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quinta-feira, 12 de maio de 2022

Joana de Portugal

Joana de Portugal | arquisp
12 de maio

Joana de Portugal

Joana nasceu em Lisboa no dia 6 de fevereiro de 1452. Era filha do rei de Portugal, Afonso V, o Africano, e da rainha Isabel, que, por ser devota de são João Evangelista, deu o seu nome à princesa. Ela foi uma criança muito aguardada, pois daria estabilidade ao reino, na condição de sucessora natural ao trono.

Depois de três anos, para alegria da corte e tristeza do rei e de Joana, a rainha deu à luz a um menino, que em seguida morreu. A menina, muito querida pelo pai, foi acompanhada na formação cristã e acadêmica pela tia Filipa, uma fidalga muito devota, que a preparou para ser rainha. Joana cresceu graciosa e muito bonita, mas demonstrando forte inclinação religiosa, e um temperamento dócil e perseverante.

Aos quinze anos, a jovem princesa entregava-se cada vez mais aos retiros espirituais, às orações, leitura religiosa e contemplação. Também fazia duras penitências, jejuava muitas vezes a pão e água, especialmente às sextas-feiras, e não deixava de praticar a caridade, ajudando pessoalmente os pobres que recorriam ao seu palácio. Queria entregar sua vida a Deus, ansiando por um mosteiro de clausura, para desgosto do rei, seu pai, e desespero da corte, preocupada, politicamente, com a sucessão do trono. Isso porque, se o rei Afonso V morresse, o sucessor seria o filho homem; todavia, se algo acontecesse com esse herdeiro homem, a sucessora legal seria Joana.

Julgando que um casamento poderia fazer a princesa mudar de idéia, dada a sua pouca idade, a corte passou a agir. Ela se tornara uma jovem princesa muito interessante e cativante, pelas qualidades intelectuais, morais e, principalmente, por sua rara beleza. Logo vieram os pedidos de casamento dos príncipes estrangeiros, como: o delfim da França, Maximiliano da Áustria e o rei Carlos III da Inglaterra; porém ela rejeitou todos, estava decidida a ser esposa só de Jesus Cristo.

Aos dezenove anos de idade, Joana habilmente convenceu seu pai a oferecer a Deus sua única filha em agradecimento às muitas e recentes vitórias que ele tinha conquistado em Arzila e Tânger e pelos mouros terem abandonado a cidade. O comovente pedido da filha fez Afonso V perceber que o seu chamado à vida religiosa era verdadeiro e consentiu que a princesa entrasse no Mosteiro de Odivelas.

Todavia ela desejava estar num de disciplina mais austera, por isso ingressou no Mosteiro de Jesus, em Aveiro, onde vestiu o hábito dominicano de noviça em 1472. Mas a saúde de Joana não permitiu que professasse os votos definitivos, por isso permaneceu como dominicana secular naquele mosteiro, obedecendo a todas as regras com louvável rigor e se dedicando aos serviços mais humildes.

A princesa Joana continuou a fazer caridade junto aos pobres e abandonados, enquanto a fama de sua santidade se espalhava para outros reinos. Contava com trinta e oito anos de idade quando morreu, no dia 12 de maio de 1490. Foi sepultada no coro de baixo da capela do Mosteiro de Jesus, onde suas relíquias são guardadas até hoje.

Em vida amada pelo povo por sua santidade, após sua morte a princesa Joana passou a ser venerada e cultuada pelos milagres que ocorriam por sua intercessão. Foi beatificada pelo papa Inocêncio XII, em 1693. Beata Joana de Portugal, mas chamada pelos devotos de princesa santa Joana, foi declarada padroeira de Aveiro em 1965.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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quarta-feira, 11 de maio de 2022

Alegria no Caminho Neocatecumenal pela canonização de Charles de Foucauld

Charles de Foucauld |neocatechumenaleiter.org 

O Caminho Neocatecumenal se alegra, com toda a Igreja, pela canonização do Beato Charles de Foucauld.

Em 15 de maio de 2022, Charles de Foucauld, conhecido como irmão Charles de Jesus e que foi proclamado Beato por Bento XVI em 13 de novembro de 2005, concluirá seu caminho aos altares e será proclamado santo, tendo sido reconhecido pela Santa Sé e aprovado pelo Papa Francisco um novo milagre atribuído a sua intercessão.

Nesta breve nota queremos indicar o vínculo profundo que, mesmo na especificidade de cada dom carismático de Deus, existe entre este “irmão universal”, como tem sido chamado Charles de Foucauld – de cuja espiritualidade saíram19 famílias de leigos, sacerdotes, religiosos e religiosas –, e Kiko Argüello iniciador com Carmen Hernández do Caminho Neocatecumenal.

Esses vínculos são vários e profundos e vão desde o momento de sua conversão, da intuição da vida oculta entre os pobres, do modo de estar como “pobres entre os pobres”, até o “sonho” de uma capela para a adoração no Monte das Bem-aventuranças… Traremos aqui, brevemente, os momentos mais significativos.

A primeira coisa é o grito, a súplica a Deus no momento da crise existencial, da busca de Deus: “Deus meu, se tu existes, faz que eu te conheça”, é a invocação famosa de Charles de Foucauld; “Se existes, vem, ajuda-me, porque diante de mim tenho a morte!” [1], é a oração de Kiko. Ele mesmo fala: “Eu me perguntava: Quem sou eu? Por que existem as injustiças no mundo? Por que as guerras?… Afastei-me da Igreja até o ponto de abandoná-la totalmente. Havia entrado numa crise profunda, buscando o sentido de minha vida… Estava morto interiormente e sabia que meu final, cedo ou tarde, seria o suicídio” [2]. Por meio do filósofo da intuição, Henri Bergson, Kiko recebeu uma “primeira luz” da existência de Deus. Entrou em seu quarto e se pôs a gritar a este Deus que não conhecia. “Gritei-lhe: Ajuda-me? Não sei quem és!”. E neste momento o Senhor teve misericórdia de mim, porque tive uma profunda experiência de encontro com o Senhor, que me surpreendeu. Recordo que estava chorando amargamente, as lágrimas caíam, as lágrimas fluíam…”. É a certeza da existência de Deus.

Kiko Argüello | neocatechumenaleiter.org

Este encontro, providencial para Kiko e para o Caminho, se produziu por caminhos que só Deus conhece: um teólogo dominicano, o Padre Aguilar, havia recebido uma bolsa de estudos da Fundação Juan March para buscar pontos de contato entre a arte protestante e a arte católica, ante a iminente celebração do Concílio Vaticano II. Antes de empreender essa viagem através da Europa e para prepará-lo, o Padre Aguilar quis levar Kiko ao deserto de Los Monegros, em Farlete (província de Zaragoza), onde se encontravam os Pequenos Irmãos de Charles de Foucauld. Aqui Kiko pôde conhecer o Padre R. Voillaume, fundador dos Pequenos Irmãos, e leu a vida de Charles de Foucauld, ficando fascinado, sobretudo, pelo descobrimento da vida oculta de Jesus e da Família de Nazaré. [3]

Kiko, escutando um discurso de João XXIII, teve a intuição de que a renovação da Igreja viria através dos pobres. “Convencido disso e de que Jesus Cristo se identifica com os pobres e miseráveis da terra, fui aos barracos de Palomeras”. “Deixei tudo e todos”, disse Kiko. “Também me prometeram carreira de pintor, e fui viver nos barracos. Em Charles de Foucauld encontrei a fórmula para viver: uma imagem de São Francisco, uma Bíblia – que sigo levando comigo porque a leio todos os dias – e um violão… De Charles de Foucauld aprendi a imagem da vida oculta de Cristo, estar silenciosamente aos pés de Cristo,  rejeitado pela humanidade, destruído, ser o último e estar ali a seus pés” [4].

Gruta de Farlete (Zaragoza, Espanha) | neocatechumenaleiter.org

Quando Kiko foi aos barracos de Palomeras Altas, foi seguindo as pegadas de Charles de Foucauld na vida oculta de Cristo, sem nenhum programa de assistência social. Conta Kiko: “Não fui ali para ensinar a ler ou escrever àquela gente, nem para fazer assistência social, nem sequer para anunciar o Evangelho. Fui ali para pôr-me ao lado de Jesus Cristo. Charles de Foucauld me havia dado a fórmula para viver entre os pobres como um pobre, silenciosamente. Esse homem soube viver uma presença silenciosa de testemunho entre os pobres. Tinha como ideal a vida oculta que Jesus vivera durante 30 anos em Nazaré, sem dizer nada, entre os homens. Essa era a espiritualidade de Charles de Foucauld: viver em silêncio entre os pobres. Foucauld me deu a fórmula para realizar meu ideal monástico: viver como pobre entre os pobres, compartilhando sua casa, seu trabalho e sua vida, sem pedir nada a ninguém e sem fazer nenhuma coisa especial. Jamais pensei em montar uma escola ou um dispensário ou algo nesse sentido. Queria apenas estar entre eles compartilhando sua realidade” [5].

Exterior e interior do barraco de Kiko Argüello | neocatechumenaleiter.org

Este momento será indispensável e essencial para o anúncio do Kerygma, que acompanha toda a evangelização do Caminho: Deus nos ama e sai ao nosso encontro, até o mais profundo de nosso ser pecadores, de nosso ser “últimos”, para salvar-nos. Com esta intuição de Charles de Foucauld, que Kiko faz sua, tem seu fundamento, sua experiência de Jesus Cristo e de sua missão.

A canonização de Charles de Foucauld é uma boa notícia para toda a Igreja e para o Caminho Neocatecumenal. Kiko recordou várias vezes que há três Santos – e os três franceses – que o levaram aos barracos: Teresinha de Lisieux, Isabel da Trindade e Charles de Foucauld. Na mensagem que a Virgem lhe dará: “Há que fazer comunidades cristãs como a Sagrada Família de Nazaré, que vivam em humildade, simplicidade e louvor. O outro é Cristo”, a humildade está representada por São Charles de Foucauld, a simplicidade por Santa Teresinha do Menino Jesus e o louvor por Santa Isabel da Trindade.

Charles de Foucauld | neocatechumenaleiter.org

Façamos presente agora uma inspiração que realizará 50 anos depois e que é muito profunda. Kiko mesmo a explicou durante uma convivência de Bispos no Monte das Bem-aventuranças: “Nós realizamos um sonho, digamos assim, uma grande ideia; ou seja, que no Monte das Bem-aventuranças tenha uma capela para a presença real e permanente da Santa Eucaristia. Nós, o Caminho Neocatecumenal, que tem como imagem a Sagrada Família de Nazaré, vimos com surpresa que estamos muito próximos do Beato Charles de Foucauld, que quis, teve a intuição, da missão da vida oculta de Nazaré… Charles de Foucauld me impressionou por sua intuição sobre a vida oculta de Cristo, pela Família de Nazaré… Esta é outra pincelada… Agora, aqui, inauguraremos uma capela. Charles de Foucauld pensou em comprar este local porque sentia de Deus que no Monte das Bem-aventuranças teria que ter uma capela com a presença constante da Santa Eucaristia, dia e noite [6].

O irmão Charles passava longas horas de oração contemplativa diante do sacrário. Em seus escritos espirituais se vê este desejo, esta paixão por estar próximo da presença de Cristo.

“A adoração… esse olhar silencioso mais eloquente que mil palavras… esse olhar silencioso que encerra a mais apaixonada declaração de amor…”. (Escritos Espirituales, p. 59)

“Meu Senhor Jesus, estás na Santa Eucaristia: Estás aí, a um metro de mim, neste ostensório! Teu corpo, tua alma, tua divindade… Como estás próximo de mim, Deus meu! Meu salvador, meu bom Jesus, meu irmão…”. (Escritos Espirituales, p. 69)

“Deus meu, digna-te dar-me um sentimento contínuo de tua presença, e ao mesmo tempo este amor temeroso que se experimenta na presença do que se ama apaixonadamente e que faz que não se possa afastar os olhos da pessoa amada”. (Escritos Espirituales, p. 51)

Capela do Santíssimo no Monte das Bem-Aventuranças | 
neocatechumenaleiter.org

Exatamente sobre isso Charles de Foucauld escreveu: “Creio que é meu dever esforçar-me por adquirir o provável lugar do Monte das Bem-aventuranças, para assegurar sua propriedade para a Igreja, cedendo-o depois aos Franciscanos, e também esforçar-me por construir um altar onde, perpetuamente, se celebre a missa cada dia e esteja presente Nosso Senhor no sacrário…” [7]. Sobre esta intenção o santo refletiu e rezou muito, e escreveu a data em que a teve: 26 de abril de 1900, festa de Nossa Senhora do Bom Conselho. Ele está profundamente convencido de sua vocação de “imitar o mais perfeitamente possível nosso Senhor Jesus, em sua vida oculta”, com uma consagração mais radical e definitiva, a receberá aqui, no Monte das Bem-aventuranças. “Ali poderei infinitamente mais pelo meu próximo, unicamente por minha oferta do santo sacrifício… colocando um tabernáculo que com sua presença do Santíssimo Sacramento santificará invisivelmente os arredores, da mesma maneira como nosso Senhor no seio de sua mãe santificou a casa de João… como também com os peregrinos… com a hospitalidade, a esmola, a caridade que tentarei praticar com todos”. [8]

O sonho do Beato Charles de Foucauld se tornou realidade durante a Oitava da Páscoa de 2008, quando no Centro Internacional Domus Galilaeae, localizado na parte superior do Monte das Bem-aventuranças (Korazim – Galilea), durante uma convivência com Cardeais e Bispos da Europa  – com a presença dos reitores dos seminários Redemptoris Mater e das equipes itinerantes do Caminho Neocatecumenal, de religiosos e responsáveis de movimentos e das autoridades civis –, o Patriarca Latino de Jerusalém, Mons. Michel Sabbah, acompanhado por outros Bispos de vários ritos, e do Custódio da Terra Santa, abençoou e inaugurou a capela no centro do Seminário Missionário Redemptoris Mater da Terra Santa, aberto aos diferentes ritos orientais. Sobre o teto foi colocado o conjunto de escultura realizado por Kiko Argüello, que representa Jesus e os doze apóstolos durante a proclamação do Sermão da Montanha. O sonho do Beato Charles de Foucauld é selado com a missão evangelizadora da Igreja.

E desde a Páscoa de 2008, dia e noite, centenas de Bispos e Cardeais, milhares de presbíteros e centenas de milhares de irmãos e irmãs dos cinco continentes, acompanhados dos irmãos da Domus Galilaeae e dos seminaristas dos Redemptoris Mater, passaram e passam um tempo em adoração constante ante o Santíssimo, neste lugar que se reflete no Lago da Galilea. Lugar que foi embelezado pela pregação do Sermão da Montanha do Senhor, pelo sonho do Irmão Charles de Jesus e também por uma arquitetura original, obra genial de Kiko Argüello.

Desse lugar se entoa um canto de agradecimento e de bendição ao Pai, pela obra da salvação realizada em Cristo, com o dom do Espírito Santo, “que santifica invisivelmente os arredores”, e se eleva uma oração incessante pela missão evangelizadora da Igreja no mundo inteiro.

Ao santo que inspirou Kiko nos primórdios do Caminho, peçamos que em razão de sua canonização conceda graças especiais para o Caminho Neocatecumenal.

Ezechiele Pasotti


[1] Kiko Argüello, O kerigma. Nas favelas com os pobres, ed. Vozes, Petrópolis, 2013, p. 22.

[2] Kiko Argüello, Encontro de Jovens em Assis, 1º de novembro de 1996.

[3] Ibidem.

[4] Kiko Argüello, O Kerigma…, p. 27-28.

[5] (Madri-fevereiro 1972-Paróquia dos Sacramentinos)

[6] Korazim (Israel) – Domus Galilaeae, Convivência de Bispos, março de 2008.

[7] De “l’Affaire du Mont des Beatitudes”, in R. Bazin, Charles de Foucauld á Nazareth 1897-1900, Ed. Soeurs Clarisses-Nazareth 1994 – pp. 57-59.

[8] Ibidem.

Fonte: https://neocatechumenaleiter.org/pt-br

Brasil: cigarro eletrônico preocupa médicos por danos a adolescentes

Aleksandr Yu | Shutterstock
Por Francisco Vêneto

Médicos alertam para doença pulmonar associada ao cigarro eletrônico e denominada Evali, que tem matado especialmente jovens.

Quase 50 entidades médicas brasileiras divulgaram nesta segunda, 9 de maio, um documento de alerta contra o uso de cigarros eletrônicos devido aos danos que causam à saúde. O documento ressalta a necessidade de manter a proibição desses produtos, enquanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) coleta informações técnicas a seu respeito.

O documento afirma:

“Os cigarros eletrônicos não podem reverter décadas de esforços da política de controle do tabaco no Brasil”.

Cigarros eletrônicos

Conhecidos popularmente como “cigarros eletrônicos”, os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF) foram proibidos no país em 2009 pela Resolução nº 46 da Diretoria Colegiada da Anvisa. Em 2019, a agência deu início a um processo de atualização das normas adotadas e mantém aberta uma TPS (Tomada Pública de Subsídios), para a qual qualquer cidadão pode enviar evidências científicas relacionadas com os dispositivos em questão.

Hoje em dia, mesmo proibidos há mais de doze anos, os DEF ainda são encontrados facilmente no Brasil, fruto de importação e comercialização ilegais. Por isso mesmo, as entidades médicas que defendem a manutenção da proibição também pedem mais rigor na fiscalização e punição de quem a viola.

Malefícios incluem diversidade de doenças graves

Os especialistas denunciam que os cigarros eletrônicos não reduzem o tabagismo, mas simplesmente substituem os cigarros tradicionais por um produto que, embora apresentado como menos danoso, acarreta malefícios parecidos ou até mais graves. O documento veiculado nesta segunda afirma:

“Estudos científicos mostram que o uso dos DEFs, tanto agudo como crônico, está diretamente ligado ao surgimento de várias doenças respiratórias, gastrointestinais, orais, entre outras, além de causar dependência e estimular o uso dos cigarros convencionais”.

Uma das entidades que assina o documento é a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), representada por Aristóteles Alencar, que alerta para o fato de que o cigarro eletrônico está associado a riscos maiores de problemas cardiovasculares:

“O equipamento gera partículas que caem na corrente sanguínea, causando inflamações e eventos cardiovasculares”.

Adolescentes e jovens preocupam

O documento assinado pelas associações médicas chama especial atenção para o aumento do consumo de DEFs por adolescentes e jovens. Eles citam a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), de 2019, que registrou altos índices de experimentação do produto entre os adolescentes. A região com os percentuais mais altos é o Centro-Oeste, com 24% de taxa de uso entre estudantes da rede privada.

Segundo Sabrina Presma, da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), a inclusão de sabores nos DEFs aumenta o seu uso pelos mais jovens. Um dos resultados é a propensão do usuário não apenas a continuar consumindo o produto, mas também a passar a consumir outros tipos de cigarro:

“Os fumantes de cigarro eletrônico têm de duas a quatro vezes mais chances de virarem fumantes de cigarros convencionais no futuro. Além disso, fumar cigarro eletrônico aumenta em cinco vezes a chance de o jovem ou adolescente se tornar usuário de maconha”.

O documento também alerta para a incidência de uma doença pulmonar associada ao uso de produtos de cigarro eletrônico, denominada em inglês pela sigla Evali. Só nos Estados Unidos, 68 pessoas já morreram dessa doença – elas tinham, em média, 24 anos de idade.

Alegações das empresas produtoras

Segundo matéria do portal Gazeta Web, empresas produtoras de cigarros eletrônicos alegam, em contrapartida, que a Evali não é causada necessariamente pelo produto, mas pela adulteração das misturas colocadas nos vaporizadores, o que, a seu ver, justificaria a regularização do equipamento no Brasil para os devidos controles dos órgãos reguladores.

A assessoria de imprensa da Philip Morris afirma ter apresentado ao órgão regulador brasileiro “todos os documentos” que “demonstram a diferença” entre o seu dispositivo e os cigarros eletrônicos comercializados ilegalmente no país. A Japan Tobacco International afirma que a proibição contribui para o contrabando e o comércio ilegal, reeditando a mesma argumentação que costuma ser empregada para a descriminalização de drogas.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

EM 2022, O LIVRO BÍBLICO ESCOLHIDO PARA APROFUNDAMENTO NO MÊS DA BÍBLIA É O DE JOSUÉ

CNBB

Todo os anos, por ocasião do Mês da Bíblia, a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética propõe um texto de estudo para oportunizar “a mais ampla educação bíblica possível”. Em 2022, o livro escolhido é o de Josué e o lema bíblico inspirador é “O Senhor, teu Deus, estará contigo por onde quer que vás” (JS 1,9).

“Foi preciso selecionar aqueles capítulos com mais densidade e afinidade temática para animar a fé dos homens e mulheres que hoje contam com a Palavra da Escritura para crer que Deus sempre esteve próximo dos seus eleitos”, afirma o presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética, dom José Antônio Peruzzo.

“Faço votos de que o estudo do texto-base leve o leitor ao Livro de Josué e perceba que Deus nunca deixa sem respostas as pessoas e comunidades que a Ele se confundem”, finaliza o bispo.

Dividido em duas partes, o texto-base traz uma visão panorâmica do Livro de Josué e, na sequência, uma reflexão sobre quatro textos específicos, no Livro de Josué. Sua proposta é, segundo o autor, padre Antônio Carlos Frizzo, aproximar a todos da jornada de Josué pela posse da terra prometida.

texto-base bem como os encontros bíblicos para o Mês da Bíblia já estão disponíveis para venda no site da editora da CNBB, a Edições CNBB. Os subsídios pretendem indicar roteiros celebrativos que conduzirão pelos passos do povo de Israel, rumo à Terra Prometida.

“Também nós somos chamados ao estudo do Livro de Josué, que nos leva a perceber que Deus nunca deixa sem resposta as pessoas e comunidades que a Ele se confiam”, afirma um trecho do texto-base.

O Livro de Josué

O esforço empreendido pelas tribos israelitas na conquista e ocupação das terras é tema principal no Livro de Josué. O personagem principal de todo o livro é Josué, termo em hebraico que significa “O Senhor salva”.

O Senhor é uma divindade que segundo o texto-base, nos tempos de Josué, aparece entre tantas outras divindades, presentes nos cultos das religiões politeístas dos povos vizinhos. Todo o sucesso dos grupos liderados por Josué na conquista e posse da terra está condicionado a realizar a Palavra do seu Deus, sem submeter-se também aos cultos estrangeiros.

“Não temos dúvida que esse livro soa como uma catequese para impulsionar o povo na conquista da terra. O Livro de Josué é um autêntico testemunho de que Deus realiza a promessa feita ao seu povo Israel. Da escravidão para a posse da Terra Prometida”, afirma um trecho do texto-base.

Seminário Bíblico para Animadores do Mês da Bíblia

Entre os dias 09 e 13 de maio de 2022, a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB realiza o Seminário Bíblico para Animadores do Mês da Bíblia 2022. Os encontros acontecem diariamente, às 19h30, com transmissão online pelo YouTube.

A programação contará com a participação de professores que se dedicam ao estudo da Bíblia a partir da Teologia e da Literatura, são eles: Prof. Dr. Frei Ildo Perondi, Prof.ª Dra. Ir. Márcia Eloi Rodrigues, Prof. Dr. Matthias Grenzer, Prof. Dr. Claudio Vianney Malzoni e Prof. Dr. Altamir Celio de Andrade.

Haverá também uma conferência especial com o autor do texto-base para o Mês da Bíblia deste ano, Prof. Dr. Antonio Carlos Frizzo, na sexta-feira, dia 13 .

Confira a programação e temas (AQUI).

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Os papas que peregrinaram a Fátima

Santuário de Fátima | ACI Digital

REDAÇÃO CENTRAL, 11 mai. 22 / 07:00 am (ACI).- Dos nove papas que a Igreja teve desde a aparição de Nossa Senhora de Fátima em 1917, quatro foram ao santuário mariano em Portugal, terra onde a Mãe de Deus falou aos três pastorinhos.

https://youtu.be/AcTCJR190C8

O primeiro foi são Paulo VI em 13 de maio de 1967, data em que o mundo celebrou os 50 anos da primeira aparição da Virgem de Fátima. “Queremos pedir a Maria uma Igreja viva, uma Igreja verdadeira, uma igreja unida, uma Igreja Santa”, disse o santo durante sua homilia diante de milhares de fiéis.

O segundo foi são João Paulo II que, em 13 de maio de 1982, ao completar um ano do atentado que sofreu na Praça de São Pedro, visitou Fátima para agradecer a Virgem por tê-lo protegido.

Retornou ao santuário de Fátima em 1991 como agradecimento pelos 10 anos de ter sido “salvo” pela “mão materna” de Maria durante o atentado. E voltou mais uma vez no Jubileu do ano 2000, para beatificar os videntes de Fátima, Francisco e Jacinta Marto.

“A mensagem de Fátima é um chamado à conversão, alertando a humanidade para que não siga o jogo do ‘dragão’… A meta última do homem é o céu, sua verdadeira casa, onde o Pai celestial, com seu amor misericordioso, espera todos”, disse o papa peregrino naquela ocasião que contou com a presença de irmã Lúcia, a terceira vidente.

https://youtu.be/7fszJnAvHpc

Ao comemorar os 10 anos da beatificação dos pastorinhos, o papa Bento XVI também peregrinou ao Santuário de Fátima em 13 de maio de 2010 e celebrou uma multitudinária missa. O papa advertiu que “se equivoca quem pensa que a missão profética de Fátima está acabada”.

“Nossa Mãe bendita veio do Céu oferecendo a possibilidade de semear no coração de todos os que se acolhem a ela o Amor de Deus que arde no seu coração. A princípio foram só três, mas o exemplo de suas vidas se difundiu e multiplicou em inúmeros grupos por toda a face da terra”, destacou.

https://youtu.be/jn9Fz0gwMiQ

Em 2017, ao celebrar o centenário das aparições da Virgem Maria aos três pastorinhos na Cova da Iria, o papa Francisco peregrinou a Fátima, onde presidiu a celebração de canonização de dois dos videntes, os agora santos Francisco e Jacinta Marto.

Francisco chegou a Fátima no dia 12 de maio, à noite. O papa rezou o Rosário com os fiéis pela paz no mundo e abençoou as tradicionais velas antes da procissão com a imagem de Nossa Senhora.

https://www.facebook.com/watch/acidigital/

No dia seguinte, o papa celebrou a missa, na qual canonizou santa Jacinta e são Francisco Marto. Durante a homilia, assegurou que Maria, “antevendo e advertindo-nos para o risco do Inferno” ao qual uma vida sem Deus leva, apareceu em Fátima a três pastorinhos para “lembrar-nos a Luz de Deus que nos habita e cobre”.

Pois “é sobretudo este manto de Luz que nos cobre, aqui como em qualquer outro lugar da Terra quando nos refugiamos sob a proteção da Virgem Mãe para Lhe pedir, como ensina a Salve Rainha, ‘mostrai-nos Jesus’”, afirmou.

https://www.facebook.com/watch/acidigital/

Nesta recontagem dos papas que chegaram à Fátima, há dois que não foram incluídos porque peregrinaram ao santuário antes de ser eleitos sucessores de são Pedro.

Em 13 de maio de 1956, o então cardeal Roncalli (mais tarde papa são João XXIII) celebrou as cerimônias da peregrinação pelo aniversário das aparições. Enquanto o cardeal Albino Luciani (depois João Paulo I) esteve na Fátima em 10 de julho de 1977.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Nossa Senhora de Casaluce

Nossa Senhora de Casaluce | arquisp
11 de maio

Nossa Senhora de Casaluce

A Historia de Nossa Senhora de Casaluce vem do sul da Itália (século XI ou XII). Casaluce significa "CASA DE LUZ". Na cidade de Aversa, em um dia de temporal muito forte, uma linda moça de cor negra bateu a porta de um seminário para pedir abrigo, porém, naquele tempo, não era permitida a entrada de mulheres nessas instituições. Então, os padres pediram que a moça fosse a um convento de freiras na cidade mais próxima, "CasaLuce". As freiras a acolheram e a instalaram num quarto. No dia seguinte, as freiras não a encontraram e no seu lugar havia apenas um quadro - era a figura da moça, com uma criança nos braços. A partir daí, vários milagres foram atribuídos àquela santa. Por isso, os padres de Aversa reclamaram o quadro por ter sido lá que a santa havia estado primeiro. Para evitar discórdia, ficou resolvido que o quadro ficaria quatro meses em Aversa e oito em Casaluce. "Todas as gerações me felicitarão porque o todo-poderoso realizou em mim grandes obras" (Lc. I,48-49).

terça-feira, 10 de maio de 2022

Mensagem do papa Francisco pelo Dia Mundial dos Avós e dos Idosos 2022

Papa Francisco abençoa um homem idoso / Daniel Ibáñez (ACI)

Vaticano, 10 mai. 22 / 09:12 am (ACI).- A Santa Sé publicou hoje (10) a mensagem do papa Francisco para o Segundo Dia Mundial dos Avós e do Idoso, que será em 24 de julho de 2022 com o tema: “Dão fruto mesmo na velhice”.

“Neste nosso mundo, queridas avós e queridos avôs, queridas idosas e queridos idosos, estamos chamados a ser artífices da revolução da ternura! Façamo-lo aprendendo a usar cada vez mais e melhor o instrumento mais precioso e apropriado que temos para a nossa idade: a oração”.

A seguir, a mensagem do papa Francisco para o Segundo Dia Mundial dos Avós e do Idoso que será em 24 de julho

“Dão fruto mesmo na velhice” (Sl 92, 15)

Caríssima, caríssimo!

O versículo 15 do Salmo 92 – «dão fruto mesmo na velhice » – é uma boa notícia, um verdadeiro «evangelho» que podemos, por ocasião do II Dia Mundial dos Avós e Idosos, anunciar ao mundo. O mesmo vai contracorrente relativamente àquilo que o mundo pensa desta idade da vida e também ao comportamento resignado de alguns de nós, idosos, que caminhamos com pouca esperança e sem nada mais esperar do futuro.

Muitas pessoas têm medo da velhice. Consideram-na uma espécie de doença, com a qual é melhor evitar qualquer tipo de contacto: os idosos não nos dizem respeito – pensam elas – e é conveniente que estejam o mais longe possível, talvez juntos uns com os outros, em estruturas que cuidem deles e nos livrem da obrigação de nos ocuparmos das suas penas. É a «cultura do descarte»: aquela mentalidade que, enquanto nos faz sentir diversos dos mais frágeis e alheios à sua fragilidade, permite-nos imaginar caminhos separados entre «nós» e «eles». Mas, na realidade, uma vida longa – ensina a Sagrada Escritura – é uma bênção, e os idosos não são proscritos de quem se deve estar à larga, mas sinais vivos da benevolência de Deus que efunde a vida em abundância. Bendita a casa que guarda um ancião! Bendita a família que honra os seus avós!

Com efeito, a velhice constitui uma estação que não é fácil de entender, mesmo para nós que já a vivemos. Embora chegue depois dum longo caminho, ninguém nos preparou para a enfrentar; parece quase apanhar-nos de surpresa. As sociedades mais desenvolvidas gastam muito para esta idade da vida, mas não ajudam a interpretá-la: proporcionam planos de assistência, mas não projetos de existência. Por isso é difícil olhar para o futuro e individuar um horizonte para onde tender. Por um lado, somos tentados a exorcizar a velhice, escondendo as rugas e fingindo ser sempre jovens, por outro parece que nada mais se possa fazer senão viver desiludidos, resignados a não ter mais «frutos para dar».

O fim da atividade laboral e os filhos já autônomos fazem esmorecer os motivos pelos quais gastamos muitas das nossas energias. A consciência de que as forças declinam ou o aparecimento duma doença podem pôr em crise as nossas certezas. O mundo – com os seus ritmos acelerados, que sentimos dificuldade em acompanhar – parece não nos deixar alternativa, levando-nos a interiorizar a ideia do descarte. Assim se eleva para o céu esta súplica do Salmo: «Não me rejeites no tempo da velhice; não me abandones, quando já não tiver forças» (71, 9).

Mas o mesmo Salmo, que repassa a presença do Senhor nas diversas estações da existência, convida-nos a continuar a esperar: chegada a velhice e os cabelos brancos, o Senhor continuará a dar-nos a vida e não deixará que sejamos oprimidos pelo mal. Confiando n’Ele, encontraremos a força para multiplicar o louvor (cf. Sal 71, 14-20) e descobriremos que envelhecer não é apenas a deterioração natural do corpo ou a passagem inevitável do tempo, mas também o dom duma vida longa. Envelhecer não é uma condenação, mas uma bênção!

Por isso, devemos vigiar sobre nós mesmos e aprender a viver uma velhice ativa, inclusive do ponto de vista espiritual, cultivando a nossa vida interior através da leitura assídua da Palavra de Deus, da oração diária, do recurso habitual aos Sacramentos e da participação na Liturgia. E, a par da relação com Deus, cultivemos as relações com os outros: antes de mais nada, com a família, os filhos, os netos, a quem havemos de oferecer o nosso afeto cheio de solicitude; bem como as pessoas pobres e atribuladas, das quais nos façamos próximo com a ajuda concreta e a oração. Tudo isto ajudará a não nos sentirmos meros espetadores no teatro do mundo, não nos limitarmos a olhar da sacada, a ficar à janela. Ao contrário, apurando os nossos sentidos para reconhecerem a presença do Senhor, seremos como uma «oliveira verdejante na casa de Deus» (Sal 52, 10), poderemos ser uma bênção para quem vive junto de nós.

A velhice não é um tempo inútil, no qual a pessoa deva pôr-se de lado recolhendo os remos para dentro do barco, mas uma estação para continuar a dar fruto: há uma nova missão, que nos espera, convidando-nos a voltar os olhos para o futuro. «A nossa sensibilidade especial de idosos, da idade anciã às atenções, pensamentos e afetos que nos tornam humanos deve voltar a ser uma vocação para muitos. E será uma escolha de amor dos idosos para com as novas gerações». É o nosso contributo para a revolução da ternura, uma revolução espiritual e desarmada da qual vos convido, queridos avós e idosos, a fazer-vos protagonistas.

O mundo vive um período de dura provação, marcado primeiro pela tempestade inesperada e furiosa da pandemia, depois por uma guerra que fere a paz e o desenvolvimento à escala mundial. Não é por acaso que a guerra tenha voltado à Europa no momento em que está a desaparecer a geração que a viveu no século passado. E estas grandes crises correm o risco de nos tornar insensíveis ao facto de que existem outras «epidemias» e outras formas generalizadas de violência que ameaçam a família humana e a nossa casa comum.

Perante tudo isto, temos necessidade duma mudança profunda, duma conversão, que desmilitarize os corações, permitindo a cada um reconhecer no outro um irmão. E nós, avós e idosos, temos uma grande responsabilidade: ensinar às mulheres e aos homens do nosso tempo a contemplar os outros com o mesmo olhar compreensivo e terno que temos para com os nossos netos. Aprimoramos a nossa humanidade ao cuidar do próximo e, hoje, podemos ser mestres dum modo de viver pacífico e atento aos mais frágeis. A nossa atitude poderá, talvez, ser confundida com fraqueza ou servilismo, mas serão os mansos – não os agressivos e prevaricadores – que herdarão a terra (cf. Mt 5, 5).

Um dos frutos que somos chamados a produzir é o de guardar o mundo. «Todos nos sentamos nos joelhos dos avós, que nos tiveram ao colo»; mas hoje é o momento de colocar sobre os nossos joelhos – com a ajuda concreta ou mesmo só com a oração –, juntamente com os nossos netos, muitos outros assustados que ainda não conhecemos e que talvez fujam da guerra ou sofram por causa dela. Guardemos no nosso coração – como fazia São José, pai terno e solícito – os pequeninos da Ucrânia, do Afeganistão, do Sudão do Sul...

Muitos de nós maturaram uma consciência sábia e humilde, de que o mundo tanto precisa: não nos salvamos sozinhos, a felicidade é um pão que se come juntos. Testemunhemo-lo àqueles que se iludem de encontrar realização pessoal e sucesso na contraposição. Todos o podem fazer, mesmo os mais frágeis: até mesmo o deixarmo-nos cuidar – muitas vezes por pessoas que provêm doutros países – é uma maneira de dizer que é não só possível, mas também necessário vivermos juntos.

Neste nosso mundo, queridas avós e queridos avôs, queridas idosas e queridos idosos, estamos chamados a ser artífices da revolução da ternura! Façamo-lo aprendendo a usar cada vez mais e melhor o instrumento mais precioso e apropriado que temos para a nossa idade: a oração. «Tornemo-nos, também nós, um pouco poetas da oração: adquiramos o gosto de procurar palavras que nos são próprias, voltando a apoderar-nos daquelas que a Palavra de Deus nos ensina». A nossa imploração confiante pode fazer muito: é capaz de acompanhar o grito de dor de quem sofre e pode contribuir para mudar os corações. Podemos ser «o “grupo coral” permanente dum grande santuário espiritual, onde a oração de súplica e o canto de louvor sustentam a comunidade que trabalha e luta no campo da vida».

Deste modo o Dia Mundial dos Avós e Idosos é uma oportunidade para dizer mais uma vez, com alegria, que a Igreja quer fazer festa juntamente com aqueles que o Senhor – como diz a Bíblia – «saciou com longos dias» (Sal 91, 16). Celebremo-la juntos! Convido-vos a anunciar este Dia nas vossas paróquias e comunidades, a visitar os idosos mais abandonados, em casa ou nas residências onde estão hospedados. Procuremos que ninguém viva este dia na solidão. Ter alguém para cuidar pode mudar a orientação dos dias de quem já não espera nada de bom do futuro; e dum primeiro encontro pode nascer uma nova amizade. A visita aos idosos abandonados é uma obra de misericórdia do nosso tempo!

Peçamos a Nossa Senhora, Mãe da Ternura, que faça de todos nós dignos artífices da revolução da ternura para, juntos, libertarmos o mundo da sombra da solidão e do demónio da guerra.

A todos vós e aos vossos entes queridos, chegue a minha Bênção, com a certeza da minha afetuosa proximidade. E, por favor, não vos esqueçais de rezar por mim!

Roma, São João de Latrão, na festa dos Santos Apóstolos Filipe e Tiago, 3 de maio de 2022.

Francisco

Fonte: https://www.acidigital.com/

O Papa às pessoas Lgbt: Deus é Pai e não renega nenhum de seus filhos

O Papa Francisco entre os fiéis na Praça São Pedro | Vatican Media

Francisco responde numa carta manuscrita em espanhol a algumas perguntas feitas pelo padre jesuíta James Martin, engajado na pastoral com pessoas Lgbt.

Vatican News

O "estilo" de Deus é "proximidade, misericórdia e ternura". Assim escreve o Papa Francisco em uma breve resposta às perguntas feitas pelo padre jesuíta James Martin, que realiza seu apostolado entre as pessoas Lgbt.

No último dia 5 de maio, o religioso escreveu uma nota ao Papa em espanhol, perguntando se ele estaria disposto a responder algumas das perguntas que os católicos Lgbt normalmente lhe fazem. Alguns dias depois, o sacerdote recebeu uma nota manuscrita em espanhol com suas respostas. O resultado foi uma mini-entrevista publicada esta segunda-feira, 9 de maio, no site "Outreach", a página web criada pelo jesuíta.

"A respeito de suas perguntas - escreveu o Papa - vem à mente uma resposta muito simples."

Qual é a coisa mais importante que as pessoas Lgbt precisam saber sobre Deus?

Deus é Pai e não renega nenhum de seus filhos. E o "estilo" de Deus é "proximidade, misericórdia e ternura". Ao longo deste caminho vocês encontrarão Deus.

O que gostaria que as pessoas Lgbt soubessem sobre a Igreja?

Gostaria que lessem o livro dos Atos dos Apóstolos. Lá encontrarão a imagem da Igreja viva.

O que o senhor diz a um católico Lgbt que foi rejeitado pela Igreja?

Gostaria que reconhecessem isso não como "a rejeição da Igreja", mas, ao invés, como rejeição por parte de "pessoas na Igreja". A Igreja é uma mãe e reúne todos os seus filhos. Tomemos por exemplo a parábola dos convidados ao banquete: "os justos, os pecadores, os ricos e os pobres, etc." (Mateus 22,1-15; Lucas 14,15-24). Uma Igreja "seletiva", de "puro sangue", não é a Santa Madre Igreja, mas sim uma seita.

Também em julho do ano passado, o Papa Francisco havia enviado ao padre Martin uma carta manuscrita em espanhol, por ocasião do webinar "Outreach 2021", afirmando que Deus "se aproxima com amor de cada um de seus filhos, de todos e de cada um deles. Seu coração está aberto a todos e a cada um. Ele é Pai".

"Pensando em seu trabalho pastoral - havia escrito o Pontífice na ocasião ao padre Martin -, vejo que você tenta continuamente imitar este estilo de Deus. Você é um sacerdote para todos e todas, como Deus é Pai de todos e de todas. Rezo por você para que possa continuar assim, sendo próximo, compassivo e com muita ternura."

"Rezo por seus fiéis, seus 'paroquianos' - concluíra o Papa, "por todos aqueles que o Senhor colocou ao seu lado para que você possa cuidar deles, protegê-los e fazê-los crescer no amor de nosso Senhor Jesus Cristo."

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF