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sexta-feira, 6 de maio de 2022

O melhor presente que você pode oferecer à sua mãe

Jono Erasmus | Shutterstock
Por William Dellamary

E você não o encontrará em nenhuma loja!

Qual é o melhor presente que você pode oferecer à sua mãe no Dia das Mães? Dentro das múltiplas opções que temos, você pode contemplá-la com um ramalhete espiritual. Neste artigo vamos explicar o que é e como fazer um.

A palavra “ramalhete” geralmente é usada para nomear um pequeno arranjo de flores de diferentes cores, formas e cheiros. Sabemos bem o grande valor de fazer um requintado arranjo e oferecê-lo de maneira oportuna a quem você ama. 

Como fazer um ramalhete espiritual

O ramalhete espiritual é uma opção para fazer um presente simbólico, já que inclui os melhores pensamentos que você tem em seu coração. Na prática, ele contém intenções, orações, sacrifícios, dias de jejum e abstinência. Também tem leituras espirituais, visitas ao Santíssimo Sacramento e, finalmente, todo o seu empenho espiritual dedicado à pessoa a quem você quer oferecer este presente especial.

Vamos ver algumas opções que você pode adotar durante a “confecção” do seu ramalhete espiritual.       

1ORAÇÕES PELO BEM-ESTAR

Considere a situação particular pela qual sua mãe está passando e peça ao Senhor pelo seu bem-estar. Escreva todas as vezes que você fizer isso.

2ORAÇÕES POR SUAS INTENÇÕES

Normalmente, cada pessoa tem intenções muito pessoais e íntimas, que também queremos que sejam realizadas. Por isso é muito comum rezar – particularmente com o terço – por essas intenções.

3OFERECER A EUCARISTIA PARA SUA MÃE

É um gesto muito generoso realizar esta ação em benefício dela.

4VISITAS AO SANTÍSSIMO

Mesmo que sejam breves e por um momento, mas a intenção de dedicar esse momento espiritual à sua mãe estará presente.

5JEJUM E ABSTINÊNCIA

É um esforço especial que faz muito sentido quando se trata de praticá-lo. Deixar de comer algo que gostamos muito por amor é um gesto sublime.

6SACRIFÍCIOS

Interromper algo que gostamos muito, como cancelar as férias ou adiar uma série para dedicar um tempo ou uma oração à sua mãe é um grande feito.

7ATOS DE CARIDADE

Embora deva ser uma atitude permanente ao longo da vida, realizar alguns atos extras de caridade, com discrição e plena consciência de fazê-los pela pessoa que tanto se ama, é um bom adubo para o ramalhete espiritual que você está fazendo.

8OFERECER UMA MISSA

Assistir à celebração eucarística e oferecê-la à sua mãe são ótimos complementos para o seu ramalhete espiritual.

9LEITURA ESPIRITUAL

Um texto especial das Sagradas Escrituras, uma biografia de um santo ou um tema que inspire fé pode ser um grande complemento para este ramalhete espiritual.

10TRABALHO EXTRA

Não se trata de considerá-lo como algo pesado ou um fardo, mas como uma oferta pessoal, fazendo um pouco mais do que o habitual e oferecendo-o com uma intenção especial.       

Claro, o ramalhete espiritual admite muitos mais tipos e formas espirituais de oferendas. O estilo pessoal é muito respeitável e pode variar de acordo com a criatividade, cultura e educação de cada pessoa.

O que é muito importante considerar é que ramalhete espiritual está acima de algo material e, sobretudo, é pensado na pessoa que você ama, não exatamente para lisonjeá-la e enriquecer sua vaidade, mas para seu próprio crescimento espiritual.                        

Com o simples fato de dedicar alguns momentos de seus pensamentos, você já está fazendo um grande presente. Mais uma razão para traduzi-lo em um lindo cartão. Além disso, a mensagem permanecerá guardada em seu coração.

Então, o que você está esperando para começar a preparar seu ramalhete espiritual e dar para sua mãe no dia dela? É muito mais valioso do que muitos presentes materiais que são comprados com dinheiro. 

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Motivos para celebrar o mês de Maria

Guadium Press
Meditação sobre a necessidade de se pedir a intercessão de Nossa Senhora diante de seu Filho.

Redação (05/05/2022 11:32, Gaudium Press) O mês de Maio é dedicado à Mãe de Deus. Pensando nisso, separamos uma reflexão para que nossos leitores aproveitem esse período para meditar sobre a necessidade de se pedir a intercessão de Nossa Senhora diante de seu Filho. Veja abaixo alguns motivos para se celebrar o mês de Maria.

Para o inocente

Muito grande é a necessidade que tens da proteção de Maria para a tua salvação. És inocente? Lembra-te que trazes o tesouro da inocência em vasos frágeis de barro, e que estás em perigo contínuo de o perder (Cf. 2 Cor. 4, 7.) Quantos, mais inocentes do que tu, caíram depressa em pecado e se perderam! Quantos ficaram amigos de Deus durante muitos meses, e até anos, e em seguida perderam a graça de Deus e naufragaram exatamente quando estavam para entrar no porto! – Isto tem acontecido não só a pessoas engolfadas em negócios temporais, nos prazeres do mundo; outras retiradas na solidão, exaustas pelos jejuns, extenuadas pelos trabalhos, levavam vida austera e penitente, e todavia caíram vítimas infelizes do pecado, talvez por um olhar, por um pensamento! Vê, pois, que também a tua inocência não te pode dar segurança.

Para o pecador

És pecador? Sabe então que sem um auxílio poderoso te é impossível levantar-te do abismo em que caíste. O pecado tirou-te as forças: a natureza corrompida, os hábitos inveterados, as ocasiões perigosas prendem-te fortemente à Terra. E quem te defenderá contra a ira de Deus, que já está talvez com a espada levantada? Quem te livrará de tantos perigos? Quem te salvará no meio de tantos inimigos?

Guadium Press

Para o pecador arrependido

Se porventura já te levantastes do pecado, não precisas menos de amparo. Quem te assegura que não tornarás a cair? Quem te assegura que serás fiel até à morte? Já mais de uma vez voltaste a Deus e mais de uma vez tornaste a pecar. Ah! se não fosse Maria, estarias talvez irreparavelmente perdido!

Será que este não é meu último mês de Maio?

Pois, bem: com a devoção deste mês de Maria, podes obter o seu patrocínio e a tua Salvação. Será possível que uma Mãe tão terna deixe de atender a um seu filho devoto? Se por causa de um Rosário, de um jejum Ela tem concedido favores assinalados aos maiores pecadores, de certo não tos negará, se A servires durante um mês inteiro. Mas ai de ti, se perderes a presente graça! Ai de ti se, começando bem, depois de poucos dias afrouxares! Quem sabe se não é este o último convite que Deus te faz? A última ocasião para te converteres? Quem sabe se a este exercício não está ligada a tua perseverança final?… E, além disto, quem sabe se não é este o último ano, o último mês da tua vida? Pensa nisto seriamente e resolve-te.

Um Mês para pedir especiais graças

Seja o fruto desta meditação a mais fervorosa celebração deste mês de Maria, preparando-te para a morte, como se realmente te fora revelado que o presente mês é o último da tua vida e que terás de morrer nos primeiros dias de junho. Em vez de aumentar o número dos teus exercícios de devoção, procura antes fazer as ações do costume com mais perfeição, e cumprir com todo o rigor os deveres do teu estado.

Para esse fim, levanta-te logo, quando for hora de levantar, para não começar o dia com um ato de preguiça, e consagra-te inteiramente à divina Mãe. Faze a tua meditação com mais fervor, ouve cada manhã uma Santa Missa, e durante o dia, conforme o permitirem as tuas ocupações, lê algum tempo sobre as Glórias de Maria, ou em outro livro espiritual; faze uma visita a Jesus Sacramentado e conserva-te continuamente na presença de Deus pelo uso frequente das orações jaculatórias. Examina sobretudo a tua consciência, e, se achares alguma coisa que te possa incomodar na hora da morte, ajusta-a quanto antes por meio de uma boa confissão; e durante todo este mês guarda-te de cometer pecados veniais plenamente deliberados. Depois, não deixes de praticar com exatidão algum obséquio especial que te proponhas fazer em honra de Maria santíssima e invoca-a sempre em tuas necessidades, particularmente com o belo título de Mãe do Perpétuo Socorro.

Fonte: Pe. Thiago Maria Cristini, C. SS. R., “Meditações para todos os dias do ano tiradas das obras de Santo Afonso Maria de Ligório, Bispo e Doutor da Igreja”, Herder e Cia., tomo II, págs. 325 – 328, Friburgo em Brisgau, Alemanha, 1921

https://gaudiumpress.org/

Devoção à Virgem Maria une Ucrânia e Rússia

Ícone da Virgem Maria venerado na Ucrânia e na Rússia.
Crédito: Domínio público

KIEV, 05 mai. 22 / 03:20 pm (ACI).- Nossa Senhora de Kiev é um dos ícones mais venerados no Oriente, tanto por ucranianos quanto por russos, e é considerado um dos mais famosos do mundo. No entanto, é também conhecida como Nossa Senhora de Vladimir e é um dos ícones mais antigos, tendo chegado ao que hoje é a capital ucraniana em 1134. Além disso, tornou-se um ícone muito significativo por outro motivo importante. Mas, primeiro, um pouco da história contextualizará.

"Kiev é uma cidade santa porque é uma cidade mariana 'por excelência'", disse o papa são João Paulo II quando a visitou em 22 de novembro de 1987. "Nela, a Virgem orante é invocada como protetora da cidade", acrescentou o papa, que se referia à "Santa Orante", uma antiga representação em mosaico da Mãe de Deus na catedral de Santa Sofia. A descrição também pode caber à Nossa Senhora de Kiev.

O ícone bizantino de Nossa Senhora de Kiev chegou pouco depois que Rus de Kiev, a antiga federação de tribos eslavas, se tornou plenamente cristã em 988. Meio século depois, em 1037, Jaroslau, o Sábio, o Grande Príncipe de Kiev, dedicou a Ucrânia a Maria. Desde então até o presente, Nossa Mãe Santíssima é conhecida como "Rainha da Ucrânia".

Nessa época, o ícone de Nossa Senhora de Kiev já havia chegado de Constantinopla em 1034. Segundo a tradição, foi obra de um monge e enviado como presente do patriarca de Constantinopla ao Príncipe Mistislau, filho do rei Volodymyr de Rus Kiev.

Entretanto, em 1136 o ícone de Nossa Senhora de Kiev foi transladado cerca de 22 quilômetros ao norte de Vyshorod para a igreja "lar" do príncipe. Os contos ucranianos também chamam este ícone de Virgem de Vyshorod. Naquela época, a imagem já era bem conhecida e venerada.

De acordo com Dmytro Stepovyk da Academia Nacional de Ciências da Ucrânia, na época em que Volodymyr e seus filhos governavam, "dizia-se que este ícone fazia milagres, curando pessoas doentes". As pessoas rezavam por proteção e a imagem "ajudava todos os verdadeiros crentes que imploravam a Nosso Senhor para libertá-los de suas doenças mortais".

Mas, por volta do ano 1100, chegou o príncipe Andrey Bogolyubsky, que saqueou e destruiu Kiev. Em seguida, ele estabeleceu a sua residência a cerca de 910 quilômetros de distância, em Vladimir, que fica 193 quilômetros a leste da atual Moscou, e levou com ele o ícone de Nossa Senhora de Kiev.

Nesta nova capital, o ícone ficou conhecido como Nossa Senhora de Vladimir e foi colocado na catedral da Assunção, onde permaneceu até cerca de 1395, quando foi levado a Moscou para, segundo conta a história, proteger a cidade dos invasores mongóis.

No século XVI, Nossa Senhora de Vladimir foi colocada na catedral da Dormição, na Praça da Catedral de Moscou, até o início do século XX. Foi então levado à Galeria Estadual Tretyakov da cidade.

No final do século XX, o ícone encontrou um novo lar, a igreja de São Nicolau em Tolmachi, que está anexa ao museu e onde novamente são realizados os serviços religiosos.

Nossa Senhora de Vladimir faz parte da história ucraniana e russa e é também o ícone mais querido da Rússia.

Um terceiro nome para este ícone da Virgem Maria

Nossa Senhora da Ternura é também um belo título pelo qual este ícone é chamado em muitos países. Pode ser que os habitantes não saibam seus dois títulos originais, mas conhecem e respondem ao magnetismo espiritual e à profundidade da mensagem que traz esta obra prima da iconografia.

O ícone é grande: 78,1 centímetros por 54,6 centímetros. A forma como representa Nossa Senhora e o Menino Jesus estava muito à frente da iconografia bizantina padrão do início do século XII. Tornou-se um dos mais antigos exemplos e modelos do estilo iconográfico de Eleusa.

Na imagem, Nossa Senhora expressa ternura ou misericórdia, com o Menino Jesus junto a sua bochecha ou tocando-a. Nossa Senhora mostra grande ternura por seu Menino Jesus – daí o título acrescentado, Nossa Senhora da Ternura. Ao mesmo tempo, há um toque de tristeza ao perceber o que está por vir, mas com a misericórdia que acompanha. "Em seus olhos se vislumbra oração, esperança e dor. Um olhar mais atento ao Menino mostra que ele está olhando para cima, procurando seu Pai", escreveu Stepovyk.

Junto com a profundidade espiritual, as emoções apresentadas no ícone se afastaram da iconografia mais estrita da época.

Tornou-se o modelo para os ícones marianos. Sua influência foi até vista na imagem muito familiar de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que combina dois estilos iconográficos.

Mas, além disso, há algo mais a ser considerado acerca do ícone de Nossa Senhora de Vladimir, especialmente ao olhar a situação e os tempos atuais. Monsenhor Stephen Rossetti, exorcista, diz que durante anos rezou diariamente com esta imagem e está “convencido de três coisas”:

“A guerra na Ucrânia tem um imenso significado espiritual”.

“A fé e a força dos homens e mulheres da Ucrânia são impressionantes”.

“Nossa Senhora está envolvida intensamente com tudo o que está acontecendo e seu Imaculado Coração triunfará!”.

“Uno-me ao pedido urgente de Nossa Senhora de rezar pela paz”, ele disse. “Tenho uma grande esperança de que logo chegarão os dias em que Satanás e as forças do mal serão definitivamente esmagados sob o calcanhar de Nossa Senhora”.

Que todos rezemos a Nossa Senhora de Kiev, Nossa Senhora de Vladimir e Nossa Senhora da Ternura com o mesmo pensamento.

Fonte: https://www.acidigital.com/

O Papa: ignorar as divisões cristãs alimenta terrenos de conflito

Plenária do Pontifício Conselho para a Unadade dos Cristãos | Vatican News

"Ignorar as divisões entre cristãos, por hábito ou por resignação, significa tolerar aquela poluição dos corações que torna terreno fértil para conflitos" . O Papa Francisco encoraja os participantes na Plenária do Pontifício Conselho para Unidade dos Cristãos "a desejar mais do nunca a unidade pela qual o Senhor rezou e deu a vida".

Jane Nogara - Vatican News

Na manhã desta sexta-feira (06) o Papa Francisco recebeu os participantes da Plenária do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. Depois de recordar os dois anos sem encontros presenciais por causa da pandemia o Papa disse que a crise sanitária foi também uma oportunidade para fortalecer e renovar as relações entre os cristãos. Explicando: “Um primeiro resultado ecumênico significativo da pandemia foi uma consciência renovada de que todos nós pertencemos à única família cristã, uma consciência enraizada na experiência de compartilhar a mesma fragilidade e poder confiar somente na ajuda de Deus. Paradoxalmente, a pandemia, que nos obrigou a manter distância uns dos outros, nos fez perceber o quanto estamos realmente próximos uns dos outros e o quanto somos responsáveis uns pelos outros”.

Neste ponto o Papa afirmou: "Gostaria de enfatizar: hoje para um cristão não é possível, não é viável, ir sozinho com a própria confissão. Ou vamos juntos, todas as confissões fraternais, ou não caminhamos. Hoje, a consciência do ecumenismo é tal que não se pode pensar em seguir no caminho da fé sem a companhia de irmãos e irmãs de outras igrejas ou comunidades eclesiais. E isto é uma grande coisa. Sozinho, nunca. Não podemos". 

E continuou dizendo que é fundamental continuar a cultivar essa consciência para novas iniciativas, porque agora, iniciou um novo e trágico desafio, a guerra na Ucrânia. “Esta guerra – disse o Papa - tão cruel e sem sentido como qualquer guerra, tem uma dimensão maior e ameaça o mundo inteiro, e não pode deixar de questionar a consciência de cada cristão e de cada Igreja”.

“Devemos nos perguntar: o que as Igrejas fizeram e o que podem fazer para contribuir para o desenvolvimento de uma comunidade mundial, capaz de realizar a fraternidade a partir de povos e nações que vivem na amizade social?”

Em seguida Francisco disse que no passado a consciência do escândalo das divisões dos cristãos que pesou muito ao gerar o mal em todo o mundo, levou as comunidades de fiéis, sob a guia do Espírito Santo, a desejar mais do nunca a unidade pela qual o Senhor rezou e deu a vida. “Hoje, diante da barbárie da guerra, - disse o Papa - este desejo de unidade deve ser alimentado de novo. Ignorar as divisões entre cristãos, por hábito ou por resignação, significa tolerar aquela poluição dos corações que torna terreno fértil para conflitos”.

“O anúncio do Evangelho da paz, o Evangelho que desarma os corações mesmo antes dos exércitos, só terá mais credibilidade se for proclamado pelos cristãos finalmente reconciliados em Jesus, Príncipe da Paz; cristãos animados por sua mensagem de amor e fraternidade universal, que vai além dos limites de sua própria comunidade e da própria nação.”

Falando aos presentes sobre os 1700 anos do primeiro Concílio de Niceia, que será comemorado em 2025, o Papa disse que a reflexão acima será uma importante contribuição para esta ocasião. E ponderou:

“O estilo e as decisões do Concílio de Nicéia devem iluminar o atual caminho ecumênico e trazer novos passos concretos em direção ao objetivo de restaurar plenamente a unidade cristã.”

Concluindo com a sugestão “como os 1700 anos do primeiro Concílio de Nicéia coincide com o ano jubilar, espero que a celebração do próximo Jubileu tenha uma dimensão ecumênica relevante”.

Por fim o Papa reiterou ainda: 

"Seguir em frente, caminhar juntos. É verdade que o trabalho teológico é muito importante e devemos refletir, mas não podemos esperar para fazer o caminho da unidade para que os teólogos concordem. Uma vez, um grande teólogo ortodoxo, me disse que sabia quando os teólogos estariam de acordo. Quando? No dia seguinte ao juízo final, me disse. Mas enquanto isso? Caminhar como irmãos, em oração juntos, nas obras de caridade, na busca da verdade. Como irmãos. E esta fraternidade é para todos".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Lúcio de Cirene

S. Lúcio de Cirene | arquisp
06 de maio

São Lúcio de Cirene

Nos Atos dos Apóstolos, Lucas afirma que Lúcio atuava na comunidade cristã de Antioquia, juntamente com outros profetas e doutores, como Barnabé, Simeão, também chamado Níger, Manaém e Saulo (At 13,1).

Ele era de Cirene, na Líbia, onde foi bispo, nos primeiros tempos do cristianismo. Esses cinco profetas, segundo o que dizem os registros de Jerusalém, representavam o governo da primitiva Igreja de Antioquia.

Como vimos, só há a indicação do lugar da origem de Lúcio que não deve ser confundido com o mártir homônimo, procedente ele também de Cirene e martirizado sob o governo do imperador Diocleciano. Esse mártir, entretanto, não foi bispo e é venerado em outra data.

No Martirológio Romano, existem pelo menos vinte e dois santos com esse nome. Hoje se comemora justamente aquele que é o mais antigo e de quem se têm menos informações.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

quinta-feira, 5 de maio de 2022

Diminuir a fome pela metade? Falaremos disso daqui a cem anos

Crianças que se nutrem com ajudas alimentares no Sudão
Arquivo: Extraído do número 12 - 2003

O dramático Relatório 2003 deste órgão da ONU sobre o Estado de Insegurança Alimentar no mundo. Em todo o planeta, 842 milhões de pessoas passam fome. A situação piora principalmente na África. Um sinal positivo chegou de Maputo, onde os países pertencentes à União Africana decidiram acelerar a atuação do Programa Global de Desenvolvimento Agrícola.

de Paolo Mattei

“Caminhando nesse passo a meta estabelecida só poderá ser alcançada em 2115, ou seja, um século depois”. A meta é a diminuição pela metade do número de subnutridos no mundo até o ano de 2015 e a afirmação é de Jacques Diouf, diretor-geral da FAO. Foi pronunciada no dia 16 de outubro passado em Roma durante o XXIII Dia Mundial da Alimentação. Uma amarga constatação. O ano de 2015 volta a ser um ano como outro para o futuro dos pobres da terra. Já é bem claro que a promessa de diminuir pela metade o número de subnutridos para essa data - feita pelo World Food Summit da FAO em 1996 e reconfirmada em 2002 - não poderá ser mantida. É preciso de muito mais tempo, pelo menos mais cem anos. De acordo com o Relatório 2003 sobre o Estado da Insegurança Alimentar no Mundo (apresentado em 25 de novembro em vista da Conferência Bienal da FAO, realizada em Roma de 29 de novembro a 10 de dezembro), 842 milhões de pessoas sofrem de subnutrição; destes, 798 milhões vivem em países em desenvolvimento, 34 milhões em países semidesenvolvidos e cerca de 10 milhões no mundo industrializado. O número de pessoas com fome depois de ter tido uma leve flexão na primeira metade da década de 1990 - 37 milhões a menos - nos últimos cinco anos do milênio teve um incremento de 18 milhões de unidades; a situação piorou particularmente nos países da África central e ocidental por causa das guerras. A Índia, que nos primeiros anos da década de 1990 chegou a tirar 20 milhões de pessoas do inferno da fome, entre 1995 e 2001 teve essa tendência positiva anulada, pois outros 20 milhões de pessoas entraram nesse grupo. Embora tenha sido constatado um melhoramento geral na Ásia, na América Latina , no Pacífico e no Caribe, o número de pessoas com fome continuou a aumentar na África subsaariana, no Oriente Médio e na África setentrional. E, segundo as estimativas, continuam a morrer de fome 11 milhões de crianças abaixo dos cinco anos a cada ano, e uma criança abaixo dos 10 anos a cada 7 segundos. Na África subsaariana (onde 33% da população passa fome) de cada mil crianças que nascem, 170 morrem, e na Ásia centro-meridional, 95. Esses números podem ter um significado negativo ainda maior se for considerado que o mundo produz alimentos em abundância. E são justamente os produtores primários, os agricultores do Terceiro Mundo, cada vez mais obrigados a renunciarem às culturas locais para se adequarem ao mercado globalizado, a serem mais atingidos pela pobreza e pela fome. Como disse João Paulo II na mensagem enviada a Diouf em 16 de outubro: “O abandono dos métodos tradicionais de cultivação, criados e desenvolvidos para corresponder a efetivas necessidades nutricionais e sanitárias, para as populações indígenas é um dos motivos do aumento da pobreza”.

Mas, apesar de tudo, Diouf falou também de esperança. Olhando, em primeiro lugar, justamente para a África, onde, em julho de 2003, em Maputo, os chefes de Estado e de governo da União africana decidiram acelerar a atuação do Programa global de desenvolvimento agrícola, comprometendo-se a destinar, nos próximos quinze anos, pelo menos 10% dos respectivos recursos nacionais ao melhoramento da produção agrária. Um certo otimismo é justificado, segundo Diouf, também pelos outros sinais encorajadores provenientes do Uruguai, Brasil e Serra Leoa, que colocaram em ação programas concretos contra a desnutrição. Certamente trata-se de exceções, assim como são exceções os 19 países que desde os primeiros anos da década de 1990 diminuíram o número dos que passam fome; entre estes a China tirou da pobreza quase 60 milhões de pessoas. Mas o secretário-geral da FAO quer valorizar a - embora seja pequena - parte boa da questão, também no que se refere à atual capacidade mundial de produção alimentar. “Se todos os alimentos produzidos neste ano”, explicou, “fossem repartidos igualmente entre todos os cidadãos do planeta, a produção alimentar seria suficiente para fornecer 2800 calorias por dia para cada pessoa, cerca de 17% a mais do que 30 anos atrás. E isso apesar de, no mesmo período, a população mundial ter tido um aumento de 70%. Portanto, Diouf tenta de algum modo evidenciar na análise dessa dramática discrasia, o aspecto propositivo. Para isso, evidencia a necessidade de realizar um sistema eficaz de distribuição das riquezas que, evidentemente, existem em abundância para todos.


Porém, já é claro que se trata de um trabalho que os Estados, por si, não têm condições de levar adiante. Assim como é claro que nem mesmo um mercado desenfreado, na atual perspectiva de absoluta liberdade de circulação global das mercadorias, possui a força necessária para originar o círculo virtuoso de uma distribuição equilibrada das riquezas.


Na declaração final da World Food Summit “Five years later”, chamada “Aliança Internacional contra a Fome”, que retomava uma idéia lançada em 2001 pelo presidente alemão, E. Johannes Rau, os chefes de Estado esperavam a participação da “sociedade civil”, cuja ação para enfrentar o drama da desnutrição, em parceria com o mundo político, era considerada de capital importância. Esse auspício foi novamente confirmado também em 16 de outubro, durante o Dia Mundial da Alimentação. A Aliança - entre produtores agrícolas e consumidores, governos locais e líderes das comunidades, cientistas, mundo acadêmico, grupos religiosos, ONGs, políticos, - deve, disse Diouf, tornar-se o quanto antes uma realidade operativa. Mas, naturalmente, isso não pode se substituir aos compromissos econômicos que cada nação assume internacionalmente. Infelizmente, são compromissos raramente mantidos. A coleta de recursos para o Terceiro Mundo, com efeito, é um falimento. Se dez anos atrás os países ricos destinavam 16 milhões de dólares à agricultura das nações pobres, hoje este valor desceu para 9 milhões, 40% a menos.


“Mesmo diante destes dados eu não acredito que a política seja completamente falimentar”, declara à 30Dias Giulio Albanese, comboniano, diretor da agência jornalística missionária Misna. “Há muitos políticos de boa vontade no panorama internacional. Infelizmente, com freqüência, são isolados e não conseguem um lugar de destaque nas agendas dos próprios governos e Parlamentos para a questão das ajudas econômicas aos países pobres. Por isso, considero muito positiva a iniciativa da Aliança Internacional contra a Fome. Penso que com um diálogo operativo entre políticos e representantes da sociedade civil é possível começar a estabelecer gradualmente estratégias de intervenção comum”. As ãracas iniciativas nacionais, segundo padre Albanese, não podem ser reforçadas senão dentro de uma perspectiva de redefinição das regras da economia mundial: “A partir da época de Nixon nos encaminhamos na direção de uma total deregulation econômica. Vivemos em um mundo sem regras, em um mercado sem controle, que ninguém consegue governar, nem mesmo os magnatas das multinacionais, nem mesmo os especuladores. É preciso reformular as normas, não apenas para combater a fome, mas também para relançar o mercado de modo mais racional. Digo isso no interesse do empresariado. Se mais de um bilhão de pessoas não consegue ganhar nem mesmo 1 dólar por dia, quem comprará produtos?”. O diretor da agência Misna concorda plenamente com o Papa que, na mensagem ao secretário da FAO, distingue também na “gestão administrativa” e na “difusão de sistemas ideológicos e políticos afastados do conceito de solidariedade” o atual agravamento das injustiças socioeconômicas no mundo.


Monsenhor Renato Volante, observador permanente da Santa Sé na FAO, no Ifad (Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola) e no PAM (Programa Alimentar Mundial), não concorda com os críticos exasperados do mercado global, os que vêem escondida por trás da globalização econômica de mercadorias uma “mente maldosa” que opera estrategicamente para oprimir os pobres e enriquecer-se cada vez mais tirando proveito do bem comum: “As coisas são bem mais complicadas”, explica à 30Dias. “Ao analisar o problema da má nutrição, não se pode não considerar as questões logísticas, como o transporte dos bens produzidos, ou as questões climáticas. Na África Oriental, por exemplo, especialmente na Etiópia, atualmente há um alarme pela seca que coloca em risco a vida de muita gente. Na África Ocidental, há situações incontroláveis de guerras e desordens sociais. Esses fatos colocam diariamente em risco estratégias e programas mesmo bem planificados. Portanto, não é possível atribuir a culpa da impossibilidade de resolver o problema da fome apenas à má vontade das políticas nacionais dos vários Estados, ou senão apenas ao mercado globalizado. Mesmo porque há sinais positivos, como no caso da Índia, que neste ano, pela primeira vez, teve condições de doar ao PAM cerca de um milhão de toneladas de bens alimentares para serem distribuídos entre os países limítrofes necessitados”. Monsenhor Volante também avalia de modo positivo a iniciativa da Aliança Internacional contra a Fome: para resolver esses problemas, é preciso que se empenhem não apenas os vários governos que representam os próprios cidadãos, mas também as Organizações não Governamentais às quais todo cidadão pode participar de modo voluntário, prescindindo da própria nacionalidade”.


A iniciativa da FAO parece ter tido um bom sucesso. O Santo Padre na mensagem a Diouf afirma que “a Igreja com as suas várias instituições e organizações deseja desempenhar o seu papel nesta Aliança Mundial contra a Fome”. Os pobres do planeta esperam que não se trate de outra promessa irrealizável.

Fonte: http://www.30giorni.it/

Sabe onde fica o maior batistério do mundo?

María Paola Daud | Aleteia
Por María Paola Daud

Talvez você já o tenha visto em fotografias, mas não sabia que era um batistério.

O magnífico Batistério de São João Batista, o maior do mundo, com 107,24 metros de diâmetro e 55 de altura, fica em Pisa, muito próximo de uma das maravilhas do mundo moderno, a “Torre de Pisa”.

O batistério faz parte dos quatro edifícios que compõem a Praça dos Milagres, juntamente com a Torre Inclinada, a Catedral de Santa Maria Assunta e o Cemitério Monumental.

A construção do batistério teve início em 1.153 por Diotisalvi, arquiteto da igreja do Santo Sepulcro, mas foi concluída após um século de interrupção das obras de Nicola e Giovanni Pisano. Por isso o edifício é uma mistura de dois estilos: românico e gótico. O Santo Sepulcro em Jerusalém foi tomado como exemplo.

O exterior do Batistério de São João Batista

A base é composta por arcos cegos com janelas ogivais e quatro portas alinhadas com os pontos cardeais.

A segunda fila é um corredor de colunas.

As estátuas monumentais e decorações em estilo gótico são obra de pai e filho Pisano.

O piso superior é obra de Giovanni Pisano: doze janelas gradeadas.

A cúpula, concluída em 1.395, é obra dos artistas Puccio di Landuccio e Cellino di Nese, e a estátua de bronze de São João Batista no topo da cúpula é de Turino di Sano.

O interior

No interior do edifício podemos ver oito grandes colunas alternadas com quatro pilares com capitéis esculpidos no século XII por Guidetto.

A pia batismal octogonal foi concluída em 1.246, obra de Guido Bigarelli.

O centro da fonte é adornado por uma estátua de São João Batista, de Italo Griselli. No passado, a água da chuva entrava pelo óculo central da cúpula, onde hoje está a estátua.

A área da capela-mor tem um piso de estilo cosmatesco, delimitado por uma barreira esculpida.

O púlpito é uma obra espetacular de Nicola Pisano, considerada a obra de arte mais representativa do século XIII italiano.

Apoiado por colunas com leões que os sustentam, mostra nos painéis a vida de Cristo desde a Anunciação até o Juízo Final.

Uma curiosidade

O batistério tem um estranho efeito acústico devido à sua forma e ao material utilizado.

Graças ao espaço que se forma entre as duas cúpulas, a interna e a externa, cria-se um incrível efeito de ressonância acústica, que comumente conhecemos como “eco”.

O eco se espalha pelo espaço, como uma onda contínua, subindo de tom a ponto de sugerir a presença de um coro angelical.

Para que o visitante possa apreciar este curioso efeito, o pessoal encarregado do batistério faz uma demonstração a cada hora.

Veja as fotos deste lugar espetacular!

Fotos: María Paola Daud | Aleteia

Todos somos chamados a participar na missão de Cristo, diz papa Francisco

Ordenação sacerdotal no Vaticano. Foto ilustrativa /
Crédito: Daniel Ibáñez (ACI)

VATICANO, 05 mai. 22 / 09:05 am (ACI).- No dia 8 de maio, quarto domingo da Páscoa, será celebrado o 59º Dia Mundial de Oração pelas Vocações com o tema "Chamados a construir a família humana". Por isso, o papa Francisco enviou uma mensagem aos bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis de todo o mundo.

“Nos dias que correm, enquanto continuam a soprar os ventos gélidos da guerra e da opressão e frequentemente testemunhamos fenômenos de polarização, prosseguimos como Igreja o processo sinodal iniciado”, afirmou Francisco.

O papa refletiu sobre a vocação, “no contexto de uma Igreja sinodal que se coloca à escuta de Deus e do mundo”.

Francisco defendeu que a sinodalidade é uma "vocação fundamental para a Igreja" e disse que "cada um dos batizados, independentemente da própria função na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é um sujeito ativo de evangelização".

“É preciso acautelar-se da mentalidade que separa sacerdotes e leigos, considerando protagonistas os primeiros e executores os segundos, e levar por diante a missão cristã, conjuntamente, leigos e pastores como único povo de Deus. Toda a Igreja é comunidade evangelizadora”, disse.

O papa Francisco defendeu que “todos somos chamados a participar na missão de Cristo de reunir a humanidade dispersa e reconciliá-la com Deus”.

"Somos chamados a desenvolver, ao longo da nossa vida, esta centelha que mora no coração de cada homem e mulher, contribuindo para fazer crescer uma humanidade animada pelo amor e mútuo acolhimento", continuou.

“A vocação – como aliás a santidade – não é uma experiência extraordinária reservada a poucos”, disse.

Francisco convidou as pessoas a se deixarem alcançar pelo "olhar amoroso e criador de Deus". O papa disse que "a nossa vida muda quando acolhemos este olhar", pois “tudo se torna um diálogo vocacional entre nós e o Senhor, mas também entre nós e os outros”.

Segundo o papa, quando esse diálogo é “vivido em profundidade” “nos faz tornar cada vez mais aquilo que somos”: “em cada vocação e ministério na Igreja, em geral, que nos chama a olhar os outros e o mundo com os olhos de Deus, servir o bem e difundir o amor com as obras e as palavras”, disse.

“Brilhamos, cada um e cada uma de nós, como uma estrela no coração de Deus e no firmamento do universo, mas somos chamados a compor constelações que orientem e iluminem o caminho da humanidade, a partir do ambiente onde vivemos” disse o papa.

Segundo Francisco, “tal é o mistério da Igreja: na convivência das diferenças, ela é sinal e instrumento daquilo a que toda a humanidade é chamada”.

“Para isso, a Igreja deve tornar-se cada vez mais sinodal: capaz de caminhar unida na harmonia das diversidades, onde todos têm a sua própria contribuição para dar e podem participar ativamente”, defendeu.

Francisco disse que a palavra vocação significa "realizar o sonho de Deus, o grande desígnio da fraternidade que Jesus tinha no coração quando pediu ao Pai ‘que todos sejam um só’ (Jo 17, 21)".

“Cada vocação na Igreja e, em sentido largo, também na sociedade, concorre para um objetivo comum: fazer ressoar entre os homens e as mulheres aquela harmonia dos múltiplos e variados dons que só o Espírito Santo sabe realizar”.

“Sacerdotes, consagradas e consagrados, fiéis leigos, caminhemos e trabalhemos juntos, para testemunhar que uma grande família humana unida no amor não é uma utopia, mas o projeto para o qual Deus nos criou”, concluiu.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Papa pede aos jovens que sigam Maria na escuta, coragem e serviço

Vatican News

Na intenção de oração para maio, mês especialmente dedicado à devoção mariana, o Papa Francisco encoraja os jovens a ouvir como a Virgem Maria e a escutar as palavras dos avós. Na mensagem, o Pontífice também faz um apelo à coragem de se entregar ao serviço dos outros.

Andressa Collet – Vatican News

“Ao falar sobre a família, quero começar por me dirigir primeiro aos jovens”, inicia Francisco na mensagem em vídeo do mês de maio com a intenção de oração que o Pontífice confia à Igreja Católica através da Rede Mundial de Oração do Papa. Ele pede para rezar pela fé dos jovens e cita Maria como modelo para poder se identificar na “coragem, escuta e dedicação ao serviço”:

“Ela foi corajosa e determinada em dizer ‘sim’ ao Senhor. Vocês, os jovens que querem construir algo novo, um mundo melhor, sigam o seu exemplo, arrisquem-se. Não se esqueçam que para seguir Maria precisam discernir e descobrir o que Jesus quer de vocês, e não o que vocês pensam que podem fazer.”

A importância de ouvir os avós

E, nesse discernimento, alerta o Papa, além do exemplo de Maria, “é muito útil escutar as palavras dos avós”. Francisco novamente fala da importância em encontrar na mensagem dos avós “uma sabedoria” que irá levar os jovens para questões que vão além do momento atual, dando “uma visão geral das preocupações”.

No entanto, os jovens também precisam ser mais escutados. "Precisamos criar mais espaços onde a voz dos jovens possa ser ouvida", Francisco escreve na exortação Christus vivit. Esse pedido do Pontífice já foi acolhido em 2019 pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, ao criar um organismo internacional para representar os jovens a fim de encorajar a participação e a corresponsabilidade nas Igrejas particulares. E é precisamente em colaboração com esse dicastério que o Vídeo do Papa de maio foi produzido: o primeiro de uma série de três, com intenções de oração que serão dedicadas à família, em junho, e aos idosos, em julho.

Maria e a JMJ Lisboa

O exemplo de Maria para os jovens, indicado pelo Papa Francisco no vídeo, é sublinhado pelo Padre João Chagas, responsável pelo Setor Jovens do Dicastério para os Leigos, Família e Vida, ao lembrar que "o tema da próxima Jornada Mundial da Juventude, a JMJ Lisboa 2023, será mariano: 'Maria levantou-se e partiu apressadamente' (Lc 1, 39). Toda a viagem de preparação para este evento é um convite aos jovens para se erguerem e ajudarem o mundo a fazê-lo. Na sua última mensagem aos jovens, o Santo Padre fez o seguinte convite: ‘ajudemo-nos mutuamente a erguer-nos juntos, e neste momento histórico difícil seremos profetas de novos tempos, cheios de esperança. Que a Virgem Maria interceda por nós’ (Papa Francisco, Mensagem para a XXXVI JMJ)".

O Pe. Frédéric Fornos, diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, obra pontifícia que conta com uma seção juvenil, o Movimento Eucarístico Jovem, recordou que desde o início do seu pontificado, o Papa Francisco tem sublinhado a importância de um novo entendimento entre as gerações, em particular entre avós e netos. Ele comentou: "Não é por acaso que Francisco gosta frequentemente de recordar o profeta Joel: 'Depois disto, derramarei o meu espírito sobre cada homem, e os vossos filhos e as vossas filhas tornar-se-ão profetas; os vossos anciãos terão sonhos, os vossos jovens terão visões' (Joel 3,1; cf. Atos 2,17). Com a intenção de oração deste mês, no contexto do processo sinodal, o Papa Francisco lança luz sobre a formação dos jovens no discernimento: como podemos ajudar os jovens, seguindo o estilo de Maria, a ouvir, a discernir, a reconhecer os apelos do Senhor e a servir no mundo de hoje? Este é certamente o papel dos idosos, que podem ajudar os jovens nesta tarefa. Rezemos juntos por esta intenção de oração”, como exorta o Papa:

“Rezemos, irmãs e irmãos, para que os jovens, chamados a uma vida plena, descubram em Maria o estilo de escuta, a profundidade do discernimento, a coragem da fé e a dedicação ao serviço.”

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF