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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Como proteger seu filho da pornografia?

myboys.me | Shutterstock
Por Jim Schroeder

Um terapeuta que trabalha com crianças e famílias revela as 3 atitudes que pais e mães devem ter para proteger os filhos.

Hoje, nos Estados Unidos, os lucros da pornografia superam os da ABC, CBS e NBC juntos. As estimativas são de que a pornografia seja uma indústria de 12 bilhões de dólares. Uma em cada cinco pesquisas feitas em dispositivos móveis é por pornografia. Desde 2016, 17 Estados americanos introduziram resoluções declarando a pornografia como uma crise de saúde pública.

Enquanto nas décadas anteriores, as principais ameaças eram revistas, fitas e opções ao vivo para sexualidade distorcida, a internet e os dispositivos móveis tornaram o acesso à pornografia a apenas um clique de distância.

Como psicólogo infantil, tenho atendido cada vez mais jovens que reconhecem que a pornografia impactou negativamente suas vidas.

Riscos

Ao discutir várias maneiras de reduzir o risco de pornografia, é imperativo primeiro abordar o que muitas vezes ouço de pais bem-intencionados, mas exasperados, sobre esse tópico. É mais ou menos assim: “Eu realmente não quero que meu filho ou filha seja exposto a material ilícito, mas provavelmente vai acontecer de qualquer maneira, então por que tentar o que é impossível?”

Embora compreensível, minha resposta é esta: embora as chances de nossos jovens serem expostos à pornografia em algum momento de suas vidas sejam altas, há uma enorme diferença no desenvolvimento neurológico e psicológico quando se trata da frequência, intensidade e duração pela qual alguém está exposto.

Em outras palavras, a exposição incidental em momentos diferentes, embora ainda triste e potencialmente prejudicial, não tem o potencial de risco como exposição repetida e intensa quando se trata de resultados a longo prazo. É fundamental que os pais reconheçam essa diferença.

Quero me concentrar brevemente nas 3 atitudes necessárias para proteger seus filhos da pornografia.

1. Questão tecnológica

As ferramentas tecnológicas de proteção não substituem as outros tipos de proteção, mas oferecem opções para reduzir o risco, pelo menos enquanto nossos filhos permanecem em casa.

É preciso proteger os filhos no uso de celular e internet. Por exemplo, o Verizon Smart Family permite que os pais desliguem os recursos da internet e até mesmo mensagens de texto/chamadas, mesmo quando o Wi-Fi está disponível, além de ter um filtro de conteúdo.

Já o Covenant Eyes é um filtro de internet que pode bloquear sites ilícitos, monitorar dispositivos para pesquisas e enviar relatórios de atividade aos pais. Embora não sejam perfeitas, essas ferramentas fornecem uma salvaguarda básica razoável.

Além dessas ferramentas, é fundamental que os pais nunca forneçam senhas aos seus filhos, o que pode permitir a compra de conteúdo ilícito.

Nos EUA, a Lei de Proteção à Privacidade Online das Crianças (COPPRA) proíbe que crianças menores de 13 anos forneçam informações privadas. E muitos sites de mídia social não permitem que pré-adolescentes usem suas plataformas. Assim, os pais devem estar cientes dos mecanismos para proteger seus filhos.

Os pais também devem conhecer os aplicativos e sites para onde as crianças estão cada vez mais indo, alguns dos quais permitem que entre material explícito nos dispositivos.

Além disso, se os pais não estão cientes dos servidores proxy e da dark web, é fundamental se educar sobre ameaças terríveis, mas reais, que existem na internet.

Finalmente, deve-se notar que a maior ameaça de todas para a exposição à pornografia envolve dar dispositivos aos filhos quando eles simplesmente não estão intelectual e neurologicamente preparados para essa enorme responsabilidade.

2. Questão do ambiente

Grande parte da exposição pornográfica que ocorre não é aleatória por natureza. Embora a visualização incidental possa acontecer a qualquer momento, os jovens que passam tempo com dispositivos fora de um local público correm maior risco.

Ter um dispositivo, especialmente um smartphone pessoal, no quarto à noite tem se mostrado como um fator tentador para o uso de pornografia. Como tenho ouvido de adolescentes, foi esse cenário em particular pelo qual ele consumiu a maior parte do material pornográfico.

Os pais que levam a sério a limitação do uso de pornografia também devem levar a sério onde os dispositivos podem estar em sua casa.

Além disso, também ficou claro que o uso de “pornografia suave” é uma porta de entrada para uma exposição mais grave e danosa. Por “pornografia suave” quero dizer TV, filmes e vídeos/fotos que retratam cenas sexualmente sugestivas.

Assim como o uso precoce de álcool, as crianças que têm permissão dos pais para visualizar esse tipo de conteúdo estão mais propensas a procurar pornografia no futuro. Quando os jovens veem que os pais aprovam implicitamente esse material, é mais provável que vejam a pornografia como conteúdo aceitável.

3. Questão cognitiva

Finalmente, e talvez o mais importante, são as maneiras pelas quais cultivamos as atitudes de nossos jovens sobre o corpo humano e a sexualidade.

Para começar, é fundamental que, à medida que nossos filhos crescem, o corpo e a sexualidade sejam vistos como dons que exigem o respeito e a dignidade que devidamente merecem. O fracasso em reconhecer essa realidade prepara o terreno para uma visão distorcida pela qual o corpo e a sexualidade são vistos como mercadorias a serem consumidas, e não bênçãos a serem preservadas.

No entanto, além de promover uma atitude respeito e dignidade, é igualmente importante que nossos jovens reconheçam como nós, como pais, somos os primeiros a testemunhar isso. Estou convencido de que as crianças que veem pais dignos e respeitosos recebem a melhor defesa contra a busca por pornografia.

Esta não é uma justificativa para a busca pornográfica, mas acredito que seja um fator importante a considerar. No final,

Nada é melhor do que o testemunho de amor verdadeiro, digno, fiel e respeitoso entre marido e mulher. Nesse caminho, pouco a pouco, as crianças se desenvolverão e terão como os pais como modelo de relacionamento entre homem e mulher.

A pornografia é uma questão complicada e séria que simplesmente não podemos ignorar. Infelizmente, distorce a realidade e causa graves danos. Assim, a forma como lidamos como esse problema é realmente uma urgência.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

O Descanso e a santificação da diversão

Presbíteros

São Josemaria ensinava que o trabalho e o descanso encontram seu sentido pleno ao ser inseridos na missão redentora Jesus Cristo: o descanso, como antecipação da Ressurreição, ilumina a fadiga do trabalho como união com a Cruz de Cristo.

Verbete do “Diccionario de San Josemaría Escrivá de Balaguer”, publicado por Monte Carmelo, sobre o conceito de descanso nos ensinamentos do fundador do Opus Dei.

São Josemaria valorizou profundamente o trabalho humano; mais ainda, fez do trabalho, da santificação do trabalho, o eixo de uma vida espiritual que chegasse a abarcar a totalidade da jornada. Deixou, ao mesmo tempo, muito claro que o homem não é um ser-para-o-trabalho, alguém que trabalhe para trabalhar. O homem está feito para o amor, e é o amor, com tudo o que implica, que dá sentido ao trabalho. “A dignidade do trabalho – afirma em uma de suas homilias – se baseia no Amor. O grande privilégio do homem é poder amar, transcendendo assim o efêmero e o transitório”. O trabalho – continua – é por isso “oração, ação de graças, porque nos sabemos colocados na terra por Deus, amados por Ele, herdeiros de suas promessas”. E inseparavelmente, serviço e apostolado, “ocasião de entrega aos outros homens” (É Cristo que passa, 48- 49).

Estas afirmações têm, na mensagem de São Josemaria, muitas implicações. Têm relação com elas a valorização da amizade, a decidida afirmação da importância da família – e da vida familiar – para o desenvolvimento da pessoa e da sociedade, o apreço pela arte, pela cultura, etc. E também a sua doutrina sobre o descanso, entendido não apenas como repouso físico, mas também, e sobretudo, como essa serenidade interior que torna possível que o homem não fique encerrado nem no processo de trabalhar nem numa obsessiva preocupação por suas obrigações ou necessidades.

1. Necessidade do descanso na vida do homem

A antropologia cristã caracteriza-se, e o fundador do Opus Dei ensina-o claramente, pela vital conexão entre o divino e o humano. “Que a cabeça toque o céu, mas os pés assentem com toda a firmeza na terra” (Amigos de Deus, 75). Uma das aplicações deste princípio, que não se encontra talvez entre as mais elevadas, embora sem dúvida entre as mais cotidianas, é o descanso. São Josemaria considerava o dever do descanso como uma necessidade física, mas também o fazia de um ponto de vista teologal, como uma manifestação do amor de Deus por cada pessoa, realidade que glosou algumas vezes recorrendo à metáfora do burrinho cuja humildade, a de quem se sabe escolhido por Deus para seu serviço, ele apreciava, e afirmava: “Pensai que Deus ama apaixonadamente as suas criaturas, e, aliás…, como é que trabalhará o burro se não lhe dão de comer nem dispõe de algum tempo para restaurar as forças, ou se lhe quebram o vigor com excessivas pauladas? O teu corpo é como um burrico (…) é preciso dominá-lo para que não se afaste das sendas de Deus, e animá-lo para que o seu trote seja tão alegre e brioso quanto é possível esperar de um jumento” (Amigos de Deus 137). Em seus ensinamentos, palpita a convicção de que, sem o devido repouso, não se pode servir bem a Deus: “Abatimento físico. Estás… arrasado. – Descansa. Para com essa atividade exterior. – Consulta o médico. – Obedece e despreocupa-te. Em breve regressarás à tua vida e melhorarás, se fores fiel, os teus trabalhos de apostolado”. Caminho, 706).

Esta pregação apoia-se, além disso, na Sagrada Escritura. Há uma afirmação, concretamente, no Livro de Gênesis (2,1-3), de que Deus descansou no sétimo dia, depois de ter terminado a sua obra criadora. João Paulo II comenta esta passagem em sua Carta enc. Laborem exercens: “O homem deve imitar a Deus, tanto trabalhando quanto descansando, dado que o mesmo Deus quis apresentar-lhe a própria obra criadora sob a forma do trabalho e do descanso” (Laborem exercens, 25). O homem, que dá glória a Deus cooperando com a obra criadora mediante o trabalho, dá-a também participando em sua complacência com a criação, mediante o descanso e a contemplação da bondade do criado que leva a louvar o Criador.

O Novo Testamento ensina que Cristo “não recusava o descanso que as suas amizades lhe ofereciam” (Amigos de Deus, 121) e “convida-os a ir com Ele a um lugar solitário para descansar” (Sulco, 470). O trabalho e o descanso encontram seu mais pleno sentido ao ser inseridos na missão redentora do Verbo Encarnado: o descanso, como antecipação da Ressurreição, ilumina a fadiga do trabalho como união com a Cruz de Cristo.

Quem deseja converter todas as realidades da vida diária em caminho de santidade deve ter em conta que o descanso não é uma exceção à chamada à santidade; descansar é um mandato divino e, portanto, uma atividade através da qual a pessoa pode e deve unir-se a Deus. “Esforçai-vos por não perder nunca este ‘ponto de mira’ sobrenatural, mesmo à hora do lazer ou do descanso, tão necessários quanto o trabalho na vida de cada um” (Amigos de Deus, 10). Santificar o descanso é uma consequência lógica da unidade de vida, que leva a procurar em todas as coisas – sem fissuras – a glória de Deus e a própria santidade: “Por que não experimentas converter em serviço de Deus a tua vida inteira: o trabalho e o descanso, o pranto e o sorriso? Podes…e deves!” (Forja, 679).

2. Descanso e filiação divina

Os ensinamentos de São Josemaria sobre o descanso, entendido no sentido mais profundo do vocábulo – descanso não só físico, mas também psicológico e espiritual – entrelaçam-se com a realidade da filiação divina, fundamento do espírito do Opus Dei: “Descansai na filiação divina” (Amigos de Deus, 150). Seus textos refletem a convicção de que para o cristão, o verdadeiro descanso encontra-se em Deus. Descansar implica crer e confiar na Providência Divina: saber que atrás das fadigas, das dificuldades e das preocupações próprias de nossa condição terrena, há um Pai eterno e onipotente que nos sustenta.

O caminho é seguir as pegadas do Filho Unigênito; daí que o fundador do Opus Dei fale, seguindo a Tradição cristã, de encontrar repouso no Verbo Encarnado: “Ó Jesus! – Descanso em Ti!” (Caminho, 732); “[Jesus] oferece-nos o seu Coração, para que encontremos nele o nosso descanso e a nossa fortaleza” (É Cristo que passa, 170); “Que o meu voo não se interrompa até encontrar o descanso do teu Coração!” (Forja,39).

A filiação divina faz que desapareçam a inquietação e o nervosismo ou, pelo menos, mantenham-se nas camadas mais superficiais da nossa psicologia, de modo que, no fundo da alma, reine uma serenidade que contribua para o descanso do espírito. Essa confiança em Deus deve acompanhar também a luta cristã, o esforço por crescer na virtude e identificar-se cada vez mais com Cristo. São Josemaria utilizou, nesse sentido, a analogia do esporte, ou seja, a atitude de quem se prepara, treina durante muito tempo, com confiança e serenidade, para alcançar uma meta. “Dá muito bom resultado empreender as coisas sérias com o espírito esportivo… Perdi várias jogadas? Muito bem, mas – se perseverar – no fim ganharei”. (Sulco, 169). Agradar a Deus com a luta interior, de tal modo que a criatura consiga ser descanso para o Criador: “Deus te confirme no teu propósito, para que sejamos ajuda e descanso para Ele” (Sulco, 347).

3. Modo de descansar: descanso e ócio

O descanso não se identifica com o ócio, se por ócio se entende a indolência, a preguiça ou o desperdício de tempo. “Todos os pecados – disseste-me – parece que estão à espera do primeiro momento de ócio. O próprio ócio já deve ser um pecado – Quem se entrega a trabalhar por Cristo não há de ter um momento livre, porque o descanso não é não fazer nada; é distrair-se em atividades que exijam menos esforço” (Caminho, 357).

Descansar não significa, portanto, deixar o trabalho normal para ficar no vazio, mas realizar outras tarefas que distendam e preencham a alma. São Josemaria insiste repetidas vezes neste conceito: “Sempre entendi o descanso como um afastar-se do acontecer diário, nunca como dias de ócio. – Descanso significa represar: acumular forças, ideais, planos… Em poucas palavras: mudar de ocupação, para voltar depois – com novos brios – aos afazeres habituais” (Sulco, 514).

Dentro das ocupações que descansam cabem muitos interesses humanos nobres: a dedicação a leituras culturais, a audição de peças musicais, os passeios, o esporte em suas variadas manifestações, gosto por uma boa obra de teatro ou um bom filme, as visitas a monumentos artísticos, têm aqui, junto com outras possibilidades, seu lugar: os dias devem transcorrer sem “que não falte (…) o devido descanso, a tertúlia familiar, a leitura, o tempo dedicado a um gosto pela arte, a literatura ou outra distração nobre” (Entrevistas, 111). Palavras que podemos glosar com estas outras tomadas do Concílio Vaticano II: “O tempo livre deve ser empregado retamente para descanso do espírito e para cuidar da saúde da mente e do corpo, por meio de ocupações e estudos livres, por meio de viagens a outras regiões (…), por meio também de exercícios e manifestações esportivas” (Gaudium et Spes, 61).

Com a experiência do descanso estão também muito relacionadas as atividades que costumamos designar como diversão ou festa, embora ambas, sobretudo a segunda, transcendam a ideia de descanso. O Diccionario define a diversão como “recreio, passatempo, entretenimento”, ação que implica distrair a atenção das atividades que constituem a tarefa cotidiana, ou de problemas e afãs que preocupam, que pesam sobre o espírito e que podem, inclusive, chegar, em alguns momentos a gerar inquietação e desassossego. Várias das realidades mencionadas nos parágrafos precedentes entram no âmbito da diversão. Parece, portanto, oportuno recordar que a diversão pode ter, e isso acontece com frequência, dimensões sociais: o homem pode distrair-se de forma individual, estando a sós, lendo um livro ou passeando, para dar alguns exemplos; mas muitas outras vezes a diversão implica e pressupõe não só companhia, estar com outros, mas organizar reuniões e atividades nas quais, unidos, participando de um mesmo ambiente, de uma mesma satisfação ou alegria, proporciona-se o recreio e o entretenimento de todos.

E, por outro lado, está a festa ou as festas, dias em que o trabalho cessa coletivamente, quando se celebra ou comemora alguma solenidade e nos quais se organizam atividades ou festas que contribuam para que as pessoas possam rir ou divertir-se. Tanto a história como a experiência comum testemunham a existência de numerosas festas, celebradas pelo mais diversos motivos e com as mais diversas características: um casamento, um encontro com antigos amigos, aniversários, feiras, procissões, paradas militares, competições esportivas, jogos… Pode-se dizer que o sentido da festa, de atividades que se organizam ou se desenvolvem, não por necessidade ou utilidade, mas como manifestação da liberdade e da gratuidade e alegria de viver, faz parte da natureza humana.

São Josemaria compreendia profundamente o sentido das festas. Já desde criança aprendeu, no seio do lar materno, a celebrar aniversários e acontecimentos familiares, e participava das festas que se realizavam em Barbastro (sobre os primeiros anos de São Josemaria pode-se encontrar dados no primeiro volume da biografia de Andrés Vázquez de Prada). Aqueles que conviveram com ele, em Madri ou em Roma, tendo já sido fundado o Opus Dei, recordam a importância que ele dava às reuniões familiares ou tertúlias, sua presença – sempre que era possível – na celebração de onomásticos e aniversários, a atenção com que acompanhava – às vezes inclusive tamborilando no braço da poltrona em que estava sentado – momentos em que um coro ou uma pessoa sozinha cantava numa reunião de família uma canção alusiva ao aniversário celebrado, o que contribuía para a alegria (cfr. alguns exemplos em SORIA 2001, passim e URBANO, 1995).

4. Apostolado da diversão e da festa

A diversão – ou, se preferirmos as diversões – constituem não apenas uma das manifestações possíveis do descanso, mas também uma realidade que convida ao apostolado. Os cristãos – afirma o Concílio Vaticano II – são chamados a cooperar “ para que as manifestações e atividades culturais coletivas, próprias de nosso tempo, se humanizem e se impregnem de espírito cristão” (Gaudium et Spes, 61). Depois da Encarnação do Verbo, nenhuma realidade humana nobre é alheia à santificação dos filhos de Deus, inclusive as variadas manifestações do descanso e da diversão. “Esta é a tua tarefa de cidadão: contribuir para que o amor e a liberdade de Cristo presidam a todas as manifestações da vida moderna – a cultura e a economia, o trabalho e o descanso, a vida de família e o convívio social” (Sulco, 302).

Esta contribuição vai requerer, em mais de uma oportunidade, ajudar a promover atividades – excursões, procura de lugares onde passar as férias ou períodos de descanso, reuniões, bailes, sessões de cinema ou de teatro… – nas quais haja alegria, sentido de convivência, valorização da dignidade humana, próprias do espírito cristão. Deve ser empenho de todos os cristãos – e de modo muito particular dos que são chamados a santificar-se no meio do mundo – impregnar, com o espírito de Cristo, as atividades que os homens realizam para distrair-se ou descansar: “Urge recristianizar as festas e o costumes populares. – urge evitar que os espetáculos públicos se vejam nesta disjuntiva: ou piegas ou pagãos. Pede ao Senhor que haja quem trabalhe nessa tarefa urgente, a que podemos chamar ‘apostolado da diversão’” (Caminho, 975).

5. Descanso, festividades litúrgicas, contemplativos no meio do mundo

Para um cristão – como São Josemaria era profundamente cristão – a linguagem e a atitude próprias da festa têm sentido e alcance especiais quando se referem às festas litúrgicas: o domingo e as grandes festividades que celebram a Trindade, Cristo e os acontecimentos centrais da sua vida, a Virgem Maria, os anjos e os santos. Todas estas celebrações são dias privilegiados para “dedicá-los à oração” (Forja, 434), para unir-se a Deus, e em Deus e com Deus, na consciência do valor e no sentido da existência e, portanto, no amor aos outros e na alegria. Assim o entendeu a tradição vivida pela Igreja desde o início, que o Catecismo resume com as seguintes palavras: “durante o domingo e as outras festas de preceito, os fiéis se absterão de entregar-se a trabalhos ou atividades que impeçam o culto devido a Deus, a alegria própria do dia do Senhor, a prática das obras de misericórdia, a distensão necessária do espírito e do corpo” (CCE, n. 2185).

O descanso dominical e festivo comporta, afirma João Paulo II, “enriquecimento pessoal, maior liberdade, possibilidade de contemplação e de comunhão fraterna”. Com esta perspectiva, acrescenta, possuem “uma dimensão ‘profética’ afirmando não só a primazia absoluta de Deus, mas também a primazia e a dignidade da pessoa em relação às exigências da vida social, antecipando, de certa forma, os ‘céus novos’ e a ‘terra nova’” (Dies Domini, 68, que cita, em sua frase final, palavras de 2 Pe 3, 13).

Toda a mensagem de São Josemaria sobre o descanso baseia-se nessa grande estima pelo ser humano, e na amplitude do seu espírito e da sua capacidade de amor, que são consubstanciais à fé cristã. Por isso, em sua pregação e em seus escritos, a distinção e, inclusive, a contraposição entre trabalho e descanso têm lugar, na medida em que implicam momentos e atitudes diversas. Não, porém, entre descanso e oração, pois a oração dá pleno sentido aos momentos em que o espírito serena, se distende ou se regozija; nem entre trabalho e oração, porque o trabalho deve realizar-se com consciência da proximidade de Deus, de modo que o desenvolvimento da vida espiritual leve a fazer do trabalho oração e o cristão chegue a ser, também no desempenho das suas funções e tarefas, contemplativo no meio do mundo.


Bibliografia: CONCÍLIO VATICANO II, Const., Past. Gaudium et spes, 1965; João Paulo II, Carta Enc. Laborem exercens, 1981; Id., Carta Ap. Dies Domine, 1998; Javier ECHEVARRÍA, “A Eucaristia e o descanso dos filhos de Deus” em Eucaristia y vida cristiana, Madri, Rialp, 2005, pp. 183-213; Josef PIEPER, Una teoria de la fiesta, Madri, Rialp, 1974; José Luis SORIA, Mestre de bom humor, São Paulo Quadrante; Pilar URBANO, O Homem de Villa Tevere, São Paulo, Quadrante.

María de la Paz LÓPEZ-HERMIDA RUSSO.

Fonte: opusdei.org/pt-br/article/o-descanso-e-a-santificacao-da-diversao


https://www.presbiteros.org.br/

EDUCAÇÃO CATÓLICA: FUNDAMENTO BÍBLICO, A CONTRIBUIÇÃO DOS PROFETAS

S. Elias profeta | Comunidade Católica Missão Atos

Dom Antônio de Assis
Bispo auxiliar de Belém do Pará (PA)

EDUCAÇÃO CATÓLICA: fundamento bíblico, a contribuição dos profetas (Parte 7) 

Foi muito significativa a contribuição dos profetas para a saúde religiosa, moral e política do povo de Israel. Eles foram profundamente sensíveis aos temas sociais; não só denunciaram problemas, mas foram propositivos nos ensinamentos, alertando, inspirando e educando o povo à superação dos problemas. 

O fio condutor e referência de confronto proposto para o povo em todos os contextos era a Aliança do Amor de Deus para com o povo. Para todos os profetas “amor com amor se paga!”, mas nem sempre o povo foi capaz de viver esse compromisso de reciprocidade (cf. Baruc, 1-5). Por isso a palavra educativa dos profetas está nessa perspectiva de educar o povo para a fidelidade a Deus através da prática das virtudes.   

Esta breve apresentação é simplesmente uma pequena amostra da densidade educativa dos ensinamentos dos profetas. Apesar da diversidade de contextos históricos e das áreas de atuação, a postura educativa deles foi sempre provocante. Por isso podemos afirmar que o profeta é educador, porque movido por nobres ideias e, alimentado pela esperança, estimula novas atitudes e sonha com a transformação da realidade.  

Educar para coerência entre a liturgia e a vida 

Essa é uma das mais significativas insistências do profeta Isaías. Diz o profeta: “quando vocês estão jejuando, só cuidam dos próprios interesses e continuam explorando quem trabalha para vocês. Vejam! Vocês jejuam entre rixas e discussões, dando socos sem piedade. Não é jejuando dessa forma que farão chegar lá em cima a voz de vocês. O jejum que eu quero é este: acabar com as prisões injustas, desfazer as correntes do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e despedaçar qualquer jugo; repartir a comida com quem passa fome, hospedar em sua casa os pobres sem abrigo, vestir aquele que se encontra nu, e não se fechar à sua própria gente” (Is 58,4.6-7). 

Educar para o direito e a justiça 

Vivendo num mundo marcado pela violência da qual também ele foi vítima, o profeta Jeremias educa as autoridades dizendo: “pratiquem o direito e a justiça. Libertem o oprimido da mão do opressor; não tratem com violência, nem oprimam o imigrante, o órfão e a viúva; não derramem sangue inocente neste lugar” (Jr 22,2-3). “Ai daquele que constrói a sua casa sem justiça e seus aposentos sem direito, que faz o próximo trabalhar por nada, sem dar-lhe o pagamento” (Jr 22,13).  

Educar para o senso crítico e sinceridade 

O profeta Jeremias foi também muito sensível às questões religiosas, observou em seu tempo muitos falsos profetas e sacerdotes interesseiros que os chamava de “vendedores de ilusões”. Preocupado com o povo para que não se deixassem enganar dizia: “Não dêem atenção às palavras dos profetas que profetizam para vocês. Eles enganam vocês, a visão que eles anunciam é fruto da imaginação, e jamais saiu da boca de Javé” (Jer 23,16). Muito sensíveis à dimensão religiosa também foram os profetas Malaquias e Zacarias. Malaquias acusou o povo e a negligência sacerdotal e os educou para a honestidade religiosa, pois não podemos trapacear a Deus (cf. Ml 1,12-14;3,6-9). Na perspectiva desses profetas a fé deve ser educada para a retidão, pois há uma íntima relação entre ética e vida religiosa. Não se pode cultuar a Verdade enganando a si mesmo e aos outros.  

Educar para a humildade e a obediência 

Essa é uma significativa sensibilidade do profeta Ezequiel que, estando na casa de um oleiro e observando o seu trabalho com o barro dando forma aos objetos, questiona o povo: “Por acaso será que não posso fazer com vocês, ó casa de Israel, da mesma forma como agiu esse oleiro? – oráculo de Javé. Como barro nas mãos do oleiro, assim estão vocês em minhas mãos, ó casa de Israel” (Ez 18,6). O processo de formação que percorremos vai moldando as nossas atitudes e assim crescemos nas virtudes. Por isso precisamos nos educar para obediência tanto a Deus quanto às exigências civis. 

Educar para liberdade e responsabilidade 

A sensibilidade educativa do profeta Ezequiel nos leva à convicção de que cada um é responsável pela própria história com suas múltiplas escolhas. O profeta afirma a existência da nossa liberdade e da responsabilidade. Havia entre os Israelitas um provérbio que dizia que se os pais comessem uvas verdes os filhos nasceriam com a boca defeituosa (cf. Ez 18,2-3). Todavia o profeta contestou esse modo de pensar. O erro dos pais não gera pena para os filhos, cada um deve ser livre e responsável por seus atos (cf. Ez 18,1-18). “O indivíduo que age de acordo com os meus estatutos, que guarda as minhas normas, praticando corretamente a verdade, esse indivíduo é justo, e certamente permanecerá vivo!” (Ez 18,9).  

Educar para a corresponsabilidade comunitária 

Após desenvolver a doutrina da responsabilidade individual o profeta Ezequiel também apresenta ao povo a necessidade da corresponsabilidade comunitária. Cada indivíduo na comunidade, além de cuidar de si mesmo da melhor maneira possível fazendo o bem e evitando o mal, é chamado também a cuidar dos outros e ajudá-los para que não caiam no mal. Diz o profeta: “se você não avisa o injusto para que mude de comportamento, o injusto morrerá por causa de sua própria culpa, mas é a você que eu pedirei contas do sangue dele. Ao contrário, se você prevenir o injusto para que ele mude de comportamento, e ele não mudar, ele morrerá por causa de sua própria culpa, mas você terá salva a sua própria vida» (Ez 33,8-9). A sensibilidade comunitária visa prevenir o mal.  

Educar para a partilha e solidariedade 

O profeta Elias, fugindo do Rei Acab que queria matá-lo, recebeu a Palavra de Deus dizendo-lhe que deveria ir à cidade de Sarepta onde seria alimentado por uma pobre viúva. Chegando lá, encontrou uma senhora muito pobre com seu filhinho; mas além de pobre, era pessimista, egoísta e estava fechada a qualquer forma de partilha do pouco alimento que tinha. Negando-se a compartilhar o seu alimento com o profeta, este a educa a ser generosa confiando na providência Divina. A mulher foi convencida e fez o que Elias tinha mandado. E comeram, tanto ele como também ela e o filho, durante muito tempo. A vasilha de farinha não se esvaziou e a jarra de azeite não se esgotou (cf. 1Re 17,7-16). Também o profeta Zacarias, refletindo sobre a importância do dízimo convoca o povo a dar a própria contribuição para que nada faltasse na Casa do Senhor (cf. Zc 3,6-12). Apesar do sofrimento, mas com o povo arrependido no exílio da Babilônia, o profeta Baruc mobiliza uma campanha em prol da ajuda dos irmãos judeus que tinham ficado em Jerusalém (cf. Br 1,1-12).  

Educar para a honestidade 

O profeta Amós, concentrou o seu olhar sobre a questão da justiça social. Observando a injustiça dos governantes declara a necessidade de mudanças de atitudes “porque esmagam o fraco, cobrando dele o imposto do trigo, eles poderão construir casas de pedras lavradas, mas nelas jamais irão morar; poderão plantar vinhas de ótima qualidade, mas do seu vinho não beberão” (Am 5,11-12). Vendo a injustiça nos tribunais chama os juízes à conversão: “Convertam-se! Procurem o bem e não o mal; então vocês viverão. Quem sabe, assim – como vocês dizem – Javé, Deus dos exércitos, estará com vocês. Odeiem o mal e amem o bem; restabeleçam o direito no tribunal!” (Am 5,13-15). Os ricos e opressores são acusados e educados para a prática da justiça (cf. Am 5,4-8).  

 A educação como estratégia de dominação  

No livro do profeta Daniel temos uma concepção de educação como instrumento de promoção da dominação. Nabucodonosor, rei da Babilônia, domina Jerusalém, se apossa dos seus bens e investe na promoção de uma cultura dominadora através da educação dos jovens. Os jovens selecionados deveriam ser preparados durante três anos e depois passariam a servir aos interesses do rei (cf. Dn 1,3-7).  

 Educar para a intimidade com Deus  

O profeta Oseias chama a atenção do povo para a reflexão e a experiência da misericórdia e a ternura divina. Segundo o profeta Deus não é alheio aos sofrimentos humanos (cf. Os 6,1-2). Mas é necessário que haja esforço pessoal para conhecer a Deus (cf. Os 6,3), pois o que ele quer é o amor e não sacrifícios, o conhecimento da sua ternura, mais do que holocaustos (cf. Os 6,6). 

PARA REFLEXÃO PESSOAL: 

  1. Qual dessas perspectivas de educação lhe chamou a atenção? 
  1. Essas preocupações proféticas são importantes ainda hoje? 
  1. Quando o educador pode assumir a postura de “vendedor de ilusões”? 

Mãe de 7 filhos ganha concurso de beleza e ordenha vaca em coroação

ballerinafarm | Instagram | Fair Use
Por Theresa Civantos Barber

Do Balé à vida no campo, Hannah Neeleman tem uma história realmente incrível.

Quando Hannah Neeleman entrou no concurso de beleza Mrs. Utah, ela fez uma promessa à mãe: se ganhasse, ordenharia uma vaca em sua coroação.

Hannah vive no campo com seu marido e seus 7 filhos. Então, quando ela ganhou o concurso, ela foi correndo para sua casa na zona rural e para sua família. E cumpriu a promessa.

https://www.instagram.com/ballerinafarm/?utm_source=ig_embed&ig_rid=d12b2927-8d02-466f-96a6-55ca15ff016a

Esta cena incrível é apenas a mais recente de uma série de eventos improváveis que só poderiam ter sido escritos pela mão de Deus.

A história de Hannah não é incomum hoje: a garota da cidade que vai viver no campo, tirando da propriedade rural o sustento da família. Ela entende de criação de porcos, de cultivo na montanha, de queijos e outros produtos do leite.

Hannah havia se mudado para Nova York quando menina para estudar dança na mundialmente famosa escola de Balé Juilliard School.

Foi nessa etapa de sua vida que ela conheceu Daniel Neeleman, que queria ser agricultor. Eles pareciam não ter nada em comum, mas Hannah descreveu em sua popular conta do Instagram como os anjos ajudaram em sua trajetória.

https://www.instagram.com/ballerinafarm/?utm_source=ig_embed&ig_rid=5e652170-2d7a-4f0a-b2a7-496b450f6e6f

Daniel e eu nos conhecemos em um jogo de basquete universitário aos vinte e poucos anos. Embora tenhamos nos encontrado algumas vezes nas semanas seguintes, eu estava ocupada com a escola em Nova York e focada na minha carreira de bailarina. Mas eu não conseguia esquecer o sorriso dele. Foi quando o Bom Deus enviou seus anjos para me encaminhar. Do nada, conheci uma família no aeroporto JFK embarcando no mesmo voo que eu. Eles eram da cidade natal do Daniel e eu perguntei se eles o conheciam. “Ele é desses que não se deixa escapar, querida”, eles me disseram. Virando-se, eles se despediram e me deixaram refletindo sobre o assunto. Logo depois, liguei para Daniel e o convidei para sair. Nós nos casamos 3 meses depois. Não foi antes do “sim” que ele me disse que queria ser criador de porcos.

Seu sonho de ser um criador de porcos se tornou realidade, embora não imediatamente. O jovem casal morava na cidade e tinha 4 filhos pequenos quando finalmente comprou uma propriedade rural. Hannah relembra em seu Instagram,

Daniel e eu deixamos a cidade para a vida no campo há 5 anos. Com a tinta ainda molhada no contrato imobiliário da nossa nova pequena fazenda, dirigimos até a loja de produtos agrícolas mais próxima para comprar botas de lama, macacão, luvas e chapéus de palha. Não tínhamos experiência nenhuma. Experiência zero em agricultura. Não possuía uma pá ou um único animal. Sem cachorro, gato ou peixinho dourado. Tínhamos 4 filhos pequenos. Com muito esforço, fizemos a única coisa que sabíamos fazer: contar nossa história e documentar a jornada para todos verem.

O rancho deles se chama Ballerina Farm, e eles estão construindo uma bela vida lá. Hannah publica fotos impressionantes de sua propriedade, bem como conteúdo inspirador sobre a vida familiar, bebês, gravidez, casamento, receitas favoritas e animais de fazenda.

O brilho e o glamour do concurso certamente foram uma mudança de ritmo para Hannah. Ela escreveu:

“Acho que os juízes não esperavam ouvir tanto sobre criação de animais em um concurso de beleza, mas foi isso que eles ouviram… ‘Conheça seu lugar, conheça sua comida’ é um dos meus lemas, então é justo que eu fale sobre feno, porcos e vacas.”

Após a vitória no concurso de beleza de Utah, Hannah começou a se preparar para concorrer no Mrs. America. Mas desta vez ela não está deixando todas as crianças em casa com Daniel. Ela traz o caçula ainda em seu ventre, já que descobriu recentemente que está grávida do 7º filho.

A família Neeleman está crescendo junto com seu rancho, e é uma alegria de se ver. A vida dessa família nos fala sobre inspiração, trabalho e alegria. Seu entusiasmo e contentamento são sempre inspiradores, com ou sem a coroa do concurso.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Um povo que tem Maria tem tudo, diz bispo espanhol

Virgem de Araceli | ACI Digital

CÓRDOBA, 15 fev. 22 / 03:16 pm (ACI).- Na missa que celebrou depois da primeira procissão da Virgem de Araceli de Lucena, em Córdoba, Espanha, o bispo da cidade, dom Demétrio Fernández, disse que um povo que tem Maria tem tudo.

“Ela lhe dará paz e alegria na alma e no coração, como experimentou Lucena, onde a devoção à Virgem de Araceli fez todo o povo experimentar que quem tem Maria tem tudo”, disse o bispo em sua homilia.

A procissão da imagem restaurada da Virgem de Araceli ocorreu no dia 13 de fevereiro, da paróquia de São Francisco e Santo Eulógio até a catedral, onde foi recebida pelo bispo.

A diocese de Córdoba destaca que, ao receber a imagem mariana na entrada da catedral, o bispo disse: “Seja bem-vinda, senhora, a esta casa que é a Igreja, a comunidade dos filhos de Jesus Cristo. Nós Lucentinos e Aracelitanos agradecemos hoje a Deus por termos uma Mãe”.

Dom Fernández pediu à Virgem que abençoe todos os fiéis, especialmente "todos os devotos de Santa Maria de Araceli".

"Mãe da Igreja, protege todos nós que te invocamos e que a tua passagem por esta Santa Igreja Catedral de Córdoba nos encha de alegria e nos faça sentir filhos fiéis da Igreja", pediu o bispo espanhol.

Em sua homilia, dom Fernández disse que o rosto da imagem mariana "nos conecta com nossa Mãe Celeste".

“A Virgem comove os corações e hoje trouxe os lucentinos à catedral de Córdoba para celebrar a missa de domingo e para venerá-la”, acrescentou.

O bispo destacou também que a vida cristã é olhar para Maria, porque “ao olhar para ela compreendemos o que Deus quer de nós”.

“Ela sempre confiou em Deus, produz a paz nos corações, nela se cumprem as bem-aventuranças de seu filho Jesus Cristo e nela está o espelho onde podemos olhar para nós mesmos”, destacou.

A celebração coincidiu com o encontro diocesano de noivos organizado pela delegação Família e Vida, no qual participaram 30 casais que receberam um terço da Virgem para que os acompanhe no caminho da fé.

Fonte: https://www.acidigital.com/

JMJ 2023: nova fase convida a implementar o evento de Lisboa

JMJ Lisboa 2023 nova fase | Vatican News

Implementação é o nome da nova fase da organização e preparação da JMJ Lisboa 2023.

Rui Saraiva – Portugal

O Comité Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 inicia neste mês de fevereiro uma nova fase na organização do evento que terá lugar em Lisboa de 1 a 6 de agosto de 2023.

Após um tempo onde foi promovida uma fase de planeamento, o COL dá lugar agora a uma nova fase. A fase da implementação.

Isso ficou bem claro num encontro que juntou mais de 200 voluntários na tarde de dia 12 de fevereiro naquele que foi o primeiro encontro presencial dos voluntários do COL da JMJ Lisboa 2023.

“O encontro teve um objetivo: envolver todas as equipas na fase de implementação” – pode-se ler no site oficial do evento.

Esteve presente nesta reunião, o cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente tendo destacado a “envolvência” e o pulsar “cada vez mais forte” que o caminho de preparação da JMJ está a suscitar.

Por sua vez, D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa, presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 e também, recentemente nomeado Diretor da Comunicação do evento, apresentou as várias equipas de trabalho do COL, e a todos deixou uma palavra de agradecimento.

Neste encontro, teve importante papel o secretário executivo da JMJ Lisboa 2023, Duarte Ricciardi, que apresentou a ‘Fase de Implementação’, que agora tem início. “É uma fase em que tudo o que andámos a sonhar, nos últimos três anos, vai ganhar forma”, assegura, garantindo que, à medida que se “tornam visíveis estes sinais da preparação”, os jovens “vão-se sentindo, cada vez mais, parte deste caminho” – afirmou.

Desde o dia 27 de janeiro de 2019, quando foi conhecida a escolha da cidade de Lisboa pelo Papa Francisco para a realização da próxima Jornada Mundial da Juventude, que centenas de voluntários participam na preparação da JMJ Lisboa 2023.

Com esta nova fase de implementação foi lançado um vídeo com o testemunho de muitos jovens voluntários, que estão a participar na organização da JMJ Lisboa 2023. São palavras ditas com emoção e que demonstram a enorme expectativa pelo encontro e a alegria de poder partilhar a fé.

Neste vídeo há um especial espaço para D. Américo Aguiar que afirma contar com a vasta equipa da organização da JMJ e agradece os sacrifícios de todos os que estão a colaborar com este grande evento.

A Rádio Vaticano e o Vatican News continuam a acompanhar cada vez com maior intensidade a organização e preparação da Jornada Mundial da Juventude que decorrerá em Lisboa em 2023.

Laudetur Iesus Christus

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF