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quarta-feira, 16 de março de 2022

Senhor, perdoai-nos a guerra

Papa Francisco durante audiência geral | Vatican Media

Na dor pela guerra, o Papa Francisco convidou os presentes na audiência geral desta quarta-feira, realizada na Sala Paulo VI, no Vaticano, a rezar todos juntos a Deus, Pai de Misericórdia, num veemente pedido de perdão ao Senhor pela guerra em curso na Ucrânia.

Vatican News

Ao término da audiência geral desta quarta-feira, 16 de março, na Sala Paulo VI, no Vaticano, na qual o Papa prosseguiu sua série de catequeses dedicada aos anciãos, Francisco leu uma oração escrita pelo arcebispo de Nápoles, sul da Itália, dom Mimmo Battaglia, intitulada “Senhor, perdoai-nos a guerra”, à qual o Pontífice fez alguns acréscimos.

“Queridos irmãos e irmãs, na dor por esta guerra, façamos uma oração juntos, pedindo ao Senhor o perdão e pedindo a paz”, disse Francisco.

A seguir, na íntegra, a oração:

Senhor, perdoai-nos a guerra.

Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tende piedade de nós, pecadores.

Senhor Jesus, nascido sob as bombas de Kiev, tende piedade de nós.

Senhor Jesus, que morrestes nos braços da mãe num bunker em Kharkiv, tende piedade de nós.

Senhor Jesus, que vedes ainda as mãos armadas à sombra de vossa cruz, tende piedade de nós.

Perdoai-nos, Senhor,

perdoai-nos se, não contentes com os pregos com os quais transpassamos vossa mão, continuamos a beber do sangue dos mortos dilacerados pelas armas.

Perdoai-nos se estas mãos, que criastes para cuidar, se tornaram instrumentos de morte.

Perdoai-nos, Senhor, se continuamos a matar nosso irmão, perdoai-nos se continuamos como Caim a remover pedras de nosso campo para matar Abel. Perdoai-nos, Senhor, se continuamos a justificar a crueldade com nosso cansaço, se com nossa dor legitimamos a crueldade de nossas ações.

Senhor, perdoai-nos a guerra. Senhor, perdoai-nos a guerra.

Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, nós vos imploramos! Detenhais a mão de Caim!

Iluminai a nossa consciência,

que não seja feita a nossa vontade,

não nos abandoneis às nossas próprias ações!

Detenhais-nos, Senhor, detenhais-nos!

E quando tiverdes detido a mão de Caim, tende conta dele também. Ele é nosso irmão.

Ó Senhor, colocai um freio à violência!

Detenhais-nos, Senhor!

Amém.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santo Heriberto

S. Heriberto | arquisp
16 de março

Santo Heriberto

Heriberto foi arcebispo de Colônia, na Alemanha, ainda muito moço, pois sua religiosidade brotara ainda na infância. Conta a história que, no dia em que nasceu, em 970, filho de descendentes dos condes de Worms, notou-se uma extraordinária luz pairando sobre a casa de seus pais. O fenômeno teria durado várias horas e marcado para sempre a vida de Heriberto, que caminhou reto para o caminho da santidade.

Como desde pequeno mostrava vocação para a religião e os estudos, seus pais o entregaram ao convento de Gorze. Ali, Heriberto descobriu para si e para o mundo que era extremamente talentoso, mas decidiu-se pela ordenação sacerdotal, que ocorreu em 995. Com o decorrer do tempo cursou diversas escolas, chegando a ser considerado o homem mais sábio de seu tempo. E foi nesta condição que o imperador Oton III o nomeou chanceler, seu assessor de maior confiança. Sua fama e popularidade cresceram, não só devido à sabedoria, mas também pela humildade e a caridade que praticava com todos. Assim, foi eleito bispo de Colônia, em 999.

Quando Oton III morreu, o imperador que o sucedeu, Henrique II, também acabou tornando-se admirador de Heriberto, apesar da oposição que lhe fez no início. Uma vez que o bispo Heriberto o consagrou rei sem nenhuma contestação. E por fim o novo rei Henrique II o chamou para ser seu conselheiro.

Então, a obra caridosa do bispo pôde então continuar. Os registros mostraram que, depois de fundar um hospital para os pobres, Heriberto visitava os doentes todos os dias, cuidando deles pessoalmente. Diz a tradição que, certa vez, houve na cidade uma grande seca, ficando sem chover por meses. O bispo comandou um jejum de três dias e, finalmente, uma procissão de penitência pedindo chuva aos céus. Como nem assim choveu, Heriberto comovido começou a chorar na frente do povo, culpando-se pela seca. Dizia que seus pecados é que impediam Deus de fazer misericórdia. Mas, um fato prodigioso aconteceu nesse momento, imediatamente o céu escureceu e uma forte chuva caiu sobre a cidade, durando alguns dias e pondo fim à estiagem.

Com fama de santidade ainda em vida, o bispo Heriberto morreu no dia 16 de março de 1021, numa viagem de visita pastoral à cidade de Deutz, onde contraiu uma febre maligna que assolava a população. Suas relíquias estão na catedral dessa cidade, na Colônia, Alemanha. Na igreja que ele mesmo fundou junto com o mosteiro ao lado, que foi entregue aos beneditinos.

Amado pelos fiéis a peregrinação à sua sepultura difundiu seu culto que se tornou vigoroso em toda a Europa, especialmente na Itália e na Alemanha, país de sua origem. Foi canonizado em 1227, pelo Papa Gregório IX que autorizou o culto à Santo Heriberto, já tradicionalmente festejado pelos devotos no dia 16 de março.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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terça-feira, 15 de março de 2022

Igreja em Brasília é furtada em R$ 15 mil

Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição | Vatican News
BRASILIA, 14 mar. 22 / 03:10 pm (ACI).- Na madrugada da última quinta-feira, 10 de março, a igreja paroquial Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Sobradinho (DF), a 20 km de Brasília, foi roubada. Segundo a polícia, os ladrões levaram três freezers, copos, talheres e roupas usadas pelos padres nas celebrações. O prejuízo é de R$ 15 mil.

A ocorrência foi registrada na 13a DP da cidade. Ao chegar para o trabalho, logo pela manhã, o zelador da paróquia encontrou os cadeados de dois portões arrombados. Como a Igreja não tem câmeras de segurança, a polícia vai trabalhar com outras câmeras da região para investigar o furto.

Até o momento um suspeito foi identificado. Não é a primeira vez que a igreja sofre um furto.

"Já não me assusta o barulho das bombas", diz sacerdote brasileiro em Kiev

Pe. Lucas Perozzi celebrando a Eucaristia | Vatican News

Padre Lucas Perozzi Jorge não tem intenção de abandonar a capital da Ucrânia, não obstante a Rússia tenha começado a bombardear a cidade: “A decisão já foi tomada na primeira vez. Agora já não tem volta. Eu poderia até escapar da guerra, mas a minha cruz (meu sofrimento interior) me deixaria?"

Bianca Fraccalvieri – Vatican News

“Tudo em paz.” Esta pode ser uma resposta comum quando perguntamos a alguém como está, mas soa surpreendente quando quem responde está em Kiev, capital da Ucrânia.

Mas é assim que o sacerdote brasileiro Lucas Perozzi Jorge responde às mensagens diárias no Whatsapp. O Vatican News o contatou pela primeira vez na Quarta-feira de Cinzas e passadas duas semanas, ele continua lá:

“Parece que tudo o que está acontecendo é a norma. Como se eu tivesse acostumado a tudo o que está acontecendo. Já não me assusta o barulho de bombas etc... Mas ainda há uma forte expectativa: do que vai acontecer? O que continua sustentando é sempre a mesma convicção da Vida Eterna. Saber que sempre existe uma saída, e que quando parece que já está tudo acabado, o Pai aparece consolando e salvando, tirando da situação de desespero e de sofrimento.”

Padre Lucas não tem intenção de abandonar a capital, não obstante a Rússia tenha começado a bombardear a cidade:

“A decisão já foi tomada na primeira vez. Agora já não tem volta. Eu poderia até escapar da guerra, mas a minha cruz (meu sofrimento interior) me deixaria? O sofrimento iria comigo. Por isso, prefiro este sofrimento e estar experimentando a graça de Deus, do que estar exteriormente tranquilo e sozinho.”

O sacerdote pertence ao Caminho Neocatecumenal e é vigário da Igreja da Dormição da Santíssima Virgem Maria. Das 35 pessoas acolhidas inicialmente, duas famílias conseguiram deixar a cidade. Atualmente, cerca de 30, entre membros da comunidade e paroquianos, estão vivendo dentro da Igreja, numa parte segura que fica no subsolo. Ainda há água, comida, eletricidade e calefação. Para reverter esta situação, Padre Lucas não tem dúvidas:

“Com certeza quando os corações duros forem amolecidos. Ou seja, quando nos convertermos de todo o coração ao Pai que é Amor para cada um de nós.”

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Beato Artemide Zati

Beato Artemide Zati | arquisp
15 de março

Beato Artemide Zati

Artemide era italiano, nasceu em Boreto, no dia 12 de dezembro de 1880, sendo batizado nesse mesmo dia. Os seus pais, Albina Vechi e Luís Zati, eram muito pobres e o levavam para trabalhar com eles nas plantações rurais. Devido a imensa dificuldade financeira, em 1897 a família emigrou para a Argentina, com destino a Baía Blanca, onde se fixaram.

Durante dois anos, o jovem Artemide trabalhou numa olaria, fabricando tijolos, enquanto freqüentava a paróquia dos salesianos, cujo pároco, se tornou um grande amigo e seu diretor espiritual. Ao completar vinte anos, demonstrando grande espiritualidade, seguiu o conselho do pároco, ingressando no seminário salesiano de Bernal, como aspirante.

Nesta ocasião foi encarregado de dar assistência a um jovem sacerdote tuberculoso, desta maneira contraiu também o vírus desta doença, que até então era incurável. Foi enviado para a Patagônia, cujo ar muito puro da cidade de Viedma, associado ao tratamento no hospital de São José, eram os mais indicados para a cura.

Passando um longo período de convalescença, se tornou sensível ao problema das pessoas pobres que sofriam nos hospitais e nas casas, quase sempre sem ter condições para comprar os remédios do tratamento. Assim, aconselhado pelo padre Garrone, diretor do hospital, prometeu à Virgem Auxiliadora, que se consagraria ao cuidado dos enfermos, caso fosse curado, fato que ocorreu gradualmente durante dois anos, quando recebeu alta hospitalar.

Em1906, entrou no noviciado e passados cinco anos fez a profissão perpétua. Nesse mesmo ano, o padre Garrone faleceu e Artemide convocado para gerir o hospital e administrar a farmácia. Seis anos depois, em 1917, ele se diplomou como enfermeiro e farmacêutico, aprimorando seu ministério e dedicação aos enfermos, com o conhecimento e o saber nestas áreas da medicina.

Quando, em 1935, foi consagrado o novo bispo de Viedma, por falta de uma sede episcopal adequada na Patagônia, ficou decidido que o hospital de São José seria demolido, para alí se construir o edifício da Cúria. Entretanto a atividade hospitalar de Artemide continuou em pleno ritmo ainda por muitos anos, até que, em meados de 1950, caiu de uma escada. Durante os exames, os médicos descobriram que ele tinha um câncer incurável.

No dia 15 de março de 1951, ele faleceu serenamente, já com fama de santidade, após uma vida de oração, trabalho e austeridade. O Papa João Paulo II, beatificou Artemide Zati, em 2002, indicando o dia de sua morte para a celebração de seu culto. Seus restos mortais repousam na capela dos salesianos de Viedma, Argentina.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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segunda-feira, 14 de março de 2022

Por que pedimos bênção ao padre?

By Marco Iacobucci Epp | Shutterstock
Por A12

Infelizmente muitos católicos estão deixando de lado essa tradição...

Talvez não tenhamos  a dimensão do tamanho da graça que recebemos de Deus ao ter sacerdotes ao nosso lado. Por isso, muitas vezes, acabamos deixando passar despercebido, por exemplo, o valor da bênção que eles podem nos dar e acabamos perdendo esse costume.

São João Maria Vianney, proclamado pela Igreja o padroeiro dos sacerdotes, dizia: “Se eu encontrasse um sacerdote e um anjo, saudaria o sacerdote antes de saudar o anjo. O anjo é o amigo de Deus, mas o sacerdote ocupa o seu lugar”.

In persona Christi

Ao serem ordenados, os sacerdotes assumem agir inpersona Christi, ou seja, são, para nós, representantes do próprio Cristo. Por isso, o santo dizia que o padre “ocupa” o lugar de Deus, portanto, era digno de primeira saudação, antes até mesmo de um anjo. Além disso, o sacerdote recebeu de Deus o poder de trazer Cristo para o meio de nós, função que nem os anjos podem desempenhar.

Assim sendo, durante a ordenação de todo sacerdote, há dois momentos importantes: a imposição das mãos do bispo e a unção das mãos do então padre. Ao receber o óleo nas palmas de suas mãos, o sacerdote assume quatro dimensões importantes: acolher, abençoar, oferecer e consagrar.

A segunda dimensão é a que nos fala hoje. Quando pedimos a bênção de um sacerdote, é um gesto que diz que desejamos participar dessa unção recebida por ele, queremos fazer parte desta bênção. Há alguns que têm até mesmo o costume de beijar as mãos dos sacerdotes, justamente, por serem elas que trazem o Cristo para nós, são instrumentos da graça de Deus para os fiéis.

Por que muitos não pedem mais a bênção aos padres?

Pe. Camilo Júnior, missionário redentorista e membro da Comissão de Juventude do Santuário Nacional, alerta que muitas vezes não pedir bênção ao sacerdote é reflexo de pessoas que já não pedem mais a bênção aos próprios pais.

“Pedir a bênção é um costume ensinado pelos pais. Tanto para eles mesmos e familiares, quanto para os sacerdotes. Sempre há mães que falam pra suas crianças: peça bênção pro padre e a criança já estende a mãozinha. Agora, aqueles que nem bênção pedem mais aos pais, menos ainda se preocuparão em pedir para os sacerdotes”.

Portanto, não deixe de pedir bênção aos padres e participar dessa unção dada por Deus. E não se esqueça de rezar sempre pelo seu pároco e padres que você conhece. Eles são instrumentos de Deus pra nós, riqueza nos dada pela Igreja, eles precisam de nossas orações e é nossa maneira de demonstrar nossa gratidão por dedicarem suas vidas ao povo de Deus, a nós.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Uma paz sem Cruz e sem Cristo

Guadium Press
O mundo pode ser dividido entre os amigos e inimigos da Cruz de Cristo. Será esta a razão do caos no mundo?

Redação (13/03/2022 15:47Gaudium Press): A Quaresma é o período que prepara as nossas almas para o grandioso acontecimento que antecipa as festas pascais da Ressurreição: a agonia de Nosso Senhor no Horto, a flagelação, a coroação de espinhos e, por fim, sua morte de Cruz, causa de nossa salvação. Cristo, que poderia ter redimido a humanidade por um simples ato de consentimento seu, quis por um gesto de infinito amor padecer o mais atroz e repulsivo sofrimento que poderia haver: o escárnio da crucifixão.

Inimigos da Cruz de Cristo

Na liturgia deste segundo Domingo da Quaresma, a leitura da carta de São Paulo aos Filipenses ressalta o descontentamento do Apóstolo contra esta comunidade de cristãos que se portam como inimigos da Cruz:

“Já vos disse muitas vezes e agora o repito, chorando: há muitos por aí que se comportam como inimigos da cruz de Cristo” (Fl 3,18).

A partir do momento em que Cristo abraçou a sua Cruz, é impossível dissociá-Lo dela. Poderíamos afirmar então que Cruz e Cristo são um. Ora, o cristão, um outro Cristo pelo santo Batismo, é chamado a seguir os mesmos passos de seu Senhor, carregando a sua cruz. Destarte, São Paulo se lamenta daqueles que não vivem “conforme a cruz de Cristo”. O que significa isto? O Apóstolo continua:

“O fim deles é a perdição, o deus deles é o estômago, a glória deles está no que é vergonhoso e só pensam nas coisas terrenas” (Fl 3,19).

Dir-se-ia que o Apóstolo das gentes colocou como remetente desta missiva não os cristãos de Filipos, mas os homens do século XXI. Sim! Vivemos tempos de terríveis calamidades: o pecado, o caos e as guerras; mas a humanidade não quer abrir os olhos para o panorama que se descortina no horizonte. Parece querer afundar-se cada vez mais na vidinha de todos os dias, sorvendo as últimas gotas do prazer sujo e amargo de um mundo agonizante.

            Eis como segue:

“Nós, porém, somos cidadãos do céu. De lá aguardamos o nosso Salvador, o Senhor, Jesus Cristo” (Fl 3,20).

A aliança que Deus realiza com o homem exige dele a aceitação da Cruz através de uma vida íntegra e reta, mediante a qual se prova a autenticidade de seu amor, que “deve exercitar-se dia após dia na luta contra o maligno; [e que] exige do discípulo oração e sobriedade contínua”.[1]

Guadium Press

Tais exigências, contudo, devem ser acompanhadas de uma elevação de vistas para o sobrenatural, como Nosso Senhor o quis demonstrar no monte Tabor – descrito no Evangelho de hoje (Lc 9,28-36) –, transfigurando-Se diante de alguns apóstolos para revelar a sua glória, dando-lhes forças para suportar o advento do sacrifício do Calvário.

Presentemente, o mundo parece ter recusado a Cruz de Cristo, visto que o mundo anelou uma paz sem Cruz e sem Cristo; e teve a guerra sem Cristo e sem a paz da Cruz. Cabe, pois, a nós a indagação: serei amigo de Nosso Senhor, ou seu inimigo?

Por Guilherme Motta


[1] COLUNGA, Alberto; GARCÍA CORDERO, Maximiliano. Biblia Comentada. Pentateuco. Madrid: BAC, 1960, v. I, p. 192.

Obras de irmã Dulce enfrentam crise financeira por falta de reajuste em contrato com SUS

Obras Sociais Irmã Dulce. Foto: Wikimedia (CC BY 2.0)
Por Natalia Zimbrão

SALVADOR, 12 mar. 22 / 06:00 am (ACI).- No domingo, 13 de março, a morte de santa Dulce dos Pobres faz 30 anos. Em meio à programação festiva preparada em Salvador (BA) para esta data, a instituição fundada pela primeira santa brasileira, as Obras Sociais Irmã Dulce, enfrenta uma crise financeira. Para o final deste ano, a instituição prevê um déficit acumulado de R$ 44 milhões, devido à insuficiência dos valores recebidos por serviços prestados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

As Obras Sociais Irmã Dulce foram fundadas em 26 de maio de 1959, por santa Dulce dos Pobres. O projeto é fruto da trajetória da religiosa, que durante mais uma década peregrinou em busca de um local para abrigar pobres e doentes recolhidos das ruas de Salvador. As raízes da instituição datam de 1949, quando irmã Dulce, sem ter para onde ir com 70 doentes, pediu autorização a sua superiora para abrigar os enfermos em um galinheiro situado ao lado do Convento Santo Antônio, na capital baiana. O episódio fez surgir a tradição de que o maior hospital da Bahia nasceu a partir de um simples galinheiro.

“As Obras Sociais Irmã Dulce são uma instituição privada filantrópica, sem fins lucrativos. Atuamos na área da saúde, assistência social, ensino e pesquisa, educação de crianças e adolescentes. Temos uma gama de atuações, sendo que a preponderante é a saúde”, disse o assessor corporativo da OSID, Sérgio Lopes.

A OSID é conhecida como um dos maiores complexos de saúde do Brasil com atendimento 100% gratuito. A instituição é responsável pela realização de 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais, 23 mil cirurgias e 43 mil internamentos por ano na Bahia. Só na sede em Salvador, são 954 leitos hospitalares. Na capital baiana, são feitos 10,8 mil atendimentos por mês a pessoas com deficiência e 9 mil para tratamento do câncer. Entre o público acolhido pela OSID, estão pacientes oncológicos, idosos, pessoas com deficiência e com deformidades craniofaciais, crianças e adolescentes em situação de risco social, dependentes de substâncias psicoativas, pessoas em situação de rua e demais usuários do SUS.

Atualmente, porém, a OSID tem um déficit operacional de R$ 24 milhões, valor que ainda pode ser acrescido em R$ 20 milhões até o final do exercício de 2022, resultando em um déficit acumulado da ordem de R$ 44 milhões.

“Na saúde, nossa atuação 100% SUS se dá através de um contrato que, no nosso caso, é junto ao Estado da Bahia, com recursos do Ministério da Saúde”, disse Lopes. “A grande questão da crise advém justamente deste contrato, que não prevê cláusula de reajuste”.

Lopes contou que o contrato possui metas quantitativas e qualitativas que a instituição deve atingir para receber o valor acordado, além de uma parcela variável, “vinculada a procedimentos de alta complexidade, que é por produção”. Mas, a remuneração é feita com base na tabela SUS, “que há muito tempo não sofre reajuste”.

Para se ter uma ideia do aumento de gastos que a instituição enfrentou nos últimos anos, Lopes citou o caso das luvas de procedimento, que antes da pandemia em 2019 tinham custo anual de R$ 690 mil e, em 2021, o custo foi de R$ 3,4 milhões.

Além do repasse do SUS, a OSID conta também com doações. Segundo Lopes, as pequenas doações de pessoas físicas acabam “somando um valor que hoje corresponde a cerca de 10% de nossa fatura”. Na prática, essas doações deveriam ser usadas para “melhoria do parque de equipamentos, algumas ampliações”. Mas, por causa da crise financeira, os recursos estão tendo que ser usados para “suprir essa falta da relação com o SUS”.

Lopes admitiu que, enquanto instituição, a OSID poderia optar por ter um contrato com o SUS e também, eventualmente, um atendimento privado. “Mas, isso fere completamente a missão da obra e o propósito dela desde a sua fundação por irmã Dulce. O compromisso dela [santa Dulce] sempre foi com as pessoas mais humildes e é algo que é um conceito basilar nosso e não vamos mudar nunca: tudo o que ofertamos aqui tem caráter de gratuidade para a comunidade”.

O assessor corporativo afirmou que há um risco de diminuição dos serviços prestados pela OSID. “Estamos neste momento utilizando recursos de conta garantida [um tipo de linha de crédito] junto ao banco, que é um recurso caro para nós, porque tem juros envolvidos. Não vamos ter como suportar isso por muito mais tempo”, disse.

Por isso, a instituição tem adotado medidas para reduzir gastos, como renegociação de contratos, suspensão de investimentos, corte de gastos administrativos. Também está tentando “aumentar a receita, sensibilizando principalmente o poder público, buscando um aporte, e alertando a sociedade pedindo que apoie neste momento mais do antes”.

Apesar da crise, Sérgio Lopes declarou que os funcionários da OSID têm “uma crença muito grande de que a providência vai chegar”. “Estamos vivendo este momento com muita apreensão, mas ao mesmo tempo com muita fé. Santa Dulce sempre dizia que esta obra é de Deus e o que é de Deus não fecha”, afirmou.

Como um gesto simbólico, no dia 4 de março, profissionais, voluntários, pacientes, religiosos e amigos da OSID promoveram um abraço na sede da entidade, em Salvador, para alertar a população sobre a crise financeira que ameaça a continuidade dos atendimentos.

A celebração dos 30 anos da morte de santa Dulce no dia 13 de março também será marcada por este alerta e pedido de ajuda à sociedade. Durante o dia, haverá missas às 7h, 10h30, 12h e 16h. E, às 8h30, a missa festiva será celebrada pelo arcebispo de Salvador, cardeal Sérgio da Rocha.

Para colaborar com a OSID, é possível doar qualquer quantia através do PIX deuslhepague@irmadulce.org.br, ou efetuar uma doação a partir do site www.irmadulce.org.br/doeagora.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Apelo do Papa pela Ucrânia: Em nome de Deus, parem o massacre!

Refugiados chegam à estação de trem de Lviv, na Ucrânia | Vatican News

Mais um apelo: Francisco não poupa palavras para condenar o massacre de civis indefesos vítimas da guerra na Ucrânia. "Diante da barbárie da matança de crianças, de inocentes e de civis indefesos não existem razões estratégicas plausíveis", afirmou.

Vatican News

Com voz e mãos firmes, o Papa foi contundente ao pedir, mais uma vez, o fim imediato da guerra na Ucrânia ao final da oração mariana do Angelus deste domingo (13/03):

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2022/03/13/14/136472157_F136472157.mp3

"Acabamos de rezar para Nossa Senhora. Esta semana, a cidade que leva seu nome, Mariupol, se tornou uma cidade mártir da guerra desoladora que está devastando a Ucrânia. Diante da barbárie da matança de crianças, de inocentes e de civis indefesos não existem razões estratégicas plausíveis: deve-se somente cessar a inaceitável agressão armada, antes que reduza as cidades em cemitérios."

"Com dor no coração, uno a minha voz àquela das pessoas comuns, que imploram o fim da guerra. Em nome de Deus, se ouça o grito de quem sofre e se ponha fim aos bombardeios e aos ataques! Invista-se real e decididamente na negociação, e os corredores humanitários sejam efetivos e seguros."

“Em nome de Deus, eu peço: parem este massacre!”

Deus é só Deus da paz, não da guerra

O Papa pediu também um maior esforço para acolher os quem foge da guerra e que os fiéis intensifiquem as orações:

Gostaria ainda, mais uma vez, exortar ao acolhimento dos muitos refugiados, nos quais Cristo está presente, e agradecer pela grande rede de solidariedade que se formou. Peço a todas as comunidades diocesanas e religiosas que aumentem os momentos de oração pela paz. Aumentar os momentos de oração pela paz. Deus é só Deus da paz, não é Deus da guerra, e quem apoia a violência profana o seu nome. Vamos agora rezar em silêncio por quem sofre e para que Deus converta os corações a uma firme vontade de paz."

O Pontífice está acompanhando de perto tudo o que está acontecendo na Ucrânia. A seu pedido, esta semana dois cardeais, Konrad Krajewski e Michael Czerny, estiveram entre os refugiados na Polônia e na Hungria para levar a solidariedade do Papa e ajudas materiais. O esmoleiro, card. Krajewski, inclusive conseguiu ir até Lviv, cidade que os russos bombardearam nas últimas horas. Na frente diplomática o secretário de Estado, Pietro Parolin, conversou no decorrer da semana com o ministro das relações exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, para pedir o fim imediato dos bombardeiros e oferecendo a mediação da Santa Sé.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Matilde

Santa Matilde | arquisp
14 de março

Santa Matilde

Matilde era filha de nobres saxões. Nasceu em Westfalia, por volta do ano 895 e foi educada pela avó, também Matilde, abadessa de um convento de beneditinas em Herford. Por isso, aprendeu a ler, a escrever e estudou teologia e filosofia, fato pouco comum para as nobres da época, inclusive gostava de assuntos políticos. Constatamos nos registros da época que associada à brilhante inteligência estava uma impressionante beleza física e de alma. Casou-se aos catorze anos com Henrique, duque da Saxônia, que em pouco tempo se tornou Henrique I, rei da Alemanha, com o qual viveu um matrimônio feliz por vinte anos.

Foi um reinado justo e feliz também para o povo. Segundo os relatos, muito dessa justiça recheada de bondade se deveu à rainha que, desde o início, mostrou-se extremamente generosa com os súditos pobres e doentes. Enquanto a ela assistia à população e erguia conventos, escolas e hospitais, o rei tornava a Alemanha líder da Europa, salvando-a da invasão dos húngaros, regularizando a situação de seu país com a Itália e a França e exercendo ainda domínio sobre os eslavos e dinamarqueses. Havia paz em sua nação, graças à rainha, e por isso, ele podia se dedicar aos problemas externos, fortalecendo cada vez mais o seu reinado.

Mas essa bonança chegou ao fim. Henrique I faleceu e começou o sofrimento de Matilde. Antes de morrer, o rei indicou para o trono seu primogênito Oton, mas seu irmão Henrique queria o trono para si. As forças aliadas de cada um dos príncipes entraram em guerra, para desgosto de sua mãe. O exército do príncipe Henrique foi derrotado e Oton foi coroado rei assumindo o trono. Em seguida, os filhos se voltaram contra a mãe, alegando que ela esbanjava os bens da coroa, com a Igreja e os pobres. Tiraram toda sua fortuna e ordenaram que deixasse a corte, exilando-a.

Matilde, triste, infeliz e sofrendo muito, retirou-se para o convento de Engerm. Contudo, muitos anos mais tarde, Oton e Henrique se arrependeram do gesto terrível de ingratidão e devolveram à mãe tudo o que lhe pertencia. De posse dos seus bens, Matilde distribuiu tudo o que tinha para os pobres.

Preferindo continuar sua vida como religiosa permaneceu no convento onde, depois de muitas penitências e orações, desenvolveu o dom das profecias. Matilde faleceu em 968, sendo sepultada ao lado do marido, no convento de Quedlinburgo. Logo foi venerada como Santa pelo povo que propagou rapidamente a fama de sua santidade por todo mundo católico do Ocidente ao Oriente. Especialmente na Alemanha, Itália e Mônaco ainda hoje sua festa, autorizada pela Igreja, é largamente celebrada no dia 14 de março.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF