Translate

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Jesus? Quem é Ele?

YouTube

Jesus? Quem é Ele?

O Evangelho desta quinta-feira da 6ª Semana do Tempo Comum lança uma reflexão crucial para a fé de todo cristão: Quem é Jesus? Qual lugar Ele ocupa na minha vida? Com tantas vozes que se misturam e gritam por atenção na atualidade, o Senhor se manifesta no silêncio eloquente, no escondimento aparente, na simplicidade que irradia.

Jesus? Quem é Ele? A pergunta que foi feita pelo próprio Mestre aos seus discípulos, buscando levá-los à reflexão de quem as pessoas da época diziam que Ele era; para nós, hoje, é quase que um exame de consciência que nos impele a perguntar qual lugar estou dando para Jesus na minha vida, na minha história, no meu dia a dia, na minha existência.

As várias vozes também se levantavam no tempo de Jesus e, muitas vezes, confundiam o povo quanto à verdade de seus conteúdos. Por isso, muitos, como responderam os discípulos, viam Jesus como um grande profeta, um eloquente pregador, uma figura reformista da comunidade. Mas a experiência pessoal com Cristo leva à verdade, pois os discípulos professam: Tu és o Messias! Sentar-se aos pés do Mestre, escutá-Lo, ver suas ações, sentir com Ele… tudo isso só pode ser realidade se se cria intimidade.

O Papa Francisco, desde o início do seu pontificado, tem alertado a humanidade sobre a grande crise humana que gera as relações descartáveis e superficiais. Não é à toa que, hoje, a solidão ensurdecedora gera tantos males psicológicos nas pessoas: rodeados de muitos, acabamos, por vezes, estando sozinhos! Mas, por que sozinhos se temos a possibilidade de termos a companhia do melhor dos amigos? Nosso Senhor deseja ardentemente estar com o homem, não porque Ele é incompleto: pelo contrário, na perfeição de sua divindade, o amor é tão completo que transborda de

Si e chega ao homem como objeto de seu amor.

Por isso, podemos, novamente, nos perguntar: Jesus? Quem é Ele? O Papa Francisco nos ajuda a responder essa pergunta em tom bastante pessoal de diálogo com o Cristo: “Quem sou Eu para ti, que acolheste a fé, mas ainda tens medo de te fazeres ao largo da minha Palavra? Quem sou Eu para ti, que és cristão há tanto tempo, mas que, desgastado pelo hábito, perdeste o primeiro amor? Quem sou Eu para Ti, que vives um momento difícil e tens necessidade de despertar para recomeçar?”

“É isso que interessa ao Senhor: estar no centro dos nossos pensamentos, tornar-se o ponto de referência dos nossos afetos; ser, em síntese, o amor da nossa vida. Não as opiniões que temos sobre Ele: isto não lhe interessa. A Ele interessa o nosso amor, se Ele está no nosso coração.” E, o Senhor repreende os discípulos para que não falassem sobre a descoberta deles para ninguém, naquele momento. Mas, por que? Se ele, como diz o Papa Francisco, quer ser o centro de nossa vida, por que, naquele momento, não sair dizendo a todos quem Ele era? Porque não são as nossas opiniões que valem, mas sim a experiência. O encontro com o Senhor não seria em meio às vozes barulhentas de tantos que falavam de si, faziam referência à sua mensagem, mas sim, numa experiência.

A nós também, na atualidade, o Cristo quer nos encontrar na experiência. Há dois milênios, Ele tem se manifestado ao homem em sua pessoalidade, seja por meio do encontro pessoal com Ele na oração, seja neste mesmo encontro pessoal, por meio dos Sacramentos e de sua Palavra que Ele mesmo deixou sob a autoridade da Igreja.

Os homens, as letras, as ações, as vozes… tudo isso é instrumento. O Caminho, a Verdade e a Vida são Ele, vêm Dele. Seu Corpo Místico, a Igreja, dispõe de uma autoridade imensurável dada por Ele, para comunicar a sua voz. Portanto… Jesus? Quem é Ele? O encontro não com uma ideia, mas com uma pessoa, só se dará quando formos aqueles que dão morada para Aquele que, nascendo em uma manjedoura e morrendo numa cruz, não se abstém de habitar no nosso coração, que é mais pobre do que a manjedoura e, por vezes, mais violento do que a Cruz. Deixemo-nos, pois, ser alcançados e amados por Ele.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Sacerdotes amados e respeitados no seu ministério!

Eucaristia | Vatican News

Voltar às fontes de seu chamado desde o batismo para viver sua vocação sacerdotal de “viver e amar como Jesus viveu e amou” para ser sinal da salvação.

Padre Guanair da Silva Santos

Caros amigos e leitores!

O Simpósio Internacional “para uma teologia fundamental do sacerdócio” com certeza foi aguardado e esperado por muitos ministros ordenados neste tempo de mudança de época com os desafios do contexto atual. Neste período, vivemos grandes desafios e questionamentos diversos de diversos setores da sociedade, a respeito do celibato, de abusos sexuais e de poder. O Cardeal Marc Ouellet, Prefeito da Congregação para os Bispos, nos convoca a refletir e aprofundar o tema. "O que se pode esperar de uma 'teologia fundamental do sacerdócio' no contexto histórico atual, dominado pelo drama dos abusos sexuais perpetrados pelos clérigos? Não deveríamos nos abster de falar do sacerdócio quando os pecados e crimes de ministros indignos estão nas primeiras páginas da imprensa internacional, seja por trair seu compromisso ou por encobrir vergonhosamente os perpetradores de tal depravação? Não deveríamos ficar em silêncio, arrepender-nos e procurar as causas de tais delitos? ".

Creio que este Simpósio é um sopro do Espírito que nos leva e escutar a realidade ou realidades dos sacerdotes hoje na perspectiva de uma “Igreja sinodal” e assim, como discípulos do Divino Mestre “nos coloquemos à escuta do Espírito Santo que, como o vento, «sopra onde quer; ouves o seu ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai» (Jo 3, 8), permanecendo abertos às surpresas para as quais certamente nos predisporá ao longo do caminho. Creio também, que o Simpósio tenha despertado em muitos sacerdotes, assim como eu, uma alegria, uma expectativa, uma luz diante do cenário da vida e missão do sacerdote. Um voltar às fontes de seu chamado desde o batismo para viver sua vocação sacerdotal de “viver e amar como Jesus viveu e amou” para ser sinal da salvação, motivos pelos quais não devemos nos abster de discutir e aprofundar o tema.

É nossa missão enquanto ministros ordenados prestar atenção aos sinais dos tempos. Em seu discurso de abertura do Simpósio o Papa Francisco nos leva a perceber que: “O tempo que estamos vivendo requer, de nós, que não ignoremos a mudança, mas, ao contrário, nos abramos a ela com a consciência de estarmos perante uma mudança epocal (já o disse noutras ocasiões). E, se ainda tínhamos dúvidas, a covid tornou isto mais do que evidente: de fato, a sua irrupção é muito mais que uma questão de saúde, muito mais do que uma constipação. A mudança apresenta-nos sempre diferentes modos de a enfrentar. O problema é que, se muitas ações e atitudes podem ser úteis e boas, nem todas elas têm sabor de Evangelho. Aqui está o nó que devemos discernir: a mudança e a ação têm sabor de Evangelho ou não?”.

Deste modo, as palavras do Cardeal Ouellet e do Papa Francisco, são encorajadoras, desperta nossos ouvidos como de um discípulo para seguir o caminho com Jesus na missão de evangelizar, pois Ele mesmo disse: “eis que estarei convosco até o fim dos tempos” (Mt. 28,20). Assim sendo, nós sacerdotes, somos os pastores do povo de Deus. Atendemos ao chamado de Deus, onde a Igreja é uma continuação no tempo da obra de Cristo, que o evangelista Marcos indica com as seguintes palavras: «Jesus subiu a um monte e chamou os que Ele quis. E foram ter com Ele. Elegeu doze para andarem com Ele e para os enviar a pregar, com o poder de expulsar demônios» (Mc 3, 13-15). Recordando-nos que o chamado é de Deus para servir ao povo de Deus. São João Paulo II, na Pastore Dabo vobis afirmou: “Dar-vos-ei pastores segundo o Meu coração” (Jer 3, 15). Certamente, há uma fisionomia essencial do sacerdote que não muda: o padre de amanhã, não menos que o de hoje, deverá assemelhar-se a Cristo. Quando vivia sobre a terra, Jesus ofereceu em Si mesmo o rosto definitivo do presbítero, realizando um sacerdócio ministerial do qual os apóstolos foram os primeiros a serem investidos; aquele é destinado a perdurar, a reproduzir-se incessantemente em todos os períodos da história (João Paulo II, 1992).

Assemelhar-se a Cristo é nossa identidade e, como toda e qualquer identidade cristã, encontra na Santíssima Trindade a sua própria fonte, que se revela e autocomunica aos homens em Cristo, constituindo nele e por meio do Espírito a Igreja como "gérmen e início do Reino". Não ignoramos as dificuldades pelas quais passamos e vivemos. Não são poucas nem pequenas. Mas, para vencê-las, está a nossa esperança, a nossa fé no indefectível amor de Cristo, a nossa certeza da insubstituibilidade do ministério sacerdotal na vida da Igreja e do mundo, já nos dizia São João Paulo II (João Paulo II, 1992).

Neste simpósio o Papa Francisco nos propôs a refletir a partir de quatro pilares. Com uma lucidez nos propõe um caminho para revisão cotidiana de nossa identidade e missão. Mas, é preciso levar em conta que as palavras do Papa Francisco se dirigem a todos os “ministros ordenados” – padres e bispos – para uma profunda e séria reflexão acerca de sua presença e testemunho na Igreja e no mundo. Neste contexto São João Paulo II preocupado com as dificuldades e os desafios que já se anunciavam, chamou todos os ministros ordenados a fortalecer sua relação com Jesus Cristo e, “n'Ele, com a Sua Igreja que se situa intrinsicamente no próprio ser do presbítero, em virtude da sua consagração/unção sacramental, e no seu agir, isto é, na sua missão ou ministério” (João Paulo II, 1992). Afirma ainda, “em particular, "o sacerdote Ministro é servo de Cristo presente na Igreja mistério, comunhão e missão. Pelo fato de participar da 'unção' e da 'missão' de Cristo, ele pode prolongar na Igreja a sua oração, a sua palavra, o seu sacrifício e a sua ação salvífica. É, portanto, servidor da Igreja mistério porque atua os sinais eclesiais e sacramentais da presença de Cristo ressuscitado. É servidor da Igreja comunhão porque - unido ao Bispo e em estreita relação com o presbitério - constrói a unidade da comunidade eclesial na harmonia das diferentes vocações, carismas e serviços. É finalmente servidor da Igreja missão porque faz com que a comunidade se torne anunciadora e testemunha do Evangelho" (João Paulo II, 1992).

Eu tenho em mente as palavras de um padre idoso, moramos e residimos juntos por seis anos de ministério sacerdotal, que acompanhava toda semana a informações da Santa Sé, leitor assíduo do Observatório Romano. Quando a lia e, chegando na sessão das nomeações episcopais ele repetia: “o bispo tem que ser amigo dos padres, tem que amar os padres, um homem de oração e temente a Deus”, e fazia sempre a pergunta: “será que os escolhidos exercerão sua missão à luz do mandato de Jesus?” Com ele, tive uma melhor compreensão do significado de estar a “serviço segundo o Evangelho”, que é dar de si, esvaziar-se, para escutar o sacerdote, conhecer sua história, sua experiência fundamental que originou sua vocação ministerial, para ser sinal de salvação.

O Bispo é um pai que vive para os seus filhos e que se faz tudo com a Igreja e com os seus sacerdotes, prodigalizando-se para formar as consciências e para os fazer crescer na fé (João Paulo II, 1992). Hoje, encontramos muitos bispos que exercem a paternidade episcopal. A vivência de seu ministério é para “confirmar os irmãos na fé”. Com estes não há problemas no exercício da obediência compreendida como testemunho evangélico. Entretanto, temos encontrado bispos que mais se parecem um vigilante de escola, um vigiador, e não um pai, que deveria proporcionar a proximidade. Para o Papa Francisco, o bispo deve exercer e favorecer a proximidade para com os padres em geral e não somente aproximar os ambiciosos. O bispo, seja ele quem for, permanece para cada presbítero e cada Igreja particular uma ligação que ajuda a discernir a vontade de Deus. Mas não devemos esquecer que o próprio bispo só pode ser instrumento deste discernimento se também ele se colocar à escuta da realidade dos seus sacerdotes e do povo santo de Deus que lhe está confiado.

Em uma “Igreja em saída”, a sinodalidade nos convoca a seguir o caminho de Cristo a fim de comunicar aos homens os frutos da salvação; é necessário termos a coragem, o entusiasmo. Apesar das dificuldades que nos cercam – clericalismo, abuso de poder e sexuais – é preciso seguir, como os pastores seguiram a Estrela de Belém, não desaminar, continuar o caminho com Cristo e com Ele e impulsionados pelo Espírito Santo, propor a conversão do coração aos errantes e pedir perdão aos ofendidos. A realidade apresenta um quadro desafiador à vida e missão do sacerdote e, que neste caminho sinodal o simpósio nos ajuda a ver:

- Sacerdotes vivendo em situação de abandono;

- Sacerdotes sofrendo racismo e preconceito por ser negro;

-  Sacerdotes tratados como “empregados” e não “servidores”;

-  Sacerdotes vivendo a solidão;

-  Bispo sem paternidade episcopal;

Meu desejo e esperança está na confiança de que é o Espírito Santo conduz os caminhos da história e os destinos da Igreja. As dores e sofrimentos que vivemos e passamos, colocamo-los junto a cruz de Cristo que é nossa glória e libertação. Na cruz Cristo venceu a morte, venceu o inimigo. A cruz nos ensina que o caminho a ser trilhado por todos é a conversão. Tomar a cruz e seguir a Jesus é o que nos diz Marcos, o evangelista Mc 8,27-9,1. A cruz é a consequência do compromisso livremente assumido por Jesus de revelar a Boa Nova de que Deus é Pai e que, portanto, todos devem livremente ser aceitos e tratados como irmãos. O meu sonho, o meu pedido é cuidemos todos nós uns dos outros. Um clero doentio, hoje, vai resultar em um episcopado doentio, amanhã. Rezemos por todos os sacerdotes com carinho e amor. Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão.

Pe. Guanair da Silva Santos

Pároco da Paróquia São Vicente de Paulo/ Coronel Pacheco- Brasil

Secretário do Instituto Mariama (IMA) – Associação de Bispos, presbíteros e diáconos negros do Brasil.

peguanair@hotmail.com

Bibliografia

- Francisco, P. (18 de 02 de 2022). Discurso do Papa Francisco no Simósio Internacional "para uma teologia fundamental do sacerdócio". Fonte: vatican.va: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2022/february/documents/20220217-simposio-teologia-sacerdozio.html

- II, P. J. (25 de 03 de 1992). Exortação Apostólica pós-sinodal pastores-dabo-vobis. Fonte: vatican.va: https://www.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/apost_exhortations/documents/hf_jp-ii_exh_25031992_pastores-dabo-vobis.html

- Ouellet, M. A. (18 de 02 de 2022). Oellet: redescobrir o horizonte sacerdotal obscurecido por abusos. . Fonte: Vatican News: https://press.vatican.va/content/salastampa/it/bollettino/pubblico/2021/09/07/0540/01156.html#PORTOGHESEOK

- Sé, S. (07 de 09 de 2021). Documento Preparatório da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. Fonte: Press.vatican.va

https://www.vaticannews.va/pt

Igrejas pedem que Israel retire plano de confiscaria parte do Monte das Oliveiras

Jerusalém | ACI Digital

JERUSALÉM, 22 fev. 22 / 09:43 am (ACI).- A Custódia Franciscana da Terra Santa e duas outras igrejas cristãs pediram às autoridades israelenses que retirem o projeto que confiscaria as terras eclesiásticas do Monte das Oliveiras, lugar onde começou a paixão de Jesus.

Segundo a agência Fides, serviço noticioso das Pontifícias Obras Missionárias, o projeto da Autoridade Israelense para os Parques e a Natureza (INPA) visa ampliar os limites do Parque Nacional das Muralhas de Jerusalém para incluir uma grande parte do Monte das Oliveiras, juntamente com outras partes dos vales do Cedron e de Hinom.

O projeto será apresentado em 2 de março ao Comitê de Planejamento do Município de Jerusalém para aprovação preliminar.

Na sexta-feira, 18 de fevereiro, o patriarca greco-ortodoxo de Jerusalém, Teófilo III, o custódio da Terra Santa, padre Francesco Patton, e o patriarca armênio de Jerusalém, Nourhan Manougian, enviaram uma carta ao ministro do Meio Ambiente de Israel, Tamar Zandberg, pedindo o arquivamento do projeto.

A carta, publicada pelo jornal The Times of Israel, diz que, embora pertença ao INPA, o projeto "parece que foi proposto, orquestrado e promovido por entidades cujo único objetivo aparente e único propósito é confiscar e nacionalizar um dos lugares mais sagrados para o cristianismo, e alterar a sua natureza”.

"Esta é uma medida brutal que constitui um ataque direto e premeditado contra os cristãos na Terra Santa, contra as igrejas e seus antigos direitos garantidos internacionalmente na Cidade Santa", diz a carta. “Com o pretexto de proteger os espaços verdes, o plano parece servir a uma agenda ideológica que nega o status e os direitos dos cristãos em Jerusalém”.

Segundo os líderes cristãos, “o Monte das Oliveiras é um dos locais mais sagrados para o cristianismo. Abriga alguns dos santuários mais importantes para os cristãos que, além das restrições necessárias devido à pandemia, são visitados por milhões de peregrinos todos os anos”.

“Nossas igrejas trabalham incansavelmente para preservar a sacralidade do momento e sua acessibilidade para peregrinos e visitantes”, observou a carta.

Nos últimos anos "sentimos que vários organismos estão procurando minimizar, se não eliminar, quaisquer características não-judaicas da Cidade Santa, tentando alterar o status quo neste monte santo", denunciou o texto.

“Após o fracasso de seus planos, eles voltaram aos seus poderes estatutários, avançando um plano para declarar vastas partes do monte como um parque nacional”, acrescentaram.

Os porta-vozes do INPA alegam que o projeto pretende apenas salvaguardar o patrimônio natural e histórico da área do ponto de vista ambiental, e que os direitos de propriedade de particulares ou entidades eclesiásticas às quais as terras estão registradas não seriam formalmente infringidos.

The Times of Israel lembrou que o Parque Nacional das Muralhas de Jerusalém foi inaugurado na década de 1970.

O projeto evitou incluir grande parte da área ao redor do Monte das Oliveiras, onde agora se concentram mais de uma dezena de igrejas, como a Igreja da Agonia, o Getsêmani, o Mosteiro das Irmãs Brigidinas e a Igreja de Viri Galilaei.

Naquela época, as autoridades já haviam considerado uma "fase dois", visando a expansão do parque nacional, mas essa opção foi deixada de lado.

Fides diz que, segundo alguns analistas, o plano de expansão do parque nacional seria uma "estratégia nacionalista mais ampla que visa 'cercar' a Cidade Velha de Jerusalém".

Em sua carta, os líderes cristãos dizem que “não é a primeira vez que o INPA exerce um papel hostil contra as igrejas e a presença cristã na Terra Santa. Lamentamos que uma autoridade tão importante esteja sendo manipulada dessa maneira".

“Em razão do exposto, imploramos que oriente o INPA a retirar o projeto e interromper seu andamento. Solicitamos também que tomem todas as medidas necessárias para que o INPA cumpra sua missão longe de quaisquer considerações políticas e ideológicas que não estejam vinculadas à sua missão, que é promover e proteger a natureza”, conclui a carta.

A carta também foi enviada aos cônsules gerais da França, Turquia, Itália, Grécia, Espanha, Reino Unido, Bélgica e Suécia.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Cátedra de São Pedro

Cátedra de São Pedro | Vatican News
22 de fevereiro
CÁTEDRA DE SÃO PEDRO

A festa de hoje coloca em evidência a Cátedra de São Pedro, ou seja, a missão peculiar que Jesus confiou a Pedro. Esta festa remonta ao século III e se distingue do martírio de Pedro, em 29 de junho. Esta data nasceu para destacar a “Cátedra” de Pedro, lugar onde o Bispo de Roma reside e governa. A "Cátedra", sede fixa do Bispo, na igreja mãe de uma Diocese, daí o nome "Catedral", é símbolo da sua autoridade e doutrina evangélica, que ele, como sucessor dos Apóstolos, é chamado a preservar e transmitir à comunidade cristã. Podemos dizer que a primeira "catedral" foi o Cenáculo, onde Jesus reuniu os seus discípulos para a Última Ceia e onde, junto com a Virgem Maria, receberam o dom do Espírito Santo. Com o passar do tempo, Pedro transferiu-se para Antioquia, cidade evangelizada por Barnabé e Paulo, onde os discípulos de Jesus foram chamados “cristãos” pela primeira vez (Atos 11,6). Pedro foi o primeiro Bispo de Antioquia. Por isso, esta cidade celebrava uma "festa própria" da Cátedra de Pedro, no dia 22 de fevereiro. A seguir, Pedro foi para Roma, onde concluiu a sua vida terrena com o martírio. Por este fim "glorioso" da sua existência, Roma foi considerada sede da "Cátedra" de Pedro, celebrada em 18 de janeiro. Em 1960, o Papa João XXIII uniu as duas festas, abolindo a de 18 de janeiro. Logo, esta festa representa a autoridade pastoral e magistral, que Cristo conferiu ao apóstolo Pedro, segundo a passagem evangélica da liturgia de hoje. Os testemunhos de São Jerônimo e Santo Agostinho ajudam-nos a compreender melhor seu significado e valor. São Jerônimo escreve: “Decidi consultar a cátedra de Pedro, onde se encontra aquela fé que a boca de um Apóstolo exaltou; agora venho pedir um alimento para a minha alma ali, onde, outrora, recebi a veste de Cristo. Não busco outra primazia, a não ser a de Cristo; por isso, ponho-me em comunhão com a tua bem-aventurança, ou seja, com a cátedra de Pedro. Sei que sobre esta pedra está edificada a Igreja". Santo Agostinho acrescenta: “A instituição da solenidade de hoje recebeu o nome de Cátedra dos nossos predecessores, porque, se diz, que o primeiro apóstolo, Pedro, tomou posse da sua Cátedra episcopal. Por este preciso motivo, as Igrejas honram a origem da Sede, que o Apóstolo aceitou para o bem das Igrejas”.

Naquele tempo, ao chegar ao território de Cesareia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos: “No dizer do povo, quem é o Filho do Homem”?. Responderam: “Uns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou algum dos profetas”. Disse-lhes Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou”? Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”!. Jesus, então, lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. E eu declaro: Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra, será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra, será desligado nos céus” (Mt 16,13-19).

“Tu és o Cristo!”

Jesus interroga os seus discípulos e, depois de lhes perguntar o que “o povo” pensa dele, encurta a questão, dizendo: “E vós, quem dizeis que eu sou”?. Esta questão perpassa os séculos, a fim de confirmar que a fé em Jesus é fé em Deus, no Senhor Jesus Cristo, e se coliga com a função de Pedro e de seus Sucessores. O barco da Igreja e da sua história tem como leme Jesus, Filho de Deus: não há tormentas que façam sucumbir este barco.

Sinal de unidade

Pedro e seus Sucessores, escolhidos como "sinal e princípio visíveis da unidade", são pontos de referência para prosseguirmos no nosso caminho, com confiança e segurança. Enfim, celebrar a festa da "Cátedra" de Pedro significa atribuir-lhe um forte significado espiritual e reconhecê-la como sinal privilegiado do amor de Deus, Pastor bom e eterno, que quer reunir toda a sua Igreja e a guiar rumo à salvação.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Margarida de Cortona

Santa Margarida de Cortona | arquisp
22 de fevereiro

Santa Margarida de Cortona

A penitência marcou a vida de Margarida que nasceu em 1247, em Alviano, Itália. Foi por causa de sua juventude, período em que experimentou todos os prazeres de uma vida voltada para as diversões mais irresponsáveis.

Margarida ficou órfã de mãe, quando ainda era muito criança. O pai se casou de novo e a pequena menina passou a sofrer duramente nas mãos da madrasta. Sem apoio familiar, ela cresceu em meio a toda sorte de desordens, luxos e prazeres. No início da adolescência se tornou amante de um nobre muito rico e passou a desfrutar de sua fortuna e das diversões mundanas.

Um dia, porém, o homem foi vistoriar alguns terrenos dos quais era proprietário e foi assassinado. Margarida só descobriu o corpo, alguns dias depois, levada misteriosamente até ele pela cachorrinha de estimação que acompanhara o nobre na viagem. Naquele momento, a moça teve o lampejo do arrependimento. Percebeu a inutilidade da vida que levava e voltou para a casa paterna, onde pretendia passar o resto da vida na penitência.

Para mostrar publicamente sua mudança de vida, compareceu à missa com uma corda amarrada ao pescoço e pediu desculpas a todos pelos excessos da sua vida passada. Só que essa atitude encheu sua madrasta de inveja, que fez com que ela fosse expulsa da paróquia. Margarida sofreu muito com isso e chegou a pensar em retomar sua vida de luxuria e riqueza. No entanto, com firmeza conseguiu se manter dentro da decisão religiosa, procurando os franciscanos de Cortona e conseguindo ser aceita na Ordem Terceira.

Para ser definitivamente incorporada à Ordem teria que passar por três anos de provação. Foi nesta época que ela se infligiu as mais severas penitências, que foram vistas como extravagantes, relatadas nos antigos escritos, onde se lê também que a atitude foi tomada para evitar as tentações do demônio. Seus superiores passaram a orienta-la e isso a impediu de cometer excessos nas penitências.

Aos vinte e três anos Margarida de Cortona, como passou a ser chamada, foi premiada com várias experiências de religiosidade que foram presenciadas e comprovadas pelos seus orientadores espirituais franciscanos. Recebeu visitas do anjo da guarda, teve visões, revelações e mesmo aparições de Jesus, com quem conversava com freqüência durante suas orações contemplativas.

Ela percebeu que o momento de sua morte se aproximava e foi ao encontro de Jesus serenamente, no dia 22 de fevereiro de 1297. Margarida de Cortona foi canonizada pelo Papa Bento XIII em 1728 e o dia de sua morte indicado para a sua veneração litúrgica.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Arquidiocese de Brasília envia ajuda fraterna às vítimas dos temporais em Petrópolis

Arquidiocese de Brasília

Em unidade fraterna, Arquidiocese de Brasília envia ajuda à Diocese de Petrópolis

Em comunhão de fraterna solidariedade e recordando o pedido de Jesus de que todos sejam um, a Arquidiocese de Brasília através do Arcebispo, Dom Paulo Cezar Costa e das Obras Sociais da Arquidiocese enviaram R$ 10.000,00 para ajudar nas necessidades do povo de Petrópolis e região que tem sofrido, nos últimos dias, por conta dos temporais e deslizamentos.

Em mensagem direcionada ao povo fiel, Dom Paulo convida aos fiéis da Arquidiocese de Brasília para que possam ser solidários e, na medida do possível, possam ajudar estes irmãos de Petrópolis e região. Também, todos são convidados a rezar pelas famílias atingidas que perderam seus entes queridos, suas casas e seus pertences para que encontrem consolo em Deus, cheio de misericórdia.

“Amados e amadas de Deus a solidariedade cristã é um dever para todos nós que somos discípulos e discípulas de Jesus Cristo. Todos nós estamos acompanhando o que aconteceu na cidade de Petrópolis esses dias. Tanta gente perdeu suas casas tanta, gente perdeu tudo, várias pessoas perderam a vida.

A Arquidiocese de Brasília, através da sua obra social está enviando para a Diocese de Petrópolis R$ 10.000,00 reais para ajudar as pessoas mais necessitadas. Estamos dando da nossa pobreza, mas para aquelas pessoas que vão receber é muito.

Eu convoco a todos os nossos amados arquidiocesanos a ajudar também aquelas pessoas que estão necessitadas. Ajudem aquelas pessoas que perderam tudo. A nossa solidariedade cria esperança, a nossa solidariedade faz com que tanta gente possa olhar o amanhã e olhar com esperança.”

Abaixo seguem as informações para aqueles que puderem e desejarem ajudar.


Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Apelo do Cardeal Sandri pela Ucrânia: "A Europa não deve correr para o suicídio"

Crianças participando de exercicios miliares em Kiev na Rússia  (ANSA)

O Santo Padre encontrou o Cardeal Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Leonardo Sandri, acompanhado pelos participantes da Plenária, promovida pelo seu Dicastério, e de oito Patriarcas e Arcebispos-mor das Igrejas do Oriente. Durante a Plenária, os participantes recordaram as palavras fortes do Papa Bento XV, em favor da paz, em 1917, diante das "ameaças de novos conflitos na tão sofrida Ucrânia".

Alessandro di Bussolo - Cidade do Vaticano

"A Europa correrá para o abismo, indo ao encontro um verdadeiro suicídio? O mundo civilizado deverá ser reduzido a um campo de extermínio?”. Inspirados nestas questões, dirigidas pelo Papa Bento XV em sua “Carta aos líderes dos povos beligerantes", em agosto de 1917, durante a I Guerra Mundial, os participantes da Plenária da Congregação para as Igrejas Orientais, - recebidos em audiência por Francisco -, fizeram um apelo para a Paz na Ucrânia, onde ainda sopram ventos de guerra.

Dirigimos nosso pensamento e coração aos "nossos irmãos na Ucrânia"

Com estas palavras, o Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, concluiu sua saudação ao Santo Padre, na audiência que concedeu aos participantes na Plenária do seu Dicastério, por ocasião do 25º aniversário da Instrução "O Pai incompreensível". O Cardeal recordou que a Congregação para as Igrejas Orientais foi instituída, em 1º de maio de 1917, por expresso desejo do Papa Bento XV. Junto com os participantes na Assembleia, o Cardeal Sandri dirigiu "seu pensamento e coração aos irmãos na Ucrânia, sobretudo ao Arcebispo-mor da Igreja Greco-Católica ucraniana, Sviatoslav Shevchuk, que, nestes dias, quis ficar ao lado do seu povo, como também aos filhos e filhas Greco-católicos, Latino-católicos, Ortodoxos e de outras Confissões religiosas".

Com Bento XV contra a "loucura universal" da guerra

Os Patriarcas e Arcebispos-mor das Igrejas Orientais Católicas, presentes no encontro com os delegados de suas Comissões litúrgicas e os membros do Dicastério vaticano, retomam as palavras do Papa Bento XV e seus Sucessores até Francisco, contra a "loucura universal", que arrisca dominar a Europa: "Diante das ameaças de novos sofrimentos e conflitos, na tão sofrida Ucrânia elevamos, mais uma vez, nosso grito de paz e renovamos um premente apelo aos que detêm nas mãos o destino das Nações”. Segundo o Cardeal Sandri, os líderes religiosos fazem o seu apelo movidos por um dever de consciência e ouvindo o grito da humanidade: “A guerra, nunca mais”.

"Nada se perde com a paz, mas tudo se perde com a guerra"

Durante a audiência papal, o Cardeal Leonardo Sandri leu a mensagem dos participantes na Plenária, que recordam as palavras de Bento XV em seu apelo aos poderosos da terra: “Vocês têm uma gravíssima responsabilidade diante de Deus e dos homens; de suas decisões dependem a paz e a alegria de inúmeras famílias, a vida de milhares de jovens, a felicidade dos povos. Que o Senhor, Rei da Justiça e da Paz possa lhes inspirar sábias decisões em prol da humanidade apreensiva. Lembrem-se de que 'nada se perde com a paz, mas tudo se perde com a guerra’!” E o Cardeal concluiu: “Que no futuro, vocês possam ser chamados bem-aventurados, porque construíram a paz e transformaram as armas de hoje em foices e ferramentas de prosperidade e bem-estar para os povos”.

Uma Plenária sob o signo da partilha e da escuta

Ao término da audiência aos participantes na Assembleia, o Cardeal Leonardo Sandri agradeceu ao Pontífice “por ser, para nós e nossas Igrejas Orientais Católicas, Pai e arquiteto da paz e da reconciliação”. O Cardeal não deixou de recordar que, em preparação à Assembleia, está em andamento no Augustinianum de Roma, de 16 a 22 de fevereiro, o encontro dos membros da Congregação para as Igrejas Orientais, com seus delegados de Comissões litúrgicas, na esperança de que "o espírito de partilha e de escuta possa caracterizar, não apenas nestes dias, mas no dia-a-dia do nosso ser Igreja".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

“Quem vem a mim, eu não o lançarei fora.”

Editora Cidade Nova

“Quem vem a mim, eu não o lançarei fora.” (Jo 6,37) | Palavra de Vida Fevereiro 2022.

ESTA declaração de Jesus faz parte de um diálogo com a multidão que, após o milagre dos pães multiplicados em abundância, vem procurá-lo, pedindo mais um sinal para acreditar Nele.

por Letizia Magri   em 31/01/2022

ESTA declaração de Jesus faz parte de um diálogo com a multidão que, após o milagre dos pães multiplicados em abundância, vem procurá-lo, pedindo mais um sinal para acreditar Nele.

Jesus revela que Ele mesmo é o sinal do amor de Deus; mais ainda, Ele é o Filho que recebeu do Pai a missão de acolher e trazer de volta à Sua casa toda criatura, especialmente toda pessoa humana, criada à Sua imagem. Sim, porque o próprio Pai já tomou a iniciativa, atraindo todos para Jesus1, colocando no coração de cada um o desejo da vida plena, ou seja, da comunhão com Deus e com cada um dos próprios semelhantes.

Jesus, portanto, não rejeitará ninguém, por mais que a pessoa se sinta distante de Deus, porque esta é a vontade do Pai: não perder ninguém.

“Quem vem a mim, eu não o lançarei fora.” 

É realmente uma boa notícia: Deus ama a todos imensamente, sua ternura e sua misericórdia são dirigidas a cada homem, a cada mulher. Ele é o Pai paciente e misericordioso que espera por qualquer um que se ponha a caminho, impulsionado pela voz interior.

Muitas vezes o nosso mal é a desconfiança. Pensamos: por que Jesus deveria me acolher? O que Ele quer de mim? Na realidade, Jesus só nos pede que nos deixemos atrair por Ele, libertando o coração de tudo o que atrapalha, para poder acolher com confiança a gratuidade do seu amor.

Mas é também um convite que suscita a nossa responsabilidade. De fato, ao experimentarmos uma ternura tão abundante por parte de Jesus, também nós nos sentimos estimulados a acolhê-lo em cada próximo2: homem ou mulher, jovem ou velho, saudável ou doente, de nossa própria cultura ou não... E não rejeitaremos ninguém.

“Quem vem a mim, eu não o lançarei fora.” 

Em Quebec (Canadá), uma comunidade cristã que vive a Palavra se dedica a acolher muitas famílias que chegam ao seu país, vindas de muitos lugares do mundo: França, Egito, Síria, Líbano, Congo... Todos são acolhidos e ajudados, inclusive para encontrar oportunidades de integração. Isso significa resolver uma infinidade de questões, preencher os formulários próprios da situação de refugiado ou de residente, regularizar a escola dos filhos, acompanhá-los para conhecerem sua vizinhança. A matrícula em cursos de francês e a busca de emprego também são importantes.

Guy e Micheline escrevem: Uma família síria que veio ao Canadá para escapar da guerra conheceu outra família, recém-chegada e ainda muito desorientada. Por meio das redes sociais, a família síria ativou a nossa rede de solidariedade e muitos amigos providenciaram todo o necessário: camas, sofás, mesas, cadeiras, louças, roupas, bem como livros e jogos para as crianças, tudo doado espontaneamente por outras crianças de nossas famílias, sensibilizadas por seus pais. A nova família recebeu mais do que precisava e, por sua vez, ajudou outras famílias pobres em seu prédio. A Palavra de Vida daquele mês parecia feita sob medida: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

“Quem vem a mim, eu não o lançarei fora.” 

Esse é um modo de transformarmos em vida esta Palavra de Deus: testemunhando a proximidade do Pai diante de cada próximo, individualmente e como comunidade. 

Esta meditação de Chiara Lubich sobre o amor em forma de misericórdia pode nos ajudar: É o [...] amor que faz abrir os braços e o coração aos infelizes, [...] aos martirizados da vida, aos pecadores arrependidos. Amor que sabe acolher o próximo desencaminhado, seja ele amigo, irmão ou desconhecido, e o perdoa infinitas vezes. [...] Amor que não mede e não será medido. É uma caridade que floresce mais abundante, mais universal, mais concreta do que aquela que a alma antes possuía. De fato, ela sente nascerem dentro de si sentimentos parecidos com os de Jesus, percebe aflorarem-lhe aos lábios, para todos os que encontra, as divinas palavras: “Sinto compaixão da multidão” (cf. Mt 15,32). [...] A misericórdia é a última expressão da caridade, aquela que a remata. E a caridade supera a dor, porque a dor só existe nesta vida, enquanto o amor perdura também na outra. Deus prefere a misericórdia ao sacrifício.3

1) Cf. Jo 6,44.

2) Cf. Mt 25,40.

3) LUBICH, Chiara. Quando se conheceu a dor. In: Ideal e Luz, São Paulo: Brasiliense e Cidade Nova, 2003, pp. 127-128.

Por Letizia Magri

Fonte: https://www.cidadenova.org.br/

A traiçoeira interpretação ateia de Francisco

Antoine Mekary | ALETEIA | i.MEDIA
Por Francisco Borba Ribeiro Neto

Ativistas sociais e jornalistas tendem a interpretar as palavras dos pontífices do modo que lhes parece mais oportuno.

Papas são constrangidos a falar sobre quase tudo. Além dos temas teológicos inerentes a suas funções, as comunidades católicas e a sociedade em geral esperam deles orientações e posicionamentos sobre os temas mais polêmicos e contundentes. Essa pluralidade de questões traz um problema: oferece uma grande quantidade de frases que, tiradas do contexto, prestam-se às mais variadas interpretações.

Para piorar, católicos engajados, ativistas sociais e jornalistas tendem a interpretar as palavras dos pontífices do modo que lhes parece mais oportuno. Quando gostam de um papa, só citam passagens com as quais concordam, geralmente aproximando-as mais ainda de suas posições pessoais. É como se dissessem “penso como o papa”, mas na realidade pensassem o inverso, “o papa pensa como eu”. Se não gostam do papa, só citam passagens com as quais não concordam, sempre as apresentando do modo mais desumano possível.

Com isso, grande parte do povo católico não sabe realmente o que os papas pensam. As pessoas conhecem, na verdade, as interpretações e construções intelectuais feitas a partir das palavras de cada papa. Os estereótipos de “progressista” e “conservador”, por exemplo, devem muito a essas distorções interpretativas. Todo papa irá se aproximas mais de posições “progressistas” em algumas questões e mais de posições “conservadoras” em outras. Mas, no imaginário social, cada um deles ocupa uma posição no espectro teológico e só se posiciona dentro desse esquematismo.

Uma leitura deturpada das palavras de Francisco

Desde o início de seu pontificado, Francisco sofre com uma interpretação “ateia” de seu magistério. Se pedirmos uma síntese me poucas palavras de seus ensinamentos, grande parte de seus admiradores – católicos ou não – lembrará a opção pelos pobres, a acolhida a homossexuais e a defesa do meio ambiente. Os mais enfronhados na dinâmica interna da Igreja, lembrarão a renovação das estruturas eclesiásticas, visando uma dinâmica com maior participação e protagonismo.

De fato, esses temas mostram a originalidade e o espírito renovador de Francisco. Contudo, são as dimensões mais visíveis de uma vida fundada no encontro com Cristo. Seria uma traição ao próprio papa que se admira pensar em sua contribuição sem ancorá-la numa profunda experiência religiosa, na vida de oração e na escuta atenta ao que diz o Espírito.

Logo após sua eleição, Papa Francisco fez questão de afirmar: “Podemos caminhar o que quisermos, podemos edificar um monte de coisas, mas se não confessarmos Jesus Cristo, está errado. Tornar-nos-emos uma ONG sócio-caritativa, mas não a Igreja, Esposa do Senhor […] Quando não se edifica sobre as pedras […] tudo se desmorona, não tem consistência. Quando não se confessa Jesus Cristo, faz-me pensar nesta frase de Léon Bloy: ‘Quem não reza ao Senhor, reza ao diabo’. Quando não confessa Jesus Cristo, confessa o mundanismo do diabo, o mundanismo do demônio”.

Anos depois, na Exortação Apostólica Querida Amazonia (2020), Francisco voltaria a esse tema: “A autêntica opção pelos mais pobres e abandonados, ao mesmo tempo que nos impele a libertá-los da miséria material e defender os seus direitos, implica propor-lhes a amizade com o Senhor que os promove e dignifica. Seria triste se recebessem de nós um código de doutrinas ou um imperativo moral, mas não o grande anúncio salvífico, aquele grito missionário que visa o coração e dá sentido a todo o resto. Nem podemos contentar-nos com uma mensagem social. Se dermos a vida por eles, pela justiça e a dignidade que merecem, não podemos ocultar-lhes que o fazemos porque reconhecemos Cristo neles e porque descobrimos a imensa dignidade a eles concedida por Deus Pai que os ama infinitamente […] É o anúncio de um Deus que ama infinitamente cada ser humano, que manifestou plenamente este amor em Cristo crucificado por nós e ressuscitado na nossa vida […] Sem este anúncio apaixonado, cada estrutura eclesial transformar-se-á em mais uma ONG e, assim, não responderemos ao pedido de Jesus Cristo: ‘Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura’ (Mc 16, 15)” (QA 63-64).

No mundo de hoje, faltam lideranças que demonstrem uma posição humana verdadeira, uma real empatia pelos que sofrem, um compromisso com a natureza que não é puramente demagógico. Nesse contexto, muitos nãos católicos e até ateus se entusiasmam com a figura do Papa Francisco. É natural que essas pessoas tenham dificuldade para entender a raiz cristã do comportamento do Papa. O problema surge quando os próprios católicos perdem essa fundamentação religiosa, pois colaboram para distorcer ainda mais a pregação de Bergoglio, ao invés de ajudar os não cristãos a entenderem sua mensagem.

Uma tarefa para todos nós

Frequentemente, ao nos debruçarmos sobre os ensinamentos da Igreja, fazemos a pergunta errada. Perguntamo-nos: quais são as passagens que legitimam minha conduta ou com as quais me identifico mais? Com isso, fazemos uma leitura autorreferenciada do magistério católico. A pergunta mais justa seria: quais são as passagens que mais me corrigem ou que me levam a repensar minha visão de mundo? São essas passagens, sem dúvida incomodas, que nos ajudam a trilhar com segurança cada vez maior o caminho que nos leva a Deus.

A interpretação ateia de Francisco é um sintoma dessa tendência de nos determos naquilo que nos é mais simpático. As imagens fortes do compromisso com os pobres e com o meio ambiente, da acolhida aos excluídos, da reforma nas estruturas eclesiais têm um fascínio inegável – e são um convite para uma importante conversão no coração de todos nós. Contudo, para serem vividas num verdadeiro espírito evangélico, implicam num trabalho de reconhecer as origens desses comportamentos na adesão a Cristo e na experiência da misericórdia do Pai em nossa vida.

Nas palavras do próprio Francisco: “A fé, para mim, nasceu do encontro com Jesus: um encontro pessoal, que tocou o meu coração e deu uma direção e um sentido novo à minha existência; mas, ao mesmo tempo, um encontro que se tornou possível pela comunidade de fé em que vivi e graças à qual encontrei o acesso ao entendimento da Sagrada Escritura; à vida nova que flui, como jorros de água, de Jesus através dos sacramentos; à fraternidade com todos e ao serviço dos pobres, verdadeira imagem do Senhor”.

O perigo reside na tentação de contrapor a raiz aos frutos, como se quem vive o compromisso social não vivesse o encontro com Cristo, ou quem vive o encontro com Cristo não tivesse que ter um compromisso social. Se adentramos por essa contraposição sem sentido, não conseguiremos viver um cristianismo integral, não importa o quão radicais sejamos.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

O celibato é um dom para a Igreja latina, diz o papa

Papa Francisco discursa no simpósio sobre sacerdócio / Vatican Media

VATICANO, 17 fev. 22 / 04:19 pm (ACI).- “O celibato é um dom que a Igreja latina salvaguarda, mas é um dom que para ser vivido como santificação, requer relações saudáveis, relações de verdadeira estima e verdadeira bondade que encontram sua raiz em Cristo”, disse o papa Francisco na inauguração do Simpósio Internacional "Por uma teologia do sacerdócio", hoje, 17 de fevereiro.

O simpósio é promovido pelo prefeito da Congregação para os Bispos, cardeal Marc Ouellet, e acontece no Vaticano até o dia 19 de fevereiro.

"Sem amigos e sem oração, o celibato pode tornar-se um fardo insuportável e um contra-testemunho da própria beleza do sacerdócio", disse o papa num longo discurso em que improvisou várias vezes. “Atrevo-me a dizer que onde funciona a fraternidade sacerdotal e há laços de amizade autêntica, também é possível viver com mais serenidade a escolha do celibato”.

O papa Francisco defendeu o celibato sacerdotal obrigatório em diferentes ocasiões.

Diante da especulação de alguns dos promotores do Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia, realizado em outubro de 2019 em Roma, de que poderia haver uma flexibilização da regra, diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, disse: “a posição do Santo Padre sobre o celibato é conhecida”.

Bruni citou em um comunicado oficial as palavras do papa Francisco durante a coletiva de imprensa no avião de regresso do Panamá, na qual disse que “vem-me à mente aquela frase de São Paulo VI: ‘Prefiro dar a vida antes que mudar a lei do celibato’”.

Naquela ocasião, o papa Francisco disse: “Pessoalmente, penso que o celibato é uma dádiva para a Igreja. Não estou de acordo com permitir o celibato opcional. Não. Haveria qualquer possibilidade apenas nos lugares mais remotos; penso nas ilhas do Pacífico... quando há necessidade pastoral, aí o pastor deve pensar nos fiéis”.

Na exortação apostólica pós-sinodal “Querida Amazônia”, publicada em 12 de fevereiro de 2020, o papa não abriu a porta à possibilidade de ordenar sacerdotes homens casados ​​para celebrar a Eucaristia em áreas remotas e isoladas da selva amazônica.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF