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sexta-feira, 22 de abril de 2022

Os 3 quadros da Divina Misericórdia

Wikipedia | shutterstock-Alexey Pevnev | Mazur-catholicnews.org.uk
Por Adriana Bello

A imagem foi um pedido de Jesus à Santa Faustina. Ela chorou ao ver a primeira pintura, mas Cristo a consolou.

Em 22 de fevereiro de 1931, Santa Faustina (então Irmã Helena Kowalska) teve uma revelação em sua cela no convento. O próprio Jesus pediu que ela fizesse um quadro Dele, explicando, então, o significado da imagem e onde, Ele gostaria que fosse exibido. Santa Faustina escreveu em seu Diário:

“À noite, quando me encontrava na minha cela, vi Nosso Senhor vestido de branco. Uma das mãos erguida para abençoar, enquanto a outra tocava-Lhe a túnica sobre o peito. Da túnica entreaberta sobre o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e o outro pálido. Em silêncio, eu contemplava o Senhor. A minha alma estava cheia de temor, mas também de grande alegria. Logo depois, Jesus me disse:pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós. Desejo que essa Imagem seja venerada primeiramente na vossa capela e depois no mundo inteiro (…) Os dois raios significam Sangue e Água. O raio pálido simboliza a Água que justifica as almas. O raio vermelho simboliza o Sangue que é a vida das almas”.

Divina Misericórdia | ALETEIA

Faustina não sabia pintar e tentou procurar ajuda no seu convento, mas não conseguiu. Mais tarde, ela foi transferida para a capital da Lituânia. Foi lá que conheceu o padre Michał Sopoćko, que era o confessor das freiras. Faustina disse-lhe que tinha falado com Jesus sobre a imagem e o plano que ele tinha para ela. No início, o padre não acreditou nela e até a encaminhou para uma avaliação psiquiátrica. Porém, depois de passar por todos os exames e ter profissionais de saúde dizendo que ela era mentalmente saudável, ele decidiu apoiá-la e mandou que ela escrevesse todas as revelações e conversas com Jesus em um diário.

O primeiro quadro

O Padre Sopoćko apresentou-a ao artista Eugenius Kazimirowski em 1934 para fazer a pintura que o Senhor lhe confiara. Faustina descreveu a imagem que vira e visitou o ateliê algumas vezes. Mas, ao ver o quadro, chorou, pois a pintura não refletia a beleza que ela tinha visto. No entanto, Jesus a encorajou, esclarecendo que o importante era que graças àquele quadro todos pudessem ir até Ele e receber sua misericórdia. 

“Quando fui à casa daquele pintor que estava pintando a imagem e vi que ela não era tão bela como é Jesus, fiquei muito triste com isso, mas escondi essa mágoa no fundo do meu coração. Imediatamente dirigi-me à capela e chorei muito. Eu disse ao Senhor: Quem vos pintará tão belo como sois? Então ouvi estas palavras: ‘O valor da imagem não está na beleza da tinta nem na habilidade do pintor, mas na Minha graça’”.

Divina Misericórdia | ALETEIA

No ano seguinte, Faustina cumpriu a outra exigência de Jesus e, no primeiro domingo após a Páscoa, a imagem foi publicamente abençoada e venerada na igreja da cidade. Ela estava presente e foi a única imagem da Divina Misericórdia que ela viu. Atualmente, a pintura encontra-se no Santuário da Divina Misericórdia em Vilnius.

Sinal divino

A segunda pintura foi encomendada pela Congregação das Irmãs de Nossa Senhora Mãe da Misericórdia em 1942 ao artista Estanislao Batowski. Infelizmente, durante o levante de Varsóvia, a imagem e a capela onde ela estava foram queimadas.

O artista foi convidado a pintar outro quadro para a Capela da Divina Misericórdia em Cracóvia. Porém, o pintor Adolfo Hyla foi à sede da Congregação e disse que queria dar um quadro como um voto de ter sido salvo da guerra. De imediato, as irmãs, talvez vendo-o como um sinal, deram-lhe um santinho Divina Misericórdia e as descrições do diário de Faustina.

O segundo quadro de Batowski também chegou, mas como o de Hyla foi feito em juramento, foi o que ficou na capela. Entretanto, ele era um pouco grande para o altar, por isso em 1954 foi restaurado. O artista repintou a tela, eliminando os prados e matas que havia feito, e colocou um fundo escuro com o chão sob os pés de Jesus.

Esta é a imagem que hoje conhecemos e que se tornou mundialmente conhecida, sobretudo, pelas graças que os seus fiéis receberam. Assim se realizou o desejo de Jesus de que a imagem da sua misericórdia fosse venerada primeiro na sua capela e depois em todo o mundo. Segundo Santa Faustina, o Senhor lhe disse:

“Prometo que a alma que venera esta imagem não perecerá. Também prometo, já aqui na terra, a vitória sobre os inimigos e, sobretudo, na hora da morte. Eu mesmo irei defendê-lo como minha glória ”.

Cardeal Czerny: o Dia da Terra exige ações urgentes

Dia da Terra | Vatican News

Refletindo sobre o Dia da Terra, o Cardeal Michael Czerny explica porque a Igreja e o Papa Francisco se preocupam tanto com a Terra, e lamenta os "fracassos ameaçadores" que tornam "urgente a ação para proteger o meio ambiente".

Deborah Castellano Lubov

Para o Cardeal Michael Czerny  agora mais do que nunca, devemos ser cidadãos responsáveis e proteger nossa Casa Comum. Falando ao Vatican News sobre o Dia da Terra, comemorado em todo o mundo neste 22 de abril, o Prefeito interino do Dicastério do Vaticano para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral reflete sobre a razão pela qual a Igreja se preocupa tanto com o Dia dedicado à proteção do planeta.

A cada Dia da Terra, milhões de pessoas em todos os continentes se reúnem para chamar a atenção para a necessidade de salvaguardar nosso planeta.  "A Igreja", afirma o Cardeal canadense ao Vatican News, "se preocupa muito com a Terra porque a Terra foi criada por Deus, o mesmo Deus que nos criou a todos como irmãos que são chamados a viver juntos em nossa Casa Comum e a cuidar dela". E o Dia da Terra, continua, "é um dia para lembrar nossa pertença a esta Casa Comum a uma família comum", e para lembrar "nossa muito séria, e eu diria, responsabilidade crescente para cuidar bem desta única Casa Comum que temos".

“Neste ano celebramos o Dia da Terra à sombra de múltiplas falhas sérias, graves e ameaçadoras por parte da família humana para levar esta realidade a sério.”

Por esta razão, insiste o Cardeal Czerny, é "um dia urgente" a ser comemorado.

Perto do coração do Papa Francisco

O Prefeito do Vaticano também reflete sobre o porquê da importância para o Papa Francisco de chamar a atenção para a proteção do meio ambiente. O "Papa Francisco", observa o Cardeal Czerny, "nos chamou a prestar atenção ao meio ambiente, praticamente desde o início de seu pontificado e especialmente na sua encíclica Laudato si", a primeira encíclica de um Papa dedicada ao meio ambiente. "Mas para responder à pergunta sobre o porquê da importância para o Papa", destaca o cardeal, "temos que ler a encíclica Fratelli tutti, ali percebemos a profunda importância que é uma vocação única ser irmãos uns dos outros, e cuidar da nossa Casa Comum".

“Não se pode ter um sem o outro”

"Então, isso faz com que o Dia da Terra seja um chamado para sermos cidadãos responsáveis nesta Terra", ressalta o Cardeal, "urgentemente". "Se não for assim, nada faremos", conclui o Cardeal Czerny, lamentando, "essa é, infelizmente, a direção em que estamos indo".

Dia da Terra | Vatican News

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Caio

S. Caio | Wikipedia

22 de abril – São Caio - Papa

Etimologia

O nome Caio vem do Latim “Caius” e significa feliz, alegre, contente.

Onomástico

Colocar o nome “Caio” significa desejar que o bebê tenha as virtudes mais importantes de São Caio: Fé, coragem, prudência e abertura ao diálogo.

Origens

Caio nasceu na cidade de Salona (atualmente chamada de Solin), na Dalmácia. Era descendente de um imperador cujo prenome era, também, Caio. Por isso, Caio viveu seus primeiros anos no luxo, no seio de uma família nobre e abastada. Não se sabe como ele veio a se tornar cristão. O fato, porém, é que Caio passou a ser um cristão fervoroso e grande conhecedor da fé e da doutrina cristã.

Papado

Por causa de sua santidade, sabedoria e conhecimento, São Caio foi eleito Papa. Ele foi o vigésimo oitavo papa da Igreja Católica. Seu papado durou treze anos. Iniciou em 17 de Dezembro de 283 e continuou até sua morte, que ocorreu no dia 22 de Abril de 296.

Realizações

Como papa, São Caio organizou a carreira dos religiosos, desde o início até se tornarem bispos. Ele decretou que, para alguém ser ordenado bispo deveria, antes, exercer as funções de leitor, subdiácono, exorcista, acólito, hostiário, diácono e padre. Caio também foi o responsável por dividir os bairros de Roma, deixando cada um sob o comando de um diácono.

Os anticristãos

No decorrer de seu pontificado houve um aumento na quantidade de medidas anticristãs por parte do império romano. Mesmo assim, São Caio conseguiu realizar a construção de novas igrejas e administrar a ampliação de cemitérios cristãos. Porém, a tensão entre a Igreja e o Estado ainda era grande.

Contendo revoltas

Caio também pode ser considerado o primeiro Papa que reuniu fiéis e emissários imperiais durante uma forte discussão a respeito da legitimidade das cobranças de tributos sobre os cristãos. Assim, conseguiu bastante confiança dos governantes Romanos. Conseguiu conter inúmeros agitadores que desejavam vingança pela morte de outros papas usando de atos de vandalismo.

Mártir

Por causa da perseguição romana, São Caio foi decapitado no dia 22 de abril de 296. Sua tumba, ainda com o epitáfio original, foi encontrada na Catacumba de São Calisto, junto com o anel usado por ele para selar cartas. Hoje em dia, seus restos mortais podem ser encontrados na capela da família Barberini.

Oração a São Caio

“Ó Deus, que destes a São Caio a graça de viver uma vida cristã exemplar e de dirigir vossa Igreja num momento conturbado e difícil, dai também a nós a graça de viver conforme vossa vontade e de dirigirmos bem a nossa vida, no rumo da eternidade. Por nosso Senhor jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém. São Caio, rogai por nós.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

quinta-feira, 21 de abril de 2022

ÀS VÉSPERAS DA 59ª ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB, CONHEÇA O PERFIL DO EPISCOPADO BRASILEIRO EM 2022

Foto: CNBB

Às vésperas da primeira etapa da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a ser realizada de 25 a 29 de abril, de forma online, o portal da CNBB divulga os dados atualizados do episcopado no Brasil, que atualmente é formado por 317 na ativa e 161 eméritos, totalizando 478 bispos.

Circunscrições eclesiásticas

A Igreja no Brasil possui 278 circunscrições eclesiásticas, ou seja, territórios ou “Igrejas Particulares” confiada aos cuidados de um bispo. A circunscrição eclesiástica pode ser uma prelazia, uma diocese, arquidiocese, eparquia ou exarcado para fiéis de ritos específicos, e também circunscrições que não tem uma limitação territorial, como a administração apostólica pessoal.

De acordo com as informações sistematizadas pela Secretaria Técnica da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), as circunscrições eclesiásticas estão divididas assim: 217 são dioceses, 45 arquidioceses, 8 prelazias, 3 eparquias, 1 exarcado, 1 rito próprio, 1 ordinariado militar, 1 administração apostólica pessoal e 1 arquieparquia. Cada uma delas conta com um bispo eleito pelo Papa para administrar o governo pastoral.

Dioceses vacantes

O levantamento mostra também que, até a terça-feira, 19 de abril, 13 dioceses brasileiras estão vacantes, ou seja, sem o bispo titular à frente do governo. Renúncia, transferência, falecimento ou perda de ofício são alguns dos motivos que podem tornar uma sede vacante, expressão oriunda do latim que significa trono vazio e que é usada pela Igreja para dizer que uma Sede Episcopal está sem o seu ocupante no governo pastoral.

Neste período, a Igreja Particular fica aos cuidados de um administrador diocesano, eleito pelo Colégio de Consultores, que pode desempenhar algumas funções limitadas pelo Código de Direito Canônico; ou por um administrador apostólico, um bispo nomeado pelo Papa.

Confira no quadro abaixo as 13 dioceses vacantes:

  1. Diocese de Alagoinhas (BA)
  2. Diocese de Amargosa (BA)
  3. Diocese de Cametá (PA)
  4. Diocese de Cruz Alta (RS)
  5. Diocese de Estância (SE)
  6. Diocese de Iguatu (CE)
  7. Diocese de Montes Claros (MG)
  8. Diocese de Quixadá (CE)
  9. Diocese de Rondonópolis – Guiratinga (MT)
  10. Diocese de Roraima (RR)
  11. Diocese de Salgueiro (PE)
  12. Diocese de São João da Boa Vista (SP)
  13. Diocese de Tubarão (SC)

Curiosidades

De acordo com o professor Fernando Altemeyer Junior, do Departamento de Ciência da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, que realiza há mais de 20 anos um trabalho de atualização de estatísticas e nomes do episcopado brasileiro, das 278 circunscrições eclesiásticas, a mais nova é a diocese de Xingu-Altamira (PA), erigida em 2019. Já mais antiga é a arquidiocese de São Salvador da Bahia, erigida em 25 fevereiro 1551. A Sé Primacial da Igreja no Brasil completou, em 2021, 470 anos de criação.

Criada pela Bula “Super specula militantis ecclesiae”, do Papa Júlio III, a arquidiocese de São Salvador da Bahia foi a primeira do país, por isso possui o título.

A pesquisa do professor Fernando Altemeyer aponta ainda que São Paulo é a maior arquidiocese do país, com 5 milhões de católicos, na frente de Rio de Janeiro (3,5 milhões) e Olinda e Recife (3,3 milhões). Segundo ele, no mundo, São Paulo perde em número de católicos para a cidade do México (5,1 milhões) e para Guadalajara (5,6 milhões).

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Garoto faz rifa de tigela e arrecada R$ 1,5 milhão para crianças da Ucrânia

@clarkie_woodwork / Instagram
Por Ricardo Sanches

O próprio garoto talhou a peça de madeira; o trabalho dele viralizou na internet e o menino transformou a popularidade em solidariedade.

Gabriel Clark tem 12 anos e mora em Cúmbria, no Reino Unida. O garoto é um apaixonado por marcenaria. Nas horas vagas, gosta de talhar objetos. E é justamente através de seu trabalho que ele vai conseguir ajudar muitas crianças ucranianas: o menino teve a ideia de rifar uma tigela de madeira feita por ele e reverter o dinheiro arrecadado para as vítimas da guerra.

Tudo começou em março, quando o pai de Gabriel postou uma mensagem no Twitter, falando sobre o artesanato que o filho fazia e que o menino estava guardando o dinheiro das vendas das tigelas e tábuas de madeira para uma mountain bike. Na postagem, ele pedia aos seguidores para entrar no Instagram do filho e conhecer o trabalho dele.

Richard R Clark - Instagram
Richard R Clark - Instagram
Richard R Clark - Instagram

Resultado: a postagem viralizou e, em dois dias, o perfil de Gabriel passou de seis seguidores para 200 mil.

Sensibilizados com a história e o trabalho do garoto, os seguidores começaram a fazer pedidos de tigela de madeira. Foram mais de 20 mil pedidos. Algo impossível de ser atendido, já que Gabriel não tem uma marcenaria profissional. Além disso, o garoto vai à escola e tem outros afazeres.

Popularidade transformada em solidariedade

Foi aí que o menino marceneiro teve uma ideia: usar a sua recente popularidade para fazer caridade. Ele decidiu, então, rifar um de seus trabalhos e doar todo o dinheiro arrecado para a ONG Save The Children, que ajuda crianças vítimas da guerra na Ucrânia.

Gabriel criou, então uma espécie de “vaquinha” on-line, onde configurou a rifa eletrônica com a meta inicial de arrecadar £ 5.000,00. Entretanto, em duas semanas, a campanha – batizada de “Tigela para a Ucrânia” – já arrecadou mais de £ 246.000 (o equivalente a R$ 1.495,000,00).

A ação teve o apoio de celebridades britânicas, como o ator e roteirista Stephen Fry e o ator Jason Isaacs, o Lucius Malfoy de “Harry Potter”.

O sorteio da tigela de madeira aconteceu no domingo de Páscoa, mas o ganhador não foi revelado. Mesmo assim, Gabriel decidiu manter a arrecadação de fundos através da internet.

À revista People, a mãe do pequeno marceneiro, que também é artesã, declarou: “A principal coisa sobre Gabriel: ele tem um coração muito, muito grande…Ele é talentoso, ele é criativo, mas mais do que tudo, ele tem um grande coração”.

A situação das crianças na Ucrânia

Dados da ONU indicam que, desde a invasão russa em fevereiro, 153 crianças ucranianas já morreram, vítimas dos ataques. Além disso, 2,8 milhões menores tiveram que deixar suas casas. Outros 2 milhões de crianças e adolescentes fugiram para países vizinhos.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Sacerdote mexicano expulso da Rússia

Pe. Fernando Veras (Opus Dei) | Guadium Press
A expulsão ocorreu provavelmente devido às suas palavras sobre a Ucrânia. A expulsão de religiosos católicos não é incomum no governo Putin.

Redação (20/04/2022 17:35Gaudium Press) As autoridades russas ordenaram a expulsão dentro de 24 horas do Pe. Fernando Vera, membro mexicano da Opus Dei que era pároco da Igreja de São Pedro e São Paulo em Moscou, sem mesmo permitir-lhe celebrar as liturgias da Vigília Pascal e do Domingo de Páscoa.

Os fiéis dizem que “Pe. Fernando tem o costume de ser franco e direto, mas isso deixou de ser uma virtude no nosso país”. E continuam afirmando que “hoje é difícil não cair no crime de “difamação das autoridades e do exército”, mesmo que se mencione apenas a guerra que está sendo travada na Ucrânia”.

Uma grande perda

Os cidadãos russos que se posicionam contra a guerra na Ucrânia são presos ou multados. Um missionário estrangeiro é expulso, mesmo sem aviso diplomático de 48 horas. No início do governo de Putin, houve várias expulsões de religiosos estrangeiros.

Na Rússia, há muitos missionários estrangeiros, em grande parte porque não há padres locais para cobrir as quase 300 paróquias que existem na Rússia.

A partida de Pe. Vera constitui uma grande perda para os católicos de Moscou. Este sacerdote havia substituído recentemente o Pe. Igor Kovalevsky, que teve um desentendimento com o Arcebispo Paolo Pezzi. A remoção de Pe. Kovalevsky foi motivada por má gestão na restituição dos edifícios paroquiais, e Pe. Vera estava tentando restaurar a harmonia entre fiéis e pastores.

A paróquia de São Pedro e São Paulo junto com a de São Luís dos Franceses e a Catedral da Imaculada Conceição compõe todo o patrimônio arquitetônico da Igreja m Moscou.

O Arcebispo Pezzi teve que presidir os ritos da Semana Santa e da Páscoa.

Com informações Infocatólica.

Ideologia de gênero ameaça a dignidade humana, diz cardeal

O secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin / ACI

Vaticano, 19 abr. 22 / 04:08 pm (ACI).- O secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, disse que a Igreja muitas vezes “não é ouvida” sobre temas como a ideologia de gênero.

Parolin disse em entrevista exclusiva à ACI Stampa, agência em italiano do grupo ACI, que a linha diplomática da Santa Sé não sofreu grandes mudanças durante os últimos pontificados. Há "uma continuidade", embora "cada papa tenha respondido às necessidades do seu tempo", disse. Segundo o caradeal, a Santa Sé “tenta ter uma visão que englobe todos os temas de atualidade”.

Ideologia de gênero

O cardeal disse que a Santa Sé está preocupada com os novos “direitos de gênero” promovidos pelos organismos internacionais. Segundo Parolin, esses direitos “trazem consigo uma nova visão antropológica que se afasta significativamente, para não dizer substancialmente, da visão da proposta cristã”.

“Esta nova antropologia priva a pessoa de suas três dimensões de relacionamento: consigo mesmo, relacionamento com Deus e relacionamento com os outros”, disse o cardeal.

A ideologia de gênero é uma corrente que considera que o sexo não é uma realidade biológica, mas uma construção sociocultural.

O cardeal Pietro Parolin destacou que a Santa Sé concebe esses desafios como um risco que ameaça "destruir a dignidade do ser humano" e defendeu que "devemos reconhecer que existem essas tentativas contínuas de 'colonização ideológica', como as chama o papa Francisco".

O cardeal destacou então que não se trata de “uma luta ideológica da Igreja”, mas que “trata-se realmente de falar de direitos, e falar deles com amor ao homem, porque vemos as consequências que surgem dessas escolhas”.

“Vemos na sociedade um mal-estar geral, uma incapacidade de se relacionar. Essas consequências vêm de uma visão antropológica que se concentra exclusivamente nos desejos pessoais”, destacou.

Para o cardeal Parolin, a questão de gênero está incluída hoje em muitos documentos, mesmo em alguns que nada têm a ver com "gênero", e lamentou que a Santa Sé não seja ouvida, mas "gere desconfortos".

“Mas não estamos trabalhando contra alguém. Pelo contrário, olhamos para o ser humano. Por isso, acredito que nossa tarefa é também ser fiel à mensagem que devemos transmitir, sem desanimar”, disse o cardeal, alegando que a Santa Sé deve “levantar as questões com respeito, com delicadeza, mas também com grande clareza ".

"Devemos expor nosso ponto de vista, mesmo que não seja imediatamente aceito, mesmo que não seja imediatamente compreendido, mesmo que seja rejeitado e haja oposição", defendeu.

Liberdade religiosa

Sobre a radicalização do Estado e a liberdade religiosa, o cardeal destacou que há uma tendência em alguns Estados, especialmente no Ocidente, de "relegar a religião à esfera privada".

O cardeal falou por último das restrições que foram tomadas durante a pandemia de coronavírus e afirmou ter ouvido muitos bispos “falando sobre os aspectos discriminatórios, porque certas instalações podiam abrir enquanto as igrejas tinham que permanecer fechadas. São opções que não levam em consideração, entre outras coisas, as necessidades espirituais das pessoas”.

“Acho que todos reconhecem que a Igreja tentou fazer a sua parte, não atrapalhando o trabalho do governo, mas acompanhando-o, ainda que com algumas críticas, mostrando-se um parceiro verdadeiramente confiável”, concluiu o cardeal.

Fonte: https://www.acidigital.com/

CNBB: Nota de repúdio à violência contra o povo Yanomami

Reserva yanomami - Amazônia | Vatican News

A Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano repudia a violência sexual de garimpeiros contra mulheres e crianças Yanomami.

Padre Modino - REPAM

A Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano (CEPEETH), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou nesta segunda-feira, 18 de abril, uma nota de repúdio à violência contra o povo Yanomami.

A nota, assinada pelo presidente da CEPEETH, dom Evaristo Spengler, “vem a público expressar, veementemente, sua indignação e repúdio diante da violência sofrida pelo povo Yanomami, especialmente a invasão do garimpo ao seu território, a violência sexual contra mulheres e crianças e o completo descaso do governo”. 

O relatório “Yanomami Sob Ataque: Garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami e propostas para combatê-lo”, divulgado em 11 de abril, construído pela Hutukara Associação Yanomami, que “denuncia a dramática realidade em que vivem as comunidades Yanomamis do Amazonas e de Roraima”.

O garimpo “cresceu 46% nas reservas indígenas em 2021”, denuncia a nota, e também que “os números de ataques criminosos contra as comunidades Yanomamis são alarmantes e desesperadores”. A situação é tão grave, que são relatados “a violência sexual e estupros sofridos por adolescentes e mulheres yanomamis, praticados por garimpeiros invasores que desenvolvem atividades criminosas de extração de ouro”.

Junto com isso as consequências da contaminação por mercúrio, “afetando a saúde dos rios e florestas e das populações que ali vivem”. Isso leva o CEPEETH a afirmar que “o povo Yanomami encontra-se ameaçado, violentado e em grande vulnerabilidade sob precárias condições de vida, fome, desnutrição e sujeitos a adquirirem doenças endêmicas, infectocontagiosas como a malária, dentre outras”.

O relatório recolhe também os efeitos da Covid-19 para os povos indígenas, denunciando que “tudo isto é fruto da inoperância do Estado brasileiro, em particular do governo federal, que de forma explícita vem desenvolvendo ações para expulsar os povos e comunidades de suas terras tradicionais; concedendo sobretudo títulos de propriedade aos que se apossam de terras públicas, em especial onde se encontram os povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais e áreas ambientais”.

A CEPEETH, “fiel ao seu compromisso místico-profético com os clamores dos pobres e da terra”, mostra na nota sua solidariedade e compromisso às lideranças indígenas na voz de Dário Kopenawa, que exige maior compromisso do governo brasileiro para combater o garimpo diante da muita violência e vulnerabilidade que o povo Yanomami está sofrendo. Por isso, a CEPEETH “repudia e denuncia com indignação, toda forma de exploração e violência em especial, a violência sexual contra Mulheres, adolescentes e crianças”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santo Anselmo

S. Anselmo | arquisp
21 de abril

Santo Anselmo

Anselmo fugiu de casa para poder tornar-se um religioso. Para ele o significado do ato ia além de abandonar a proteção paterna, significava esquecer toda a fortuna e influência que sua família possuía.

Anselmo nasceu em Aosta, no norte da Itália, em 1033, e seu pai freqüentava as rodas da nobreza reinante. Por isso projetou para o filho uma carreira que manteria e até aumentaria a fortuna do clã, razão pela qual se opunha rigidamente à vontade do filho de tornar-se sacerdote. Como Anselmo perdera a mãe muito cedo, e tinha um coração doce e manso, como registram os escritos, fez a vontade do pai até os vinte anos.

Mas, dentro de si, a tristeza crescia. Anselmo queria dedicar-se de corpo e alma à sua fé, contrária à vida mundana de festas em meio ao luxo e à riqueza. Estudava com os beneditinos e sua vocação o chamava a todo instante. Assim, um dia não agüentou mais e fugiu de casa.

Vagou pela Borgonha e pela França até chegar à Normandia, onde, então, se entregou aos estudos religiosos, sob a orientação do monge Lanfranco. Em pouco tempo, ordenou-se e formou-se teólogo. Tão rapidamente quanto sua alma desejava, viu-se eleito abade do mosteiro e professor. Passou, então, a pregar pelas redondezas e, como o cargo o permitia, a liderar a implantação de uma grande reforma monástica.

Como seu trabalho lhe trouxe renome, passou a influenciar intelectualmente na sua época, tanto espiritual quanto materialmente, por meio do que escrevia. Foram tantos os escritos deixados por ele que é considerado o fundador da ciência teológica no Ocidente.

Chegou a arcebispo-primaz da Inglaterra. Conta-se que enfrentou duras perseguições do rei Guilherme, o Vermelho, e de Henrique I. Mas tinha a fala tão mansa e argumentos tão pacíficos que com eles desarmava seus inimigos e virava o jogo a seu favor.

Anselmo morreu em Canterbury, com setenta e seis anos, no dia 21 de abril de 1109, e foi declarado "doutor da Igreja" pelo papa Clemente XI em 1720.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

São Conrado de Parzham

S. Conrado de Parzham | arquisp
21 de abril

São Conrado de Parzham

João Birndorfer era o penúltimo dos dez filhos de Bartolomeu e Gertrudes, um casal de alemães católicos de profunda fé, que nasceu na pequena aldeia de Parzhan, em 1818, na Baixa Baviera.

Iniciou sua vida de oração, humildade e caridade quando ainda era menino e chamava a atenção pelos longos momentos em que permanecia em contemplação e penitência. Devemos ressaltar esses "longos momentos", que eram, na verdade, todo o tempo em que não estava na escola ou trabalhando com os pais nas propriedades rurais que a família possuía no vale do Rott, em Passavia.

João tinha quatorze anos quando perdeu a mãe. Dois anos depois, ficou órfão também de pai e resolveu entregar-se de vez à religião. Até os trinta e um anos de idade, permaneceu trabalhando com a família nos campos, mas, sentindo-se chamado à vida religiosa, entrou para o mosteiro-santuário dos capuchinhos de Santa Ana em Altoetting, onde vestiu o hábito de monge e assumiu o nome de Conrado, depois de dividir toda a sua fortuna com os pobres. Os anos que restaram de sua vida foram vividos trabalhando na mais completa humildade como porteiro daquele mosteiro-santuário.

Foram quarenta e três anos de dedicação ao próximo, principalmente quando se tratava de desamparados, mendigos, doentes, viúvas, crianças órfãs etc. Devoto de Maria e da eucaristia, era dotado de muitos dons, dentre os quais o que mais se destacava era o da profecia. O mosteiro de Santa Ana recebia, anualmente, milhares de romeiros que procuravam o santuário ali existente e todos voltavam para suas terras louvando o conforto espiritual e a ajuda material que recebiam de Conrado.

Ele, no seu ministério de evangelização quase silencioso, provocou um despertar de fé na região, cooperando com a obra benéfica em favor da infância abandonada e perigosa, conhecida na época com o nome de Liebeswerk, ganhando em vida a fama de santidade.

Morreu em 1894, após longos anos de jejum e penitências numa vida, à primeira vista, rude, mas que era pautada na simplicidade cristã, paciente e operosa, voltada para o amor ao próximo na figura de Jesus Crucificado, da Virgem Santíssima e da santa eucaristia.

Aprovados os milagres atribuídos à sua intercessão, depois de sua morte, o papa Pio XI beatificou-o em 1930 e, depois de uma rapidez insólita no processo de canonização, em 1934 ele próprio o inscreveu no livro dos santos. A festa litúrgica de são Conrado acontece no dia 21 de abril, dia de sua morte.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF