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quinta-feira, 24 de março de 2022

Conferência episcopal dos EUA “em oração” pela decisão que pode reverter Roe x Wade

Imagem ilustrativa / Pixabay

WASHINGTON DC, 23 mar. 22 / 03:19 pm (ACI).- O arcebispo de Los Angeles, dom José Gomez, presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB, na sigla em inglês), e os presidentes de vários comitês da USCCB, falaram sobre a decisão da Suprema Corte que poderia reverter a decisão Roe x Wade, que liberou o aborto nos EUA em 1973.

“Enquanto nossa nação aguarda a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos em Dobbs x Jackson Women's Health Organization, nos unimos em oração e esperança de que os estados possam mais uma vez proteger mulheres e crianças da injustiça do aborto", disse o comunicado divulgado em 21 de março.

“Ao afirmar o valor de cada vida humana, acolhemos com beneplácito a possibilidade de salvar incontáveis crianças por nascer, assim como evitar que as mulheres e famílias vivam a dor do aborto”, continua a mensagem.

Em 1º de dezembro, a Suprema Corte dos EUA ouviu os argumentos orais sobre a constitucionalidade da lei do Estado do Mississipi que proíbe o aborto a partir da 15ª semana de gestação, caso conhecido como Dobbs x Jackson Women's Health Organization.

Uma decisão a favor da lei pró-vida do Mississippi pode afetar as decisões em Roe x Wade de 1973 e Planned Parenthood x Casey de 1992.

A USCCB diz “depois de quase meio século de aborto legalizado, mais de 65 milhões de crianças morreram por aborto e um número incalculável de mulheres, homens e famílias sofrem as consequências”.

"A Igreja Católica tem uma longa história de serviço aos mais vulneráveis ​​e continua sendo a maior prestadora privada de serviços sociais nos Estados Unidos", disse a organização, um "testemunho em palavras e obras da beleza e a dignidade de cada vida humana, incluindo mãe e filho”.

O comunicado afirma que a ajuda a milhões de pessoas é dada por meio de "ministérios e agências diocesanas, hospitais católicos e sistemas de saúde, clínicas de imigração, abrigos e escolas e paróquias católicas".

Também “através de comunidades religiosas, dos centros de assistência à gravidez, dos serviços de reassentamento de refugiados, das agências de adoção e lares adotivos, das maternidades e ministérios paroquiais”.

Os presidentes dos comitês da USCCB também pediram que o país “priorize o bem-estar de mulheres, crianças e famílias com recursos materiais e acompanhamento pessoal, para que nenhuma mulher se sinta forçada a escolher entre seu futuro e a vida de seu filho”.

Proclamamos uma visão para nossa sociedade que defende a verdade de que toda vida humana é sagrada e inviolável.

Compromissos da USCCB

A USCCB se compromete a "redobrar os esforços para acompanhar mulheres e casais que enfrentam gestações inesperadas ou difíceis, e durante os primeiros anos de paternidade, proporcionando-lhes cuidados amorosos e compassivos por meio de iniciativas como Walking with Moms in Need (Caminhando com mães necessitadas) e muitas outras".

A organização também quer garantir que “as paróquias católicas sejam lugares acolhedores para mulheres que enfrentam gravidezes desafiadoras ou lutam para cuidar de seus filhos após o parto, para que qualquer mãe que precise de assistência receba apoio vital e esteja conectada aos programas e recursos apropriados onde possa conseguir ajuda".

Eles também se comprometeram a “ajudar os católicos a reconhecer as necessidades das gestantes e mães em suas comunidades, permitindo que os fiéis conheçam essas mães, as escutem e as ajudem a conseguir as necessidades da vida para si e seus filhos”.

Outra promessa é procurar “ser testemunhas do amor e da vida, ampliando e melhorando a extensa rede de atenção integral que inclui centros de assistência à gravidez, maternidades e agências católicas de saúde e serviços sociais”.

A USCBB anunciou que redobrará sua "defesa de leis que garantam o direito à vida dos nascituros e que nenhuma mãe ou família fique sem recursos básicos necessários para cuidar de seus filhos, independentemente de sua raça, idade, situação imigratória ou qualquer outro fator".

Fonte: https://www.acidigital.com/

O Papa: a fé dos idosos é o "catecismo" da vida para os jovens

Papa Francisco saúda fiéis presentes na Sala Paulo VI antes da Audiência Geral
(Vatican Media)

Na Audiência Geral, o Papa Francisco deu continuidade a suas catequeses sobre o tema da velhice, propondo o exemplo de Moisés que, no fim de seus dias, proclama o nome do Senhor, transmitindo às novas gerações a herança de sua história vivida com Deus. Como seria bonito, afirma o Papa, se a transmissão da fé ainda se realizasse assim, pela boca dos idosos.

Adriana Masotti - Cidade do Vaticano.

“Porque vou proclamar o nome do Senhor, dar glória ao nosso Deus. Ele é o Rochedo, perfeita é a sua obra, justos todos os seus caminhos; é Deus de lealdade, não de iniquidade, ele é justo, ele é reto. (Dt 32, 3-4)”

Moisés tinha cento e vinte anos, segundo o relato bíblico, no momento em que pronunciou este cântico e estava no limiar da terra prometida e no final de sua vida. O cântico é uma confissão de fé, afirma o Papa, com a qual transmite a experiência com Deus aos seus descendentes. Poder fazer isso, diz Francisco, é um grande dom para os jovens:

Escuta pessoas e direta da história é insubstituível

A escuta pessoal e direta da história, da história de fé vivida, com todos os seus altos e baixos, é insubstituível. Lê-la em livros, assisti-la em filmes, consultá-la na internet, por mais útil que seja, nunca mais será a mesma coisa. Esta transmissão - que é a verdadeira tradição! – a transmissão concreta do idoso ao jovem, faz muita falta esta transmissão hoje, e sempre mais, às novas gerações. Por quê? Porque esta civilização novo tem a ideia de que os idosos são material de descarte, os velhos são descartados. Esta é a brutalidade! Não, não está certo! A narrativa direta, de pessoa para pessoa, tem tons e formas de comunicação que nenhum outro meio pode substituir.

Francisco se pergunta se hoje somos capazes de reconhecer e de honrar esse dom que vem dos idosos ou se, antes, tentamos prescindir dele e observa que alguns gostariam até mesmo de "abolir o ensino da história, como uma informação supérflua sobre mundos que não mais atuais, que tira recursos do conhecimento do presente”.

Os idosos, memória viva de um povo

Posso dar um testemunho pessoal. Aprendi o ódio e a raiva à guerra com meu avô que combateu no Piave, em 14 (1914), e ele me transmitiu essa raiva à guerra. Porque ele me contou sobre os sofrimentos de uma guerra. E isso não se aprende nem nos livros ou em outro lugar... aprende-se assim, transmitindo-a dos avós para os netos. E isso é insubstituível. A transmissão da experiência de vida dos avós para os netos. Hoje infelizmente não é assim e pensamos que os avós são material de descarte: não! Eles são a memória viva de um povo e os jovens e as crianças devem ouvir seus avós.

O Papa constata depois que muitas vezes à transmissão da fé "falta a paixão própria de uma 'história vivida'". Portanto, carece de capacidade atrativa:

Certo, as histórias de vida devem ser transformadas em testemunho, e o testemunho deve ser leal. A ideologia que curva a história a seus próprios padrões certamente não é correta; a propaganda, que adapta a história à promoção do próprio grupo, não é correta; não é correto fazer da história um tribunal em que todo o passado é condenado e se desencoraja todo futuro. Não. Ser leal é contar a história como ela é, e só quem a viveu pode contá-la bem. Por isso é muito importante ouvir os velhos, ouvir os avós: que as crianças conversem com eles.

Os próprios Evangelhos narram honestamente a história abençoada de Jesus sem esconder os erros, as incompreensões e até mesmo as traições dos discípulos. Esta é a história, é a verdade, isso é testemunho. Este é o dom da memória que os "anciãos" da Igreja transmitem, desde o início, passando-o "de mão em mão" à geração seguinte.

A fé se transmite "em dialeto"

Fará bem nos perguntarmos: quanto valorizamos esta forma de transmitir a fé, passando o bastão entre os anciãos da comunidade e os jovens abertos ao futuro?

E aqui me vem em mente algo que já disse muitas vezes, mas gostaria de repetir. Como a fé é transmitida? "Ah, aqui está um livro, estude-a": não! Assim, a fé não pode ser transmitida. A fé se transmite em dialeto, ou seja, na fala familiar, dos avós aos netos, entre pais e netos. A fé é sempre é transmitida em dialeto, naquele dialeto familiar e experiencial dos anos. Por isso é tão importante o diálogo em família, o diálogo das crianças com os avós que são aqueles que têm a sabedoria da fé.

Reevocar com comoção as bênçãos de Deus

Às vezes, eu reflito sobre essa estranha anomalia. O catecismo da iniciação cristã baseia-se generosamente na Palavra de Deus e transmite informações precisas sobre dogmas, sobre a moral da fé e sobre os sacramentos. Mas muitas vezes, porém, falta um conhecimento da Igreja que nasce da escuta e do testemunho da história real da fé e da vida da comunidade eclesial, desde os primórdios até os dias de hoje. Quando crianças aprendemos a Palavra de Deus nas salas de catecismo; mas a Igreja se "aprende" quando jovens, nas salas de aula e nos meios de informação globais.

A narração da história da fé deveria ser como o Cântico de Moisés, como o testemunho dos Evangelhos e dos Atos dos Apóstolos. Ou seja, uma história capaz de reevocar com comoção as bênçãos de Deus e com lealdade as nossas falhas.

Seria belo se houvesse, desde o início, nos itinerários catequéticos, também o hábito de ouvir a experiência vivida pelos idosos, a lúcida confissão das bênçãos recebidas de Deus, que devemos guardar, e o testemunho sincero de nossas faltas de fidelidade, que devemos reparar e corrigir.

Os anciãos entram na terra prometida, que Deus deseja para cada geração, quando oferecem aos jovens a bela iniciação do seu testemunho. Então, guiados pelo Senhor Jesus, idosos e jovens entram juntos no seu Reino de vida e de amor.

"O Senhor disse [a Moisés]:" Esta é a terra que prometi a Abraão, Isaque e Jacó, "'Verás, pois, defronte de ti a terra que darei aos israelitas, mas não entrarás nela!'"

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Catarina da Suécia

Sta. Catarina da Suécia | arquisp
24 de março

Santa Catarina da Suécia

Catarina foi ao mesmo tempo filha, discípula e companheira inseparável da mãe, Santa Brígida, a maior expressão religiosa feminina da história da Suécia. Nascida num berço nobre e cristão, Catarina nasceu em 1331 e recebeu educação e cultura com sólida base religiosa. Aos sete anos de idade, foi entregue às Irmãs do convento de Risberg, que souberam desenvolver totalmente sua vocação, cristalizando os ensinamentos cristãos que já vinha recebendo desde o berço.

Mas, circunstâncias políticas e sociais fizeram com que a jovem tivesse que se casar com um nobre da corte, Edgar, que além de fervoroso cristão era doente. Assim, decidiu aceitar o voto de castidade que Catarina fizera e ele mesmo resolveu adota-lo, vivendo tranqüilos como irmãos. Quando Edgard, ficou paralítico, Catarina passou a cuidar dele com todo carinho e generosidade.

Por ocasião da morte do pai de Catarina, sua mãe Brígida resolveu se voltar totalmente para a vida religiosa, iniciando-a com uma romaria aos túmulos dos apóstolos, em Roma. Pouco tempo depois Catarina conseguiu a autorização do marido para encontrar-se com a ela. Mas, quando estavam em Roma receberam a notícia da morte de Edgard. Então, ambas fizeram os votos e vestiram o hábito de religiosas e não se separaram mais. Catarina ajudou e acompanhou todo o trabalho de caridade e evangelização desenvolvido pela mãe. Fundaram juntas o duplo mosteiro de Vadstena, na Suécia, do qual Brígida foi abadessa, criando a Ordem de São Salvador, cujas religiosas são chamadas de brigidinas.

Catarina, como sua assistente, seguiu-a em todas as viagens perigosas, em seu país e no exterior, sendo muita vezes salvas por um cervo selvagem que sempre aparecia para socorrer Catarina. Foi após uma peregrinação à Terra Santa, que Brígida veio a falecer, em Roma. Catarina acompanhou o corpo de volta para a Suécia e foi recebida com aclamação popular, junto com os restos mortais da mãe, que já era venerada por sua santidade.

Os registros relatam mais fatos prodigiosos, ocorridos com a nova abadessa, pois Catarina foi eleita sucessora da mãe no convento. Eles contam que alguns pretendentes queriam que ela abandonasse os votos e o hábito depois a morte de Edgard. Um, mais audacioso, ao tentar atacá-la, teria ficado cego e só recuperado a visão depois de se ajoelhar aos seus pés e pedir perdão, quando abriu os olhos viu ao lado de Catarina um cervo selvagem. Por isso, nas suas representações sempre há um cervo junto dela.

Entretanto, a rainha-mãe Brígida, depois de falecida passou a operar prodígios, segundo muitos devotos e peregrinos que afirmavam ter alcançado graças por sua intercessão. Por isso, a pedido do povo e das autoridades da corte, a abadessa Catarina foi a Roma requerer do Sumo Pontífice a canonização da mãe, em nome da população do seu país. Alí viveu por cinco anos, interna de um convento onde ficaram registrados sua extrema disciplina, o senso de caridade e a humildade com que tratava os doentes e necessitados.

Catarina, quando voltou para a Suécia, já era portadora de grave enfermidade, talvez pelas horas de duras penitências que praticava. Tinha cinqüenta anos de idade quando faleceu, no dia 24 de março de 1381.

O papa Inocente VIII, confirmou o culto de Santa Catarina da Suécia, em 1484. Mas o seu culto já era muito vigoroso em toda a Europa, uma vez que segundo a população romana ela teria salvado a cidade da inundação do rio Tevere cuja cheia já havia derrubado os diques que o continham.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

quarta-feira, 23 de março de 2022

O que significa consagrar um país a Maria?

Patricia De Melo Moreira | AFP
Por I. Media

E como se pode consagrar um país se nem todos nele são cristãos?

O Papa Francisco fará um gesto histórico a 25 de Março de 2022, festa da Anunciação. Enquanto a ofensiva russa em território ucraniano começa o seu 2º mês, o Papa consagrará a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria. Ele convidou todos os bispos e sacerdotes do mundo a juntarem-se à consagração.

Consagrar significa “dedicar-se a um propósito sagrado”. O termo é frequentemente usado no vocabulário da Igreja para lugares (igrejas), pessoas (religiosos ou leigos consagrados) e objetos litúrgicos, e, no coração da fé cristã, para a consagração da Eucaristia.

Também se pode consagrar pessoalmente a Cristo através de Maria, consagrar-se a Maria, ou a outros santos. A partir da Idade Média, este processo pessoal estendeu-se a cidades e depois a países. Assim, Luís XIII consagrou a França a Maria em 1638, um processo que mais tarde foi imitado por bispos e papas, para países e lugares específicos, e mesmo para o mundo inteiro. A primeira consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria foi feita por Pio XII, durante a Segunda Guerra Mundial, a 31 de Outubro de 1942.

Países

Muitos países já foram consagrados ao Imaculado Coração de Maria. Os bispos portugueses consagraram Portugal no dia 13 de Maio de 1931. A Polónia foi consagrada em 1946 e a Austrália em 1948.

Mais recentemente, o Congo consagrou-se ao Imaculado Coração de Maria a 4 de Fevereiro de 2017, na presença do Cardeal Parolin, Secretário de Estado da Santa Sé. A 18 de Fevereiro de 2017, Inglaterra e País de Gales foram consagrados pelo Cardeal Vincent Nichols, Arcebispo de Westminster. Alguns meses mais tarde, os bispos da Escócia também consagraram o seu país ao Imaculado Coração de Maria, a 3 de Setembro de 2017.

Há dois anos, a 25 de Março de 2020, no início da pandemia de Covid-19, 24 países foram consagrados ao Imaculado Coração de Maria e ao Sagrado Coração de Jesus em Fátima para invocar a proteção do Senhor e da Virgem Maria face à epidemia.

Os países consagrados (ou que renovaram a sua consagração) foram: Albânia, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Cuba, República Dominicana, Guatemala, Hungria, Índia, Quénia, México, Moldávia, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Polónia, Portugal, Roménia, Eslováquia, Espanha e Timor Leste.

A Jesus através de Maria

Como se pode consagrar um país inteiro quando nem todos os seus habitantes são crentes em Deus? A consagração de um país é de fato uma consagração ofertada: não é uma consagração formal (que requer consentimento), mas uma intercessão para o país.

Na sua exortação apostólica Reconciliatio et poenitentia, João Paulo II explicou o processo:

Nas mãos desta Mãe, cujo «fiat», na expressão de muitos autores, assinalou o início daquela «plenitude dos tempos» que viu ser realizada por Cristo a reconciliação do homem com Deus e ao seu Coração Imaculado — ao qual tenho repetidamente entregado e confiado toda a humanidade, turbada pelo pecado e dilacerada por tantas tensões e conflitos — confio agora de modo especial esta intenção: que, por sua intercessão, a mesma humanidade descubra e percorra o caminho da penitência, o único que a poderá conduzir à plena reconciliação!

Isto implica, como diz João Paulo II, um caminho de conversão.

Tomando Maria como mãe, uma “dupla” proteção

Saint Louis Marie Grignion de Montfort, um grande devoto da Virgem Maria, explicou que consagrarmo-nos a Maria é como tomar a Virgem como mãe: “Consagrar-se a Maria é muito precisamente escolhê-la como Mãe, não só para a proteção física das nossas pessoas, mas ainda mais, e antes de mais, para lhe conferir por direito próprio a plenitude do poder materno sobre a nossa alma. A mãe, na família humana, tem poder sobre os seus filhos. Ela protege-os de duas maneiras. Protegendo dos perigos e ameaças, por vezes sem que eles sequer o saibam. Aconselhando-os e orientando-os, para que façam bom uso da sua liberdade”.

Embora respeitando a liberdade de cada pessoa, um ato de consagração exige uma conversão dos corações. Numa mensagem de rádio dirigida à Bélgica, Pio XII especificou: “Ao colocar as suas atividades pessoais, familiares e nacionais sob a égide de Maria, invoca-se a sua protecção e a sua ajuda em todos os seus esforços, mas também promete-se não empreender nada que a possa desagradar, e também conformar toda a sua vida à sua direção e pedidos”.

Portanto, se desejamos apoiar o ato de consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria, é sem dúvida bom começar por converter as nossas almas e agir como homens e mulheres de acordo com o coração de Deus.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Filhos de ninguém

Guadium Press
O terrível destino dos bebês gerados na Ucrânia por barrigas de aluguel.

Redação (22/03/2022 12:19Gaudium Press) Todos os dias nos levantamos, fazemos a higiene pessoal, tomamos nosso café, alguns rezam, outros não, e seguimos para a nossa rotina diária, que vai até o fim do dia, quando, após o jantar, nos deitamos novamente para dormir. Alguns sonham, outros não e, na manhã seguinte, nos levantamos, fazemos a higiene pessoal, tomamos nosso café…

Quase sempre, reclamamos de alguma coisa, seja do trânsito, do clima, das tarefas que temos a fazer, dos chefes, dos colegas de trabalho, dos familiares, dos atendentes das lojas ou dos supermercados, da falta de tempo, do cansaço, da política ou do sinal ruim da internet, que atrapalha a nossa fuga para o mundo virtual, onde tentamos acalmar as nossas mazelas nos vídeos, nos grupos de conversa fiada, nas redes sociais.

No entanto, nos últimos tempos, estamos sendo constantemente retirados de nossas zonas de conforto – ou de desconforto –, por acontecimentos pesados como a pandemia, que parece estar indo embora, e a guerra da Ucrânia, que vem substitui-la e já impacta o mundo todo. E, em circunstâncias como essas, é levantado o pesado véu de duras realidades que acabam nos conduzindo a verdadeiros cenários de filmes de horror.

Imagens de bombardeios, pessoas feridas, corpos sendo jogados em valas comuns, filas intermináveis de refugiados cruzando as fronteiras, crianças chorando: tudo isso nos causa doloroso impacto. Mas, há outros aspectos terríveis que, certamente, não chamariam a nossa atenção se não fossem desnudados pela guerra. Coisas seríssimas, mas que, por estarem acontecendo (aparentemente) longe, não possuem força suficiente para furar o cerco de nossa monótona vida de dias iguais e pequenas reclamações.

Mães de aluguel

Uma dessas coisas é o nefasto comércio de seres humanos que tem ocorrido em várias partes do mundo e do qual a Ucrânia é um dos principais mercados. Anualmente, são produzidas entre 2.000 e 2.500 crianças nessas condições naquele país, onde há cerca de 40 clínicas da chamada “gestação de substituição”, popularmente conhecida como “barriga de aluguel”. 90% dos contratantes são estrangeiros, o que, até o início da guerra, colocava o país como o principal destino do chamado “turismo reprodutivo”.

Há vários outros países que realizam legalmente esse procedimento imoral, como Reino Unido, Bélgica, Holanda, Grécia, Geórgia, República Checa, Estados Unidos, Austrália, Índia, Canadá, Colômbia. Porém, na Ucrânia, é mais barato. Um bebê, novinho em folha, está saindo por uma quantia entre 40 e 65 mil euros (algo entre 220 e 350 mil reais). Nos Estados Unidos, por exemplo, uma barriga de aluguel não sai por menos de U$ 110 mil, podendo chegar a U$ 130 mil (entre 540 e 650 mil reais).

O único fator que impedia que o negócio fosse ainda mais próspero na Ucrânia é que o país coloca algumas restrições: só aceita produzir filhos para casais heterossexuais, oficialmente casados e com problemas médicos de infertilidade. Nos Estados Unidos ou na Colômbia, por exemplo, essa exigência não existe, paga e leva quem tem dinheiro, independentemente de ser uma pessoa sozinha ou um casal do mesmo sexo.

Uma das etapas do processo desse tipo de reprodução é a fertilização in vitro, quando o óvulo é fecundado em laboratório e, após o período necessário para o amadurecimento do embrião – cerca de cinco dias – ele é transferido para o útero da mãe de aluguel. O óvulo a ser fecundado pode ser da mãe pagante ou obtido através de ovodoação (ou “ovovenda”, para ser mais exato, porque o verbo “doar” não tem aplicação prática nesse tipo de transação). Entra em cena, então, uma terceira mãe, que pode ser escolhida em um catálogo, de acordo com características como altura, peso, cor de cabelo e olhos, tipo de nariz, etc. Para dar mais pompa ao negócio, usam-se termos bonitos. Não se diz, por exemplo, “pagar à doadora”, mas, “dar a ela uma compensação”.

A guerra e a “mercadoria”

Mas, a guerra chegou e a situação se complicou. Recentemente, entre um bombardeio e outro, vimos notícias e imagens de 21 recém-nascidos em bercinhos de plástico, num abrigo improvisado num porão, nos arredores de Kiev. Quem são essas crianças? Onde estão as suas famílias? As mães que alugaram os seus úteros para que elas fossem gestadas provavelmente fugiram ou estão tentando fugir para salvar as suas vidas, e os pais que encomendaram a “mercadoria” estão em várias partes do mundo, amargando o desespero de terem perdido o seu investimento e talvez nunca poderem tirar os bebês daquele país. São os filhos de ninguém, que simplesmente, foram deixados para trás.

Tudo isso lhe parece terrível? Calma, tem mais! Como o aborto é legal naquele país, após a invasão da Rússia (onde o aborto também é legal) as agências de barriga de aluguel estão pedindo para as grávidas abortarem, pois sabem que a situação de conflito não garante a finalização dos contratos e, sem a entrega dos bebês saudáveis e em perfeitas condições, não há pagamento, logo, o negócio está sofrendo um grande golpe!

Um grande problema, não é mesmo? Muitos estão preocupados com a situação das mulheres ucranianas, que agora carregam na barriga filhos que não são seus, e com os quais foram treinadas para não estabelecer vínculos de afetividade. Elas precisam deixar o país por causa da guerra, então, ou abortam ou deixam nascer as crianças que não são delas e pelas quais elas provavelmente não receberão, pois nem todos os contratantes poderão se dirigir ao país para buscar a encomenda.

Cabe lembrar que, do montante informado, apenas uma pequena parte é dada como pagamento ou “compensação” às donas dos úteros alugados. O preço por esse “trabalho” vai de 8 a 10 mil euros (entre 40 e 50 mil reais), e não há qualquer garantia de que elas receberão o valor estipulado ou de que alguém se responsabilizará por esses bebês se algo der errado. E deu.

Outros lamentam o sofrimento dos “pais” que contrataram os serviços. Casais de diversas partes do mundo que, por não aceitarem as condições impostas a eles pela vida, decidiram fazer do seu jeito e gastar o seu dinheiro comprando bebezinhos bonitinhos, gestados num país que agora sofre uma terrível invasão. Eles seguem as regras do livre comércio, afinal, o dinheiro é deles e gastam como quiserem… Até não muito tempo atrás, compravam-se escravos para os serviços domésticos ou das lavouras; hoje, compram-se filhos. E, tanto naquela época, como agora, tudo parece absolutamente normal.

Filhos de Deus

A minha preocupação não é com nenhuma dessas pessoas, que usam o seu livre-arbítrio para fazerem aquilo que acham que é certo, seja comprar ou seja vender/alugar, sem dar muita importância para valores éticos e morais. A minha preocupação é com as crianças. Elas não são coisinhas, não são brinquedinhos. São seres humanos, são filhos de Deus, são nossos semelhantes, e agora estão lá, sem culpa nenhuma, esquecidos, sem nome, sem carinho, sem calor humano, sem amamentação, sem cuidados adequados e sem qualquer segurança de que serão levadas para o destino a elas reservado.

Minha preocupação é com esses e com tantos outros que ainda estão em alguma barriga, mas que, em breve, não passarão de vísceras e que não merecerão nem mesmo a vala comum onde estão sendo jogados os cadáveres das pessoas mortas nos bombardeios.

É revoltante escrever sobre isso e, há cinco dias, eu estou procrastinando esta tarefa, porque me revira o estômago, altera os meus batimentos cardíacos e dilacera a minha alma, fazendo nela um estrago maior do que as bombas que derrubam prédios históricos nas cidades ucranianas e que o mundo inteiro lamenta.

De acordo com a agência BioTexCom, responsável por 25% desse hediondo comércio, entre 200 e 300 mães de aluguel devem dar à luz nos próximos três meses. Essa empresa é a dona dos 21 bebês que mencionamos acima, que estão num bunker no subúrbio de Kiev, sendo cuidadas por seis funcionárias da empresa.

O rico comércio já tinha sido prejudicado durante a pandemia, quando cerca de 1.000 bebês não puderam ser retirados da Ucrânia, muitos deles indo parar em abrigos, para uma possível adoção, ou sabe-se lá que triste fim.

Preocupação só com o dinheiro?

A clínica IVMED está preocupada com a parte logística da matéria-prima para a fabricação de gente, e informou que já transportou 17 armazéns congelados, com 12.000 embriões e óvulos armazenados, da zona de guerra para países vizinhos. Claro está que a preocupação é com os lucros e a manutenção do negócio após o fim do conflito.

Talvez as pessoas devessem tirar, por um tempo, a capa de herói que foi colocada sobre as costas do presidente Volodymyr Zelensky e transferi-la para pessoas como essas moças que permanecem naquele porão, cuidando dos bebês, dentro das condições possíveis, enquanto ouvem as bombas caindo ao redor.

Duas delas disseram a um repórter francês que não tiveram coragem de fugir e abandonar os recém-nascidos. Antonina Yefimovich, que é mãe de duas meninas, contou que a sua família já deixou o país, mas que ela não vai fazer a mesma coisa, porque se sente responsável pelos bebês, que “são indefesos e precisam de cuidados”. Ela disse ainda que tem muita esperança que, ao final de tudo isso, os “pais” consigam ir buscar as crianças.

A Igreja, obviamente, tem uma posição totalmente contrária a essa prática, que trata como mercadoria não apenas a criança, mas também a mãe, que comercializa o próprio corpo. Embora se solidarize com o sofrimento das mulheres afetadas pela esterilidade, a Igreja se opõe à descriminalização das barrigas de aluguel, cuja prática se baseia na instrumentalização do corpo feminino, transformando-o em ferramenta de produção, o que fere a dignidade humana.

Embora se possa argumentar que a mulher que aluga o seu corpo o faz de forma voluntária e perfeitamente consciente, a prática da barriga de aluguel contradiz o princípio de indisponibilidade do corpo, conceito que nos preserva da mercantilização do corpo humano e tenta evitar que os mais pobres sejam tentados a abdicar da sua dignidade vendendo o único bem que possuem: o próprio corpo. E, para quem argumente que não se trata de um comércio e sim de ajuda a mulheres estéreis, a Igreja leva ao questionamento: você já viu mulheres ricas emprestando seus úteros a mulheres pobres?

Podemos pensar sobre a situação econômica precária que leva uma mulher a aceitar esse tipo de “ocupação” em troca de dinheiro, ou no desvario dos casais que são capazes de fazer qualquer coisa para ter um filho e, provavelmente, pagariam pelo aluguel de uma máquina, se já tivesse sido inventada uma capaz de gestar crianças. E, claro, é quase impossível não nos comovermos com a situação desses indefesos bebês.

Justiça divina

No entanto, há uma dor mais profunda e muito maior do que todas essas. E é nessa dor que eu sugiro que cada um pense. Refiro-me à dor da Mãe de todas as mães. Pensem nas lágrimas e no sofrimento de Nossa Senhora diante desta situação.

Em uma de suas aparições, Ela disse que segurava o braço do Seu filho, numa tentativa de adiar os castigos e nos dar mais algum tempo para nos emendarmos e nos convertermos. Porém, o seu lamento, diante de tamanhas tragédias, é tão grande e suas lágrimas tão abundantes que talvez ela precise usar as duas mãos para enxugar seu rosto, deixando, assim, de ter meios de segurar o braço da justiça de Deus, que estará, então, desimpedido para fazer o que precisa ser feito.

Aí, sim, haverá choro e ranger de dentes, e isso incluirá a cada um de nós, que nos conformamos em tratar como normal os mais gritantes absurdos ou, simplesmente, não nos importamos, porque precisamos acordar de manhã, fazer a higiene pessoal, tomar nosso café e adormecer novamente, reclamando por bagatelas, enquanto, no mundo, se instala o caos, pintado de suaves cores e enfeitado com os sorrisos de crianças rosadinhas e lindas, os filhos de ninguém, que hoje, em meio a uma guerra insana, simplesmente, estão sendo deixados para trás.

Por Afonso Pessoa

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Papa Francisco fala ao telefone com o presidente da Ucrânia

Encontro entre o papa Francisco e Zelensky em fevereiro de 2020
Crédito: Vatican Media

KIEV, 22 mar. 22 / 03:01 pm (ACI).- O papa Francisco e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, conversaram por telefone hoje (22) de manhã.

“Hoje falei com Sua Santidade o papa Francisco e ele disse palavras muito importantes”, disse Zelensky ao Parlamento italiano através de videoconferência.

Segundo o presidente, Francisco disse: "Eu entendo que você quer a paz, eu entendo que você tem que defender, os militares defendem, os civis defendem sua pátria, todos a defendem".

O presidente da Ucrânia respondeu: “nosso povo se transformou no exército, quando viu o mal que o inimigo traz”.

Zelensky falou sobre a conversa com o papa em sua conta oficial no Twitter.

“Contei a Sua Santidade sobre a difícil situação humanitária e sobre o bloqueio dos corredores de ajuda por parte das forças russas. O papel mediador da Santa Sé para pôr um fim ao sofrimento humano seria bem-vindo. Agradeci-lhe por suas orações pela paz e pela Ucrânia", escreveu Zelensky na rede social.

O telefonema de terça-feira não foi o primeiro entre o papa e o presidente ucraniano desde o início da guerra. O papa Francisco e Zelensky já haviam falado em 26 de fevereiro.

O primeiro encontro entre os dois foi em fevereiro de 2020.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Uma Quaresma pela Paz (IV) - “Não ofendam mais a Deus"

"Aproveitemos esses dias para fazermos uma boa confissão" | Vatican News

Na quarta reflexão da Quaresma, Pe. Rafhael Silva Maciel afirma: "A chamada do Papa Francisco para que nos unamos a ele no Ato da Consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria acontecerá dentro de uma Celebração Penitencial, com confissões individuais. Esse dado deveria nos chamar a atenção: a verdadeira devoção à Nossa Senhora leva os fiéis ao Sacramento da Reconciliação".

Vatican News

No Evangelho do 3º Domingo da Quaresma (Lc 13,1-9), por duas vezes lemos a mesma advertência da parte de Jesus: “Mas se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo” (Lc 13,3.5). Sem muito esforço, lembramos que essa mesma mensagem nos foi transmitida bem no início da Quaresma, na Quarta de Cinzas: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15). Sabemos que a Quaresma é esse tempo especial que a graça de Deus nos concede todos os anos, através da Igreja, para que possamos dar passos ainda mais firmes em nosso caminho de conversão. Mas, não é só preciso saber, devemos tomar uma decisão!

A oração inicial da Missa do 3º Domingo da Quaresma, nos recordava os remédios eficazes para que possamos fazer nosso itinerário de conversão: “Ó Deus, fonte de toda misericórdia e de toda bondade, vós nos indicastes o jejum, a esmola e a oração como remédio contra o pecado. Acolhei esta confissão da nossa fraqueza para que, humilhados pela consciência de nossas faltas, sejamos confortados pela vossa misericórdia.” (MR, III Dom. Quaresma).

Eis a sabedoria pedagógica da Igreja, que está sempre a nos recordar os meios eficazes para nossa conversão, para nossa “mudança de mentalidade”. Somos chamados pelo próprio Senhor a mudar nossa mentalidade mesquinha e egoísta, utilizando-nos do jejum para quebrar nosso orgulho e nossa luxúria; a esmola para quebrar nosso egoísmo e avareza; a oração para quebrar nossa prepotência e sede de poder.

Exatamente na estrada de “uma Quaresma pela Paz”, com grande alegria e esperança recebemos o convite do Santo Padre Francisco, para nos unirmos a ele no Ato de Consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria, no próximo dia 25 de março. Assim, se faz mais uma vez eco ao apelo da sempre Virgem Maria, em suas aparições na Cova da Iria, em Fátima, Portugal. As aparições de Fátima, sem dúvida, estão muito conectadas com o mistério da Revelação Divina, em Nosso Senhor Jesus Cristo. Se a Igreja nos apresenta na sua liturgia quaresmal um apelo constante à conversão, os pedidos de Nossa Senhora em Fátima não fazem outra coisa a não ser corroborar o chamado à mudança de mentalidade que Jesus Cristo veio nos fazer.

Rezem o terço, façam penitência! Era isso que Nossa Senhora pedia aos pastorzinhos, no dia 13 de julho de 1917: “continuem a rezar o terço todos os dias, em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer”Primeiro pilar da conversão: a Oração. Mais especificamente, a sempre Virgem Maria pede a oração pelo fim da guerra. Ousaria dizer, que a guerra, para além daquela promovida pela violência das armas, como estamos assistindo, também pode se esconder nas guerras “fratricidas” entre aqueles que promovem a discórdia com fofocas, com falsas notícias, com ideologias horrendas que atingem os fundamentos da família e da religião, que promovem o aborto, a eutanásia, enfim.

Naquela mesma visão que os pequenos pastores tiveram em 13 de julho de 1917, a Venerável serva de Deus, Ir. Lúcia, narra que viram “o Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência”Eis os dois outros pilares da conversão: a esmola e o jejum. Em uma sociedade em que o prazer a todo custo, o poder e o dinheiro parecem falar mais alto, a mensagem evangélica das aparições de Fátima chama os fiéis à mortificação e ao sacrifício; em meio às ideologias político-econômicas do consumismo, às ideologias de gênero e do relativismo permissivo, a Mensagem de Fátima é tão atual quanto foi em 1917.

A chamada do Papa Francisco para que nos unamos a ele no Ato da Consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria acontecerá dentro de uma Celebração Penitencialcom confissões individuais. Esse dado deveria nos chamar a atenção: a verdadeira devoção à Nossa Senhora leva os fiéis ao Sacramento da Reconciliação, nos leva diante do tribunal da misericórdia e nos interpela a mudarmos nossa mentalidade, tantas vezes afetada pelas insídias de Satanás. Ao nos aproximarmos do confessionário pedimos o perdão a Jesus, que “não é fruto dos nossos esforços, mas uma dádiva, um dom do Espírito Santo, que nos enche da água da misericórdia e de graça que brota incessantemente do Coração aberto de Cristo Crucificado e Ressuscitado” (Francisco, Audiência 19.02.2014). Aproveitemos, então, esses dias para fazermos uma boa confissão e, mais uma vez, oferecer nossas penitências pelo fim da guerra, por intercessão do Imaculado Coração de Maria.

Roma, 23 de março de 2022

Pe. Rafhael Silva Maciel

Missionário da Misericórdia

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Turíbio de Mongrovejo

S. Turíbio de Mongrovejo | arquisp
23 de março

São Turíbio de Mongrovejo

Turíbio Alfonso de Mongrovejo nasceu na cidade de Majorca de Campos, Leon, na Espanha, em 1538, no seio de uma família nobre e rica. Estudou em Valadolid, Salamanca e Santiago de Compostela, licenciado em direito e foi membro da Inquisição. Sua vida era pautada pela honestidade e lisura, mas, jamais poderia suspeitar que Deus o chamaria para um grande ministério. Quando então foi nomeado Arcebispo para a América espanhola, pelo Papa Gregório XIII, atendendo um pedido do rei Felipe II, da Espanha, que tinha muita estima por Turíbio.

O mais curioso é que ele teve de receber uma a uma todas as ordens de uma só vez até finalizar com a do sacerdócio, para em 1580, ser consagrado Arcebispo da Cidade dos Reis, chamada depois Lima, atual capital do Peru, aos quarenta anos de idade. Isso ocorreu porque apesar de ser tonsurado, isto é, ter o cabelo cortado como os padres, ainda não pertencia ao clero. E, foi assim que surgiu um dos maiores apóstolos da Igreja, muitas vezes comparado a Santo Ambrósio.

Chegando à América espanhola em 1581, ficou espantado com a miséria espiritual e material em que viviam os índios. Aprendeu sua língua e passou a defendê-los contra os colonizadores, que os exploravam e maltratavam. Era venerado pelos fiéis e considerado um defensor enérgico da justiça, diante dos opressores.

Apoiado pela população, organizou as comunidades de sua diocese e depois reuniu assembléias e sínodos, convocando todos os habitantes para a evangelização. Sob sua direção, foram realizados dez concílios diocesanos e os três provinciais que formaram a estrutura legal da Igreja da América espanhola até o século XX. Inclusive, o Sínodo Provincial de Lima, em 1582, foi comparado ao célebre Concílio de Trento. Conta-se que neste sínodo, com fina ironia, Turíbio desafiou os espanhóis, que se consideravam tão inteligentes, a aprenderem uma nova língua, a dos índios.

Quando enviou um relatório ao rei Felipe II, em 1594, dava conta de que havia percorrido quinze mil quilômetros e administrado o sacramento da crisma a sessenta mil fiéis. Aliás, teve o privilégio e a graça de crismar três peruanos, que depois se tornaram santos da Igreja: Rosa de Lima, Francisco Solano e Martinho de Porres.

Turíbio fundou o primeiro seminário das Américas e pouco antes de morrer doou suas roupas, inclusive as do próprio corpo, aos pobres e aos que o serviram, gesto, que revelou o conteúdo de toda sua vida. Faleceu no dia 23 de março de 1606, na pequena cidade de Sanã, Peru. Foi canonizado em 1726, pelo Papa Bento XIII, que declarou São Turíbio de Mongrovejo "apóstolo e padroeiro do Peru", para ser celebrado no dia do seu trânsito.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

terça-feira, 22 de março de 2022

Dom Paulo Cezar celebra a consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria

arqbrasilia

Dom Paulo Cezar celebra a consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria, na Catedral de Brasília na próxima sexta-feira (25).

Na próxima sexta-feira, 25 de março, às 13h, na Catedral Metropolitana de Brasília Nossa Senhora Aparecida, Dom Paulo Cezar, Arcebispo de Brasília, celebrará a Consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria. O Momento de oração acontecerá em comunhão com toda a Igreja, atendendo a convocação feita pelo Papa Francisco que, na tarde do dia 25, presidirá o rito de consagração dos dois países ao Imaculado Coração de Maria, em Roma.

A oração que marcará o rito do próximo dia 25, foi enviada pelo Santo Padre para os bispos do mundo inteiro. Assim, todos os fiéis da Arquidiocese de Brasília são convidados a se fazerem presentes, na Catedral de Brasília, neste momento especial de oração que inspira a paz e esperança em tempos de guerra.

Transmissão pela rádio e mídias sociais

A transmissão da consagração será feita pelo canal do YouTube da Arquidiocese de Brasília e pela Rádio Arquidiocesana Nova Aliança 710 AM e 103,3 FM.

Clique aqui para definir lembrete no YouTube

Vínculo com as aparições de Nossa Senhora de Fátima

Na aparição de 13 de julho de 1917, em Fátima, Nossa Senhora havia pedido a consagração da Rússia a seu Imaculado Coração que, se este pedido não fosse atendido, a Rússia espalharia “seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja”. Após as aparições de Fátima houve vários atos de consagração ao Imaculado Coração de Maria: Pio XII consagrou o mundo inteiro em 31 de outubro de 1942 e em 7 de julho de 1952 consagrou os povos da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, com a Carta Apostólica Sacro vergente anno. Paulo VI, em 21 de novembro de 1964 e João Paulo II em 7 de junho de 1981, 13 de maior de 1982. Em memória do Fiat pronunciado por Maria no momento da Anunciação, em 25 de março de 1984, na Praça São Pedro, em união espiritual com todos os bispos do mundo, previamente “convocados”, João Paulo II confiou todos os povos ao Imaculado Coração de Maria.

Em junho de 2000, quando a Santa Sé revelou a terceira parte do segredo de Fátima, o então secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, arcebispo Tarcisio Bertone, destacou que a Irmã Lúcia, numa carta de 1989, havia pessoalmente confirmado que o ato de consagração realizado por João Paulo II em 1984 correspondia ao que Nossa Senhora havia pedido. (Com informações Vatican News)

Agora, no próximo dia 25 de março de 2022, o Papa Francisco consagrará a Rússia junto a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria, unindo-se a ele bispos do mundo inteiro.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Ucrânia: padres celebrarão a Missa nos abrigos antiaéreos

Krysja | Shutterstock - Sviatoslav Shevchuk: lembrou que
São Miguel Arcanjo é padroeiro de Kiev | ALETEIA
Por Francisco Vêneto

"O povo de Kiev não poderá ir à igreja porque há toque de recolher... Então a Igreja irá até eles", declarou o arcebispo-maior de Kiev.

Padres celebrarão a Santa Missa nos abrigos antiaéreos da Ucrânia, declarou neste domingo, 27 de fevereiro, o arcebispo-mor de Kiev-Halych, Sviatoslav Shevchuk, que é também o líder da Igreja Greco-Católica Ucraniana, uma tradição em plena comunhão com a Igreja Católica.

Ele divulgou um vídeo no qual ressalta a importância de se continuar participando da Missa mesmo em plena guerra:

“Hoje é domingo, 27 de fevereiro de 2022. Superamos mais uma noite terrível. Mas depois da noite vem o dia, vem a manhã; depois da escuridão vem a luz. Neste domingo celebraremos o Ressuscitado presente entre nós, presente na Ucrânia. Mas o povo de Kiev não poderá ir à igreja porque há toque de recolher e todas as pessoas devem ficar em casa para não arriscar sua vida”.

O arcebispo líder dos católicos da Ucrânia continuou, apresentando uma solução:

“Então a Igreja irá até eles. Os nossos sacerdotes descerão aos porões, aos abrigos antiaéreos, e celebrarão ali a Divina Liturgia. A Igreja está com o seu povo. A Igreja de Cristo leva o Salvador Eucarístico até aqueles que estão passando por momentos críticos na sua vida, que precisam de força e esperança na Ressurreição”.

Dom Sviatoslav finalizou o vídeo com um pedido aos católicos:

“Hoje eu quero pedir a todos os que possam ir para a igreja: vão e participem da Divina Liturgia! Vão e participem da Divina Liturgia. Vão hoje para a confissão e recebam todos a Comunhão. Recebam hoje o Cristo Eucarístico em sacrifício por aqueles que não podem ir até as igrejas, para oferecer a Sagrada Comunhão pelos nossos soldados – hoje a nossa vida está nas mãos deles. Ofereçam o sacrifício eucarístico pelos feridos, pelos que estão desanimados, pelos refugiados qu estão nas estradas desta guerra tortuosa na Ucrânia”.

Em seguida, o arcebispo-mor agradece a todos os que estão lutando para defender a Ucrânia.

https://youtu.be/1nF9y2lMrIA

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF