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sábado, 5 de março de 2022

Arcebispo católico ao patriarca russo Kirill: Peça a Putin que pare a guerra na Ucrânia

Dom Gądecki e o patriarca Kirill | Conferência Episcopal Polonesa – Presidência da Rússia

CRACÓVIA, 04 mar. 22 / 11:13 am (ACI).- O arcebispo de Poznan e presidente da Conferência Episcopal Polonesa, dom Stanislaw Gądecki, enviou uma carta ao patriarca ortodoxo russo Kirill de Moscou e de toda a Rússia exortando-o a pedir ao presidente Vladimir Putin que pare a guerra na Ucrânia.

“Peço-lhe, irmão, que convoque Vladimir Putin para que pare a guerra sem sentido contra o povo ucraniano, na qual pessoas inocentes estão morrendo e o sofrimento afeta não apenas os soldados, mas também os civis, especialmente as mulheres e as crianças”, diz a carta de dom Gądecki enviada em 2 de março.

A mensagem destaca ao patriarca de Moscou, chefe da igreja ortodoxa russa desde 2009, que Putin poderia “parar o sofrimento de milhares de pessoas com uma só palavra”.

“Peço-lhes humildemente que peçam a retirada das tropas russas do Estado soberano que é a Ucrânia”, pediu o arcebispo católico.

Ontem, 3 de março, fez uma semana que a guerra eclodiu na Ucrânia. Segundo o último relatório do escritório de direitos humanos da ONU, foram registradas 536 mortes de civis.

A agência da ONU para os refugiados informou em 2 de março que mais de 900 mil pessoas fugiram da Ucrânia. Mais da metade delas se refugiou na Polônia.

Na sua mensagem, dom Gądecki destacou que “nenhuma razão, nenhuma lógica pode justificar a decisão de lançar uma invasão militar de um país independente, bombardeando áreas residenciais, escolas ou creches”.

Neste contexto, ele também pediu ao patriarca Kirill que exorte os soldados russos a "não participarem desta guerra injusta, a se recusarem a cumprir ordens que levam a muitos crimes de guerra".

"Recusar-se a seguir ordens em tal situação é uma obrigação moral", disse ele na carta.

Ele também pediu ao patriarca Kirill que exorte todos os irmãos ortodoxos na Rússia a jejuar e rezar pelo "estabelecimento de uma paz justa na Ucrânia".

Esta é a segunda vez que o presidente do conferência episcopal polonesa se dirige a Kirill. A carta anterior, enviada em 14 de fevereiro, foi dirigida aos bispos ortodoxos e católicos da Rússia e da Ucrânia. Dom Gądecki então apelou para unir "nossas forças espirituais como fiéis em Cristo nas diferentes confissões da Rússia, Ucrânia e Polônia para evitar o espectro de outra guerra em nossa região".

A Ucrânia tem 44 milhões de habitantes, a maioria dos quais são cristãos ortodoxos.

Os cristãos ortodoxos orientais na Ucrânia estão divididos entre a Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Moscou, sob a jurisdição da Igreja Ortodoxa Russa; e a Igreja Ortodoxa da Ucrânia, afiliada ao Patriarcado Ecumênico de Constantinopla.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Queremos a paz!

Manifestação pela paz na Ucrânia, Berlim, 27 de fevereiro de 2022 (AFP or licensors)

A invasão russa está trazendo dor e devastação à Ucrânia e ameaça se espalhar. Outras guerras continuam fazendo vítimas na Síria, Iêmen, Etiópia e ainda em outras terras. São sempre os mais indefesos, particularmente as crianças, que pagam o preço. As pessoas simples querem paz.

Sergio Centofanti – Vatican News

Hoje, mais do que nunca, sonhamos com a profecia de Isaías: "Transformarão suas espadas em arados, suas lanças em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra a outra, e nem se aprenderá mais a fazer a guerra" (Is 2,4).

Por muito tempo, aqui na Europa, tomamos a paz como um dado adquirido. A guerra era assunto de outros, de povos distantes, podíamos esquecer essas guerras, envolvidos apenas pelos gritos dos fugitivos em busca de uma nova esperança, talvez insensível à dor dessas pessoas. Essas guerras ainda estão aí: Síria, Iêmen, Etiópia e muitas outras. As pessoas ainda estão fugindo, apenas tentando viver.

A vida, às vezes, muda repentinamente. Na noite anterior ao ataque russo, havia multidões nas ruas e restaurantes das cidades ucranianas. As pessoas buscavam não pensar na concentração das tropas de Moscou na fronteira. Ninguém imaginava que o drama viria em poucas horas. À noite era a paz, à madrugada já era a guerra. À noite de braço dado com a amada ou amado, no dia seguinte com o fuzil. Um jovem casal se casou imediatamente após a invasão e se alistou para defender sua pátria. Muitas crianças foram levadas para fora do país, muitas outras ainda estão sob as bombas. Um novo massacre dos inocentes.

Temos estado demasiadamente acostumados à paz. Todos os dias lamentamos de muitas coisas. Mas quando, de repente, a guerra irrompe, vemos claramente o que é essencial. A paz é essencial. Um Salmo nos lembra: "Não haja brecha ou fuga, nem grito de alarme em nossas praças. Feliz o povo em que assim acontece" (Salmo 144). Agora há lutas na Europa. E temos medo, angústia. Talvez, também esta seja uma guerra distante para outros. Para os ucranianos é em suas terras, que alguém quer roubar. Para outros europeus, está perto. Há o pesadelo de uma guerra nuclear. Um míssil pode atingir uma usina atômica. Em meio a essa ansiedade, há tanta solidariedade com aqueles que foram atacados. A leitura da Oração Matinal de hoje diz: "Socorrei o oprimido" (Is 1,17). O que podemos fazer para ajudar?

Queremos a paz! Não queremos a guerra do poderoso de turno que visa aumentar seu poder sobre o sangue dos outros: até mesmo o de seus próprios filhos, que são usados e enganados e enviados para matar e morrer. Como podemos parar esta loucura? Alguns recorrem às sanções, outros às armas, outros à diplomacia. O que as pessoas simples podem fazer? Ajudar, ser solidárias com o povo ucraniano, e rezar pela paz.

Hoje mais do que nunca, sonhamos com outra profecia, quando os inimigos finalmente viverão juntos em paz: "Então o lobo morará com o cordeiro, e o leopardo se deitará com o cabrito; o bezerro, o leãozinho e o gordo novilho andarão juntos, e um menino pequeno os guiará" (Is 11,6). Senhor, dai-nos a paz!

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São José da Cruz

S. José da Cruz | cançãonova
05 de março
São José da Cruz

Origens

Nasceu no dia 15 de agosto de 1654, na cidade de Ponte, que ficava na ilha de Ischia, Itália. Seu nome de batismo era Carlos Caetano Calosirto. Seus pais eram nobres e ricos e se chamavam José e Laura. O ensino básico e os alicerces da fé cristã ele recebeu no Colégio dos Agostinianos, que ficava na ilha Ischia.

Vocação

Aos quinze anos Carlos fez a opção pela vida religiosa, dando curso à grande vocação que em seu coração sentia. Ingressou na Ordem dos Franciscanos Descalços, conhecidos como “Alcantarinos”, porque eram oriundos da Reforma de São Pedro de Alcântara. Esta Congregação lhe causou interesse por causa da austeridade das Regras, especialmente dessa comunidade, que era ligada ao convento de Santa Lucia, em Nápolis. Ao ingressar na Ordem, Carlos assumiu o nome de João José da Cruz. Seu noviciado aconteceu sob a direção do P. José Robles.

Primeira missão como padre

Em 1671 o irmão José João da Cruz foi enviando para Piedimonte d'Alife. Sua missão era construir um convento. Ele foi acompanhado de onze sacerdotes, sendo ele o mais novo. O grupo encontrou muitas dificuldades no local. Ele, porém, não hesitou: juntou pedras com as próprias mãos e trabalhou com cal, madeira, enxadão. Assim, fez os alicerces. Sua ação motivou os outros padres e também o povo. No começo, todos, de fato, pensaram que ele era louco. Porém, percebendo a força de seu caráter e a perseverança, mudaram de opinião e começaram a ajuda-lo. Dessa maneira, um grande convento foi construído em tempo recorde.

Ordenação, missão e construções

O irmão João José da Cruz foi ordenado padre em 1677. Quando completou vinte e quatro anos, recebeu a missão de mestre dos noviços. Em seguida, foi nomeado também guardião da ordem do convento de Piedimonte. Durante sua estadia neste convento, construiu um outro pequeno convento, num local afastado, na borda do bosque. O local era chamado "ermo". Ainda hoje este lugar é procurado como alvo de peregrinações, para pessoas que buscam retiro espiritual. Seguindo seu tino de construtor, São José João da Cruz construiu ainda o convento do Granelo em Portici, na cidade de Nápolis.

Austeridade, humildade e caridade

O Padre João José da Cruz era homem austero. Fazia jejuns, comia apenas uma vez por dia e dormia pouco. Levantava-se sempre à meia noite para agradecer e louvar a Deus pelo novo dia que chegava como presente. Entre o povo, ele ficou famoso por causa de sua humildade. A população passou a venera-lo quando ele ainda era vivo por causa de sua dedicação desprendida aos pobres e aos doentes. Buscava a pobreza na própria vida e até mesmo em sua personalidade, procurando sempre seguir os passos de São Francisco, seu pais espiritual e modelo de conduta.

Provincial

No ano 1702 o padre José João da Cruz recebeu a nomeação de vigário provincial dos Alcantarinos da Reforma de São Pedro. Desse momento em diante a Ordem se expandiu de Norte a Sul da Itália e cresceu em vida de santidade. Esta fama chegou à Santa Sé. Por isso, os dois ramos dos Alcantarinos voltaram a se unir. Assim, o convento de Santa Lúcia retornou aos padres da Itália e o Padre João José da Cruz voltou para lá. Neste convento, ele viveu por mais doze anos. Nesse tempo, como sempre, buscou a austeridade e a santidade de vida. Vários prodígios e curas foram realizados por sua intercessão em favor dos pobres e doentes, coroando seus últimos anos de vida.

Morte

São José João da Cruz faleceu em 05 de março 1734. Foi sepultado no mesmo convento de Santa Lúcia. Sua beatificação foi celebrada pelo papa Gregório XVI, no ano 1839. Seus restos mortais foram trasladados para o convento da ordem franciscana que fica na ilha de Ischia, local onde ele nasceu. O dia de sua festa, como sempre é feito na Igreja, foi instituído para o dia 5 de março, dia de sua partida para o céu.

Oração a São João José da cruz

São João José da Cruz, vós que edificastes com vossas próprias mãos em uma obediência incontestável dá-nos este grande dom de dizer sempre "sim" à vontade de Deus, mesmo em meio às nossas dificuldades. Que vivamos toda nossa vida em conformidade aos desígnios de Nosso Senhor para que um dia possamos estar juntos num só único louvor a quem que nos criou unicamente para sermos santos. Por Cristo nosso Senhor. Amém.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

sexta-feira, 4 de março de 2022

Joe Biden evita responder por que apoia aborto apesar de ser católico

Michael F. Hiatt - Shutterstock
Por Francisco Vêneto

"Eu não quero entrar num debate com você sobre teologia", desconversou Biden, que, no entanto, disse que se absterá de doces durante a Quaresma.

O presidente democrata Joe Biden, dos Estados Unidos, evitou responder ao repórter Owen Jensen, da rede católica norte-americana EWTN, como pode conciliar a sua alegada fé católica com o fato de apoiar publicamente o aborto, categoricamente rechaçado pela doutrina cristã.

Biden se limitou a responder:

“Eu não quero entrar num debate com você sobre teologia. Eu não vou fazer um julgamento por outras pessoas”.

O jornalista abordou o presidente nesta Quarta-Feira de Cinzas. Biden ainda trazia na testa as cinzas que, segundo ele próprio, teria recebido do cardeal Wilton Gregory, arcebispo de Washington.

Embora renegue frontalmente a doutrina católica sobre a sacralidade de TODA vida humana desde a concepção até a morte natural, Joe Biden afirmou que, durante a Quaresma, se absterá de doces.

Biden afirmou que defenderá o aborto “com todos os recursos”

Nesta última terça-feira, durante o tradicional relatório anual que todo presidente norte-americano apresenta ao Congresso na forma de um discurso conhecido como “o Estado da União”, Biden reafirmou que o “direito constitucional afirmado pela lei Roe versus Wade [a sentença judicial que autorizou o aborto no país] está sob ataque como nunca antes”.

Em janeiro deste ano, quando a decisão judicial pela legalização do aborto completou 49 anos, Joe Biden chegou a afirmar que defenderá o aborto “com todos os recursos que temos”. Ele acrescentou que o aborto “é um direito que acreditamos que deve ser codificado em lei e estamos comprometidos em defendê-lo com todos os recursos que temos”.

A incoerência do presidente que se declara católico, mas age em aberta oposição à doutrina da Igreja, é explicitamente criticada pela maior parte dos bispos católicos do país e do exterior, como é o caso de dom Joseph Naumann, arcebispo de Kansas City e presidente do Comitê de Ações Pró-Vida da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos: em outubro de 2021, ele se disse decepcionado com o presidente e exigiu que ele atue “como o católico devoto que afirma ser”.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Descubra a sua citação bíblica para a Quaresma de 2022!

berni0004 | Shutterstock

Este ano não tem sido fácil... De qualquer forma, podemos encontrar na Bíblia a força extra de que precisamos para viver bem esta Quaresma.

A Bíblia está cheia de passagens inspiradoras que podem ajudar a acalmar nosso coração. Em particular, as Sagradas Escrituras têm muitos versículos que podem nos ajudar em tempos de ansiedade ou medo.

Se você não tem tempo para ler longos capítulos do Novo e Antigo Testamento, alimente sua alma com citações curtas da Bíblia. Se você está se sentindo ansioso(a), uma boa leitura das citações da Bíblia pode despertar sua alma e dar-lhe aquilo que você precisa para acalmar seu coração.

Que livro melhor para recorrer do que o melhor de todos os tempos, a Bíblia, para aprender com seus ensinamentos? Contém textos inspirados pelo Espírito Santo e que lançam uma nova luz sobre nós e a realidade que nos cerca.

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Fonte: https://pt.aleteia.org/

Conferência de bispos ucranianos pede que papa consagre Rússia e Ucrânia à Virgem

Imaculado Coração de Maria / Zvonimir Atletic (shutterstock)

REDAÇÃO CENTRAL, 03 mar. 22 / 12:00 pm (ACI).- A Conferência dos Bispos Católicos Romanos da Ucrânia pediu ao papa Francisco que consagre a Ucrânia e a Rússia ao Imaculado Coração de Maria.

Em uma carta ao papa, a conferência disse estar escrevendo “nessas horas de dor imensurável e terrível provação para nosso povo” em resposta a muitos pedidos de consagração.

“Em resposta a esta oração, pedimos humildemente a Vossa Santidade que realize publicamente o ato de consagração ao Imaculado Coração de Maria da Ucrânia e da Rússia, conforme solicitado pela Santíssima Virgem em Fátima”, disse a carta, publicada no site dos bispos em Quarta-feira de Cinzas, 2 de março.

“Que a Mãe de Deus, Rainha da Paz, aceite nossa oração: Regina pacis, ora pro nobis (Rainha da Paz, rogai por nós)”.

A conferência também publicou em seu site um texto ucraniano atualizado de um ato de consagração da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria, pedindo que seja recitado em particular e após cada missa.

Em 24 de fevereiro, o dia em que a Rússia invadiu a Ucrânia, a conferência dos bispos havia pedido que todos os católicos de rito latino na Ucrânia rezassem à Virgem.

“Agora é o momento de nos unirmos em oração: em nossas famílias, com nossos vizinhos, em nossas comunidades de oração e em todas as paróquias. Encorajamos os sacerdotes, a partir de hoje, após cada Santa Missa, além de cantar a súplica, a rezar o Ato de Consagração da Ucrânia ao Imaculado Coração da Mãe de Deus”, escreveu a conferência dos bispos.

“Rezamos juntos o rosário ou outras orações pela paz, pelos governantes de nosso estado, por nosso exército e todos aqueles que defendem nossa pátria, pelos feridos e mortos, bem como pela lembrança daqueles que começaram a guerra e ficaram cegos. por agressão”, disse.

“Vamos proteger nossos corações do ódio e raiva contra nossos inimigos. Cristo dá uma instrução clara de que devemos orar por eles e abençoá-los”.

Os católicos de rito latino são cerca de 1% da população da Ucrânia. Eles estão concentrados no oeste do país, com seis dioceses sufragâneas à arquidiocese de Lviv dos Latinos.

A maioria dos católicos na Ucrânia pertence à Igreja Greco-Católica Ucraniana, a maior das 23 Igrejas Católicas Orientais em comunhão com Roma. Os católicos gregos representam cerca de 9% da população de 44 milhões da Ucrânia, que é predominantemente cristã ortodoxa.

Antes das revoluções de 1917 que derrubaram o Império Russo e levaram à criação da União Soviética, a Rússia era chamada de “casa de Maria” porque havia mais santuários e igrejas dedicados a Nossa Senhora do que em qualquer outro país da época.

Durante as aparições de Fátima em 1917, a Virgem Maria revelou três segredos.

O segundo segredo era uma declaração de que a Primeira Guerra Mundial terminaria e uma previsão de outra guerra que começaria durante o reinado de Pio XI se as pessoas continuassem a ofender a Deus e a Rússia não fosse consagrada ao Imaculado Coração de Maria.

A Irmã Lúcia, uma das três videntes de Fátima, recordou em suas memórias que Nossa Senhora lhe disse: “Se meus pedidos forem atendidos, a Rússia se converterá e haverá paz. Senão, ela espalhará seus erros pelo mundo, causando guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá que sofrer muito, várias nações serão aniquiladas”.

“No final, meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre me consagrará a Rússia, e ela se converterá, e um período de paz será concedido ao mundo".

Em uma carta escrita em 1989, a Irmã Lúcia disse que o papa são João Paulo II satisfez o pedido de Nossa Senhora para a consagração da Rússia em 1984.

Fonte: https://www.acidigital.com/

O Papa Francisco visitará a República Democrática do Congo e o Sudão do Sul

O Papa Francisco com uma comunidade congolesa na Audiência Geral 
(Vatican Media)

O Pontífice visitará a República Democrática do Congo de 2 a 5 de julho, e o Sudão do Sul de 5 a 7 de julho.

Salvatore Cernuzio/Mariangela Jaguraba - Vatican News

A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou uma nota, nesta quinta-feira (03/03), sobre a viagem apostólica do Papa Francisco à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul.  

"Acolhendo o convite dos respectivos Chefes de Estado e dos Bispos, o Santo Padre Francisco fará uma Viagem Apostólica à República Democrática do Congo de 2 a 5 de julho, visitando as cidades de Kinshasa e Goma, e ao Sudão do Sul de 5 a 7 de julho, indo a Juba. O programa da viagem será publicado posteriormente", ressalta a nota da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Viagens à África

Francisco retorna como peregrino à África, sete anos depois da viagem apostólica de novembro de 2015 ao Quênia, Uganda e República Centro-Africana. Uma etapa complexa, esta última, incerta e arriscada pela violência na capital Bangui. O Papa quis ir até o fim e na catedral local abriu simbolicamente a Porta Santa para dar início ao Jubileu da Misericórdia. O Papa voltou novamente à África em 2019 com a longa viagem de 4 a 10 de setembro a Moçambique, Madagascar e Maurício.

Papa Francisco na celebração com a comunidade congolesa de Roma na Basílica de
São Pedro (2019)

A vigília em São Pedro em 2017

O olhar do Papa nunca se desviou do continente africano e de suas feridas. Em particular, o Pontífice sempre demonstrou uma apreensão particular pela situação no Sudão do Sul e no Congo, países para os quais convocou e celebrou uma vigília de oração na Basílica de São Pedro em 23 de novembro de 2017. Um intenso momento litúrgico, marcado por canções, testemunhos e orações, durante os quais o Papa exortou a Comunidade internacional a fazer os esforços adequados para levar a paz a essas áreas do mundo. "Que o Senhor Ressuscitado derrube os muros da inimizade que hoje dividem os irmãos", disse o Papa, rezando sobretudo pelas "mulheres vítimas de violência em zonas de guerra" e pelas crianças "que sofrem por causa de conflitos que roubam sua infância e às vezes até sua vida”.

A República Democrática do Congo ferida por assassinatos e atentados

Francisco havia falado de uma possível viagem ao território congolês em algumas entrevistas divulgadas no ano passado. Uma vontade ditada sobretudo pelo desejo de causar, como em Bangui, uma trégua de paz numa terra marcada pelo longo e sangrento conflito étnico nas províncias orientais de Kivu, ataques terroristas. O último ocorreu há pouco mais de um mês, em 1º de fevereiro passado, no campo de deslocados "Plaine Savo2" em Ituri, nordeste do país, com mais de 50 mortos e 36 feridos. O Papa Francisco condenou este "ato atroz e bárbaro", garantindo sua proximidade ao presidente Félix Tshisekedi. Com a mesma dor, poucos dias depois, o Papa denunciou a “violência injustificável e deplorável” da qual foi vítima o padre Richard Masivi Kasereka, religioso da Ordem dos Clérigos Regulares Menores, morto em 2 de fevereiro, após a missa do Dia da Vida Consagrada. Perante este novo episódio sangrento, o Bispo de Roma exortou toda a comunidade cristã congolesa a tornar-se anunciadora e testemunha "de bondade e fraternidade, apesar das dificuldades". Incentivo que o Papa levará agora pessoalmente ao Kivu Norte, com passagem pela capital Goma, onde a poucos quilômetros, em 22 de fevereiro do ano passado, na aldeia de Kibumba, foi assassinado o embaixador italiano Luca Attanasio.

Francisco na Igreja Anglicana de Todos os Santos em Roma

O anúncio na Igreja Anglicana de Roma

A viagem ao Sudão do Sul é uma história à parte. Foi o próprio Papa, durante o encontro de 26 de fevereiro de 2017, com a comunidade anglicana de Roma na Igreja de Todos os Santos, quem anunciou que estava sendo estudada uma viagem ao país africano, atormentado por uma sangrenta guerra civil há seis anos. A viagem deveria ser feita junto com o primaz da Igreja Anglicana, Justin Welby, maior confissão religiosa do país (os católicos são quase quatro milhões, cerca de um terço da população total).

“Os meus colaboradores estão estudando a possibilidade de uma viagem ao Sudão do Sul”, foram as palavras do Papa na Igreja de Todos os Santos. "Os bispos anglicano, presbiteriano e católico vieram me dizer: 'Por favor, venha ao Sudão do Sul, talvez apenas um dia. Mas não venha sozinho, venha com Justin Welby'. Deles, jovem Igreja, veio essa ideia, e estamos pensando. Lá a situação é muito ruim, mas eles querem a paz, juntos trabalhamos pela paz”. Nunca anunciada oficialmente, a viagem parecia acontecer no mesmo ano, mas foi bloqueada pela escalada da violência no país. A situação “ruim” tornou-se de fato trágica nos últimos meses com o agravamento do contexto político e a intensificação dos confrontos retomados em várias áreas, após o rompimento do cessar-fogo.

Ajoelhado aos pés dos líderes do Sudão do Sul

O drama da guerra e a consequente emergência humanitária persistiram por anos, tanto que o Papa convocou na Casa Santa Marta, no Vaticano, as mais altas autoridades religiosas e políticas do Sudão do Sul, em abril de 2018, junto com o arcebispo de Cantuária para um retiro espiritual ecumênico. O presidente Salva Kiir e os vice-presidentes designados vieram ao Vaticano, incluindo Rebecca Nyandeng De Mabior, viúva do líder sul-sudanês John Garang, e Riek Machar, líder da oposição. Dias marcados pelo gesto inédito e marcante do Papa de se ajoelhar, no final de um discurso em que implorou o dom da paz para um país desfigurado por mais de 400 mil mortos, e beijar os pés dos líderes Sudão do Sul. “Que o fogo da guerra se extingua de uma vez por todas”, disse o Pontífice, reiterando mais uma vez seu desejo de visitar o país.

O Papa beija os pés dos líderes do Sudão do Sul no final do retiro espiritual no Vaticano

A viagem de Gallagher em dezembro de 2021

Hipótese concretizada em dezembro de 2021 pelo Secretário para as Relações com os Estados, dom Paul Richard Gallagher, ao retornar de uma viagem a Juba planejada há meses e coordenada com o Lambeth Palace (residência oficial do Arcebispo de Cantuária), mas prorrogada devido à emergência sanitária. Dentre os encontros com os líderes políticos e religiosos e realidades locais, o arcebispo disse que houve "grande apoio para uma visita do Santo Padre" ao Sudão do Sul e que ela poderia se realizar em 2022. Nesta quinta-feira, portanto, o anúncio oficial.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

S. CASIMIRO, PADROEIRO DA LITUÂNIA

S. Casimiro | Wikipedia
04 de março
São Casimiro

Casimiro, cujo nome significa “grande no comandar”, foi proclamado padroeiro da juventude. Casimiro era filho do rei da Polônia, nasceu com o título de grão-duque da Lituânia, sua terra natal, em 1458. De família real e católica, Casimiro podia se envolver em confusões politicas, por isso renunciou o direito ao trono. Seus pais, a rainha Isabel de Asburgo e Casimiro IV, rei da Polônia, tiveram treze filhos, dos quais doze foram reis.

Livremente optou pelo celibato e com a ajuda da mãe começou a receber forte educação espiritual. Chegou mesmo a fragilizar a saúde por causa de muitos jejuns e penitência.

São Casimiro, com apenas dezessete anos e debilitado pelo excesso de penitência, começou a ajudar o pai no governo da Lituânia, usando sempre a força da oração, prudência e seu amor profundo ao Santíssimo Sacramento e a Nossa Senhora.

Casimiro foi um servidor diligente de seu Estado, mas não se deixou levar pela ambição do poder. Era um jovem muito admirado pela sua beleza, porém tinha o ideal ascético da pureza. Era devoto de Nossa Senhora e a ela consagrou-se. Estava sempre atento em divulgar as virtudes de Maria e a festejar solenemente as festas marianas.

Admirado pelos súditos e amado pelo povo, Casimiro foi vítima de tuberculose que lhe trouxe a morte em 1484. Casimiro morreu aos 25 anos e todo o povo polonês já o venerava como santo. Em 1521 foi canonizado e declarado padroeiro da Polônia e da Lituânia pelo Papa Leão X.

Ninguém, no entanto, jamais esquecerá a sua caridade, a sua humildade e a sua simplicidade. Nem tampouco a seriedade diante dos sacrifícios da vida. Valeu a pena ter renunciado às coisas imperiais para ser cristão e santo!

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.
Reflexão
São Casimiro soube pedir a Deus a graça da perseverança. Sua saúde frágil e a intensidade de penitências levaram-no cedo para a Casa do Pai, mas o pouco tempo de vida foi suficiente para que ele testemunhasse com convicção o amor de Deus pelo ser humano. Todos nós precisamos da graça de Deus para manter nossa fidelidade ao evangelho. Confiando somente nas nossas forças nós não somos capazes de seguir radicalmente Jesus Cristo. Por isso, imploremos sempre que Deus nos cumule de graças e seja generoso conosco.
Oração
São Casimiro, vós que tivestes tudo para reinar soberanamente e usufruir do que desejásseis, preferistes o caminho da santidade. Quanto vos louvo por essa vossa escolha cheia de sabedoria ante a efemeridade desta vida. Dai aos jovens do mundo inteiro, por vossa intercessão junto a Jesus Cristo e a Santa Mãe dos Céus, o despertar das mais santas vocações sacerdotais. Amém!

Fonte: https://www.a12.com/

quinta-feira, 3 de março de 2022

Guerra na Ucrânia dilacera povos "que emergiram da mesma pia batismal", dizem bispos da Igreja Greco-Ortodoxa de Antioquia

Patriarca da Igreja Greco-Ortodoxa de Antioquia, Iohhanes X Yazigi na Igreja do
profeta Elias, em Aleppo  (AFP or licensors)

Os bispos da Igreja Greco-Ortodoxa de Antioquia acompanham "com profunda dor e grande tristeza os dolorosos acontecimentos na Ucrânia" e elevam orações "pela paz na Ucrânia e no mundo inteiro, para que o Deus Todo-Poderoso inspire aqueles que devem tomar decisões a dar prioridade à lógica da paz e adotar a linguagem do diálogo, para poupar a todos ulteriores destruições e perdas humanas”.

Para ver o fim dos "dolorosos acontecimentos" na Ucrânia, os bispos da Igreja Greco-Ortodoxa de Antioquia suplicam para olhar para os "laços espirituais entre os povos russo e ucraniano, fonte da mesma pia batismal", e imploram que a fraternidade dada pelo batismo comum mostre sua eficácia, permitindo "superar o conflito, alcançar a reconciliação e consolidar a paz".

O apelo foi feito na quarta-feira, 2 de março, em Damasco, onde os bispos do Sínodo da Igreja Greco-Ortodoxa de Antioquia se reuniram em sessão extraordinária, sob a presidência do Patriarca Yohanna X, para discutir e sugerir remédios espirituais diante dos trágicos acontecimentos de opressão que semeiam sofrimento entre nações e povos historicamente marcados pelo vínculo compartilhado com o cristianismo ortodoxo.

No comunicado divulgado no final de sua reunião de emergência, os bispos da Igreja Greco-Ortodoxa de Antioquia afirmaram que estão acompanhando "com profunda dor e grande tristeza os dolorosos acontecimentos na Ucrânia" e de ter elevado orações "pela paz na Ucrânia e no mundo inteiro, e para que o Deus Todo-Poderoso inspire aqueles que devem tomar decisões a dar prioridade à lógica da paz e adotar a linguagem do diálogo, para poupar a todos ulteriores destruições e perdas humanas”.

Em particular, os bispos do Patriarcado com sede em Damasco expressaram sua solidariedade aos Pastores da Igreja Ortodoxa Ucraniana liderada pelo Metropolita Onofry, ainda canonicamente subordinado ao Patriarcado de Moscou. Na mensagem do Sínodo da Igreja Ortodoxa de Antioquia, no entanto, não há menção à Igreja Ortodoxa autocéfala nascida na Ucrânia em 2019, após a concessão do Tomos de autocefalia (Documento de Independência) pelo Patriarca Ecumênico Bartolomeu I.

A invasão russa da nação ucraniana está agravando e ampliando as lacerações que nos últimos anos já haviam ferido as relações entre as Igrejas da Ortodoxia, tendo como epicentro precisamente os contrastes entre o Patriarcado de Moscou e o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla quanto ao status canônico das comunidades cristãos ortodoxas na Ucrânia.

A este respeito, no seu encontro, os bispos do Patriarcado Greco-Ortodoxo de Antioquia reafirmaram a necessidade de seguir sempre o "princípio do consenso", que vincula as Igrejas Ortodoxas canonicamente reconhecidas a enfrentar e resolver questões controversas de forma consensual, implementando nelas disposições e mudanças somente quando existir uma convergência substancial de todas as Igrejas Ortodoxas, de modo a garantir sua unidade e não rasgar sua plena comunhão.

Em relação à situação na Síria, onde a Presidência de Bashar al Assad sobreviveu aos anos de guerra graças ao apoio militar russo, os bispos da Igreja Greco-Ortodoxa de Antioquia reiteraram a urgência de encontrar uma "solução política" para o caos e os contínuos focos de guerra no país.

Os bispos do Patriarcado reiteraram a necessidade de pôr fim às sanções econômicas que matam de fome as camadas mais vulneráveis da população e, ao mesmo tempo, reiteraram sua oposição aos desígnios geopolíticos que visam desmembrar a unidade territorial da Síria, reiterando que a desejada “solução política” terá de levar em conta “as aspirações do povo sírio”, visando promover a reconciliação nacional e manter “a unidade do Estado sírio”.

*Com Agência Fides

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Cunegundes

Sta. Cunegundes | arquisp
03 de março

Santa Cunegundes

Cunegundes viveu na realeza. Nasceu no ano 988, era filha de Sigfredo, conde de Luxemburgo e Asdvige, que transmitiu pessoalmente à ela os profundos ensinamentos cristãos. Desde pequena a menina desejava se tornar religiosa.

Porém casou-se com Henrique, duque da Baviera, que era católico e em 1002 se tornou rei da Alemanha. Em 1014 o casal real recebeu a coroa imperial das mãos do Papa Bento VIII, em Roma. Para o povo, foi um tempo de paz e prosperidade. O casal ficou famoso pela felicidade que proporcionava aos seus súditos, o que chamou a atenção dos inimigos do reino e do imperador. Mas também porque a população e a corte diziam que eles haviam feito um "matrimonio de São José", o que equivale viver em união apenas como bons irmãos. Verdade ou não, o fato é que Henrique percebeu que a esposa não podia ter filhos e decidiu ficar com ela, sem usar o direito do repúdio público para dissolver o casamento, como era legítimo na Alemanha e cuja situação era tolerada por Roma.

Mais tarde, os inimigos da corte espalharam uma forte calúnia contra a imperatriz, dizendo que ela havia traído seu marido. A princípio os dois não se importaram, mas os boatos começaram a rondar o próprio palácio e Cunegundes resolveu acabar com a maledicência. Numa audiência pública, negou a traição e evocou Deus para comprovar que dizia a verdade. Para isso, mandou que colocassem à sua frente grelhas quentes. Rezou, fechou os olhos e pisou descalça sobre elas várias vezes, sem que seus pés se queimassem. Isso bastou para o imperador, a corte e o povo admirar ainda mais a santidade da imperatriz, que vivia trabalhando para atender os pobres e doentes, crianças e idosos abandonados, com suas obras religiosas assistenciais.

Em 1021 o casal imperial fundou um mosteiro beneditino em Kaufungen, em agradecimento à Deus pela cura completa de uma doença grave que Cunegundes havia contraído. Quatro anos depois, quando Henrique faleceu, ela retirou-se para esse mosteiro, abdicando do trono e da fortuna, onde viveu como religiosa por quinze anos.

Até hoje o mosteiro possui em seu acervo os riquíssimos e belos paramentos que Cunegundes costurava. Contudo, ela própria usava somente um hábito muito simples, também feito com as próprias mãos. Com ele trabalhava diariamente e com ele fez questão de ser enterrada, embora suas companheiras tivessem preparado cobertas ricamente bordadas e enfeitadas com jóias preciosas para seu velório.

Antes de morrer, no dia 03 de março de 1039, pediu que a enterrassem como uma simples monja e ao lado da sepultura do esposo, na Catedral de Bamberg, que eles também haviam construído. O local foi palco de numerosos prodígios e graças, por isso seu culto correu entre os fiéis e se propagou por toda a Europa. O Papa Inocêncio III a canonizou em 1200, autorizando sua festa para o dia de sua morte. Santa Cunegundes é padroeira de Luxemburgo, da Lituânia e da Polônia o que faz com que sua devoção se mantenha ainda muito forte e intensa.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF