mesma barca, difundiu-se a tentação do “salve-se quem puder”. “Mas graças a Deus reagimos novamente, com o sentido de responsabilidade."

Bianca Fraccalvieri – Vatican News

Para que o novo ano seja diferente do anterior, é preciso estupor e gratidão, disse o Papa Francisco em sua homilia na celebração das Vésperas na Basílica de São Pedro, com o canto do Te Deum, em agradecimento pelo ano que passou.  A celebração foi presidida pelo Decano do Colégio Cardinalício, cardeal Giovanni Battista Re. O Papa Francisco acompanhou a missa de seu assento posicionado em frente ao altar da Confissão. 

Estupor para que o amanhã seja diferente

Há motivos para agradecer, não obstante a pandemia. Em sua homilia, o Papa recordou que a Liturgia desses dias convida a despertar em nós a maravilha pelo mistério da Encarnação. E não se pode celebrar o Natal sem estupor, recordou Francisco. Mas não um estupor que se limite a uma emoção superficial, ligada à exterioridade da festa ou, pior, ao frenesi consumista.

“Se o Natal se reduz a isso, nada muda: amanhã será igual a ontem, o próximo ano será como o que passou e assim por diante.”

Mas é preciso acolher o centro do mistério do nascimento de Cristo e o centro é este: “O Verbo se fez carne e veio habitar entre nós”.

Os problemas existem, mas não estamos sós

E é Maria quem nos reconduz à verdade do Natal. Ela é a primeira testemunha e a maior, porque é a mais humilde. O seu coração está repleto de estupor, sem romantismos, porque a maravilha cristã tem origem não em efeitos especiais, mas no mistério da realidade.

Para o Papa, não há nada de mais maravilhoso e impressionante do que a realidade, do que uma mãe que segura o filho em seus braços e o amamenta.

Por isso, o estupor de Maria e o da Igreja é repleto de gratidão, porque contemplando o Filho sentimos a proximidade de Deus, que não abandona o seu povo. É o Deus-conosco. Os problemas não desaparecem, mas não estamos sós. Ele, o Unigênito, se faz primogênito entre os irmãos, para reconduzir a todos nós à casa do Pai.

Afastar a tentação do "salve-se quem puder"

Este tempo de pandemia, afirmou Francisco, aumentou em nós o sentimento de perda. Depois de uma primeira fase de reação, em que nos sentimos solidários na mesma barca, difundiu-se a tentação do “salve-se quem puder”.

“Mas graças a Deus reagimos novamente, com o sentido de responsabilidade. Realmente podemos e devemos dizer ‘graças a Deus’ porque a escolha da responsabilidade solidária não vem do mundo, vem Deus; ou melhor, vem de Jesus Cristo.”

Antes de concluir sua homilia, o Papa dedicou algumas palavras para falar da cidade de Roma, onde todos se sentem irmãos diante de sua vocação de abertura universal.

“Roma é uma cidade maravilhosa, que não para de encantar”, mas pode ser cansativa para quem vive e nem sempre digna para os moradores e turistas. O apelo de Francisco é para deixar de lado a tendência a descartar, de modo que todos possam maravilhar-se descobrindo na cidade uma beleza “coerente” e que suscita gratidão.  

O convite final do Pontífice é para seguir o Menino: “Sigamo-Lo no caminho cotidiano. Ele dá plenitude ao tempo, dá sentido às obras e aos dias. Vamos confiar nos momentos felizes e naqueles dolorosos: a esperança que Ele nos doa é a esperança que não desilude.”

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santo Basílio Magno

S. Basílio Magno \ arquisp
02 de dezembro

Santo Basílio Magno

Basílio nasceu em Cesaréia da Turquia, antiga Capadócia, no ano 329. Pertencia a uma família de santos. Seu avô morreu mártir na perseguição romana. Sua avó era Santa Macrina e sua mãe, Santa Amélia. A irmã, cujo nome homenageia a avó, era religiosa e se tornou santa. Também, seus irmãos: São Pedro, bispo de Sebaste e São Gregório de Nissa, e seu melhor amigo São Gregório Nazianzeno, são honrados pela Igreja.

Basílio estudou em Atenas e Constantinopla. Mas, foi sua irmã Macrina que o levou para a vida religiosa. Ela havia fundado um mosteiro onde as religiosas progrediam muito em santidade. Basílio decidiu ir para o Egito aprender com os monges do deserto este modo de viver em solidão. Voltou, se consagrou monge e escreveu suas famosas "Constituições", a primeira Regra de vida espiritual destinada aos religiosos. Neste livro se basearam os mais famosos fundadores de comunidades ao redigir os Regulamentos de suas Congregações. Basílio foi eleito bispo de Cesaréia, e nesta época o representante do Império tentou fazer com que ele renegasse a Fé, mas ele não o fez. Mesmo tendo a saúde muito frágil, Basílio o enfrentou com um discurso tão eloqüente, que este representante desistiu de castigá-lo, percebendo sua admirável santidade e porque já era venerado pelo povo.

Por sua oratória maravilhosa, seus admiráveis escritos e suas inúmeras obras de assistência,
que fez em favor do povo, foi chamado "Basílio Magno". Era amado por cristãos, judeus e pagãos. Além de sua arrebatadora eloqüência, Basílio mantinha uma intensa atividade em favor dos pobres. Doava tudo o que ganhava à eles. Foi o primeiro bispo a fundar um hospital para aos carentes e depois criou asilos e orfanatos.

Muito culto e profundo conhecedor de teologia, filosofia e literatura, seus sermões são repletos de citações da Sagrada Escritura. Escreveu seus textos de maneira agradável, clara, profunda e convincente, dentre os quais, cerca de quatrocentas cartas de rara beleza e de proveitosa leitura para a alma.

Seu pensamento era: depois do amor à Deus, ajudar, e fazer os outros ajudarem, os pobres e marginalizados.Trabalhava e escrevia sem cessar, apesar da saúde débil. Sofrendo de hepatite, quase não podia se alimentar, a ponto de sua pele tocar os ossos.

Morreu em 1o. de janeiro de 379, com apenas quarenta e nove anos e foi sepultado no dia seguinte, seguido por uma multidão como nunca acontecera naquela região. Seu amigo de vida e de fé, São Gregório Nazianzeno, também comemorado nesta data; disse no dia do enterro: "Basílio santo, nasceu entre os santos. Basílio pobre viveu pobre entre os pobres. Basílio, filho de mártires, sofreu como um mártir. Basílio pregou sempre; com seus lábios e com seus exemplos, e seguirá pregando sempre com seus escritos admiráveis".

A Igreja autorizou o seu culto, que foi mantido conforme a tradição, no dia 2 de janeiro, dia em que foi sepultado.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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Santo Gregório Nazianzeno

S. Gregório de Nazianzeno | arquisp
02 de dezembro

Santo Gregório Nazianzeno

Gregório nasceu no ano 329, numa família muito devota, na Capadócia, atual Turquia. Seu pai foi eleito bispo da cidade de Nazianzo e teve o cuidado para que seu filho fosse educado nas melhores escolas e academias da Antiguidade. Desde pequeno demonstrava um forte temperamento místico e inclinação para a vida de monge.

Ele passou quase dez anos em Atenas como estudante, onde cultivou uma fiel amizade com São Basílio, cujo culto também se comemora hoje. Durante este período desenvolveu, de vez, sua capacidade para a poesia, literatura e retórica. Não cedendo à tentação de viver entre a frivolidade de oradores e filósofos, ao contrário, se aprimorou numa profunda vida religiosa, junto com seu fiel amigo.

Ao regressar a Nazianzo recebeu o Batismo das mãos de seu próprio pai e, mais tarde, a Ordem sacerdotal para poder ajuda-lo na pastoral da sua diocese. Como estava vaga a diocese de Sásimos, na Ásia Menor, o então bispo São Basílio o consagrou à dignidade episcopal desta sede. Tornou-se um famosíssimo orador e teólogo sendo muito perseguido pelos arianos. Por isto, preferiu desistir da vida episcopal e se recolher num mosteiro onde se dedicava inteiramente às orações, à meditação, ao estudo do Evangelho.

Em virtude de sua grande erudição teológica e seus claros conhecimentos sobre a discutida cristologia dos primeiros tempos, foi escolhido para ser o bispo de Constantinopla. Neste caso, mesmo sob pressão dos inimigos, Gregório aceitou ser declarado patriarca desta metrópole e nesta posição presidiu o primeiro Concílio Ecumênico da Igreja alí sediado em 381, que triunfou a doutrina da Santíssima Trindade ortodoxa, ou seja, reconheceu a divindade do Espírito Santo.

Mesmo com seu caráter demasiado sensível, suportou as dificuldades da administração de uma diocese. Mas as perseguições arianas foram tantas que novamente se viu obrigado a abdicar do cargo, voltando para sua solidão de monge, para o trabalho literário, ao exercício de meditação e aos mistérios de Deus.

Gregório morreu no ano 390. Dentre o seu legado encontramos quase cinqüenta sermões e duzentas e quarenta e quatro cartas, que tratam, em especial, sobre a verdadeira divindade do Espírito Santo e da santidade da Virgem Maria como Mãe de Deus.

Sua inspiração poética também nos presenteou com cerca de quatrocentos poemas. Seus sermões e escritos deixaram um tesouro de testemunho ortodoxo, em um tempo de muita confusão e luta interna na Igreja de Roma.

A Igreja o incluiu no Calendário dos Santos mantendo seu culto no dia 2 de janeiro, como sempre foi venerado. São Gregório de Nazianzeno junto com São Basílio Magno, e o irmão mais novo deste, chamado de São Gregório de Nissa, receberam o título de "Os três capadócios".

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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sábado, 1 de janeiro de 2022

DIA MUNDIAL DA PAZ

Dia Mundial da Paz | CNBB

NO DIA MUNDIAL DA PAZ, 1º DE JANEIRO, A CNBB CONVIDA PARA A PRIMEIRA JORNADA DE ORAÇÃO E MISSÃO DE 2022

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza a primeira Jornada de Oração e Missão pela Paz de 2022, no próximo Dia Mundial da Paz, dia 1º de janeiro. A Jornada de Oração e Missão é promovida pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que sofre (ACN) desde abril deste ano, quando foi realizada, dia 1º daquele mês, a Jornada de Oração pelo Haiti.

No primeiro dia do ano, comemora-se o Dia Mundial da Paz. Essa data foi criada pelo Papa Paulo VI em 1967. Apesar da origem, o intuito era compartilhar o sentimento de paz entre todos os homens, independente da religião, conforme desejo de Paulo VI. Em suas palavras a proposta não tem a pretensão de ser qualificada como uma data exclusivamente católica ou religiosa. “Antes seria para que ela encontrasse verdadeira adesão junto a todos os amigos da paz”, expressou.

Nesta jornada, de acordo com o assessor da Comissão para Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, padre Daniel Rochetti, os brasileiros são convidados a recordar de todos os países pelos quais a jornada rezou em 2021 e também a rezar por todas as situações que pedem uma atitude orante, intercessora e semeadora de paz e de Esperança.

“Neste dia 1º de janeiro, nos unimos à Igreja Católica em todo o mundo, na tradicional Jornada de Oração pela Paz. Já fazem anos que o dia primeiro de cada ano é um dia de oração pela paz. Que seja assim também neste ano que se inicia: uma oração ao Deus da Vida para que, em nome de Jesus Cristo, Seu Filho e Nosso Salvador, a paz como dom do Espírito Santo seja derramada em toda a criação, movendo homens e mulheres na busca da justiça e do pão para todos”, motiva o assessor da Comissão para Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB.

Jornada de Oração como agir missionário

De acordo com o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Daniel Rochetti, a Jornada de Oração e Missão faz parte de uma série que coloca o valor da oração como “agir missionário” e propõe que cada cristão católico dedique um tempo do dia para rezar por determinado país.

“Durante todo o ano de 2021, inspirados pelo exemplo da padroeira das Missões, Santa Teresinha do Menino Jesus, a Igreja do Brasil foi incentivada a rezar pelas missões, e assim, tornar-se realmente missionária. De fato, os Papas sempre ensinam que uma das formas de contribuir com a missão da Igreja missionária é através da oração”, recorda-se o padre Daniel.

Ele ressalta ainda que as jornadas são um convite para contribuir, especialmente, com a oração que é uma das formas mais significativas de colaborar com o trabalho missionário. Em 2021, foram realizadas as seguintes Jornadas de Oração e Missão pelos países, sempre no primeiro dia de cada mês: Etiópia, em 1°/12; Bolívia, em 1º/11; Madagascar, em 1º/10; Afeganistão, em 1º/9; Terra Santa, em 1º/8;  Moçambique, em 1º/7;  Sudão do Sul, em 1º/6; Haiti, em 1º/5 e Myanmar, em 1º/04.

Assista ao vídeo motivador da 1ª Jornada de Oração e Missão de 2022:

https://youtu.be/qk2ls0IHAx4

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

O que significa “Theotokos”?

Public Domain
Por Ricardo Sanches

Entenda a origem do termo que se refere à Maria, Mãe de Deus.

A palavra “Theotokos” tem origem grega e quer dizer “aquela que deu à luz, a parturiente, a genitora de Deus”. É, portanto, a expressão que a Igreja encontrou para se referir à Maria, Mãe de Deus e todo o mistério de sua maternidade.

De fato, desde o princípio, a Igreja buscava uma palavra para se referir à Bem-Aventurada Virgem Maria e o seu grandioso papel na história da salvação.

A origem do termo

Já no século V, foi aberto o debate durante o Conselho Ecumênico na cidade de Éfeso. Depois de várias argumentações, ficou decidido que “Theotokos” era o termo ideal para se referir à Maria, Mãe de Deus.

Assim, a escolha pelo título de “Theotokos” foi um ponto crucial na história da Igreja. O título, de fato, evidenciava a crença da Igreja em Jesus Cristo e dava uma confirmação adicional sobre a natureza da encarnação de Cristo, bem como o papel da Virgem Maria e do Espírito Santo.

O que diz o Catecismo

Catecismo da Igreja Católica confirma a maternidade divina de Maria e faz referência ao termo “Theotokos”:

Chamada nos evangelhos «a Mãe de Jesus» (Jo 2, 1; 19, 25)(150), Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito Santo e desde antes do nascimento do seu Filho, como «a Mãe do meu Senhor» (Lc 1, 43). Com efeito, Aquele que Ela concebeu como homem por obra do Espírito Santo, e que Se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne, não é outro senão o Filho eterno do Pai, a segunda pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é, verdadeiramente, Mãe de Deus («Theotokos») .

(CIC 495)

A festa de Maria Mãe de Deus

A festa de Maria Mãe de Deus nem sempre foi celebrada no primeiro dia do ano civil. O Papa Pio XI, em 1931, estabeleceu a festa da Divina Maternidade de Maria em 11 de outubro.

Foi no Concílio Vaticano II que a data foi transferida para 1º de janeiro, levando o nome de Solenidade de Maria, Mãe de Deus.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Solenidade da Santa Mãe de Deus

RCCBrasil

Solenidade da Santa Mãe de Deus

01 de janeiro

A primeira celebração da Igreja Católica no ano é dedicada a Nossa Senhora, a Santa Mãe de Deus. Abrir um novo ano celebrando a Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo nos faz lembrar que a salvação através de Nosso Senhor, chegou pelo sim de uma mulher, de uma virgem que deu seu “sim” a Deus.

Este título traz em si um dogma que dependeu de dois Concílios: em 325, o Concílio de Nicéia; e, em 381, o de Constantinopla. Esses dois concílios trataram de responder a respeito desse mistério da consubstancialidade de Deus uno e trino, Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

No século IV, ensinava o bispo Santo Atanásio: “A natureza que Jesus Cristo recebeu de Maria era uma natureza humana. Segundo a divina Escritura, o corpo do Senhor era um corpo verdadeiro, porque era um corpo idêntico ao nosso”.

No terceiro Concílio Ecumênico, em 431, Maria Santíssima foi aclamada Mãe de Deus, em grego, Theotókos. Deus se fez carne por meio de Maria, começou a fazer parte de um povo, constituiu o centro da história. Ela é o ponto de união entre o céu e a terra.

“O Verbo de Deus veio em auxílio da descendência de Abraão, como diz o Apóstolo. Por isso devia fazer-se em tudo semelhante aos irmãos (Hb 2,16-17) e assumir um corpo semelhante ao nosso. Eis por que Maria está verdadeiramente presente neste mistério; foi dela que o Verbo assumiu, como próprio, aquele corpo que havia de oferecer por nós. A Sagrada Escritura, recordando este nascimento, diz: Envolveu-o em panos (Lc 2,7); proclama felizes os seios que o amamentaram e fala também do sacrifício oferecido pelo nascimento deste Primogênito. O anjo Gabriel, com prudência e sabedoria, já o anunciaram a Maria; não lhe disse simplesmente: aquele que nascer em ti, para não se julgar que se tratava de um corpo extrínseco nela introduzido; mas: de ti (cf. Lc 1, 35Vulg.), para se acreditar que o fruto desta concepção procedia realmente de Maria.” (Ofício das Leituras da Solenidade da Santa Mãe de Deus)

Maria Santíssima, rogai por nós!

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Papa: o olhar materno é o caminho para renascer. Ferir uma mulher é ultrajar a Deus

Papa Francisco na Solenidade da Mãe de Deus, 1º de janeiro 2022 | Vatican News

A homilia do Papa Francisco na missa na Solenidade de Maria Santíssima é uma homenagem a todas as mães e mulheres. “Há necessidade de pessoas capazes de tecer fios de comunhão, que contrastem os numerosos fios de arame farpado das divisões.”

Bianca Fraccalvieri – Vatican News

O ano novo começa sob o signo de Maria, com o Papa Francisco presidindo à celebração eucarística na Basílica Vaticana.

Na Solenidade da Mãe de Deus, o Pontífice dedicou sua homilia a Maria e a todas as mães que, como ela, suportam o “escândalo da manjedoura”.

Esta foi a expressão usada por Francisco para falar do nascimento de Jesus. O Filho de Deus nasce sem nenhuma via preferencial, nem sequer um berço! Como então harmonizar o trono do rei e a pobre manjedoura? Como conciliar a glória do Altíssimo e a miséria de um estábulo?

“Que há de mais duro, para uma mãe, do que ver o seu filho sofrer a miséria?”

Escândalos da manjedoura

E mesmo assim, Maria – diz o Evangelho – guardava todas estas coisas, meditando-as no seu coração» (Lc 2, 19). As adversidades, aliás, têm o poder de fazer amadurecer a fé e também nós temos que lidar com “escândalos da manjedoura”, com o choque entre expectativa e realidade.

Mas hoje a Mãe de Deus nos ensina a tirar proveito deste choque, pois não se pode ressuscitar sem cruz. “É como um parto doloroso, que dá vida a uma fé mais madura.”

Para superar o choque entre o ideal e o real, é preciso fazer como Maria: guardar e meditar. Aceitar e superar, como fazem as mães mundo afora:

“Este olhar inclusivo, que supera as tensões guardando e meditando no coração, é o olhar das mães; é o olhar com que muitas mães abraçam as situações dos filhos. É um olhar concreto, que não se deixa condicionar pelo desconsolo nem se deixa paralisar perante os problemas, mas os coloca num horizonte mais amplo.”

O Papa cita as mães que assistem um filho doente ou em dificuldade: “Quanto amor há nos seus olhos, banhados de lágrimas, que ao mesmo tempo sabem inspirar motivos de esperança!”

É isto que fazem as mães: sabem superar obstáculos e conflitos, sabem infundir a paz. “Há necessidade de pessoas capazes de tecer fios de comunhão, que contrastem os numerosos fios de arame farpado das divisões.”

O novo ano começa sob o signo da Mãe

Francisco então indica o modelo a seguir:

“O olhar materno é o caminho para renascer e crescer. As mães, as mulheres olham o mundo não para o explorar, mas para que tenha vida.”

E enquanto as mães dão a vida e as mulheres guardam o mundo, o apelo do Papa é para que todos se empenhem em promover as mães e proteger as mulheres.

“Quanta violência existe contra as mulheres! Basta! Ferir uma mulher é ultrajar a Deus, que tomou de uma mulher a humanidade.”

“No início do Ano Novo, coloquemo-nos sob a proteção desta mulher, a Mãe de Deus, que é nossa mãe. Que Ela nos ajude a guardar e meditar tudo, sem ter medo das provações, na jubilosa certeza de que o Senhor é fiel e sabe transformar as cruzes em ressurreições”, foram os votos do Pontífice.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Maria, Mãe de Deus

Maria, Mãe de Deus | arquisp
01 de janeiro

Maria, Mãe de Deus

Natividade, primeiro dia do ano novo, o calendário dos santos se abre com a festa de Maria Santíssima, no mistério de sua maternidade divina. Escolha acertada, porque de fato Ela é "a Virgem mãe, Filha de seu Filho, humilde e mais sublime que toda criatura, objeto fixado por um eterno desígnio de amor" (Dante). Ela tem o direito de chamá-lo "Filho", e Ele, Deus onipotente, chama-a, com toda verdade, Mãe!

Foi a primeira festa mariana que apareceu na Igreja ocidental. Substituiu o costume pagão das dádivas (strenae) e começou a ser celebrada em Roma, no século IV. Desde 1931 era no dia 11 de outubro, mas com a última revisão do calendário religioso passou à data atual, a mesma onde antes se comemorava a circuncisão de Jesus, oito dias após ter nascido.

Num certo sentido, todo o ano litúrgico segue as pegadas desta maternidade,começando pela solenidade da Anunciação, a 25 de Março, nove meses antes da Natividade. Maria concebeu por obra do Espírito Santo. Como todas as mães, trouxe no próprio seio aquele que só ela sabia que se tratava do Filho unigênito de Deus, que nasceu na noite de Belém.

Ela assumiu para si a missão confiada por Deus. Sabendo, por conhecer as profecias, que teria também seu próprio calvário, enquanto mãe daquele que seria sacrificado em nome da salvação da Humanidade. Deus se fez carne por meio de Maria. Ela é o ponto de união entre o céu e a Terra. Contribuiu para a obtenção da plenitude dos tempos. Sem Maria, o Evangelho seria apenas ideologia, somente "racionalismo espiritualista", como registram alguns autores.

O próprio Jesus através do apóstolo São Lucas (6,43) nos esclarece: "Uma árvore boa não dá frutos maus, uma árvore má não dá bom fruto". Portanto, pelo fruto se conhece a árvore. Santa Isabel, quando recebeu a visita de Maria já coberta pelo Espírito Santo, exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre." (Lc1,42). O Fruto do ventre de Maria é o Filho de Deus Altíssimo, Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor. Quem aceita Jesus, fruto de Maria, aceita a árvore que é Maria. Maria é de Jesus e Jesus é de Maria. Ou se aceita Jesus e Maria ou se rejeita a ambos.

Por tomar esta verdade como dogma é que a Igreja reverencia, no primeiro dia do ano, a Mãe de Jesus. Que a contemplação deste mistério exerça em nós a confiança inabalável na Misericórdia de Deus, para nos levar ao caminho reto, com a certeza de seu auxílio, para abandonarmos os apegos e vaidades do mundo, e assimilarmos a vida de Jesus Cristo, que nos conduz à Vida Eterna. Assim, com esses objetivos entreguemos o novo ano à proteção de Maria Santíssima que, quando se tornou Mãe de Deus, fez-se também nossa Mãe, incumbiu-se de formar em nós a imagem de seu Divino Filho, desde que não oponhamos de nossa parte obstáculos à sua ação maternal.

A comemoração de Maria, neste dia, soma-se ao Dia Universal da Paz. Ninguém mais poderia encarnar os ideais de paz, amor e solidariedade do que ela, que foi o terreno onde Deus fecundou seu amor pelos filhos e de cujo ventre nasceu aquele que personificou a união ente os homens e o amor ao próximo, o Cristo. Celebrar Maria é celebrar O nosso Salvador. Dia da Paz, dia da Mãe Santíssima. Nos tempos sofridos e sangrentos em que vivemos, um dia de reflexão e esperança.

IGREJA DEDICADA A MARIA, MÃE DE DEUS EM BRASÍLIA

Paróquia Santa Maria Mãe de Deus | facebook

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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Santo Fulgêncio

S. Fulgêncio | arquisp
01 de janeiro

Santo Fulgêncio

Fábio Cláudio Gordiano Fulgêncio nasceu em Cartago, na atual Tunísia, África, no ano 465. Nasceu numa rica família cristã , seu pai era um senador romano e a mãe era de uma família local influente. Teve uma formação intelectual excelente, com caráter firme, espírito de liderança e habilidade para os negócios. Na juventude se destacou na administração dos bens da família, o que o levou a ocupar altos postos no setor público. Fulgêncio era muito culto e educado, interessava-se tanto pela religião quanto pelas artes e literatura. Freqüentava um mosteiro vizinho, onde orava com os monges e vasculhava sua biblioteca. Os biógrafos afirmam que após ler os comentários de Santo Agostinho sobre o salmo 36, decidiu-se pela vida de austeridade e de solidão.

A África romana do seu tempo, era reino o dos Vassalos, com a capital em Cartago, o que vale dizer que os arianos dominavam e os católicos eram súditos. A convivência era difícil e o rei Trasamundo havia recomeçado as perseguições. Fulgêncio tentou ir para o Egito ao encontro dos monges do deserto, mas o navio que o transportava teve de ancorar em Siracusa, onde as notícias dos conflitos da igreja egipciana o fizeram desistir. Em 500, foi a vez de Roma decepcioná-lo, na época governada por Teodorico, onde os cristãos também estavam submissos. Voltou para a África.

Foi na sua pátria que Fulgêncio se ordenou sacerdote. Em 510, o rei que desejava a extinção total da Igreja, proibiu que houvesse sucessor para os bispos falecidos. Mas os cristãos os elegeram em segredo, e um deles foi Fulgêncio, designado para a diocese de Ruspe, na Tunísia mesmo.O rei soube e mandou exilar todos, sessenta, na ilha italiana da Sardenha, que pertencia aos seus domínios. Pelo menos lá, os cristãos viviam em paz.

No mosteiro do exílio, Fulgêncio se tornou professor dos bispos, padres, monges, e conselheiro e pacificador entre a população. Tornou-se, dentro da sua humildade, um líder, uma figura que nem mesmo o rei podia ignorar. De fato, o rei mandou que viesse para a capital, onde o deixou livre para o ministério sacerdotal, pedindo que o ajudasse no esclarecimento das questões da fé, ou seja, respeitava muito Fulgêncio. Tanto que o mandou de volta para a Sardenha, para acalmar os súditos arianos radicais.

Durante os anos em que ali permaneceu, escreveu muito. Além de tratados religiosos, manteve uma vasta correspondência com seus discípulos e superiores, bem como com as maiores autoridades da Igreja de então, Só quando o rei morreu, Fulgêncio pode retornar para sua pátria e sua sede episcopal em Ruspe. Foi recebido em triunfo, reorganizou a diocese, restabeleceu a ordem e a disciplina. Morreu no dia primeiro de janeiro de 533, aos sessenta e oito anos, pregando a caridade como "o caminho que conduz ao céu".

O Concílo Vaticano II, no decreto sobre a atividade missionária da Igreja, faz menção ao pensamento de São Fulgêncio expresso em uma carta ao rei Trasamundo. Este Santo, comemorado anteriormente no dia 12 de janeiro, continua ensinado através dos séculos. A Igreja determinou a festa de São Fulgêncio para o dia de sua morte.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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São Vicente Maria Strambi

S. Vicente Maria Strambi | arquisp
01 de janeiro

São Vicente Maria Strambi

Vicente Maria Strambi, nasceu no dia 1 de janeiro de 1745, em Civitavechia, na Itália, onde seu pai era dono de uma farmácia. Estudou no seminário desde a infância. Aos quinze anos, venceu a resistência dos pais ingressando no noviciado da Ordem menor dos capuchinhos.

Foi ordenado sacerdote em 1767. Um ano depois o jovem sacerdote, ingressou na Congregação Passionista, que acabava de ser fundada. Foi discípulo perfeito do seu fundador, Paulo da Cruz. Professou a fé e recebeu o hábito dos passionistas em 1769.

Eminente diretor espiritual, excelente missionário e excepcional catequista, percorreu a Itália central proclamando com fervor e competência os tesouros que encontramos em Cristo, especialmente na Sua Paixão. Assistiu à morte do fundador e, como postulador da causa dos passionistas, escreveu a sua primeira biografia, obra fundamental para o conhecimento de São Paulo da Cruz. Foi Provincial da Apresentação e Consultor Geral.

A 5 de julho de 1801, Vicente Maria, que já era o consultor geral da congregação, foi nomeado bispo de Macerata e Tolentino. Nos movimentos revolucionários do seu tempo, foi intrépido defensor da liberdade da Igreja. Recusou prestar juramento de fidelidade a Napoleão Bonaparte, que invadira e usurpara os Estados Pontifícios. Em conseqüência, foi exilado para Novara e Milão, durante sete anos.

Em 1814, ano em que o imperador Napoleão foi deposto, ele regressou à sua sede episcopal, onde ficou por mais nove anos. Estando já idoso e enfraquecido, renunciou ao bispado em 1823. O papa Leão XII, acatou sua decisão, porém o chamou como seu conselheiro e diretor espiritual. Assim, sem esquecer as suas ocupações habituais, continuou a pregar missões, como tinha feito antes, em Roma.

Em primeiro de novembro deste mesmo ano, o papa Leão XII ficou gravemente doente. Ele ofereceu sua vida a Deus para que o Papa não morresse, rezando e fazendo penitência. Aos poucos ele se restabeleceu completamente, alguns meses depois, monsenhor Vicente Maria morreu, era o dia 1 de janeiro de 1824.

Foi canonizado em 1950. A comemoração de São Vicente Maria Strambi acontece no dia de sua morte, recebendo homenagens especiais em Macerata, onde os seus restos mortais descansam na igreja de São Felipe, desde 1957.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF