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domingo, 6 de março de 2022

Santa Coleta (Nicoleta)

Sta. Coleta | arquisp
06 de março

Santa Coleta (Nicoleta)

Nascida em 13 de janeiro de 1381, em Corbie, na região francesa de Amiens, Nicoleta Boilet, apelidada de Coleta, recebeu este nome em homenagem a são Nicolau. Seus pais estavam com a idade avançada e sem filhos quando pediram pela intercessão desta graça ao santo, do qual eram devotos.

O pai era um artista abastado, que trabalhou no mosteiro beneditino de Corbie, onde a família viveu por alguns anos. A educação e o convívio religioso alí recebidos influenciaram muito na espiritualidade de Coleta, que nunca mais se afastou da religião e contribuiu vigorosamente para a construção e afirmação da Igreja Católica.

Aos dezoito anos ficou órfã. Distribuiu os bens aos pobres para viver reclusa na Ordem terceira de São Francisco. Neste período teve uma visão de Cristo que lhe deu a incumbiu de reformar as Clarissas. No início, resistiu em cumprir a missão que tão claramente lhe foi dada. Mas, depois de ficar muda e cega por alguns dias, entendeu que era um sinal pela sua desobediência, e aconselhada pelo frei Henrique Baume, irmão menor, se apresentou ao papa Bento XIII, que estava em Nice, e lhe expôs a vontade de Deus.

Coleta foi admitida e consagrada pelo Papa e, ele mesmo a consagrou com o hábito e a professou na Ordem primeira de Santa Clara. Em seguida a nomeou superiora geral de todos os conventos que fundasse ou reformasse e confiou a ela a reforma das três ordens religiosas em todos os mosteiros de Clarissas da França, hoje conhecidas como irmãs Claras Coletinas e o dos Irmãos Menores de São Francisco.

Em 1410, inaugurou o seu primeiro mosteiro reformado em Besanzon., seguido depois de outros dezesseis. Também reformou outros sete masculinos. Sua ação reformadora logo ultrapassou a França, chegando na Espanha, Bélgica e Itália. Juntamente com são Vicente Ferrer, Coleta lutou para acabar com o cisma do Ocidente, que culminou com a eleição simultânea de três papas: um em Roma; outro em Avinhon; e o terceiro em Pisa.

Entretanto, seu principal trabalho, além da prática da caridade para com os doentes e pobres, foi trazer de volta para os conventos e mosteiros, no século XV, o espírito de pobreza implantado por São Francisco de Assis, dois séculos antes.

Coleta morreu em Gand, Bélgica, no dia 6 de março de 1447. Vários registros foram encontrados, narrando os prodígios que ela realizava, ainda em vida. Depois seu culto se intensificou com inúmeras graças alcançadas por sua intercessão. Santa Coleta foi canonizada pelo Papa Pio VII em 1807, que indicou o dia de sua morte para as homenagens. Os séculos se passaram e até o despontar do terceiro milênio, os mais de cento e quarenta mosteiros das Coletinas sempre estiveram ativos na maior parte da Europa, como também na América, Ásia e África, onde estão presentes.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

sábado, 5 de março de 2022

O Papa pode ajudar a Ucrânia?

Shutterstock | Aleteia | Shutterstock
Por I. Media

Entrevista com um jornalista especializado em assuntos ligados ao Vaticano e ao leste europeu.

Até que ponto o Papa pode intervir na ofensiva russa contra a Ucrânia? Qual é o poder da influência russa nas ações do Papa e da diplomacia do Vaticano? A agência I.MEDIA entrevistou o jornalista Bernard Lecomte, que já fez várias reportagens no leste europeu.

Ele também é autor de uma biografia de João Paulo II e do livro Le pape qui a vaincu le communisme (“O Papa que conquistou o comunismo”).

O jornalista ressalta que, do ponto de vista de Moscou, o Vaticano não pode ser considerado um órgão neutro, dado o importante lugar da Igreja Católica na Ucrânia.

Diante dessa ofensiva russa na Ucrânia, a Santa Sé se encontrou no mesmo estado de perplexidade que os serviços diplomáticos dos países ocidentais?

Lecomte: Penso que sim. Quando cheguei ao Vaticano, sempre me impressionou o fato de que havia poucas pessoas que conheciam bem a URSS ou que conhecem a Rússia hoje. Este país fascina todos os papas, mas há poucos especialistas dentro do aparato diplomático da Santa Sé. Então eles provavelmente ficaram chocados com o que está acontecendo.

Então a crise ucraniana é difícil de se interpretar a partir de Roma?

Lecomte: O problema é que o cristianismo na Ucrânia apresenta um cenário extremamente complexo, com essencialmente três entidades diferentes, entre a Igreja Ortodoxa autônoma, a Igreja Ortodoxa que permanece sob a jurisdição de Moscou e os católicos. Com a guerra, podemos ver que a Igreja dependente do Patriarcado de Moscou caminha para a secessão, que é uma evolução fundamental.

Mas se a Ucrânia resistiu até este ponto, é principalmente graças aos católicos do Ocidente que sempre se opuseram radicalmente ao comunismo, e que também se opõem ao Patriarcado de Moscou, esta “terceira Roma” da qual se separaram em 1596.

É um cenário muito complexo em que a diplomacia vaticana tem dificuldade em se mover, porque não pode assumir uma posição neutra. O Papa gostaria de estabelecer contatos com Moscou, como prova sua visita à embaixada russa, que foi um gesto espetacular, mas do ponto de vista russo não pode ser visto como imparcial.

Ao falar sobre as relações entre a Santa Sé e os países do antigo bloco soviético, a palavra “Ospolitik ” é frequentemente usada. Como você define esse termo e como essa estratégia se desenrolou?

Lecomte: É um termo alemão que primeiro se refere à política da Alemanha Ocidental em relação aos países comunistas nas décadas de 1960 e 1970, mas também se aplica a João XXIII e Paulo VI quando eles suavizaram a abordagem do Vaticano a Moscou.

Um dos símbolos dessa mudança foi a presença de observadores russos no Concílio Vaticano II. Além disso, no aniversário de 80 anos de João XXIII em 1961, ele recebeu um telegrama de congratulações de Khrushchev e foi visitado pelo genro do líder, Alexei Adjoubei, que era o editor-chefe do Izvestia (um dos principais diários de Moscou). Isso foi absolutamente inédito na época.

Então, sob o pontificado de Paulo VI, o Vaticano avançou para uma “política de pequenos passos”. Tratava-se de enviar prelados para se reunirem oficialmente com as autoridades comunistas locais, a fim de obter alguns compromissos, notadamente para a nomeação de bispos, e para a reabertura de algumas igrejas.

Quanto tempo durou essa estratégia arriscada?

Lecomte : Foi uma discussão com o inimigo, em um contexto extremamente difícil para a Igreja Católica, marcado em particular pelas perseguições sofridas pelos cardeais Mindszenty na Hungria, Slipyj na Ucrânia soviética e Wyszynski na Polônia. 

No entanto, a Ostpolitik foi adotada pela diplomacia papal, especialmente na Hungria e na Tchecoslováquia. Mas quando João Paulo II foi eleito, ele pôs fim a essa política dizendo: “Parem! Não fazemos pactos com o inimigo. Isso só pode nos machucar.”

Assim, o arcebispo Casaroli teve que concordar em mudar sua estratégia. João Paulo II explicou que o havia nomeado secretário de Estado para dar um sinal de continuidade, para não entrar em pânico no Oriente, mas na verdade ele estava assumindo uma posição forte na relação com os países comunistas.

Desde a morte de João Paulo II, o declínio da presença eslava no aparato diplomático do Vaticano causou um desinvestimento nesta região do mundo?

Lecomte: Durante o pontificado de João Paulo II, todos os corredores do Vaticano estavam cheios de prelados do Oriente. Foi espetacular. Depois, a partir de Bento XVI, houve um rodízio, o que é normal. 

Entendemos, especialmente desde 2013, que Francisco não tem essa sensibilidade europeia que marcou todos os papas anteriores. Ele não está familiarizado com as sutilezas da Ucrânia.

E mesmo que ele pessoalmente queira estar acima da briga, do ponto de vista russo, ele é necessariamente visto como o líder dos ucranianos ocidentais. Sua posição é injogável, porque se ele joga a carta de contatos com o Patriarcado de Moscou, ofende os ortodoxos da Igreja Autocéfala.

Pode-se imaginar qual teria sido a atitude de João Paulo II diante de tal crise?

Lecomte: João Paulo II, que conhecia perfeitamente a Ucrânia, provavelmente teria se dirigido primeiro aos católicos ucranianos para consolá-los e depois, numa segunda fase, teria dirigido uma mensagem de caridade aos ortodoxos.

Ele era um unificador formidável, com sua insistência no tema da “solidariedade”. Mas para entender a situação no leste europeu, é preciso realmente vir dessas terras, ou da encruzilhada desses países, como foi o caso do Cardeal Koenig (arcebispo de Viena, Áustria, de 1956 a 1985)

Quais eram as relações de João Paulo II com Moscou?

Lecomte: Antes da queda do Muro de Berlim, ele era um incansável defensor dos direitos humanos no Leste e da reunificação da Europa, e isso lhe permitiu ter convergências com Mikhail Gorbachev. Em 1º de dezembro de 1989, quando recebeu o líder soviético no Vaticano, foi um acontecimento significativo.

Os dois chefes de Estado concordaram com o conceito de uma “Casa Europeia Comum”. Na época, a ideia de que pontes poderiam ser construídas entre as duas partes da Europa era empolgante.

O líder soviético, visivelmente emocionado, disse espontaneamente a João Paulo II: “Convido-o calorosamente a Moscou”. Ele apresentou o Papa à sua esposa, dizendo: “Raissa, apresento a você um dos homens mais importantes do mundo, e ele é um eslavo, como nós!!” Ele estava tão entusiasmado quanto uma criança!

E João Paulo II sonhava em ir a Moscou, mas foi bloqueado pelo Patriarcado de Moscou, que o odiava e estava em uma linha muito anticatólica. Gorbachev não entendia as regras do jogo do ponto de vista da Igreja Ortodoxa.

Mais recentemente, Vladimir Putin encontrou-se em várias ocasiões com os papas João Paulo II, Bento XVI e Francisco. Como os líderes russos veem o Vaticano?

Lecomte : Gorbachev e Yeltsin respeitavam a figura do Papa. Vladimir Putin também o considera uma pessoa muito importante.

Durante seus encontros com sucessivos papas, Vladimir Putin alegou ser um defensor dos valores cristãos. Ele está à frente de um país enorme, por isso, em nível político e cultural, tinha interesse em manter boas relações com todas as religiões presentes no seu país, e não apenas com a Ortodoxia e o Islã.

Por meio desses encontros com os papas, não se tratava de “colocar o ocidente para dormir”, ainda que este tenha sido um eixo fundamental de sua diplomacia desde o início de sua presidência. A questão era, antes, cultivar seus vínculos com os católicos, mesmo que sejam poucos na Rússia.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Francisco: as armas do espírito mudam a história

Ucrânia, Rússia - conflito  (AFP or licensors)

Um tuíte do Papa na conta @Pontifex pede novamente a oração, a caridade e o jejum como "remédio". De Kiev, o arcebispo greco-católico Shevchuk repete: não deixemos que o ódio nos aprisione. E para os refugiados: estamos esperando por vocês quando voltarem para casa.

Alessandro De Carolis – Vatican News

É um entrelaçamento de almas, o rumor silencioso da oração que toca e anima, enquanto o rugido da artilharia mata e aterroriza. Há algo bíblico no claro-escuro do mundo, que esqueceu o serpejar da pandemia diante do barulho de uma guerra impensável: a voz de Deus que não é audível no barulho, mas na brisa suave. A brisa da oração do Papa, das Igrejas no planeta inteiro, que idealmente une com a Ucrânia os corações de um povo que, enquanto as fronteiras estão se tornando rígidas ou aniquiladas, se reconhecem na geografia sem limites da fé.

Deus intervém no mundo com a oração

Como uma gota de sabedoria, Francisco nos lembra em seu tuíte de hoje que a "oração, caridade e jejum não são remédios só para nós, mas para todos: podem, de fato, mudar a história, porque são as vias principais que permitem a Deus intervir em nossas vidas e do mundo. São as armas do espírito". De Kiev, em um intervalo das bombas, o arcebispo mor da Igreja greco-católica ucraniana, Sviatoslav Shevchuk, respondeu com uma mensagem diante do cenário trágico de um país visto através do véu de um "mar de lágrimas": "Vamos aprender a amar neste período trágico. Não permitamos que o ódio nos aprisione, não utilizemos sua linguagem e suas palavras".

Dom Shevchuk: "Vamos aprender a amar neste período trágico. Não permitamos que o
ódio nos aprisione, não utilizemos sua linguagem e suas palavras".

“Estamos esperando por vocês quando voltarem para casa”

Duas maneiras de se opor, expandindo aquele espaço resiliente no qual as bombas não podem cair, o da alma, onde a insensatez da guerra se desvanece diante do sentido das coisas de Deus. Ao lado de suas orações, o arcebispo ucraniano confia seu pesar pelo último capítulo do conflito, o ataque à usina nuclear de Zaporizhya, que parou a poucos metros de "uma catástrofe humanitária", da "possibilidade - disse ele em sua mensagem de vídeo diária - de infligir um golpe irreparável à criação de Deus", ainda mais impressionante para um país que conheceu os efeitos de Chernobyl.

Mas dom Shevchuk também está preocupado com o outro mar que agita a sua terra, a longa teoria da fuga de compatriotas, que incha as fronteiras ocidentais. "Queridas filhas e filhos de nosso povo, eu lhes digo: estamos esperando por vocês quando voltarem para casa, estamos esperando por vocês retornarem quando sobre a Ucrânia voltar o céu sereno”. E enquanto isso ele agradece aos ucranianos no Canadá, nos Estados Unidos e na Europa Ocidental "que estão acolhendo os refugiados e recolhendo ajuda humanitária". "Que a força de nossa oração", é a invocação final, "se torne um escudo de fé para nossa Pátria".

Arcebispo de Lviv: obrigado à Igreja italiana pela ajuda

De Lviv, a brisa da oração chega até Fátima. "Nós nos confiamos à misericórdia de Deus e também da Virgem" do santuário português, diz à Rádio Vaticano – Vatican News,  dom Mieczysław Mokrzycki, arcebispo de Lviv dos Latinos. Na Ucrânia as pessoas atiram e morrem, e onde não há tiroteio, diz o prelado, tentamos acolher os refugiados e lhes damos comida, "e somos muito gratos", acrescenta ele, "à Conferência Episcopal Italiana, aos sacerdotes, aos nossos queridos amigos sempre disponíveis e de coração aberto, não só com orações, mas também com ajuda humanitária às pessoas, às crianças refugiadas, prontas para abrir as portas de suas clínicas e hospitais".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Por que na missa não se diz “amém” no final do Pai-Nosso?

Pascal Deloche | Godong

Se o correto é terminar as orações com o "amém", por que no Pai-Nosso da missa isso não acontece?

A palavra “amém”, um dos vocábulos mais utilizados pelos cristãos, é dificilmente traduzível em seu sentido mais profundo (por isso é mantida em hebraico, o idioma original), e utilizada sempre em relação a Deus.

Pronunciar esta palavra é proclamar que se tem por verdadeiro o que se acaba de dizer, com o objetivo de ratificar uma proposição, unir-se a ela ou a uma oração.

Por isso, expressar em forma grupal no âmbito do serviço divino ou ofício religioso também significa “estar de acordo” com o que foi dito.

Nas orações

A palavra “amém” é utilizada para concluir as orações. No entanto, a oração por excelência, o Pai-Nosso, quando rezado dentro da missa, não é acompanhado pelo “amém” no final. Fora da missa, o “amém” é dito normalmente.

Cabe ressaltar que o Pai-Nosso é a única oração da Igreja que está integrada na liturgia da missa.

Mas qual é a explicação para a ausência do “amém” no Pai-Nosso da missa? É simples: não se diz “amém” porque a oração ainda não terminou.

Depois de todos rezarem o Pai-Nosso até o “… mas livrai-nos do mal”, ao invés de dizer “amém”, o sacerdote continua a oração sozinho. A liturgia chama isso de “embolismo”, ou seja, essa oração que o padre reza sozinho é uma oração que recolhe e desenvolve a oração precedente.

Aclamação

O sacerdote desenvolve a última petição do Pai-Nosso (“livrai-nos do mal”) dizendo:

“Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda de Cristo salvador.”

E o povo responde com uma aclamação muito antiga, cuja origem se perde nos primeiros séculos da história da Igreja:

“Vosso é o Reino, o poder e a glória para sempre!”

Assim, o Pai-Nosso fica totalmente integrado à liturgia eucarística, não como um acréscimo, mas como parte fundamental dela.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Igreja Católica ganhará dez novos Santos no dia 15 de maio

Guadium Press
Dentre os Beatos que terão sua santidade reconhecida oficialmente estão um sacerdote holandês e duas freiras fundadoras.

Cidade do Vaticano (04/03/2022 12:07, Gaudium Press) Na manhã desta sexta-feira, 4, o Papa Francisco presidiu, na Sala do Consistório, a Hora Terça e o Consistório Ordinário Público para a votação de algumas Causas de Canonização.

Na ocasião foi decidida também a data da canonização de três Beatos: o Sacerdote Carmelita holandês Titus Brandsma; a Irmã francesa Maria Rivier, fundadora das Irmãs da Apresentação de Maria; e a Irmã italiana Maria de Jesus, fundadora da Congregação das Irmãs Capuchinhas da Imaculada de Lourdes.

Estes três Beatos terão sua santidade reconhecida oficialmente no próximo dia 15 de maio junto de outros sete Beatos cuja canonização havia sido decretada pelo Papa no Consistório de 3 de maio de 2021, sem fixar uma data por conta da pandemia. A cerimônia foi então marcada para maio.

Guadium Press

Beato mártir Padre Titus Bradsma

Titus Bradsma, holandês, padre professo da ordem carmelita, professor há muitos anos, viveu o auge de seu ministério durante o nazismo que também se alastrou na Holanda. Na qualidade de assistente eclesiástico da associação de jornalistas católicos, visita as redações do país e as encoraja a resistir ao regime.

Ele foi preso em janeiro de 1942 e morto no dia 26 de julho seguinte, aos 61 anos, com uma injeção de ácido carbólico no campo de concentração de Dachau, na Alemanha. O milagre reconhecido pela sua canonização diz respeito à cura de um pai carmelita de “melanoma metastático para os gânglios linfáticos”, ocorrida em 2004 em Palm Beach, Estados Unidos da América.

Guadium Press

Beata Maria Rivier, fundadora da Congregação das Irmãs da Apresentação de Maria

Maria Rivier, nasceu em uma pequena cidade francesa do leste do país. Com um ano e meio de idade, caiu da cama sofrendo danos que afetaram seu crescimento. Aos nove anos sentiu o desejo de se consagrar. Sua saúde precária fez com que ela fosse rejeitada por um instituto e depois, por inspiração divina, abriu uma escola para se dedicar ao cuidado dos doentes e dos pobres. Quando eclodiu a Revolução Francesa, apesar da hostilidade dos insurgentes em relação às comunidades religiosas, fundou uma em 1796 que cinco anos depois tomou o nome de Congregação das Irmãs da Apresentação de Maria.

Rivier faleceu no dia 3 de fevereiro de 1838, João Paulo II a beatificou em maio de 1982. O milagre reconhecido para sua canonização e atribuído à sua intercessão diz respeito à recuperação vital de uma criança nascida em “ausência prolongada de atividade cardíaca, respiratória e neurológica”. O evento aconteceu em Meru, no Quênia, em 2013.

Guadium Press

Beata Maria de Jesus, fundadora da Congregação das Irmãs Capuchinhas da Imaculada de Lourdes

Carolina Santocanale, nasceu na cidade italiana de Palermo no ano de 1852. Logo cedo sentiu uma forte atração pela vida consagrada, entretanto, apesar de estar com um casamento arranjado, ela muda os planos e em 1873 ingressa na Pia União das Filhas de Maria da paróquia de Sant’Antonio Abate. Algumas experiências desenvolvem nela a convicção de que Deus a chama para a vida ativa e não a contemplativa. Em 1887 torna-se terciária franciscana regular, com o nome de Maria de Jesus.

Em 1909 fundou a Congregação das Irmãs Capuchinhas da Imaculada Conceição de Lourdes. O milagre atribuído à sua intercessão diz respeito a duas gestações realizadas, entre 2016 e 2017, por uma mulher siciliana que sofria de uma grave patologia que lhe causou a infertilidade. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Arcebispo católico ao patriarca russo Kirill: Peça a Putin que pare a guerra na Ucrânia

Dom Gądecki e o patriarca Kirill | Conferência Episcopal Polonesa – Presidência da Rússia

CRACÓVIA, 04 mar. 22 / 11:13 am (ACI).- O arcebispo de Poznan e presidente da Conferência Episcopal Polonesa, dom Stanislaw Gądecki, enviou uma carta ao patriarca ortodoxo russo Kirill de Moscou e de toda a Rússia exortando-o a pedir ao presidente Vladimir Putin que pare a guerra na Ucrânia.

“Peço-lhe, irmão, que convoque Vladimir Putin para que pare a guerra sem sentido contra o povo ucraniano, na qual pessoas inocentes estão morrendo e o sofrimento afeta não apenas os soldados, mas também os civis, especialmente as mulheres e as crianças”, diz a carta de dom Gądecki enviada em 2 de março.

A mensagem destaca ao patriarca de Moscou, chefe da igreja ortodoxa russa desde 2009, que Putin poderia “parar o sofrimento de milhares de pessoas com uma só palavra”.

“Peço-lhes humildemente que peçam a retirada das tropas russas do Estado soberano que é a Ucrânia”, pediu o arcebispo católico.

Ontem, 3 de março, fez uma semana que a guerra eclodiu na Ucrânia. Segundo o último relatório do escritório de direitos humanos da ONU, foram registradas 536 mortes de civis.

A agência da ONU para os refugiados informou em 2 de março que mais de 900 mil pessoas fugiram da Ucrânia. Mais da metade delas se refugiou na Polônia.

Na sua mensagem, dom Gądecki destacou que “nenhuma razão, nenhuma lógica pode justificar a decisão de lançar uma invasão militar de um país independente, bombardeando áreas residenciais, escolas ou creches”.

Neste contexto, ele também pediu ao patriarca Kirill que exorte os soldados russos a "não participarem desta guerra injusta, a se recusarem a cumprir ordens que levam a muitos crimes de guerra".

"Recusar-se a seguir ordens em tal situação é uma obrigação moral", disse ele na carta.

Ele também pediu ao patriarca Kirill que exorte todos os irmãos ortodoxos na Rússia a jejuar e rezar pelo "estabelecimento de uma paz justa na Ucrânia".

Esta é a segunda vez que o presidente do conferência episcopal polonesa se dirige a Kirill. A carta anterior, enviada em 14 de fevereiro, foi dirigida aos bispos ortodoxos e católicos da Rússia e da Ucrânia. Dom Gądecki então apelou para unir "nossas forças espirituais como fiéis em Cristo nas diferentes confissões da Rússia, Ucrânia e Polônia para evitar o espectro de outra guerra em nossa região".

A Ucrânia tem 44 milhões de habitantes, a maioria dos quais são cristãos ortodoxos.

Os cristãos ortodoxos orientais na Ucrânia estão divididos entre a Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Moscou, sob a jurisdição da Igreja Ortodoxa Russa; e a Igreja Ortodoxa da Ucrânia, afiliada ao Patriarcado Ecumênico de Constantinopla.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Queremos a paz!

Manifestação pela paz na Ucrânia, Berlim, 27 de fevereiro de 2022 (AFP or licensors)

A invasão russa está trazendo dor e devastação à Ucrânia e ameaça se espalhar. Outras guerras continuam fazendo vítimas na Síria, Iêmen, Etiópia e ainda em outras terras. São sempre os mais indefesos, particularmente as crianças, que pagam o preço. As pessoas simples querem paz.

Sergio Centofanti – Vatican News

Hoje, mais do que nunca, sonhamos com a profecia de Isaías: "Transformarão suas espadas em arados, suas lanças em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra a outra, e nem se aprenderá mais a fazer a guerra" (Is 2,4).

Por muito tempo, aqui na Europa, tomamos a paz como um dado adquirido. A guerra era assunto de outros, de povos distantes, podíamos esquecer essas guerras, envolvidos apenas pelos gritos dos fugitivos em busca de uma nova esperança, talvez insensível à dor dessas pessoas. Essas guerras ainda estão aí: Síria, Iêmen, Etiópia e muitas outras. As pessoas ainda estão fugindo, apenas tentando viver.

A vida, às vezes, muda repentinamente. Na noite anterior ao ataque russo, havia multidões nas ruas e restaurantes das cidades ucranianas. As pessoas buscavam não pensar na concentração das tropas de Moscou na fronteira. Ninguém imaginava que o drama viria em poucas horas. À noite era a paz, à madrugada já era a guerra. À noite de braço dado com a amada ou amado, no dia seguinte com o fuzil. Um jovem casal se casou imediatamente após a invasão e se alistou para defender sua pátria. Muitas crianças foram levadas para fora do país, muitas outras ainda estão sob as bombas. Um novo massacre dos inocentes.

Temos estado demasiadamente acostumados à paz. Todos os dias lamentamos de muitas coisas. Mas quando, de repente, a guerra irrompe, vemos claramente o que é essencial. A paz é essencial. Um Salmo nos lembra: "Não haja brecha ou fuga, nem grito de alarme em nossas praças. Feliz o povo em que assim acontece" (Salmo 144). Agora há lutas na Europa. E temos medo, angústia. Talvez, também esta seja uma guerra distante para outros. Para os ucranianos é em suas terras, que alguém quer roubar. Para outros europeus, está perto. Há o pesadelo de uma guerra nuclear. Um míssil pode atingir uma usina atômica. Em meio a essa ansiedade, há tanta solidariedade com aqueles que foram atacados. A leitura da Oração Matinal de hoje diz: "Socorrei o oprimido" (Is 1,17). O que podemos fazer para ajudar?

Queremos a paz! Não queremos a guerra do poderoso de turno que visa aumentar seu poder sobre o sangue dos outros: até mesmo o de seus próprios filhos, que são usados e enganados e enviados para matar e morrer. Como podemos parar esta loucura? Alguns recorrem às sanções, outros às armas, outros à diplomacia. O que as pessoas simples podem fazer? Ajudar, ser solidárias com o povo ucraniano, e rezar pela paz.

Hoje mais do que nunca, sonhamos com outra profecia, quando os inimigos finalmente viverão juntos em paz: "Então o lobo morará com o cordeiro, e o leopardo se deitará com o cabrito; o bezerro, o leãozinho e o gordo novilho andarão juntos, e um menino pequeno os guiará" (Is 11,6). Senhor, dai-nos a paz!

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São José da Cruz

S. José da Cruz | cançãonova
05 de março
São José da Cruz

Origens

Nasceu no dia 15 de agosto de 1654, na cidade de Ponte, que ficava na ilha de Ischia, Itália. Seu nome de batismo era Carlos Caetano Calosirto. Seus pais eram nobres e ricos e se chamavam José e Laura. O ensino básico e os alicerces da fé cristã ele recebeu no Colégio dos Agostinianos, que ficava na ilha Ischia.

Vocação

Aos quinze anos Carlos fez a opção pela vida religiosa, dando curso à grande vocação que em seu coração sentia. Ingressou na Ordem dos Franciscanos Descalços, conhecidos como “Alcantarinos”, porque eram oriundos da Reforma de São Pedro de Alcântara. Esta Congregação lhe causou interesse por causa da austeridade das Regras, especialmente dessa comunidade, que era ligada ao convento de Santa Lucia, em Nápolis. Ao ingressar na Ordem, Carlos assumiu o nome de João José da Cruz. Seu noviciado aconteceu sob a direção do P. José Robles.

Primeira missão como padre

Em 1671 o irmão José João da Cruz foi enviando para Piedimonte d'Alife. Sua missão era construir um convento. Ele foi acompanhado de onze sacerdotes, sendo ele o mais novo. O grupo encontrou muitas dificuldades no local. Ele, porém, não hesitou: juntou pedras com as próprias mãos e trabalhou com cal, madeira, enxadão. Assim, fez os alicerces. Sua ação motivou os outros padres e também o povo. No começo, todos, de fato, pensaram que ele era louco. Porém, percebendo a força de seu caráter e a perseverança, mudaram de opinião e começaram a ajuda-lo. Dessa maneira, um grande convento foi construído em tempo recorde.

Ordenação, missão e construções

O irmão João José da Cruz foi ordenado padre em 1677. Quando completou vinte e quatro anos, recebeu a missão de mestre dos noviços. Em seguida, foi nomeado também guardião da ordem do convento de Piedimonte. Durante sua estadia neste convento, construiu um outro pequeno convento, num local afastado, na borda do bosque. O local era chamado "ermo". Ainda hoje este lugar é procurado como alvo de peregrinações, para pessoas que buscam retiro espiritual. Seguindo seu tino de construtor, São José João da Cruz construiu ainda o convento do Granelo em Portici, na cidade de Nápolis.

Austeridade, humildade e caridade

O Padre João José da Cruz era homem austero. Fazia jejuns, comia apenas uma vez por dia e dormia pouco. Levantava-se sempre à meia noite para agradecer e louvar a Deus pelo novo dia que chegava como presente. Entre o povo, ele ficou famoso por causa de sua humildade. A população passou a venera-lo quando ele ainda era vivo por causa de sua dedicação desprendida aos pobres e aos doentes. Buscava a pobreza na própria vida e até mesmo em sua personalidade, procurando sempre seguir os passos de São Francisco, seu pais espiritual e modelo de conduta.

Provincial

No ano 1702 o padre José João da Cruz recebeu a nomeação de vigário provincial dos Alcantarinos da Reforma de São Pedro. Desse momento em diante a Ordem se expandiu de Norte a Sul da Itália e cresceu em vida de santidade. Esta fama chegou à Santa Sé. Por isso, os dois ramos dos Alcantarinos voltaram a se unir. Assim, o convento de Santa Lúcia retornou aos padres da Itália e o Padre João José da Cruz voltou para lá. Neste convento, ele viveu por mais doze anos. Nesse tempo, como sempre, buscou a austeridade e a santidade de vida. Vários prodígios e curas foram realizados por sua intercessão em favor dos pobres e doentes, coroando seus últimos anos de vida.

Morte

São José João da Cruz faleceu em 05 de março 1734. Foi sepultado no mesmo convento de Santa Lúcia. Sua beatificação foi celebrada pelo papa Gregório XVI, no ano 1839. Seus restos mortais foram trasladados para o convento da ordem franciscana que fica na ilha de Ischia, local onde ele nasceu. O dia de sua festa, como sempre é feito na Igreja, foi instituído para o dia 5 de março, dia de sua partida para o céu.

Oração a São João José da cruz

São João José da Cruz, vós que edificastes com vossas próprias mãos em uma obediência incontestável dá-nos este grande dom de dizer sempre "sim" à vontade de Deus, mesmo em meio às nossas dificuldades. Que vivamos toda nossa vida em conformidade aos desígnios de Nosso Senhor para que um dia possamos estar juntos num só único louvor a quem que nos criou unicamente para sermos santos. Por Cristo nosso Senhor. Amém.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

sexta-feira, 4 de março de 2022

Joe Biden evita responder por que apoia aborto apesar de ser católico

Michael F. Hiatt - Shutterstock
Por Francisco Vêneto

"Eu não quero entrar num debate com você sobre teologia", desconversou Biden, que, no entanto, disse que se absterá de doces durante a Quaresma.

O presidente democrata Joe Biden, dos Estados Unidos, evitou responder ao repórter Owen Jensen, da rede católica norte-americana EWTN, como pode conciliar a sua alegada fé católica com o fato de apoiar publicamente o aborto, categoricamente rechaçado pela doutrina cristã.

Biden se limitou a responder:

“Eu não quero entrar num debate com você sobre teologia. Eu não vou fazer um julgamento por outras pessoas”.

O jornalista abordou o presidente nesta Quarta-Feira de Cinzas. Biden ainda trazia na testa as cinzas que, segundo ele próprio, teria recebido do cardeal Wilton Gregory, arcebispo de Washington.

Embora renegue frontalmente a doutrina católica sobre a sacralidade de TODA vida humana desde a concepção até a morte natural, Joe Biden afirmou que, durante a Quaresma, se absterá de doces.

Biden afirmou que defenderá o aborto “com todos os recursos”

Nesta última terça-feira, durante o tradicional relatório anual que todo presidente norte-americano apresenta ao Congresso na forma de um discurso conhecido como “o Estado da União”, Biden reafirmou que o “direito constitucional afirmado pela lei Roe versus Wade [a sentença judicial que autorizou o aborto no país] está sob ataque como nunca antes”.

Em janeiro deste ano, quando a decisão judicial pela legalização do aborto completou 49 anos, Joe Biden chegou a afirmar que defenderá o aborto “com todos os recursos que temos”. Ele acrescentou que o aborto “é um direito que acreditamos que deve ser codificado em lei e estamos comprometidos em defendê-lo com todos os recursos que temos”.

A incoerência do presidente que se declara católico, mas age em aberta oposição à doutrina da Igreja, é explicitamente criticada pela maior parte dos bispos católicos do país e do exterior, como é o caso de dom Joseph Naumann, arcebispo de Kansas City e presidente do Comitê de Ações Pró-Vida da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos: em outubro de 2021, ele se disse decepcionado com o presidente e exigiu que ele atue “como o católico devoto que afirma ser”.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

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Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF