Translate

sexta-feira, 1 de abril de 2022

Vergonha e indignação: o pedido de perdão do Papa aos indígenas do Canadá

Papa Francisco | Vatican News

"Já disse e repito: sinto vergonha e dor pelo papel que vários católicos, em especial com responsabilidade educacional, tiveram em tudo o que os feriu; nos abusos e na falta de respeito por sua identidade, cultura e até mesmo valores espirituais. Tudo isto é contrário ao Evangelho de Jesus", disse o Papa, encerrando uma semana de encontros com delegações indígenas do Canadá.

Bianca Fraccalvieri - Vatican News

Vergonha, dor e indignação: estes foram os sentimentos expressos pelo Papa Francisco ao receber esta manhã, no Vaticano, delegações de indígenas canadenses.

No decorrer desta semana, o Pontífice manteve encontros com três grupos - First Nations, Métis e Inuit - que sofreram as consequências da colonização, cujo último episódio público foi a descoberta de valas comuns no terreno da Kamloops Indian Residential School.

Entre o final de 1800 e o início de 1900, o governo canadense instituiu escolas residenciais para que as crianças indígenas assimilassem a cultura dos colonizadores. As escolas foram confiadas às Igrejas cristãs locais, entre elas a católica. Nessas escolas, os estudantes sofreram abusos e maus-tratos.

Colonização ideológica: deplorável ontem e hoje

Em seu discurso, Francisco afirmou que ouviu com atenção os testemunhos, “imaginando as histórias e as situações”, e agradeceu por terem aberto o seu coração, no desejo de caminhar juntos.

De tudo o que ouviu, o Papa salientou alguns aspectos, como a sabedoria dos povos originários resumida nesta frase: “É preciso pensar sete gerações à frente quando se toma uma decisão”.

“É o contrário do que acontece nos nossos dias”, comentou o Papa, pois não se considera o futuro das próximas gerações. Ao invés, o elo entre idosos e jovens é indispensável, deve ser cultivado e protegido. Esta mesma sabedoria se manifesta também no cuidado da Criação, valorizada como “um dom dos céus”.

Mas a união com o território sofreu um duro golpe, infligido pela colonização, disse ainda Francisco. Sem respeito, muitos indígenas foram arrancados de seu ambiente vital e uniformizados a outra mentalidade.

“Assim a sua identidade e sua cultura foram feridas, muitas famílias separadas e muitos jovens se tornaram vítimas desta ação de homologação, amparada pelo ideal de que o progresso ocorra por colonização ideológica.”

É algo, denunciou mais uma vez o Papa, que acontece ainda hoje.

https://youtu.be/xKyWn5hLhYE

Vergonha, dor e indignação

A este ponto, Francisco pronunciou as palavras mais tocantes do seu discurso, ao recordar o sofrimento e a tristeza provocados pelos traumas sofridos:

“Tudo isso suscitou em mim dois sentimentos: indignação e vergonha.”

Indignação porque é injusto aceitar o mal e é pior ainda habituar-se a ele. Sem indignação, memória e compromisso de aprender com os erros, os problemas não se resolvem, como comprova a guerra que vemos nesses dias.

“E sinto também vergonha. Já disse e repito: sinto vergonha e dor pelo papel que vários católicos, em especial com responsabilidade educacional, tiveram em tudo o que os feriu; nos abusos e na falta de respeito por sua identidade, cultura e até mesmo valores espirituais. Tudo isto é contrário ao Evangelho de Jesus.”

Pela deplorável conduta daqueles membros da Igreja Católica, o Papa pediu perdão a Deus e “gostaria de lhes dizer, de todo coração: estou muito entristecido”.

Francisco encerrou a audiência fazendo votos de que os encontros desses dias possam abrir caminhos a percorrer juntos, encorajando os bispos e os católicos locais a empreender passos pela busca transparente da verdade, promovendo a cura das feridas. “A Igreja está com vocês e quer continuar a caminhar com vocês”, garantiu o Pontífice, renovando o desejo de visitar o Canadá, mas “não no inverno”, brincou.

Depois de assistir a apresentações de cantos da cultura autóctone, em inglês o Papa afirmou que reza pelos indígenas e pediu que façam o mesmo por ele.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Ludovico Pavoni

Ludovico Pavoni | arquisp
01 abril

Ludovico Pavoni

Educar, abrigar e instruir os jovens pobres e abandonados na Itália do século XVIII era um enorme desafio que o padre bresciano Ludovico Pavoni aceitou, ele que nasceu no dia 11 de setembro de 1784.

Naqueles anos de fome e de guerras, quando a miséria, as doenças e as armas se tornaram aliadas importantes para exterminar os pobres, Ludovico Pavoni teve uma intuição genial e profética, "educar, abrigar e instruir" os jovens pobres, abandonados ou desertores que eram, de fato, numerosos na Itália de 1800, tanto nas cidades como no campo.

Não só para evitar que se tornassem delinqüentes, o que mais temia a elite pensante daquele tempo, e com certeza não só daquela época, mas para que eles tivessem a oportunidade de viver uma vida digna, do ponto de vista cristão e humano.

Ordenado padre em 1807, Ludovico Pavoni se dedicou desde o início à educação dos jovens e criou o "seu" orfanato para abrigar os adolescentes e jovens necessitados. Já como secretário do bispo de Bréscia, conseguiu, para aqueles jovens, fundar o primeiro "Colégio de Artífices" e, depois, em 1821, a primeira escola gráfica da Itália, o Pio Instituto de São Barnabé.

Tipografia e Evangelho eram seus instrumentos preciosos: a receita natural era a mais simples possível, como dizia ele: "Basta colocar dentro da impressora jovens motivados, que os volumes de 'boa doutrina cristã' estarão garantidos". Analogia de fato simples e correta mesmo para os nossos dias. Em 1838, nasceu a escola para surdos-mudos, sendo inútil acrescentar o quanto essa também estava na vanguarda daqueles tempos. Em 1847, a Congregação Religiosa dos Filhos de Maria Imaculada, abrigando religiosos e leigos juntos, hoje conhecidos como "os pavonianos".

Pela discrição pode ainda parecer fácil, mas para colocar em prática todo esse projeto, o vulcânico padre bresciano empregou tudo de si, do bom e do melhor, chocando-se com as autoridades civis e com as eclesiásticas. Sair recolhendo os jovens pobres e abandonados pelas ruas era algo que batia de frente com rígidos costumes sociais e morais da época. Por mais de uma década, Pavoni se debateu entre cartas, pedidos, súplicas e solicitações, tanto assim que foi definido "mártir da burocracia", mas, do dilúvio, saiu vencedor.

Padre Ludovico Pavoni faleceu no dia 1o de abril de 1849, durante a última das dez jornadas brescianas, de uma pneumonia contraída durante uma fuga desesperada, organizada na tentativa de proteger os "seus" jovens das bombas austríacas, quando ganhou, finalmente, o merecido abraço do Pai Eterno. De resto, ele sempre dizia: "O repouso será no Paraíso".

Apesar da distância dos anos, hoje os pavonianos continuam a "educar, abrigar e instruir" os jovens desses grupos, mas também todos os que simplesmente procuram um trabalho e um lugar na vida, providenciando a instrução escolar básica e colaborando com as igrejas locais nas pastorais dos jovens. São incansáveis em suas atividades, porque os traços cunhados pelo padre Ludovico estão ainda frescos, o exemplo do fundador está inteiramente vivo, latente e atual.

Hoje, outros levam avante sua obra, nos quatro cantos do mundo, os pavonianos administram tudo o que possa estar relacionado à formação desses jovens: comunidades religiosas, escolas, institutos de formação profissional, centros de recuperação de dependentes químicos, asilos de idosos, pensionatos, orfanatos, creches, paróquias, cooperativas, centros de juventude, livrarias e a editora Âncora, na Itália. Além disso, alfabetizam os deficientes surdos-mudos e formam pequenos artífices nas artes gráficas, esses que eram os diletos de Ludovico Pavoni.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

quinta-feira, 31 de março de 2022

5 razões pelas quais as mães católicas adoram o filme Encanto

Walt Disney Productions
Por Theresa Civantos Barber

Espero que este filme encantador suscite conversas sobre a fé na sua família, como aconteceu na minha.

Mesmo que não tenha visto o filme Encanto, você provavelmente já ouviu a trilha sonora. O recente musical da Disney conta a história de uma grande família colombiana com habilidades mágicas. E várias canções do filme têm liderado as paradas desde o seu lançamento.

Os meus filhos são grandes fãs de Encanto, e gosto de encontrar formas de usar histórias que eles adoram para compartilhar lições de moral e verdades religiosas. Fiz o mesmo com Moana há alguns anos.

Afinal, todas as boas histórias refletem, de alguma forma, uma história maior. Assim, podemos sempre encontrar uma ligação com a nossa fé.

Primeiro, uma exoneração de responsabilidade: não é um filme perfeito. Mas é um filme muito bom, que nos dá possibilidades de boas conversas em família. (Alguns spoilers à frente)

1. O TEMA DO AUTO-SACRIFÍCIO

O patriarca da família, Abuelo Pedro, sacrifica-se pelo bem da sua família. Ele dá literalmente a sua vida como um ato de amor, que ecoa o sacrifício de Cristo.

O meu filho do segundo ano tem aprendido tudo sobre o sacrifício de Jesus em preparação para a sua Primeira Comunhão. Depois de assistir a Encanto, ele disse-me: “O Abuelo Pedro fez-me pensar em Jesus”.

“Ah, sim? Por quê?” – perguntei-lhe. “Ele morreu para salvar a sua família, tal como Jesus morreu para nos salvar”.

2. COMUNHÃO DOS SANTOS

Como católicos, acreditamos que aqueles que morreram ainda estão presentes. Podemos comunicar com eles através de Deus, e através de Deus eles podem agir em nossa vida. Chamamos a isto a comunhão dos santos, e é por isso que pedimos aos santos que rezem por nós.

Esta verdade parece refletir-se em Encanto através do papel de Abuelo. Só depois da sua morte é que ele é capaz de proteger a sua família, dando-lhes as suas capacidades mágicas.

O seu carácter põe-me a pensar em algo que Santa Teresa de Lisieux disse: “Passarei o meu Céu a fazer o bem na terra”. Abuelo faz o bem na terra a partir do Céu.

Além disso, várias personagens do filme falam com Abuelo depois da sua morte, pedindo a sua orientação. Estas cenas ecoam a forma como muitas vezes pedimos aos santos no Céu a sua orientação e intercessão.

3. A IMPORTÂNCIA DE SERVIR OS OUTROS

Uma das coisas que mais gostei neste filme é que a família não usa os seus dons mágicos para ganhar poder ou acumular riqueza. Em vez disso, utiliza os seus dons para servir e ajudar a sua comunidade.

Da mesma forma, nós, como cristãos, somos chamados a ser “homens e mulheres para os outros”. Somos chamados a usar os nossos dons e talentos dados por Deus para servir e ajudar os outros, tal como faz a Família Madrigal.

4. A ALEGRIA DE UMA GRANDE FAMÍLIA

É tão bom ver uma grande família ser retratada positivamente no cinema. A família não é perfeita (de fato, a tendência da Abuela a querer controlar as coisas causa o conflito do filme), mas eles claramente gostam e amam-se uns aos outros, e é encantador de se ver.

Uma das minhas partes favoritas do filme é a relação entre a personagem principal, Mirabel, e o seu primo muito mais novo, Antonio. Apesar da sua grande diferença de idade, eles têm uma relação muito calorosa e afetuosa. É também um belo exemplo da alegria de uma família numerosa.

5. NÃO É ASSUSTADOR!

Muito bem, isso é importante. Como muitas crianças pequenas, os meus filhos ficam facilmente assustados. Recusam-se a ver a maioria dos filmes infantis clássicos, porque os acham demasiado assustadores e perturbadores.

Durante anos, tenho lamentado a qualquer pessoa que queira ouvir que a maioria dos filmes infantis são demasiado assustadores. Isso realmente incomoda-me. “Porque é que os realizadores de cinema não podem fazer um filme apenas uma vez sem vilões tão assustadores?”, sempre me queixei.

Bem, finalmente fizeram. Graças a Deus. E chama-se Encanto.

Não há nenhum vilão terrível no filme. A personagem que parece ser um vilão no início acaba por se revelar inofensiva e amável.

Portanto, o filme não é assustador, mesmo para crianças muito pequenas. A sério, isto é um grande alívio. É algo que há muito tempo que eu queria num filme. A família inteira pode vê-lo.

Espero que tenham a oportunidade de ver o filme Encanto e desfrutar da sua trilha sonora cativante. Talvez desperte algumas conversas sobre a fé na sua família, tal como aconteceu na minha.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Uma Quaresma pela Paz (V) - “Pacem in Terris”

S. João XXIII | Vatican News

O Papa Bom, como era chamado carinhosamente João XXIII, nos exorta para que “nestes dias sagrados, elevemos suplicante prece a quem com sua dolorosa paixão e morte venceu o pecado, fator de dissensões, misérias e desequilíbrios, e em seu sangue reconciliou a humanidade com o Pai celeste, trazendo à terra os dons da paz.

Vatican News

Pacem in Terris, Paz na Terra, é o nome de uma Encíclica do Papa João XIII, escrita em 1963. O Papa começava essa sua carta afirmando que o grande anseio de paz de toda a humanidade, “não se pode estabelecer nem consolidar senão no pleno respeito da ordem instituída por Deus” (n.1). E a ordem instituída por Deus, a ordem natural da criação, muitas vezes se vê ameaçada pela “desordem que reina entre indivíduos e povos, como se as suas mútuas relações não pudessem ser reguladas senão pela força” (n.4).

No Evangelho do 4º Domingo da Quaresma (Lc 15,1-3.11-32), constata-se na atitude do filho mais novo o desejo de liberdade e autonomia que cada um traz dentro de si: “‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’ (...). Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada” (Lc 15,12-13). Muitas vezes, é desse desejo de uma autonomia, confundida com individualismo, em que “as minhas regras” são as que dominam as relações, que nascem as guerras.

Papa Bento XVI afirmou que a liberdade só se desenvolve na responsabilidade face a um bem maior”, pois aquilo que faço a dano dos outros, não é liberdade, mas uma ação culpável que prejudica aos outros e a mim mesmo também” (Discurso, 22.09.2011). Ao que parece, aquele desejo de liberdade e autonomia do filho mais novo, estava se desencadeando por esse caminho, que ao invés de fazer crescer só trouxe sofrimento, para outros e para ele próprio. O “esbanjar tudo numa vida desenfreada”, é sinônimo daquele modo de vida que não pensa no outro como dom a ser celebrado, mas o torna objeto do seu prazer, usado e descartado, pois “na realidade, este tipo de olhar cega e fomenta uma cultura de descarte individualista e agressiva, que transforma o ser humano num bem de consumo” (Francisco, Catequese 12.08.2020).

Nesse trecho do Evangelho de Lucas, aparece, também, a figura do filho mais velho: sempre fiel, sempre com seu pai, mas que não reconhecia o profundo amor que o pai tinha por ele (Lc 15,28-31). A atitude desse filho deveria fazer pensar sobre nossa relação de amor para com o Deus e os irmãos. Também esse filho era, ao seu modo, individualista, a ponto de não se alegrar com o reencontro do irmão que tinha se perdido na vida. Em verdade, o mais velho via o irmão mais novo como um concorrente e não como um irmão.

O trecho de Lc 15,11-32 apresenta a figura do Pai que, sem medidas, é capaz de amar e de se deixar amar. O Apóstolo Paulo afirma que Jesus ensinou que “há maior felicidade em dar do que em receber” (At 20,35). Certamente, o coração daquele Pai alegrou-se muito mais em dar o perdão ao filho que lhe foi causa de tanta vergonha, do que o filho tenha se alegrado pelo perdão recebido, pois “há muito mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não carecem de arrependimento” (Lc15,7).

A paz sobre a Terra será possível quando seremos capazes de vencer nossas guerras, movidas pelo egoísmo, pela soberba e pela busca de status. Como afirmou S. João XXIII, “há de considerar-se a convivência humana como realidade eminentemente espiritual: como intercomunicação de conhecimentos à luz da verdade, exercício de direitos e cumprimento de deveres, incentivo e apelo aos bens morais, gozo comum do belo em todas as suas legítimas expressões, permanente disposição de fundir em tesouro comum o que de melhor cada qual possua, anelo de assimilação pessoal de valores espirituais” (n.36).

Em meio ao terrível drama da guerra, que mais uma vez assusta a comunidade humana, a Quaresma se apresenta como tempo especial, para nos deixarmos tocar pela graça de Deus na busca da reconciliação. O mundo espera ansioso, a reconciliação entre duas nações, o que se espera venha o mais rápido possível. Porém, Deus espera ansioso, como aquele Pai misericordioso, a nossa reconciliação, com Ele, com os irmãos, com a criação, com a Igreja. Busquemos o Sacramento da Reconciliação, busquemos a reconciliação com algum irmão com quem, talvez, não estejamos em boa relação, busquemos promover a paz entre pessoas que, talvez, estejam distantes umas das outras. Enfim, que a paz na Terra comece com a paz na Terra do nosso coração.

O Papa Bom, como era chamado carinhosamente João XXIII, nos exorta para que “nestes dias sagrados, elevemos suplicante prece a quem com sua dolorosa paixão e morte venceu o pecado, fator de dissensões, misérias e desequilíbrios, e em seu sangue reconciliou a humanidade com o Pai celeste, trazendo à terra os dons da paz: ‘Porque ele é a nossa paz: de ambos os povos fez um só... Veio e anunciou paz a vós que estáveis longe, e a paz aos que estavam perto’ (Ef 2,14-17)” (n.168).

Roma, 30 de março de 2022

Pe. Rafhael Silva Maciel

Missionário da Misericórdia

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Guido

S. Guido | arquisp
31 de março

São Guido

Guido nasceu na segunda metade do século X, em Casamare, perto de Ravena, Itália. Após concluir seus estudos acadêmicos na cidade natal, mudou-se para Roma, onde recebeu o hábito de monge beneditino e retirou-se à solidão. Sob a direção espiritual de Martinho, também ele um monge eremita e depois canonizado pela Igreja, viveu observando fielmente as Regras de sua ordem, tornando-se um exemplo de disciplina e dedicação à caridade, à oração e à contemplação. Três anos depois, seu diretor o enviou ao mosteiro de Pomposa. Embora desejasse afastar-se do mundo, seu trabalho como musicista era necessário para a comunidade cristã.

No convento a história se repetiu. Era um modelo tão perfeito de virtudes, que foi eleito abade por seus irmãos de congregação. Sua fama espalhou-se de tal forma, que seu pai e irmãos acabaram por toma-lo como diretor espiritual e se tornaram religiosos. Sentindo o fim se aproximar, Guido retirou-se novamente para a tão almejada solidão religiosa. Mas, quando o imperador Henrique III foi a Roma para ser coroado pelo Papa, requisitou o abade para acompanhá-lo como conselheiro espiritual.

Guido cumpriu a função delegada, mas ao despedir-se dos monges que o hospedaram, despediu-se definitivamente demonstrando que sabia que não se veriam mais. Na viagem de retorno, adoeceu gravemente no caminho entre Parma e Borgo de São Donino e faleceu, no dia 31 de março de 1046.

Imediatamente, graças passaram a ocorrer, momentos depois de Guido ter morrido. Um homem cego recuperou a visão em Parma por ter rezado por sua intercessão. Outros milagres se sucederam e os moradores da cidade recusaram-se a entregar o corpo para que as autoridades religiosas o trasladassem ao convento. Foi necessário que o próprio imperador interviesse. Henrique III levou as relíquias para a Catedral de Spira. A igreja, antes dedicada a São João Evangelista, passou a ser chamada de São Guido, ou Wido, ou ainda Guy, como ele era também conhecido.

A história de São Guido é curiosa no que se refere à sua atuação religiosa. Ele é o responsável pela nova teoria musical litúrgica. Desejava ser apenas um monge solitário, sua vocação original, mas nunca pode exerce-la na sua plenitude, teve que interromper esta condição a pedido de seus superiores, devido ao dom de músico apurado, talento que usou voltado para a fé. Quando pensou que poderia morrer na paz da solidão monástica, não conseguiu, mas foi para a Casa do Pai, já gozando a fama de santidade.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

quarta-feira, 30 de março de 2022

O conselho que Will Smith recebeu de Denzel Washington após o tapa em Chris Rock

Robyn Beck | AFP
Por Cerith Gardiner

No intervalo da cerimônia de entrega do Oscar, Denzel Washington conseguiu acalmar o amigo com palavras sábias e certeiras.

Se você percorrer o feed de notícias na internet durante estes dias, será impossível não se deparar com comentários sobre o tapa que Will Smith deu em Chris Rock durante a cerimônia de entrega do Oscar 2022.

O motivo que levou o ator a agredir o comediante foi a piada insensível que Chris fez sobre a doença de sua mulher, Jada Pinkett-Smith. Ela sofre de alopecia.

Algumas pessoas dizem que Smith estava apenas defendendo a honra de sua esposa, argumentando que Rock foi longe demais ao fazer aquela anedota. Por outro lado, muitos se perguntam se tudo não passou de encenação. Há também aqueles que se mostram chocados com a resposta violenta de Smith à piada.

No entanto, de todas as opiniões há uma voz que faz muito sentido e que veio da lenda de Hollywood, Denzel Washington.

Depois de sua reação irada, Smith ganhou o prêmio de melhor ator por seu papel no filme “King Richard”. E, embora o incidente do tapa em Rock tenha tirado o brilho do momento, Smith explicou em seu discurso que Washington havia tirado um momento para aconselhá-lo e acalmá-lo após o incidente. Com palavras de fé e sabedoria, o ator veterano compartilhou o conselho que seu amigo lhe deu:

“Tome cuidado! Em seus melhores momentos é quando o diabo vem atrás de você.”

Conselho poderoso

É um pequeno conselho com um poderoso impacto. Só porque você é bem-sucedido na vida não significa que o diabo não pare seu trabalho. Na verdade, esse pode ser o momento em que você é mais tentado. Aquele momento da noite glamorosa nos lembra que as estrelas de Hollywood têm suas vulnerabilidades e suas fraquezas.

O incidente certamente não foi legal, e marcou o momento de coroação da carreira de Smith. Sem dúvida, ele será lembrado por anos. O que é mais lamentável é o número de vídeos e memes já em circulação em que os jovens fãs de Smith verão seu herói atacando publicamente outro homem.

Infelizmente, com grande fama vem um nível de responsabilidade para ser sempre o melhor possível, e para lutar contra aquele diabo que é implacável em seus movimentos. Mas isto também se aplica a todos nós: nunca devemos ficar de braços cruzados e pensar que temos tudo sob controle. Devemos nos manter vigilantes e nos certificar se em nossos próprios círculos de influência estamos agindo como Cristo espera.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

O Papa: a velhice é a primeira vítima da perda de sensibilidade

Jornal O São Paulo

Durante a Audiência Geral, Francisco disse que "uma velhice que se exerceu na expectativa da visita de Deus não perderá a sua passagem: aliás, estará ainda mais pronta para a colher, terá mais sensibilidade para acolher o Senhor quando o Senhor passar. Lembramos que o comportamento de um cristão é estar atento às visitas do Senhor, porque o Senhor passa, em nossa vida, com as inspirações, com o convite para sermos melhores".

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco continuou o seu ciclo de catequeses sobre a velhice, na Audiência Geral desta quarta-feira (30/03), realizada na Sala Paulo VI, que teve como tema "Fidelidade à visita de Deus para a geração futura".

https://youtu.be/fmeqidANDNQ

Os idosos Simeão e Ana estiveram no centro da catequese do Pontífice. A razão de vida deles, "antes de se despedir deste mundo, é aguardar a visita de Deus. Simeão sabe, através de uma premonição do Espírito Santo, que não morrerá antes de ter visto o Messias. Ana vai ao templo todos os dias, dedicando-se ao seu serviço. Ambos reconhecem a presença do Senhor no Menino Jesus, que enche de consolação a sua longa espera e tranquiliza a sua despedida da vida. Esta é uma cena de um encontro com Jesus e de despedida".

Anestesia dos sentidos espirituais

"O que podemos aprender com estas duas figuras de idosos cheios de vitalidade espiritual?", perguntou o Papa. "Aprendemos que a fidelidade da espera aguça os sentidos. O Espírito Santo faz exatamente isso: ilumina os nossos sentidos, aguça os sentidos da alma, apesar dos limites e das feridas dos sentidos do corpo: um é mais cego, um mais surdo", disse Francisco.

A velhice debilita, de uma forma ou de outra, a sensibilidade do corpo. No entanto, uma velhice que se exerceu na expectativa da visita de Deus não perderá a sua passagem: aliás, estará ainda mais pronta para a colher, terá mais sensibilidade para acolher o Senhor quando o Senhor passar. Lembramos que o comportamento de um cristão é estar atento às visitas do Senhor, porque o Senhor passa, em nossa vida, com as inspirações, com o convite para sermos melhores. Santo Agostinho dizia: "Tenho medo de Deus quando ele passa" - "Mas por que você tem medo?" - “Tenho medo de não perceber e deixá-lo passar”. É o Espírito Santo que prepara os sentidos para entender quando o Senhor nos visita, como fez com Simeão e Ana.

De acordo com o Papa, precisamos "de uma velhice dotada de sentidos espirituais vivos e capazes de reconhecer os sinais de Deus, ou seja, o Sinal de Deus, que é Jesus. Um sinal que nos põe em crise, sempre. Jesus sempre nos põe em crise porque é «sinal de contradição», mas que nos enche de alegria. A crise não traz necessariamente tristeza, não: estar em crise enquanto se serve ao Senhor dá paz e alegria, muitas vezes". Portanto, o problema é a "anestesia dos sentidos espirituais, isto é ruim, uma síndrome generalizada numa sociedade que cultiva a ilusão da juventude eterna, e a sua caraterística mais perigosa consiste em ser quase inconsciente. Não se tem a consciência de estar anestesiado. E isto acontece! Sempre aconteceu e acontece em nossos tempos. Os sentidos anestesiados, sem entender o que está acontecendo; os sentidos internos, os sentidos do Espírito para entender a presença de Deus ou a presença do mal, anestesiados, não fazendo distinção".

Insensibilidade dos sentidos espirituais 

Segundo o Francisco, "quando perdemos a sensibilidade do tato ou do paladar, damo-nos conta imediatamente. A da alma, ao contrário, podemos ignorá-la por muito tempo". Tal sensibilidade "não se refere simplesmente ao pensamento de Deus ou da religião. A insensibilidade dos sentidos espirituais diz respeito à compaixão e à piedade, à vergonha e ao remorso, à fidelidade e à dedicação, à ternura e à honra, à responsabilidade própria e à dor pelo próximo".

É curioso: a insensibilidade não faz você entender a compaixão, não faz você entender a piedade, não faz você sentir vergonha ou remorso por ter feito uma coisa ruim. É assim.

“Os sentidos espirituais anestesiados confundem tudo e a pessoa não sente, espiritualmente. E a velhice torna-se, por assim dizer, a primeira vítima desta perda de sensibilidade. Numa sociedade que exerce a sensibilidade sobretudo por prazer, só pode haver a perda de atenção pelos mais frágeis e prevalecer a competição dos vencedores.”

Assim, se perde a sensibilidade. Certamente, a retórica da inclusão é a fórmula ritual de cada discurso politicamente correto. Mas ainda não traz uma verdadeira correção nas práticas da normal convivência: uma cultura da ternura social tem dificuldade de crescer. O espírito da fraternidade humana - que julguei necessário relançar com força - é como uma peça de vestiário descartada, para admirar, sim, mas... num museu.

Para o Papa, "na vida real podemos observar, com comovente gratidão, muitos jovens capazes de honrar até ao fundo esta fraternidade. Mas o problema é exatamente este: existe um descarte, um descarte culpado, entre o testemunho desta linfa vital da ternura social e o conformismo que obriga a juventude a contar a sua história de modo completamente diferente".

"O que podemos fazer para preencher esta lacuna? Em que consiste concretamente a revelação que estimula a sensibilidade de Simeão e Ana? ", perguntou Francisco. "Consiste em reconhecer numa criança, que eles não geraram e que veem pela primeira vez, o sinal certo da visita de Deus. Eles aceitam que não são protagonistas, mas apenas testemunhas."

A grande geração dos superficiais

Segundo Francisco, "quando alguém aceita não ser protagonista, mas se envolve como testemunha, vai tudo bem: aquele homem ou aquela mulher está amadurecendo bem", mas quando se tem o desejo de ser sempre protagonista, "este caminho em rumo à plenitude da velhice nunca amadurecerá. A visita de Deus não se encarna na sua vida, não os põe em cena como salvadores: Deus não se encarna na sua geração, mas na geração vindoura".

“Perdem o espírito, perdem a vontade de viver com maturidade e, como se costuma dizer, vivem superficialmente. É a grande geração dos superficiais, que não se permitem sentir as coisas com a sensibilidade do Espírito. Mas por que não se permitem? Em parte por preguiça, e em parte porque já não podem. É ruim quando uma civilização perde a sensibilidade do Espírito.”

Pelo contrário, é maravilhoso quando encontramos idosos como Simeão e Ana que preservam essa sensibilidade do Espírito e são capazes de entender as diferentes situações, como esses dois entenderam a situação que estava diante deles que era a manifestação do Messias.

"A velhice que cultivou a sensibilidade da alma extingue toda a inveja entre as gerações, todo o ressentimento, toda a recriminação pelo advento de Deus na geração seguinte, que chega com a despedida da própria."

Segundo o Papa, "isto é o que acontece a um idoso aberto com um jovem aberto: despede-se da vida, mas entrega, entre aspas, sua vida à nova geração. Esta é aquela despedida de Simeão e Ana: "Agora posso ir em paz".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Um país que defende o aborto não tem futuro, dizem pró-vidas do Chile

Manifestação do Dia do Nascituro e da Adoção, Chile / Giselle Vargas (ACI)
Por Giselle Vargas

SANTIAGO, 29 mar. 22 / 02:43 pm (ACI).- Grupos pró-vida entregaram uma carta à Convenção Constitucional exigindo que o projeto da nova Constituição do Chile contemple a defesa da vida dos mais vulneráveis, incluindo os nascituros.

A carta, entregue ontem (28) é parte das atividades em torno do Dia do Nascituro e da adoção no Chile, que é comemorado no dia 25 de março.

Cerca de 300 pessoas foram convocadas pelo grupo Sempre pela Vida para uma manifestação nos arredores do edifício onde os 154 membros da Convenção Constitucional esboçam da próxima constituição para o país, que deverá ser ratificada em julho.

No dia 15 de março, a Convenção Constitucional aprovou a incorporação dos chamados direitos sexuais e reprodutivos, e com eles o aborto sem prazos e sem objeção de consciência.

"Rejeitamos o aborto na proposta constitucional, esperamos que uma Constituição do aborto não prospere, muito menos sem limites", disse a presidente de Sempre pela Vida, Bernardita Silva.

“A proposta da Convenção Constitucional é uma ameaça. Um país que defende o direito ao aborto é um país sem futuro”, sublinhou Silva. “Queremos que prevaleça a visão a favor das pessoas, que respeitem a vida, que promovam um país onde as mulheres sejam acompanhadas e as crianças nasçam e tenham a melhor vida possível”.

“Somos centenas de milhares de pessoas as que não vamos aprovar uma Constituição que defenda o direito ao aborto livre. Queremos que o Chile seja um país pró-vida, pró-mulher e pró-criança”.

O médico Jorge Acosta lembrou ao vice-presidente da Convenção Constitucional e médico de profissão, Gaspar Domínguez, que o desenvolvimento do ser humano começa no útero.

"O Chile precisa de uma Constituição pró-vida", disse Acosta, lamentando que a Convenção Constitucional tenha "descartado" as mais de 30 mil assinaturas que apoiavam iniciativas em favor da maternidade vulnerável e da vida desde a concepção.

Ana María Álvarez, porta-voz de 40 Dias pela Vida Chile, disse que “o Chile está cometendo assassinatos. E ninguém fala sobre o fato de que há duas vidas que estão sendo mortas, a do nascituro e a alma da mãe”.

Há pessoas que cuidam da vida não só desde o início da fecundação, mas também até os filhos crescerem. O Estado do Chile deveria tentar cuidar da vida de cada chileno que chega a este território”. "Se não cuidarmos das gerações futuras, se não as deixarmos nascer, este país morre", disse Alvarez.

“É inconcebível que quando as pessoas falam sobre direitos humanos, sobre o fim da tortura, sobre o fim da morte, falem sobre o direito ao aborto.” “É um genocídio por lei aprovado pelos constituintes”, acrescentou.

Trinidad Allende disse que “um país sem a defesa da vida é um país que morre e traz tudo de ruim”. "Isso nos define como um país no longo prazo, a vida é um tema que transcende muitos outros".

María Teresa Prieto, voluntária do Centro de Ajuda à Mulher (CAM) da cidade de Rancagua, fundação que apoia a gravidez vulnerável e com presença em todo o Chile, expressou que "a vida é um presente em qualquer circunstância" e "se a sociedade sabe como defendê-la como parte de seus princípios, ela se engrandece”.

Fonte: https://www.acidigital.com/

São João Clímaco

S. João Clímaco | arquisp
30 de março

São João Clímaco

O Monte Sinai está historicamente ligado ao cristianismo. Foi o lugar indicado por Deus para entregar a Moisés as tábuas gravadas com os Dez Mandamentos. É uma serra rochosa e árida que, não só pela sua geografia, mas também pelo significado histórico, foi escolhida pelos cristãos que procuravam a solidão da vida eremítica.

Assim, já no século IV, depois das perseguições romanas, vários mosteiros rudimentares foram ali construídos por numerosos monges que se entregavam à vida de oração e contemplação. Esses mosteiros tornaram-se famosos pela hospitalidade para com os peregrinos e pelas bibliotecas que continham manuscritos preciosos. Foi neste ambiente que viveu e atuou o maior dos monges do Monte Sinai, João Clímaco.

João nasceu na Síria, por volta do ano 579. De grande inteligência, formação literária e religiosa, ainda muito jovem, aos dezesseis anos, optou pelo deserto e viajou para o Monte Sinai, tornando-se discípulo num dos mais renomados mosteiros, do venerável ancião Raiuthi. Isso aconteceu depois de renunciar a fortuna da família e a uma posição social promissora. Preferiu um cotidiano feito de oração, jejum continuado, trabalho duro e estudos profundos. Só descia ao vale para recolher frutas e raízes para sua parca refeição e só se reunia aos demais monges nos fins de semana, para um culto coletivo.

Sua fama se espalhou e muitos peregrinos iam procura-lo para aprender com seus ensinamentos e conselhos. Inicialmente eram apenas os que desejavam seguir a vida monástica, depois eram os fiéis que queriam uma benção do monge, já tido em vida como santo. Aos sessenta anos João foi eleito por unanimidade abade geral de todos os eremitas da serra do Monte Sinai.

Nesse período ele escreveu muito e o que dele se conserva até hoje é um livro importantíssimo que teve ampla divulgação na Idade Média, "Escada do Paraíso". Livro que lhe trouxe também o sobrenome Clímaco que, em grego, significa "aquele da escada". No seu livro ele estabeleceu trinta degraus necessários à subir para alcançar a perfeição da alma.

Trata-se de um verdadeiro manual, a síntese da doutrina monástica e ascética, para os noviços e monges, onde descreveu, degrau por degrau, todas as dificuldades a serem vividas, a superação da razão e dos sentidos, e que as alegrias do Paraíso perfeito serão colhidas no final dessa escalada, após o transito para a eternidade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

João Clímaco morreu no dia 30 de março de 649, amado e venerado por todos os cristãos do mundo oriental e ocidental, sendo celebrado por todos eles no mesmo dia do seu falecimento.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

terça-feira, 29 de março de 2022

Pais italianos protestam por beijo homossexual em animação da Disney

Cena do filme 'Lightyear' - Crédito: Reprodução/YouTube/Walt Disney Studios BR

Roma, 29 mar. 22 / 10:48 am (ACI).- A associação italiana Pro Vida & Famiglia (Pró-vida e Família) reuniu mais de 12,5 mil assinaturas contra o beijo entre duas personagens femininas no filme de animação Buzz Lightyear, da Disney.

"Milhares de pais estão incomodados que a Disney, após pressão de poderosos lobbies gays e transgêneros americanos, inseriu um beijo gay explícito no filme de animação 'Lightyear’, que conta a história do famoso personagem de Toy Story e que chegará aos cinemas em junho", disse uma nota da associação italiana publicada em 28 de março.

"A Pro Vita & Famiglia já recolheu, em poucos dias, mais de 12 mil assinaturas, que continuam a aumentar, e que serão enviadas ao chefe da Disney na Itália, Daniel Frigo", acrescentou o texto.

‘Lightyear’ é um spin off de Toy Story e conta a história da origem de Buzz Lighytear, personagem de destaque da animação. Originalmente, o beijo lésbico havia sido retirado pela Pixar e pela Disney, mas devido às reivindicações de alguns trabalhadores, optou-por mantê-lo.

O beijo protagonizado pela personagem feminina de Hawthorne no filme foi comentado pela revista americana Variety no dia 18 de março. A publicação destacava que funcionários da Pixar e Disney defendiam que a censura é aplicada ‘sistematicamente’ e que acreditam que essa não seria a última vez que a enfrentariam.

Em meio à controvérsia, o CEO da Disney, Bob Chapek, pediu desculpas aos funcionários de sua empresa por seu silêncio sobre a lei de ‘Direitos dos Pais na Educação’, da Flórida, conhecida pelos críticos como ‘Não diga gay’ (Don’t say gay’) e se ofereceu para doar US$ 5 milhões ao lobby LGBT.

A lei proíbe a doutrinação de crianças nas escolas com ideologia de gênero ou abordagem de gênero, corrente que considera que o sexo de cada pessoa é uma questão sociocultural ou de autopercepção, e não biológica.

Ron DeSantis, governador da Flórida, assinou a lei na segunda-feira, 28 de março, e disse: “Continuaremos reconhecendo que, no estado da Flórida, os pais têm um papel fundamental na educação, saúde e bem-estar de seus filhos.”

“Não vamos mudar isso. Não estou interessado no que diz a grande mídia, no que diz Hollywood, não estou interessado no que dizem as grandes corporações. Estou aqui e não vou recuar".

Em sua nota, a Pro Vita & Famiglia especificou que querem “informar à empresa americana o descontentamento de milhares de pais, que não ficam calados diante da estratégia LGBT que quer doutrinar seus filhos.”

"Acreditamos que não é correto usar desenhos animados para influenciar a mentalidade das crianças com argumentos que podem traumatizá-las e confundi-las", disse Jacopo Coghe, porta-voz da organização.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF