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terça-feira, 15 de março de 2022

"Já não me assusta o barulho das bombas", diz sacerdote brasileiro em Kiev

Pe. Lucas Perozzi celebrando a Eucaristia | Vatican News

Padre Lucas Perozzi Jorge não tem intenção de abandonar a capital da Ucrânia, não obstante a Rússia tenha começado a bombardear a cidade: “A decisão já foi tomada na primeira vez. Agora já não tem volta. Eu poderia até escapar da guerra, mas a minha cruz (meu sofrimento interior) me deixaria?"

Bianca Fraccalvieri – Vatican News

“Tudo em paz.” Esta pode ser uma resposta comum quando perguntamos a alguém como está, mas soa surpreendente quando quem responde está em Kiev, capital da Ucrânia.

Mas é assim que o sacerdote brasileiro Lucas Perozzi Jorge responde às mensagens diárias no Whatsapp. O Vatican News o contatou pela primeira vez na Quarta-feira de Cinzas e passadas duas semanas, ele continua lá:

“Parece que tudo o que está acontecendo é a norma. Como se eu tivesse acostumado a tudo o que está acontecendo. Já não me assusta o barulho de bombas etc... Mas ainda há uma forte expectativa: do que vai acontecer? O que continua sustentando é sempre a mesma convicção da Vida Eterna. Saber que sempre existe uma saída, e que quando parece que já está tudo acabado, o Pai aparece consolando e salvando, tirando da situação de desespero e de sofrimento.”

Padre Lucas não tem intenção de abandonar a capital, não obstante a Rússia tenha começado a bombardear a cidade:

“A decisão já foi tomada na primeira vez. Agora já não tem volta. Eu poderia até escapar da guerra, mas a minha cruz (meu sofrimento interior) me deixaria? O sofrimento iria comigo. Por isso, prefiro este sofrimento e estar experimentando a graça de Deus, do que estar exteriormente tranquilo e sozinho.”

O sacerdote pertence ao Caminho Neocatecumenal e é vigário da Igreja da Dormição da Santíssima Virgem Maria. Das 35 pessoas acolhidas inicialmente, duas famílias conseguiram deixar a cidade. Atualmente, cerca de 30, entre membros da comunidade e paroquianos, estão vivendo dentro da Igreja, numa parte segura que fica no subsolo. Ainda há água, comida, eletricidade e calefação. Para reverter esta situação, Padre Lucas não tem dúvidas:

“Com certeza quando os corações duros forem amolecidos. Ou seja, quando nos convertermos de todo o coração ao Pai que é Amor para cada um de nós.”

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Beato Artemide Zati

Beato Artemide Zati | arquisp
15 de março

Beato Artemide Zati

Artemide era italiano, nasceu em Boreto, no dia 12 de dezembro de 1880, sendo batizado nesse mesmo dia. Os seus pais, Albina Vechi e Luís Zati, eram muito pobres e o levavam para trabalhar com eles nas plantações rurais. Devido a imensa dificuldade financeira, em 1897 a família emigrou para a Argentina, com destino a Baía Blanca, onde se fixaram.

Durante dois anos, o jovem Artemide trabalhou numa olaria, fabricando tijolos, enquanto freqüentava a paróquia dos salesianos, cujo pároco, se tornou um grande amigo e seu diretor espiritual. Ao completar vinte anos, demonstrando grande espiritualidade, seguiu o conselho do pároco, ingressando no seminário salesiano de Bernal, como aspirante.

Nesta ocasião foi encarregado de dar assistência a um jovem sacerdote tuberculoso, desta maneira contraiu também o vírus desta doença, que até então era incurável. Foi enviado para a Patagônia, cujo ar muito puro da cidade de Viedma, associado ao tratamento no hospital de São José, eram os mais indicados para a cura.

Passando um longo período de convalescença, se tornou sensível ao problema das pessoas pobres que sofriam nos hospitais e nas casas, quase sempre sem ter condições para comprar os remédios do tratamento. Assim, aconselhado pelo padre Garrone, diretor do hospital, prometeu à Virgem Auxiliadora, que se consagraria ao cuidado dos enfermos, caso fosse curado, fato que ocorreu gradualmente durante dois anos, quando recebeu alta hospitalar.

Em1906, entrou no noviciado e passados cinco anos fez a profissão perpétua. Nesse mesmo ano, o padre Garrone faleceu e Artemide convocado para gerir o hospital e administrar a farmácia. Seis anos depois, em 1917, ele se diplomou como enfermeiro e farmacêutico, aprimorando seu ministério e dedicação aos enfermos, com o conhecimento e o saber nestas áreas da medicina.

Quando, em 1935, foi consagrado o novo bispo de Viedma, por falta de uma sede episcopal adequada na Patagônia, ficou decidido que o hospital de São José seria demolido, para alí se construir o edifício da Cúria. Entretanto a atividade hospitalar de Artemide continuou em pleno ritmo ainda por muitos anos, até que, em meados de 1950, caiu de uma escada. Durante os exames, os médicos descobriram que ele tinha um câncer incurável.

No dia 15 de março de 1951, ele faleceu serenamente, já com fama de santidade, após uma vida de oração, trabalho e austeridade. O Papa João Paulo II, beatificou Artemide Zati, em 2002, indicando o dia de sua morte para a celebração de seu culto. Seus restos mortais repousam na capela dos salesianos de Viedma, Argentina.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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segunda-feira, 14 de março de 2022

Por que pedimos bênção ao padre?

By Marco Iacobucci Epp | Shutterstock
Por A12

Infelizmente muitos católicos estão deixando de lado essa tradição...

Talvez não tenhamos  a dimensão do tamanho da graça que recebemos de Deus ao ter sacerdotes ao nosso lado. Por isso, muitas vezes, acabamos deixando passar despercebido, por exemplo, o valor da bênção que eles podem nos dar e acabamos perdendo esse costume.

São João Maria Vianney, proclamado pela Igreja o padroeiro dos sacerdotes, dizia: “Se eu encontrasse um sacerdote e um anjo, saudaria o sacerdote antes de saudar o anjo. O anjo é o amigo de Deus, mas o sacerdote ocupa o seu lugar”.

In persona Christi

Ao serem ordenados, os sacerdotes assumem agir inpersona Christi, ou seja, são, para nós, representantes do próprio Cristo. Por isso, o santo dizia que o padre “ocupa” o lugar de Deus, portanto, era digno de primeira saudação, antes até mesmo de um anjo. Além disso, o sacerdote recebeu de Deus o poder de trazer Cristo para o meio de nós, função que nem os anjos podem desempenhar.

Assim sendo, durante a ordenação de todo sacerdote, há dois momentos importantes: a imposição das mãos do bispo e a unção das mãos do então padre. Ao receber o óleo nas palmas de suas mãos, o sacerdote assume quatro dimensões importantes: acolher, abençoar, oferecer e consagrar.

A segunda dimensão é a que nos fala hoje. Quando pedimos a bênção de um sacerdote, é um gesto que diz que desejamos participar dessa unção recebida por ele, queremos fazer parte desta bênção. Há alguns que têm até mesmo o costume de beijar as mãos dos sacerdotes, justamente, por serem elas que trazem o Cristo para nós, são instrumentos da graça de Deus para os fiéis.

Por que muitos não pedem mais a bênção aos padres?

Pe. Camilo Júnior, missionário redentorista e membro da Comissão de Juventude do Santuário Nacional, alerta que muitas vezes não pedir bênção ao sacerdote é reflexo de pessoas que já não pedem mais a bênção aos próprios pais.

“Pedir a bênção é um costume ensinado pelos pais. Tanto para eles mesmos e familiares, quanto para os sacerdotes. Sempre há mães que falam pra suas crianças: peça bênção pro padre e a criança já estende a mãozinha. Agora, aqueles que nem bênção pedem mais aos pais, menos ainda se preocuparão em pedir para os sacerdotes”.

Portanto, não deixe de pedir bênção aos padres e participar dessa unção dada por Deus. E não se esqueça de rezar sempre pelo seu pároco e padres que você conhece. Eles são instrumentos de Deus pra nós, riqueza nos dada pela Igreja, eles precisam de nossas orações e é nossa maneira de demonstrar nossa gratidão por dedicarem suas vidas ao povo de Deus, a nós.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Uma paz sem Cruz e sem Cristo

Guadium Press
O mundo pode ser dividido entre os amigos e inimigos da Cruz de Cristo. Será esta a razão do caos no mundo?

Redação (13/03/2022 15:47Gaudium Press): A Quaresma é o período que prepara as nossas almas para o grandioso acontecimento que antecipa as festas pascais da Ressurreição: a agonia de Nosso Senhor no Horto, a flagelação, a coroação de espinhos e, por fim, sua morte de Cruz, causa de nossa salvação. Cristo, que poderia ter redimido a humanidade por um simples ato de consentimento seu, quis por um gesto de infinito amor padecer o mais atroz e repulsivo sofrimento que poderia haver: o escárnio da crucifixão.

Inimigos da Cruz de Cristo

Na liturgia deste segundo Domingo da Quaresma, a leitura da carta de São Paulo aos Filipenses ressalta o descontentamento do Apóstolo contra esta comunidade de cristãos que se portam como inimigos da Cruz:

“Já vos disse muitas vezes e agora o repito, chorando: há muitos por aí que se comportam como inimigos da cruz de Cristo” (Fl 3,18).

A partir do momento em que Cristo abraçou a sua Cruz, é impossível dissociá-Lo dela. Poderíamos afirmar então que Cruz e Cristo são um. Ora, o cristão, um outro Cristo pelo santo Batismo, é chamado a seguir os mesmos passos de seu Senhor, carregando a sua cruz. Destarte, São Paulo se lamenta daqueles que não vivem “conforme a cruz de Cristo”. O que significa isto? O Apóstolo continua:

“O fim deles é a perdição, o deus deles é o estômago, a glória deles está no que é vergonhoso e só pensam nas coisas terrenas” (Fl 3,19).

Dir-se-ia que o Apóstolo das gentes colocou como remetente desta missiva não os cristãos de Filipos, mas os homens do século XXI. Sim! Vivemos tempos de terríveis calamidades: o pecado, o caos e as guerras; mas a humanidade não quer abrir os olhos para o panorama que se descortina no horizonte. Parece querer afundar-se cada vez mais na vidinha de todos os dias, sorvendo as últimas gotas do prazer sujo e amargo de um mundo agonizante.

            Eis como segue:

“Nós, porém, somos cidadãos do céu. De lá aguardamos o nosso Salvador, o Senhor, Jesus Cristo” (Fl 3,20).

A aliança que Deus realiza com o homem exige dele a aceitação da Cruz através de uma vida íntegra e reta, mediante a qual se prova a autenticidade de seu amor, que “deve exercitar-se dia após dia na luta contra o maligno; [e que] exige do discípulo oração e sobriedade contínua”.[1]

Guadium Press

Tais exigências, contudo, devem ser acompanhadas de uma elevação de vistas para o sobrenatural, como Nosso Senhor o quis demonstrar no monte Tabor – descrito no Evangelho de hoje (Lc 9,28-36) –, transfigurando-Se diante de alguns apóstolos para revelar a sua glória, dando-lhes forças para suportar o advento do sacrifício do Calvário.

Presentemente, o mundo parece ter recusado a Cruz de Cristo, visto que o mundo anelou uma paz sem Cruz e sem Cristo; e teve a guerra sem Cristo e sem a paz da Cruz. Cabe, pois, a nós a indagação: serei amigo de Nosso Senhor, ou seu inimigo?

Por Guilherme Motta


[1] COLUNGA, Alberto; GARCÍA CORDERO, Maximiliano. Biblia Comentada. Pentateuco. Madrid: BAC, 1960, v. I, p. 192.

Obras de irmã Dulce enfrentam crise financeira por falta de reajuste em contrato com SUS

Obras Sociais Irmã Dulce. Foto: Wikimedia (CC BY 2.0)
Por Natalia Zimbrão

SALVADOR, 12 mar. 22 / 06:00 am (ACI).- No domingo, 13 de março, a morte de santa Dulce dos Pobres faz 30 anos. Em meio à programação festiva preparada em Salvador (BA) para esta data, a instituição fundada pela primeira santa brasileira, as Obras Sociais Irmã Dulce, enfrenta uma crise financeira. Para o final deste ano, a instituição prevê um déficit acumulado de R$ 44 milhões, devido à insuficiência dos valores recebidos por serviços prestados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

As Obras Sociais Irmã Dulce foram fundadas em 26 de maio de 1959, por santa Dulce dos Pobres. O projeto é fruto da trajetória da religiosa, que durante mais uma década peregrinou em busca de um local para abrigar pobres e doentes recolhidos das ruas de Salvador. As raízes da instituição datam de 1949, quando irmã Dulce, sem ter para onde ir com 70 doentes, pediu autorização a sua superiora para abrigar os enfermos em um galinheiro situado ao lado do Convento Santo Antônio, na capital baiana. O episódio fez surgir a tradição de que o maior hospital da Bahia nasceu a partir de um simples galinheiro.

“As Obras Sociais Irmã Dulce são uma instituição privada filantrópica, sem fins lucrativos. Atuamos na área da saúde, assistência social, ensino e pesquisa, educação de crianças e adolescentes. Temos uma gama de atuações, sendo que a preponderante é a saúde”, disse o assessor corporativo da OSID, Sérgio Lopes.

A OSID é conhecida como um dos maiores complexos de saúde do Brasil com atendimento 100% gratuito. A instituição é responsável pela realização de 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais, 23 mil cirurgias e 43 mil internamentos por ano na Bahia. Só na sede em Salvador, são 954 leitos hospitalares. Na capital baiana, são feitos 10,8 mil atendimentos por mês a pessoas com deficiência e 9 mil para tratamento do câncer. Entre o público acolhido pela OSID, estão pacientes oncológicos, idosos, pessoas com deficiência e com deformidades craniofaciais, crianças e adolescentes em situação de risco social, dependentes de substâncias psicoativas, pessoas em situação de rua e demais usuários do SUS.

Atualmente, porém, a OSID tem um déficit operacional de R$ 24 milhões, valor que ainda pode ser acrescido em R$ 20 milhões até o final do exercício de 2022, resultando em um déficit acumulado da ordem de R$ 44 milhões.

“Na saúde, nossa atuação 100% SUS se dá através de um contrato que, no nosso caso, é junto ao Estado da Bahia, com recursos do Ministério da Saúde”, disse Lopes. “A grande questão da crise advém justamente deste contrato, que não prevê cláusula de reajuste”.

Lopes contou que o contrato possui metas quantitativas e qualitativas que a instituição deve atingir para receber o valor acordado, além de uma parcela variável, “vinculada a procedimentos de alta complexidade, que é por produção”. Mas, a remuneração é feita com base na tabela SUS, “que há muito tempo não sofre reajuste”.

Para se ter uma ideia do aumento de gastos que a instituição enfrentou nos últimos anos, Lopes citou o caso das luvas de procedimento, que antes da pandemia em 2019 tinham custo anual de R$ 690 mil e, em 2021, o custo foi de R$ 3,4 milhões.

Além do repasse do SUS, a OSID conta também com doações. Segundo Lopes, as pequenas doações de pessoas físicas acabam “somando um valor que hoje corresponde a cerca de 10% de nossa fatura”. Na prática, essas doações deveriam ser usadas para “melhoria do parque de equipamentos, algumas ampliações”. Mas, por causa da crise financeira, os recursos estão tendo que ser usados para “suprir essa falta da relação com o SUS”.

Lopes admitiu que, enquanto instituição, a OSID poderia optar por ter um contrato com o SUS e também, eventualmente, um atendimento privado. “Mas, isso fere completamente a missão da obra e o propósito dela desde a sua fundação por irmã Dulce. O compromisso dela [santa Dulce] sempre foi com as pessoas mais humildes e é algo que é um conceito basilar nosso e não vamos mudar nunca: tudo o que ofertamos aqui tem caráter de gratuidade para a comunidade”.

O assessor corporativo afirmou que há um risco de diminuição dos serviços prestados pela OSID. “Estamos neste momento utilizando recursos de conta garantida [um tipo de linha de crédito] junto ao banco, que é um recurso caro para nós, porque tem juros envolvidos. Não vamos ter como suportar isso por muito mais tempo”, disse.

Por isso, a instituição tem adotado medidas para reduzir gastos, como renegociação de contratos, suspensão de investimentos, corte de gastos administrativos. Também está tentando “aumentar a receita, sensibilizando principalmente o poder público, buscando um aporte, e alertando a sociedade pedindo que apoie neste momento mais do antes”.

Apesar da crise, Sérgio Lopes declarou que os funcionários da OSID têm “uma crença muito grande de que a providência vai chegar”. “Estamos vivendo este momento com muita apreensão, mas ao mesmo tempo com muita fé. Santa Dulce sempre dizia que esta obra é de Deus e o que é de Deus não fecha”, afirmou.

Como um gesto simbólico, no dia 4 de março, profissionais, voluntários, pacientes, religiosos e amigos da OSID promoveram um abraço na sede da entidade, em Salvador, para alertar a população sobre a crise financeira que ameaça a continuidade dos atendimentos.

A celebração dos 30 anos da morte de santa Dulce no dia 13 de março também será marcada por este alerta e pedido de ajuda à sociedade. Durante o dia, haverá missas às 7h, 10h30, 12h e 16h. E, às 8h30, a missa festiva será celebrada pelo arcebispo de Salvador, cardeal Sérgio da Rocha.

Para colaborar com a OSID, é possível doar qualquer quantia através do PIX deuslhepague@irmadulce.org.br, ou efetuar uma doação a partir do site www.irmadulce.org.br/doeagora.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Apelo do Papa pela Ucrânia: Em nome de Deus, parem o massacre!

Refugiados chegam à estação de trem de Lviv, na Ucrânia | Vatican News

Mais um apelo: Francisco não poupa palavras para condenar o massacre de civis indefesos vítimas da guerra na Ucrânia. "Diante da barbárie da matança de crianças, de inocentes e de civis indefesos não existem razões estratégicas plausíveis", afirmou.

Vatican News

Com voz e mãos firmes, o Papa foi contundente ao pedir, mais uma vez, o fim imediato da guerra na Ucrânia ao final da oração mariana do Angelus deste domingo (13/03):

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2022/03/13/14/136472157_F136472157.mp3

"Acabamos de rezar para Nossa Senhora. Esta semana, a cidade que leva seu nome, Mariupol, se tornou uma cidade mártir da guerra desoladora que está devastando a Ucrânia. Diante da barbárie da matança de crianças, de inocentes e de civis indefesos não existem razões estratégicas plausíveis: deve-se somente cessar a inaceitável agressão armada, antes que reduza as cidades em cemitérios."

"Com dor no coração, uno a minha voz àquela das pessoas comuns, que imploram o fim da guerra. Em nome de Deus, se ouça o grito de quem sofre e se ponha fim aos bombardeios e aos ataques! Invista-se real e decididamente na negociação, e os corredores humanitários sejam efetivos e seguros."

“Em nome de Deus, eu peço: parem este massacre!”

Deus é só Deus da paz, não da guerra

O Papa pediu também um maior esforço para acolher os quem foge da guerra e que os fiéis intensifiquem as orações:

Gostaria ainda, mais uma vez, exortar ao acolhimento dos muitos refugiados, nos quais Cristo está presente, e agradecer pela grande rede de solidariedade que se formou. Peço a todas as comunidades diocesanas e religiosas que aumentem os momentos de oração pela paz. Aumentar os momentos de oração pela paz. Deus é só Deus da paz, não é Deus da guerra, e quem apoia a violência profana o seu nome. Vamos agora rezar em silêncio por quem sofre e para que Deus converta os corações a uma firme vontade de paz."

O Pontífice está acompanhando de perto tudo o que está acontecendo na Ucrânia. A seu pedido, esta semana dois cardeais, Konrad Krajewski e Michael Czerny, estiveram entre os refugiados na Polônia e na Hungria para levar a solidariedade do Papa e ajudas materiais. O esmoleiro, card. Krajewski, inclusive conseguiu ir até Lviv, cidade que os russos bombardearam nas últimas horas. Na frente diplomática o secretário de Estado, Pietro Parolin, conversou no decorrer da semana com o ministro das relações exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, para pedir o fim imediato dos bombardeiros e oferecendo a mediação da Santa Sé.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Matilde

Santa Matilde | arquisp
14 de março

Santa Matilde

Matilde era filha de nobres saxões. Nasceu em Westfalia, por volta do ano 895 e foi educada pela avó, também Matilde, abadessa de um convento de beneditinas em Herford. Por isso, aprendeu a ler, a escrever e estudou teologia e filosofia, fato pouco comum para as nobres da época, inclusive gostava de assuntos políticos. Constatamos nos registros da época que associada à brilhante inteligência estava uma impressionante beleza física e de alma. Casou-se aos catorze anos com Henrique, duque da Saxônia, que em pouco tempo se tornou Henrique I, rei da Alemanha, com o qual viveu um matrimônio feliz por vinte anos.

Foi um reinado justo e feliz também para o povo. Segundo os relatos, muito dessa justiça recheada de bondade se deveu à rainha que, desde o início, mostrou-se extremamente generosa com os súditos pobres e doentes. Enquanto a ela assistia à população e erguia conventos, escolas e hospitais, o rei tornava a Alemanha líder da Europa, salvando-a da invasão dos húngaros, regularizando a situação de seu país com a Itália e a França e exercendo ainda domínio sobre os eslavos e dinamarqueses. Havia paz em sua nação, graças à rainha, e por isso, ele podia se dedicar aos problemas externos, fortalecendo cada vez mais o seu reinado.

Mas essa bonança chegou ao fim. Henrique I faleceu e começou o sofrimento de Matilde. Antes de morrer, o rei indicou para o trono seu primogênito Oton, mas seu irmão Henrique queria o trono para si. As forças aliadas de cada um dos príncipes entraram em guerra, para desgosto de sua mãe. O exército do príncipe Henrique foi derrotado e Oton foi coroado rei assumindo o trono. Em seguida, os filhos se voltaram contra a mãe, alegando que ela esbanjava os bens da coroa, com a Igreja e os pobres. Tiraram toda sua fortuna e ordenaram que deixasse a corte, exilando-a.

Matilde, triste, infeliz e sofrendo muito, retirou-se para o convento de Engerm. Contudo, muitos anos mais tarde, Oton e Henrique se arrependeram do gesto terrível de ingratidão e devolveram à mãe tudo o que lhe pertencia. De posse dos seus bens, Matilde distribuiu tudo o que tinha para os pobres.

Preferindo continuar sua vida como religiosa permaneceu no convento onde, depois de muitas penitências e orações, desenvolveu o dom das profecias. Matilde faleceu em 968, sendo sepultada ao lado do marido, no convento de Quedlinburgo. Logo foi venerada como Santa pelo povo que propagou rapidamente a fama de sua santidade por todo mundo católico do Ocidente ao Oriente. Especialmente na Alemanha, Itália e Mônaco ainda hoje sua festa, autorizada pela Igreja, é largamente celebrada no dia 14 de março.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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domingo, 13 de março de 2022

Como proteger-nos do Mal?

Crédito: Editora Cléofas
Por Prof. Felipe Aquino

O Papa Paulo VI fez uma alocução, no dia 15 de novembro de 1972 (“Livrai-nos do Mal”), falando sobre o demônio, a sua realidade, perigo e maldade. O Papa afirmou: “O mal já não é apenas uma deficiência, mas uma eficiência, um ser vivo, espiritual, pervertido e perversor. Trata-se de uma realidade terrível, misteriosa e medonha”.

Quando fala do demônio, o Catecismo diz: “A Escritura atesta a influência nefasta daquele que Jesus chama de “o homicida desde o princípio” (Jo 8,44) e que até chegou a tentar desviar Jesus da missão recebida do Pai. Para isto é que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo” (1 Jo 3,9) (n.394).

Sem meias-palavras, Papa Paulo VI reafirma a existência do demônio e da sua perversidade. Ele é o mal, o maligno, e enfatiza: “Sai do âmbito dos ensinamentos bíblicos e eclesiásticos (da Igreja) quem se recusa a reconhecer a existência desta realidade”.

O próprio Jesus foi tentado três vezes pelo demônio no deserto, e o venceu com o jejum, a oração e a força da Palavra de Deus. (cf. Mt 4,3-10). Jesus se referiu a ele como Seu adversário e o chamou de “príncipe deste mundo” (cf. Jo 12,31; 14,30; 16,11). São Paulo chamou-o “deus deste mundo” (cf. II Cor 4,4) e preveniu-nos contra as lutas ocultas que devemos travar contra sua pluralidade: “Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio”. Ele recomenda ter “a cintura cingida com o cinto da verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, os pés calçados para anunciar o Evangelho da paz. Sobretudo abraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dados inflamados do Maligno. Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é a Palavra de Deus” (Ef 6,11-12).

Essas são as armas poderosas para vencer o Mal. A maior arma do maligno é mascarar sua ação e fingir que não existe. São Paulo afirmou: “O próprio satanás se transfigura em anjo de luz. Por conseguinte, não é de estranhar que os seus servidores se transfigurem em servidores de justiça” (2 Cor 11,14-15). Quem tem Deus como Senhor, o ama e foge do pecado, não precisa temer o Mal. São João garante: “Sabemos que aquele que é gerado de Deus se acautela, e o Maligno não o toca” (1 Jo 5,18).

O principal remédio contra Deus é culpado do mal que há no mundo?a ação diabólica é dado pelo próprio Cristo aos discípulos: “Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26,41). É pelo pecado que o demônio introduziu o sofrimento e a morte no mundo. “O salário do pecado é a morte” (Rm 6,3). Abandonar o pecado e cultivar a graça de Deus. “A graça é a defesa decisiva”, diz o Papa Paulo VI. Cultivar as virtudes, principalmente a caridade. “Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar. Resisti-lhe fortes na fé” (1 Pd 5,8-9).

Na Eucaristia está o grande remédio contra Satanás. E nossa mãe Maria Santíssima foi aquela que massacrou a cabeça da serpente maligna. É ela que protege cada um de nós, seus filhos a ela consagrados. Refugiemo-nos debaixo de sua proteção materna, consagrando-se a ela e rezando o Terço, o Ofício da Imaculada, a sua Ladainha e outras práticas. Também aos Anjos e Santos precisamos recorrer para nos defender das insídias do Mal. O Anjo da Guarda nos protege, quando nos colocamos debaixo de sua custódia.

O nosso Catecismo ensina algo muito importante sobre o Mal:

“O poder de Satanás não é infinito. Ele não passa de uma criatura, poderosa pelo fato de ser puro espírito, mas sempre criatura: não é capaz de impedir a edificação do Reino de Deus. Embora Satanás atue no mundo por ódio contra Deus e seu Reino em Jesus Cristo, e embora a sua ação cause graves danos – de natureza espiritual e, indiretamente, até de natureza física – para cada homem e para a sociedade, esta ação é permitida pela Divina Providência, que com vigor e doçura dirige a história do homem e do mundo. A permissão divina da atividade diabólica é um grande mistério, mas nós sabemos que Deus coopera em tudo para o bem daqueles que o amam” (Rm 8,28). (n.395)

Prof. Felipe Aquino

Fonte: https://cleofas.com.br/

CF 2022, COM O TEMA “FRATERNIDADE E EDUCAÇÃO”

CNBB

CF 2022, COM O TEMA “FRATERNIDADE E EDUCAÇÃO”, GANHA DESTAQUE EM JORNAIS E REPERCUTE BRASIL AFORA

POR IMPRENSA CNBB

Desde o lançamento virtual da Campanha da Fraternidade (CF), realizado pela CNBB na quarta-feira de cinzas, 2 de março, a iniciativa vem ganhando ainda mais destaque nas manchetes dos jornais e em sessões solenes Brasil afora. Este ano, a CF tem como tema “Fraternidade e Educação” e o lema bíblico, extraído de Provérbios 31, 26: “Fala com sabedoria, ensina com amor”

Na última quarta-feira, dia 9 de março, por exemplo, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) realizou uma sessão solene, presencial, em homenagem à Campanha da Fraternidade. A iniciativa foi transmitida ao vivo pela TV Câmara Distrital, no canal 9.3, e pelo YouTube.

Padre Patriky Samuel Batista, secretário executivo de Campanhas da CNBB, esteve presente e relatou que a sessão fazia parte de um reconhecimento a tantos homens e mulheres de boa vontade, que não somente no Distrito Federal, mas em todo o Brasil promoviam diversas iniciativas nascidas das Campanhas da Fraternidade há quase 60 anos.

“Esse ano ao tratar o tema da educação, o episcopado brasileiro nos dá a oportunidade de refletir a partir de três enfoques específicos – pensar a educação de forma integral; valorizar as iniciativas do Pacto Educativo Global e redescobrir a pedagogia de Jesus. Isso significa olhar a educação em seu conjunto e não pensá-la somente em vista da projeção de uma carreira profissional, mas a uma educação que atinja a todos os âmbitos da pessoa humana”, salientou o padre.

Segundo o padre, o poder legislativo deve legislar com sabedoria e servir com amor rejeitando toda e qualquer forma de corrupção, tendo os olhos fixos na construção do bem comum. Citando São João Bosco, padre Patriky salientou que ambos focos do tema é formar um bom cristão e honesto cidadão. Relembrou, ainda, que a CF está em profunda comunhão com o Pacto Educativo Global, do Papa Francisco, e que “recupera a pedagogia de Cristo, que educava pela proximidade, pelo testemunho e qualidade da sua presença”.

O padre enfatizou, também, que o contexto pandêmico é o marco temporal da Campanha da Fraternidade e que a ocasião também trazia uma reflexão muito pertinente sobre a importância de se construir projetos de vida em vista de um projeto de sociedade.

“Qual é o modelo de educação que nós queremos? Qual é o papel de cada cidadão nesse contexto e quais as narrativas que ouvíamos no que diz respeito a educação hoje? E aí vem esse grande horizonte da Campanha da Fraternidade – Falar com sabedoria e ensinar com amor – que é, na verdade, um estilo de vida daqueles que se pautam também por um serviço à comunidade. O verdadeiro serviço à educação é a educação à serviço da comunidade, do bem comum”, disse o padre.

Confira a sessão na íntegra:

https://youtu.be/Y_v_SZmCrE4

Senado Federal – Agência Senado também divulgou que o Senado Federal vai realizar uma sessão especial para comemorar a Campanha da Fraternidade 2022. O plenário aprovou na quarta-feira, dia 9, o requerimento propondo a sessão. A data da sessão ainda será marcada.

“Nos dizeres das autoridades que promovem a campanha, a versão de 2022 deve nos recordar que ‘educar não é um ato isolado. É encontro no qual todos são educadores e educandos. É tarefa da própria pessoa, da família, da escola, da igreja e de toda a sociedade’”, afirma o senador na justificativa para o requerimento.

Repercussão nos jornais

A CF de 2022 também teve repercussão nas maiores mídias e veículos de comunicação do Brasil.

A agência Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), deu destaque ao lançamento oficial da CF, na quarta-feira de cinzas, com a fala do presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, que enfatizava que a “Educação é pilar da paz e por isso precisa receber sempre mais investimento significativos de governantes, empreendedores, instituições, todos os setores”.

O jornal O Globo também enfatizou a fala de dom Walmor, no lançamento, alegando que o presidente da CNBB disse que a educação precisa sempre receber mais investimentos de todos. “Ele não se limitou a citar os governantes, mencionando também a necessidade de investimentos por parte de empreendedores, instituições e outros segmentos”.

O Globo salientou, ainda, o posicionamento do secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, com relação ao significado de “educação integral”, termo usado na Campanha.

“Educação integral, e integral aqui num sentido mais amplo que ela pode vir a ter. Não restringir a educação aos aspectos cognitivos e mercadológicos, mas perceber que o ser humano, além de razão e inserção no mercado de trabalho, é também por exemplo sentimento, ele é solidariedade, ele é compromisso socioambiental, e assim por diante. Que o processo educacional não forme apenas máquinas racionais para inserção no mercado. Se isso é importante, não é exclusivo. É preciso alargar. E alargar o horizonte para a fraternidade e solidariedade — afirmou dom Joel.

Jornal Nacional destacou que, no lançamento, a CNBB exibiu uma mensagem do Papa Francisco em que ele defende a adoção de ações transformadoras na educação para a fraternidade universal e o humanismo integral. O vídeo na íntegra pode ser conferido em: https://globoplay.globo.com/v/10351890/.

Correio Braziliense deu destaque para a fala de dom Joel sobre a guerra na Ucrânia, feita durante a coletiva de lançamento da CF. O jornal salientou que o secretário-geral da CNBB refletiu ser preciso trabalhar pela paz e que, “se há guerra, é preciso se manifestar com indignação”.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Arquidiocese de Brasília comunica o uso facultativo do uso das máscaras

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Em Carta Circular nº 01/2022 enviada ao clero de Brasília na manhã desta sexta-feira (11), o Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar, suspende a obrigatoriedade tornando facultativo o uso das máscaras faciais em ambientes fechados. A decisão foi tomada com base no decreto do GDF, nº 43.072, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).

 “Visando o bem comum de toda a Igreja, o decreto retira a obrigatoriedade da utilização das máscaras, mas não exclui a utilização da mesma. Quero contar com a prudência e zelo de todos”, diz Dom Paulo, arcebispo de Brasília.

Leia na íntegra a Carta:

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF