Translate

terça-feira, 10 de maio de 2022

11 pequenas orações que podem ter impacto na sua vida

PhotoGranary | Shutterstock
Por Marzena Devoud

Fáceis de memorizar, eficazes... estas pequenas orações permitem-lhe ligar-se a Deus ao longo do dia e ser acompanhado por Ele face a todos os desafios da vida quotidiana. Descubra onze tesouros, onze pequenas orações para as diferentes circunstâncias da vida.

Nem sempre é fácil dedicar um momento de cada dia ao relacionamento com Deus. Com demasiada frequência, múltiplas atividades diárias assumem o seu lugar. Organizar um momento especial é por vezes impossível… Porém, temos aqui boas notícias: há algumas belas e curtas orações que podem ter um impacto real na sua vida. Cada uma delas aborda uma necessidade específica: encontrar calma interior, lidar com o desânimo, combater os medos, resistir às tentações que podem ser prejudiciais… Então há orações curtas que podem mudar a sua vida? Sim, sem dúvida!

1. COMEÇAR O DIA COM O PÉ DIREITO

web3-woman-home-window-cosy-morsa-images-getty-images
Morsa Images/Getty Images

Nem sempre é fácil levantar-se com o pé direito e incluir Jesus no seu dia a partir do momento em que se levanta da cama. No entanto, é mudando a forma como o dia começa que você poderá assumir o controle da sua vida e enfrentar os diferentes desafios que irão surgir à medida que o dia avança. Pode achar esta oração curta e fácil de recordar útil…

Obrigado, Senhor, por este novo amanhecer. Eu te ofereço meu desejo de viver este dia com alegria e na tua presença. Quero ser luz para os outros, encher-me de ti, e que todos os que me rodeiam bebam desse poço que quero ser hoje. Que possam beber nele a água vida do teu amor e, assim, sejam plenamente felizes hoje, em ti e por ti. Eu te amo, Senhor. Amém.

2. ABENÇOAR O SEU FILHO ANTES DE ELE OU ELA IR PARA A ESCOLA

Porque não adotar o gesto de abençoar diariamente o seu filho? É uma forma simples de colocar o seu filho de volta nos braços de Deus. De manhã, por exemplo, quando o seu filho parte para a escola, para lhe dizer que o Senhor está com ele ao longo do dia. Ou à noite, à hora de dormir, para os confiar à Sua proteção durante a noite.

Pai,
fonte inesgotável de vida e autor de todo o bem,
te bendizemos e te agradecemos
por iluminar a nossa comunhão de amor
através dos filhos.
Faz com que os nossos filhos
encontrem na vida desta família tal inspiração.
Que eles se esforcem sempre pelo que é certo e bom
e um dia, pela tua graça,
cheguem ao seu lar no Paraíso.
Pedimos isso por Cristo Nosso Senhor. Amém.

3. RECONECTANDO-SE A DEUS DE PEQUENAS MANEIRAS

web3-father-son-baby-man-stocksy.jpg
Rob i Julia Campbell/Stocksy United

É difícil passar tempo todos os dias numa relação com Deus. Com demasiada frequência, uma multidão de atividades diárias toma conta de tudo. Qual é a solução? Reze em pequenas porções, como se estivesse a enviar ‘mensagens de amor’ a Deus ao longo do dia. Como é o caso desta oração de cinco segundos de São Francisco de Sales. É muito curta, mas pode ter um impacto real na sua vida espiritual.

Senhor Jesus, em oração uma vez Vos pedi e pedirei sempre que faça eu a Vossa amorosa vontade todos os dias da minha miserável e frágil vida. Nas Vossas mãos, bom Deus, Entrego o meu espírito, o meu coração, a minha memória, O meu entendimento e toda a minha vontade. Concedei, porém, que com tudo Vos sirva, Vos ame, Vos agrade e sempre Vos louve. Amém.                         

4. ENFRENTANDO O DESÂNIMO

Se ela dedicou a sua vida aos mais humildes, Madre Teresa não o fez apenas pela sua força pessoal. Quando o desânimo ou mesmo a angústia a atingia durante o dia, a freira voltava-se voluntariamente para a Virgem Maria com uma oração escrita por ela própria. Simples e muito curta, não só é fácil de lembrar, como pode ser dita em qualquer altura do dia.

Se você alguma vez se sentir angustiado durante o dia – invoque Nossa Senhora – apenas diga esta oração simples: ‘Maria, Mãe de Jesus, por favor, seja uma mãe para mim agora’. Devo admitir – esta oração nunca me falhou.

5. RESISTIR A UMA TENTAÇÃO

MĘŻCZYZNA Z LAPTOPEM
Marija Savic/Stocksy United

Há dias em que a tentação é particularmente forte. Pode ser a tentação de se deixar levar pela raiva no trabalho, de beber um copo a mais de vinho ou de ver um filme pornográfico. Esta oração de emergência muito curta pedindo a ajuda imediata de Deus ajudá-lo-á a remover a tentação antes que seja demasiado tarde.

Todo-poderoso e misericordioso Senhor,
considerai favoravelmente nossas orações
e livrai nossos corações da tentação dos maus pensamentos
a fim de que mereçamos ser dignos das moradas do Espírito Santo.
Amém.

6. NÃO FICAR MAIS APREENSIVO AO SAIR DE CASA

Com as notícias de guerra e pandemia, algumas pessoas ficaram apreensivas quanto à saída das suas casas. Para evitar picos de ansiedade, esta pequena oração da tradição ortodoxa deve ser recitada antes de sair de casa. Vai ajudá-lo a manter a calma.

Guarda-me, Senhor, pela força da tua preciosa e revigorante Cruz e salva-me de todo mal. Amém

7. COMBATER OS PICOS DE ANSIEDADE

WOMAN SITTING
Lyuba Burakova | Stocksy United

Esta é provavelmente a mais famosa pequena oração conhecida. É um verdadeiro remédio para a ansiedade face às dificuldades da vida. Foi escrito pelo capuchinho italiano Don Dolindo Ruotolo, um místico contemporâneo do Padre Pio. Seguindo uma visão de Cristo, os religiosos transcreveram um ato de abandono que Jesus lhe ensinou. A ser recitado sempre que as coisas se complicam e causam desespero.

Ó Jesus, eu me abandono ao Senhor. Jesus, assuma o controle.

8. DAR GRAÇAS AO DEIXAR A MESA

A partilha de refeições alegres e fraternas contribui para a força da família. E porque não trazer Deus à luz do dia? Esta oração ajudá-lo-á a dar graças pelo presente da comida e pela alegria de partilhar no final da refeição.

Nós Vos damos graças, Senhor, pelos vossos benefícios, a Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém.

9. ENCONTRAR A CALMA INTERIOR

woman-pray-shutterstock_2086891912.jpg
Shutterstock I Nastyaofly

Depois de um dia atarefado, é por vezes difícil encontrar calma interior e colocar-se na presença de Deus antes de ir para a cama. Esta oração consiste em confiar a Deus tudo o que te preocupa e que pesa no teu coração. E porque não fazer uma lista de coisas para colocar “nas mãos de Deus” antes de ir dormir?

Oh, Bendito Jesus, fazei com que minha alma se aquiete em vós. Permiti que vossa poderosa calma reine em mim. Governai-me, Rei da Calma, Rei da Paz. Dai-me controle; controle sobre minhas palavras, meus pensamentos e minhas ações. Livrai-me, amado Senhor, de toda irritabilidade, de toda falta de mansuetude e doçura. Por vossa profunda paciência, concedei-me a paciência e a quietude de minha alma. Fazei com que nisso e em tudo, eu seja semelhante a Vós. Amém.

10. PROTEGER O SEU FILHO DE PESADELOS DURANTE A NOITE

Esta é uma bela oração para os pais que querem rezar pelo seu filho pequeno para que os pesadelos não perturbem o seu sono. Pode tornar-se uma prática diária e assim despertar a fé dos mais pequenos.

A noite vem, o sol já foi embora. Jesus e Anjinho da Guarda, fiquem conosco nesta boa hora… Livrai-nos de todo medo da noite e de dormir… Protegei-nos do mal e de sonhos ruins. Tirai, Jesus, todos os medos do nosso caminho. Dai-nos uma ótima noite de sono, com a graça de Deus Nosso Senhor. Amém!

11. PROTEGER-SE DO MAL DURANTE O SONO

Quando a noite cai, é por vezes difícil adormecer em paz. O medo do que pode acontecer durante a noite pode interferir com o sono. Neste caso, pedir a proteção de Deus pode ajudá-lo a acalmar os seus medos e permitir um verdadeiro descanso. Esta oração é ideal para pedir a Deus proteção durante o sono.

Que a Bem-Aventurada Virgem Maria, São José e todos os santos roguem por nós a Nosso Senhor para que possamos ser preservados esta noite do pecado e do mal. Ó meu bom anjo, a quem Deus designou para ser meu guardião, cuida de mim durante esta noite. Que Nosso Senhor nos abençoe e nos preserve de todo mal e nos conduza à vida eterna. Que as almas dos fiéis que partiram descansem em paz pela misericórdia de Deus. Amém

Hoje é a festa de são João de Ávila, padroeiro dos padres espanhóis

S. João de Ávila | ACI Digital
10 de maio
São João de Ávila

REDAÇÃO CENTRAL, 10 mai. 22 / 10:00 am (ACI).- “Prefiro viver sem pele do que viver sem devoção à Virgem Maria”, disse são João de Ávila, padroeiro dos padres espanhóis, reformador e escritor. A festa deste grande missionário, diretor de almas e conselheiro de muitos santos é celebrada todo dia 10 de maio.

São João de Ávila nasceu por volta do ano 1500 na Espanha em uma família rica. Estudou na Universidade de Alcalá, foi ordenado sacerdote em 1526 e distribuiu os bens que seus pais lhe deixaram entre os necessitados.

Um grande número de fiéis sempre vinha ouvir seus sermões, que ele preparava ajoelhado e orando por várias horas. Às vezes passava a noite inteira diante do crucifixo ou do Santíssimo Sacramento confiando a pregação e assim obteve muitas conversões.

"Para obter conversões, é preciso ter fé que as conversões serão alcançadas. A fé move montanhas", disse o santo. Para ele, a principal qualidade de um bom pregador é "Amar muito a Deus!"

Com o seu entusiasmo contagiou muitos sacerdotes na Evangelização. Os inimigos e invejosos o acusaram perante a inquisição com falsos testemunhos e ele foi preso. Quando foi solto, foi aplaudido pelo povo.

São João de Ávila foi amigo e conselheiro de santo Inácio de Loyola, santa Teresa de Jesus, são João de Deus, são Francisco de Borja, Ssão Pedro de Alcântara e frei Luís de Granada.

Morreu em 10 de maio de 1569 dizendo: "Jesus e Maria". Foi canonizado pelo beato Paulo VI em 1970.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Frei Bruno Varriano: O Sacramento do Matrimônio

Matrimônio | Vatican News

Frei Bruno Varriano, aborda de forma simples e concreta diversas questões sobre o contexto familiar. Frei Bruno é o Reitor e Guardião da Basílica da Anunciação em Nazaré, na Terra Santa.

Vatican News

"Qual o seu tipo de coração ? É preciso discernir para não errar e não se sentir vazio..."

Pelo matrimônio, a união natural do homem e da mulher se torna imagem do amor de Jesus pela Igreja. No rito deste sacramento, a benção de Deus é força e coragem nos momentos de dificuldades.
Muitos são chamados ao matrimônio, outros são chamados ao celibato. Mas todos somos chamados a viver em comunhão de vocação, rumo à santidade.

O programa "Na escola de Nazaré" é realizado na cripta de São José, local onde viveu a Sagrada Família, na Terra Santa.
Neste ano 2022 o tema é a família, tendo como principal fundamento a Exortação Apostólica Pós-Sinodal "Amoris Laetitia", do Papa Francisco.

O apresentador, Frei Bruno Varriano, aborda de forma simples e concreta diversas questões sobre o contexto familiar.
Frei Bruno é o Reitor e Guardião da Basílica da Anunciação em Nazaré, na Terra Santa.

Leia, na íntegra, a Exortação Apostólica "Amoris Laetitia": https://www.vatican.va/content/dam/francesco/pdf/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20160319_amoris-laetitia_en.pdf

Produção e edição: tv.cancaonova.com

https://youtu.be/SU_qIGJqYA0

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Damião de Molokai

S. Damião de Molokai | arquisp
10 de maio

São Damião de Molokai

Josef de Veuster-Wouters nasceu no dia 3 de janeiro de 1840, numa pequena cidade ao norte de Bruxelas, na Bélgica. Aos dezenove anos de idade, entra para a Ordem dos Padres do Sagrado Coração e toma o nome de Damião. Em seguida, é enviado para terminar seus estudos num colégio teológico em Paris.

A vida de Damião começou a mudar quando completou vinte e um anos de idade. Um bispo do Havaí, arquipélago do Pacífico, estava em Paris, onde ministrava algumas palestras e pretendia conseguir missionários para o local. Ele expunha os problemas daquela região e, especialmente, dos doentes de lepra, que eram exilados e abandonados numa ilha chamada Molokai, por determinação do governo.

Damião logo se interessou e se colocou à disposição para ir como missionário à ilha. Alguns fatos antecederam a sua ida. Uma epidemia de febre tifóide atingiu o colégio e seu irmão caiu doente. Damião ainda não era sacerdote, mas estava disposto a insistir que o aceitassem na missão rumo a Molokai. Escreveu uma carta ao superior da Ordem do Sagrado Coração, que, inspirado por Deus, permitiu a sua partida. Assim, em 1863 Damião embarcava para o Havaí, após ser ordenado sacerdote.

Chegando ao arquipélago, Damião logo se colocou a par da situação. A região recebera imigrantes chineses e com eles a lepra. Em 1865, temendo a disseminação da doença, o governo local decidiu isolar os doentes na ilha de Molokai. Nessa ilha existia uma península cujo acesso era impossível, exceto pelo mar. Assim, aquela península, chamada Kalauapa, tornou-se a prisão dos leprosos.

Para lá se dirigiu Damião, junto de três missionários que iriam revezar os cuidados com os leprosos. Os leprosos não tinham como trabalhar, roubavam-se entre si e matavam-se por um punhado de arroz. Damião sabia que ficaria ali para sempre, pois grande era o seu coração.

Naquele local abandonado, o padre começou a trabalhar. O primeiro passo foi recuperar o cemitério e enterrar os mortos. Com freqüência ia à capital, comprar faixas, remédios, lençóis e roupas para todos. Nesse meio tempo, escrevia para o jornal local, contando os terrores da ilha de Molokai. Essas notícias se espalharam e abalaram o mundo, todo tipo de ajuda humanitária começou a surgir. Um médico que contraíra a lepra ao cuidar dos doentes ouviu falar de Damião e viajou para a ilha a fim de ajudar.

No tempo que passou na ilha, Damião construiu uma igrejinha de alvenaria, onde passou a celebrar as missas. Também construiu um pequeno hospital, onde, ele e o médico, cuidavam dos doentes mais graves. Dois aquedutos completavam a estrutura sanitária tão necessária à vida daquele povoado. Porém a obra de Damião abrangeu algo mais do que a melhoria física do local, ele trouxe nova esperança e alívio para os doentes. Já era chamado apóstolo dos leprosos.

Numa noite de 1885, Damião colocou o pé esquerdo numa bacia com água muito quente. Percebeu que tinha contraído a lepra, pois não sentiu dor alguma. Havia passado cerca de dez anos desde que ele chegou à ilha e, milagrosamente, não havia contraído a doença até então. Com o passar do tempo, a doença o tomou por inteiro.

O doutor já havia morrido, assim como muitos dos amigos, quando, em 15 de abril de 1889, padre Damião de Veuster morreu. Em 1936, seu corpo foi transladado para a Bélgica, onde recebeu os solenes funerais de Estado. Em 1995, padre Damião de Molokai foi beatificado pelo papa João Paulo II e sua festa, designada para o dia 10 de maio. O Papa Bento XVI o canonizou em 11 de outubro de 2009.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

segunda-feira, 9 de maio de 2022

Vaidade é armadilha na busca por elevação espiritual

Elijah Hiett/Unsplash | CC0
Por Octavio Messias

"Só a humildade é o caminho que nos conduz a Deus”, diz Papa Francisco.

Ao aceitarmos Jesus em nossas vidas e buscarmos viver e agir de acordo com os seus ensinamentos, começamos a trilhar um caminho que na verdade não tem um ponto de chegada, é uma busca constante pelo aprimoramento e pela elevação espiritual. O que requer disciplina, compromisso e dedicação com a doutrina católica. 

Iniciada esta caminhada, não é incomum em algum momento o indivíduo atingir estados de plenitude, de consciência elevada ou de paz no coração, dádivas às quais está sujeito qualquer um que aceite Jesus em sua vida e preserve, junto com ele, a pureza de pensamentos. 

Apesar de momentos de maior luz e lucidez, continuamos humanos e a trajetória rumo à elevação é um compromisso para a vida. No entanto, ao experienciar a dádiva que é sentir Jesus no coração, não é incomum que o fiel atinja um estado de deslumbramento e, sem ter a devida consciência disso, passe a capitalizar a elevação espiritual em prol do individual, do ego ou da vaidade, o que tem efeito diametralmente contrário à Graça Divina.  

Importância da humildade

Como disse Papa Francisco em Audiência Geral em dezembro do ano passado: “Só a humildade é o caminho que nos conduz a Deus e, ao mesmo tempo, porque nos conduz a Ele, nos leva também ao essencial da vida, ao seu verdadeiro significado, à razão mais fiável pela qual vale a pena viver a vida. Só a humildade nos abre à experiência da verdade, da alegria genuína, do conhecimento que conta”.

Pela minha interpretação, na fala o Pontífice expôs como, ao agir de acordo com os ensinamentos da Bíblia, seguindo a Palavra de Cristo, recebemos Deus, que passa a caminhar ao nosso lado, em nossas vidas. Ao distorcermos a finalidade da Graça Divina de modo a servir a algum propósito individual como a vaidade, imediatamente perdemos essa luz que nos guia.

“Sem humildade, estamos ‘desligados’ da compreensão de Deus e de nós mesmos. Os Magos podiam ter sido grandes de acordo com a lógica do mundo, mas tornam-se pequenos, humildes, e por esta mesma razão conseguem encontrar Jesus e reconhecê-lo. Aceitam a humildade de procurar, de partir, de perguntar, de arriscar, de cometer erros”, discorreu o Papa.

A graça e a iluminação chegam em nossas vidas com um propósito: oferecer-nos nada menos do que uma participação na vida de Deus e introduzir-nos na intimidade da vida trinitária. Em consequência disso, podemos ser auxiliares na elevação espiritual do próximo. Mas ao cairmos na armadilha de nos colocarmos em um lugar de superioridade, acabamos por afastar pessoas que ainda não encontraram a luz, mas já estão em busca dela. E com isso também nos distanciamos da graça e da luz divina. 

O propósito desta caminhada na Terra talvez seja mesmo o aprendizado. E o preço da consciência é a eterna vigilância. Não do próximo nem da conduta de terceiros, mas de nós mesmos. 

Fonte: https://pt.aleteia.org/

A infalibilidade do sucessor de Pedro e a falibilidade do filho de Adão

Guadium Press
Embora o Papa goze da infalibilidade, em assuntos específicos, sua condição de filho de Adão, por outro lado, longe de ser uma carência que empana a santidade da Igreja, confirma sua origem divina.

Redação (08/05/2022 08:28Gaudium Press) “Eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”. (Mt 16,18-19) Assim respondeu o Divino Mestre ao Apóstolo Pedro quando este exprimiu sua fé no “Cristo, o Filho do Deus Vivo”. (Mt 16,16)

E, posteriormente, durante a última ceia, diria Jesus ao filho de Jonas: “Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; quando estiveres convertido, confirma os teus irmãos”. (Mt 22,32)

À luz destas afirmações, e em uníssono com a Tradição, no ano de 1870, em sua encíclica Pastor Aeternus, Pio IX proclamou o dogma da Infalibilidade Pontifícia. Sem dúvida, um duro golpe na cabeça daqueles que desejavam uma Igreja acéfala e, por outro lado, uma Igreja colegial.

Tal definição, contudo, é muitas vezes objeto de confusão por parte daqueles que a desconhecem em seu cerne, não obstante sejam católicos respeitosos e obedientes.

Quando o Papa é infalível?

Assim afirma o texto deste documento:

“O Romano Pontífice, quando fala ex cathedra – isto é, quando, no desempenho do múnus de pastor e doutor de todos os cristãos, define com sua suprema autoridade apostólica que determinada doutrina referente à fé e à moral deve ser sustentada por toda a Igreja –, em virtude da assistência divina prometida a ele na pessoa do bem-aventurado Pedro, goza daquela infalibilidade com a qual o Redentor quis estivesse munida a sua Igreja quando deve definir alguma doutrina referente à fé e aos costumes; e que, portanto, tais declarações do Romano Pontífice são, por si mesmas, e não apenas em virtude do consenso da Igreja, irreformáveis”.[1]

Portanto, esta infalibilidade apenas existe em tais casos. Nos demais, embora os fiéis devam respeito e submissão à sã doutrina ensinada pelo Romano Pontífice, devem estar cientes de que o homem que ocupa esta ínclita posição pode ser falho – como o são todos os filhos de Adão – e que tais erros não atentam em nada contra a infalibilidade papal, mas apenas confirmam a assistência Divina nas definições solenes.

Neste sentido, assim se exprimiram os bispos suíços, numa pastoral coletiva aprovada por Pio IX, apenas um ano após a definição dogmática: “O Papa não é infalível nem como homem, nem como sábio, nem como sacerdote, nem como bispo, nem como príncipe temporal, nem como juiz, nem como legislador. Não é infalível nem impecável na sua vida e procedimento, nas suas vistas políticas, nas suas relações com os príncipes, nem mesmo no governo da Igreja. É única e exclusivamente infalível quando, como Doutor supremo da Igreja, pronuncia em matéria de fé ou de costumes uma decisão que deve ser aceita e tida como obrigatória por todos os fiéis”.[2]

Claro está que conhecer isso não deve ser, de modo algum, um incentivo para insubordinação à autoridade eclesiástica; mas muito pelo contrário, promoção da clareza de conceitos que deve nortear a vida do cristão, para que não sejam confundidas as mentes.

E um bispo?

Quanto ao bispo, a questão é ainda mais matizada.

Com efeito, muitos há que julgam ser privilégio de um bispo gozar da infalibilidade tal como o papa. Mas isso é um engano.

Sendo o guardião da fé, é, de fato, dever do bispo ensinar a doutrina ortodoxa, e fazê-la crer e praticar por suas ovelhas. Contudo, enquanto pastor privado, o bispo não goza de infalibilidade e, como tal, não pode definir questões ainda abertas na teologia, nem contrariar as decisões já definidas.[3]

Quando reunidos em um concílio ecumênico, então sim, tendo o consentimento do Papa, os bispos podem definir questões teológicas em aberto. Isso é assim, pois cada bispo não é o sucessor direto de um Apóstolo – como o papa é de São Pedro – mas são os sucessores do Colégio Apostólico.[4] Portanto, o privilégio apostólico de interpretar fielmente a revelação só lhes é concedido no momento da reunião deste mesmo Colégio.

Tendo claros os conceitos, é dever de todo fiel ser submisso aos seus pastores. A revolta não está em conformidade com o catolicismo.

Mas também é bom lembrar que Judas, Apolinário, Nestório e muitas outras figuras controversas também gozaram da unção episcopal.

Por Thiago Resende


[1] DH 3074.

[2] FRANCA, Leonel. A Igreja, a Reforma e a Civilização. Rio de Janeiro: Agir Editora, 1958, p. 154.

[3] Cf. DThC. Évèques, p. 1712.

[4] Cf. BOULENGER, A. Manual de Apologética. Porto: Apóstolo da Imprensa, 1950, 2 ed., p. 407.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Esta é a imagem mais antiga de Nossa Senhora?

Suposta imagem da Virgem Maria na Igreja Dura-Europos /
Credito: Yale University Art Gallery e Unsplash

REDAÇÃO CENTRAL, 07 mai. 22 / 07:00 am (ACI).- Em uma igreja do século III, localizada na Síria, encontra-se uma pintura que poderia ser considerada uma das imagens mais antigas de Nossa Senhora.

Foi o que explicaram alguns arqueólogos que pesquisaram a imagem que representa uma mulher inclinada sobre um poço. Esta figura está impressa em um pequeno batistério da Igreja Dura-Europos, que data do século III e foi descoberta em escavações antes da Segunda Guerra Mundial.

Esta imagem seria apenas superada em antiguidade pela imagem das Catacumbas de Priscila em Roma, na qual aparece a Virgem Maria amamentando o Menino Jesus, a qual é do ano 150 d.C.

Em um artigo intitulado “As primeiras representações a Virgem Maria” da revista sobre arqueologia bíblica, Biblical Archeology Review, a especialista Mary-Joan Leith indicou que, embora alguns pesquisadores acreditem que a cena da mulher corresponde à samaritana que fala com Jesus perto do poço de Jacó (Jo 4,1-42), hoje se discute outra possibilidade.

Leith revisou o argumento do estudioso Michael Peppard de que o retrato não representa a mulher samaritana, mas a Virgem Maria no momento da Anunciação, quando o anjo Gabriel lhe anuncia que levará o Filho de Deus em seu ventre.

“Como explica Peppard, a Anunciação de Dura-Europos não está baseada em Lucas 1,26-38, mas no Protoevangelho de São Tiago, um texto apócrifo do século II que narra a vida de Maria até o nascimento de Jesus”, expressou Leith.

A especialista acrescenta que, de acordo com o texto apócrifo, Maria “tomou o cântaro e saiu para enchê-lo de água e eis que uma voz disse: ‘Salve, cheia de graça! O Senhor está contigo, bendita és entre as mulheres!’. E olhou à sua direita e à sua esquerda para ver de onde poderia ter vindo esta voz”.

Se a interpretação de Peppard é correta, isso faria com que o retrato na igreja Dura-Europos fosse a imagem mais antiga da Virgem Maria.

Segundo Leith, outras primeiras imagens da Virgem Maria podem lançar luz sobre as crenças cristãs nos primeiros séculos.

“Entre os quebra-cabeças está a forma como os cristãos viram a mãe de Jesus, Maria, nos primeiros séculos do cristianismo. O status de Maria no cristianismo só se fez oficial em 431 quando o Concílio de Éfeso lhe outorgou o título de Theotokos (Mãe de Deus)”, assinalou.

Finalmente, a especialista indicou que “a informação sobre o significado de Maria antes, seja visual ou textual, é surpreendentemente escassa, entretanto, a arqueologia proporcionou algumas pistas úteis”.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Celam apoia Relatório Repam sobre violações dos direitos humanos na Amazônia

Jovens indígenas brasileiros | Vatican News

O Relatório, elaborado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos e pela própria Repam, documenta casos de violações de direitos humanos em comunidades indígenas no Peru, Equador, Colômbia e Brasil. Retomando as palavras do Papa Francisco, dom Cabrejos Vidarte lembra que "o grito da terra e o grito dos pobres é o mesmo grito", que deveria provocar uma verdadeira mudança de rumo, pois é necessário reconhecer a contribuição da Amazônia e dos povos que a habitam, no cuidado da casa comum.

Vatican News

O presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), dom Héctor Miguel Cabrejos Vidarte, expressou em carta ao secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, seu apoio ao conteúdo do segundo Relatório sobre os direitos humanos violados nos povos indígenas da Amazônia, que será apresentado pela Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) ao próprio Almagro esta semana, depois de ter sido apresentado à Onu dias atrás.

"O grito da terra e o grito dos pobres é o mesmo grito"

"É necessário que estas violações dos direitos fundamentais sejam conhecidas e que as autoridades tomem as medidas necessárias para garantir sua plena validade", lê-se na carta do presidente do Celam, que é também arcebispo de Trujillo e presidente da Conferência Episcopal Peruana (CEP).

Retomando as palavras do Papa Francisco, dom Cabrejos Vidarte lembra que "o grito da terra e o grito dos pobres é o mesmo grito", que deveria provocar uma verdadeira mudança de rumo, pois é necessário reconhecer a contribuição da Amazônia e dos povos que a habitam, no cuidado da casa comum, atingida pelas mudanças climáticas e por fenômenos como o extrativismo e a pandemia.

Violências contra nativos no Peru, Equador, Colômbia e Brasil

O Relatório, elaborado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e pela própria Repam, documenta casos de violações de direitos humanos em comunidades indígenas no Peru, Equador, Colômbia e Brasil.

Estarão presentes no encontro o arcebispo de Huancayo, no Peru, e presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), cardeal Pedro Barreto Jimeno, e o observador permanente da Santa Sé junto à Organização dos Estados Americanos (OEA), monsenhor Juan Antonio Cruz Serrano.

(com Sir)

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Jorge Preca

S. Jorge Preca | arquisp
09 de maio

São Jorge Preca

Jorge Preca nasceu em Valeta, na ilha de Malta, no dia 12 de fevereiro de 1880, filho de pais cristãos fervorosos. Logo depois de concluir os estudos básicos, sentindo o chamado para a vida religiosa, ingressou no seminário. Quando ainda era diácono, ficou gravemente doente, sem esperança de recuperação, mas, pela intercessão de são José, melhorou e recebeu a ordenação sacerdotal em 1906.

No ano seguinte, o jovem padre fundou a Sociedade da Doutrina Cristã, para a formação religiosa de jovens, orientados a instruir outros. Tomou como lema desta associação as letras M.U.S.E.U.M., abreviação da frase latina Magister Utinam Sequator Evangelium Universus Mundus! que significa: "Mestre, que o mundo inteiro siga o Evangelho!"

O fato de levar a Bíblia e a teologia ao alcance da população era realmente revolucionário. Mais fascinante ainda era o sonho de Jorge em formar leigos, homens e mulheres, para mandá-los proclamar a Palavra de Deus em todos os lugares. Para conseguir isso, inovou outra vez, pois era ele próprio que ensinava e escrevia em maltese, a língua popular, para todos entenderem corretamente. Foram cerca de 150 publicações, entre livros e panfletos. Em 1910, criou a seção feminina e a dos leigos para a Sociedade da Doutrina Cristã, concluindo, assim, as metas do seu ideal.

Nesta época, as escolas do governo eram poucas e a presença dos alunos não era obrigatória. Assim o surgimento das escolas da Sociedade da Doutrina Cristã nas paróquias deu-se com a rapidez de um rastilho de pólvora. Todos os dias, crianças, jovens e adultos iam, espontaneamente, às escolas dos catequistas de padre Jorge, onde eram alfabetizados dentro dos princípios cristãos. A Sociedade da Doutrina Cristã teve a aprovação oficial da Igreja em 1932.

Jorge também se destacou como apóstolo do Evangelho. Seus livros de orações foram numerosos. O pensamento central de sua espiritualidade foi Cristo Jesus, o Verbo encarnado. Tornou-se, ainda, um confessor muito procurado por causa de suas palavras consoladoras.

Ele havia professado na Ordem Terceira do Carmo em 1919, tomando o nome de frei Franco, e permaneceu filiado à Ordem do Carmo até 1952. Devoto fervoroso e pregador entusiasmado de Nossa Senhora do Carmo, ele colocava o escapulário da Virgem do Carmo em todos os seus catequistas e nas crianças das escolas paroquianas.

Morreu aos oitenta e dois anos, no dia 26 de julho de 1962, em Santa Venera, na ilha de Malta. A sua obra está presente na Austrália, Sudão, Quênia, Inglaterra, Albânia e Peru. Jorge Preca sempre foi fiel à Igreja, vivendo em intimidade e união com Deus, dedicando-se ao serviço dos mais pobres. Foi beatificado por João Paulo II em sua visita pastoral a Malta em 2001.

Bento XVI, 3 de junho de 2007, preside a canonização do novo santo. "Um amigo de Jesus e testemunha da santidade que vem dEle": assim o Papa descreveu Jorge Preca, ao proclamá-lo santo.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

domingo, 8 de maio de 2022

Caravana Latino-americana para Ecologia Integral parte para a Europa

Mineração | Vatican News

Comunidades latino-americanas martirizadas pela mineração viajam à Europa para denunciar violações e debater sobre o cuidado com a Casa comum.

Rede de Igrejas e Mineração

As vozes das vítimas do extrativismo mineiro e as experiências das comunidades em defesa da Casa Comum virão à Europa para denunciar as violações dos direitos humanos que estão sendo vivenciadas como resultado da imposição de uma agenda neoextrativista na América Latina. "Há milhares de nós que estamos em resistência organizada, exigindo justiça, exigindo que as imposições colonialistas parem, exigindo que nosso direito de decidir e de viver em paz seja respeitado", gritam os testemunhos. 

Caravana Latino-americana para Ecologia Integral em Tempos Extrativistas parte do Brasil, Colômbia, Honduras e Equador com líderes comunitários, agentes pastorais, ativistas e pesquisadores. A Caravana chegará à Alemanha no dia 20 de março e viajará pela Itália, Bélgica, Áustria e terminará na Espanha no dia 6 de abril. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), através da Comissão Especial de Ecologia Integral e Mineração (CEEM), e as comunidades acompanhadas pela Rede de Igrejas e Mineração (IyM), através da Campanha de Desinvestimento em Mineração, amplificarão suas vozes para que "o grito da terra dos pobres" seja ouvido (LS 49).  O grito ecoando das comunidades martirizadas pelas economias extrativas e a violação histórica da Casa Comum pelas atividades de mineração exige uma conversão ecológica urgente, como expressa pelo Papa na Encíclica Laudato si. 

Rede de Igrejas e Mineração | Vatican News

A Caravana expressa sua solidariedade com a região e com as vítimas da guerra que eclodiu na Ucrânia. Uma situação que é um reflexo do permanente estado de guerra em países latino-americanos. São realidades marcadas por um sistema econômico extrativista que gera desigualdade, violência e sofrimento. Muitos territórios explorados pela mineração instaura uma guerra silenciosa que continua a enriquecer com a inflação das commodities que se reflete em lucros históricos para as empresas transnacionais de mineração. A Caravana denuncia as atividades de mineração que também apoiam e sustentam a indústria bélica.

Organizações católicas parceiras na Europa como a Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e a Solidariedade (CIDSE), Misereor (Alemanha), DKA (Áustria), Redes e a campanha Enlázate por la Justicia (Espanha) estão promovendo reuniões com a delegação latino-americana. A delegação irá à Europa para promover diálogos com o objetivo de fortalecer a globalização da esperança e a corresponsabilidade Norte-Sul. Serão realizadas reuniões com líderes da Igreja Católica, como o Cardeal Jean-Claude Hollerich, impulsionador do tema de desinvestimento em mineração durante o Sínodo da Amazônia e presidente da Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia (COMECE). Também haverá diálogos com membros do parlamento, organizações da sociedade civil e conferências religiosas.

Diálogos estão sendo preparados no Vaticano com órgãos como a Pontifícia Comissão para a América Latina e o Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral. A agenda busca influenciar, a partir do testemunho das comunidades afetadas, no Parlamento Europeu, com bancos e organizações da Igreja, em questões como a devida diligência, o tratado de Direitos Humanos e Negócios, as práticas de violência financeira, os investimentos em mineração que ligam a Europa e organizações baseadas na fé.

Rede de Igrejas e Mineração | Vatican News

As realidades presentes serão:

- Piquiá de Baxio - Brasil: mineração de ferro, trabalho escravo, contaminação das fontes de água, índices de saúde da população. A resistência e a organização da população conquistaram o reassentamento, mas ainda não garantiu a mudança para o novo lugar chamado "Piquiá daConquista".

- Brumadinho - Brasil: derramamento de lodo tóxico que deixou 272 mortos, em outro crime ambiental da empresa Vale que ainda não encontrou justiça. Famílias que perderam tudo, agricultores sem-terra e sem teto, população deslocada.

- Putumayo, Mocoa - Colômbia: concessões de mineração para extração de cobre, na Amazônia colombiana, afetando fontes de água, nascentes de rios, territórios indígenas, em um território já afetado e deslocado pelo conflito armado.

- Sudoeste de Antioquia - Colômbia: cerca de 90% do território é destinado à extração de cobre, ouro e prata. Ela destruiu atividades produtivas locais baseadas na agricultura, exacerbou a violência entre habitantes e forasteiros e ocupou territórios ancestrais.  Organização e resistência conseguiram parar parte da concessão mineira no município de Jericó.

Um dos objetivos fundamentais da delegação é avançar na consolidação de redes e alianças de solidariedade entre a Igreja do Norte e o Sul Global, comprometendo-se a defender, a partir da voz e da perspectiva das vítimas, suas propostas, acompanhando suas alternativas de resistência e de defesa da vida. Além de acompanhar os processos pastorais das igrejas locais na América Latina, que com coragem e profecia permanecem ao lado dos afetados, buscando a Ecologia Integral. 

A Rede de Igrejas e Mineração e a Campanha de Desinvestimento:

A Rede de Igrejas e Mineração é um espaço ecumênico, formado por comunidades cristãs, equipes pastorais, congregações religiosas, grupos de reflexão teológica, leigos, bispos e pastores que procuram responder aos desafios dos impactos e violações dos direitos socioambientais causados pelas atividades mineradoras nos territórios onde vivemos e trabalhamos.

A Campanha de Desinvestimento em Mineração é promovida pela Rede de Igrejas e Mineração e conta com dezenas de organizações afiliadas. O desinvestimento é uma ferramenta concreta para enfrentar um modelo econômico extrativista que gera devastação e desigualdade. A Campanha acompanha organizações baseadas na fé em seu compromisso de apenas financiar a fim de alcançar uma transformação dentro das Igrejas. Ela também procura defender e tornar visíveis as violações de direitos e os danos ambientais causados pela mineração. 

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF