Catedral de Nossa Senhora da Assunção, Oria, Itália | Vatican News |
"O verdadeiro lugar que cria comunhão para nós
cristãos é e deve permanecer sempre o altar no qual a alegria do encontro com
Cristo é renovada". Palavras do Cardeal Pietro Parolin no domingo (20/02)
na Santa Missa de reabertura da Basílica Menor de Oria, na província de
Brindisi, após três anos de trabalhos de restauração.
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A cúpula, as naves, os
detalhes interiores. A Basílica Menor da cidade de Oria, uma das mais famosas
belezas arquitetônicas do sul da Itália, renasceu da poeira de um canteiro
de obras depois de três anos e neste esplendor recuperado podemos ver o símbolo
de uma "relação", aquela com Jesus, que "pode se regenerar e
permanecer vital". O Cardeal Pietro Parolin presidiu a inauguração
pós-restauração da igreja dedicada a Nossa Senhora da Assunção, construída na
cidade de Oria em meados do século XVIII e desde 2019 fechada para trabalhos de
consolidação e reforma da mesma.
O bispo ensina
com seu testemunho
Em sua homilia na Missa, o
Secretário de Estado trouxe as saudações do Papa Francisco aos fiéis e lembrou
ao bispo de Oria, Dom Vincenzo Pisanello, aos prelados concelebrantes e aos
fiéis o papel que desempenha uma catedral. É "a igreja", disse,
"na qual se encontra a cátedra do bispo, o lugar onde é oferecido à comunidade
o ensino responsável", mas "estaríamos enganados se pensássemos que o
ensino do bispo seja, antes de tudo, uma lista de regras". Seu
ensinamento, disse o Cardeal Parolin, é "o testemunho de um encontro e de
uma experiência de vida, em vez de um sistema doutrinário". E as paredes
do edifício são "o sinal de que pessoas diferentes, provenientes de
lugares e experiências diferentes, tornam-se um só povo, unido pela Palavra da
caridade" e com o bispo "o centro da unidade" da fé".
O lugar da
verdadeira sacralidade
Esta realidade, entretanto, nem sempre transparece no
comportamento das pessoas, que são atraídas em grande parte por outras
"liturgias". “Há algum tempo", observou o Secretário de Estado,
"a sociedade contemporânea vem celebrando muitos ritos em vários ambientes,
como nos centros comerciais, que parecem ter se tornado os bens colonizáveis de
nosso tempo". Aos domingos, antes da pandemia, os estádios são mais
frequentados do que as igrejas e se tornaram lugares de rituais sagrados, a
serem rigorosamente observados. Mas, analisando mais profundamente",
concluiu, "o verdadeiro lugar que cria comunhão para nós cristãos é e deve
permanecer sempre o altar no qual a alegria do encontro com Cristo é renovada,
que nenhuma idade ou doença da vida, à medida que envelhecemos, pode
apagar".