Translate

quarta-feira, 16 de março de 2022

Conversão pela educação

CF2022 | CNBB

Dom José Gislon
Bispo de Caxias do Sul (RS)

Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Este tempo da Quaresma que estamos celebrando tem um forte apelo de conversão para a nossa vida pessoal. Precisamos acreditar que a conversão sempre é possível, lembrando que os tribunais humanos julgam sempre um homem que não existe mais: não consideram aquilo que ele pode tornar-se, mas o fixam no momento do seu crime. Deus pai misericordioso deixa sempre uma possibilidade de salvação àqueles que são considerados culpados. Ele é vida e amor, e quer que nós vivamos no amor. A todos ele dá a oportunidade da conversão pessoal; o pecador pode converter-se enquanto estiver vivo, e obter de Deus, pela sua misericórdia a justificação. Da mesma forma, o justo também pode pecar.  

Deus respeita a liberdade de cada um, desde a criação do mundo. Mas com seu amor de Pai misericordioso, ele constantemente nos convida à conversão. Deus não nos julga por aquilo que fomos, mas por aquilo que somos. No seu tribunal é sempre possível libertar-se do peso do passado e salvar a vida, porque Deus quer que o homem viva. Por isso é importante a conversão. “Se o ímpio se arrepender de todos os pecados cometidos, e guardar todas as minhas leis, e praticar o direito e a justiça, viverá com certeza e não morrerá” (Ez 18,21).  

Quando Jesus começou a anunciar o Reino de Deus, revelando o rosto da misericórdia do Pai, muitos se sentiram incomodados. O passar da antiga à nova aliança faz crescer a liberdade do homem, mas somente em função de um amor maior. Por isso, as exigências da caridade se tornam mais fortes. Sem ela o culto a Deus não pode ser autentico. “Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta” (Mt 2,24). Jesus afirma que por se tratar de uma nova justiça é necessário transcender ou superar aquela dos escribas e fariseus. 

A Campanha da Fraternidade, com o tema: Fraternidade e Educação e o lema: “Fala com sabedoria, ensina com amor” (cf. Pr 31,26), nos convida a refletirmos sobre a realidade da educação. Mas não somente sobre a educação “instrução”, embora essa seja fundamental para a pessoa e a sociedade, mas também sobre a educação básica para um bom convívio social na família e na comunidade. O processo de educação, que prepara a pessoa para o convívio na comunidade, com direitos, deveres e responsabilidades, também precisa passar por um profundo processo de conversão. Todo processo de conversão e de reconciliação exige despojamento das vaidades, do orgulho e, ao mesmo tempo, atitude para dar o primeiro passo. “Quem dá o primeiro passo é sempre aquele que é bastante rico de espírito, de poder ser superior às ações dos homens, e é capaz de encontrar as palavras que possibilitam reatar uma relação, sem perder a própria dignidade” (Jean Baptiste Perrin). O cristão não é chamado a moldar-se à lei de Deus apenas com sua vida exterior, mas principalmente com o seu interior. Ele é um peregrino a caminho da casa do Pai. Um peregrino que no caminhar semeia vida e esperança. Deve proteger a vida e a criação, ao invés de deixar atrás de si um rastro de destruição e morte, que agride os irmãos e o próprio Criador. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Francisco com Kirill: Igreja deve usar a linguagem de Jesus, não da política

Líderes das Igrejas Católica e Ortodoxa da Ucrânia conversaram por
videoconferência na tarde desta quarta-feira 

"A Igreja não deve usar a linguagem da política, mas a linguagem de Jesus", concordou o Papa Francisco com o Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa. “Somos pastores do mesmo Povo Santo que crê em Deus, na Santíssima Trindade, na Santa Mãe de Deus: para isso devemos unir-nos no esforço de ajudar a paz, de ajudar os que sofrem, de buscar caminhos de paz, para deter o fogo".

Vatican News

Respondendo às perguntas dos jornalistas, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, afirmou o que segue:

“Posso confirmar que hoje, no início da tarde, ocorreu uma videoconferência entre o Papa Francisco e Sua Santidade Kirill, Patriarca de Moscou e de toda a Rússia. O encontro também contou com a presença de Sua Eminência o cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, e do metropolita Hilarion de Volokolamsk, chefe do Departamento de Relações Exteriores do Patriarcado de Moscou”.

A conversa - explicou Bruni - centrou-se na guerra na Ucrânia e no papel dos cristãos e seus pastores em fazer todo o possível para que a paz prevalecesse. O Papa Francisco agradeceu ao Patriarca por este encontro, motivado pelo desejo de indicar, como pastores de seu povo, um caminho para a paz, para rezar pelo dom da paz, para que o fogo cesse.

"A Igreja - o Papa concordou com o Patriarca - não deve usar a linguagem da política, mas a linguagem de Jesus". “Somos pastores do mesmo Povo Santo que crê em Deus, na Santíssima Trindade, na Santa Mãe de Deus: para isso devemos unir-nos no esforço de ajudar a paz, de ajudar os que sofrem, de buscar caminhos de paz, para deter o fogo".

Ambos sublinharam a excepcional importância do processo de negociação em curso porque, disse o Papa: "Quem paga a conta da guerra é o povo, são os soldados russos e é o povo que é bombardeado e morre".

“Como pastores – continuou o Santo Padre – temos o dever de estar próximos e ajudar todas as pessoas que sofrem com a guerra. Um tempo se falava também nas nossas Igrejas de guerra santa ou guerra justa, Hoje não se pode falar assim. Desenvolve-se a consciência cristã da importância da paz".

E, concordando com o Patriarca sobre o quanto "as Igrejas são chamadas a contribuir para o fortalecimento da paz e da justiça - o Papa Francisco concluiu afirmando que "as guerras são sempre injustas. Porque quem paga é o povo de Deus, nosso coração não pode deixar de chorar diante das crianças, das mulheres mortas, de todas as vítimas da guerra. A guerra nunca é o caminho. O Espírito que nos une nos pede como pastores de ajudar os povos que sofrem com a guerra”.

Papa no Angelus: Deus é o Deus da paz e não da guerra

No Angelus do último domingo, o Papa Francisco fez um forte apelo pelo fim do conflito, afirmando que “Deus é apenas o Deus da paz, ele não é o Deus da guerra, e aqueles que apoiam a violência profanam o seu nome”:

Irmãos e irmãs, acabámos de rezar à Virgem Maria. Esta semana, a cidade que tem o seu nome, Mariupol, tornou-se uma cidade mártir da guerra devastadora que assola a Ucrânia. Perante a barbárie do assassínio de crianças, de inocentes e de civis indefesos, não há razões estratégicas que justifiquem: a única coisa a fazer é pôr fim à inaceitável agressão armada, antes que ela reduza as cidades a cemitérios. Com pesar no coração uno a minha voz à do povo que implora o fim da guerra. Em nome de Deus, que se ouçam os gritos de sofrimento e que cessem os bombardeamentos e ataques! Que se vise verdadeira e decididamente a negociação, e que os corredores humanitários sejam eficazes e seguros. Em nome de Deus, peço-vos: parai este massacre! Gostaria, uma vez mais, de exortar ao acolhimento dos muitos refugiados, nos quais Cristo está presente, e agradecer pela grande rede de solidariedade que se formou. Peço a todas as comunidades diocesanas e religiosas que aumentem os momentos de oração pela paz. Deus é apenas o Deus da paz, ele não é o Deus da guerra, e aqueles que apoiam a violência profanam o seu nome. Agora oremos em silêncio por quantos sofrem e para que Deus converta os corações a uma firme vontade de paz.

No encontro em Havana, a condenação do conflito

Em 12 de fevereiro de 2016, antes da chegada no México, o Papa Francisco teve um histórico encontro com o Patriarca Kirill no Aeroporto Internacional José Martí, em Havana, oportunidade em que foi assinada uma declaração conjunta. Um dos tópicos fazia referência justamente ao conflito em andamento na Ucrânia:

Deploramos o conflito na Ucrânia que já causou muitas vítimas, provocou inúmeras tribulações a gente pacífica e lançou a sociedade numa grave crise económica e humanitária. Convidamos todas as partes do conflito à prudência, à solidariedade social e à atividade de construir a paz. Convidamos as nossas Igrejas na Ucrânia a trabalhar por se chegar à harmonia social, abster-se de participar no conflito e não apoiar ulteriores desenvolvimentos do mesmo. Esperamos que o cisma entre os fiéis ortodoxos na Ucrânia possa ser superado com base nas normas canônicas existentes, que todos os cristãos ortodoxos da Ucrânia vivam em paz e harmonia, e que as comunidades católicas do país contribuam para isso de modo que seja visível cada vez mais a nossa fraternidade cristã.

A declaração também faz uma exortação:

Exortamos todos os cristãos e todos os crentes em Deus a suplicarem, fervorosamente, ao Criador providente do mundo que proteja a sua criação da destruição e não permita uma nova guerra mundial. Para que a paz seja duradoura e esperançosa, são necessários esforços específicos tendentes a redescobrir os valores comuns que nos unem, fundados no Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.

Fonte:https://www.vaticannews.va/pt

Ex-bispo anglicano é ordenado padre católico

Catherine Williams, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

O pe. Jonathan Goodall, que se converteu em 2021, recebeu a ordenação católica neste sábado, 12 de março.

Ex-bispo anglicano, o agora padre católico Jonathan Goodall, convertido em 2021, recebeu a ordenação sacerdotal neste sábado, 12 de março, em ceromônia celebrada pelo cardeal Vincent Nichols, arcebispo de Westminster, na Inglaterra.

Ele agora será pároco da igreja de São Guilherme de York (Saint William), em Londres.

Ex-bispo anglicano convertido à Igreja Católica

Jonathan Goodall foi bispo anglicano de Ebbsfleet, na Inglaterra, e anunciou em 3 de setembro de 2021 que renunciará ao ministério anglicano:

“Tomei a decisão de renunciar como bispo de Ebbsfleet para ser recebido na plena comunhão com a Igreja Católica Romana, após um longo período de oração, que foi um dos períodos mais difíceis da minha vida. A vida na comunhão da Igreja da Inglaterra modelou e alimentou o meu discipulado como cristão católico ao longo de muitas décadas. Foi aqui que recebi, pela primeira vez e durante metade da minha vida como sacerdote e bispo, a graça sacramental da vida e da fé cristãs. Sempre conservarei e serei grato por isso”.

Goodall, de 60 anos de idade, era bispo de Ebbsfleet desde 2013. Ele prosseguiu:

“Tenho a confiança de que todos vocês acreditarão que eu tomei a minha decisão como uma forma de dizer sim ao novo chamado e convite de Deus, e não como uma forma de dizer não ao que conheci e experimentei na Igreja da Inglaterra, com a qual tenho uma grande dívida”.

Jonathan Goodall prestou apoio às comunidades anglicanas que não reconhecem a ordenação presbiteral e episcopal de mulheres, aprovada faz alguns anos na Igreja da Inglaterra. Ele mantém ainda vínculos muito importantes com a abadia de Westminster, já que ali foi capelão desde 1992 e vigário desde 2004.

O atual arcebispo anglicano de Canterbury, Justin Welby, emitiu um comunicado de imprensa, naquele mesmo dia 3 de setembro, declarando aceitar a decisão de Goodall e ser-lhe grato pelos anos de “ministério e fiel serviço” à sua comunidade.

Outros bispos anglicanos convertidos ao catolicismo

Jonathan Goodall é o segundo bispo de Ebbsfleet que decide aderir plenamente à Igreja Católica. Em 2010, Andrew Burnham renunciou ao bispado anglicano e, após formalizar a sua comunhão com a Igreja, foi ordenado sacerdote católico e passou a exercer o ministério no Ordinariato Pessoal de Nossa Senhora de Walsingham. Ele hoje é pároco católico.

Na mesma época, também renunciaram ao episcopado anglicano para se converterem oficialmente ao catolicismo os reverendos Keith Newton, ex-bispo de Richborough, e John Broadhurst, de Fulham.

Antes ainda, o reverendo Graham Leonard, que havia sido bispo de Londres de 1981 até 1991, havia decidido aderir plenamente à Igreja Católica em 1993.

Os bispos anglicanos que mais recentemente aderiram à fé católica foram o reverendo Peter Forster, de Chester, se converteu ao catolicismo em uma cerimônia privada realizada na Escócia ao final de 2021, e o reverendo Michael Nazir-Ali, de Rochester, que também já foi ordenado sacerdote católico em outubro de 2021.

Um dos mais célebres casos de clérigo anglicano convertido ao catolicismo é do cardeal Newman, canonizado pelo Papa Francisco em 2019 como São John Henry Newman. Conheça a sua história acessando o artigo recomendado logo abaixo desta matéria.

Quanto a Jonathan Goodall, ele finalizou a notícia da sua conversão declarando:

“Estou profundamente grato a todos os que generosamente apoiaram a Sarah e a mim ao longo destes anos, em especial aos leigos e ao clero de Ebbsfleet, que foi o centro e a alegria do meu ministério e devoção desde que me tornei bispo em 2013. Foi um privilégio imenso. Espero poder servir à Igreja no futuro, da forma como eu venha a ser chamado a servir”.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Senhor, perdoai-nos a guerra

Papa Francisco durante audiência geral | Vatican Media

Na dor pela guerra, o Papa Francisco convidou os presentes na audiência geral desta quarta-feira, realizada na Sala Paulo VI, no Vaticano, a rezar todos juntos a Deus, Pai de Misericórdia, num veemente pedido de perdão ao Senhor pela guerra em curso na Ucrânia.

Vatican News

Ao término da audiência geral desta quarta-feira, 16 de março, na Sala Paulo VI, no Vaticano, na qual o Papa prosseguiu sua série de catequeses dedicada aos anciãos, Francisco leu uma oração escrita pelo arcebispo de Nápoles, sul da Itália, dom Mimmo Battaglia, intitulada “Senhor, perdoai-nos a guerra”, à qual o Pontífice fez alguns acréscimos.

“Queridos irmãos e irmãs, na dor por esta guerra, façamos uma oração juntos, pedindo ao Senhor o perdão e pedindo a paz”, disse Francisco.

A seguir, na íntegra, a oração:

Senhor, perdoai-nos a guerra.

Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tende piedade de nós, pecadores.

Senhor Jesus, nascido sob as bombas de Kiev, tende piedade de nós.

Senhor Jesus, que morrestes nos braços da mãe num bunker em Kharkiv, tende piedade de nós.

Senhor Jesus, que vedes ainda as mãos armadas à sombra de vossa cruz, tende piedade de nós.

Perdoai-nos, Senhor,

perdoai-nos se, não contentes com os pregos com os quais transpassamos vossa mão, continuamos a beber do sangue dos mortos dilacerados pelas armas.

Perdoai-nos se estas mãos, que criastes para cuidar, se tornaram instrumentos de morte.

Perdoai-nos, Senhor, se continuamos a matar nosso irmão, perdoai-nos se continuamos como Caim a remover pedras de nosso campo para matar Abel. Perdoai-nos, Senhor, se continuamos a justificar a crueldade com nosso cansaço, se com nossa dor legitimamos a crueldade de nossas ações.

Senhor, perdoai-nos a guerra. Senhor, perdoai-nos a guerra.

Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, nós vos imploramos! Detenhais a mão de Caim!

Iluminai a nossa consciência,

que não seja feita a nossa vontade,

não nos abandoneis às nossas próprias ações!

Detenhais-nos, Senhor, detenhais-nos!

E quando tiverdes detido a mão de Caim, tende conta dele também. Ele é nosso irmão.

Ó Senhor, colocai um freio à violência!

Detenhais-nos, Senhor!

Amém.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santo Heriberto

S. Heriberto | arquisp
16 de março

Santo Heriberto

Heriberto foi arcebispo de Colônia, na Alemanha, ainda muito moço, pois sua religiosidade brotara ainda na infância. Conta a história que, no dia em que nasceu, em 970, filho de descendentes dos condes de Worms, notou-se uma extraordinária luz pairando sobre a casa de seus pais. O fenômeno teria durado várias horas e marcado para sempre a vida de Heriberto, que caminhou reto para o caminho da santidade.

Como desde pequeno mostrava vocação para a religião e os estudos, seus pais o entregaram ao convento de Gorze. Ali, Heriberto descobriu para si e para o mundo que era extremamente talentoso, mas decidiu-se pela ordenação sacerdotal, que ocorreu em 995. Com o decorrer do tempo cursou diversas escolas, chegando a ser considerado o homem mais sábio de seu tempo. E foi nesta condição que o imperador Oton III o nomeou chanceler, seu assessor de maior confiança. Sua fama e popularidade cresceram, não só devido à sabedoria, mas também pela humildade e a caridade que praticava com todos. Assim, foi eleito bispo de Colônia, em 999.

Quando Oton III morreu, o imperador que o sucedeu, Henrique II, também acabou tornando-se admirador de Heriberto, apesar da oposição que lhe fez no início. Uma vez que o bispo Heriberto o consagrou rei sem nenhuma contestação. E por fim o novo rei Henrique II o chamou para ser seu conselheiro.

Então, a obra caridosa do bispo pôde então continuar. Os registros mostraram que, depois de fundar um hospital para os pobres, Heriberto visitava os doentes todos os dias, cuidando deles pessoalmente. Diz a tradição que, certa vez, houve na cidade uma grande seca, ficando sem chover por meses. O bispo comandou um jejum de três dias e, finalmente, uma procissão de penitência pedindo chuva aos céus. Como nem assim choveu, Heriberto comovido começou a chorar na frente do povo, culpando-se pela seca. Dizia que seus pecados é que impediam Deus de fazer misericórdia. Mas, um fato prodigioso aconteceu nesse momento, imediatamente o céu escureceu e uma forte chuva caiu sobre a cidade, durando alguns dias e pondo fim à estiagem.

Com fama de santidade ainda em vida, o bispo Heriberto morreu no dia 16 de março de 1021, numa viagem de visita pastoral à cidade de Deutz, onde contraiu uma febre maligna que assolava a população. Suas relíquias estão na catedral dessa cidade, na Colônia, Alemanha. Na igreja que ele mesmo fundou junto com o mosteiro ao lado, que foi entregue aos beneditinos.

Amado pelos fiéis a peregrinação à sua sepultura difundiu seu culto que se tornou vigoroso em toda a Europa, especialmente na Itália e na Alemanha, país de sua origem. Foi canonizado em 1227, pelo Papa Gregório IX que autorizou o culto à Santo Heriberto, já tradicionalmente festejado pelos devotos no dia 16 de março.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

terça-feira, 15 de março de 2022

Igreja em Brasília é furtada em R$ 15 mil

Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição | Vatican News
BRASILIA, 14 mar. 22 / 03:10 pm (ACI).- Na madrugada da última quinta-feira, 10 de março, a igreja paroquial Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Sobradinho (DF), a 20 km de Brasília, foi roubada. Segundo a polícia, os ladrões levaram três freezers, copos, talheres e roupas usadas pelos padres nas celebrações. O prejuízo é de R$ 15 mil.

A ocorrência foi registrada na 13a DP da cidade. Ao chegar para o trabalho, logo pela manhã, o zelador da paróquia encontrou os cadeados de dois portões arrombados. Como a Igreja não tem câmeras de segurança, a polícia vai trabalhar com outras câmeras da região para investigar o furto.

Até o momento um suspeito foi identificado. Não é a primeira vez que a igreja sofre um furto.

"Já não me assusta o barulho das bombas", diz sacerdote brasileiro em Kiev

Pe. Lucas Perozzi celebrando a Eucaristia | Vatican News

Padre Lucas Perozzi Jorge não tem intenção de abandonar a capital da Ucrânia, não obstante a Rússia tenha começado a bombardear a cidade: “A decisão já foi tomada na primeira vez. Agora já não tem volta. Eu poderia até escapar da guerra, mas a minha cruz (meu sofrimento interior) me deixaria?"

Bianca Fraccalvieri – Vatican News

“Tudo em paz.” Esta pode ser uma resposta comum quando perguntamos a alguém como está, mas soa surpreendente quando quem responde está em Kiev, capital da Ucrânia.

Mas é assim que o sacerdote brasileiro Lucas Perozzi Jorge responde às mensagens diárias no Whatsapp. O Vatican News o contatou pela primeira vez na Quarta-feira de Cinzas e passadas duas semanas, ele continua lá:

“Parece que tudo o que está acontecendo é a norma. Como se eu tivesse acostumado a tudo o que está acontecendo. Já não me assusta o barulho de bombas etc... Mas ainda há uma forte expectativa: do que vai acontecer? O que continua sustentando é sempre a mesma convicção da Vida Eterna. Saber que sempre existe uma saída, e que quando parece que já está tudo acabado, o Pai aparece consolando e salvando, tirando da situação de desespero e de sofrimento.”

Padre Lucas não tem intenção de abandonar a capital, não obstante a Rússia tenha começado a bombardear a cidade:

“A decisão já foi tomada na primeira vez. Agora já não tem volta. Eu poderia até escapar da guerra, mas a minha cruz (meu sofrimento interior) me deixaria? O sofrimento iria comigo. Por isso, prefiro este sofrimento e estar experimentando a graça de Deus, do que estar exteriormente tranquilo e sozinho.”

O sacerdote pertence ao Caminho Neocatecumenal e é vigário da Igreja da Dormição da Santíssima Virgem Maria. Das 35 pessoas acolhidas inicialmente, duas famílias conseguiram deixar a cidade. Atualmente, cerca de 30, entre membros da comunidade e paroquianos, estão vivendo dentro da Igreja, numa parte segura que fica no subsolo. Ainda há água, comida, eletricidade e calefação. Para reverter esta situação, Padre Lucas não tem dúvidas:

“Com certeza quando os corações duros forem amolecidos. Ou seja, quando nos convertermos de todo o coração ao Pai que é Amor para cada um de nós.”

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Beato Artemide Zati

Beato Artemide Zati | arquisp
15 de março

Beato Artemide Zati

Artemide era italiano, nasceu em Boreto, no dia 12 de dezembro de 1880, sendo batizado nesse mesmo dia. Os seus pais, Albina Vechi e Luís Zati, eram muito pobres e o levavam para trabalhar com eles nas plantações rurais. Devido a imensa dificuldade financeira, em 1897 a família emigrou para a Argentina, com destino a Baía Blanca, onde se fixaram.

Durante dois anos, o jovem Artemide trabalhou numa olaria, fabricando tijolos, enquanto freqüentava a paróquia dos salesianos, cujo pároco, se tornou um grande amigo e seu diretor espiritual. Ao completar vinte anos, demonstrando grande espiritualidade, seguiu o conselho do pároco, ingressando no seminário salesiano de Bernal, como aspirante.

Nesta ocasião foi encarregado de dar assistência a um jovem sacerdote tuberculoso, desta maneira contraiu também o vírus desta doença, que até então era incurável. Foi enviado para a Patagônia, cujo ar muito puro da cidade de Viedma, associado ao tratamento no hospital de São José, eram os mais indicados para a cura.

Passando um longo período de convalescença, se tornou sensível ao problema das pessoas pobres que sofriam nos hospitais e nas casas, quase sempre sem ter condições para comprar os remédios do tratamento. Assim, aconselhado pelo padre Garrone, diretor do hospital, prometeu à Virgem Auxiliadora, que se consagraria ao cuidado dos enfermos, caso fosse curado, fato que ocorreu gradualmente durante dois anos, quando recebeu alta hospitalar.

Em1906, entrou no noviciado e passados cinco anos fez a profissão perpétua. Nesse mesmo ano, o padre Garrone faleceu e Artemide convocado para gerir o hospital e administrar a farmácia. Seis anos depois, em 1917, ele se diplomou como enfermeiro e farmacêutico, aprimorando seu ministério e dedicação aos enfermos, com o conhecimento e o saber nestas áreas da medicina.

Quando, em 1935, foi consagrado o novo bispo de Viedma, por falta de uma sede episcopal adequada na Patagônia, ficou decidido que o hospital de São José seria demolido, para alí se construir o edifício da Cúria. Entretanto a atividade hospitalar de Artemide continuou em pleno ritmo ainda por muitos anos, até que, em meados de 1950, caiu de uma escada. Durante os exames, os médicos descobriram que ele tinha um câncer incurável.

No dia 15 de março de 1951, ele faleceu serenamente, já com fama de santidade, após uma vida de oração, trabalho e austeridade. O Papa João Paulo II, beatificou Artemide Zati, em 2002, indicando o dia de sua morte para a celebração de seu culto. Seus restos mortais repousam na capela dos salesianos de Viedma, Argentina.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

segunda-feira, 14 de março de 2022

Por que pedimos bênção ao padre?

By Marco Iacobucci Epp | Shutterstock
Por A12

Infelizmente muitos católicos estão deixando de lado essa tradição...

Talvez não tenhamos  a dimensão do tamanho da graça que recebemos de Deus ao ter sacerdotes ao nosso lado. Por isso, muitas vezes, acabamos deixando passar despercebido, por exemplo, o valor da bênção que eles podem nos dar e acabamos perdendo esse costume.

São João Maria Vianney, proclamado pela Igreja o padroeiro dos sacerdotes, dizia: “Se eu encontrasse um sacerdote e um anjo, saudaria o sacerdote antes de saudar o anjo. O anjo é o amigo de Deus, mas o sacerdote ocupa o seu lugar”.

In persona Christi

Ao serem ordenados, os sacerdotes assumem agir inpersona Christi, ou seja, são, para nós, representantes do próprio Cristo. Por isso, o santo dizia que o padre “ocupa” o lugar de Deus, portanto, era digno de primeira saudação, antes até mesmo de um anjo. Além disso, o sacerdote recebeu de Deus o poder de trazer Cristo para o meio de nós, função que nem os anjos podem desempenhar.

Assim sendo, durante a ordenação de todo sacerdote, há dois momentos importantes: a imposição das mãos do bispo e a unção das mãos do então padre. Ao receber o óleo nas palmas de suas mãos, o sacerdote assume quatro dimensões importantes: acolher, abençoar, oferecer e consagrar.

A segunda dimensão é a que nos fala hoje. Quando pedimos a bênção de um sacerdote, é um gesto que diz que desejamos participar dessa unção recebida por ele, queremos fazer parte desta bênção. Há alguns que têm até mesmo o costume de beijar as mãos dos sacerdotes, justamente, por serem elas que trazem o Cristo para nós, são instrumentos da graça de Deus para os fiéis.

Por que muitos não pedem mais a bênção aos padres?

Pe. Camilo Júnior, missionário redentorista e membro da Comissão de Juventude do Santuário Nacional, alerta que muitas vezes não pedir bênção ao sacerdote é reflexo de pessoas que já não pedem mais a bênção aos próprios pais.

“Pedir a bênção é um costume ensinado pelos pais. Tanto para eles mesmos e familiares, quanto para os sacerdotes. Sempre há mães que falam pra suas crianças: peça bênção pro padre e a criança já estende a mãozinha. Agora, aqueles que nem bênção pedem mais aos pais, menos ainda se preocuparão em pedir para os sacerdotes”.

Portanto, não deixe de pedir bênção aos padres e participar dessa unção dada por Deus. E não se esqueça de rezar sempre pelo seu pároco e padres que você conhece. Eles são instrumentos de Deus pra nós, riqueza nos dada pela Igreja, eles precisam de nossas orações e é nossa maneira de demonstrar nossa gratidão por dedicarem suas vidas ao povo de Deus, a nós.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Uma paz sem Cruz e sem Cristo

Guadium Press
O mundo pode ser dividido entre os amigos e inimigos da Cruz de Cristo. Será esta a razão do caos no mundo?

Redação (13/03/2022 15:47Gaudium Press): A Quaresma é o período que prepara as nossas almas para o grandioso acontecimento que antecipa as festas pascais da Ressurreição: a agonia de Nosso Senhor no Horto, a flagelação, a coroação de espinhos e, por fim, sua morte de Cruz, causa de nossa salvação. Cristo, que poderia ter redimido a humanidade por um simples ato de consentimento seu, quis por um gesto de infinito amor padecer o mais atroz e repulsivo sofrimento que poderia haver: o escárnio da crucifixão.

Inimigos da Cruz de Cristo

Na liturgia deste segundo Domingo da Quaresma, a leitura da carta de São Paulo aos Filipenses ressalta o descontentamento do Apóstolo contra esta comunidade de cristãos que se portam como inimigos da Cruz:

“Já vos disse muitas vezes e agora o repito, chorando: há muitos por aí que se comportam como inimigos da cruz de Cristo” (Fl 3,18).

A partir do momento em que Cristo abraçou a sua Cruz, é impossível dissociá-Lo dela. Poderíamos afirmar então que Cruz e Cristo são um. Ora, o cristão, um outro Cristo pelo santo Batismo, é chamado a seguir os mesmos passos de seu Senhor, carregando a sua cruz. Destarte, São Paulo se lamenta daqueles que não vivem “conforme a cruz de Cristo”. O que significa isto? O Apóstolo continua:

“O fim deles é a perdição, o deus deles é o estômago, a glória deles está no que é vergonhoso e só pensam nas coisas terrenas” (Fl 3,19).

Dir-se-ia que o Apóstolo das gentes colocou como remetente desta missiva não os cristãos de Filipos, mas os homens do século XXI. Sim! Vivemos tempos de terríveis calamidades: o pecado, o caos e as guerras; mas a humanidade não quer abrir os olhos para o panorama que se descortina no horizonte. Parece querer afundar-se cada vez mais na vidinha de todos os dias, sorvendo as últimas gotas do prazer sujo e amargo de um mundo agonizante.

            Eis como segue:

“Nós, porém, somos cidadãos do céu. De lá aguardamos o nosso Salvador, o Senhor, Jesus Cristo” (Fl 3,20).

A aliança que Deus realiza com o homem exige dele a aceitação da Cruz através de uma vida íntegra e reta, mediante a qual se prova a autenticidade de seu amor, que “deve exercitar-se dia após dia na luta contra o maligno; [e que] exige do discípulo oração e sobriedade contínua”.[1]

Guadium Press

Tais exigências, contudo, devem ser acompanhadas de uma elevação de vistas para o sobrenatural, como Nosso Senhor o quis demonstrar no monte Tabor – descrito no Evangelho de hoje (Lc 9,28-36) –, transfigurando-Se diante de alguns apóstolos para revelar a sua glória, dando-lhes forças para suportar o advento do sacrifício do Calvário.

Presentemente, o mundo parece ter recusado a Cruz de Cristo, visto que o mundo anelou uma paz sem Cruz e sem Cristo; e teve a guerra sem Cristo e sem a paz da Cruz. Cabe, pois, a nós a indagação: serei amigo de Nosso Senhor, ou seu inimigo?

Por Guilherme Motta


[1] COLUNGA, Alberto; GARCÍA CORDERO, Maximiliano. Biblia Comentada. Pentateuco. Madrid: BAC, 1960, v. I, p. 192.

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF