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sexta-feira, 13 de maio de 2022

15 anos de Aparecida: um Documento que conserva toda sua validade

Celebração presidida por Bento XVI em Aparecida em maio de 2007

Dom Walmor: no Documento de Aparecida “nós encontramos um programa de sinodalidade da mais alta qualidade, da mais alta pertinência”.

Padre Modino - CELAM

Aparecida, um documento que permanece vivo nas ações do Papa Francisco, um documento atual, surgido de uma Conferência celebrada aos pés da Padroeira do Brasil de 13 a 31 de maio de 2007, com 266 participantes. Disso está sendo feito memória nos dias 12 e 13 de maio de 2022 no mesmo local, algo que tem começado coma inauguração de um Espaço Memorial e a reza do terço, lembrando o presidido pelo Papa Bento XVI 15 anos atrás.

O Espaço Memorial é uma iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Santuário Nacional, que lembra as conferências realizadas pelo Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), com livros, fotos, paramentos e outros objetos. A inauguração esteve presidida por Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, que após a acolhida do reitor do Santuário Nacional, que insistiu em ver Aparecida como a Casa da Mãe, mostrou sua alegria diante deste importantíssimo evento.

Dom Walmor insistiu em que esse espaço memória não faz referência unicamente ao passado, e sim algo que mostra “a força espiritual e missionária da Conferência de Aparecida e o Documento de Aparecida”, destacando que mesmo sem aparecer o termo, no Documento de Aparecida “nós encontramos um programa de sinodalidade da mais alta qualidade, da mais alta pertinência”.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo | Vatican News

O rezo do Terço foi presidido pelo cardeal Odilo Scherer, contando com a presença de bispos, os mais de 500 presbíteros que estão participando do seu 18º Encontro Nacional, a Vida Religiosa e leigos e leigas. Juntos meditaram os mistérios do Santo Rosário, sendo rezados por diferentes pessoas, tudo intercalado com cantos, textos bíblicos e do Documento de Aparecida, e reflexões do Arcebispo de São Paulo que foi atualizando esta devoção secular à luz daquilo que hoje o mundo vive.

O cardeal Scherer afirmou que “a nós é pedido que nos renovemos no fervor missionário”, o que se concretiza no anuncio com alegria de uma Palavra que precisa ser testemunhada. O purpurado também fez um chamado à paz frente a uma violência que “acaba sendo uma grande injustiça para as pessoas”, que na guerra gera fome e sofrimento. Isso o fez mostrar a necessidade de “nós cuidar para que este mundo seja cada vez mais sadio, com menos sofrimentos”, chamado a ser testemunhas da caridade, da compaixão, da misericórdia de Deus.

No final da oração do terço, Dom Miguel Cabrejos fez uma leitura de uma mensagem onde ele descreveu os 15 anos desde Aparecida como um tempo de impulso missionário. O presidente do Celam disse ver o Documento de Aparecida, citando as palavras do Papa Francisco, como algo que "nasceu precisamente desta tecelagem entre o trabalho dos Pastores e a simples fé dos peregrinos, sob a proteção materna de Maria".

Dom Miguel Cabrejos | Vatican News

Aparecida foi "um autêntico Kairos que gerou um profundo impulso missionário", segundo o presidente do episcopado peruano, que destacou a dimensão missionária como um dos eixos norteadores de Aparecida, a partir do método de ver-julgar-atuar, e a opção preferencial pelos pobres e pelo cuidado da Criação. A partir daí ele afirmou que "a Igreja precisa de um choque forte que a impeça de se acomodar no conforto, estagnação e tibieza, às margens do sofrimento dos pobres do continente".

Em suas palavras, ele se referiu à conversão pastoral e outros aspectos da V Conferência Geral do Celam, tais como ser discípulos missionários e assumir a Missão Permanente como uma tarefa impagável. Juntamente com isto, ele o relacionou com o atual processo sinodal e a Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, chamando a "reafirmar nossa identidade de discípulos missionários, a ser uma Igreja em saída, sinodal e misericordiosa", algo que leva a "fortalecer a missão, a comunhão eclesial, a colegialidade e a sinodalidade".

Hoje, Aparecida produz "uma grande esperança, um espírito de profecia, de grande compromisso, porque ainda há desafios a serem enfrentados e outros que se abrem", algo motivado pelo contexto histórico, segundo Dom Miguel Cabrejos. O prelado destacou que Aparecida promove o conceito do povo de Deus, que somos todos Igreja, assim como a interculturalidade, o cuidado com a casa comum e a ecologia integral. Neste sentido, ele disse não ter dúvidas de que Aparecida inspirou os quatro sonhos da Querida Amazônia: social, cultural, ecológico e eclesial.

Uma riqueza reunida em Aparecida, que, segundo Dom Miguel Cabrejos, nos abre para entender que "toda evangelização deve ser um processo, as obras pastorais devem ser um processo, não eventos que são organizados, terminados e pronto". Tudo isso olhando para o futuro, para o evento de Guadalupano de 2031 e para o ano da Redenção em 2033, caminhando sinodalmente, algo já presente na vida das primeiras comunidades cristãs.

Aparecida se entende a partir da decisão pessoal do Papa Bento XVI na escolha do lugar, segundo Dom Jaime Spengler, que vê no Santuário Nacional “um lugar todo especial na história também do nosso povo. Aparecida é a referência para muitos de nosso povo, a casa da mãe”. Segundo o vice-presidente primeiro da CNBB, “na casa da mãe, a gente fala livremente, na casa da mãe, nós verdadeiramente nos sentimos em casa”, algo experimentado pelos bispos participantes da V Conferência do Celam.

Dom Jaime Spengler | Vatican News

O arcebispo de Porto Alegre insistiu em que “foi esse sentir-se em casa, na casa da mãe, com os irmãos e irmãs que frequentam o santuário que, por assim dizer forjou a beleza, a grandeza desse documento que marca, não só a história da Igreja latino-americana, mas que também de alguma forma delineou o próprio pontificado do Papa Francisco”.

Aparecida mantem a sua atualidade, segundo o cardeal Odilo Scherer, “embora depois de Aparecida até nossos dias já tem surgido muitas outras questões que não estão contempladas suficientemente no Documento de Aparecida e necessitam de novas declarações, novas posturas, enfim nova reflexão da Igreja”.

Cardeal Odilo Scherer | Vatican News

Ele destaca que “as questões essenciais do Documento de Aparecida conservam toda sua validade”. O vice-presidente primeiro do Celam vê como questão de fundo, “o renovado encontro com Jesus Cristo para uma fé viva, profunda e verdadeira”. Junto com isso, “a necessidade de renovar a Igreja a partir de uma renovação missionária, a Igreja precisa se renovar na missão”, algo sempre atual, com toda sua validade, assim como “aquela atenção que Aparecida pediu aos pobres, pediu para a juventude, se mostra totalmente atual”.

O purpurado destacou também a atualidade da “presença da Igreja no meio dos nossos povos, que é histórica”, uma presença que “precisa ser aprofundada, precisa ser renovada e cultivada, de maneira que através sobretudo de uma renovada presença laical no meio da sociedade, a Igreja, o evangelho, possa chegar a todos os âmbitos da vida social, da vida cultural, da vida pública, da vida política, econômica e assim por diante”, para que esses povos possam ter “vida abundante em Jesus Cristo”.

A Rádio Vaticano - Vatican News ouviu o presidente da CNBB dom Walmor de Azevedo que falou sobre a importância da  V Conferência de Aparecida:

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Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

SIGNIFICADO E SIMBOLISMO DE NOSSA SENHORA FÁTIMA

Nossa Senhora de Fátima | Folha da Região
Significado e simbolismo de Nossa Senhora de Fátima

Nossa Senhora apareceu no lugarejo de Fátima, em Portugal, como Nossa Senhora do Rosário. Tanto que ele também é conhecida como Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Vamos compreender sua imagem.

Túnica branca

A Túnica branca de Nossa Senhora de Fátima representa sua pureza e a santidade. Segundo as palavras do Anjo Gabriel, Maria é "Cheia de graça" (Lucas 1, 28). Cheia de graça quer dizer "cheia da graça de Deus, cheia de Deus". Tanto que, logo em seguida à saudação, o Anjo Gabriel diz: "O Senhor está contigo" (Lc 1, 28). Assim, a túnica branca tem todo esse significado de pureza e santidade.

O manto branco com bordados amarelos

O manto que a Virgem Maria veste sobre a cabeça, a túnica e todo o corpo, além de pureza e santidade, representa a Igreja. Branco e amarelo são as cores da bandeira da Igreja Católica. Com isso, compreendemos que Nossa Senhora é Mãe da Igreja. Esse, aliás, é um dos títulos da Virgem Maria.

Doze estrelas amarelas em volta de sua cabeça

Sim. Em volta da cabeça da Virgem de Fátima tem doze estrelas. Elas representam a Doutrina dos Apóstolos de Cristo, que foram doze. As doze estrelas amarelas representam também a totalidade da Igreja, toda a Igreja, que está na mente (em volta da cabeça) e no coração da Mãe de Deus e dos homens.

Os raios que saem das estrelas

Os raios que saem das estrelas e da aura de Nossa senhora representam as graças que podem ser alcançadas através da participação assídua na Igreja e da intercessão de Nossa Senhora. São graças infinitas que estão à disposição de todos aqueles que as procuram com sinceridade.

O terço nas mãos de Maria

O terço nas mãos de Maria representa a oração que Nossa Senhora pediu com tanta insistência nas aparições de Fátima. Cada Ave-Maria é uma rosa que oferecemos a ela. Daí o nome de "Rosário" dado aos quatro terços que compõem esta maravilhosa oração. O terço é uma oração simples e acessível a todos. E, ao contrário do que se imagina quando não se conhece, o terço é uma oração "Cristocêntrica", isto é, o foco da oração está em Jesus Cristo.

Os três pastorzinhos

Em Fátima, Nossa Senhora apareceu a três crianças: Lucia, 10 anos, Francisco, 9 anos e Jacinta, 7 anos. Os três eram analfabetos e oriundos de famílias pobres. Mas, através deles, Nossa senhora abalou o mundo.

A nuvem

A nuvem representa o céu. Nossa Senhora veio à terra, mas não saiu do céu. Significa que as visões que os pequeninos de Fátima tiveram foram visões celestiais. A nuvem aos pés de Nossa Senhora nos lembra que nosso destino é o céu e que este mundo é passageiro.

A azinheira

A azinheira é a árvore sobre a qual a nuvem e nossa Senhora apareceram. Trata-se de uma árvore da família dos carvalhos, que é muito comum na região de Fátima, em Portugal. A aparição sobre a azinheira nos lembra que a aparição celeste aconteceu sobre um ser vivo, uma árvore. Os enfeites de flores e vegetais sobre os altares devem ser sempre feitos com plantas vivas, pois elas nos lembram a vida que vem do Criador.

Os cordeiros

Os cordeiros representam o trabalho dos pastorzinhos, mas representa também Jesus Cristo, o "Cordeiro de Deus" que tira o pecado do mundo (Jo 1, 29)Oração a Nossa Senhora de Fátima"Santíssima Virgem, que nos montes de Fátima vos dignastes revelar a três humildes pastorinhos os tesouros de graça contidos na prática de vosso Rosário, incuti profundamente em nossa alma o apreço em que devemos ter com essa devoção, para Vós tão querida, a fim de que, meditando os mistérios da Vossa Redenção que nela se comemora, nos aproveitemos de vossos preciosos frutos e alcancemos a graça, que vos pedimos nesta oração, se for para maior glória de Deus, honra vossa e proveito de nossas almas. Amém. Rainha do Santíssimo Rosário, rogai por nós.".

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

Nossa Senhora de Fátima | Calendarr
13 de Fátima
Nossa Senhora de Fátima

Nossa Senhora de Fátima teve origem na cidade de Fátima, uma cidade de Portugal onde três meninos, Lucia de Jesus Santos, com 10 anos e  seus primos Francisco Martos de 9 anos e Jacinta Martos de 7 anos, tiveram a visão de Nossa Senhora.

Aconteceu no ano de 1917. Sete aparições de Nossa Senhora aos três meninos, sempre no dia 13 de cada mês. A primeira foi no dia 13 de maio. Lucia via e conversava com Nossa Senhora de Fátima. Francisco só via e não ouvia os diálogos. Jacinta via e ouvia, mas não falou com Nossa Senhora de Fátima.

História de Nossa Senhora de Fátima

Quando Nossa Senhora de Fátima apareceu aos três, eles descreveram assim a visão: Parecia ter uns 18 anos a Senhora, rodeada de claridade fulgurante, seu vestido era de uma alvura puríssima, assim como o manto ornado de ouro, que lhe cobria a cabeça e grande parte do corpo. O rosto sobrenatural e divino, estava sereno e grave, com uma sombra de tristeza. Em suas mãos, uma cruz de ouro com um terço em contas que pareciam pérolas, e de seu corpo, especialmente do rosto irradiavam feixes de luz, incomparavelmente superior a qualquer beleza humana.

No começo as crianças se assuntaram, mas Nossa Senhora de Fátima as tranquilizaram, dizendo para não terem medo, e que ela era do Céu. Nossa Senhora disse para rezarem o terço todos os dias, para alcançarem a paz e o fim da guerra. A mensagem de Fátima é uma mensagem de conversão e arrependimento.

Nossa Senhora de Fátima insiste na oração do terço. Ela disse que o comunismo só cairia depois de muita oração. E assim aconteceu. A oração e a Igreja, através do Papa João Paulo II tiveram papel decisivo na queda do muro de Berlin e, por conseguinte, do comunismo.

Perseguição contra as crianças de Fátima

Ninguém acreditava nas crianças. Na segunda aparição, somente 50 pessoas estavam presentes para tentar ver alguma coisa. Depois, as crianças sofreram grandes perseguições por parte dos poderes públicos. Chegaram a ser até presas na delegacia de Fátima, mas nunca negaram as aparições.

Oração de Nossa Senhora de Fátima que rezamos até hoje

Em uma das aparições, Nossa Senhora ensinou esta oração aos meninos. Ela foi acrescentada na reza do Rosário: Quando rezarem o terço, digam após cada mistério; ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o Céu, principalmente aquelas que mais precisarem.

Após a terceira aparição o povo começou a acreditar, e cada vez mais se aglomeravam mais pessoas, chegando a mais de trinta mil na última aparição.

Milagre de Nossa Senhora de Fátima

Na sexta aparição, Maria Santíssima disse a Lucia que naquele local, com o dinheiro das doações, deveria ser construída uma capela com o nome de Nossa Senhora do Rosário. E quando ela se levantava suavemente para ir embora, o sol  apareceu entre as nuvens como um grande disco prateado, brilhando muito, mas sem cegar as pessoas. Começou a girar vertiginosamente e suas bordas se tornaram avermelhadas espalhando raios de fogo, de modo que sua luz refletia nas pessoas nas árvores, e foi vista até quarenta quilômetros de distância do local das aparições.

Por três vezes o sol girou e se precipitou sobre a terra, e todos com medo pediam perdão para Deus. O milagre durou cerca de dez minutos. A partir desses acontecimentos, a devoção a Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora do Rosário, aumentou, se difundiu para o mundo todo, e hoje, em seu enorme santuário, todos os peregrinos vão fazer seus pedidos, agradecimentos e orações.

Oração a Nossa Senhora de Fátima

Santíssima Virgem, que nos montes de Fátima vos dignastes revelar a três humildes pastorinhos os tesouros de graça contidos na prática de vosso Rosário, incuti profundamente em nossa alma o apreço em que devemos ter com essa devoção, para Vós tão querida, a fim de que, meditando os mistérios da Vossa Redenção que nela se comemora, nos aproveitemos de vossos preciosos frutos e alcancemos a graça, que vos pedimos nesta oração,  se for para maior glória de Deus, honra vossa e proveito de nossas almas. Amém.

Rainha do Santíssimo Rosário, rogai por nós.

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

quinta-feira, 12 de maio de 2022

Como viver bem a aposentadoria? O Papa explica

Antoine Mekary | ALETEIA

Assim gostaria que fossem as nossas avós e os nossos avôs.

Hoje não é raro viver muitos anos depois da aposentadoria. Mas como fazer frutificar este tempo que temos à disposição? Esse foi o questionamento do Papa Francisco na catequese desta quarta-feira aos peregrinos na Praça de São Pedro.

“Vou para a aposentadoria hoje, e serão muitos anos, e o que posso fazer, nesses anos, como posso crescer – a idade cresce sozinha – mas como posso crescer em autoridade, em santidade, em sabedoria?”, perguntou o Papa.

Para muitos, a perspectiva da aposentadoria coincide com um merecido e desejado descanso de atividades exigentes e cansativas. Mas – segundo Francisco – também acontece que o fim do trabalho represente uma fonte de preocupação e seja esperado com uma certa inquietação.

“O que farei agora, que a minha vida se esvaziará daquilo que a preencheu durante tanto tempo?”: esta é a pergunta. O trabalho diário significa também um conjunto de relações, a satisfação de ganhar a vida, a experiência de desempenhar um papel, uma merecida consideração, um tempo repleto, que vai além do simples horário de trabalho.

Netos

Nesse sentido, o Papa reconheceu que há o compromisso, “alegre e cansativo” de cuidar dos netos, “e hoje os avós desempenham um papel muito importante na família para ajudar a criar os netos”; mas “sabemos que hoje em dia nascem cada vez menos filhos, e os pais estão frequentemente mais distantes, mais sujeitos a deslocamentos, com situações de trabalho e de habitação não favoráveis”.

Acontece também de os pais estarem mais relutantes em confiar aos avós espaços de educação, e só lhes concedem aqueles estritamente ligados à necessidade de assistência.

Mas alguém me dizia, quase sorrindo com ironia: “Hoje, os avós, nesta situação socioeconómica, tornaram-se mais importantes, porque possuem a pensão”. Há novas exigências, até no âmbito das relações educativas e parentais, que requerem a reformulação da aliança tradicional entre as gerações.

Reformulação

Mas, perguntemo-nos – prosseguiu o Papa –, será que fazemos este esforço de “reformulação”? Ou será que simplesmente sofremos a inércia das condições materiais e económicas?

Com efeito, a coexistência das gerações prolonga-se. Procuramos, todos juntos, torná-las mais humanas, mais carinhosas, mais justas, nas novas condições das sociedades modernas? Para os avós, uma parte importante da sua vocação é ajudar os filhos na educação das crianças. Os pequeninos aprendem a força da ternura e o respeito pela fragilidade: lições insubstituíveis que, com os avós, são mais fáceis de transmitir e de receber. Os avós, por sua vez, aprendem que a ternura e a fragilidade não são apenas sinais de declínio: para os jovens, constituem passagens que humanizam o futuro.

Judite

https://youtu.be/ryYa3c4RyKI

O Papa falou então sobre a velhice da heroína bíblica Judite, que fica viúva cedo e não teve filhos, mas na velhice pode viver um tempo de plenitude e serenidade, consciente de ter vivido até ao fundo a missão que o Senhor lhe confiara.

“Para ela é o tempo de deixara boa herança da sabedoria, da ternura, dos dons à família e à comunidade: uma herança de bem e não só de bens. Quando se pensa em herança, às vezes pensamos nos bens, e não no bem que se pratica na velhice e que foi semeado, aquele bem que é a maior herança que podemos deixar”, disse.

Precisamente na sua velhice, Judite “concedeu a liberdade à sua serva preferida”. Isto é sinal de um olhar atento e humano em relação a quem lhe esteve próximo. Esta serva acompanhou-a no momento daquela aventura para derrotar o ditador e degolá-lo. Na velhice, perde-se um pouco da vista, mas o olhar interior torna-se mais penetrante: vê-se com o coração. Torna-se capaz de ver coisas que antes passavam despercebidas. Os idosos sabem olhar e sabem ver…  É assim: o Senhor não confia os seus talentos apenas aos jovens e aos fortes: tem talentos para todos, à medida de cada um, também para os idosos. A vida das nossas comunidades deve saber desfrutar dos talentos e carismas de tantos idosos que no registo civil já estão reformados, mas que são uma riqueza a valorizar. Isto requer, da parte dos próprios idosos, uma atenção criativa, uma atenção nova, uma disponibilidade generosa. As antigas habilidades da vida ativa perdem a sua parte de constrangimento, tornando-se recursos de doação: ensinar, aconselhar, construir, cuidar, ouvir… De preferência, em benefício dos mais desfavorecidos, que não podem dar-se ao luxo de alguma aprendizagem ou que são abandonados à sua solidão.

Judite libertou a sua serva, enchendo todos de atenções. Como jovem, conquistou a estima da comunidade com a sua coragem. Na velhice, mereceu-a pela ternura com que enriqueceu a sua liberdade e afetos. Judite não é uma reformada que vive melancolicamente o seu vazio: é uma idosa apaixonada que preenche com dons o tempo que Deus lhe concede. Recomendo-vos: pegai, um destes dias, a Bíblia e abri o Livro de Judite: é pequenino, lê-se facilmente, são 10 páginas, não mais. Lede esta história de uma mulher corajosa que acaba assim, com ternura, com generosidade, uma mulher à altura. Assim gostaria que fossem as nossas avós. Todas assim: corajosas, sábias e que nos deixem a herança não de dinheiro, mas a herança da sabedoria, semeada nos seus netos.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Papa pede um novo impulso para que famílias concretizem sonho de gerar filhos

Papa abençoa família em viagem apostólica  (Vatican Media)

Francisco enviou uma mensagem a um evento realizado em Roma para refletir sobre o baixo índice de natalidade: “Esta é uma nova pobreza que me assusta".

Vatican News

Uma nova pobreza, que constitui uma periferia existencial no Ocidente: assim o Papa define a falta de vocação para gerar filhos.

Francisco enviou uma saudação aos participantes de um evento em Roma organizado pela Fundação para a Natalidade e promovido pelo Fórum das Famílias. O título escolhido para esta terceira edição foi “É possível”.

Para o Pontífice, o baixo índice de natalidade representa uma “emergência social”, não tão visível como outros problemas, mas que compromete o futuro de todos. Existem mulheres e homens que desejam ter um filho, mas não conseguem concretizar seu sonho familiar, tornando-se quase uma utopia. O risco, advertiu o Papa, é se contentar com “substitutos medíocres”, como os negócios, o carro, as viagens, a obsessão pelo tempo livre.

“Esta é uma nova pobreza que me assusta. É a pobreza gerativa de quem desconta em seu coração o desejo de felicidade, de quem se resigna em diluir as mais grandes aspirações, de quem se contenta com pouco e deixa de sonhar alto. Sim, uma pobreza trágica, porque atinge os seres humanos em sua maior riqueza: colocar no mundo vidas para cuidar, transmitir aos outros com amor a existência recebida.”

Ignorar o problema é uma atitude míope, adverte Francisco, que parabeniza pela escolha do tema deste ano “É possível”. “É o título de quem não se resigna, de quem espera contra toda esperança, contra números que pioram inexoravelmente de ano em ano”.

Para o Papa, as coisas podem mudar indo além dos interesses partidários e das ideologias, e envolvendo os diversos segmentos da sociedade para colocar em prática políticas concretas em favor das famílias. Os dados, as previsões e os números são de conhecimento de todos: agora é o momento da concretude, de dar respostas reais às famílias e aos jovens. “A esperança não pode e não deve morrer na espera”, conclui o Pontífice, dizendo que “torce” para se se possa inverter a rota deste “frio inverno demográfico”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Ucrânia: 116 igrejas destruídas desde o início da guerra

Maxym Marusenko / NurPhoto / via AFP
Interior da Igreja da Ascensão, construída em 1913 e destruída durante a invasão russa.
Por Marzena Devoud

As igrejas ortodoxas foram as mais atingidas.

As autoridades da Ucrânia contaram 116 locais de culto cristão que foram destruídos ou danificados desde a invasão russa, em 24 de fevereiro.

Em meio à guerra, nem os santuários não são poupados. De acordo com o relatório do Serviço Estatal Ucraniano para Assuntos Religiosos, publicado em 7 de maio de 2022, o exército russo bombardeou 116 edifícios religiosos em pelo menos treze regiões: Kiev, Dnipropetrovsk, Donetsk, Zhytomyr, Zaporizhia, Luhansk, Lviv, Mykolaiv, Odessa, Sumy, Kharkiv, Kherson e finalmente Chernihiv.

As mais afetadas são as igrejas ortodoxas (91 de 116), que estão muito presentes no leste do país. Igrejas católicas e protestantes, sinagogas, assim como instituições educacionais religiosas e importantes edifícios administrativos de organizações religiosas também foram destruídos ou danificados.

Clique aqui e veja o mapa interativo publicado pelo site das autoridades ucranianas com sinalização de todos os locais afetados.

Na galeria abaixo você confere parte do patrimônio cultural e religioso da Ucrânia que pode estar ameaçado.

Catedral de Santa Sofia, em Kiev | ALETEIA
Catedral de Santa Sofia em outro ângulo | ALETEIA
Virgem orando - Catedral de Santa Sofia | ALETEIA
Kiev - Pechersk Lavra | ALETEIA
Catedral da Dormição | ALETEIA
Igreja do Refeitório de Santo Antônio e São Teodósio - Kiev | ALETEIA
Igreja do Salvador em Berestove | ALETEIA
Centro histórico em Lviv | ALETEIA
Catedral de São Jorge, em Lviv | ALETEIA

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Menos vocações sacerdotais e religiosas no Brasil preocupa comissão da CNBB

A "experiência do encontro com Jesus" deve acontecer para se redescobrir a
vivência cristã, afirma dom João

Dom João Francisco Salm, presidente da Comissão dos Ministérios Ordenados e da Vida Consagrada da CNBB, concede entrevista ao Vatican News e confirma que a realidade das vocações tem preocupado a Igreja no Brasil: "tem caído muito as vocações da Vida Consagrada com congregações que estão com membros praticamente todos idosos. É preocupante porque dentro de 10, 15 anos não teremos uma reposição com novas vocações".

Andressa Collet e Silvonei José - Vatican News

A visita ad Limina dos bispos gaúchos ao Vaticano na primeira semana de maio foi uma oportunidade também de conhecer o trabalho realizado pelos prelados, como de dom João Francisco Salm, bispo de Novo Hamburgo/RS e presidente da Comissão dos Ministérios Ordenados e da Vida Consagrada da CNBB. Os organismos atuam em questões ligadas à Pastoral Vocacional, ao serviço de animação vocacional, à formação dos presbíteros, além da vida dos padres, dos diáconos e das pessoas dos institutos de Vida Consagrada.

Em entrevista a Silvonei José, do Vatican News, dom João tocou num assunto delicado, já que a realidade das vocações tem preocupado a Igreja no Brasil:

“Tem caído muito as vocações da Vida Consagrada e temos congregações que estão com seus membros praticamente todos idosos ou idosas, que é o caso mais comum entre a Vida Consagrada feminina. É preocupante isso, porque dentro de 10, 15 anos esse pessoal não existirá mais entre nós, e nós não estamos tendo uma reposição com novas vocações.”

A preocupação de dom João é confirmada com os dados divulgados em 2022 pelo Anuário Estatístico da Igreja (Annuarium Statisticum Ecclesiae), o mais recente, mas referentes aos anos de 2019 e 2020: o número de batizados no mundo está aumentando proporcionalmente à população, mas o número de padres e bispos diminuiu. O número de candidatos ao sacerdócio caiu de 114.058 em 2019 para 111.855 em 2020, com exceção da África. O número de seminaristas na América, por exemplo, diminuiu em 4,2%.

Esses dados, no entanto, segundo reportagem da ACI Digital, não alteram o peso continental do número de padres: a Europa representa 40% dos padres do mundo, a América 29,3%, a Ásia 17,3%, a África 12,3% e a Oceania 1,1%.

As causas do fenômeno

Segundo dom João, a causa na diminuição tem uma dimensão complexa, mas começando pela mudança de época e o modo mais superficial de viver a fé. Para tentar mudar essa realidade, a partir da Festa de Cristo Rei deste ano, em 20 de novembro, irá partir um Ano Vocacional no Brasil, aprovado em assembleia dos bispos do ano passado. Além disso, a Igreja tem investido muito na Iniciação à Vida Cristã, de inspiração catecumenal, para levar os catequisandos ao encontro com Cristo e à pertença à comunidade para juntos se tornarem missionários:

"Para termos vocações à Vida Consagrada e à Vida Sacerdotal, precisamos dar aos possíveis candidatos a possibilidade da experiência do encontro com Jesus. Outra coisa é que estamos num tempo de comunicações, em que crianças e jovens estão logo em contato com o mundo, com ofertas mais diferentes e nem sempre com a mesma intensidade têm contato com aqueles que são os nossos modos de participar da Igreja."

Outra causa salientada pelo bispo de Novo Hamburgo tem origem em famílias com poucos filhos, "numa época altamente desafiadora para levar o jovem ao encontro com Jesus":

"Essa crise faz parte de um novo passo, de uma nova realidade. Nós vivíamos num tempo em que nas comunidades o ambiente era de Igreja. Eu vivi não só numa família cristã, mas numa comunidade cristã em que todos nós praticávamos juntos; os filhos eram educados por todas as famílias; e vivíamos a fé. Então, era espontâneo, era natural nascer ali, criar-se ali e ser um cristão católico. Hoje não é mais assim. O cristão não nasce cristão, ele se faz." 

“Assim como nós, no nosso tempo, os jovens de hoje têm dentro de si o desejo de Deus, de viver aquilo que a proposta do Evangelho. Nós precisamos achar um jeito de apresentar isso às crianças e aos jovens.”

Projeto de vida para ser cristão

Um trabalho importante enaltecido por dom João diz respeito à educação ao Evangelho dentro de casa, na família, para voltar "ao primeiro anúncio", porque hoje existe "a quebra da evangelização, já que os pais não falam mais aos filhos de Jesus Cristo e da Igreja, não ensinam nem o sinal da cruz e muitos nem levam para batizar". A "experiência do encontro", segundo o bispo, deve acontecer para se redescobrir a vivência cristã e, assim, enfrentar o mundo, e não contrário, esperar o mundo estar favorável para se criar oportunidades.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Canonização do primeiro Santo brasileiro completa 15 anos

Foto: Divulgação/Santuário Frei Galvão
Santo Antônio de Sant’Anna Galvão foi canonizado pelo Papa Bento XVI no dia 11 de maio de 2007.

São Paulo (11/05/2022 16:44, Gaudium Press) No dia 11 de maio de 2007, durante visita de Bento XVI ao Brasil, o pontífice presidiu a cerimônia de canonização do primeiro Santo brasileiro: Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, conhecido como São Frei Galvão.

A data é celebrada dentro das celebrações pelo bicentenário da morte do Santo, iniciado no dia 24 de outubro de 2021, com uma Santa Missa presidida pelo Cardeal Arcebispo de São Paulo Dom Odilo Pedro Scherer, na Catedral da Sé, e que será encerrado no dia 23 de dezembro deste ano.

História de São Frei Galvão

Nascido no dia 10 de maio de 1739 na vila de Santo Antônio de Guaratinguetá, atual cidade de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, Frei Galvão foi o quarto de dez filhos de uma família muito religiosa, rica e nobre.

Faleceu no Mosteiro da Luz no dia 23 de dezembro de 1822, sendo sepultado na igreja do Mosteiro da Luz, em São Paulo, onde seu túmulo permanece até os nossos dias sendo o destino de uma multidão de peregrinos.

Seu Santuário está localizado na cidade de Guaratinguetá, onde permanece em exposição um fragmento de seu fêmur. Fiéis de todo o país peregrinam até o Santuário de Frei Galvão para pedir e também agradecer pelas graças recebidas por sua intercessão. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

São Pancrácio

S. Pancrécio | arquisp
12 de maio

São Pancrácio

As catacumbas romanas atraem devotos e turistas de todo o mundo. Ali estão enterrados os santos dos primeiros anos do catolicismo. Entre eles, do adolescente Pancrácio, com as inscrições confirmando o seu martírio.

Pancrácio nasceu em Roma, filho de pais cristãos, nobres, ricos e amigos do imperador Diocleciano. Órfão, ainda muito criança foi morar com um tio chamado Dionísio. Com o seu apoio conseguiu estudar em Roma, indo morar na mesma casa onde fazia seu retiro o papa Marcelino, que respeitava Pancrácio por sua modéstia, doçura, piedade e profunda fé.

Mas como a perseguição de Diocleciano não dava tréguas a cristão nenhum, Pancrácio, então com catorze anos de idade, e seu tio Dionísio foram denunciados e levados a júri.

O tio foi imediatamente morto. Pancrácio ainda mereceu uma certa consideração do imperador. Afinal, estava na flor da idade e era filho de alguém que havia sido seu amigo. Diocleciano tentou envolver Pancrácio com promessas, astúcias e, finalmente, ameaças. Nada deu resultado. Como o adolescente respondia a tudo afirmando que não temia a morte, pois a levaria direto a Deus, o imperador perdeu a paciência e mandou logo decapitá-lo. Era o dia 12 de maio de 304.

O seu túmulo se encontra numa das estradas mais famosas de Roma, a Via Aurélia, no cemitério de Ottavilla, onde, no século VI, o papa Símaco mandou erguer uma igreja em sua homenagem, existente até hoje. Há muitas outras igrejas em louvor a são Pancrácio na Itália, França, Inglaterra e Espanha, onde seu culto se difundiu. A ele também foram dedicados os mosteiros de Roma, fundado por são Gregório Magno, e o de Londres, fundado por santo Agostinho de Canterbury.

A fama de santidade de são Pancrácio se espalhou e sua devoção é muito intensa até hoje. Ele é o padroeiro dos enfermos na Itália, padroeiro dos trabalhadores na Espanha e padroeiro da Juventude da Ação Católica na América Latina.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF