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domingo, 8 de maio de 2022

Seminário Bíblico para Mês da Bíblia 2022

arqbrasilia | CNBB

Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB realiza o Seminário Bíblico para Mês da Bíblia 2022

Entre os dias 09 e 13 de maio de 2022, a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB realiza o Seminário Bíblico para Animadores do Mês da Bíblia 2022. Os encontros acontecem diariamente, às 19h30, com transmissão online pelo YouTube.

O objetivo do evento, segundo a assessora da Comissão, Mariana Venâncio, é “apresentar a temática que norteará o Mês da Bíblia deste ano, para animar diversas pessoas a já começarem, nas diversas comunidades do Brasil, as articulações em favor das celebrações de setembro”. Assim, de acordo com ela, “os encontros serão voltados para apresentação e o aprofundamento da teologia do Livro de Josué, apresentando também os subsídios oferecidos pela CNBB para o Mês, que já se encontram publicados e disponíveis para a aquisição”.

Todos os anos, segundo o padre Jânison de Sá, assessor da Comissão, é apresentada uma proposta de estudo de um livro bíblico. E a ideia é justamente, segundo ele, “motivar, favorecer os cristãos para que possam conhecer melhor toda a Bíblia e estudar o livro de maneira mais sistemática”.

“As formações, encontros, seminários que teremos é para favorecer o leitor, o animador ou aquele que coordena a conhecer melhor o livro bíblico para assim poder refletir, rezar melhor nas comunidades durante todo o mês de setembro”, explica padre Jânison.

A programação do Seminário Bíblico para Animadores do Mês da Bíblia 2022 contará com a participação de professores que se dedicam ao estudo da Bíblia a partir da Teologia e da Literatura, são eles: Prof. Dr. Frei Ildo Perondi, Prof.ª Dra. Ir. Márcia Eloi Rodrigues, Prof. Dr. Matthias Grenzer, Prof. Dr. Claudio Vianney Malzoni e Prof. Dr. Altamir Celio de Andrade.

Haverá também uma conferência especial com o autor do texto-base para o Mês da Bíblia deste ano, Prof. Dr. Antonio Carlos Frizzo. O Seminário contará, ainda, com a fala do presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, dom José Antônio Peruzzo, e com a presença dos assessores da Comissão, Mariana Venâncio e padre Jânison de Sá.

Para participar não é necessário realizar inscrição prévia. Basta acessar os canais da CNBB pelo Youtube, às 19h30, e acompanhar a live. Os canais que transmitirão são CNBB NacionalCatequese do Brasil ou Edições CNBB.

Para adquirir os materiais do Mês da Bíblia, publicados pelas Edições CNBB, basta acessar o site da editora (aqui).

Confira a programação e temas:

 

09/05, segunda-feira

Apresentação do Livro de Josué

10/05, terça-feira

A liderança de Josué sustentada pela Lei

Jesus e a Lei de Deus: continuidade e atualização

11/05, quarta-feira

O Cerco de Jericó (Js 5,13 – 6,27)

A aliança em Siquém (Js 24,1-28)

12/05, quinta-feira

A minha casa é maior que a do Rei: hospitalidades em Raab

Apresentação dos Círculos Bíblicos e dinamização do Mês da Bíblia

13/05, sexta-feira

Apresentação do Texto Base para o Mês da Bíblia: “O Senhor, teu Deus, estará contigo por onde quer que vás” (Js 1,9)

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Sexo: a revanche da fidelidade

Pavlo Melnyk I Shutterstock
Por Derville Tugdual

Ao contrário de muitas ideias preconcebidas sobre a natureza química da infidelidade no amor, a ciência revela que o nosso cérebro está programado para o amor duradouro. Tugdual Derville, co-iniciador da Corrente para uma ecologia humana, explica: o verdadeiro amor é natural!

Será a infidelidade sexual uma característica dos seres humanos? Esta é a opinião de toda uma corrente de pensamento que tenta desconstruir “normas sociais” em nome da ciência. Mas agora a ciência parece ser capaz de refutar essa suposta teoria libertária. A fim de forçar suas conclusões, até os naturalistas são por vezes evocados, como se os seres humanos fossem animais como quaisquer outros. Desde aves inconstantes a peixes ‘transgêneros’, passando por filhotes frágeis que são eliminados precocemente, a natureza estaria cheia de exemplos a seguir.

Nesse sentido, a ideia corrente é que o vínculo amoroso entre um homem e uma mulher duraria entre três e sete anos, antes de desaparecer inexoravelmente. Mas hoje, na verdade, a bioquímica do cérebro nos diz que o amor duradouro não é uma utopia.

Por que o casamento duradouro é uma exceção?

Psychology.com oferece um artigo datado de Março de 2021 intitulado “Por que o amor dura três anos”, que começa como se segue: “Lá se vão os românticos! De acordo com as leis da biologia, o amor é um processo químico de curta duração. Segue-se uma entrevista com Lucy Vincent, uma médica em neurociência. A pesquisadora do CNRS sugere que os nossos cérebros são concebidos para ligar dois pais apenas até o seu filho ter três anos de idade, após o que só precisaria de um!

Para os desconstrucionistas, não há necessidade de esperar: os seres humanos são programados para uma sucessão de encontros amorosos, descritos como efémeros vícios mútuos, e não para um compromisso. Os seguidores de um casamento duradouro seriam felizes – ou mesmo tristes – exceções.

Essa é a tese desenvolvida por Marcela Iacub, diretora do Laboratório de Demografia e História Social da Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (EHESS) no seu ensaio La Fin du Couple (Stock, 2016). A pesquisadora e ativista segue na tradição do filósofo Charles Fourier (1772-1837), que condenou não só a instituição do casamento, que considerou injustamente restritivo, mas também todas as formas de sexualidade e afetividade semelhantes às de um casal fiel, e que via os ciúmes como um sentimento bárbaro.

O veneno da dúvida

Nesse sentido, a sociedade acaba sendo influenciada por este tipo de teoria. Elas podem incutir o veneno da dúvida naqueles que lutam para se manterem fiéis. Durante décadas, artigos perniciosos têm abundado apresentando – sob o pretexto da ciência social ou da especialização neurobiológica – o adultério como “natural” ou mesmo “benéfico para o casal”, como sugerido neste artigo de 2014 publicado no Madame Figaro: “Quando o adultério fortalece o casal”.

Quanto aos jovens, embora sejam regularmente advertidos sobre a falta de consentimento, doenças sexualmente transmissíveis e gravidezes indesejadas, a fidelidade sexual quase nunca lhes é apresentada como desejável, possível e benéfica. No entanto, a maioria deles ainda a quer, e estão longe de pôr em prática as utópicas recomendações de Fourier. O Instituto Ifop interrogou 1.000 jovens entre os 16 e 24 anos sobre a sua vida sexual: 43% não tinham tido relações sexuais no ano anterior, e 45% tinham tido “apenas um parceiro”. Dos que disseram ter um “parceiro regular”, 93% eram-lhe fiéis.

A bioquímica da ligação conjugal

Mas agora a bioquímica do cérebro está a chegar ao resgate da fidelidade. Como diz um artigo recente no Huffington Post. Intitulado “O segredo de um amor que dura para sempre?”, o texto afirma que “os nossos cérebros estão programados para um amor duradouro” e que “conhecemos agora os pilares biológicos e as ligações cerebrais que permitem que os amantes estejam em sincronia”. Este elixir amoroso é chamado ‘oxitocina’. O famoso hormônio é apresentado como um dos “pilares biológicos do amor duradouro”. Um painel de cientistas descreve esta descoberta, que “desafia totalmente as nossas ideias preconcebidas sobre o amor”.

De acordo com o neurobiólogo americano Larry Young, a ligação monogâmica entre humanos está ligada aos mesmos tipos de mecanismos cerebrais que os que ligam uma mãe aos seus filhos. O estudo da função cerebral do casal amoroso leva a recomendações que não são diferentes das dos conselheiros matrimoniais: não deixe que o estresse mate o amor; pelo contrário, alimente o amor através de atividades positivas vividas em conjunto. E notar como, para além das relações sexuais e ternura, alegria, entusiasmo, admiração, contemplação da natureza, ou seja, qualquer emoção que eleva a alma, fortalece – a nível bioquímico – o apego conjugal.

Como uma revanche da ecologia humana, a ligação conjugal a longo prazo, incluindo o ‘sexo sustentável’, é uma aventura atrativa que respeita plenamente a nossa natureza sexual. Que esta natureza apela à fidelidade não irá surpreender aqueles que decidiram vivê-la. Os casais que tiverem dificuldade em consertar os seus laços rompidos serão encorajados. E para os muitos jovens que ainda sonham com o “verdadeiro amor” pela vida, podem tornar esse sonho numa realidade.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

IV DOMINGO DA PÁSCOA - Ano C

Dom Paulo Cezar | arqbrasilia

IV DOMINGO DA PÁSCOA

Palavra do Pastor

Dom Paulo Cezar Costa

Arcebispo de Brasília

A voz do Bom Pastor

Neste quarto domingo da Páscoa, celebramos o Domingo do Bom Pastor. Rezamos pelas vocações sacerdotais e pedimos ao Bom Pastor, Jesus Cristo, para que envie pastores para a sua Igreja. Jesus Cristo é o Bom Pastor. Talvez a imagem do pastor não seja muito comum para o nosso mundo urbano, mas era uma imagem que muito comunicava no tempo de Jesus. O título de pastor, de origem oriental, indicava uma função de governo. Na Suméria, o rei era designado como pastor. No prólogo do seu código, Hamurabi, rei da Suméria e de Acad, designa-se como pastor e retoma no epílogo: “Eu sou o pastor que traz a salvação … contra meu peito estreitei o povo da Suméria e da Acad” (Col. 50 -51).  Esta metáfora aparece várias vezes no Antigo Testamento se dirigindo a Deus como pastor de Israel. Deus, através do profeta Ezequiel diz: “Certamente eu mesmo cuidarei do meu rebanho e dele me ocuparei…” (Ez 34, 11). Mas, nos Evangelhos, é pouco usada, talvez pela má fama que tivessem os pastores neste tempo. Mas Jesus a aplica a Si em Jo 10, e se identifica com o Pastor Bom.

No Evangelho deste domingo (Jo 10, 27-10), Jesus, Bom Pastor, manifesta o seu cuidado para com as ovelhas. As ovelhas de Jesus escutam a Sua voz, Ele as conhece e elas O seguem.  Há uma profunda empatia entre o Bom Pastor e as ovelhas. Jesus, Bom Pastor, dá às suas ovelhas a vida eterna e elas jamais se perderão. Nesta imagem forte, exprime-se a autoconsciência dos discípulos de Jesus, da sua profunda comunhão com Jesus, o Bom Pastor. Os discípulos se sentem protegidos por Ele e pelo Pai, e sabem que ninguém pode tirá-los da salvação porque protegidos por Jesus e pelo Pai.  O poder protetivo de Jesus é aquele do Pai e o Pai é maior do que todos, muito maior do que aqueles que ameaçam o rebanho. Jesus veio do Pai, age segundo a vontade do Pai e por autoridade do Pai.

Este texto deve nos consolar, pois a imagem das ovelhas significa todos nós que seguimos Jesus, que somos discípulos e discípulas de Jesus. Ele é o nosso Bom Pastor que nos amou a ponto de dar por nós a própria vida. A imagem do Pastor contrasta com o descuidado que os chefes do Israel, daquele tempo, tinham com o povo, pois eram mercenários e não cuidavam do povo. Jesus, ao contrário, caminha no meio do povo, escuta, ensina, cura, dá a vida. Ele é o Bom Pastor, o Pastor Bom e Belo.

Esta imagem também fala para nós, que somos pastores na Igreja conduzindo o nosso amado povo, mas deve interpelar, também, todos aqueles (as) que têm responsabilidade diante do povo.  Todo homem e toda mulher que tem responsabilidade diante do povo devem se perguntar se está sendo pastor ou mercenário.

Santo Agostinho mostra que para ser bom pastor é preciso estar unido ao único pastor, Jesus Cristo: “Mas os bons pastores estão todos no Único, são um só. Se eles apascentam, é Cristo que apascenta. Os amigos do esposo não dizem ser sua a voz, mas com grande alegria se rejubilam com a voz do esposo. Por conseguinte, é Ele que apascenta quando aqueles apascentam” (Sermo 46, 29).

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Três coisas que todo católico deveria saber sobre os dogmas marianos

Dogmas marianos. A Virgem Maria e o Menino Jesus. Crédito: Pixabay

REDAÇÃO CENTRAL, 06 mai. 22 / 12:25 pm (ACI).- Em maio, mês dedicado pela Igreja Católica em homenagem à Santíssima Virgem Maria, os católicos de todo o mundo tendem a aprofundar seu conhecimento e amor à Mãe de Deus, por meio de eventos de formação, da oração do terço e da consagração a Maria.

Durante este tempo especial, alguns fiéis que participam de catequeses, cursos ou conferências sobre temas marianos, podem ouvir ou ler sobre dogmas marianos sem conhecimento prévio sobre o assunto.

Por isso, a seguir, explicamos de forma simples tudo o que um católico precisa saber sobre os dogmas marianos:

1. O que é um dogma mariano?

Um dogma é uma verdade de fé absoluta, definitiva, infalível, irrevogável e inquestionável revelada por Deus através da Bíblia ou da Sagrada Tradição. Depois de proclamado, não pode ser revogado ou negado, nem pelo papa nem por decisão conciliar.

Para que uma verdade se torne um dogma, é necessário que seja proposta diretamente pela Igreja Católica aos fiéis como parte de sua fé e doutrina, por meio de uma definição solene e infalível do Supremo Magistério da Igreja.

Os dogmas mais importantes referem-se a Deus, a Jesus Cristo, à Virgem Maria, ao papa e à Igreja, à criação do mundo, aos sacramentos e tudo relacionado ao fim da existência humana e ao juízo final.

Os dogmas que se referem à Virgem Maria são chamados de "marianos", e a Igreja Católica os celebra todos os anos como solenidades, a mais alta categoria litúrgica, e indica que os católicos devem participar da Eucaristia.

2. Quais são os dogmas marianos?

A Imaculada Conceição

O dogma de fé da Imaculada Conceição nos revela que, pela graça de Deus, a Virgem Maria foi preservada do pecado desde o momento de sua concepção; isto é, desde o momento em que Maria começou a vida humana.

A Virgem Maria é imaculada graças a Cristo seu filho, pois como Jesus ia nascer do seu ventre, Deus a fez imaculada para que tivesse um ventre puro para se encarnar. Ela nunca se inclinou às concupiscências e sua grandeza mostra que como ser humano ela era livre, mas nunca ofendeu a Deus e, assim, não perdeu a enorme graça que Ele lhe concedeu.

maternidade divina

Este dogma é o fundamento do culto mariano e define que a Virgem Maria é a verdadeira Mãe de Deus. Como Jesus é homem e Deus ao mesmo tempo, ou seja, uma pessoa que integra essas duas naturezas, e a Virgem Maria é a mãe de Jesus em sua totalidade, então ela é a Mãe de Deus.

A virgindade perpétua

O dogma da virgindade perpétua é o mais antigo dos quatro e define que Maria foi virgem antes, durante e perpetuamente depois do nascimento de Jesus, e assim foi mantida por Deus até sua gloriosa assunção ao céu. Maria "é a virgem que conceberá e dará à luz um Filho cujo nome será Emanuel", diz a Bíblia e o Concílio Vaticano II.

A assunção da Virgem Maria

A assunção é a celebração de quando o corpo e a alma da Virgem Maria foram glorificados e levados ao Céu no final de sua vida terrena.

Isso significa que, por um privilégio especial de Deus, Maria não experimentou a corrupção de seu corpo e foi assunta ao céu, onde reina viva e gloriosa, junto com Jesus. Não deve ser confundido com a ascensão, que se refere a Jesus Cristo.

3. Quem aprovou os dogmas marianos?

O dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo papa Pio IX em sua bula Ineffabilis Deus em 8 de dezembro de 1854. Desde então, a Igreja Católica celebra a cada 8 de dezembro a solenidade da Imaculada Conceição de Maria.

“[…] A beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original [… ]”, disse.

O dogma da maternidade divina foi proclamado pelo papa são Clementino I no Concílio de Éfeso no ano de 431. Declarou “que seja excomungado quem não professar que Emanuel é verdadeiramente Deus e, portanto, que a Virgem Maria é verdadeiramente Mãe de Deus, pois deu à luz segundo a carne aquele que é o Verbo de Deus”.

Mais tarde, foi proclamado por outros Concílios universais, o de Calcedônia e os de Constantinopla. O Concílio Vaticano II diz que a Virgem foi honrada com este título desde os tempos antigos e que os fiéis apelam para ela em todos os seus perigos e necessidades.

A solenidade de Maria, Mãe de Deus, é celebrada em 1º de janeiro de cada ano, e é a mais antiga conhecida no Ocidente.

Sobre o dogma da virgindade perpétua, o papa João Paulo II disse em 1996 que "a fé expressa nos Evangelhos" sobre a virgindade de Maria "é confirmada, sem interrupções na tradição posterior”, e que as definições dos “concílios ecumênicos e do magistério pontifício […] estão em perfeita sintonia com esta verdade”.

Disse ainda que o Concílio de Calcedônia em 451, o terceiro concílio de Constantinopla em 681 e outros concílios ecumênicos como o de Constantinopla II, Latrão IV e Lyon II, declararam Maria "'sempre virgem', enfatizando sua virgindade perpétua".

"O Concílio Vaticano II retomou essas afirmações, destacando o fato de que Maria, 'pela sua fé e sua obediência, gerou na terra o próprio Filho do Pai, certamente sem conhecer varão, coberta com a sombra do Espírito Santo’", acrescentou.

“Embora as definições do magistério, com exceção do concílio de Latrão do ano 649, convocado pelo papa Martinho I, não especifiquem o significado do nome 'virgem', é claro que este termo é usado em seu sentido usual: abstenção voluntária de atos sexuais e preservação da integridade corporal. De qualquer forma, a integridade física é considerada essencial para a verdade da fé da concepção virginal de Jesus”, destacou.

Quanto à assunção da Virgem Maria, desde 1849 a Santa Sé recebeu pedidos para que a assunção da Virgem fosse declarada dogma de fé e, em 1950, o papa Pio XII a declarou dogma na Constituição Apostólica Munificentissimus Deus.

“[…] declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”, disse.

No dia 15 de agosto, a Igreja Católica celebra a solenidade da Assunção da Virgem Maria, para comemorar a feliz partida de Maria desta vida e a assunção de seu corpo ao céu.

Fonte: https://www.acidigital.com/

O Papa: o cristão é filho da escuta

Vatican News

“O Senhor é a Palavra do Pai e o cristão é 'filho da escuta', chamado a viver com a Palavra de Deus ao alcance da mão”, palavras do Papa Francisco durante o Regina Coeli deste domingo, 8 de maio.

Jane Nogara - Vatican News

No 4° Domingo de Páscoa (08/05) durante o Regina Caeli, Francisco falou sobre “o bom pastor”. Para recordar esta “terna e bela imagem” do pastor com suas ovelhas, o Papa usou três verbos, presentes no Evangelho de João, refletindo sobre eles: escutar, conhecer, seguir.

Escutar

“Antes de tudo, as ovelhas escutam a voz do pastor. A iniciativa vem sempre do Senhor; tudo parte da sua graça: é Ele quem nos chama à comunhão com Ele. Mas esta comunhão se realiza se nos abrirmos à escuta. Escutar significa disponibilidade, docilidade, tempo dedicado ao diálogo”. O Papa destacou que a escuta é fundamental para o Senhor, explicando:

“O Senhor é a Palavra do Pai e o cristão é filho da escuta, chamado a viver com a Palavra de Deus ao alcance da mão.”

Recomendando que escutemos os outros, pois “quem escuta os outros também escuta o Senhor, e vice-versa”. "Hoje estamos sobrecarregados de palavras - disse ainda o Papa - e com a pressa de sempre ter que dizer e fazer alguma coisa, na verdade quantas vezes duas pessoas estão falando e uma não espera que a outra termine seu pensamento, ela corta a conversa pela metade,  responde sem esperar .. Mas se você não o deixa falar, não há escuta. Este é um mal do nosso tempo. Hoje estamos sobrecarregados pelas palavras, pela pressa de sempre ter que dizer algo, temos medo do silêncio".

Conhecer

“Escutar Jesus torna-se assim o caminho para descobrir que Ele nos conhece. Aqui está o segundo verbo, que diz respeito ao bom pastor: Ele conhece suas ovelhas”, explica Francisco. Enfatizando:

“Conhecer no sentido bíblico significa amar. Significa que o Senhor, enquanto ‘nos lê por dentro’, nos ama.”

“Ele quer nos dar um novo e maravilhoso conhecimento – continua o Papa - o de saber que somos sempre amados por Ele e, portanto, nunca deixados sós, a nós mesmos”. Neste ponto o Papa adverte que devemos nos perguntar: “eu me deixo ser conhecido pelo Senhor? Eu lhe abro espaço na minha vida, levo-lhe o que eu vivo?”

Seguir

Ao refletir sobre o terceiro verbo sobre o bom pastor Francisco disse: “As ovelhas que escutam e se descobrem conhecidas seguem o seu pastor. E quem segue a Cristo, o que faz? Vai para onde Ele for, na mesma estrada, na mesma direção”. Recordando ainda que seguir significa interessar-se pelos que estão longe, carregar no coração a situação dos que sofrem, sabe chorar com os que choram, estender a mão ao próximo, carregá-lo sobre os ombros.

O Papa concluiu invocando:

“Que a Virgem Santíssima nos ajude a escutar Cristo, a conhecê-lo cada vez mais e a segui-lo no caminho do serviço.”

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Vítor

S. Vítor | arquisp
08 de maio

São Vítor

Vítor, o Mouro, era africano natural da Mauritânia. Cristão desde criança, quando adulto ingressou no exército do imperador Maximiano. Quando este desejou sufocar uma rebelião na Gália, atual França, recrutou, então, um grande contingente de homens do Oriente e do norte da África.

O destacamento em que veio Vítor se estabeleceu em Milão, na Itália. Entretanto o imperador exigia que todos os soldados, antes de irem para a batalha, oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos do Império. Os que se recusavam eram condenados à morte.

Pois Vítor se recusou, mantendo e reafirmando sua fé cristã a cada ordem recebida nesse sentido. Ele foi levado ao tribunal e interrogado. Confessou novamente sua doutrina, entretanto, renovando sua lealdade ao imperador, quanto às ordens militares. O soldado Vítor, mesmo assim, foi encarcerado, permanecendo por seis dias sem comida ou água.

Essa cadeia onde ficou, ao lado da Porta Romana, até hoje é tristemente conhecida como o cárcere de São Vítor. Findo esse prazo, Vítor foi arrastado pelas ruas da cidade até o hipódromo do Circo, situado junto à atual Porta Ticinense, onde, interrogado novamente pelo próprio imperador, se negou a abandonar sua religião. Foi severamente flagelado, mas manteve-se firme. Levado de volta ao cárcere, teve as feridas cobertas por chumbo derretido, mas o soldado africano saiu ileso do pavoroso castigo.

Rapidamente Vítor se recuperou e, na primeira oportunidade, fugiu da cadeia, refugiando-se numa estrebaria junto a um teatro, onde hoje se encontra a Porta Vercelina. Acabou descoberto, levado a uma floresta próxima e decapitado. Era o dia 8 de maio de 303.

Conta a tradição milanesa que seu corpo permaneceu sem sepultura por uma semana, quando o bispo são Materno o encontrou intacto e vigiado por duas feras. Ali mesmo foi construída uma imensa igreja, a ele dedicada. Aliás, não é a única. Há, em Milão, várias outras igrejas e monumentos erguidos em sua homenagem, mas o mais significativo, sem dúvida, é o seu cárcere.

Vítor é um dos santos mais amados e venerados pelos habitantes de Milão. Tendo sido martirizado naquela cidade, sua prisão e seu martírio permanecem vivos na memória do povo, que sabe contar até hoje, detalhadamente, seu sofrimento, apontando com precisão os locais onde as tristes e sangrentas cenas aconteceram no início do século IV.

O culto ao mártir são Vítor, o Mouro, se espalhou pelo mundo católico do Ocidente e do Oriente, sendo invocado como o padroeiro dos prisioneiros e exilados.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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sábado, 7 de maio de 2022

Papa: o estudo da liturgia deve levar a maior unidade eclesial

Pontifício Instituto Anselmo de Roma | Vatican News

No encontro neste sábado (07) com os membros do Pontifício Instituto Litúrgico Santo Anselmo de Roma, que se dedica ao estudo da liturgia o Papa recordou as três dimensões fundamentais para renovar a vida litúrgica. “Devemos continuar a tarefa de formar à liturgia para sermos formados pela liturgia”

Jane Nogara - Vatican News

Na manhã deste sábado (07) o Papa Francisco recebeu os  membros do Pontifício Instituto Litúrgico Santo Anselmo por ocasião do 60° aniversário de sua fundação, um Instituto que se dedica ao estudo da Liturgia. Uma necessidade, disse o Papa, que encontrou uma motivação iluminadora no Concílio Vaticano II com a constituição litúrgica Sacrosanctum Concilium.

“Deste impulso conciliar – disse o Papa – destacaram-se tres dimensões para renovar a vida litúrgica. A primeira é a participação ativa e fecunda na liturgia; a segunda é a comunhão eclesial animada pela celebração da Eucaristia e dos Sacramentos da Igreja; a terceira é o impulso à missão evangelizadora a partir da vida litúrgica que envolve todos os batizados”. E afirmou que o Pontifício Instituto Litúrgico está ao serviço desta tríplice necessidade.

Participação ativa na vida litúrgica

No que se refere à formação a viver e promover a participação ativa na vida litúrgica Francisco disse: "A chave aqui é educar as pessoas para entrarem no espírito da liturgia. E para saber como fazer isso, é necessário estar impregnado desse espírito”. No seu Instituto, disse ainda, “isto é o que deveria acontecer: estar impregnado do espírito da liturgia, sentir seu mistério, com uma maravilha sempre nova".

“A liturgia não é propriedade, não, não é uma profissão: a liturgia é celebrada. E só se participa ativamente na medida em que se entra em seu espírito. Não é uma questão de ritos, é o mistério de Cristo, que de uma vez por todas revelou e cumpriu o sagrado, o sacrifício e o sacerdócio. O culto em espírito e verdade”

"Sobre este ponto, gostaria de sublinhar o perigo, a tentação do formalismo litúrgico: ir atrás das formas, das formalidades e não da realidade, como vemos hoje naqueles movimentos que tentam retroceder e negar o próprio Concílio Vaticano. Neste caso, a celebração é recitação, é algo sem vida, sem alegria".

Comunhão eclesial

Referindo-se ao segundo aspecto Francisco afirmou que a dedicação ao estudo litúrgico aumenta a comunhão eclesial, ponderando:

“Dar glória a Deus na liturgia se reflete no amor ao próximo, no compromisso de viver como irmãos e irmãs em situações cotidianas, na comunidade em que me encontro, com seus méritos e limitações. Este é o caminho para a verdadeira santificação. Portanto, a formação do Povo de Deus é uma tarefa fundamental para se viver uma vida litúrgica plenamente eclesial”

Missão evangelizadora

Quanto ao terceiro aspecto, que afirma que cada celebração litúrgica se conclui sempre com a missão o Papa recordou aos presentes:

“O que vivemos e celebramos nos leva a sair ao encontro dos outros, ao encontro do mundo ao nosso redor, ao encontro das alegrias e necessidades de tantos que talvez vivam sem conhecer o dom de Deus. A vida litúrgica genuína, especialmente a Eucaristia, sempre nos impele à caridade, que é, antes de tudo, abertura e atenção ao outro”

Em seguida, depois das três dimensões fundamentais dirigindo-se aos presentes disse:

“Sublinho mais uma vez que a vida litúrgica, e o estudo da mesma, deve levar a uma maior unidade eclesial. Não é possível adorar a Deus e, ao mesmo tempo, fazer da liturgia um campo de batalha para questões que não são essenciais”

Recomendando por fim: “Os desafios do nosso mundo e do momento atual são muito fortes. A Igreja precisa hoje como sempre viver da liturgia. Os Padres Conciliares fizeram um grande trabalho para garantir que assim fosse. Devemos continuar esta tarefa de formar à liturgia para sermos formados pela liturgia. A Santíssima Virgem Maria, juntamente com os Apóstolos, rezavam, partiam o Pão e viviam a caridade com todos. Pela sua intercessão, a liturgia da Igreja torne presente hoje e sempre este modelo de vida cristã".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Domitila

Sta. Domitila | arquisp
07 de maio

Santa Domitila

Há muito mais tradições envolvendo a existência de Flávia Domitila do que documentos históricos comprovados. Seu nome e santidade tanto se espalharam, nos primeiros tempos do cristianismo, que sua vida se mesclou a essas tradições pela transmissão dos próprios fiéis que fixaram o seu culto.

Flávia Domitila teria sido convertida ao cristianismo por dois eunucos. Enquanto ela se preparava para o casamento com o filho de um cônsul, Nereu e Aquiles lhe falaram sobre Cristo e a beleza da virgindade, "irmã dos Anjos". Ela teria abandonado o casamento e se convertido imediatamente.

Contudo o próprio imperador, inconformado, tentou vencer a recusa pelo compromisso da jovem com uma tarde dançante em sua homenagem. A morte repentina do próprio noivo aconteceu em meio às danças. Segundo a tradição, Flávia Domitila morreu queimada num incêndio criminoso que destruiu sua casa, sendo provocado por um irmão do noivo.

Mas o que existe de real sobre a vida de santa Flávia Domitila é que ela era uma nobre dama romana, esposa do cônsul Flávio Clemente e sobrinha do imperador Vespasiano, pai de Domiciano. Esses dados foram encontrados em uma inscrição da época, conservada na basílica dos santos Nereu e Aquiles, que também morreram decapitados pelo testemunho em Cristo.

No primeiro século, ela enfrentou a ira da corte por não esconder sua fé em Cristo. Banida do convívio social, foi depois julgada e condenada ao exílio, sendo deportada para a ilha de Ponza.

Sua morte aconteceu de forma lenta, cruel e dolorosa, numa ilha abandonada, sem as menores condições de sobrevivência, conforme escreveu sobre ela são Jerônimo.

sexta-feira, 6 de maio de 2022

A mediação de Maria

 

Crédito: Ed. Cléofas

“O meio mais seguro de conhecermos a vontade de Deus é rezarmos à nossa boa mãe, Maria” S. João Maria Vianney

O Concílio Vaticano II, na Lúmen Gentium, explica-nos bem como é a mediação de Nossa Senhora diante de Deus. Vejamos:

“A maternidade de Maria na dispensação da graça perdura ininterruptamente a partir do consentimento que ela fielmente prestou na Anunciação, que sob a Cruz ela resolutamente manteve e manterá até a perpétua consumação de todos os eleitos. Assumida aos céus, não abandonou esta salvífica função, mas por sua multíplice intercessão continua a granjear-nos os dons da salvação eterna. Por seu maternal amor cuida dos irmãos do seu Filho que ainda peregrinam rodeados de perigos e dificuldades, até que sejam conduzidos à feliz pátria”.

“Por isto e Bem-aventurada Virgem Maria é invocada na igreja sob os títulos de Advogada, Auxiliadora, Protetora, Medianeira. Isto, porém, se entende de tal modo que nada derrogue, nada acrescente à dignidade e eficácia de Cristo, o único Mediador”.

“Com efeito; nenhuma criatura jamais pode ser colocada no mesmo plano com o Verbo Encarnado e Redentor. Mas, como o sacerdócio de Cristo é participado de vários modos seja pelos ministros, seja pelo povo fiel, e como a indivisa bondade de Deus é realmente difundida nas criaturas de maneiras diversas, assim também a única mediação do Redentor não exclui, mas suscita nas criaturas uma variegada cooperação, que participa de uma única fonte”.

“A Igreja não hesita em proclamar essa função subordinada de Maria. Pois sempre de novo experimenta e recomenda-se ao coração dos fiéis para que, encorajados por esta maternal proteção, mais intimamente deem sua adesão ao Mediador e Salvador” (LG, nº 62).

O Papa Paulo VI em sua Exortação Apostólica Signum Magnum nº 1, escreveu:

“A Virgem continua agora no céu a exercer a sua função materna, cooperando para o nascimento e o desenvolvimento da vida divina em cada uma das almas dos homens redimidos. É esta uma verdade muito reconfortante, que, por livre disposição de Deus sapientíssimo, faz parte do mistério da salvação dos homens; por conseguinte, deve ser objeto da fé de todos os cristãos”.

Assim, a mediação de Nossa Senhora, bem como a dos anjos e santos, não é uma mediação substitutiva a de Jesus, mas, ao contrário, com base nela, por dentro dela. Sem a Mediação única e essencial de Cristo, homem e Deus, Sumo Pontífice (ponte) entre Deus e os homens, todas as outras mediações não teriam eficácia; portanto, a mediação de Maria não é uma mediação paralela a de Jesus, mas subordinada, cooperadora, por vontade de Deus. Jesus não quis salvar o mundo sozinho; Ele quis e quer a nossa ajuda e cooperação, tanto em termos de trabalho como de oração.

O Papa João Paulo II assim se expressou:

“Os cristãos invocam Maria como “Auxiliadora”, reconhecendo-lhe o amor materno que vê as necessidades dos seus filhos e está pronto a intervir em ajuda deles, sobretudo quando está em jogo a salvação eterna. A convicção de que Maria está próxima de quantos sofrem ou se encontram em situações de grave perigo, sugeriu aos fiéis invocá-la como “Socorro”. A mesma confiante certeza é expressa pela mais antiga oração mariana, com as palavras: “sob a vossa proteção recorremos a vós, Santa Mãe de Deus: não desprezeis as súplicas de nós que estamos na prova, e livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!” (Do Breviário Romano). Como Medianeira materna, Maria apresenta a Cristo os nossos desejos, as nossas súplicas e transmite-nos os dons divinos, intercedendo continuamente em nosso favor (L’Osservatore Romano, ed. port. n.39, 27/09/1997, pag. 12(448)).

Disse ainda o Papa: “Como recordo na Encíclica Redemptoris mater, “a mediação de Maria está intimamente ligada à sua maternidade e possui um caráter especificamente maternal, que a distingue da mediação das outras criaturas” (n. 38). Deste ponto de vista, Ela é única no seu gênero e singularmente eficaz… o mesmo Concílio cuidou de responder, afirmando que Maria é “para nós a Mãe na ordem da graça” (LG, 61). Recordamos que a mediação de Maria se qualifica fundamentalmente pela sua maternidade divina. O reconhecimento do papel de Medianeira está, além disso, implícito na expressão “nossa Mãe”, que propõe a doutrina da mediação Mariana, pondo em evidência a maternidade. Por fim, o título “Mãe na ordem da graça” esclarece que a Virgem coopera com Cristo no renascimento espiritual da humanidade.

“O Concílio afirma, além disso, que “a função maternal de Maria em relação aos homens de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; antes, manifesta a sua eficácia” (LG, 60).

“Longe, portanto, de ser um obstáculo ao exercício da única mediação de Cristo, Maria põe antes em evidência a sua fecundidade e a sua eficácia. “Com efeito, todo o influxo salvador da Virgem Santíssima sobre os homens se deve ao beneplácito divino e não a qualquer necessidade; deriva da abundância dos méritos de Cristo, funda-se na Sua mediação e dela depende inteiramente, haurindo aí toda a sua eficácia” (LG, 60).

Disse ainda o Papa: “Como recordo na Encíclica Redemptoris mater, “a mediação de Maria está intimamente ligada à sua maternidade e possui um caráter especificamente maternal, que a distingue da mediação das outras criaturas” (n. 38). Deste ponto de vista, Ela é única no seu gênero e singularmente eficaz… o mesmo Concílio cuidou de responder, afirmando que Maria é “para nós a Mãe na ordem da graça” (LG, 61). Recordamos que a mediação de Maria se qualifica fundamentalmente pela sua maternidade divina. O reconhecimento do papel de Medianeira está, além disso, implícito na expressão “nossa Mãe”, que propõe a doutrina da mediação Mariana, pondo em evidência a maternidade. Por fim, o título “Mãe na ordem da graça” esclarece que a Virgem coopera com Cristo no renascimento espiritual da humanidade.

“O Concílio afirma, além disso, que “a função maternal de Maria em relação aos homens de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; antes, manifesta a sua eficácia” (LG, 60).

“Longe, portanto, de ser um obstáculo ao exercício da única mediação de Cristo, Maria põe antes em evidência a sua fecundidade e a sua eficácia. “Com efeito, todo o influxo salvador da Virgem Santíssima sobre os homens se deve ao beneplácito divino e não a qualquer necessidade; deriva da abundância dos méritos de Cristo, funda-se na Sua mediação e dela depende inteiramente, haurindo aí toda a sua eficácia” (LG, 60).

“De Cristo deriva o valor da mediação de Maria e, portanto, o influxo salvador da Bem-aventurada Virgem “de modo nenhum impede a união imediata dos fiéis com Cristo, antes a favorece” (ibid.).

“Ao proclamar Cristo como único Mediador (cf. 1 Tm 2, 5-6), o texto da Carta de São Paulo a Timóteo exclui qualquer outra mediação paralela, mas não uma mediação subordinada. Com efeito, antes de ressaltar a única e exclusiva mediação de Cristo, o autor recomenda “que se façam súplicas, orações, petições e ações de graças por todos os homens…” (2,1). Não são porventura as orações uma forma de mediação? Antes, segundo São Paulo, a única mediação de Cristo é destinada a promover outras mediações dependentes e ministeriais. Proclamando a unicidade da mediação de Cristo, o Apóstolo só tende a excluir toda a mediação autônoma ou concorrente, mas não outras formas compatíveis com o valor infinito da obra do Salvador.

“Nesta vontade de suscitar participações na única mediação de Cristo, manifesta-se o amor gratuito de Deus que quer compartilhar aquilo que possui. Na verdade, o que é a mediação materna de Maria senão um dom do Pai à humanidade? Eis por que o Concílio conclui: “Esta função subordinada de Maria, não hesita a Igreja em proclamá-la; sente-a constantemente e inculca-a nos fiéis…” (ibid.).

“Maria desempenha a sua ação materna em contínua dependência da mediação de Cristo e d’Ele recebe tudo o que o seu coração desejar transmitir aos homens. Na sua peregrinação terrena, a Igreja experimenta “continuamente” a eficácia da ação da “Mãe na ordem da graça” (L’Osservatore Romano, ed. port. n.40, 04/10/1997, pag. 12(460)).

Prof. Felipe Aquino

Fonte: https://cleofas.com.br/

REPAM-Brasil lança Campanha #EuVotoPelaAmazonia

CNBB

A Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil), Organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lançou nesta quinta-feira, 05 de maio, a Campanha #EuVotoPelaAmazonia, com o objetivo de ajudar os cristãos e a sociedade em geral a refletir sobre a importância de eleger políticos e governos comprometidos com a Ecologia Integral, a agroecologia, a justiça socioambiental, o bem-viver e os direitos dos povos e de seus territórios.

A Campanha que ocorrerá nos meses de maio a setembro de 2022, desenvolverá várias ações de conscientização como rodas de conversa sobre a Amazônia e eleições, reflexões, vídeos, materiais para redes sociais e roteiro de celebrações para as comunidades de dentro e de fora da Amazônia. Está previsto, também, uma Celebração Eucarística no Dia da Amazônia, comemorado em 5 de setembro.

Nos últimos anos, o bioma amazônico foi explorado violentamente com queimadas, desmatamentos, invasão de terras indígenas e o avanço do agronegócio e da mineração sobre territórios protegidos. Mesmo reconhecendo que outros biomas também estão ameaçados, a Amazônia tem significado crucial para o enfrentamento das mudanças climáticas e será o foco da Campanha “EuVotoPelaAmazonia”.

As eleições e sua relação com a Amazônia e o cuidado com a Casa Comum

CNBB

De acordo com o arcebispo de Porto Velho (RO) e secretário da REPAM, dom Roque Paloschi, as eleições são um espaço fundamental para o exercício da cidadania e o momento durante o qual podemos decidir os rumos de nossa história e salvaguardar a democracia. “Para isso, é importante uma educação integral de todos nós, povo brasileiro. Educação que ajude a fazer escolhas conscientes e pelo bem da coletividade.

Ainda segundo dom Roque, nestas eleições, é importante que prestemos atenção nas propostas que os partidos e candidatos fazem em relação à Amazônia. “Todos sabemos da importância fundamental do bioma amazônico e a sua sociodiversidade para o equilíbrio do clima e a garantia da possibilidade de vida para as gerações futuras”, enfatizou.

Nesse vasto território vivem mais de 180 povos indígenas, além de muitos grupos isolados.  O agronegócio, o garimpo, a extração ilegal de madeira, os grandes projetos econômicos são alguns dos fatores que contribuem para o desmatamento e o empobrecimento dos recursos naturais e dos povos que habitam a Amazônia.

“A Amazônia está sendo destruída e devastada por interesses econômicos, que provoca uma exploração desmedida dos recursos naturais, extraindo toda a possibilidade de vida, isso tudo em nome de um desenvolvimento tecnocrata, como nos fala a Laudato Si, colocando em risco a vida de todos os seres”, completa Dom Roque.

A diretora executiva da REPAM-Brasil, Irmã Maria Irene Lopes, falou sobre as perspectivas deste evento a partir do clamor da Amazônia que brota das florestas e de suas cidades. “A ideia é fazer com esta Campanha, desde seu lançamento, seja um momento forte de reflexão e debate sobre o impacto que o resultado das urnas poderá trazer, negativa ou positivamente para a Amazônia e para todos nós, uma vez que tudo está interligado”, afirma a religiosa.

Veja o vídeo da campanha:

https://youtu.be/MkccZq7t4vc

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF