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domingo, 22 de maio de 2022

VI DOMINGO DA PÁSCOA - Ano C

Dom Paulo Cezar | CB

VI DOMINGO DA PÁSCOA

Palavra do Pastor

Dom Paulo Cezar Costa

Arcebispo de Brasília

Somos morada de Deus

            O Evangelho deste sexto domingo da Páscoa (Jo 14, 23-29) expressa bem a realidade que acontece na vida de cada cristão, de cada pessoa que ama e segue Jesus Cristo: ser morada da Trindade e ser ensinado pelo Espírito Santo.

Está próxima a partida de Jesus e Ele percebe a angústia dos discípulos: “não se perturbe o vosso coração” (Jo 14, 27). Jesus mostra que não os deixará órfãos, desamparados, mas estará com os Seus discípulos de uma forma nova. O discípulo (a) é a pessoa que ama Jesus, mas não com um amor qualquer, é aquele que tem um amor gratuito por Jesus. O verbo usado para expressar este amor é ágape, que expressa o amor na sua gratuidade, o amor de Deus. O caminho do discipulado de Jesus é aquele de ter por Ele um amor gratuito, ou seja, não O amamos por interesse, por troca, mas O amamos porque Ele é o nosso Salvador, o nosso Senhor. E quem ama Jesus, demonstra esse amor para com Ele guardando a Sua Palavra, colocando em prática a Sua Palavra. Mas Jesus é a Palavra, o Logos. O discípulo é aquele que vive de Jesus e, vivendo de Jesus, coloca em prática as palavras da Palavra, que é o Logos. E então será amado pelo Pai e a Trindade fará morada na vida desta pessoa: “meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada” (Jo 14, 23). Com Jesus, que se abre intimamente aos discípulos, também o Pai vem a eles; eles serão inseridos na comunhão de vida e de amor com Deus. Aquela morada, que é esperada para o fim dos tempos de Deus com o seu povo, expressa pela imagem da Jerusalém celeste (Ap 21, 10-14. 22-23), da segunda leitura, é inserida de modo espiritualizado no presente da vida do discípulo e da comunidade. Claro que esta comunhão não é ainda a realização última da promessa, pois haverá ainda uma comunhão eterna com a Trindade Santa na eternidade. Mas, no hoje da história, o discípulo já vive, já experimenta essa comunhão com o mistério Santo de Deus.

Jesus promete aos discípulos o Espírito da verdade, o Espírito Santo (Jo 14, 26). O Espírito ensinará tudo e recordará tudo o que Jesus ensinou para os discípulos. O verbo recordar é clássico na teologia de são João. O Espírito exercerá na Igreja este duplo papel: ensinar e recordar. O Espírito ensina, que dizer, vai nos fazendo sair da nossa visão meramente humana das coisas e vai nos mostrando, inserindo-nos na visão que Deus tem do mundo, das coisas, da realidade. O Espírito é aquele que faz memória de Jesus Cristo, que fará com que os discípulos entrem no mistério mais profundo das palavras de Jesus Cristo, no sentido mais profundo dos seus ensinamentos. É o Espírito que abre para a Igreja e para cada seguidor (a) de Jesus Cristo o sentido mais profundo das Palavras, dos ensinamentos de Jesus.

Que o encontro com esta Palavra de Deus nos conscientize de que Deus habita em nós e que nos ajude a tomarmos consciência desta realidade, conduzindo-nos a uma abertura maior ao Espírito, permitindo que Ele nos ensine e rememore Jesus Cristo.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Papa: "Não se pode dar a paz se não se está em paz"

Papa Francisco | Vatican News

"A paz de Jesus vem do seu coração manso, habitado pela confiança e daqui flui a paz que nos deixou: não se pode deixar a paz para os outros se não se a tem em si mesmo. Não se pode dar a paz se não se está em paz". São palavras do Papa Francisco na oração do Regina Caeli deste VI Domingo de Páscoa na Praça São Pedro.

Jane Nogara - Vatican News

Na oração do Regina Caeli deste domingo, 22 de maio, VI Domingo de Páscoa, o Papa Francisco falou sobre a paz com as palavras de Jesus, recordando as palavras ditas pelo mestre na Última Ceia. Embora Jesus soubesse tudo o que aconteceria, estava sereno, e disse ao se despedir dos discípulos: “Deixo-vos a paz" e "Eu vos dou a minha paz" (Jo 14, 27).

Se morre como se viveu

Francisco refletiu sobre estas palavras destacando que Jesus “em vez de mostrar agitação, ele permanece gentil até o final. Um provérbio diz que se morre como se viveu. As últimas horas de Jesus são, de fato, como a essência de toda a sua vida. Ele sente medo e dor, mas não dá espaço para ressentimentos e protestos”. Explica que a paz de Jesus vem do seu coração manso, habitado pela confiança e daqui flui a paz que Jesus nos deixou, concluindo:

“Pois não se pode deixar a paz para os outros se não se a tem em si mesmo. Não se pode dar a paz se não se está em paz.”

A mansidão é possível

Francisco diz ainda que este gesto demonstra que a mansidão é possível e que Ele a encarnou no momento mais difícil e quer que nos comportemos assim.

Isto é testemunhar Jesus e vale mais do que mil palavras e muitos sermões. Perguntemo-nos se, nos lugares onde vivemos, nós discípulos de Jesus nos comportamos assim: aliviamos as tensões, extinguimos os conflitos? Estamos também nós em atrito com alguém, sempre prontos para reagir, para explodir, ou sabemos como responder com a não-violência, com palavras e gestos mansos?”.

E o Papa pondera ainda “É claro que esta mansidão não é fácil: como é difícil, em todos os níveis, acabar com os conflitos!”. Porém, segue Francisco, neste ponto vem em nosso auxílio a segunda frase de Jesus: ‘Eu vos dou a minha paz’. Ele sabe que sozinhos não somos capazes de manter a paz, que precisamos de ajuda, um dom”.

Dom de Deus, ajuda para a paz

Explicando em seguida que a paz, que é nosso compromisso, é, antes de tudo, um dom de Deus.

“De fato, Jesus diz: ‘Eu vos dou a minha paz. Não como o mundo dá, eu a dou a vós’. Que paz é essa que o mundo não conhece e que o Senhor nos dá? É o Espírito Santo, o mesmo Espírito de Jesus. É a presença de Deus em nós, é a ‘força da paz’ de Deus.”

Francisco acrescenta sobre este ponto:

É Ele, o Espírito Santo, quem desarma o coração e o enche de serenidade. É Ele, o Espírito Santo, quem derrete a rigidez e extingue as tentações de agredir os outros. É Ele, o Espírito Santo, quem nos lembra que ao nosso lado há irmãos e irmãs, não obstáculos e adversários. É Ele, o Espírito Santo, quem nos dá a força para perdoar, para recomeçar, porque com as nossas forças não podemos. E é com Ele, com o Espírito Santo, que se torna homens e mulheres de paz”.

Por fim recorda que nenhum fracasso, nenhum rancor deve nos desencorajar de pedir com insistência o dom do Espírito Santo, porque “quanto mais agitado está o nosso coração, quanto mais sentirmos dentro de nós nervosismo, impaciência, raiva, mais devemos pedir ao Senhor o Espírito de paz. Aprendamos a dizer todos os dias: 'Senhor, dá-me tua paz, dá-me o Espírito Santo'".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Rita de Cássia

Sta. Rita de Cássia | Diário do Rio
22 de maio
Santa Rita de Cássia

Santa Rita de Cássia era filha única. Nasceu em maio do ano de 1381, nas montanhas em Roccaporena,  perto de Cássia, região da Umbria, Itália. Era filha de Antônio Mancini e Amata Ferri, casal de muita oração e do qual todos gostavam. Não sabiam ler nem escrever, mas ensinaram à filha tudo sobre a fé em Jesus e Nossa Senhora. Eles contavam a ela também histórias de vida de muitos santos e santas, o que muito contribuiu para sua formação.

Vida de Santa Rita de Cássia

Santa Rita de Cássia queria ser religiosa, mas seus pais escolheram para ela um marido, como era costume na época. O marido escolhido foi Paolo Ferdinando. Não foi uma boa escolha, pois Paolo era um infiel no matrimônio e tinha o hábito de beber demais. Por causa dele, Santa Rita sofreu por 18 anos, período em que foi casada. O casal teve dois filhos. Durante o tempo de casada, Rita demonstrou  muita paciência e resignação por tudo que sofreu.

Mesmo sofrendo, ela nunca deixou de rezar pela conversão dele. Por fim, a mansidão e o amor de Rita transformaram aquele homem rude e bruto. Paolo se converteu e mudou sua vida conjugal de tal forma que as amigas de Rita e as mulheres da cidade vinham aconselhar-se com ela.

Paolo, embora verdadeiramente convertido, tinha deixado um rastro de violência e rixas entre alguns grupos da cidade. Assim, um dia ele saiu para trabalhar e não voltou para casa. Santa Rita de Cássia teve a certeza de que algo horrível tinha acontecido.

No dia seguinte ele foi encontrado morto. Tinha sido assassinado. Seus dois filhos, que já eram jovens, juraram vingar a morte do pai. Santa Rita, então, pediu a Deus que não deixasse eles cometerem esse pecado mortal. Logo os dois ficaram muito doentes, de forma incurável. Antes que eles morressem, porém, Santa Rita ajudou os dois a se converterem, ao amor de Deus e ao perdão. A graça foi tão grande que os dois conseguiram perdoar o assassino do pai, e morreram.

Parece estranho, mas a morte dos dois filhos de Santa Rita quebrou uma corrente de ódio e vingança que poderia durar anos, causando muito mais sofrimentos e mortes. Depois disso, Santa Rita de Cássia teve a certeza em seu coração de que os três estavam juntos no céu. Assim, tudo tinha valido a pena.

Deus coloca Santa Rita de Cássia  no convento

Santa Rita, estando sozinha na vida, quis entrar para o convento das irmãs Agostinianas, obedecendo ao chamado que sentia desde menina. As irmãs, porém, estavam em duvida sobre sua vocação, visto que tinha sido casada, o marido fora assassinado e os dois filhos morreram de peste. Por tudo isso, elas não queriam aceitar Rita no convento.

Então, numa noite, Santa Rita dormia, quando ouviu uma voz chamando: Rita. Rita. Rita.

Ela abriu a porta e estavam ali, São FranciscoSão Nicolau e São João Batista. Eles pediram que ela os seguisse e depois de andarem pelas ruas, os santos desapareceram e Rita sentiu um suave empurrão. Ela caiu em êxtase e, quando voltou a si, estava dentro do mosteiro, estando este com as portas trancadas. Então as freiras não lhe puderam negar a entrada. Rita viveu ali por quarenta anos.

Milagres de Santa Rita de Cássia

Em dúvida se vocação de Rita era verdadeira, a superiora mandou-a regar um pedaço de madeira seca que estava no jardim do convento. Ela deveria fazer aquilo por um ano. Rita obedeceu com paciência e amor. Depois de um ano, para a surpresa de todos, mais um milagre aconteceu: o galho se transformou numa videira que dá uvas até hoje.

Sofrimento de Cristo no corpo de Santa Rita de Cássia

Orando aos pés da cruz Santa Rita de Cássia pediu a Jesus que pudesse sentir um pouco das dores que ele sentiu na sua crucificação. Então, um dos espinhos da coroa de Jesus cravou-se em sua cabeça e Santa Rita sentiu um pouco daquela dor terrível que Jesus passou.

O espinho fez em Santa Rita uma grande ferida, de tal forma que ela tinha que ficar isolada de suas irmãs. Assim, ela fazia mais orações e jejuns para Deus. Santa Rita de Cássia ficou com a ferida por 15 anos. A chaga só foi curada quando Irmã Rita foi a Roma, no ano santo. Quando voltou ao mosteiro, porém, a ferida se abriu novamente.

Morte de Santa Rita de Cássia

No dia 22 de maio de 1457, o sino do convento começou a tocar sozinho. Santa Rita estava com 76 anos. Sua ferida cicatrizou-se e seu corpo começou a exalar um perfume de rosas. Uma freira chamada Catarina Mancini, que tinha um braço paralítico, ao abraçar Santa Rita de Cássia em seu leito de morte, ficou curada.

No lugar da ferida apareceu uma mancha vermelha que exalava um perfume celestial que encantou a todos. Logo apareceu uma multidão para vê-la. Então, tiveram que levar seu corpo para a igreja e lá está até hoje, exalando suave perfume, que a todos impressiona.

Devoção a Santa Rita de Cássia

Santa Rita de Cássia foi beatifica no ano 1627, em Roma, pelo Papa Urbano Vlll. Sua canonização foi no ano de 1900, no dia 24 de maio, pelo Papa Leão Xlll e sua festa foi é comemorada no dia 22 de maio de todo ano.

No nordeste do Brasil, na cidade de Santa Cruz, Rio Grande do Norte, ela é sua padroeira, inclusive lá está a maior estátua católica do mundo, com 56 metros de altura. Santa Rita é considerada a Madrinha dos sertões. Em Minas Gerais existe a Cidade de Cássia que Santa Rita também é a padroeira, e seu aniversário é no dia 22 de maio também.

Oração a Santa Rita de Cássia

Ó Poderosa e Gloriosa Santa Rita de Cássia, eis, a vossos pés, uma alma desamparada que, necessitando de auxilio, a vós recorre com a doce esperança de ser atendida por vós que tem o título de Santa dos casos impossíveis e desesperados. Ó cara Santa, interessai-vos pela minha causa, intercedei junto a Deus para que me conceda a graça, de que tanto necessito, (fazer o pedido). Não permitais que tenha de me afastar de vossos pés sem ser atendido. Se houver em mim algum obstáculo que impeça de alcançar a graça que imploro, auxiliai-me para que o afaste. Envolvei o meu pedido em vossos preciosos méritos e apresentai-o a vosso celeste esposo, Jesus, em união com a vossa prece. Ó Santa Rita, eu ponho em vós toda a minha confiança. Por vosso intermédio, espero tranquilamente a graça que vos peço. Santa Rita, advogada dos impossíveis, rogai por nós.

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

sábado, 21 de maio de 2022

O que o cheiro do bebê provoca na nova mãe

BAZA Production | Shutterstock
Por Sílvia Lucchetti

Um estudo recente mostrou que o cheirinho do bebê não desperta apenas a sensação de prazer na mãe.

Em 2015, uma equipe de pesquisadores israelenses do Weizmann Instituto de Ciências publicou os resultados de um estudo sobre sinais sócio-químicos no comportamento humano, no qual identificaram uma molécula que caracteriza o cheiro de recém-nascidos: a hexadecanal (HEX). O assunto foi explicado com mais detalhes no jornal italiano Focus, em março de 2022.

O cheiro característico dos bebês nas primeiras 6 semanas de vida

De acordo com a publicação, os recém-nascidos emitem um cheiro característico que permanece durante as primeiras seis semanas de vida devido à presença de várias moléculas – algumas das quais vêm do líquido amniótico e do vérnix caseoso, a substância esbranquiçada que cobre o feto e protege sua pele durante a gestação.

Mesmo que o bebê seja lavado assim que chega ao mundo, estas substâncias permanecem na pele e no cabelo dele.

O estudo

Os pesquisadores registraram impressões e dados de ressonância magnética funcional em voluntários de ambos os sexos que cheiraram um óleo contendo a molécula HEX, em comparação com um grupo que havia cheirado o mesmo óleo, mas sem adições.

Todos os participantes foram, então, convidados a assustar outras pessoas, fazendo ruídos altos para testar seu nível de agressão. Os homens que haviam inalado o HEX mostraram menos “barulho” do que aqueles que haviam inalado apenas o óleo, enquanto o oposto ocorreu exatamente entre as mulheres.

Como explicar o resultado?

Os cientistas têm centrado suas hipóteses no que acontece no reino animal, onde a agressividade dos machos é, muitas vezes, dirigida aos recém-nascidos, enquanto as mães fazem de tudo para protegê-los do perigo.

Agressividade nas mulheres

Portanto, a resposta diferente ao HEX nos dois sexos poderia responder à necessidade de aumentar as chances de sobrevivência dos filhos: graças ao seu odor, os pais se tornariam menos agressivos e as mães mais combativas para proteger a vida de sua prole.

O estudo também mostrou que o cérebro percebe esta molécula mesmo na ausência dos bulbos olfativos. Isso sublinharia a importância desta molécula para o propósito de sobrevivência.

Os autores reconhecem que mais estudos são necessários para confirmar essas descobertas, especialmente a hipótese de conexão com a criança. Embora as evidências pareçam fortes, “ainda falta verificar experimentalmente” se outros produtos químicos além do HEX podem estar envolvidos.

O efeito do cheiro de recém-nascidos sobre as mães

Outros estudos se concentraram mais especificamente no efeito que o cheiro do recém-nascido causa nas mães, com a hipótese de que ele é capaz de estimular os circuitos de prazer de forma semelhante às drogas.

Para estudar esta hipótese, os pesquisadores mediram a atividade cerebral de 30 mulheres, das quais 15 eram mães recentes, enquanto elas cheiravam o odor quimicamente extraído das roupas dos recém-nascidos. A atividade cerebral revelou o estímulo de áreas de prazer em todas as participantes. Entretanto, de acordo com a ideia de que esta substância é importante para as mulheres com bebês, a ativação foi maior naquelas que haviam dado à luz recentemente.

A importância dos odores

Geralmente, os odores corporais são vistos sob uma luz negativa. Fazemos tudo o que podemos – gastando muito dinheiro todos os dias – para camuflá-los ou eliminá-los.

Entretanto, os estudos acima mostram como os odores, pelo menos na relação entre pais (especialmente mães) e recém-nascidos, podem ser tão importantes quanto os estímulos visuais e auditivos, aos quais muitas vezes é dada maior prioridade.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Este é o ingrediente mais católico que você tem na cozinha

Shutterstock
Por Zoe Romanowsky

Um produto cercado por simbolismos sagrados e benefícios para a saúde.

Talvez você já saiba um pouco sobre como as pessoas comiam nos tempos bíblicos. E talvez você já tenha lido sobre o que o próprio Jesus costumava comer. Um dos alimentos que estava nessas listas e tem resistido ao teste do tempo é o fruto prensado da oliveira, ou seja, o azeite ou óleo de oliva.

O produto é tão apreciado que, em uma recente reunião da Pontifícia Academia de Ciências, realizada nos Jardins do Vaticano, estudiosos e especialistas discutiram a importância do óleo de oliva na história da salvação e na cultura cristã de hoje.

“É difícil encontrar um símbolo mais atual de esperança e justiça”, disse Dom Marcelo Sánchez Sorondo, filósofo, teólogo e presidente emérito da Academia.

De fato, a oliveira sempre foi um símbolo poderoso. Até hoje, os óleos sagrados utilizados pela Igreja em sacramentos como o batismo, a confirmação, as ordens sagradas e a unção dos enfermos são, normalmente, feitos com óleo de oliva.

Na conferência, o Cardeal Giovanni Battista Re disse que o óleo de oliva é um “símbolo do Espírito Santo”.

Benefícios

Além do seu simbolismo sagrado, o produto da oliva também proporciona benefícios à saúde.

Associado à dieta mediterrânea, o azeite de oliva – particularmente o extra virgem, que é o menos processado – é rico em ácido oleico e antioxidantes e considerado um alimento nutritivo e útil. É indicado para alimentos crus, como saladas, mas também pode ser usado em produtos cozidos ou para frituras em baixa temperatura.

Na conferência do Vaticano, os especialistas apontaram a relevância do azeite de oliva na dieta mediterrânea, que é considerada uma das melhores formas de comer no mundo em termos de benefícios à saúde. “Os estudiosos nos explicaram que 30% da dieta mediterrânea é representada pelo azeite e seus benefícios na prevenção de doenças”, disse o Bispo Marcelo Sánchez Sorondo na conferência.

Além disso, quando há um foco no cultivo do bom azeite de oliva, ele tem um efeito amplo, pois significa que você tem que considerar como cuidar melhor da terra, além de como processar o azeite adequadamente para manter seus nutrientes. Também nos convida a considerar e apreciar as muitas maneiras culturais e sagradas através das quais o azeite (ou óleo) de oliva é usado para melhorar nossas vidas, seja em momentos sacramentais ou em nossas igrejas domésticas, onde cozinhamos e comemos com aqueles que amamos.

Portanto, da próxima vez que você abrir uma garrafa de azeite de oliva (e certifique-se de estar comprando o verdadeiro produto), dê graças a Deus por uma substância que tem revelado a bondade e Deus através dos tempos.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Ucrânia: Mosteiro católico confiscado e transformado em sede de governo pelos russos

Foto: Facebook, Paweł Tomaszewski
Depois de invadir Mariupol, na Ucrânia, a Rússia confiscou o mosteiro paulino e o transformou na sede do governo local.

Redação (19/05/2022 10:00Gaudium Press) O mosteiro da Ordem de São Paulo em Mariupol, onde viviam os padres paulinos desde 2002, foi confiscado pelos russos e agora se tornou a sede da administração local da chamada República Popular de Donetsk. A administração foi estabelecida no final de março. Mas só agora se tornou público que os russos estabeleceram sua sede no mosteiro católico.

Em 5 de março passado, o sacerdote Paweł Tomaszewski, pároco paulino da paróquia de Nossa Senhora de Czestochowa, em Mariupol, junto com outro irmão da Ordem e alguns paroquianos conseguiram escapar da cidade sitiada pelos russos, e estabeleceram-se no mosteiro da paróquia de São Nicolau em Kamianets-Podilskyi. Pe. Tomaszewski postou a seguinte informação no Facebook há alguns dias:

Recebi uma triste notícia hoje. Em nosso mosteiro, em Mariupol, os ocupantes estabeleceram a administração da DPR (República Popular de Donetsk) para toda a cidade. Peço que rezem pela nossa bela cidade, pelos seus defensores, para que possamos libertar a nossa cidade e o nosso santuário dos invasores”.

Pe. Paweł Tomaszewski declarou à agência de notícias italiana SIR:

“No dia 17 de março, nosso mosteiro foi saqueado. Levaram tudo o que havia, os cálices para o serviço divino e tudo de valor”. […] tiraram a igreja de nós, fizeram de tudo para nos mandar embora. E agora eles a desonraram. É muito, muito difícil de aceitar”.

Segundo relatos da mídia um verdadeiro genocídio do povo ucraniano está ocorrendo na cidade. Prevê-se que até o final de 2022, mais de 10.000 pessoas possam morrer de doenças e condições intoleráveis em Mariupol.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

A música e o talento para reparar os danos causados à criação

Luca | Vatican News

Do Cântico das Criaturas de São Francisco às modernas notas de cantores e músicos para relançar a salvaguarda da Casa comum, a urgente escuta do grito dos pobres e a realização da conversão ecológica mencionada pelo Papa em sua encíclica. O testemunho de um animador do Movimento Laudato si': a música pode despertar as consciências do sono da indiferença.

https://youtu.be/wZBiav0qf9k

Cecilia Seppia – Vatican News

"Os talentos e o envolvimento de todos são necessários para reparar os danos causados ​​pelos humanos na criação de Deus. Todos podemos trabalhar juntos como instrumentos de Deus para o cuidado da criação, cada um com sua própria cultura e experiência, suas próprias iniciativas e habilidades" (LS 14). Os animadores do Movimento Laudato si' tomaram ao pé da letra esta passagem da encíclica do Papa Francisco, colocando ao serviço da salvaguarda do ambiente, além do próprio tempo ou competências, também a sua arte, a música em particular, escala que se aproxima do Pai, instrumento forte que não conhece barreiras de nacionalidade, etnia, cor da pele, mas envolve a todos numa linguagem superior, rumo a um desafio que hoje parece epocal. Muitas vezes, muito mais do que palavras, a música orienta o coração para aquela conversão que, antes mesmo de ser "ecológica", diz respeito ao espírito do ser humano, ao seu pensamento, à sua ação ditada não pelo egoísmo e particularismos, mas pelo amor a Deus e ao próximo. Assim, pe. Mimmo Iervolino, pároco de Pomigliano d'Arco, compõe música há mais de vinte anos, e ultimamente suas canções têm como tema o grito da terra e dos pobres, em primeiro lugar o grito não ouvido e terrivelmente atual, considerada a guerra na Ucrânia, dos migrantes, dos refugiados, de qualquer pessoa obrigada a deixar suas casas, desfiguradas pelas bombas. Assim como Matteo Manicardi que cria espetáculos nos quais une música e imagens para testemunhar em meio aos dramas, a beleza da Criação, ou Luca Terrana, presidente da associação 'Ao lado de Kibera' que apoia projetos humanitários no Quênia, através dos rendimentos de seus concertos e musicais. Luca compôs o Hino do Movimento Laudato si' que foi cantado ao vivo no encontro de Roma para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado durante o Tempo da Criação 2021 e hoje ele está completando um álbum conceitual sobre o Cântico das Criaturas, com canções em várias línguas.

A música chega a uma das maiores favelas da África, graças a "Ao lado de Kibera"

O testemunho de Lucas

Quarenta e cinco anos, casado, três filhos, Luca vive em Rivoli, na província de Turim, e desde 2021, após o curso de formação, tornou-se animador Laudato si'. "Canto e toco desde os 17 anos", conta ele. "Comecei a dar os meus primeiros passos, dando vida a esta minha paixão, na paróquia de São João Bosco. Na base de tudo está a fé naquele Deus que é o Senhor do Universo, da Criação e de todas as suas criaturas, como nos ensina São Francisco. Por isso, quando começo a escrever uma música, antes de tudo coloco-me à escuta do Espírito, consciente de que com a música é possível mudar o coração e a mente das pessoas, inspirando-lhes emoções, mas também o desejo de conversão. Ver a imagem de uma geleira derretendo, de uma floresta pegando fogo, das consequências causadas por um desastre natural, é algo forte que leva a gente a sair do cotidiano e se questionar, mesmo que este esteja longe de nós. Mas, ver essas mesmas imagens acompanhadas pela música de um pianista ou de um violonista ou de um coro de vozes pedindo perdão a Deus em uníssono pelo mal feito ao Planeta, tem um impacto totalmente diferente. É como se a música fosse capaz de nos acordar do sono, da indiferença, da ignorância e nos levar para dentro daquele grito que hoje sobe da Terra. A música é uma força motriz poderosa, é denúncia, mas no meu caso é também o que me permite ajudar concretamente, como faço com 'Accanto a Kibera' (Ao lado de Kibera), arrecadando fundos para quem mora nessa favela”. Luca fala de seu talento como uma responsabilidade: "Eu - continua - sou um címbalo vazio, mas tento trabalhar como um lápis nas mãos de Deus. Sinto-me 'tocado' por Deus e às vezes sou dominado pelo estupor: certamente, ofereço minhas competências, meus instrumentos, mas também tenho consciência de que faço parte de um projeto maior. Depois, é claro, também há um feedback direto: pessoas que me envolvem em projetos, outras que depois de ouvir minha música escolheram se comprometer com a causa do meio ambiente ou se tornar animadores Laudato si', colocando a serviço da ecologia integral, outros carismas, competências e profissões”.

Luca com alguns jovens migrantes na Piazza Castello em Turim

Um hino de amor pela Criação

O primeiro a cantar para a Criação foi São Francisco com seu Cântico das Criaturas, o primeiro poema em música, escrito em língua vernácula, do qual o autor é conhecido, impresso no Código 338, ainda guardado em Assis no Sagrado Convento. "A antiga partitura se perdeu - explica Antonio Caschetto coordenador dos programas e círculos italianos do Movimento Laudato si' - portanto é uma canção sem melodia, mas seu eco se espalhou ao longo dos séculos, dando vida a uma infinidade de outros escritos, reinterpretações e arranjos. O do Pobrezinho de Assis é um hino de amor a Deus e à Criação. Neste texto há um detalhe muitas vezes ignorado: é a preposição 'para'. Francisco louva o Senhor para a irmã água, para o irmão sol, para a irmã nossa mãe terra. Mas, não se trata de um elogio referindo-se a esses elementos como dons, mas porque através deles se alcança e se compreende o transcendente. Por outro lado, quem seria louco o suficiente para agradecer a Deus pela morte, pelo lobo que dilacera as pessoas sem remorso? Este aspecto também nos diz que o relacionamento com Deus nunca é feito em palavras. Esse 'para' representa a impossibilidade do ser humano de usar palavras para chegar ao Altíssimo: 'nenhum homem é digno de nomear você', diz o Cântico. De fato, as palavras podem ser ambíguas, falsas, cair em ouvidos surdos, como tantos apelos que fazemos às pessoas para que comecem a abraçar a causa do meio ambiente. Em vez disso, São Francisco busca uma relação com o Senhor através dos elementos, da música e do canto”.

Valorizar o talento para converter os corações

De fato, a música, seja ela composta para o ambiente ou não, tem algo de ancestral. “Os homens das cavernas – explica Caschetto – faziam música com as pedras, colocando-as uma ao lado da outra. Mas, pensemos também na importância da dança e, portanto, da música em alguns povos indígenas; pensemos na canção de ninar que uma mãe canta para seu bebê antes mesmo que ele possa entender o significado das palavras. No entanto, essa melodia o acalma, o tranquiliza porque atinge diretamente o coração e envolve os sentidos. Pensemos novamente nos salmos, mas, também nos influenciadores, nas figuras públicas de hoje que usam músicas para transmitir mensagens. A música move o coração e pode comunicar-lhe antes de qualquer outro instrumento a urgência de uma conversão. No entanto, também é preciso talento para isso e a Igreja está cheia de talentos, só que muitas vezes ficam escondidos, ou por inveja, ciúme, negligência. Não têm a oportunidade de se expressar e colaborar na causa do Evangelho. A nossa principal tarefa é valorizar o talento”.

Luca | Vatican News

Os temas das canções para a Criação

Nos textos escritos pelos músicos e cantores do Movimento Laudato si' há certamente a oração para que esta conversão seja necessária a fim de restabelecer a aliança com a nossa Casa comum e restabelecer o diálogo diário com Deus, mas também muitas questões sociais contidas na encíclica. Torna-se conhecido o tema do grito dos pobres, da injustiça ambiental, mudanças climáticas, fome, poluição e suas dramáticas consequências também em termos médicos, de novas doenças. "Gostaria de lembrar que a Laudato si' - continua Caschetto - não é como muitos pensam um livro 'verde' e não podemos rotulá-la como tal, caso contrário cometemos o mesmo erro que se comete com o Cântico das Criaturas num momento de grande sofrimento do Santo de Assis, que na época, em 1224, estava doente, tinha perdido a visão devido ao glaucoma crônico, pelo qual também teve que se submeter a uma operação com o cautério; ele tinha tido malária, tinha estigmas e portanto sangrava; ele também se distanciou da Ordem com a qual não se identificava mais, não era feliz, se sentia quase derrotado em seu sonho. Na época também havia guerra. Também graças à iconografia, o Cântico nos faz pensar a Francisco imerso na natureza, que pula alegremente com o canto dos pássaros ao fundo, enquanto louva ao Senhor. Não é assim! Ao longo da segunda parte deste poema, faz-se referência aos pobres, aos doentes, aos que sofrem, aos que sofrem tribulações, aos que lutam pela paz. Há o tema forte do serviço, de colocar o avental e sujar as mãos, com humildade. Há o abraço com o leproso. Essas são as mesmas questões sobre as quais o Papa insiste, tanto que sentiu a necessidade de escrever uma segunda encíclica, a Fratelli tutti, que de alguma forma completa a Laudato si', especialmente no capítulo 49. Criar redes, construir pontes, intensificar relações como as que o Movimento faz é fundamental para responder ao apelo do Pontífice. É da comunhão que a intenção se transforma em factibilidade, sem nunca perder de vista a espiritualidade, neste caso a eco-espiritualidade, que o homem não seja um déspota, um ditador, mas em diálogo com todas as outras criaturas. A criação nos fala com a linguagem das cores, das obras maravilhosas, das paisagens, da alternância das estações: já é arte em si, então é fácil abordá-la com a música, enriquecê-la com ela. Enfim, a música purifica o olhar incrustado de nossa vida cotidiana, nos dá novos olhos, mas nunca é um fim em si mesma. Cantando ou tocando não nos distanciamos do drama, mas nos comprometemos ainda mais a denunciar, a abalar as consciências. Consegue fazer o milagre de construir um mundo melhor, saindo de nós mesmos e das lamentações”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Sem nutrir as raízes, toda tradição religiosa perde fertilidade, diz o papa

Papa Francisco. Crédito: Daniel Ibáñez (ACI)

Vaticano, 20 mai. 22 / 10:33 am (ACI).- “Sem nutrir as raízes toda tradição religiosa perde fecundidade”, disse o papa Francisco ontem (19), no Palácio Apostólico Vaticano, o papa Francisco recebeu em audiência a Comunidade do Pontifício Colégio Pio Romeno por ocasião dos 85 anos de sua fundação.

Em seu discurso aos presentes, entre os quais estavam os superiores da Congregação para as Igrejas Orientais, o papa Francisco disse que.

“Na verdade, se verifica um processo perigoso: com o passar do tempo focamos cada vez mais em nós mesmos, na própria pertença, perdendo o dinamismo das origens. Então, concentra-mo-nos em aspectos institucionais, externos, na defesa do próprio grupo, da própria história e dos próprios privilégios, perdendo, talvez sem perceber, o sabor do dom”, disse Francisco.

“Só se as raízes forem bem regadas, a árvore continua a crescer exuberantemente; caso contrário, ela se dobra sobre si mesma e morre. Isso acontece quando alguém se torna complacente e se contamina com o vírus do mundanismo espiritual”, disse Francisco.

O papa também alertou para o perigo de ter “uma vida medíocre e autorreferencial, feita de carreirismo, escalada, busca de satisfação pessoal e prazeres fáceis”.

Para ele, "o segredo da fertilidade é o dom da vida, o Evangelho que deve ser posto em prática com o coração de um pastor".

Em seguida, o papa falou sobre o cardeal Lucian Mureşan, chffe da igrej romena unida a roma, que fará 91 anos na segunda-feira (23), e destacou "os anos de serviço no sacerdócio, que começou há quase sessenta anos em um porão humilde, depois que os bispos sobreviventes foram libertados da prisão." Mureşan foi ordenado em 1964 e, nos ´rimeiros anos, exerceu o sacerdócio clandestinamente no regime comunista da Romênia.

A partir do exemplo de Mureşan, o papa encorajou os presentes a serem “pastores pobres de coisas, mas ricos de Evangelho. Sejam assim, alegres apóstolos da fé que herdais, prontos a nada guardar para vós e a reconciliar-vos com todos, a perdoar e a tecer a unidade, superando toda animosidade e vitimização. Então sua semente também será evangélica e dará frutos”.

“Depois das raízes, gostaria também de contar algo sobre o terreno. Ao estudar, não se esqueça do bom terreno da fé. É aquele cultivado por seus avós, seus pais, o do povo santo de Deus”, disse o papa Francisco.

“Ao se preparar para transmitir a fé, pense neles e lembre-se de que o Evangelho não é anunciado com palavras complicadas, mas na linguagem do povo, como Jesus, a Sabedoria encarnada, nos ensinou. O terreno bom também é o que faz vocês tocarem a carne de Cristo, presente nos pobres, nos doentes, no sofrimento, nos pequenos e nos simples, naqueles que sofrem e em quem Jesus está presente”, disse em seguida.

O papa Francisco também falou sobre os refugiados "da vizinha Ucrânia que a Romênia também está acolhendo e ajudando".

Por fim, o papa falou aos alunos de língua árabe do antigo Colégio Santo Efrén, aos quais disse que "o fato de compartilharem a vida não deve ser sentido como uma diminuição das características distintivas de cada um, mas como uma promessa de futuro frutífera”.

“Os colégios nacionais, orientais e latinos, não devem ser "enclaves" dentro dos quais voltar após o dia de estudo para viver como se estivesse em pátria, mas laboratórios de comunhão fraterna, onde experimentar a autenticidade da catolicidade, a universalidade da Igreja. Essa universalidade é o bom ar a ser respirado para não ser sugado por particularismos que dificultam a evangelização”, concluiu.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Publicados lema e logotipo da viagem do Papa à República Democrática do Congo

O logotipo da viagem do Papa Francisco à República Democrática do Congo

"Todos reconciliados em Jesus Cristo" é o lema que acompanhará a próxima viagem apostólica de Francisco de 2 a 5 de julho ao país africano. No logotipo, os símbolos da terra congolesa e a imagem do Pontífice que abençoa.

Vatican News

"Todos reconciliados em Jesus Cristo" é o lema da próxima viagem apostólica que o Papa Francisco fará de 2 a 5 de julho à República Democrática do Congo (RDC), passando pelas cidades de Kinshasa e Goma. É o que afirma a Sala de Imprensa da Santa Sé que divulgou, nesta segunda-feira (14/03), o logotipo da 37ª viagem apostólica do Pontífice.

Como explica o comitê organizador local da viagem, o logotipo representa um mapa da República Democrática do Congo, cujos contornos são reproduzidos nas cores da bandeira do país. Dentro do mapa, são apresentados alguns elementos da biodiversidade da terra. O mapa está aberto ao oeste para mostrar o acolhimento dado a este grande evento e os frutos que trará. As cores da bandeira são muito expressivas. A cor amarela, em todos os aspectos, simboliza a riqueza da República Democrática do Congo: fauna e flora, terrestre e subterrânea. A cor vermelha representa o sangue derramado pelos mártires, como ainda acontece no leste do país. A cor azul, na parte superior, expressa o desejo ardente de todo congolês: a paz.

À esquerda está uma cruz azul que traduz a devoção do povo congolês à Virgem, Nossa do Congo que carrega e sustenta as orações de toda a nação ao Cristo Redentor. As três pessoas representadas simbolizam a fraternidade: homens e mulheres, adultos e crianças, unidos num só homem. A imagem debaixo da cruz, lê-se na explicação, quer expressar o desejo de poder chegar a esta fraternidade que só pode ser um dom de Deus. As cores vivas utilizadas querem expressar o sentimento e o dinamismo que caracteriza o povo congolês, pronto a acolher com alegria e unidade o Vigário de Cristo e Sucessor de Pedro.

Também está presente no logotipo uma palmeira que refere ao conceito de martírio, arraigado na história da RDC. A palmeira, expressando vitória, renascimento e imortalidade, recorda a mensagem de esperança oferecida pela visita do Santo Padre. Por fim, ao centro, entre a cruz e o mapa da RDC, a figura do Papa Francisco que abençoa, símbolo de bênção e grande alegria para a nação.

A comissão organizadora também aponta alguns elementos da biodiversidade presentes no território congolês. Como as montanhas, presentes em todas as regiões, especialmente na parte leste onde se localiza o vulcão, que, por mais de uma vez, em erupção, marcou o território e a população de Goma. Depois, a água corrente que representa a riqueza hidrográfica do país: o rio Congo e seus cursos de água, bem como os vários lagos. Depois, a árvore que se refere à flora da RDC e ao que constitui a particularidade desta terra, da África e do planeta, e depois o ocapi, metade zebra e metade girafa, um animal símbolo da RDC, único país onde é encontrado e vive em estado selvagem. Representa a riqueza da fauna congolesa.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Manuel G. Gonzáles e Adílio Daronch, Bem-aventurados

Manuel Gonzáles e Adílio Daronch | arquisp
21 de maio

Manuel G. Gonzáles e Adílio Daronch, Bem-aventurados

Padre Manuel Gomes Gonzalez nasceu em 29 de maio de 1877, em São José de Riberteme, Província de Fontevedra - Espanha. Foi ordenado sacerdote em 24 de maio de 1902 em Tui.

Em 1913, com grande espírito missionário e abertura de coração veio ao Brasil. Foi nomeado pároco da Igreja Nossa Senhora da Luz, em Nonoai, no Rio Grande do Sul. A 23 de janeiro de 1914, recebia a paróquia de Nossa Senhora da Soledade. Em 7 de dezembro de 1915, o bispo de Santa Maria - RS, Dom Miguel de Lima Valverde, nomeou Padre Manuel primeiro pároco da igreja Nossa Senhora da Luz, em Nonoai. Iniciando assim seu trabalho pastoral: organizou o Apostolado da Oração, a Catequese paroquial, o combate ao analfabetismo. Lutando com muitas dificuldades econômicas, reformou a igreja matriz.

Na páscoa de 1924, Padre Manuel recebeu carta do Bispo de Santa Maria, pedindo que fosse ao Regimento do Alto Uruguai, fazer a páscoa dos Militares e depois fosse até a colônia Três Passos, para atender aos colonos de origem alemã, que estavam esperando missa, batizados e a bênção do cemitério. Padre Manuel convidou o seu coroinha Adílio Daronch que o acompanhasse num longo itinerário pastoral, a serviço da Paróquia de Palmeira das Missões.

Adílio Daronch nasceu em Dona Francisca (RS), em 1908, filho de Pedro Daroch e Judite Segabinazzi, migrantes italianos vindo da Itália em 1883, com a família. Adílio era o terceiro filho do casal. Em 1912 a família foi morar em Passo Fundo, onde o pai aprendeu o ofício de fotógrafo. Alguns meses depois a família retorna para Nonoai onde exerce o ofício de fotógrafo e tinha uma pequena farmácia de homeopatia. A família de Pedro era muito religiosa. Eram grandes colaboradores do Padre Manuel. Adílio era coroinha e auxiliar nos serviços do altar e da paróquia.

Nesta época o Rio Grande do Sul vivia momentos conturbados. O estado acabava de passar pela revolução entre chimangos e maragatos (Revolução de 1923), em que houve muita violência e derramamento de sangue.

Padre Manuel e o coroinha Adílio Daronch dirigiram-se a cavalo, para o Alto Uruguai até a Colônia Militar, no Alto Uruguai, onde a 20 de maio, Adílio ainda ajudou na Páscoa de militares.

A caminho de Três Passos, ao chegar em "Feijão Miúdo" o coroinha Adílio e o padre Manuel foram surpreendidos por anticlericais e inimigos da religião. Foram levados para o mato, amarrados em árvores e fuzilados. Era o dia 21 de maio de 1924.

Os próprios colonos que encontraram os corpos amarrados em uma árvore os enterraram. Em cima da cruz da sepultura, escreveram: «mártires da fé, verdadeiros santos da Igreja, assassinados a 21 de maio de 1924».

Quarenta anos depois, em 1964, os restos mortais foram desenterrados e os ossos foram levados para Nonoai, numa caravana, pela Diocese. Em 1997, a Diocese encaminhou o processo de beatificação. Foram escritos vários livros sobre estes mártires.

Em 2002: Na Visita Ad Limina, ao receber um abaixo-assinado dos bispos do Rio Grande do Sul, o Cardeal português, José Saraiva Martins, responsável pelas beatificações, nos disse:
"Vocês precisam divulgar mais esta causa dos mártires. A Igreja não pode beatificar uns mártires que apenas são conhecidos no Alto Uruguai. Alto Uruguai, parece ser de outro país, é preciso que esta causa venha a interessar a todo o Rio Grande e todo o Brasil, além disso, Espanha (onde padre Manuel nasceu e foi ordenado padre) e Portugal (onde trabalhou por mais de 10 anos na Arquidiocese de Braga) precisam conhecer esta causa".

Começou-se então um grande trabalho de divulgação. Falou-se diversas vezes a todos os Bispos do Brasil, em Itaici. Foram escritas cartas e e-mails aos bispos de Vigo (na Espanha) e Braga (em Portugal).

Dia 21 de outubro de 2007, foram beatificados, em Frederico Westphalen, os chamados mártires de Nonoai: o padre Manuel e o coroinha Adílio. A cerimônia foi presidida pelo cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos que veio diretamente de Roma. Cerca de 40 mil fiéis estavam presentes à cerimônia.

Em sua homilia, o cardeal Martins destacou: "santo é aquele que está de tal modo fascinado pela beleza de Deus e pela sua perfeita verdade que é por elas progressivamente transformado".

Foi o que fizeram os dois novos bem-aventurados disse o cardeal. "Pela beleza e verdade de Cristo e do seu Evangelho, os dois novos bem-aventurados renunciaram a tudo, também a si próprios, também à sua própria vida, que é o maior tesouro que Deus nos deu".

Hoje, a Igreja reconhece a vitória do padre Manuel e do coroinha Adílio, prestando-lhes a homenagem da glória e reconhecendo a sua poderosa intercessão.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF