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quarta-feira, 9 de março de 2022

Você leva a sério os “nunca mais” que você já disse?

Shutterstock
Pot Talita Rodrigues

É hora de começar a cumprir as suas promessas de "nunca mais" fazer ou sentir isso e aquilo.

Estes dias, escrevi um post no meu Instagram que que dizia assim: “A partir de hoje, é a hora de você começar a cumprir os teus nunca mais”. 

Hoje eu escolhi começar a cumprir um dos meus “nunca mais”. Nunca mais eu vou me entregar a alguém que sequer tira os sapatos para entrar dentro do meu coração. Nunca mais farei o meu coração passar pela mesma coisa duas vezes. Não vou mais abrir mão de valores inegociáveis na esperança de que as coisas mudem para melhor. Adianto aqui: nada vai mudar. 

Um caráter já formado, dificilmente é mudado. Caráter é índole, é a maneira como o sujeito se vê diante do mundo e a maneira como trata as pessoas ao seu redor. E, bem, caráter não se muda. 

Na fase da paixão, geralmente não percebemos os detalhes mais importantes que farão toda a diferença depois. Detalhes como: 

– Qual é a estabilidade emocional do outro?

– O outro sai de um relacionamento e pula para outro? 

– Como anda a vida espiritual dele(a)?

– Ele(a) teme a Deus? 

Temer a Deus

Eu considero o último questionamento o mais importante. Pessoas que temem a Deus estão em Deus e agem de acordo com a verdade. E eu não me refiro aqui àqueles que dizem que temem a Deus. Eu me refiro aqui aquele sujeito que diz, mas que também prova com o seu testemunho de vida o seu temor a Deus. 

Eu sempre trabalho com os meus pacientes a lista de valores negociáveis e inegociáveis. 

– Mas Talita, o que são essas listas?

Vamos lá: 

Valores negociáveis e valores inegociáveis

Valores negociáveis são valores os quais você gostaria que uma pessoa tivesse. Mas que se não tiver, está tudo bem. Você consegue lidar com isso.

Já os valores inegociáveis são aqueles dos quais você não abre mão que aquele que você escolher para ser o seu(sua) companheiro(a) de vida tenha. 

Quando nos relacionamentos com alguém, é importantíssimo que consideremos estas duas listas. A possibilidade de se machucar, de entregar o seu coração à pessoa errada é muito menor. Precisamos estar precavidos e sabermos muito bem o que queremos, a fim de evitar que o nosso coração seja quebrado mais uma vez por pessoas sem nenhuma responsabilidade.

O valor do coração

Não podemos negar que mundo atual existem pessoas que não sabem o valor de um coração, e que por isso fazem malabarismo com o seu. Até que uma hora ou outra o seu coração é jogado no chão e quebrado. 

Você precisa e deve ter alguém em quem você confie. Que seja o seu apoio diário, sua fortaleza, o seu descanso em dias difíceis de o seu ombro para chorar. 

Você precisa de alguém que tema a Deus, pois só um homem que teme a Deus saberá te amar da forma mais correta e profunda. 

Eu sei que a espera é difícil. Eu sei o quanto dói esperar. Talvez você veja as pessoas seguindo suas vidas, constituindo e tendo uma linda família. Eu então você se questiona e por vezes fica até bravo(a) com Deus, questionando: “Mas Deus, quando é que chegará a minha vez?”

Esse é um questionamento normal  e comum. Nossas necessidades humanas, muitas vezes, não permitem que sejamos felizes sozinhos. 

Deus basta

Contudo, a partir de o momento em que você entende que SOMENTE DEUS BASTA, você já não terá pressa e seu coração cessará. 

“Mas eu ainda não consigo fazer com que Deus baste para mim de uma forma que eu me sinta completa(a)”, você pode pensar.

Pois bem, trate de fazê-lo bastar. É o seu dever. Mesmo em meio à dor e à espera. 

Para mais conteúdos como este, siga a psicóloga Talita Rodrigues no Instagram

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Reflexões sobre ontem, hoje e amanhã

Guadium Press
O decurso do conflito russo-ucraniano sugere um olhar atento para as mudanças das “cúpulas do mundo”.

Redação (07/03/2022 16:15Gaudium Press) A guerra entre a Rússia e a Ucrânia avança com cada vez mais perigo, para eles e para o mundo. Quando a força bélica nuclear entra na ordem do dia, aventa-se toda espécie de terror.

mise en scène mundial está ficando, dia a dia, mais delineada, embora cause muita perplexidade o silêncio em que, até o momento, tem sido a atitude do outro gigante asiático, a China, cuja ação – talvez capital – poderá fazer a balança dos fatos propender para um ou outro lado.

Em grossos traços, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia tem rascunhado uma situação muito inquietante, moral e civilmente falando: do país comunista, cujas páginas de sua história registram uma das perseguições mais sangrentas e odiosas à Igreja Católica, imerge a tentativa de fazer suplantar aquela imagem pela de um títere, defensor da moral e dos bons princípios; porém, à base de tiros e bombas. O susto causado na opinião pública é grande, e sua personagem passa a ser questionada com mais cautela.

Todavia, este mundo, que vinha olhando e admirando o progresso russo, em grande parte, passa a apoiar a infensa Ucrânia – escolhida para ser o tabuleiro de xadrez entre aliados e inimigos. Surge, pois, inevitavelmente, a necessidade de optar por alguém; e aqui está o perigo civil que pode engrossar o caldo em prol de uma contenda universal.

Com efeito, quando deseja-se mudar as bases do mundo e seus spallas, nada mais eficaz do que uma guerra…

Nesses momentos de tensão, é imperioso olhar para os dirigentes do mundo e fazer o balanço do que foi, e do que está sendo, para se tentar chegar a uma opinião concludente do que será. No último decênio, se os fiéis católicos puderam ouvir um sem-fim de vezes discursos reclamando a paz, é justamente ela que falta.

Ao se pretender um advento da reconciliação – entre as nações e as religiões –, é a divisão que começa a reinar.

Logo, teriam sido os apelos pela ordem mundial, já tão desgastados, os promotores dos confrontos nucleares, apesar dos contatos diplomáticos?

Nesse panorama toldado pela dúvida e pela incerteza, cujo fim – salvo uma intervenção divina – aponta para uma terceira guerra mundial, quem dele será o responsável?

Se um pastor, vendo que lobos vorazes farejam seu rebanho para atacá-lo, preocupa-se em espantar abelhas que o incomoda, em vez de defendê-lo, estaria ele cumprindo seu ofício?

A ocorrência dos fatos direciona-se, pois, para uma mudança de ventos, colocando em realce não mais os Estados Unidos e as potências europeias, mas sim aqueles que teriam alguma capacidade de fazer-lhes páreo: Rússia, China e Brasil.

Ao despontarem estes três países continentais, a convergência dos acontecimentos acarretará, sem dúvida, uma guinada para o campo religioso, visto que os rumores das conhecidas – ou melhor, desconhecidas – profecias de Fátima[1] assinalam algo do protagonismo russo, do mal que seria – e que já está sendo – espalhado pelo mundo em conluio com outras nações, é claro; e do singular e admirável papel do Brasil, terra de promessas e fé católica arraigada.

Seja como for, do terceiro segredo de Fátima e da [presumível] terceira guerra mundial dependerá o futuro da humanidade.

Por hora, crê-se que a Rússia vencerá a refrega; a China procurará aproveitar-se das circunstâncias para conquistar maior ingerência comercial e financeira no mundo – em particular empós da guerra –, e o Brasil, projetado mundialmente.

Bonifácio Silvestre


[1] Em 1917, em uma de suas aparições, Nossa Senhora pediu a consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atendessem a seus pedidos, a Rússia se converteria, e o mundo teria paz; caso contrário, espalharia seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Guerra e dor (galeria de fotos)

Prédio de apartamentos destruído após bombardeio em 08/03/2022 em Kharkiv , Ucrânia
(Foto de Sergey BOBOK / AP)

"Toda guerra deixa nosso mundo pior de como o encontrou. A guerra é um fracasso da política e da humanidade, uma rendição vergonhosa, uma derrota diante das forças do mal". (Papa Francisco)

Ucraniana chora ao desperdir de seus pais em Irpin, nordeste de Kiev (Foto: de Sergey Supinsky)
Um policial se despede de seu filho em Irpin, nordeste de Kiev (REUTERS/Thomas Peter)
Uma mulher caminha com sua família diante de Igreja danificada em Irpin
( Foto: Sergey Supinsky/AFP)
Destruição Irpin (Foto de Roman Pilipey/EPA)
Um socorrista empurra um carrinho com uma idosa em Irpin (Foto: Sergey Supinsky/AFP)
Pessoas cruzando o rio Irpin (foto: REUTERS/Thomas Peter)
Pessoas esperam debaixo de uma ponte destruída em Irpin (Foto: REUTERS/Thomas Peter)
Pessoas atravessam uma ponte destruída em Irpin, Kiev (Foto: Sergei SUPINSKY/AFP)
Homem segura uma criança, fugindo da cidade de Irpin, Kiev (Foto: ARIS MESSINIS/AFP)
Homem compra comida em mercado danificado em Kharkiv (Foto: Sergey BOBOK/AFP)
Homem deixa um prédio danificado após bombardeio em Kharkiv (Foto: Sergey BOBOK/AFP)
Sala de Jardim de Infância destruída em Kharkiv após bombardeio (Foto: Sergey BOBOK/AFP)
Uma mulher passa por um prédio danificado após um bombardeio em Kharkiv
(Foto: Sergei BOBOK/AFP)

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Catarina de Bolonha

Sta. Catarina de Bolonha | arquisp
09 de março

Santa Catarina (Vegri) da Bolonha

Catarina Vegri nasceu no dia 08 de setembro de 1413, na cidade de Bolonha, Itália. Seu pai era o estimado juiz João de Vegri e trabalhava para a corte local, bem situado socialmente, dispunha de razoável conforto para a família. Quando a menina completou nove anos de idade, a família se transferiu para Ferrara, porque seu pai tinha sido convocado pelo duque Nicolau III, que estava construindo seu ducado, composto pelas cidades de Ferrara, Modena e Reggio. E ela foi nomeada dama de companhia de Margarida, filha de Nicolau.

Dessa forma Catarina vivia na florescente corte, cercada pela nata de artistas e intelectuais. Aprendia música, pintura, dança e as tradicionais matérias acadêmicas, com os renomados da época, mas demonstrava vontade e determinação de se tornar religiosa. E foi o que fez quando toda essa opulência terminou, com a morte prematura de seu pai. Catarina tinha então treze anos e teve de voltar para Bolonha, com sua mãe Benvinda Manolini, que se casara outra vez.

Após um ano de luto ela ingressou na Ordem terceira de São Francisco, em Bolonha, onde permaneceu por cinco anos, vividos sob intensos conflitos interiores e angustias pessoais. Amadurecendo a idéia de se tornar uma clarissa, em 1432, retornou para Ferrara para ingressar na Ordem de Santa Clara, onde trabalhou incessantemente fiel às Regras fazendo todos os tipos de serviços. Lavou pratos, cuidou da horta, da portaria, ensinou catecismo, escreveu novas orações e compôs novos cantos, até finalmente ser eleita abadessa, para administrar o convento que se tornou famoso e muito procurado. Tudo indicava que era necessário fundar mais um, e Catarina, como abadessa que era, o construiu em Bolonha, inaugurando-o em 1456. Nele ela viu ingressar sua mãe, que de novo se encontrava viúva.

Contam os registros e a tradição que Catarina possuía vários dons especiais. Enriquecidos pelo trabalho árduo e sofrimento pessoal, traduziram-se através de visões contemplativas e fatos prodigiosos, inclusive por graças, que operou em vida. De suas contemplações, a mais conhecida foi a primeira, que lhe possibilitou presenciar o juízo final e que a marcou por toda a vida. Outra bastante divulgada foi a que ocorreu na noite de Natal de 1456. Catarina ficou orando a noite toda e, no fim da madrugada, lhe apareceu Nossa Senhora com o Menino Jesus no colo, que depois passou para os seus braços.

Quanto aos prodígios, um foi presenciado por todo o convento. Certo dia uma noviça feriu-se trabalhando na horta, decepando um dedo do próprio pé com a pá que manuseava. Então, Catarina apanhou o dedo amputado, colocou no lugar, rezou com a noviça e o dedo voltou a se unir à pele. São célebres também as graças pelas conversões que ela conseguiu.

A fama de sua santidade se propagou ainda em vida entre os fiéis. Mas logo depois de sua morte no dia 09 de março de 1463, passou a ser chamada de santa por todos, pelos prodígios e graças que logo ocorreram no local de sua sepultura. Tanto que dezoito dias depois, seu corpo foi exumado, para ser transladado e aí se constatou que ele estava incorrupto, maleável e exalando um doce perfume.

Desde então, ela não foi mais sepultada, foi colocada sentada numa cadeira, na capela ao lado do altar mor da igreja do convento Corpus Domini, em Bolonha. E assim permanece até hoje, sem se deteriorar, apesar dos vários séculos transcorridos. O culto à Santa Catarina Vegri ou da Bolonha foi autorizado em 1712 pelo papa Clemente XI e o dia de sua morte escolhido para sua veneração litúrgica.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

terça-feira, 8 de março de 2022

Dom Paulo Cezar homenageia as mulheres em seu dia

Dom Paulo Cezar | arqbrasilia
Ao recordarmos o Dia Internacional da Mulher, nosso Arcebispo, Dom Paulo Cezar Costa, envia uma mensagem a todas as mulheres que têm doado sua vida na família, na Igreja e na sociedade. Com a intercessão de Maria Santíssima, modelo das santas mulheres, que cada uma seja alcançada pelas bênçãos de Deus.

https://youtu.be/LLj4g818AfQ

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Guerra na Ucrânia: OMS alerta para catástrofe sanitária

Um paciente infantil, cujo tratamento de leucemia está em andamento, abraça
seu pai no Hospital Infantil de Okhmadet, em Kiev (Foto: Umit Bektas) 

Cerca de 2 milhões de refugiados deixaram a Ucrânia desde que a Rússia iniciou sua invasão militar em 24 de fevereiro, disse nesta terça-feira o chefe da agência de refugiados da ONU. A OMS, por sua vez, disse que os ataques a hospitais, ambulâncias e outros estabelecimentos de saúde na Ucrânia aumentaram rapidamente nos últimos dias.

Vatican News

No primeiro boletim elaborado para fazer um balanço da situação da saúde nona Ucrânia, a Organização Mundial da Saúde alerta que cuidar dos doentes e feridos no país invadido pela Rússia tornou-se muito difícil.

Em certas áreas, "existe o risco de interrupção dos serviços de saúde", denuncia a OMS. Há relatos, "alguns já verificados", de estabelecimentos de saúde "danificados ou destruídos".

A situação no país é dramaticamente complicada. Pelo menos três grandes usinas de oxigênio foram fechadas e os estoques estão "perigosamente baixos"; isso "impede o tratamento de uma série de condições, incluindo a Covid-19", explica a organização.

Chegar às unidades de saúde é difícil, devido a ataques armados, danos em estradas e meios de transporte, falta de combustível e dificuldades de locomoção em áreas onde há presença militar. Existem "muitos assentamentos isolados, que não possuem farmácias ou centros médicos".

As cadeias de fornecimento de medicamentos, suprimentos médicos e outros bens foram interrompidas e, explica a OMS, estão sendo relatados “problemas relacionados à escassez de medicamentos essenciais e vitais, como oxigênio e insulina, equipamentos de proteção individual, suprimentos cirúrgicos, anestésicos e hemoderivados".

Além disso, estamos nos preparando para uma grave escassez de pessoal de saúde, "quer por razões de segurança como pelos deslocamentos, dentro do país ou em países vizinhos".

Todos os esforços estão agora focados nos feridos. “Já existem alarmes sobre a disponibilidade de leitos”, diz a OMS.

O Ministério da Saúde, segundo a OMS, suspendeu todas as internações programadas e procedimentos eletivos para abrir espaço para emergências. Os call centers criados para a Covid-19 foram adaptados para gerenciar a crise de saúde relacionada ao conflito.

Há também uma grande preocupação com as condições das pessoas deslocadas e refugiadas, com risco aumentado de surtos de doenças infecciosas - não apenas Covid-19, mas também sarampo ou poliomielite - devido às condições precárias e a superlotação em centros e locais considerados seguros.

Militares da equipe especial da polícia armada caminham do lado de fora do hospital infantil
central de Kiev, durante a evacuação de pacientes para a Polônia e a Alemanha.
(Foto de Sergei SUPINSKY/AFP)

Na próxima semana, encontro sobre refugiados

O diretor do escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Hans Kluge, anunciou em um briefing sobre a situação na Ucrânia realizado nesta terça-feira, 8, que na próxima semana será realizada uma reunião “há muito planejada sobre a saúde dos refugiados e migrantes que reunirá ministros da saúde, representantes de grupos de refugiados e migrantes, organizações parceiras e outras regiões da OMS para avaliar as necessidades atuais em um contexto longo prazo. Por meio do compromisso político e da parceria, procuramos estabelecer uma nova visão para a saúde dessas pessoas, em toda a região Europeia e além.

Hans Kluge afirmou que "supervisionou a chegada do primeiro carregamento de suprimentos da OMS" e de ter tido "a oportunidade de encontrar alguns de pessoas que chegaram recentemente da Ucrânia" quando visitou "a zona fronteiriça de Rzeszow na Polônia na quinta-feira passada." "Nos olhos dessas pessoas - disse o diretor regional da OMS Europa - vi mais do que cansaço e alívio: há incerteza e angústia entre as mulheres e crianças." Suas necessidades de saúde "incluem a necessidade de serviços para doenças preveníveis com vacinas, saúde materna, neonatal e infantil, doenças não transmissíveis, HIV e tuberculose e, não menos importante, serviços para a saúde mental psicossocial", listou Kluge, destacando como os acolhimentos recebidos pelos refugiados da "população local e do pessoal de saúde tenha sido fenomenal."

Hospital infantil central de Kiev (Foto de Roman Pilipey/EPA)

União Europeia disponibiliza 10 mil leitos

Os Estados membros da União Europeia disponibilizaram 10.000 leitos hospitalares até o momento para ucranianos doentes que fogem da guerra, afirmou na segunda-feira, 7, a comissária europeia de Saúde Stella Kyriakides.

"Garantiremos a transferência segura de pacientes que precisam de atenção médica específica para hospitais em toda a UE", assegurou a política e médica cipriota em sua conta oficial no Twitter.

Kyriakides fez as declarações durante uma visita à Polônia na segunda-feira, onde visitou um centro de acolhida de refugiados que considerou "comovente". "A visita ao centro de acolhimento de refugiados na Polônia hoje foi de partir o coração. Famílias fugindo de suas casas sem ter para onde ir por causa de uma guerra sem sentido" lamentou.

Mas também, disse ela, "foi comovente ver a acolhida: poloneses abrindo seus corações e lares aos refugiados".

Os leitos hospitalares destinam-se a permitir a transferência de crianças doentes, doentes oncológicos, doentes queimados ou doentes com necessidade de cuidados intensivos que tenham chegado à UE.

Mais de 1,7 milhão de refugiados deixaram a Ucrânia desde que a Rússia iniciou sua invasão militar em 24 de fevereiro.

Mais de um milhão entraram na UE pela fronteira com a Polônia, de acordo com os últimos números do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, enquanto o restante entrou pela Romênia, Hungria e Eslováquia.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Papa Francisco pede que jovens sejam originais ao preparar a JMJ Lisboa 2023

Papa Francisco | ACI Digital

Vaticano, 08 mar. 22 / 09:25 am (ACI).- O papa Francisco pediu que os jovens que estão preparando a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2023 sejam originais e criativos.  O evento acontecerá em Lisboa, Portugal, entre os dias 1º e 6 de agosto. “O encontro tem de ser original, com o contributo de todos”, disse o papa, ressaltando que os voluntários devem usar a criatividade nesta organização, embora atualmente “andamos de crise em crise”.

“Saímos de uma crise pandêmica, entramos numa crise econômica e agora estamos na crise da guerra, que é um dos piores males que pode acontecer! No meio de todas estas crises, vocês têm de preparar e ajudar para que o evento de agosto de 2023 seja um evento jovem, um evento fresco, um evento com vida, um evento com força, um evento criativo”, afirmou o papa.

Francisco incentivou os voluntários a não se basear no “que se fez nos outros encontros”. “Vocês têm de criar o encontro. Se vocês não forem criativos, se vocês não forem poetas, este encontro não vai resultar, não vai ser original, vai ser uma fotocópia de outros encontros. E como dizia o jovem beato italiano: cada um de nós tem de ser original, não uma fotocópia”, declarou, referindo-se à frase que o beato Carlo Acutis costumava dizer.

O papa encorajou os jovens a seguir em frente juntos, para assim superar as crises. “E as crises põem-nos à prova para sairmos melhores. Iguais não se sai das crises: saímos melhores ou piores. E o desafio que se coloca hoje é para sairmos melhores! E o melhor de vocês é serem criativos: vocês são criativos, poetas! Façam essa poesia da criatividade a olhar para agosto de 2023”, pediu.

Por fim, o papa Francisco disse que reza por todos os voluntários e os jovens que vão participar da JMJ Lisboa 2023. “Rezo para que este encontro seja um encontro fecundo. Que cada um de nós saia melhor do que chegou. Peço-lhes, por favor, que rezem por mim, porque eu também preciso que me sustentem com a oração”, concluiu.

No dia 3 de março, o papa Francisco recebeu em audiência no Vaticano o presidente da Fundação JMJ 2023 e bispo auxiliar de Lisboa, Portugal, dom Américo Aguiar. Segundo dom Aguiar, o papa “coloca muita expectativa no encontro com os jovens de todo o mundo e pede-nos sempre a oração por todos, sobretudo pelas vítimas da guerra e as que sofrem as consequências da pandemia [de covid-19]”.

Fonte: https://www.acidigital.com/

São João de Deus

S. João de Deus | arquisp
08 de março

São João de Deus

João Cidade Duarte nasceu no dia 08 de março de 1495 em Montemor-o-novo, perto de Évora, Portugal. Seu pai era vendedor de frutas na rua. Da sua infancia sabemos apenas que, João, aos oito ou fugiu ou foi raptado por um viajante, que se hospedou em sua casa. Depois de vinte dias, sua mãe não resistiu e morreu. O pai acabou seus dias no convento dos franciscanos, que o acolheram.

Enquanto isso, João foi à pé para a Espanha rumo à cidade de Madrid, junto com mendigos e sanltimbancos. Nos arredores de Toledo, o viajante o deixou aos cuidados de um bom homem, Francisco Majoral, administrador dos rebanhos do Conde de Oropesa, conhecido por sua caridade. Foi nessa época que ganhou o apelido de João de Deus, porque ninguém sabia direito quem era ou de onde vinha.

Por seis anos Francisco o educou como um filho, ao lado de sua pequenina filha. Dos catorze anos até os vinte e oito João trabalhou e viveu como um pastor. E quando Francisco decideu casa-lo com sua filha, de novo ele fugiu, começando sua vida errante.

Alistou-se como soldado de Carlos V e participou da batalha de Paiva, contra Francisco I. Vitorioso, abandonou os campos de batalha e ganhou o mundo. Viajou por toda a Europa, foi para a África, trabalhou como vendedor ambulante em Gibraltar. Então, qual filho pródigo, voltou à sua cidade natal, onde ninguém o reconheceu, pois os pais já tinham falecido; novamente rumou à Espanha, onde abriu uma livraria em Granada.

Nessa cidade, em 1538, depois de ter ouvido um inflamado sermão proferido por João d'Ávila, que a Igreja também canonizou, arrependido dos seus pecados e tocado pela graça, saiu correndo da igreja, e gritou: "misericórdia, Senhor, misericórdia". Todos riram dele, mas João de Deus não se importou. Distribuiu todos os seus bens aos pobres e começou a fazer rigorosas penitências. Tomado por louco foi internado num hospital psiquiátrico, onde foi tratado desumanamente. Depois de ter experimentado todas as crueldades que aí se praticavam e orientado por João d'Ávila decidiu fundar uma casa-hospitalar, para tratar os loucos. Criou assim uma nova Ordem religiosa, a dos Irmãos Hospitaleiros.

Ao todo foram mais de oitenta casas-hospitalares fundadas, para abrigar loucos e doentes terminais. Para cuidar deles, usava um processo todo seu, sendo considerado o precursor do método psicanalítico e psicossomático, inventado quatro séculos depois por Freud e seus discípulos. João de Deus, que nunca se formou em medicina, curava os doentes mentais utilizando a fé e sua própria experiência. Partia do princípio de que curando a alma, meio caminho havia sido trilhado para curar o corpo. Ele sentia a dualidade da situação do doente, por te-la vivenciado dessa maneira. João de Deus sentia-se pertencer ao mundo dos loucos e ao mundo dos pecadores e indignos e, por isso, se motivou a trabalhar na dignificação, reabilitação e inserção de ambas as categorias. Um modelo de empatia e convicções profundas tão em falta, que várias instituições seguiram sua orientação nesse sentido, tempos depois e ainda hoje.

Depois, João de Deus e seus discípulos passaram a atender todos os tipos de enfermos. Seu mote era: "fazei o bem, irmãos, para o bem de vós mesmos". Ele morreu no mesmo dia em que nasceu, aos cinqüenta e cinco anos, no dia 8 de março de 1550. Foi canonizado pelo Papa Leão XIII que o proclamou padroeiro dos hospitais, dos doentes e de todos aqueles que trabalham pela cura dos enfermos.

Hoje a Ordem Hospitaleira São João de Deus, é um instituto religioso, internacional, com sede em Roma, composto de homens que por amor a Deus se consagram à hospitalidade misericordiosa para com os doentes e necessitados em quarenta e cinco países dos cinco continentes.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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segunda-feira, 7 de março de 2022

Em defesa da Amazônia

Barcos de garimpeiros ilegais no Rio Madeira  (AFP or licensors)

“Há em curso um ataque frontal e articulado aos povos indígenas, às comunidades tradicionais da Amazônia, à integridade da floresta amazônica, à segurança hídrica de todos os brasileiros e à estabilidade do sistema climático planetário “. Essa é a denúncia de Comissões e Organismos vinculados à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em artigo divulgado neste Dia Internacional dos Direitos Humanos, 10 de dezembro.

Preocupados com a onda de ataques à Amazônia neste final de ano, as Comissões para a Ecologia Integral e para a Amazônia da CNBB, a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam-Brasil), o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP) chamam atenção sobre as ameaças organizadas contra o bioma. 

“Os interesses colonizadores que, legal e ilegalmente, fizeram – e fazem – aumentar o corte de madeira e a indústria minerária e que foram expulsando e encurralando os povos indígenas, ribeirinhos e afrodescendentes, provocam um clamor que brada ao céu (Querida Amazônia, 9).”

Há em curso um ataque frontal e articulado aos povos indígenas, às comunidades tradicionais da Amazônia, à integridade da floresta amazônica, à segurança hídrica de todos os brasileiros e à estabilidade do sistema climático planetário, dos quais dependemos todos existencialmente como sociedade e como espécie. Nos dois últimos anos, a floresta amazônica foi entregue pelo governo federal aos desmatadores, incendiários e garimpeiros. O efeito primeiro desse incentivo ao crime é claro: um salto de 7.536 km2 em 2018 do desmatamento por corte raso para 13.235 km2 entre Agosto de 2020 e Julho de 2021 (a média histórica dos últimos dez anos é de 6.493,8 km2). Os incêndios criminosos se propagam como nunca e até 30 de Novembro de 2021 o bioma amazônico acumulava 73.494 focos de calor.[1] Estima-se que esses incêndios tenham atingido, apenas no século XXI, cerca de 95% das espécies de plantas e animais vertebrados conhecidos na Amazônia, bioma que ostenta cerca de 10% da biodiversidade do planeta, e já afetaram o habitat de 85% das espécies de plantas e vertebrados ameaçados de extinção na região.[2]

Papa Francisco nos recorda, na exortação depois do Sínodo da Amazônia, que a Amazônia não é “um enorme vazio que deve ser preenchido”, ou “uma vastidão selvagem que precisa ser domada” (QA 12).

Mas os ataques à Amazônia, em vez de diminuir, vêm se intensificando! Outra frente desta guerra relâmpago é o garimpo ilegal, atividade que ocupa um dos centros da agenda governamental. Mancomunados com o narcotráfico e financiados por grupos não identificados, os garimpeiros invadem comunidades, matam e aterrorizam as populações indígenas, destroem florestas, poluem os rios e intoxicam gravemente com mercúrio os organismos. Os direitos humanos e as salvaguardas socioambientais, conquistas democráticas dos brasileiros, foram mais uma vez gravemente ameaçados pelo assentimento prévio outorgado a sete projetos de garimpo pelo general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e secretário-executivo do Conselho de Defesa Nacional da Presidência da República, onde têm assento Ministros de Estado e os três comandantes das Forças Armadas.

[3] Essas autorizações atendem, frequentemente, a pedidos de políticos e de donos de garimpos que destroem a vida e poluem as águas de diversos rios da Amazônia, inclusive recentemente as do rio Madeira, com dragas de sucção. As áreas agora ameaçadas estendem-se por 12,7 mil hectares e ao menos duas delas são Territórios Indígenas. Todas se encontram em São Gabriel da Cachoeira, no Noroeste do estado do Amazonas, uma das regiões mais preservadas da Amazônia, abrigando 23 etnias indígenas, entre as quais os Baniwa, os Wanano, os Tukano e os Yanomâmi. Trata-se de um ataque frontal aos direitos dos indígenas, consagrados na Constituição de 1988, e até mesmo de um ataque simbólico, pois São Gabriel da Cachoeira é o município com maior densidade populacional de indígenas no Brasil.

Outra vítima dessa guerra contra os indígenas, direta ou indiretamente apoiada pelo governo federal, é a etnia Parakanã. Seus caciques protocolaram dois ofícios no STF nos quais afirmam aceitar a “proposta” de abrir mão, em favor de três associações de agricultores, de 392 mil hectares, ou mais da metade do Território Indígena Apyterewa (PA), não obstante ser este demarcado e homologado pelo governo federal desde 2007. Na prática, esse território já não mais pertencia aos indígenas, invadido que foi, impunemente, por devastadores da floresta, apoiados pelos políticos locais e pela prefeitura de São Félix do Xingu.[4]

Os indígenas, os povos da floresta em geral, a própria floresta e, portanto, os povos da América do Sul como um todo estão igualmente na mira de outras pressões e agressões de parte dos grileiros, garimpeiros, grandes mineradoras e, sobretudo, do agronegócio, fortemente amparados no Congresso Nacional. Três Projetos de Lei tramitam no Congresso, visando completar o desmonte da legislação protetiva do patrimônio étnico, cultural e natural do país.

O primeiro é o PL 191/2020, de iniciativa do Poder Executivo. Ele regulamenta o § 1º do art. 176 e o § 3º do art. 231 da Constituição, visando, em última instância, a liberação da mineração e do garimpo, bem como a construção de usinas hidrelétricas, em terras indígenas. Além de ser apresentado sem consulta prévia às populações afetadas, esse PL foi considerado inconstitucional pela 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público. Apesar disso, ele continua sendo apreciado pelo Congresso Nacional.

O segundo é o PL 2159/21, que propõe a “flexibilização” do licenciamento ambiental. Leia-se sob o termo “flexibilização” a liberação irrestrita e automática de quaisquer projetos não considerados “de significativo impacto ambiental”, os quais se beneficiariam de uma “licença por adesão de compromisso”, simplesmente autodeclaratória.

O terceiro é o PL 510/21, que trata da chamada regularização fundiária. Ele não apenas anistia os desmatamentos e invasões ilegais de terras feitas até 2014, mas abre caminho para a ocupação de 37 milhões de hectares, 24 milhões do quais de florestas situadas em terras da União. Esse PL 510/21 interage com o PL 4843/2019, já aprovado pelo Senado, permitindo a aplicabilidade do PL 510/21 às áreas já destinadas aos assentamentos da reforma agrária, ou seja, “aos 66 milhões de hectares ocupados pelos assentamentos rurais nos estados da Amazônia Legal, permitindo a titulação de médios e grandes imóveis e retirando os pequenos produtores dessas áreas.”[5]

A Comissão Episcopal para a Amazônia, a Comissão Ecologia Integral e Mineração da CNBB, a rede Eclesial Panamazônica (REPAM-Brasil), o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT) atuam na Amazônia e junto com ela e seus povos, em solidariedade a seu clamor. O Cacique caiapó Raoni Metuktire nos ensina: “Se eles desmatarem toda a floresta, o tempo vai mudar, o sol vai ficar muito quente, os ventos vão ficar muito fortes. Eu me preocupo com todos, porque é a floresta que segura o mundo”.[6] Ir. Dorothy Stang, morta em Anapu (PA), declarou: “A morte da floresta é o fim de nossa vida”.

Papa Francisco afirma que os povos nativos, especialmente os mais excluídos, “são os principais interlocutores, dos quais devemos primeiro aprender, a quem temos de escutar por um dever de justiça e a quem devemos pedir autorização para poder apresentar nossas propostas”.

10 de dezembro de 2021

Dom Sebastião Lima Duarte – Presidente da Comissão Ecologia Integral e Mineração

Cardeal Cláudio Hummes – Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia

Dom Erwin Kräutler – Presidente da REPAM-Brasil

Dom Roque Paloschi – Presidente do Conselho Indigenista Missionário – CIMI

Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira – Presidente da Comissão Pastoral da Terra – CPT

Daniel Seidel – Secretário executivo da Comissão Brasileira Justiça e Paz

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[1] Cf. Cristiane Prizibisczky, “Amazônia acumula 73 mil focos de incêndio em 2021, segundo dados do INPE”. ((o)) eco, 1/XII/2021.

[2] Cf. Samuel Fernandes, “Queimadas na Amazônia impactam 90% das espécies de animais e plantas da floresta”. Folha de São Paulo, 1/IX/2021.

[3] Cf. Vinicius Sassine, “General Heleno autoriza avanço de garimpo em áreas preservadas na Amazônia”. Folha de São Paulo, 5/XII/2021.

[4] Cf. Rubens Valente, “Caciques cedem à invasão e aceitam abrir mão de 392 mil hectares no Pará”. UOL, 2/XII/2021.

[5] Cf. Duda Menegassi, “PL 510 abrirá caminho para ocupação de 24 milhões de hectares de florestas públicas”. ((o)) eco, 4/V/2021.

[6] Cf. Nicole Oliveira, “Cacique Raoni: ‘É a floresta que segura o mundo. Se acabarem com tudo, não é só índio que vai sofrer’.” Arayara.org, 20/XI/2019.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Aumenta o apreço pela Igreja Católica na Ucrânia

Ana Oliveira | Facebook
Por Francisco Vêneto

O país é majoritariamente ortodoxo, mas tem reconhecido a bravura dos padres, religiosos e freiras católicos que se recusam a abandonar o povo.

Está aumentando o apreço pela Igreja Católica na Ucrânia durante a guerra iniciada no último dia 24 de fevereiro, data em que tropas da Rússia invadiram o país de 40 milhões de habitantes e que, assim como a própria Rússia, é de religião predominantemente ortodoxa.

Os fiéis ortodoxos ucranianos se dividem entre os cerca de 25 milhões que seguem a Igreja Ortodoxa Autocéfala da Ucrânia, reconhecida canonicamente pelo Patriarcado de Constantinopla em 2019; os 5 a 7 milhões que continuam aderindo à Igreja Ortodoxa Ucraniana, ligada desde 1696 ao Patriarcado de Moscou, e os que se identificam como ortodoxos sem especificar nenhuma jurisdição ou afiliação.

Os católicos são 6 milhões e tem como líder local Sua Beatitude Sviastoslav Schevchuk, Arcebispo Maior da Igreja Greco-Católica da Ucrânia, sediada em Kiev. Trata-se de uma tradição em plena comunhão com a Igreja Católica.

De acordo com o pe. Antonio Vatseba, superior do Instituto do Verbo Encarnado na Ucrânia, muitos residentes na área de Donbas sob controle ucraniano se mostram gratos à Igreja Católica:

“Por meio do trabalho da Cáritas, muitos residentes de Donetsk e Luhansk conheceram a Igreja Greco-Católica da Ucrânia. Aliás, graças aos atos de caridade, muita gente na Ucrânia começou a ver com bons olhos a Igreja Católica”.

O sacerdote considera, também, que as relações são muito boas entre a Igreja Greco-Católica da Ucrânia e a Igreja Ortodoxa Autocéfala da Ucrânia – mas permanece um maior distanciamento de parte da Igreja Ortodoxa liderada pelo Patriarcado de Moscou.

O historiador ortodoxo Antoine Arjakovsky, fundador do Instituto de Estudos Ecumênicos de Lviv e codiretor do departamento de Política e Religiões do Collège des Bernardins de Paris, também destaca a respeitabilidade da Igreja Católica no país de maioria ortodoxa. De acordo com Arjakovsky, os ucranianos mantêm “lembranças muito vivas da visita de João Paulo II em 2001 e sonham em ver o Papa Francisco em seu país”. Ele considera, porém, que essa visita “não parece estar na agenda”, independentemente da guerra, devido ao delicado empenho do Vaticano em manter um diálogo respeitoso com o Patriarcado de Moscou, que, por sua vez, considera cismática a Igreja Ortodoxa Autocéfala da Ucrânia.

Apesar desses meandros diplomáticos, a Igreja Católica na Ucrânia tem se destacado junto à população pela firmeza dos seus padres, religiosos e freiras que se recusam a abandonar o país durante a guerra e mantêm corajosamente as suas atividades tanto espirituais e pastorais quanto de apoio heroico à população – inclusive abrigando muitas pessoas dentro de igrejas, conventos e mosteiros.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF