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domingo, 13 de fevereiro de 2022

Catedrais góticas: mistério mais grandioso que o das pirâmides do Egito

Catedral de Chartres - França | historiadasartes

Enquanto o mundo parece rumar para uma modernidade cada vez mais caótica, as catedrais góticas em seu mutismo eloquente apontam um caminho inteiramente diverso

A técnica é definida pela Escolástica, da mesma forma que as artes, como “recta ratio factibilium”.

Quer dizer, a reta ordenação do trabalho, ou também, a ciência de trabalhar bem.

Hoje, o mal uso da técnica, a empurra para produzir para além do que é bom, e espalhar instrumentos que afligem a vida dos homens.

Nos tempos em que o espírito do Evangelho penetrava todas as instituições, a técnica produziu frutos que vão além do tudo o que a Humanidade conheceu previamente.

Um desses frutos inigualados foram ‒ e continuam sendo ‒ as catedrais medievais.

Até hoje especialistas tentam decifrar como fizeram os arquitetos da Idade Média para, com tão pobres instrumentos, criar obras colossais que “humilham” as técnicas modernas mais avançadas.

Os técnicos das mais variegadas especialidades da construção e também da física, da química e das matemáticas se debruçam para tentar descobrir como os medievais erigiram esses portentos arquitetônicos.

Mergulham eles nos “mistérios das catedrais”.

São muitos os que até agora não estão elucidados: desde as fórmulas químicas desaparecidas que dão aos vitrais tonalidades únicas e irreproduzíveis até os mais complexos cálculos matemáticos e astronômicos que orientaram as proporções cósmicas das Bíblias de pedra.

Beauvais, França

Como decifrar o enigma?

Chartres, França

O livro de Bechmann recebeu elogios das maiores autoridades acadêmicas da França. Ele tem o mérito de mexer numa polêmica silenciosa, mas aberta como uma chaga nas almas de inúmeros franceses.“As catedrais se burlam de nós há oito séculos. Elas resistiram não só às intempéries e aos ataques insidiosos do clima, mas mais ainda por vezes a provas tão violentas como os bombardeios. Como é que estas catedrais loucas aguentam em pé?”, pergunta o arquiteto, historiador e geógrafo Roland Bechmann em seu livro “As raízes das catedrais” (“Les racines des cathédrales”, Payot, Paris, 2011, 330p.).

Enquanto o mundo parece rumar para uma modernidade cada vez mais caótica, as catedrais góticas em seu mutismo eloquente apontam um caminho inteiramente diverso.

O comentarista Paul François Paoli, do jornal “Le Figaro”, resume esse conflito interior dos franceses:

“As catedrais góticas são as pirâmides do Ocidente e nós não acabamos ainda de compreender como é que elas puderam ser construídas numa época considerada como obscura e arcaica do ponto de vista científico”.

O historiador Jacques Le Goff saudou o livro de Bechmann como uma obra prima de interdisciplinaridade sobre “esses prodígios de pedra que continuamos admirando em Amiens, Chartres ou Paris”.

FAÇA UMA IMERSÃO EM 360º NUMA CATEDRAL MEDIEVAL e não esqueça de clicar o FULLSCREEN (ângulo superior à esquerda de cada imagem)

Colônia, Alemanha

“No fim da época gótica ‒ explica o autor ‒ havia uma igreja para cada 200 habitantes da França, e esses prédios considerados em seu conjunto podiam abrigar uma população maior que a do país inteiro. Calcula-se que em trezentos anos a França extraiu, transportou de charrete e erigiu mais pedra que o antigo Egito em toda sua história”.Mas, segundo Bechmann, esses prodígios dizem uma coisa aos homens do século XXI: “como vocês são pequenos!”

Mas não é só uma questão de tamanho e volumes, não, diz Bechmann. É uma questão de ciência e grandeza de alma. E explica:

Se hoje nós devêssemos construir catedrais góticas com os meios de que eles dispunham, nós não conseguiríamos. E mesmo que nós conhecêssemos até os pormenores de seus procedimentos, nós não ousaríamos.

“Calcular a resistência de construções como eles souberam realizar exigiria a ajuda de computadores. E ainda que nós conseguíssemos, haveria todas as chances de que nós chegássemos à conclusão de que essas catedrais, segundo as normas e coeficientes de segurança que nós aplicamos hoje, não poderiam ficar em pé…”

E, entretanto, elas continuam em pé e continuam nos emocionando, acrescenta Paul F. Paoli, jornalista do “Figaro”.

Beauvais, França

A primeira e mais imediata consideração é sobre a sabedoria dos construtores.O enigma profundo das catedrais e dos homens que as conceberam e realizaram em tão grande número e variedade nos conduz a considerações que superam a própria ciência e à própria técnica.

Monges, teólogos, arquitetos, artistas, simples pedreiros, neles parecia habitar uma sabedoria que ia muito além de suas naturezas humanas, por vezes rudes e imperfeitas.

Pelos frutos se conhece a árvore. Pela catedral se conhece a alma dos construtores.

Como foi possível tal afloração simultânea de homens com almas sólidas e plácidas, fortes e delicadas, lógicas e jeitosas, como as que fizeram essas Bíblias de pedra?

Homens que foram a encarnação da virtude da sabedoria. Da sabedoria sobrenatural que só a graça divina dispensa às suas almas mais amadas.

E essa é uma segunda consideração de natureza espiritual.

Foi essa sabedoria sobrenatural, de que a Igreja Católica é a tesoureira, que gerou aqueles homens e suas catedrais.

Longe da Igreja, o homem do terceiro milênio sente-se apequenado, tristonho e cheio de incertezas.

Mas, as portas da Igreja estão abertas de par em par, como as portas das catedrais, para acolher esse homem de hoje e reconduzi-lo maternalmente pelas vias da Sabedoria eterna e encarnada, Nosso Senhor Jesus Cristo, pela intercessão de sua Santíssima Mãe.

Basta que a alma queira se abrir inteiramente a esse influxo sobrenatural.

P.S.: Alguém poderia perguntar: como conseguir me doar tão inteiramente à Igreja para receber essa sabedoria? Eu tento e não consigo… sou tão fraco…

Há séculos um grande santo respondeu isso para nós. Ele até excogitou um método para nós miseráveis pecadores receber a Sabedoria eterna e encarnada “sem esforço”.

Foi São Luis Maria Grignion de Montfort com seu método de consagração à Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, na qualidade de servos e escravos.

Foi Ela que inspirou as mais gloriosas catedrais que levam seu nome: Notre Dame.

Essa devoção está explicada no famosíssimo livro, disponível em todas as línguas: “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”.

https://gloria.tv/video/dM9TNzvnB67a4pwaPP778aYsg

Fonte: https://pt.aleteia.org/2018/06/06/catedrais-goticas-misterio-mais-grandioso-que-o-das-piramides-do-egito/

https://cleofas.com.br/

Quantos católicos existem no mundo, quantos padres ou vocações?

“A Igreja Na América Latina Sofreu Muito Com A Opressão Política, A Guerra Civil,
A Turbulência Econômica E A Negligência Social Dos Marginalizados”. Foto: Arquivo
A Igreja Católica em números

O Gabinete de Estatísticas da Igreja publica o estado numérico da Igreja com os dados mais atuais assumindo o ano de 2020. Isto permite fazer uma comparação com a variação numérica da Igreja em relação ao ano anterior, 2019, também já conhecido. Eu tinha um relatório.

11 DE FEVEREIRO DE 2022.

(ZENIT News / Cidade do Vaticano, 11.02.2022). - O Escritório Central de Estatísticas da Igreja publicou o Anuário Pontifício 2022 e o Anuário Estatístico da Igreja 2022 com dados que refletem o estado numérico mais atual da Igreja desde 2021 .

Alguns dos dados informados são os seguintes:

Número total de católicos

Os batizados passam de 1.344 milhões em 2019 para 1.360 milhões em 2020. Isso representa um aumento de 16 milhões, o que representa +1,2%. Nesse mesmo período, a população mundial aumentou de 7.578 milhões para 7.667 milhões. A média para ambos os anos permanece a mesma: os católicos representam 17% da população mundial, embora o crescimento varie de acordo com as áreas continentais. Assim, na Ásia é um aumento de +1,8% (especialmente no Sudeste e apesar da diminuição no Oriente Médio), na África de +2,1% e na Europa apenas 0,3%.

Confirma-se uma tendência que coloca a África como o continente onde o número de católicos mais cresce numericamente e a Europa como o continente onde a fé mais diminui. A América é o continente onde se encontra 48% da população católica do planeta, enquanto a porcentagem total de católicos é de 11%.

Número de bispos e total de sacerdotes

De 5.364 bispos em 2019, passa para 5.363 em 2020. Em relação ao número total de padres, até o final de 2020 os padres da Igreja Católica são 410.219. Este número significa que em um ano houve menos 4.117 padres: ou porque morreram (maioria dos casos) ou porque pediram a renúncia do estado clerical ou foram demitidos (minoria de casos). A queda é refletida por áreas geográficas da seguinte forma (de 2019 a 2020):

– América do Norte e Europa refletem baixas de 1.114 e 4.373 padres.

– No resto da América houve 307 baixas

– Na Oceania as baixas foram 104

Os aumentos vêm de outros continentes, o que permite sustentar um pouco a queda:

– África contribuiu + 1.004 novos sacerdotes

– A Ásia contribuiu com +778 novos sacerdotes

Atualmente a maioria dos padres católicos vive na Europa (40% do total), América (29,3% do total), Ásia (17,3%), África (12,3%) e Oceania (1,1%).

Católicos por padre e católicos por padre em cada continente

Todos esses números pressupõem que passará de 3.245 católicos por padre em 2019 para 3.314 católicos por padre em 2020.

Esta média geral varia de continente para continente para ser a seguinte em 2020:

– Europa: 1.746 católicos por padre

– África: 5.089 católicos por padre

– América: 2.086 católicos por padre

Diáconos: um grupo em crescimento

Os diáconos mostram um aumento: passam de 48.238 unidades em 2019 para 48.635 em 2020. Um aumento de 1%. Crescem especialmente na América (de 31.668 para 32.226), diminuem na Europa (de 15.267 para 15.170) e no resto do mundo diminuem 5% (atualmente 1.239).

Religiosos e religiosos

No que diz respeito aos homens e mulheres religiosos. Os dados são os seguintes:

Os religiosos professos não religiosos passam de 50.295 em 2019 para 50.569 em 2020. O aumento é verificado na África (+1,1%), Ásia (+2,8%) e Europa (+4%). Na Oceania eles diminuem em -6% e -4 na América. Assim, a África e a Ásia representam 43% dos religiosos que não são sacerdotes.

Verifica-se uma diminuição nos religiosos que passam de 630.099 em 2019 para 619.546 em 2020: -1,7%. Esta percentagem é apresentada da seguinte forma por área geográfica:

– África: +3,2%

– Ásia: +0,2%

– Europa: -4,1%

– América (-2,8%)

– Oceania (-5,7%)

As freiras presentes na Europa e na América representam 58% do total, enquanto em 2019 eram 59%.

os seminaristas

Os candidatos ao sacerdócio aumentaram em todo o mundo de 114.058 em 2019 para 111.855 em 2020. A tendência de seminaristas maiores observada no total mundial, entre 2019 e 2020, afeta todos os continentes, com exceção da África, onde os seminaristas aumentaram 2,8% (de 32.721 a 33.628).

Na Europa, América e Ásia, mas principalmente no primeiro continente, os decréscimos são significativos (-4,3% na Europa, -4,2% na América e -3,5% na Ásia). A distribuição percentual de seminaristas por continente mostra pequenas mudanças ao longo do biênio; África e Ásia contribuíram com 58,3% do total mundial em 2019; em 2020 sua participação sobe para 59,3%. Além do ligeiro ajuste negativo na Oceania, a América e a Europa como um todo veem sua participação diminuir: em 2019, os 46.552 seminaristas americanos e europeus representavam quase 41% do total, enquanto um ano depois caíram para 39,9%.

Com informações do  L'Osservatore Romano.

Por Jorge Enrique Mujica

Formado em filosofia pelo Pontifício Ateneu Regina Apostolorum , em Roma, e colaborador "veterano" da mídia impressa e digital em argumentos religiosos e de comunicação. Na conta do Twitter: https://twitter.com/web_pastor , ele fala sobre Deus e a internet e Igreja e mídia : evangelização."

Fonte: https://es.zenit.org/

Ser verdadeiro discípulo de Jesus

Nicolas Poussin | Public Domain
Por Mário Scandiuzzi

O que vemos atualmente é que muitos querem receber os milagres de Jesus, mas não estão dispostos a aceitá-Lo, a serem discípulos.

Jesus nos chama a uma vida plena.Para isso devemos nos tornar verdadeiramente seus discípulos.

E isso Ele ensinou quando disse que “se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e me siga” (Marcos 8, 34).

Em seguida, completou: “porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de mim é do Evangelho, salvá-la-á” (v. 35).

O que vemos atualmente é que muita gente quer receber os milagres de Jesus, mas não está disposta a aceitá-Lo, a ser discípulos.

É como se estivessem num restaurante tipo self-service, onde cada um escolhe aquilo que mais lhe agrada, deixando de lado aquilo que não considera bom.

Para seguir Jesus é preciso tomar a sua cruz a cada dia.

É renovar essa decisão, pedindo a Deus a graça da perseverança, o dom da fidelidade.

Fácil não é! E Jesus não prometeu uma vida livre de problemas e dificuldades. Ele mesmo sofreu e foi condenado à morte na cruz, mas venceu a morte e ressuscitou. Deu sua própria vida para que todos nós pudéssemos ser salvos.

E a salvação, obra da misericórdia de Deus, é para todos que seguem Seus mandamentos. Afinal, “Deus amou o mundo de tal modo que lhe deu seu Filho Único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3, 16).

Essa é a recompensa divina!

Fonte: https://pt.aleteia.org/

VI Domingo do Tempo Comum - Ano C

Dom Paulo Cezar | arqbrasilia

VI Domingo do Tempo Comum

Dom Paulo Cezar Costa

Arcebispo de Brasília

A vida bem-aventurada

            Neste domingo, a Palavra de Deus nos traz as bem-aventuranças na versão do Evangelho de São Lucas (Lc 6, 17. 20-26). No Evangelho de São Mateus, que apresenta Jesus como o novo Moisés, Jesus sobe a montanha e proclama a nova Lei. Em São Lucas, é o discurso da planície: “Jesus desceu da montanha com seus discípulos e parou num lugar plano” (Lc 6, 17). O fato de Jesus descer da montanha circundado pelos discípulos mostra que, de agora em diante, eles estarão envolvidos no ensinamento de Jesus. Lá estão os outros discípulos e a multidão. Aqui já há uma antecipação da futura comunidade cristã. Jesus, erguendo os olhos para os discípulos, proclama as bem-aventuranças, que são proclamações de forma positiva de bem-aventurados, felizes para categorias bem concretas de pessoas: pobres, famintos, quem chora etc. Esta concretude mostra que a felicidade do Reino não é uma realidade meramente espiritual, refugiada no interior dos corações, mas ela é construída, neste mundo, mediante a fidelidade a Jesus Cristo e a Seu Evangelho.  Elas são descritas de forma que o ouvinte de Jesus e os ouvintes de hoje se sintam interpelados: “bem-aventurados vós…”

Jesus proclama que são bem-aventurados quando vos odiarem, vos expulsarem, vos insultarem e vos amaldiçoarem por causa do Filho do Homem. Os primeiros cristãos viveram essa realidade pela perseguição que sofreram por causa do nome de Jesus Cristo. Ainda hoje, em várias partes do mundo, por falta do grande bem da liberdade religiosa, há tanta gente que sofre e até perde a vida por causa da fé em Jesus Cristo. O cristão que sofre por causa de Jesus Cristo, o mártir, tem esta certeza: a de que Deus mesmo será a sua recompensa: “Alegrai-vos, nesse dia, e exultai, pois será grande a vossa recompensa no céu”. Essa mesma atitude, que os discípulos de Jesus experimentam e as gerações futuras até a nossa vive, já se encontrava na tradição de Israel, na história dos profetas que sofreram e até morreram na sua fidelidade a Deus.

Na segunda parte do Evangelho, estão os “ai”. Se makarios, bem-aventurados, exprime a benção daqueles que esperam no Senhor, plen ouai, traduzido por “ai”, exprime uma palavra de condenação, de reprovação. A condenação, se percebermos bem, encontra-se exatamente no oposto às bem-aventuranças: ricos, vós que tendes fartura, que agora rides, quando todos vos elogiam. Não é a atitude em si que é condenada, mas quando esta atitude expressa oposição ao Reino de Deus, aos valores do Evangelho. O próprio Evangelho de Lucas descreve o encontro de Jesus com um rico: Zaqueu (Lc 19, 1-10). Neste encontro, o evangelista quer mostrar que um rico pode ser salvo.  O problema é quando se vive em oposição ao Reino, quando se ignora, na vida cotidiana, Jesus Cristo e seu Evangelho. Essa atitude de falsidade diante de Jesus Cristo e seu Evangelho já se encontrava, na tradição de Israel, expressa pela vivência dos falsos profetas com relação a Deus: viveram da falsidade. Só que com Deus não se brinca. Deus aceita nossas limitações, nossas incapacidades de responder ao Seu projeto de amor, mas não nosso deboche ou nossa indiferença.

Que escutar as bem-aventuranças e refletir sobre elas nos ajudem a crescer no caminho de discipulado e do comprometimento com Jesus Cristo e seu Evangelho.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

São Cristóvão, igreja colonial do Rio de Janeiro, reabre após restauração

Dom Orani na missa de reabertura da igreja de São Cristóvão.
Foto: Captura de vídeo

RIO DE JANEIRO, 11 fev. 22 / 02:42 pm (ACI).- O arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Orani João Tempesta, presidiu a missa de reabertura da igreja matriz de são Cristóvão, na capital fluminense, na quarta-feira, 9 de fevereiro.  A igreja de 394 anos esteve fechada por sete meses para obras de restauração.

Em sua homilia, o arcebispo falou da importância da beleza e da restauração, que “pode levar as pessoas a verem no belo uma inspiração para fazer o bem”.

“Pode parecer algo muito supérfluo o ato de fazer uma restauração. Não é. Faz parte de uma cultura humana, faz parte do nosso belo interior, que faz com que venha à tona tantas coisas importantes”, afirmou.

Dom Orani lembrou que a igreja de são Cristóvão “nasceu na época dos jesuítas” e, com o passar do tempo, “foi sendo embelezada pelos vários padres que passaram por aqui até ter essa beleza de hoje e essa história de 394 anos de presença dessa igreja aqui nesse lugar”. Segundo ele, “de certa forma, ela [a igreja], por sua presença, chama as pessoas à oração, à fé ao passarem por aqui”.

“Por isso, nós louvamos a Deus de poder ter justamente esta restauração, e restaurar um pouco dessa beleza de um templo que representa os templos de Deus que somos todos nós”, afirmou. “Pedimos que a beleza restaurada dessa igreja possa levar muitos a buscar Deus e a fazer o bem”, completou.

Igreja de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Foto: Wikimedia (CC BY-SA 3.0)

Pelos documentos guardados no arquivo da igreja, sabe-se que, no ano de 1627, ela já existia e era chamada de ‘igrejinha’. Construída à beira-mar, tinha as águas da baía de Guanabara quase à porta de entrada.

Os aterros feitos na baía de Guanabará afastaram o mar.

Membros da família imperial, incluindo dom Pedro II frequentaram a “igrejinha”. Em 1856, por decreto imperial, foi criada a paróquia de São Cristóvão, desmembrada da freguesia de São Francisco Xavier do Engenho Velho.

Ao longo de sua história, a igreja passou por algumas reformas. “Uma das reformas foi realizada por dom Pedro I, a pedido da Marquesa de Santos, que residia no bairro e frequentava esta Igreja”, segundo relato histórico do site da Comissão de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural da arquidiocese do Rio, retirado do livro ‘Templos Católicos do Rio de Janeiro’, de Orlindo José de Carvalho.

Outra grande reforma aconteceu entre 1898 e 1902. No ano de 1996, foi trocado o telhado. Em 1997, o pároco iniciou uma grande campanha para conseguir reformar a Igreja, que estava em estado precário. No final de 1999, a igreja foi interditada e foi realizada reforma que durou dois anos.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Núncio na Ucrânia: quem provoca a guerra não tem o direito de chamar-se cristão

Ucranianos participam da Marcha da Unidade pela Ucrânia no centro de Kiev,
em meio a tensões na fronteira Ucrânia-Rússia. (EPA/SERGEY DOLZHENKO)-
(ANSA)

É alta a tensão no leste europeu com a ameaça de uma invasão russa no território ucraniano. Vários países têm diminuído o pessoal diplomático nas embaixadas em Kiev. Na última quarta-feira, em mais um apelo pela paz, o Papa pediu para não esquecer que "a guerra é uma loucura".

"Repito a todos que, aqueles que causam a guerra ou aqueles que não se comprometem em proteger a paz, não têm o direito de se chamar cristão".

O núncio apostólico na Ucrânia, Visvaldas Kulbokas, não mede palavras nessas horas tão delicadas em que a paz mundial está tão duramente ameaçada.

"As pessoas estão muito preocupadas e tensas", disse o núncio à Agência SIR dos bispos italianos: "É evidente que os políticos muitas vezes não encontram ferramentas adequadas para superar os conflitos, porque quase sempre há algum conflito entre os interesses de parte".

"Meu sonho – acrescenta Visvaldas Kulbokas - é ver não só na Europa, mas em todos os lugares, mais pessoas que se dediquem à política com sinceridade e dedicação, reconhecendo que se trata de uma vocação digna, a serviço de todos, de não deixar nas mãos de quem zomba da política como se a própria vida e a dos outros não fossem nada”.

Ao ser questionado sobre qual caminho tomar para promover a paz nos dias atuais, o núncio não hesita em responder: "Antes de tudo, converter-nos a Deus e ao nosso verdadeiro e eterno 'eu', isto é, a nós como seres humanos, chamados a ser luz e amparo uns dos outros".

E acrescenta: “Nós, como pessoas de fé, cristãos ou judeus ou muçulmanos, sabemos que só na verdadeira fé em Deus temos a possibilidade - e a chave certa - de resolver os conflitos; gostemos ou não, é assim: só a fé sincera nos ilumina”.

“A paz e a promoção da convivência entre todos – recorda o núncio – continuam sendo nossa vocação clara e imperativa. Confiemos nossa súplica de paz ao Senhor Jesus e à Virgem Maria”.

*Com Agência Sir

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Gregório II

S. Gregório II | arquisp
13 de fevereiro

São Gregório II, papa

Gregório nasceu no ano de 669. Pertencia a uma família cristã da nobreza romana, o pai era senador e a mãe uma nobre, que se dedicava à caridade. Ele teve uma educação esmerada junto à cúria de Roma. Muito culto, era respeitado pelo clero Ocidental e Oriental. Além da conduta reta, sabia unir sua fé inabalável com as aptidões inatas de administrador e diplomata. Tanto que, o papa Constantino I pediu que ele o acompanhasse à capital Constantinopla, para tentar resolver junto ao imperador do Oriente, Leão II, que se tornara iconoclasta, a grave questão das imagens.

Escolhido para o pontificado em 19 de maio de 715, Gregório II governou a Igreja durante dezesseis anos. Neste longo período, administrou seu rebanho com generosidade e sabedoria, consolidando a posição da Igreja no cenário político e religioso. Em 719, enviou são Bonifácio à Alemanha e nos anos seguintes encorajou e apoiou a sua missão apostólica.

Incentivou a vida monástica e enfrentou com firmeza, o imperador Leão II, que com um decreto proibia o culto das imagens, o qual, provocou um levante das províncias da Itália contra o exército que marchava para Roma. Gregório não se intimidou, mas para evitar um confronto com os muçulmanos, mandou consertar as muralhas de Roma.

Desde os primeiros tempos, o cristianismo venerou as imagens de Cristo, da Virgem e dos santos. Esta maneira, típica do Oriente, de expressar a religiosidade chegou e se difundiu por todo o Ocidente a partir dos séculos VI e VII. A seita iconoclasta não entendia o culto como legítimo, baseando-se no Antigo Testamento e também porque numa imagem de Cristo não se pode representar as suas duas naturezas: terrena e divina, que são inseparáveis. Mas, a legitimidade foi comprovada através dos argumentos da Sagrada Escritura e essencialmente do fato da própria encarnação.

O papa Gregório II expulsou a seita dos iconoclastas, antes de falecer no dia 11 fevereiro de 731. A Igreja sempre condenou a idolatria com rigidez e como reza o Evangelho, por isto mesmo nunca prestou adoração a imagem alguma. O culto tradicional de veneração sim, pois nele não se adora uma imagem , este ato é dirigido à memória e à lembrança, daqueles que ela resgata e reproduz. São Gregório II faz parte do calendário litúrgico se sua festa foi designada para o dia 13 de fevereiro.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

sábado, 12 de fevereiro de 2022

Dos Sermões do Bem-aventurado Isaac, abade do mosteiro de Stella

liturgiadashoras.online

Dos Sermões do Bem-aventurado Isaac, abade do mosteiro de Stella

(Sermo 31: PL 194,1292-1293)         (Séc. XII)

A supremacia da caridade

Por que, irmãos, somos tão pouco solícitos em buscar ocasiões de salvação uns para os outros? Tão pouco cuidadosos em mais ajudarmo-nos mutuamente onde a necessidade for maior em carregar os fardos dos irmãos? O Apóstolo a isto nos exorta dizendo: Carregai os fardos uns dos outros e cumprireis assim a lei de Cristo; e em outro lugar: Suportando-vos reciprocamente na caridade. É esta, na verdade, a lei de Cristo.

Se há em meu irmão – seja por indigência seja por fraqueza corporal ou de educação – alguma coisa de incorrigível, por que não a suporto com paciência, e não a levo de bom grado? Pois está escrito: Seus filhos serão levados aos ombros e consolados no regaço? Não será porque me falta aquela caridade que tudo sofre, que é paciente para suportar e benigna para amar?

Certamente esta é a lei de Cristo, dele que assumiu verdadeiramente nossas enfermidades pela paixão e suportou nossas dores pela compaixão, amando os que carregava, carregando os que amava.

Quem ataca o irmão em necessidade, quem põe armadilhas de qualquer tipo à sua fraqueza, está, sem dúvida alguma, sujeito à lei do demônio e a obedece. Sejamos então compassivos uns pelos outros, amantes da fraternidade, pacientes com as fraquezas, perseguidores dos vícios.

Toda vida que se preocupa sinceramente com o amor de Deus e, por ele, com o amor do próximo, é mais aprovada por Deus, sejam quais forem suas observâncias ou seus usos religiosos. A caridade é aquela em vista da qual tudo se deve fazer ou não fazer, mudar ou não mudar. É ela o princípio e o fim que devem regular tudo. Nada é culpável quando feito por ela e em conformidade com ela.

Oxalá ela nos seja concedida por aquele a quem não podemos agradar sem ela, pois sem ele nada absolutamente podemos, ele que vive e reina, Deus, pelos séculos infindos. Amém.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Posse do novo Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Esperança na Asa Norte

PASCOM | arqbrasilia

Na alegria de receber um novo pastor, os fiéis da Paróquia Nossa Senhora da esperança, na Asa Norte, participaram da Santa Missa de Posse do novo Pároco, Padre João Batista Mezzalira, na noite da última quarta-feira. A Celebração foi presidida por Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília, e contou com a presença de inúmeros sacerdotes e da comunidade.

O rito de posse se iniciou com a leitura da provisão de nomeação do novo pároco e com o seu juramento de fidelidade, onde, assente em todas as verdades de fé da Igreja, prometendo honrá-las e ensiná-las.

Em sua homilia, Dom Paulo refletiu sobre a não autossuficiência da Igreja, lembrando a todos que “a Igreja não se basta a si mesmo e, graças a Deus que não se basta, se não seríamos autossuficientes, seríamos aquilo que aconteceu na história, seríamos pelagianos – que achavam que a salvação viria tão somente por uma perfeição moral na Terra e que eles mesmos se bastavam e não precisavam de Deus e da Igreja. Mas temos que ter em mente que a Igreja, que cada um de nós, somos sustentando pelo Senhor. O Senhor é aquele que dá tudo, o Senhor é aquele que dá pastores, que dá os sacramentos, que nos alimenta com a Eucaristia, que sempre vai sustentando o seu povo com seu amor misericordioso.”

O Arcebispo ainda mostrou que, a partir das leituras, a sabedoria que é dada a Salomão, também é concedida a todos hoje: “a sabedoria dada a Salomão também é concedida a nós, hoje, através dos dons do Espírito. Ela se manifesta nas pequenas coisas, no dia a dia, e nós devemos nos lembrar que ela é sempre dom de Deus, nunca é mérito somente nosso, mas dádiva do amor misericordioso de Deus para com o homem.”

PASCOM | arqbrasilia

Ao final da celebração, o novo Pároco, Padre João Batista, rendeu graças a Deus e partilho sua alegria de responder ao chamado: “Estou muito agradecido ao Senhor por este novo tempo que se abre, com D. Paulo Cezar me confiando os cuidados da Paróquia Nossa Senhora da Esperança. Ao longo desta trajetória de 15 no ministério sacerdotal, a criatividade de Deus me proporcionou experiências memoráveis, nas quais a providência e a fidelidade d’Ele sempre me acompanharam. Estou seguro de que a Sua graça nesta nova missão como pároco trará muitos frutos para a santificação minha e dos paroquianos. Que a comunhão que se expressa nesta fervorosa acolhida possa plasmar um tempo de copiosas bênçãos!”

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Papa Francisco fala dos estragos da teologia marxista

@CESM.Arg
Por Esteban Pittaro

"Lembre-se, por exemplo, do mal causado pela ideologização de matiz marxista em alguns centros latino-americanos na década de 1970."

Por ocasião dos 50 anos de fundação do Centro de Espiritualidade Santa Maria, uma instituição argentina para formação e espiritualidade que acompanhou o “caminho ao coração” de milhares de pessoas ao longo dos anos, o Papa Francisco enviou uma carta à fundadora, Inés María Ordoñez de Lanús, na qual reflete sobre o caminho a ser seguido por esse tipo de centro católico.

O Centro de Espiritualidade Santa Maria propõe acompanhar as pessoas “no caminho do seu próprio coração para descobrir o sentido da sua vida”. Trata-se do “Caminho ao Coração” a que o Papa faz referência.

Francisco escreveu:

“O caminho de um centro de espiritualidade não deve ser outro senão o caminho do Evangelho. Simples, claro, cotidiano, seguindo os passos de Jesus… e aceitando também trilhar o caminho do ‘compreendeer’ o Evangelho (que não é a mesma coisa que ‘entender’)”.

O Papa afirma:

“No seguimento de Jesus se ‘simultaneiam’ luzes e sombras, claridade e escuridão, alegria e tristeza… E para tudo correr bem nesse ‘simultaneamento’, é necessário o diálogo contínuo com o Espírito Santo, luz e amor, criador de diferenças e ao mesmo tempo criador da harmonia”.

O Espírito Santo, reforça o Papa, “é a harmonia”, é “a alma de um centro de espiritualidade”.

Escolha a originalidade do Evangelho

Francisco exorta, na carta, que um centro de espiritualidade opte “pela originalidade do Evangelho”, esclarecendo que “com certeza será tentado por alguma ideologia”. No seu “caminho de maturidade”, o centro deve “vencer essas tentações e sempre ‘ressituar-se’ na originalidade do Evangelho”.

É quando o Papa Francisco lembra explicitamente à fundadora uma característica da década de 1970, quando foi criado o próprio centro que agora chega aos 50 anos, em relação aos erros da teologia marxista:

“Lembre-se, por exemplo, do mal causado pela ideologização de matiz marxista em alguns centros latino-americanos na década de 1970”.

Abertura ao Espírito Santo e discernimento para garantir o caminho certo

“Deste centro, deste núcleo, deve nascer e organizar-se tudo. O caminho de seguimento de Jesus; a harmonia, é obra do Espírito ao qual devemos estar abertos”. Um “método necessário”, complementa Francisco, é a “capacidade de discernimento no caminho”, capacidade esta que “marcará o ritmo e garantirá o caminho certo”.

ARGENTINA

Sobre o Centro de Espiritualidade Santa Maria

Centro de Espiritualidade Santa María foi fundado em 1972 por Inés María Ordoñez de Lanús, leiga, mãe de família. Propõe “uma espiritualidade mística e encarnada para viver a vida em plenitude e alegria, experimentando a presença de Deus na vida cotidiana e integrando a fé à vida por meio da oração”.

Com diversas atividades e grupos, acompanha os participantes num caminho de união com Deus. É um caminho de santidade a ser percorrido em comunidade: o “caminho ao coração”. Há propostas específicas para idosos, adultos, adolescentes e crianças.

O centro está presente na Argentina, Chile, Estados Unidos e México.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF