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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Parolin: hoje tudo é sacralizado, para os cristãos o centro da fé continua sendo o altar

Catedral de Nossa Senhora da Assunção, Oria, Itália | Vatican News

"O verdadeiro lugar que cria comunhão para nós cristãos é e deve permanecer sempre o altar no qual a alegria do encontro com Cristo é renovada". Palavras do Cardeal Pietro Parolin no domingo (20/02) na Santa Missa de reabertura da Basílica Menor de Oria, na província de Brindisi, após três anos de trabalhos de restauração.

Vatican News

A cúpula, as naves, os detalhes interiores. A Basílica Menor da cidade de Oria, uma das mais famosas belezas arquitetônicas do  sul da Itália, renasceu da poeira de um canteiro de obras depois de três anos e neste esplendor recuperado podemos ver o símbolo de uma "relação", aquela com Jesus, que "pode se regenerar e permanecer vital". O Cardeal Pietro Parolin presidiu a inauguração pós-restauração da igreja dedicada a Nossa Senhora da Assunção, construída na cidade de Oria em meados do século XVIII e desde 2019 fechada para trabalhos de consolidação e reforma da mesma.

O bispo ensina com seu testemunho

Em sua homilia na Missa, o Secretário de Estado trouxe as saudações do Papa Francisco aos fiéis e lembrou ao bispo de Oria, Dom Vincenzo Pisanello, aos prelados concelebrantes e aos fiéis o papel que desempenha uma catedral. É "a igreja", disse, "na qual se encontra a cátedra do bispo, o lugar onde é oferecido à comunidade o ensino responsável", mas "estaríamos enganados se pensássemos que o ensino do bispo seja, antes de tudo, uma lista de regras". Seu ensinamento, disse o Cardeal Parolin, é "o testemunho de um encontro e de uma experiência de vida, em vez de um sistema doutrinário". E as paredes do edifício são "o sinal de que pessoas diferentes, provenientes de lugares e experiências diferentes, tornam-se um só povo, unido pela Palavra da caridade" e com o bispo "o centro da unidade" da fé".

O lugar da verdadeira sacralidade

Esta realidade, entretanto, nem sempre transparece no comportamento das pessoas, que são atraídas em grande parte por outras "liturgias". “Há algum tempo", observou o Secretário de Estado, "a sociedade contemporânea vem celebrando muitos ritos em vários ambientes, como nos centros comerciais, que parecem ter se tornado os bens colonizáveis de nosso tempo". Aos domingos, antes da pandemia, os estádios são mais frequentados do que as igrejas e se tornaram lugares de rituais sagrados, a serem rigorosamente observados. Mas, analisando mais profundamente", concluiu, "o verdadeiro lugar que cria comunhão para nós cristãos é e deve permanecer sempre o altar no qual a alegria do encontro com Cristo é renovada, que nenhuma idade ou doença da vida, à medida que envelhecemos, pode apagar".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Pedro Damião

S. Pedro Damião | arquisp
21 de fevereiro

São Pedro Damião

Pedro nasceu em Ravena, em 1007. Teve uma infância muito sofrida, ficou órfão muito cedo e foi criado de forma improvisada pelos irmãos que eram em grande número. Mesmo assim, o irmão mais velho, Damião, acabou por se responsabilizar sozinho por seus estudos. Estudou em Ravena, Faenza e Pádua e depois de ter ensinado em Parma, ingressou no mosteiro camaldulense de Fonte Avelana, na Úmbria, que se tornou o centro de suas atividades reformadoras. Pedro, em retribuição à seu irmão Damião, assumiu também o seu nome ao se ordenar sacerdote.

Pedro Damião, aos vinte e um anos, então na Ordem Camaldulense, por seus méritos logo tornou o superior diretor. As regras da Ordem já eram duras, mas ele as tornou mais rígidas ainda. Passou a criticar severamente conventos onde não havia pobreza e sua influência se estendeu por mosteiros da Itália e da França, entre eles Montecassino e Cluny, que passaram a seguir seus conceitos. Com seu reformismo, trabalhou incansavelmente para devolver à vida religiosa seu sentido de consagração total a Deus, na austeridade da solidão e da penitência.

Pedro Damião era um sacerdote contemplativo, de vida simples, adepto à vida monástica e desse modo singular atacava o luxo dos cardeais. Citava os apóstolos Pedro e Paulo como exemplos, pois percorreram o mundo para evangelizar, sendo magros e andando descalços, ou seja, para levar a Palavra de Deus, era necessário sobretudo se despojar dos apegos materiais. Foi desse modo que solidificou a austeridade religiosa e como viveu toda sua existência terrena.

Seu trabalho não parou aí. Havia, na época, a venda de títulos, funções e cargos da Igreja, como se fazia com os títulos feudais. A essa troca de favores se deu o nome de simonia clerical. O ato de comprar ou vender benesses espirituais, era antigo e esse nome deriva de Simão, o Mago, que procurou comprar dos Apóstolos graças espirituais. Dessa forma, cargos da Igreja acabavam ocupados por pessoas despreparadas e indignas que se rebelavam contra a disciplina exigida deles, principalmente com relação ao celibato.

A Igreja, assim dilacerada, vitimada pelas discórdias e cismas, tinha necessidade de homens cultos e austeros como padre Pedro Damião. Por isso, ele foi chamado à Santa Se para auxiliar nesses combates. Esteve ao lado de seis papas, como viajante da paz, e em particular colaborou com o cardeal Hildebrando, o grande reformador que se tornou o Papa Gregório VII.

Pedro Damião após várias peregrinações à cidade de Milão, à França e à Alemanha, se tornou cardeal e foi designado para a diocese de Óstia. Seus escritos, após a sua morte, prosseguiram doutrinando religiosos importantes. Aos poucos, a situação da Igreja foi se normalizando. Já velho, foi enviado à Ravena para recompor a questão do antipapa. Morreu em 1072, na cidade italiana de Faenza, quando voltava de uma missão de paz.

A fama de sua santidade em vida se cristalizou junto aos fiéis, que então passaram a venerá-lo como santo. Em 1828 o papa Leão XII declarou Santo Pedro Damião e o proclamou também doutor da Igreja, por seus numerosos escritos teológicos e pela incansável e eficiente atuação para a unidade da Santa Mãe, a Igreja Católica de Roma.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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domingo, 20 de fevereiro de 2022

Dos Capítulos sobre a Caridade, de São Máximo Confessor, abade

Caridade | Paróquia Bom Jesus

Dos Capítulos sobre a Caridade, de São Máximo Confessor, abade

(Centuria 1, cap. 1,4-5.16-17.23-24.26-28.30-40: PG 90,962-967) (Séc. VIII)

Sem a caridade, tudo é vaidade das vaidades

A caridade é a boa disposição do espírito, que nada coloca acima do divino conhecimento. Ninguém poderá jamais alcançar uma caridade permanente de Deus, se estiver preso pelo espírito a qualquer coisa terrena.

Quem ama a Deus antepõe o conhecimento e a ciência dele a toda sua criatura. Nele pensa incessantemente com íntimo desejo e amor.

Se todas as coisas que existem têm Deus por criador e por ele foram feitas, então Deus, que assim as criou, como não será incomparavelmente de maior valor? Quem abandona a Deus, o bem insuperável e se entrega ao que é pior, dá provas de considerar Deus abaixo da criação.

Quem me ama, diz o Senhor, guardará meus mandamentos. É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros. Portanto, quem não ama o próximo, não guarda o mandamento. Quem não guarda o mandamento, também não pode amar o Senhor.

Feliz o homem que é capaz de amar igualmente todos os homens.

Quem ama a Deus, ama também sem exceção o próximo. Sendo assim, não consegue guardar seu dinheiro, mas gasta-o divinamente, dando a quem quer que dele precise.

Quem, à imitação de Deus, dá esmolas, não faz diferença nas necessidades corporais entre bons e maus, porém a todos igualmente distribui em vista da indigência real. Contudo, em atenção à boa vontade, prefere o virtuoso e diligente ao mau.

A caridade não se revela apenas nas esmolas em dinheiro. Muito mais em partilhar a doutrina e em prestar serviços corporais.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Filhos mandões: como evitar a “síndrome do imperador”

Shutterstock
Por Ricardo Sanches

Crianças que não tiveram limites durante a formação podem se tornar adultos com dificuldades para entender e obedecer regras.

Dias atrás, ouvi um relato atordoado de um grande amigo. Ele me confidenciou: “Meu filho pequeno quer mandar em mim e na minha casa, não sei mais o que faço”.

Na tentativa de entender um pouco mais o drama que ele estava vivendo – já que eu também tenho um filho pequeno e isso também poderia acontecer comigo – quis ouvi-lo um pouco mais.

Ele, então, me contou sobre alguns comportamentos da criança que o deixavam incomodado. Por exemplo: o rapazinho de cinco anos estava se tornando o dono da TV da casa. Não deixava ninguém assistir a outro programa que não fossem os desenhos de que ele gosta.

Além disso, o garoto “exige” (nas palavras do meu amigo) que os pais façam tudo o que o que ele quer. E tem que ser na hora! E, se os pais não obedecem, é birra na certa.

Outra situação preocupante: quando contrariado, o menino se torna agressivo. Passa a querer bater nos pais e na irmã, além de ficar “emburrado” e falar palavrões.

A “síndrome do imperador”

Eu falei com o meu amigo que esse comportamento tirano da criança poderia ser um sintoma da “síndrome do imperador”. Porém, ele admitiu que não sabia o que era a tal síndrome. Talvez nem você saiba. Por isso resolvi compartilhar algumas linhas acerca dessa inversão de comportamento.

A psicologia define a “síndrome do imperador” como um conjunto de comportamentos inadequados construídos ao longo da infância por crianças que não tiveram limites em sua formação e passaram a ter dificuldade de compreender regras e de respeitar a autoridade”.

Na definição, duas palavras que eu gostaria de destacar: “limite” e “autoridade”. De fato, é preciso ensinar as crianças, desde cedo, que tudo na vida tem regras e que elas precisam ser respeitadas. Ninguém pode sair fazendo o que dar na cabeça, principalmente quando o assunto é obediência aos pais e às regras da família e da sociedade.

Mas não é só a ausência de limites e de autoridade por parte dos pais que acaba por gerar uma criança mandona.

Possíveis causas da “síndrome do imperador”

De acordo com os especialistas, outras fatores contribuem para o desenvolvimento desse comportamento autoritário dos filhos – e alguns deles podem estar interligados.

1.Terceirização da educação. Por causa do trabalho, os pais podem passar muito tempo longe dos filhos e terceirizam a educação para as babás, creches ou parentes. Quando estão com as crianças, pais e mãoes querem superprotegê-los e sentem até dificuldades em contrariá-los. Atender todas as vontades dos pequenos para compensar uma ausência pode ter consequências drásticas;

2. Educação permissiva. Tem a ver com a falta de limites. Há pais que, na ânsia de garantir liberdade e aprendizado, permitem que os filhos façam o que quiserem. Mas, muitas vezes, acabam perdendo as rédeas. Resultado: filhões mandões e mimados;

3. Filhos únicos. Não é regra, mas, geralmente, os filhos únicos são mais superprotegidos. Sem ter que dividir tempo e dinheiro com outros filhos, os pais, muitas vezes, acabam fazendo tudo o que eles querem.

Como tratar

A boa notícia é que esse mau comportamento dos filhos tem cura! Mas a mudança, claro, depende totalmente dos pais. No livro Los hijos tiranos: el síndrome del emperador(“Os filhos tiranos: a síndrome do imperador”), o psicólogo Vicente Garrido Genovés, apresenta três formas de reverter o comportamento autoritário dos filhos:

1. Aplicar a inteligência emocional na educação dos filhos. Os pais precisam ensinar os filhos a reconhecer as emoções e a lidar com elas;

2. Cultivar habilidades não violentas. Em casa, os pais precisam evitar gritarias e discussões fora do tom perto das crianças. Os progenitores precisam incentivar o diálogo e a escuta. E o exemplo dos adultos é primordial para inspirar o comportamento dos filhos;

3. Colocar limites. É preciso colocar regras claras sobre o que pode e o que não pode na dinâmica familiar e social. Depois, cobrar as crianças quando elas ultrapassarem as linhas estabelecidas. Saber dizer não é uma grande vantagem para quem não quer ter um filho mandão e sem limites.

Enfim, nós, pais precisamos estar atentos aos comportamentos dos filhos. Se algo incomodar (como no caso do meu amigo), é hora de acender a luz amarela. Reflita sobre como está sendo a educação que você está dando para ele, as possíveis causas do comportamento que desagrada e o que é preciso para corrigir. Se for precisa, procure ajuda profissional, converse com os amigos que também são pais.

Afinal, é nossa missão formar verdadeiros cidadãos, que saibam quais são seus lugares no mundo (e respeitem os lugares dos outros – em todos os sentidos).

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Secretário de Bento XVI: A pessoa e a obra de Ratzinger são um obstáculo ao Caminho Sinodal alemão

Mons. Ganswein | Guadium Press

O arcebispo Ganswein concedeu uma entrevista à EWTN.

Redação (19/02/2022 17:32Gaudium Press) Em uma importante entrevista com Andreas Thonhauser da EWTN, o secretário pessoal de Bento XVI, Mons. Georg Ganswein, contou alguns detalhes da resposta que o Papa Emérito deu ao Relatório sobre os abusos da Arquidiocese de Munique.

O prelado falou do trabalho pioneiro de Bento XVI dentro da Igreja contra a praga dos abusos, inclusive contra a resistência de certas autoridades vaticanas.

Monsenhor contou que o Papa Emérito está bem, e que é verdade que com a resposta um peso foi tirado de seus ombros.

O arcebispo Ganswein ratificou o erro humano não intencional sobre a participação do Papa Emérito na reunião de 1980, na qual foi definida a transferência de um sacerdote abusador da Diocese de Essen para a Arquidiocese de Munique. Nessa reunião não se decidiu dar a este sacerdote qualquer cargo pastoral, mas que ele foi recebido para tratamento terapêutico na Arquidiocese, algo que foi solicitado pela Diocese de Essen. Nessa reunião, eles apenas discutiram se o pedido deveria ou não ser aceito. O Cardeal Ratzinger concordou em alojá-lo para tratamento, apenas isso. O motivo do tratamento do sacerdote não foi discutido naquela reunião.

Mons. Ganswein também contou alguns antecedentes da participação do Papa Bento XVI na elaboração do Relatório de Abusos da Arquidiocese de Munique.

Bento foi questionado se queria participar daquele Relatório, ao que respondeu que não tinha nada a esconder e que o faria de bom grado. Então, entregaram-lhe 20 páginas de perguntas e que poderia consultar a documentação na qual as perguntas se basearam.

Um professor, em Roma, teve que revisar a documentação digital, mas sem poder copiar e colar trechos das 8.000 páginas, apenas anotando na margem. A informação digital não foi entregue inicialmente, mas somente após um pedido. Posteriormente, tudo foi colocado em uma sequência lógica em relação às perguntas. Em seguida, os consultores redigiram um primeiro rascunho da resposta à qual o Papa Emérito “deu uma primeira olhada”. Já neste primeiro rascunho estava o erro, que ninguém notou. Por fim, foram enviadas 82 páginas de resposta.

O arcebispo Ganswein revelou que foi o próprio Bento XVI quem decidiu que deveria haver, em resposta ao Relatório de Abuso de Munique e ao escândalo da mídia que se seguiu, uma carta pessoal dele e um documento mais jurídico. O Monsenhor ressaltou que a Carta, onde Bento expressa a sua dor por ter sido tachado de mentiroso, foi escrita na presença de Deus, perante o tribunal que, devido à sua idade, estará em breve.

Ratzinger, sempre o mesmo contra o abuso

O prelado declarou que, desde que começou a trabalhar com Bento XVI em 1996, o Papa Ratzinger sempre manteve a mesma postura em relação à questão dos abusos: “Ele sempre esteve convencido de que a transparência e a clareza eram necessárias; que tinha que chamar as coisas pelo nome; que nada deveria ser encoberto. E fez isso com João Paulo II, procurando que suas ações seguissem suas convicções”.

No Vaticano e devido à ação decisiva de Ratzinger, “houve uma mudança de mentalidade, que, como era necessário, foi seguida de uma mudança em nível legal”.

A essas modificações “houve relutância interna. Havia uma resistência que se mostrava muito abertamente. Mas [Ratzinger] sempre soube que essa resistência poderia e deveria ser superada com a ajuda do Papa João Paulo II, e assim o foi, graças a Deus.” Ele sempre caminhou para essas modificações, tanto na Congregação para a Doutrina da Fé e como Papa, afirmou o Arcebispo.

Mons. Ganswein constatou, particularmente de alguns meios de comunicação, a animosidade em relação a Ratzinger, uma mídia que não conhece os fatos ou não quer conhecê-los.

O Caminho Sinodal

Sobre a suposta relação entre a publicação do Relatório e os objetivos queridos e almejados pelo chamado Caminho Sinodal Alemão, Mons. Ganswein apenas respondeu que, longe de especulação, “certos objetivos aos quais aspira o Caminho Sinodal Alemão são algo em que a pessoa e a obra de Bento se apresentam como obstáculo.”

O arcebispo Ganswein relatou que pôde observar os textos que foram recentemente aprovados pelo Caminho Sinodal e para onde conduzem. Referindo-se a esses textos, ele disse que “se querem uma Igreja diferente, por assim dizer, que não seja mais baseada na Revelação, e se querem uma estrutura diferente da Igreja que não seja mais sacramental, mas pseudo-democrática, então devo ver que isso não tem mais a ver com a compreensão católica, com a eclesiologia católica, com a compreensão católica da Igreja”.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Última foto de são Maximiliano Kolbe antes de ser preso por nazistas é divulgada

S. Maximiliano Kolbe - Church Poland | ACI Digital
17 fev 1941

VARSOVIA, 18 fev. 22 / 11:01 am (ACI).- Em 17 de fevereiro, dia em que são Maximiliano Kolbe foi preso pelos nazistas, a Igreja na Polônia divulgou uma foto pouco conhecida do santo.

São Maximiliano Maria Kolbe era padre e frade franciscano conventual polonês e foi morto pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

O santo, que sabia desde criança que seria um mártir, morreu no campo de concentração de Auschwitz, Polônia, depois de pedir para ser levado no lugar de um prisioneiro que estava prestes a ser executado.

A Conferência Episcopal da Polônia lembrou em sua conta no Twitter que em um dia como hoje, durante a Segunda Guerra Mundial, São Maximiliano Kolbe foi preso pelos nazistas.

Para comemorar o aniversário deste evento histórico, a Igreja na Polônia divulgou "a última foto" do santo antes de seu cativeiro.

“Em 17 de fevereiro de 1941, padre Maximiliano Kolbe foi preso e levado para a prisão de Pawiak, de onde foi enviado para Auschwitz. Esta é a última foto antes da prisão", disse.

A foto gerou surpresa e comentários entre os internautas, já que o rosto do santo estava bem diferente do que normalmente se conhece, com uma barba longa.

A conferência episcopal disse que são Maximiliano Kolbe havia se barbeado antes de ser imortalizado naquela fotografia e disse que o retrato é uma das duas "únicas relíquias" que existem do padre mártir.

“Os frades franciscanos fizeram a barba do padre Kolbe e guardaram o cabelo de sua barba. Estas são as únicas relíquias de são Maximiliano", disse.

O santo refutou publicamente as ideias do nacional-socialismo, por serem contrárias à fé e, em vez de salvar sua vida alegando a origem alemã de seu pai, ele se solidarizou com o povo judeu que naqueles anos era perseguido pelos nazistas.

Sua atitude desafiadora e heroica o levou a ser perseguido e transmitiu a esperança cristã antes e durante o cativeiro.

O santo também foi um grande promotor da devoção ao Imaculado Coração de Maria e um dos fundadores do complexo religioso “Cidade da Imaculada”, em Varsóvia, se manteve firme à cruz de mãos dadas com Nossa Senhora até o final de sua vida.

Fonte: https://www.acidigital.com/

A esperança nos faz olhar o futuro!

Facabook

Dom José Gislon
Bispo de Caxias do Sul (RS)

Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! A vida de cada cristão deve ser profundamente marcada pela fé, pelo amor, pela esperança e a caridade; lembrando que no centro de toda a nossa vida está o amor que Deus derramou em nossos corações. Foi pelo perdão, na morte do seu Filho Jesus na cruz, que Deus nosso Pai, reconciliou a humanidade ferida pela dor do pecado que fere a vida, dom maior de Deus. E é dessa graça que vivemos, com uma esperança inabalável, até nas tribulações, porque muitas vezes é nas tribulações que mais sentimos o poder da sua graça tocar o nosso coração, nos passos da vida. 

No dia do juízo final, o que marcará o nosso encontro com o Pai é o amor. Não um amor vivido de forma egoísta ou no vazio existencial, mas um amor que dá sentido à nossa passagem por este mundo e nos ajuda a revelar a ternura e a compaixão de Deus no nosso agir. O amor tem a capacidade de tornar eterno e divino o nosso agir neste mundo. E para viver o amor não é necessário realizar tarefas extraordinárias, nem ser um herói. É suficiente dar de comer a quem tem fome, de beber a quem tem sede, acolher o estrangeiro, vestir quem está nu, visitar os enfermos e os encarcerados. Às vezes, somos tentados a fazer coisas extraordinárias, mas Jesus nos diz que para merecer a vida eterna basta fazer as ordinárias, que estão ao nosso alcance e revelam amor e compaixão pela vida do nosso irmão e da nossa irmã. 

Todos nós podemos ter grandes ideais no coração e nos projetos de vida em relação ao futuro, e é bom que os tenhamos, para podermos ser protagonistas de um novo tempo. Mas o tempo e as provações que vamos encontrando ao longo do caminho podem esfriar a paixão e a dedicação pela busca dos ideais que cultivamos, quem sabe por longos anos. Quando deixamos de lado os nossos ideais, passamos a ser dominados pela apatia, perdemos a esperança de que vale a pena continuar a sonhar e a acreditar no trabalho, na persistência, nas inovações, para superar as dificuldades do momento e poder realizar aquilo que nos motivou a iniciar um caminho.   

Por isso, é preciso “um caminho cotidiano de reapropriação dos nossos projetos e dos nossos ideais”. Esta motivação, “reapropriação”, precisa ser cultivada também na vida de fé, para manter vivo o sentido de pertença a uma comunidade e comunhão com o Senhor Jesus. Quando a nossa vida de fé começa a esfriar, é sinal de que precisamos fazer memória histórica, no nosso coração, do testemunho de fé dos nossos antepassados, como fizeram os profetas das Sagradas Escrituras com o povo de Deus. Tendo presente que a fé do nosso povo é marcada por gestos grandiosos, de corações simples que temem a Deus, e carregam no coração uma esperança inabalável no amor e na misericórdia do Pai, que vela por seus filhos e filhas que peregrinam neste mundo.  

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

VII Domingo do Tempo Comum - Ano C

Dom Paulo Cezar | arqbrasilia

VII Domingo do Tempo Comum

Dom Paulo Cezar Costa / Arcebispo de Brasília

Amai os vossos inimigos

            A palavra de Deus deste VI domingo do tempo comum (Lc 6, 27 – 38) coloca diante de nós a experiência do amor cristão. O mundo pagão e o judaísmo do tempo de Jesus não conheciam um mandamento positivo de amor para com os inimigos: “Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam, orai por aqueles que vos difamam” (Lc 6,27-28). Um ensinamento análogo já se encontrava, esporadicamente, no helenismo estóico, no judaísmo helenista, no ensinamento rabínico, muito embora não se chegue a mandar positivamente o amor para com o inimigo. As palavras de Jesus, neste assunto, representam, historicamente, o primeiro caso em que a idéia de amor para com o inimigo se torna norma bem clara para uma comunidade – aquela dos discípulos de Jesus.

Mesmo que este ensinamento seja presente nos filões culturais da época, Jesus sublinha o amor para com os inimigos (a insistência sobre conceitos expressos pelos verbos: “odeiam, maldizem, caluniam”). Esta expressão vai entendida não no sentido de um inimigo pessoal, mas de qualquer inimigo, também os pecadores, os pagãos (bom samaritano em Lc 10,30-37), até o perseguidor da comunidade. Isto não por interesse, mas por uma gratuita sintonia com a ilimitada misericórdia de Deus (Lc 6,36).

O discípulo é exortado a atitudes que vão muito além, e até mesmo estão em contraposição à mentalidade do mundo: “se amais os que vos amam, que graça alcançais? Pois até mesmo os pecadores amam aqueles que os amam” (Lc 6, 32). É a mentalidade de Deus, a lógica de Deus que deve guiar a vida, a conduta e as atitudes do discípulo.  É a lógica do Pai do céu que norteia o discípulo: “sereis filhos do Altíssimo, pois ele é bom para com os ingratos e maus” (Lc 6, 35).  A recompensa que o discípulo deve esperar é a do Pai eterno, a recompensa no céu. Numa sociedade imediatista, onde são os interesses que pautam as relações, o discípulo de Jesus Cristo, o cristão deve ser alguém que vive na terra, mas tem a cabeça no céu, tem os critérios de Deus nas pequenas e grandes decisões e atitudes do dia a dia.

Este mandamento de Jesus nos ajuda a refletir sobre o amor, a entrar na lógica nova trazida por Jesus. O termo usado aqui para indicar amor é o ágape (agapate), isto é, o amor na sua gratuidade. O ágape designa essencialmente o amor na sua fonte, em Deus. O amor ágape é o amor de Deus, é o amor na sua gratuidade, sem interesse. É o amor com o qual Deus nos ama e que o ser humano vive, experimenta e participa mediante o dom do Espírito (Rm 5, 5).

É no Espírito de Deus que o ser humano também pode amar na sua gratuidade, pode amar até os inimigos. O amor ágape nos coloca numa lógica nova, livrando-nos dos interesses e da lógica do mercado. É o agir e fazer por pura gratuidade imitando a gratuidade de Deus, que também é bom para com os ingratos e maus. Que o encontro com este Evangelho nos ajude a crescer no caminho de um amor verdadeiramente gratuito.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Papa: como é triste quando povos cristãos pensam em fazer guerra entre si

Papa Francisco no Ângelus | Vatican News

“Como é triste quando pessoas e povos orgulhosos de serem cristãos veem os outros como inimigos e pensam em fazer guerra entre si! Rezar pelos nossos inimigos é o primeiro passo para transformar o mal em bem". Palavras do Papa Francisco no Angelus deste domingo, 20 de fevereiro.

Jane Nogara - Vatican News

No Angelus deste domingo (20/02) o Papa Francisco nos ensina algumas “indicações fundamentais para a vida”. Francisco falou sobre “as situações difíceis”, que são um teste para nós, ou seja, quando nos deparamos com aqueles que são inimigos e hostis para nós. Como agir? O exemplo vem diretamente de Jesus, quando diz "Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam". E ainda mais concretamente: "A quem te ferir numa face, oferece a outra”. Para nós parece que o Senhor pede o impossível. “Mas será isso mesmo? Será que o Senhor realmente nos pede coisas impossíveis e injustas?”, pergunta-nos Francisco.

Dar a outra face

Depois de recordar que Jesus, ao receber uma bofetada do guarda durante sua paixão ele simplesmente argumenta: "'Se falei mal, testemunha sobre o mal. Mas, se falei bem, por que me bates?' Pede explicação pelo mal recebido”. E o Papa explica: “Dar a outra face não significa sofrer em silêncio, ceder à injustiça. Jesus com sua pergunta denuncia o que é injusto”, “a mansidão de Jesus é uma resposta mais forte do que a bofetada que recebeu”. “Isso é dar a outra face” e pondera:

“Dar a outra face não é o recuo do perdedor, mas a ação de quem tem maior força interior, que vence o mal com o bem, que abre uma brecha no coração do inimigo, desmascarando o absurdo de seu ódio.”

Amar os inimigos

Em seguida o Papa reflete sobre outro ponto: “É possível que uma pessoa venha a amar seus inimigos? Se dependesse apenas de nós, seria impossível. Mas lembremos que quando o Senhor pede alguma coisa, Ele quer dá-la”.  Então Francisco nos ilumina afirmando: “O que devemos pedir-Lhe? O que Deus tem o prazer de nos dar? A força de amar, que não é uma coisa, mas é o Espírito Santo. Com o Espírito de Jesus, podemos responder ao mal com o bem, podemos amar aqueles que nos ferem. Isso é o que fazem os cristãos".

“Como é triste quando pessoas e povos orgulhosos de serem cristãos veem os outros como inimigos e pensam em fazer guerra entre eles!”

Então o Papa conclui fazendo-nos refletir “na nossa vida, aplicamos os convites de Jesus?” E sugere:

“Pensemos em uma pessoa que nos fez mal. Talvez haja um ressentimento dentro de nós. Então, coloquemos este ressentimento ao lado da imagem de Jesus, manso, durante o seu julgamento. E depois peçamos ao Espírito Santo que aja em nossos corações”.

E recomenda, "oremos pelos nossos inimigos". “Rezar por aqueles que nos trataram mal é o primeiro passo para transformar o mal em bem. Que a Virgem Maria nos ajude a sermos pacificadores para todos, especialmente para com aqueles que nos são hostis e não gostam de nós”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Jacinta de Jesus Marto

Jacinta Marto | arquisp
20 de fevereiro

Jacinta de Jesus Marto

Jacinta de Jesus Marto nasceu em Aljustrel, Fátima, a 11 de março de 1910. Foi batizada uma semana depois. Á ela junto com o irmão Francisco e a prima Lúcia, três simples crianças pastoras analfabetas, foi dada a graça de presenciar as aparições de Nossa Senhora, na sua pequenina aldeia.

Além das cinco aparições da Cova da Iria e uma dos Valinhos, Nossa Senhora apareceu à Jacinta mais quatro vezes em casa durante a doença, uma grave pneumonia que a acometeu juntamente com seu irmão Francisco.

Nessa primeira aparição, quando ambos já estavam acamados, assim descreve a pequenina: "Nossa Senhora veio nos ver e diz que vem buscar o Francisco muito em breve. E a mim perguntou-me se queria ainda converter mais pecadores. Disse-lhe que sim". De fato, logo depois Francisco morreu santamente.

Nessa ocasião, ao aproximar-se o momento da partida de Francisco, Jacinta recomenda-lhe: "Leve muitas saudades minhas a Nosso Senhor e a Nossa Senhora e diz-lhes que sofro tudo quanto Eles quiserem para converter os pecadores". Jacinta ficara tão impressionada com a visão do inferno durante uma das aparições da Virgem em Fátima, ocorrida em 13 de julho de 1917, que nenhuma mortificação e penitência era demais para salvar os pecadores.

A vida da pequena Jacinta foi caracterizada por esse extremo espírito de sacrifício, o amor ao Coração de Maria, ao Santo Padre e aos pecadores. Sempre levada pela preocupação da salvação dos pecadores e do desagravo ao Coração Imaculado de Maria, de tudo oferecia um sacrifício a Deus, dizendo sempre a oração que Nossa Senhora lhes ensinara: "Ò Jesus, é por Vosso Amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria".

Quase um ano depois da morte de Francisco, Jacinta faleceu, era 20 de fevereiro de 1920. O seu corpo foi enterrado no cemitério de Ourém, sendo transladado em 1935 para o cemitério de Fátima. Em 1951 foi finalmente transferida para a Basílica do Santuário.

No dia 13 de maio de 2000, dia da festa de Nossa Senhora de Fátima, foi um dia muito especial não só para os portugueses, mas para a família católica inteira. O Papa João Paulo II, esteve na cidade portuguesa para beatificar Jacinta de Jesus Marto, marcando sua celebração para a data de sua morte. A cerimônia ocorreu na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, com a presença da Irmã Lúcia de Jesus.

Os acontecimentos de Fátima e os pastorzinhos são porta-vozes do convite materno de Maria ao acolhimento, ao amor, à confiança, à pureza de vida e de coração e à entrega de si mesmo a Deus e aos outros, em atitude de solidariedade e de fé inquebrantável. A beatificação de Jacinta de Jesus Marto nos lembra a vocação última da Igreja e a comunhão dos santos.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF