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quarta-feira, 27 de abril de 2022

Santa Zita

Santa Zita | arquisp
27 de abril
Santa Zita, Virgem
Zita foi empregada doméstica durante trinta anos em Luca, na Itália. Hoje em dia, as comunidades de baixa renda sofrem grande injustiça social, principalmente quando trabalham em serviços domésticos, como ela, mas no século XIII as coisas eram bem piores.

Zita nasceu em 1218, no povoado de Monsagrati, próximo a Luca, e, como tantas outras meninas, ela foi colocada para trabalhar em casa de nobres ricos. Era a única forma de uma moça não se tornar um peso para a família, pobre e numerosa. Ela não ganharia salário, trabalharia praticamente como uma escrava, mas teria comida, roupa e, quem sabe, até um dote para conseguir um bom casamento, se a família que lhe desse acolhida se afeiçoasse a ela e tivesse interesse em vê-la casada.

Zita tinha apenas doze anos quando isso aconteceu. E a família para quem foi servir não costumava tratar bem seus criados. Ela sofreu muito, principalmente nos primeiros tempos. Era maltratada pelos patrões e pelos demais empregados. Porém agüentou tudo com humildade e fé, rezando muito e praticando muita caridade. Aliás, foi o que tornou Zita famosa entre os pobres: a caridade cristã. Tudo que ganhava dos patrões, um pouco de dinheiro, alimentos extras e roupas, dava aos necessitados. A conseqüência disso foi que, em pouco tempo, Zita dirigia a casa e comandava toda a criadagem. Conquistou a simpatia e a confiança dos patrões e a inveja de outros criados.

Certa vez, Zita foi acusada de estar dando pertences da despensa da casa para os mendigos, por uma das criadas que invejavam sua posição junto aos donos da mansão. Talvez não fosse verdade, mas dificilmente a moça poderia provar isso aos patrões. Assim, quando o patriarca da casa perguntou o que levava escondido no avental, ela respondeu: "são flores", e soltando o avental uma chuva delas cobriu os seus pés. Esta é uma de suas tradições mais antigas citadas pelos seus fervorosos devotos.

A sua vida foi uma obra de dedicação total aos pobres e doentes que durou até sua morte, no dia 27 de abril de 1278. Todavia, sua interferência a favor deles não terminou nesse dia. O seu túmulo, na basílica de São Frediano, conserva até hoje o seu corpo, que repousa intacto, como foi constatado na sua última exumação, em 1652, e se tornou um lugar de graças e de muitos milagres comprovados e aceitos. Acontecimentos que serviram para confirmar sua canonização em 1696, pelo papa Inocêncio XII.

Apesar da condição social humilde e desrespeitada, a vida de santa Zita marcou de tal forma a história da cidade que ela foi elevada à condição de sua padroeira. E foi uma vida tão exemplar que até Dante Alighieria a cita na Divina Comédia. O papa Pio XII proclamou-a padroeira das empregadas domésticas.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

terça-feira, 26 de abril de 2022

Conheça o INAPAZ da CNBB

Foto: Padre Alberto Antoniazzi com o Papa Paulo VI, no Vaticano
( site arquidiocesebh)

Conheça o INAPAZ, organismo que tem Dom Paulo Cezar, Arcebispo de Brasília, como Bispo referencial.

O Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi (INAPAZ) é um organismo técnico de assessoria teológico-pastoral vinculado ao secretariado geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que tem como objetivo de ser um serviço de inteligência pastoral para a Igreja no Brasil.

Dentro dos desafios propostos ao INAPAZ está a retomada como caminho para fortalecer a formação dos cristãos tendo em vista as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Também são competências do Instituto a produção das análises de conjuntura eclesial, seminários e consultas sobre a elaboração do novo estatuto da Conferência episcopal brasileira.

Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília, foi escolhido em 2021 para ser o Bispo referencial para o INAPAZ em sua recriação e orienta, desde então, os serviços do Instituto desde a produção de subsídios e estudos sobre temas de relevância pastoral, reflexões teológico-pastorais e a assessoria na formulação jurídico-canônica do novo estatuto da CNBB.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

O fim do uso da máscara e a síndrome do rosto vazio

Shutterstock
Por Ricardo Sanches

Especialistas alertam para condição psicológica que surgiu após o fim da obrigatoriedade desse "escudo de proteção".

Nos últimos dois anos, a humanidade acostumou-se a usar um acessório outrora necessário apenas nos ambientes do setor de saúde. A máscara, de acordo com os especialistas, foi fundamental para a prevenção da Covid-19.

Agora, com a redução significativa no número dos casos da doença e de mortes provocadas por ela, além do avanço da vacinação, seu uso foi praticamente abolido. 

A notícia configurou-se um alívio para muita gente. Entretanto, para outros, a não-obrigatoriedade do uso de máscaras causou um certo transtorno e desencadeou um conjunto de sintomas que os psicólogos e psiquiatras batizaram de “síndrome do rosto vazio”.

O que é a síndrome do rosto vazio

Ainda não existe literatura científica sobre a síndrome do rosto vazio. A condição, tampouco, consta nos anais da psicologia, apesar de ser comum no dia a dia dos consultórios e atingir, sobretudo, jovens e adolescentes.

Os psicólogos definem a síndrome do rosto vazio como uma série de sintomas provocados pela flexibilização no uso da máscara durante a pandemia. Os pacientes que desenvolvem essa condição, de acordo com os especialistas, sentem medo exgerado de não usar máscara por, pelo menos, dois motivos: 

1 – o risco do contágio;

2 – a exposição física.

Os sintomas da síndrome são parecidos com os da ansiedade, e, segundo os psicólogos, atingem mais predominantemente as pessoas que já apresentaram transtorno de ansiedade e crises de pânico. Isso, entretanto, não é uma regra. 

A condição também foi observada em pacientes que desenvolveram a fobia social por causa do isolamento ou de prolongadas quarentenas durante a pandemia.

Pessoas com problemas de autoestima e com dificuldades em lidar com a aparência física e os “defeitos” do próprio rosto também estão mais propensas a desenvolver a síndrome do rosto vazio.

Rostos vazios?

As máscaras escondem sorrisos, sofrimentos, beleza e imperfeições que, muitas vezes, só a gente vê. Para as pessoas que se acostumaram a elas e resistem em não usá-las, as máscaras são como um amuleto, uma barreira para disfarçar a vulnerabilidade num mundo em que só os fortes parecem vencer. 

Quando a máscara cai – pensam – parece cair também o poder de se camuflar, de se esconder atrás do acessório, atrás das opiniões e das entrelinhas das tramas sociais.

Mas ninguém é vazio. Nenhum rosto é vazio. Pelo contrário: nosso rosto reflete a nossa alma, o nosso conteúdo, a nossa empatia, as nossas fraquezas, os nossos defeitos e as dificuldades que nos tornam humanamente únicos e admiráveis. 

O medo, seja do contágio ou da exposição física, pode paralisar as pessoas e comprometer a fé. Além disso, essa paralisia priva indivíduos do convívio social e do compartilhamento das idiossincrasias e daquilo que cada um tem de melhor (e – acredite – todos temos muitas coisas boas). O medo barra a partilha, a inspiração, a vida em sua plenitude. 

Como enfrentar

Os psicólogos e psiquiatras lembram que ainda não existem protocolos para o diagnóstico e tratamento da síndrome do rosto vazio. 

Entretanto, como se trata de uma condição semelhante à ansiedade e às fobias, o principal conselho é: enfrentar. Porém, eles alertam que esse enfrentamento deve ser gradual. Na prática, isso significa começar a ficar sem máscara nos ambientes considerados “seguros” e por pouco tempo. Depois, é preciso ir aumentando paulatinamente. 

Para os pacientes que sentem medo por causa do contágio, o conselho é acompanhar as notícias científicas sobre os riscos da transmissão dos vírus e se a máscara podem barrá-los ou não.

Já para os que veem na máscara um escudo de proteção ou uma barreira para esconder “defeitos e imperfeições”, a saída é um trabalho mais profundo no que se refere à autoaceitação.

Em todos os casos, procurar ajuda profissional é de extrema importância.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Papa escreve carta pessoal ao patriarca russo Kirill pela Páscoa ortodoxa

Imagem ilustrativa. Papa Francisco com o Patriarca Kirill.
Foto: Vatican Media

Vaticano, 25 abr. 22 / 03:45 pm (ACI).- O papa Francisco escreveu uma carta ao patriarca ortodoxo de Moscou, Kirill, por ocasião da Páscoa segundo o calendário juliano, que foi celebrada no domingo (24). Francisco rezou para que o Espírito Santo “transforme nossos corações e nos torne verdadeiros artífices da paz”.

"Querido irmão! Que o Espírito Santo possa transformar nossos corações e nos tornar verdadeiros artífices da paz, especialmente para a Ucrânia devastada pela guerra, para que a grande passagem pascal da morte para uma nova vida em Cristo possa se tornar uma realidade para o povo ucraniano, que anseia por um novo amanhecer que ponha um fim às trevas da guerra”, escreveu o papa.

Além disso, o papa destacou que nestes dias “sentimos todo o peso do sofrimento da nossa família humana, esmagada pela violência, pela guerra e por tantas injustiças” e recordou o sacrifício de Cristo na Cruz.

Francisco disse que “vamos continuar com o coração agradecido ao Senhor que tomou sobre Si todo o mal e toda a dor de nosso mundo”.

"Querido irmão! Rezemos uns pelos outros para dar testemunho confiável da mensagem evangélica de Cristo ressuscitado e da Igreja como sacramento universal de salvação, para que todos possam entrar no reino da justiça, da paz e da alegria no Espírito Santo”, pediu.

Finalmente, o papa felicitou os cristãos ortodoxos pela celebração da Páscoa e disse ao patriarca que, "unidos em oração mútua, confiamos nossas Igrejas e todos os nossos irmãos à intercessão de Maria, Mãe de Deus, que esteve com seu Filho em seu sofrimento e em sua morte e participou da alegria de sua ressurreição”.

Videoconferência com Kirill

O papa Francisco e o patriarca de Moscou e toda a Rússia, Kirill, fizeram uma videoconferência na qual discutiram a guerra na Ucrânia e questões de “cooperação bilateral”, em 16 de março.

Segundo informou a sala de imprensa da Santa Sé, "o papa Francisco agradeceu ao patriarca por este encontro, motivado pelo desejo de indicar, como pastores de seu povo, um caminho para a paz, para rezar pelo dom da paz, para um cessar fogo".

Da mesma forma, o papa e o patriarca Kirill concordaram que a Igreja "não deve usar a linguagem da política, mas a linguagem de Jesus". Ambos destacaram a excepcional importância do processo de negociação em curso porque, disse o papa, “quem paga a conta da guerra é o povo, são os soldados russos e é o povo que é bombardeado e morre”.

“Como pastores, temos o dever de estar perto e ajudar todas as pessoas que sofrem com a guerra”, disse o papa.

Possível encontro com Kirill

Em dezembro de 2021, o papa disse no avião de volta a Roma, depois de concluir sua viagem apostólica a Chipre e Grécia, que havia “um encontro com o patriarca Kirill no horizonte não muito distante”.

No entanto, em recente entrevista do papa concedida ao jornal argentino La Nación, ele disse que a Santa Sé suspendeu uma possível segunda reunião marcada "para junho em Jerusalém" como parte de sua próxima viagem ao Líbano. Francisco explicou que "nossa diplomacia entendeu que um encontro dos dois neste momento poderia levar a muita confusão”.

Encontro do Papa com Kirill em 2016

O papa Francisco e o patriarca Kirill tiveram um encontro histórico em Havana, Cuba, em 12 de fevereiro de 2016.

Após a reunião privada, os líderes religiosos assinaram uma declaração e falaram brevemente sobre este importante evento.

O encontro histórico aconteceu no aeroporto José Martí de Havana e depois o papa retomou sua viagem ao México, onde permaneceu até 17 de fevereiro.

Fonte: https://www.acidigital.com/

CNBB: Documento de Aparecida nas Diretrizes da Igreja no Brasil

O arcebispo de Brasília e referencial do Inapaz, dom Paulo Cezar Costa

Aparecida propõe que “não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande ideia, mas através do encontro como um acontecimento, com Jesus Cristo, que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva para a missão”, diz dom Paulo.

Vatican News

Na segunda sessão da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na tarde da segunda-feira, 25 de abril, representantes do Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi (Inapaz), organismo ligado à entidade, apresentaram a análise de conjuntura eclesial com o tema: “Aparecida 15 anos depois: contribuições, perspectivas e desafios”.

O objetivo, segundo o secretário-executivo do Inapaz e assessor da Comissão de Cultura e Educação da CNBB, padre Danilo Pinto, foi refletir de que forma as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2008 – 2023)  recepcionaram o Documento de Aparecida (2007), fruto da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano. A análise apresentada fez também um diagnóstico do documento, em sua metodologia e conteúdo, apontando os principais pontos apresentados para a caminhada da Igreja na América Latina.

No documento de Aparecida, de acordo com o padre Danilo, sobressaiu um olhar do discípulo missionário, fruto da influência do então cardeal Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, que coordenou a comissão de redação da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano.

O arcebispo de Brasília (DF) e referencial do Inapaz, dom Paulo Cezar Costa (foto acima), destacou que o documento de Aparecida já apontava uma “uma mudança de época, com transformações em seu nível mais profundo que é no campo cultural” e que marcou profundamente a Igreja. Nestes quinze anos, de acordo com o arcebispo, aconteceram grandes transformações no mundo e no Continente Latino-Americano e Caribenho.

“No cenário cultural, já se fala de cultura urbana, pois o estilo de vida e a mentalidade dos ambientes citadinos se expandem, alcançando os rincões. Na realidade social e política do continente, percebe-se uma maior pobreza de nossos povos, com um crescimento do número de excluídos”, disse.

De acordo com dom Paulo, a crise de sentido, já detectada por Aparecida, foi acentuada pela pandemia da Covid-19. “Há uma grande mudança religiosa no continente, com o crescimento das religiões protestantes e, principalmente, do neopentecostalíssimo, inclusive com países onde o número de protestantes já ultrapassou o de católicos”, ressaltou.

A alegria do Evangelho

Frente a este contexto, Aparecida propõe que “não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande ideia, mas através do encontro como um acontecimento, com Jesus Cristo, que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva para a missão”.

Ecos deste documento, segundo dom Paulo, são encontrados na exortação apostólica Evangelii Gaudium, lançada em 2023 e em outros documentos do magistério do Papa Francisco. Uma destas ideias é a alegria de ser discípulo missionário. “Não é uma alegria ingênua, pois Aparecida detecta os reais problemas do Continente, mas uma alegria que é marca do Nosso Continente na vivência e testemunho da Fé”, apontou o arcebispo de Brasília.

Convertido, apontou dom Paulo, ao cristão missionário cabe “entrar com todas as forças, nos processos constantes de renovação missionária e de abandonar as ultrapassadas estruturas que já não favoreçam a transmissão da fé.

A análise eclesial apontou oito pontos do documento de Aparecida que se refletem nas diretrizes gerais da ação evangelizadora da Igreja no Brasil: Conversão pastoral e renovação missionária, a formação do discípulo missionário e a Iniciação à Vida Cristã, a animação bíblica da pastoral, Paróquia, comunidade de comunidades e comunidades eclesiais missionárias, a piedade popular: lugar do encontro com Jesus Cristo, a Igreja, a Serviço da vida plena, opção renovada pelos adolescentes e jovens e a família como espaço de vivência dos valores evangélicos.

Conferência de Aparecida – 15 anos depois

A CNBB tem uma proposta para a celebração dos 15 anos da Conferência de Aparecida no Brasil. O Inapaz apresentou as iniciativas que devem ser levadas adiante durante os próximos meses. Em maio, a Presidência da entidade terá duas atividades no Santuário de Aparecida, que sediou a Conferência Latino Americana.

Também está previsto um seminário, em setembro, com reflexões conduzidas pelo Inapaz e pelos Institutos de Teologia das universidades católicas. O Inapaz também está preparando a publicação de um livro com o acúmulo da reflexão apresentada ao episcopado brasileiro.

Fonte: CNBB

https://www.vaticannews.va/pt

Santo Anacleto

S. Anacleto | Cléofas
26 de abril
Santo Anacleto

São Anacleto era grego. Seu nome significa “aquele que é chamado”.

Anacleto foi ordenado diácono por São Pedro. Discípulo fiel, Anacleto seguia Pedro por todo parte, desbravando a cidade de Roma e conhecendo a realidade das diversas igrejas cristãs.
Foi eleito papa em Roma e aproveitou um tempo de paz concedida aos cristãos sob o reinado do imperador Vespasiano para organizar a Igreja que crescia rapidamente. Chegou a ordenar vinte e cinco sacerdotes em Roma. Também foi dele a estranha ordem de que os homens cristãos não deveriam ter cabelos compridos.


Anacleto foi o segundo sucessor de São Pedro e foi o terceiro Papa da Igreja de Roma, governando-a entre os anos 76 e 88.
Ele mandou construir um pequeno templo na tumba de São Pedro. Morreu mártir no ano 88 e foi sepultado ao lado de São Pedro.

Com o passar dos anos, a vida de Santo Anacleto confundiu-se em duas: durante muito tempo a Igreja celebrou Santo Anacleto e santo Cleto como dois santos diferentes. No fim, os dois eram a mesma pessoa.  

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Reflexão
Anacleto, um bom pastor, vigiava e rezava com os perseguidos. Com eles reunia-se nas catacumbas para celebrar o ofício divino. Zelou pela dignidade dos locais de culto e construiu uma pequena capela para a veneração de São Pedro. Foi um santo Papa e dentre todas as realizações, acreditava que a beleza dos lugares sagrados ajudava a criar o clima da oração. Como está o cuidado e o carinho com a sua comunidade?
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que Santo Anacleto governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

segunda-feira, 25 de abril de 2022

O medo que nos afasta de Cristo

Elnur | Shutterstock
Por Francisco Borba Ribeiro Neto

O medo não nos permite desfrutar os encantos da vida, o fascínio pela diversidade de dons que o Senhor nos deu, o prazer do encontro sincero com o outro; pois tudo fica obscurecido pela insegurança e pelo ressentimento.

Na segunda-Feira da Oitava de Páscoa deste ano, ao rezar o Regina Caeli, o Papa Francisco fez um convite para que todos nós vençamos o medo. Suas palavras, nessa ocasião, já foram inclusive apresentadas em Aleteia. Contudo, elas não podem deixar a remeter às palavras de São João Paulo II, na missa de início de seu pontificado, quando sua exortação “Não tenhais medo” marcou o mundo católico (Aleteia também tem um interessante comentário sobre essa ocasião).

Minha questão não é tanto aquela de comentar essas declarações dos dois papas, já apresentadas em Aleteia, e sim refletir sobre a importância tanto do medo quanto da coragem que vem da fé em nossa cultura atual. 

Os ousados correm mais riscos

O temor é um sentimento intrinsicamente ligado a nosso instinto de sobrevivência – e como tal é necessário ao ser humano. Uma criança pequena que não tenha medo das coisas pode parecer encantadora, mas corre muito mais riscos e tem muito mais chance de se acidentar que outra “medrosa”. Ter receio significa reconhecer os próprios limites e agir de forma adequada em função deles.

A ousadia fica bem em filmes de ação, quando o herói quase sempre vence, combinando suas capacidades a uma boa dose de sorte. Pode, contudo, ser até irresponsável, quando alguém compromete a sua segurança e a dos demais com um gesto ousado. Nossa sociedade, que idolatra o êxito, está sempre exaltando a ousadia dos vencedores. Fala-se muito hoje em dia nas startups, pequenas empresas abertas por inovadores, que se tornaram “unicórnios”, isso é, ficaram milionárias em pouquíssimo tempo. Elogia-se a criatividade e a ousadia desses empreendedores, mas raras vezes se fala que apenas um em cada cinco novos negócios costuma ir para a frente – e os que se tornam milionários são tão raros que recebem justamente o nome de unicórnios.

Sob esse ponto de vista, um certo medo é condição para uma atitude prudente. O culto à ousadia faz parte de uma certa ideologia neoliberal que considera normal deixar os que “não dão certo” pelo caminho, enquanto os vencedores ficam com todos os frutos. O receio que refreia a ousadia e orienta a prudência é desejável. Nosso problema surge justamente quando o temor paralisa a ação e nos impede até mesmo de tomar posições sensatas.

Quando o medo domina

stress, um dos maiores problemas da sociedade atual, tem um componente biológico interessante. Na natureza, um animal que encontra seu predador precisa fugir rápido. Seu medo desencadeia uma série de reações fisiológicas, que aceleram os batimentos cardíacos e aumentam a atividade muscular. Algumas espécies de macacos lançam fezes contra o predador, tentando repeli-lo. Nós, seres humanos, quando nos sentimos intimidados, temos reações fisiológicas semelhantes. Na maioria dos casos, porém, sair fugindo não é uma solução para o problema (muito menos atirar fezes em outras pessoas). Assim, a reação que seria útil na natureza não só se torna inútil na civilização, como – ainda pior – causa um desgaste orgânico que traz mais dificuldades à pessoa.

O medo, dessa forma, deixa de ser um fator de proteção e se torna um problema em nossas vidas. O mundo civilizado não é menos perigoso que a natureza selvagem – só mudam os perigos. Atravessar uma rua movimentada, ir a uma festa noturna e voltar de madrugada, abrir um negócio, lidar com um chefe ou um cliente truculento, mandar os filhos para a escola… Se paramos para pensar, as atividades mais corriqueiras de nosso cotidiano carregam uma certa carga de perigo. Deixar-se dominar por esses perigos paralisa a vida e intoxica a alma.

Tanto a ousadia imprudente quanto o receio descontrolado são danosos. Porém, enquanto a ousadia imprudente costuma ser eufórica e exultante, o temor descontrolado nos angustia e deprime. Os jovens se encantam com a ousadia e têm aversão ao medo. Os políticos demagógicos e os líderes ideológicos costumam se apresentar como ousados, enquanto instilam o receio do outro em nossos corações.

Um obstáculo ao diálogo

O medo do outro é um dos maiores obstáculos ao diálogo e à reflexão. Quando temos receio de uma situação, canalizamos toda a nossa energia e todo o nosso intelecto para fugir do perigo. Não restam recursos para procurar entender o outro ou para discernir racionalmente quais são as verdadeiras dimensões do perigo. Fake news frequentemente exploram nossos temores. Desse modo, se torna mais difícil para nós perceber as inverdades apresentadas.

O medo nos fecha em nossos próprios grupos, que se tornam guetos, “bolhas”, onde nos sentimos seguros porque só reafirmamos ideias consensuais entre nós, todos agimos segundo um mesmo código de conduta, só ouvimos aquilo que queremos ouvir. Onde impera o medo, não existe o diálogo, nem um verdadeiro anúncio missionário. O medo, particularmente das ideologias e das posições políticas, numa sociedade plural e polarizada como a nossa, vem acompanhado pelo ressentimento e pela raiva do outro.

A coragem dos pobres de espírito

Curiosamente, o medo acompanha a riqueza. Imaginamos que quanto mais temos, mais seguros estamos. Em termos muito objetivos, isso é verdade. Mas, em termos subjetivos, frequentemente se dá o inverso. Quem muito tem, muito pode perder – e o receio da perda passa a controlar a alma. Assim, em nossa sociedade, vivemos num contínuo frenesi por segurança material, que nunca é conquistada, pois quanto mais temos, mais percebemos o perigo da perda imprevista, causada por um negócio infeliz, uma demissão imerecida, um acidente ou uma doença inesperada.

Por isso, existe uma coragem que é própria dos “pobres de espírito”, no sentido dado a essa expressão nos Evangelhos. O pobre de espírito é aquele que, mesmo possuindo, sabe que nada é seu, que tudo é graça e que, mesmo na aflição, a graça não haverá de faltar. Sabendo-se limitado, é prudente; mas sabendo-se acompanhado por Deus, não se deixa levar pelo medo.

Um coração aberto ao fascínio pela realidade

A prudência é uma virtude, como lembra o Catecismo da Igreja Católica (CIC 1806), mas o temor descontrolado é um pecado que nasce da falta de confiança em Deus. Numa mentalidade agnóstica, hegemônica em nossos dias, não é de se admirar que as pessoas vivam entre a glorificação de uma ousadia ilusória, até inconsequente, e a dominação dissimulada do medo. Enquanto a ousadia é cantada e louvada, mas praticada por poucos na vida adulta, os receios lançam a muitos na angústia e na insegurança diante da realidade.

O medo não nos permite desfrutar os encantos da vida, o fascínio pela diversidade de dons que o Senhor nos deu, o prazer do encontro sincero com o outro; pois tudo fica obscurecido pela insegurança e pelo ressentimento. O coração amedrontado se enche de aflição e raiva, indecisão e angústia. Não é à toa que os papas nos convidam com tanta insistência ao destemor que nasce da entrega da própria vida a Cristo.

Que possamos ter a mentalidade livre de todo receio que caracteriza os verdadeiros pobres de espírito e construir, para nós e nosso filhos, uma cultura da esperança que não decepciona, onde nossos irmãos e a própria realidade são sinais de amor e fascínio, não de insegurança e medo.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

A diferença entre um morcego, uma serpente, um ovo de tartaruga e um bebê

Guadium Press

Redação (24/04/2022 13:40Gaudium Press) O período histórico que vivemos, a partir do fim da década de 1950, é caracterizado como a era da informação. No entanto, nos últimos anos, com o crescimento da internet, a velocidade e a quantidade de informações que nos chegam, tornou-se praticamente impossível que elas se fixem. As informações apenas passam por nós e, acrescidas pelo avanço das fake news, nos colocam no centro da era da desinformação, o que faz de nós pessoas sem memória.

O mês de abril marca as eleições na França. Em outubro, será a vez das eleições no Brasil, época caracterizada  pelo maior bombardeio de informações e mentiras a que são submetidos os cidadãos de uma nação, em qualquer parte do mundo.

No período eleitoral, vemos de tudo: adversários que viram aliados; inimigos que se tornam parceiros mais ligados que gêmeos siameses; ateus que viram religiosos, e cristãos de frente dupla que frequentam duas religiões ao mesmo tempo – embora a prática de uma fira os princípios da outra e vice-versa  – para garantir votos entre os dois lados, já que, até num estado laico, o grosso do eleitorado ainda é cristão. E o apego ao poder é tão grande que, entre uma missa e um culto, ninguém deve estranhar se vir o mesmo candidato fazendo um ebó para que os orixás o ajudem a conseguir seus fins, porque o importante é ganhar as eleições.

A bandeira do católico

Precisamos estar atentos sempre; todavia, em épocas de eleição, devemos estar muito mais atentos do que em qualquer outro período, filtrando ao máximo tudo o que nos chega e fazendo comparações com o que os políticos dizem e depois desdizem, com a maior cara lavada, sem nenhum constrangimento. Sobretudo, precisamos ter claro que a guerra é deles – não nossa – e tomarmos cuidado para não vestir camisas e erguer bandeiras deste ou daquele candidato, entrando em atrito e desentendimentos com familiares, amigos, colegas de trabalho, vizinhos e membros das comunidades religiosas e agremiações esportivas e culturais que frequentemos.

Cristãos não devem vestir camisas vermelhas, amarelas, azuis ou multicoloridas e nem levantar bandeiras desses ou daqueles que se digladiam pelo poder, porque eles mesmos trocam de camisas o tempo todo e não têm o menor pudor em vestir a camisa de um adversário de ontem, sem nem mesmo lhe lavar o suor fétido, se aquele adversário lhe fornecer apoio em troca de vantagens. E isso todos fazem, até quem diz que não fará jamais. A única camisa que um cristão deve usar continuamente é a camisa branca da neutralidade partidária, que lhe garante a travessia do processo eleitoral, sustentando a defesa da paz.

Se tiver que levantar uma bandeira, que seja o estandarte da cruz, e não bandeiras demagógicas de A, B, ou C, porque, se você levanta a bandeira de um candidato hoje, antes de abaixá-la, ele já pode ter feito acordos e conchavos e mudado de bandeira, indo para o lado que atenda melhor as suas conveniências e o bobo será você! E os únicos “santinhos” que você deve distribuir e carregar na sua carteira são as estampas dos santos da sua devoção e, ao que consta, não há políticos entre eles.

Votar é um impositivo da lei e devemos cumprir a nossa obrigação; o próprio Cristo nos orientou: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” (Mt 22, 21). Cumpra o seu dever e se sinta honrado por isso. Mas faça a sua obrigação em silêncio; o voto é secreto para defender quem vota, então, se valha desse pequeno privilégio que a legislação lhe concede e não entre em brigas e atritos desnecessários.

Os santos que um cristão católico deve venerar estão nos altares das igrejas e o único Deus que devemos adorar está no Céu. Ter lugar de mando não apaga erros cometidos e muito menos evita que se cometam outros, até piores. Usar pele de ovelha para conquistar ovelhas não transforma um lobo no que ele não é.

Eu me entristeço quando vejo pessoas religiosas brigando por causa de política, ou vestindo a camisas de candidatos que podem agradá-las, mas, verdadeiramente, não as representam e nem se importam com elas. Pessoas religiosas precisam estar no mundo e fazer escolhas que permitam o funcionamento do mundo, contudo, não podem perder de vista que não pertencem a este mundo e, por isso, não podem se comprometer com ninguém que represente exclusivamente os interesses do mundo.

Um católico de fato não pode dizer “o meu candidato”, visto que um católico não tem candidatos. Ele deve apenas escolher um candidato para dar o seu voto, mas não fazer de nenhum candidato o seu ídolo, porque um cristão legítimo não tem ídolos, ele tem Deus.

E, sobremaneira, é importante que não nos iludamos com a existência de candidatos bons, pois só teremos governos justos quando Nosso Senhor Jesus Cristo retornar à Terra e assumir, Ele próprio, o governo de todas as nações, ou designar seus Ministros Celestes para essa função.

Há poucos dias, assisti a um vídeo de um professor de história em um canal católico e ele disse uma das coisas mais interessantes que já ouvi sobre eleições: “Entre Lúcifer, Belzebu e Satanás não significa necessariamente ter uma escolha”. Ouvi também, há muitos anos, uma excelente resposta de um homem santo que muito admiro – e que muitos dos que me leem certamente admiram também. A uma jovem que pedia um conselho sobre qual o melhor candidato nas eleições que se avizinhavam ele respondeu: “Nihil.” Embora todos desejem poder votar em um candidato bom, infelizmente, a nossa escolha recai sobre o ruim e o menos ruim.

É aí que entra o nosso exercício de memória; e eu, que há décadas sou partidário do Nihil, ou seja, nenhum, vou usar essa tribuna para lembrar uma fala recente, que o trator midiático já tentou diluir e cobrir com o manto da invisibilidade e do esquecimento, mostrando que “não é bem assim, que não foi bem isso que o candidato quis dizer”. Mas foi. Ele disse e nós, como cristãos, ainda que decidamos votar nele, não devemos esquecer.

Nesse caso específico, não foi astúcia do adversário, não foi alguém que disse que ele disse, foi ele mesmo quem falou e, como defensores da vida, nós temos a obrigação moral de não esquecer, porque, diante do Tribunal Divino, não poderemos alegar que não entendemos direito ou que nos esquecemos, porque seremos cúmplices do que vier a acontecer.

    Aborto não é uma questão de saúde pública!

Precisamos ter claro que aborto não é uma questão de saúde pública; talvez seja mais uma questão de segurança pública por se tratar de um assassinato, com o agravante de matar um ser absolutamente incapaz de se defender. No discurso em que o candidato se colocou como defensor da legalização do aborto, ele também falou coisas que são verdadeiras, sobre família e educação de filhos, mas, acusou o outro candidato, cobrando exemplos que ele também não dá.

Volto a repetir: não existe bom nessa disputa. No entanto, colocar a prática do aborto como uma questão de saúde pública e uma solução para a vida das mulheres pobres é uma questão de absoluta gravidade, mesmo que, após ficar “mal na foto”, o sujeito tenha voltado atrás. Ninguém muda as suas convicções; pode fazer de conta que muda para angariar votos, mas, uma vez no poder, agirá em conformidade com aquilo que acredita.

Sim, mulheres pobres morrem fazendo aborto em clínicas clandestinas, porém, ricas ou pobres, também podem morrer ao fazê-lo em hospitais onde a prática é legal. Exemplo disso é a morte de uma jovem argentina de 23 anos. María del Valle González López morreu no dia 11 de abril de 2021, quando foi submetida a um aborto legal em um hospital público, na Argentina. O fato voltou aos noticiários nos últimos dias devido à autorização da investigação do caso pela Justiça argentina.

Um irmão da jovem declarou que, assim como os familiares, ela era pró-vida, entretanto, mudou de opinião ao entrar na universidade, quando se tornou ativista e passou a defender a legalização do aborto no país, na posição de Presidente da Juventude Radical de La Paz da Província de Mendoza.

Legal ou ilegal, o aborto mata igual!

Participando de uma caravana com o slogan “Legal ou ilegal, o aborto mata igual”, a mãe da jovem lamentou: “Eu perdi minha filha e meu neto por causa de um aborto seguro, legal e gratuito, porque minha filha acreditava na segurança, no legal e no gratuito. E não há segurança, não pode e não deve ser legal, e não é grátis porque se paga com a vida”.

E este é apenas um exemplo entre muitos. Legalizar ou descriminalizar a prática do aborto não diminui esse delito. Só há uma maneira legal, segura e conforme à vontade de Deus no que concerne a não ter filhos: manter a castidade e a pureza. Qualquer coisa diferente disso é usurpação do direito à vida e desobediência às Leis de Deus.

Na prática de um aborto, seja legal ou clandestino, numa clínica sofisticada, no silêncio do lar ou numa “fazedora de anjinhos”, sempre haverá duas mortes, a do feto e a da mãe. O filho, indefeso, sofrerá a morte física e a mãe, a morte espiritual. Falem os padres sobre o que lhes chega aos confessionários a respeito do estrago feito nas almas das mulheres que praticaram aborto. Falem os psicólogos sobre o desequilíbrio mental de suas clientes que abortaram. É uma marca que não se apaga, que fica colada no corpo, na mente e no espírito da criatura que a pratica.

Os bebês, os morcegos e os ovos de tartaruga

Até aqui, pode parecer que este artigo não condiz com o título que lhe foi atribuído; vamos a isso. Em dezembro de 2005, o jurista Ives Gandra Martins escreveu um artigo intitulado “O Projeto Tamar” no qual discorre sobre a Lei de Crimes Ambientais, fazendo uma comparação entre a discrepância existente entre a defesa da legalização do aborto e a defesa da flora e da fauna em nosso país, onde “quem destruir um único ovo de tartaruga comete crime contra a fauna e poderá ir para a cadeia”, mas matar seres humanos é visto como uma questão legal e de direito das mulheres.

Esta semana, descobri que o ruído que tenho ouvido sob o forro do meu telhado não é feito por pássaros, e sim por morcegos. E descobri também que precisarei gastar uma fortuna para a remoção segura dos intrusos visitantes e a colocação de espumas, telas e outros meios de vedação que impeça a entrada dos morcegos que, embora pareçam, não são ratos de asas, mas são mamíferos da Ordem Chiroptera, legalmente defendidos pela Lei 9.605/98 que determina que matar morcegos constitui crime ambiental. O mesmo se dá com serpentes, ovos de tartarugas e outros animais que estão sob o amparo da lei.

Assim como o Dr. Gandra, não desmereço a lei e muito menos o Projeto Tamar, que contribui para a manutenção da vida e reprodução de muitas espécies marinhas ameaçadas de extinção. São atitudes louváveis. O que talvez o Dr. Gandra não compreenda, e muito menos eu, que nem sou da área jurídica, é porque se gasta tanto dinheiro, se faz tanta campanha e se leva tão a sério a defesa de plantas e animais e se trata com tamanha banalidade a vida humana.

Recentemente, este veículo publicou um precioso artigo sobre o aborto, recomendo a quem não leu que o leia (https://gaudiumpress.org/content/todo-aborto-e-assassinato-de-um-inocente/). Fetos não são abcessos, não são tumores, unhas encravadas, não são coisas que devem se retirar de dentro de um corpo para defender a sua saúde. São seres humanos, criados por Deus dentro das leis biológicas e naturais de reprodução. Ainda nas primeiras semanas de vida, eles já têm toda a constituição física e os órgãos de um ser humano adulto. Eles têm direito à vida, possuem alma, são criados à imagem e semelhança de Deus e não há direito de liberdade de escolha que justifique o seu assassinato.

O artigo 29 da Lei de Proteção Ambiental determina pena de multa e prisão de seis meses a um ano a quem “matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória”, a quem “impedir a procriação da fauna” e a quem “modificar, danificar ou destruir ninho, abrigo ou criadouro natural”.

O artigo 32 determina punição semelhante a quem “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados”. E, quando os maus-tratos se referirem a cães e gatos – aqueles dos quais éramos donos, nos tornamos tutores e agora “pais”, passando a viver e a gastar parte de nossos recursos em prol do seu conforto e bem-estar –  “a pena será de reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda”.

Eu gosto de animais e tenho vários, mas, o que posso dizer sobre isso é que as tartarugas conseguem esconder seus ovos, parte dos peixes consegue nadar em fuga, morcegos e serpentes se viram muito bem sem os seres humanos, gatos arranham e cães mordem. Ou seja, por mais riscos que a atitude predatória do ser humano possa oferecer, eles foram dotados pela natureza de um sistema de defesa. E, sobretudo, nenhum deles destrói a sua própria cria, muito ao contrário, protegem-nas de todas as formas.

Entretanto, os seres humanos, infelizmente, preferem proteger cobra venenosa, morcego transmissor da raiva, inócuos ovos de tartaruga e cachorros que sofrem maus-tratos, porém, não aprendem com os animais a defender a sua própria espécie.

Imagino que cada vida que Deus cria, Ele deve regar com uma lágrima, pois sabe que aquela vida poderá não vingar e estará ameaçada por sua própria espécie, principalmente por sua mãe, que poderá escolher eliminá-la apenas para continuar ostentando a bandeira da liberdade e o direito de decidir.

Por Afonso Pessoa

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Hoje é celebrada Nossa Senhora da Penha, padroeira do Espírito Santo

Nossa Senhora da Penha. Foto: Wikimedia (CC BY-SA 4.0)

REDAÇÃO CENTRAL, 25 abr. 22 / 05:00 am (ACI).- Hoje, 25 de abril, é celebrada Nossa Senhora da Penha, padroeira do Estado do Espírito Santo. A festa da Penha, em Vila Velha (ES), tem início tradicionalmente no domingo de Páscoa e culmina com a festa da padroeira, na segunda-feira após a oitava de Páscoa. Trata-se, segundo o Convento da Penha, de uma das maiores e mais antigas festas marianas do Brasil.

A primeira festa da Penha foi promovida pelo fundador do convento da Penha, frei Pedro Palácios, em 1570, poucos dias antes de morrer. O frade espanhol encomendou uma imagem de Nossa Senhora das Alegrias, que ainda está no santuário, e convidou as pessoas para a bênção.

A devoção inicial, segundo o site do Convento, era a Nossa Senhora das Alegrias, também conhecida como Nossa Senhora dos Prazeres.  Porém, “com a construção da ermida (capela) sobre o penhasco, passou-se a denominar Nossa Senhora da Penha a imagem do Altar Mor, título proveniente de penhasco (pedra), referindo-se primitivamente mais ao lugar do que a uma virtude da vida de Nossa Senhora”.

Nossa Senhora da Penha foi proclamada padroeira do Espírito Santo através da bula papal do papa Urbano VIII, em 23 de março de 1630. Mas, a bula “só foi confirmada em 26 de janeiro de 1908 após o resultado de um plebiscito realizado em todas as paróquias do Estado”, sendo o bispo responsável na época dom Fernando de Souza Monteiro.

Por fim, “a aprovação do Vaticano, após escolha dos fiéis, ocorreu em 27 de novembro de 1912”, pelo então prefeito da Congregação dos Ritos, cardeal Sebastiano Martinelli. O cardeal recordou que “desde os tempos mais remotos os fiéis cristãos da diocese do Espírito Santo acompanham com grande carinho o exercício da devoção à Santíssima Virgem Mãe de Deus, sob o título popular — da Penha, cuja imagem, pintada num quadro de madeira, foi primeiramente exposta à veneração pública no ano de 1558 e, em seguida, colocada no templo sobre um alto monte (situado à entrada do porto de Vitória), generosamente construído e dedicado à Imaculada Mãe de Deus, sob o título da Penha da Cidade da Vitória, que é a sede episcopal da célebre Diocese”.

“Por motivo dessa insigne piedade, como a diocese do Espírito Santo ainda não gozasse de um celeste patrono, o clero e o povo relembraram o decreto de Urbano VIII, de 23 de março de 1630, escolhendo a Santíssima Virgem Maria, sob o título da Penha, como sua principal protetora junto a Deus e apelam, com suplicantes votos, para que o reverendíssimo sr. dom Fernando de Souza Monteiro, bispo do Espírito Santo, consiga essa confirmação apostólica, sendo deste modo exposta ao abaixo assinado —cardeal prefeito da Sagrada Congregação dos Ritos (que), por sua autoridade constituiu e declarou a Santíssima Virgem Maria, sob o título popular – da Penha, principal padroeira de toda a diocese do Espírito Santo, no Brasil, com todos os privilégios e honras atribuídos à mesma padroeira, que competem, por direito, aos principais patronos”, acrescentou o cardeal Martinelli.

A imagem de Nossa Senhora da Penha traz consigo as cores rosa, que representa a humanidade de Maria, e o azul, sua divindade. Suas vestes inspiraram o então governador do Espírito Santo, Jerônimo Monteiro, a estabelecer em 1908 as mesmas cores para a bandeira do Estado.

Com o passar dos anos, a festa da Penha começou a atrair cada vez mais fiéis e hoje já é considerada a maior festa mariana do Espírito Santo e a terceira maior do Brasil, reunindo cerca de 2,5 milhões de pessoas, como na última edição de 2019.

O dia de Nossa Senhora da Penha passou a ser feriado em todos os municípios do Estado do Espírito Santo em 2019, por meio da lei estadual 11.010.

Neste ano, a festa chega à sua 452ª edição, com o tema “Saúde dos Enfermos, rogai por nós”, trecho da ladainha de Nossa Senhora. Durante todo o dia, haverá diversas missas e romarias no Convento da Penha. A programação completa pode ser acessada AQUI.

Fonte: https://www.acidigital.com/

O Papa: construir uma cultura do encontro é um compromisso pessoal

O Papa Francisco com um grupo de estudantes da Queen's University de Belfast
(Vatican Media)

"A fé cristã é essencialmente um encontro com Jesus Cristo", ressalta o Papa, e "se realmente acreditamos em Jesus, devemos tentar nos comportar como Jesus: encontrar os outros, encontrar quem está ao nosso lado, compartilhar com eles a verdade salvífica do Evangelho".

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta segunda-feira (25/04), um grupo de estudantes da Capelania Católica Queen's University de Belfast, na Irlanda do Norte.

Os alunos se encontram em peregrinação a Roma e foram recebidos pelo Pontífice por ocasião dos cinquentas anos dessa instituição universitária.

Em seu discurso entregue aos participantes da audiência, Francisco os encoraja a "aprofundar a compreensão e apreciar a riqueza intelectual e espiritual da tradição católica, mas também, e com espírito realmente evangélico, a cultivar a cultura do encontro entre" eles "e na comunidade universitária". "A fé cristã é essencialmente um encontro com Jesus Cristo", ressalta o Papa, e "se realmente acreditamos em Jesus, devemos tentar nos comportar como Jesus: encontrar os outros, encontrar quem está ao nosso lado, compartilhar com eles a verdade salvífica do Evangelho". "Como pessoas, e especialmente como cristãos, somos feitos de tal maneira que não podemos viver, crescer e nos realizar a não ser na busca da verdade e no dom sincero de nós mesmos aos outros", frisa ainda o Papa.

"Construir uma cultura do encontro a serviço do Reino de Deus é um compromisso pessoal. Não é apenas uma questão de ver, mas de olhar; não é apenas uma questão de ouvir, mas de escutar; não é suficiente encontrar ou passar pelas pessoas, mas parar e se comprometer com elas nas coisas que realmente importam", ressalta Francisco. "É também estimulante, porque partilhamos nossa viagem com os outros, nos apoiamos reciprocamente em nossa busca pela verdade e nos esforçamos para tecer uma rede de relações que possa fazer de nossa vida em conjunto «uma verdadeira experiência de fraternidade, uma caravana de solidariedade, uma peregrinação santa»."

Francisco conclui, pedindo aos estudantes católicos irlandeses para que cada um, "à sua maneira, promova a cultura do encontro no ambiente universitário e contribua a manter vivas as nobres tradições irlandesas de hospitalidade, reconciliação, fidelidade ao Evangelho e perseverança na busca da santidade".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF