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sexta-feira, 10 de junho de 2022

Quantos seres humanos já existiram em toda a história do planeta Terra?

Antoine Mekary
Por Francisco Vêneto

Hoje somos cerca de 7 bilhões de habitantes vivos no mundo: mas qual é a soma de todas as pessoas que já passaram por aqui?

Você sabe quantos seres humanos já existiram em toda a história do planeta Terra? Hoje somos cerca de 7 bilhões de habitantes vivos no mundo: mas qual seria a soma de todas as pessoas que já nasceram ao longo de todos os tempos?

Quem foi atrás dessa instigante resposta foi o pesquisador Carl Haub, do Population Reference Bureau (PRB), um instituto norte-americano de estatísticas sobre a população humana do mundo.

108 bilhões de pessoas

Após desenvolver uma ordem de grandeza para chegar a essa complexa estimativa, Haub calculou que já passaram por este mundo mais de 108 bilhões de pessoas desde o ano 50.000 a.C., que é considerado como o marco histórico do surgimento da espécie Homo Sapiens. Essa mesma “data”, ressalte-se, é em si mesma uma estimativa. Aliás, o termo que se costuma usar para cálculos dessa natureza é “guesstimating“, um neologismo criado a partir do inglês “guess” (adivinhar) e “estimate” (estimar). Cabe ressaltar, em paralelo, que, mesmo tratando-se de estimativas, elas se amparam no máximo possível de plausibilidade com base nos dados científicos disponíveis em nosso estágio atual de conhecimento.

Voltando até Adão e Eva

O raciocínio adotado por Haub parte da premissa de que somos atualmente 7 bilhões de habitantes no planeta e cada um tem dois pais, quatro avós, oito bisavós e assim por diante – ou assim “para trás”, no caso. Porém, nem todos os indivíduos têm pais diferentes, já que muitos são irmãos: este fato se repete a cada geração de ascendentes, o que vai diminuindo o número de progenitores a cada geração a que se regride.

Por isso não seria correto simplesmente ir regredindo nas gerações e somando todos os ascendentes de cada um dos 7 bilhões de seres humanos atuais, já que acabaríamos chegando ao ano 50.000 a.C. encontrando não o suposto “casal original”, mas sim uma multidão de “Homines Sapientes” que teriam surgido magicamente da noite para o dia. O correto é visualizar uma pirâmide ideal que tenha início no ano 50.000 a.C., a partir do “casal original” da nossa espécie, e cujos descendentes se multipliquem até chegar aos atuais 7 bilhões.

Haub se baseou, portanto, num casal “Adão e Eva” de 50.000 a.C. como “ponto de partida”, e, empregando dados históricos e arqueológicos, bem como estudos da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o aumento populacional ao longo da história, calculou o número de nascimentos desde então.

Dados semi-científicos

O próprio Population Reference Bureau (PRB) divulgou um primeiro estudo sobre o assunto em 1995 e atualizou os dados em 2002 e 2011. Como não há registros demográficos disponíveis para 99% do período de existência da nossa espécie sobre a face da Terra, os dados não podem ser considerados estritamente científicos, mas sim semi-científicos: eles compõem a especulação considerada mais plausível possível, no momento, sobre a trajetória da população humana.

Haub estima que a população atualmente viva no planeta corresponde a 6,5% de todas as pessoas que já passaram por este mundo – uma porcentagem chamativamente alta, considerando-se um período de mais de 50 mil anos.

Amplas oscilações

Para se estimar quantos seres humanos já existiram, destacam-se dois fatores decisivos entre as muitas variáveis envolvidas na conta: o tempo médio de vida de cada ser humano na Terra e o tamanho médio da população em cada período histórico – e ambos os fatores podem variar amplissimamente.

Por exemplo, há cerca de 10 mil anos, quando começava o desenvolvimento da agricultura, a população mundial girava em torno de 5 milhões – ou seja, o equivalente a menos da metade da atual população do município de São Paulo. O crescimento populacional naquela época era lento e a expectativa de vida muito curta – tão curta a ponto de ser chocante: a expectativa média de vida durante a Idade do Ferro no atual território da França, por exemplo, era de apenas 12 anos, dada a brutal mortalidade infantil.

Em condições tão desafiadoras, a taxa de natalidade teria que ser de cerca de 80 por 1.000 pessoas só para que a espécie humana conseguisse sobreviver. É um índice tão alto que quase dobra os mais altos índices da atualidade, de 45 a 50 por 1.000 habitantes, observados somente em alguns países da África e do Oriente Médio cujas populações são muito jovens.

Além de crescer lentamente diante de cenários tão inóspitos, a população mundial ainda sofreu reduções bruscas em determinados períodos, como durante a Peste Negra, considerada a mais mortal pandemia da história. E este não foi o único caso de redução: as flutuações no tamanho da população de tempos em tempos dificultam mais ainda o cálculo do número total de pessoas que já viveram neste planeta.

Aceleração do crescimento

A partir de 1800, a flutuação se deu na direção oposta, agora acelerando-se vertiginosamente. Naquele século, a população mundial ultrapassou a marca de 1 bilhão de pessoas vivas ao mesmo tempo no mundo. Nesses duzentos anos, o número de seres humanos vivos simultaneamente sobre a face da Terra aumentou de 1 para mais de 7 bilhões – o que desconsidera, naturalmente, o número de mortes.

No “fim” das contas, que na verdade são contas que não têm fim, a estimativa a que se pôde chegar é a de que, desde o surgimento da nossa espécie, a resposta mais plausível para quem se pergunta quantos seres humanos já existiram neste mundo é 108 bilhões.

É muito ou é pouco?

É muito? Certamente é bastante gente, mas, ao mesmo tempo, pode ser surpreendemente pouco, a depender do ponto de vista. Não apenas porque estamos falando de um período de 52 mil anos (desde 50 mil a.C. até pouco mais de 2.000 d.C.), mas também porque, comparativamente, só a China atual tem 1,4 bilhão de habitantes vivos. É como se o absoluto total de vidas humanas que já nasceram neste planeta se “resumisse” a apenas 77 Chinas distribuídas ao longo de 52 milênios.

Para deixar os números ainda mais “acanhados” em perspectiva, é relevante recordar que esses 52 mil anos são apenas o período transcorrido desde o surgimento da nossa espécie. O planeta existe desde muito, muitíssimo antes disso: a “idade” da Terra é estimada em 4,5 bilhões de anos. E, ainda antes, muitíssimo antes da formação da Terra, já existiam incontáveis outros planetas e galáxias: a “idade” do universo é estimada em 13,8 bilhões de anos.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Basílica de São Pedro oferece programação especial dedicada ao Apóstolo Pedro

Foto: Cathopic/Yael Portabales
Este itinerário espiritual é aberto a todos os interessados, sendo um convite para contemplar as inúmeras referências a São Pedro presentes na Basílica vaticana.

Cidade do Vaticano (09/06/2022 15:13, Gaudium Press) Após promover itinerários marianos durante o mês de maio, o Vaticano preparou uma nova iniciativa na Basílica de São Pedro totalmente dedicada ao príncipe dos apóstolos.

Itinerário espiritual

Iniciada no dia 8 de junho, esta experiência que começa a partir do átrio da Basílica e termina na Confissão, será promovida nas tardes das quartas-feiras até o dia 29 de junho, Solenidade de Pedro e Paulo.

Este itinerário espiritual é aberto a todos os interessados, sendo um convite para contemplar as inúmeras referências a São Pedro presentes na Basílica vaticana. Através de sua beleza artística é possível sentir o encantamento e o esplendor dos significados e da doutrina cristã que as imagens oferecem.

Entrada gratuita

Peregrinos provenientes do mundo inteiro se encontram na Basílica Papal de São Pedro, que se levanta ao redor do túmulo do Apóstolo Pedro, enquanto o abraço da Colunata de Bernini, em sua magnificência arquitetônica, acolhe todos. Ali os peregrinos têm a oportunidade de participar diariamente das celebrações litúrgicas.

A entrada é gratuita, porém, é sempre bom recordar que apenas visitantes vestidos de maneira decorosa são permitidos ingressar na Basílica Vaticana. Na entrada do templo os visitantes são convidados a deixar materiais que, devido ao tamanho e características, não são considerados adequados para o local. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Papa Francisco recrimina "moda" litúrgica antiquada

O Papa com bispos e padres da Sicília / Vatican Media

Vaticano, 09 jun. 22 / 04:13 pm (ACI).- O papa Francisco está preocupado com o uso de sobrepelizes rendadas e barretes por padres da Sícilia, um sinal, para ele, de pouca implementação das decisões do Concílio Vaticano II. “Falo claramente: caríssimos, ainda a sobrepeliz, o barrete..., mas onde estamos? Sessenta anos depois do Concílio! Um pouco de atualização inclusive na arte litúrgica, na 'moda' litúrgica", disse o papa Francisco hoje (9) ao receber bispos e padres da Sicília no Vaticano.

"Eu não gostaria de terminar sem mencionar algo que me preocupa, que me preocupa muito. Eu me pergunto: como vai a reforma começada pelo Concílio? Como vai entre vocês? A piedade popular é uma grande riqueza e devemos preservá-la, acompanhá-la para que não se perca. Também devemos educá-la. A este respeito, leiam o número 48 da Evangelii nuntiandi, que tem plena vigência o que são Paulo VI nos disse sobre a piedade popular: libertá-la de todo gesto supersticioso e pegar a substância que tem dentro”, disse o papa.

"Sim, tudo bem às vezes trazer um pouco da renda da avó. É para homenagear a avó, não é? Vocês entenderam tudo, não é mesmo? É bom homenagear a avó, mas é melhor celebrar a mãe, a santa mãe Igreja, e como a mãe Igreja quer ser celebrada. E que a insularidade não impeça a verdadeira reforma litúrgica que o Concílio propôs. E não permaneçam imóveis".

O papa também sugeriu que os padres prestassem atenção ao pregar homilias porque "as pessoas querem substância. Um pensamento, um sentimento e uma imagem, e elas carregam isso durante toda a semana".

"Não sei como os padres sicilianos pregam, se pregam como sugerido na Evangelii gaudium ou se pregam de tal forma que as pessoas saem para fumar um cigarro e depois voltam.... Esses sermões no qual falam de tudo e de nada. Tenham em mente que após oito minutos a atenção diminui, e as pessoas querem substância. Um pensamento, um sentimento e uma imagem, e elas carregam isso durante toda a semana", concluiu o papa.

Fonte: https://www.acidigital.com/

A pedido dos médicos, o Papa adia a viagem à África

O Papa Francisaco | Vatican Media

O diretor da Sala de Imprensa Matteo Bruni: "O Santo Padre se vê obrigado a adiar a viagem apostólica" ao Congo e ao Sudão do Sul, prevista para o início de julho.

Vatican News

O Papa Francisco se vê obrigado a adiar sua próxima viagem à África, que o teria levado à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul na primeira semana de julho, para uma data ainda a ser definida. Foi o que anunciou na manhã desta sexta-feira, 10 de junho, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.

"Aceitando o pedido dos médicos - declarou - e para não comprometer os resultados das terapias no joelho ainda em andamento, o Santo Padre, com pesar, é obrigado a adiar a Viagem Apostólica à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul, prevista para realizar-se de 2 a 7 de julho, para uma nova data a ser definida."

A peregrinação à África previa duas etapas no Congo, na capital Kinshasa e na cidade de Goma, e uma no Sudão do Sul, na capital Juba.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quinta-feira, 9 de junho de 2022

Das Cartas de São José de Anchieta ao Prepósito-Geral Diego Láyñez

liturgiadashoras.online

Das Cartas de São José de Anchieta ao Prepósito-Geral Diego Láyñez

(Carta de 1º de junho de 1560; cf. Serafim da Silva Leite SJ, Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil, vol. 3 (1558- 1563),São Paulo 1954, p.253-255)

(Séc.XVI)

Nada é árduo aos que têm por fim somente a honra de Deus e a salvação das almas

De outros muitos poderia contar, máxime escravos, dos quais uns morrem batizados de pouco, outros já há dias que o foram; acabando sua confissão vão para o Senhor. Pelo que, quase sem cessar, andamos visitando várias povoações, assim de Índios como de Portugueses, sem fazer caso das calmas, chuvas ou grandes enchentes de rios,e muitas vezes de noite por bosques mui escuros a socorrermos aos enfermos, não sem grande trabalho, assim pela aspereza dos caminhos, como pela incomodidade do tempo, máxime sendo tantas estas povoações e tão longe umas das outras, que não somos bastantes a acudir tão várias necessidades, como ocorrem, nem mesmo que fôramos muito mais, não poderíamos bastar. Ajunta-se a isto, que nós outros que socorremos as necessidades dos outros, muitas vezes estamos mal dispostos e, fatigados de dores, desfalecemos no caminho, de maneira que apenas o podemos acabar; assim que não menos parecem ter necessidade de ajuda os médicos que os mesmos enfermos. Mas nada é árduo aos que têm por fim somente a honra de Deus e a salvação das almas, pelas quais não duvidarão dar a vida. Muitas vezes nos levantamos do sono, ora para os enfermos, ora para os que morrem.

Hei me detido em contar os que morrem, porque aquele se há de julgar verdadeiro fruto que permanece até o fim; porque dos vivos não ousarei contar nada, por ser tanta a inconstância em muitos, que não se pode nem se deve prometer deles coisa que haja muito de durar. Mas bem-aventurados aqueles que morrem no Senhor (Ap 14,13), os quais livres das perigosas águas deste mudável mar, abraçada a fé e os mandamentos do Senhor, são transladados à vida, soltos das prisões da morte, e assim os bem-aventurados êxitos destes nos dão tanta consolação, que pode mitigar a dor que recebemos da malícia dos vivos. E contudo trabalhamos com muita diligência em a sua doutrina, os admoestamos em públicas predicações e particulares práticas, que perseverem no que têm aprendido. Confessam-se e comungam muitos cada domingo; vêm também de outros lugares onde estão dispersados a ouvir as Missas e confessar-se.


Fonte: https://liturgiadashoras.online/

A fé cresce na Nigéria apesar de tudo

Foto: David Rotimi em Unplash
Já são mais de 100 mortos no massacre ocorrido no Domingo de Pentecostes.

Redação (08/06/2022 09:10Gaudium PressO ataque a uma igreja, no Domingo de Pentecostes, é o último e terrível episódio de uma cadeia de atentados contra a fé católica registrado recentemente na Nigéria.

A mídia já relata cerca de 100 pessoas mortas, após a incursão de cinco assaltantes armados na igreja de San Francisco Javier, em Owo, no sul do país, onde explodiram uma bomba, chamado de Massacre de Pentecostes. Mas nem todos sabem que há uma verdadeira primavera de fé no país mais populoso da África.

Em uma entrevista com Edward Pentin, do National Catholic Register, Stephen Rasche informa sobre esse florescimento. Rasche é pesquisador sênior do Instituto de Liberdade Religiosa e passou os últimos dois anos nesse país africano trabalhando em um projeto financiado pelos Cavaleiros de Colombo sobre a perseguição aos cristãos no norte do país.

“Nestes últimos dois anos, pude participar de missas em dezenas de igrejas em todo o norte e centro da Nigéria, desde catedrais com capacidade para milhares de pessoas, até pequenas igrejas nas montanhas, que só podem ser acessadas através de longas caminhadas. Em todos os lugares presenciei o mesmo: grande alegria e profunda participação”, declara Rasche.

“É realmente incrível ver uma missa onde toda a congregação se move fluentemente entre suas línguas nativas, depois para o inglês (um dos idiomas oficiais da Nigéria) e depois para os hinos e orações em latim, e depois volta para sua própria música de celebração. Testemunhei uma adoração incrivelmente profunda e bela nessas igrejas dilapidadas e semiconstruídas. E, em todos os lugares que estive, as igrejas estão crescendo, estão realmente abarrotadas.”

Um dado importante: dos 30 milhões de católicos do país, o pesquisador afirma que “quase todos vão à missa todos os domingos”. “E apesar de todo o perigo para os sacerdotes e religiosos, as vocações estão aumentando. Os seminários estão cheios, e fora das zonas de conflito não há lugar onde estejam fechando as igrejas, muito pelo contrário”.

É por isso que uma violência maligna foi desencadeada sobre a Igreja de lá.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

15ª Marcha pela vida em Brasília

Missa com Dom Paulo Cezar | arqbrasilia

15ª Marcha pela vida em Brasília

Nesta terça-feira (07/06), aconteceu em Brasília a 15º Marcha Nacional pela Vida, organizada pelo movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem aborto, com o tema “A vida depende do seu Voto”.

No início da tarde, Dom Paulo Cezar, Arcebispo de Brasília, celebrou a missa de abertura na Catedral de Brasília. Os manifestantes, concentrados em frente ao gramado da Biblioteca Nacional, uniram-se aos que participaram da missa em frente à Catedral.

O Arcebispo nos lembra da necessidade de votar em candidatos que defendam a vida. “Estamos aqui proclamando o evangelho da vida, e a democracia é a parte onde todas e todos têm o direito de participar e de votar conscientemente. A consciência implica sempre no votar de acordo com a consciência, votar de acordo com princípios, votar de acordo com o compromisso com o bem, com a verdade e com a vida.”

arqbrasilia

Segundo Pe. João Batista, coordenador do setor de Vida e Família e Bioética da Arquidiocese de Brasília, o movimento pede a aprovação do Projeto de Lei Nº 478/2007, que prevê a garantia integral da vida do nascituro, ou seja, aquele que ainda não nasceu.

A edição deste ano pede a aprovação do Projeto de Lei nº 478/2007 que trata sobre o Estatuto do Nascituro, em tramitação na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, na Câmara dos Deputados.

arqbrasilia

Após dois anos acontecendo de modo virtual, por conta da Pandemia da Covid-19, a Marcha pela Vida contou com a presença de representantes do movimento Brasil Sem Aborto de várias partes do país, movimentos e entidades civis e religiosas como a Comissão de Bioética, os Promotores da Vida, Pastoral Familiar, Santos Inocentes, Equipe de Métodos Naturais, além de seminaristas e sacerdotes e apoiadores da causa.

Com informações da Rádio Nova Aliança

São José de Anchieta Santo – Presbítero - Apóstolo do Brasil

São José de Anchieta | Vatican News

Padre José de Anchieta é conhecido como “Apóstolo do Brasil” por sua obra entre os indígenas. Chegou ao Brasil, em julho de 1553, onde viveu por 43 anos. Anchieta foi catequista, dramaturgo, poeta, gramático, linguista e historiador.

Vatican News

São José de Anchieta - Santo – Presbítero - Apóstolo do Brasil (*1534 - †1597)

Festa litúrgica: 9 de Junho

José de Anchieta

José de Anchieta nasceu no dia 19 de março de 1534, em Tenerife, Ilha do Arquipélago das Canárias, Espanha. Era um dos doze filhos de João López de Anchieta e de Mência Diaz de Clavijo y Llarena. Foi batizado em 7 abril de 1534, na Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios, atual Catedral de San Cristóbal de La Laguna, de onde seu pai era prefeito.

José viveu com a família até aos quatorze anos de idade, quando se mudou para Coimbra, Portugal, para estudar filosofia no Real Colégio das Artes e Humanidades, anexo à Universidade de Coimbra. Ali, em 1 de maio de 1551, entrou como noviço da Companhia de Jesus. Mas, pouco tempo depois, foi acometido por uma tuberculose óssea, que lhe causou uma escoliose. Como último recurso, os médicos aconselharam-lhe a partir para o Brasil, onde o clima era mais saudável.

Missão no Brasil

Em 1553, ao chegar às terras brasileiras, José de Anchieta começou a trabalhar como catequista dos indígenas.  Além disso, desempenhou outras funções: professor, músico, enfermeiro, sapateiro, taumaturgo, construtor e conselheiro espiritual. Aprendeu a língua tupi, tornando-se verdadeiro mestre: compôs a "Arte de gramática” da língua mais falada na costa do Novo Mundo.

Em janeiro de 1554, José de Anchieta participou da inauguração do Colégio de São Paulo de Piratininga, hoje “Páteo do Collégio”, onde teve origem a cidade de São Paulo.

Em 1566, José de Anchieta foi ordenado sacerdote, em Salvador da Bahia. Após três anos, fundou o povoado de Reritiba, atual cidade Anchieta, no Espírito Santo. Em 1577, foi nomeado Provincial da Companhia de Jesus no Brasil, função que exerceu até 1585. Em 1595, retirou-se para Reritiba, onde permaneceu até à sua morte, que ocorreu em 9 de junho de 1597, aos 63 anos de idade.

Poema à Virgem

Em 1563, com o apoio dos franceses, a tribo dos Tamoios rebelou-se contra a colonização portuguesa. Padre José de Anchieta e Padre Manuel da Nóbrega, chefe da primeira Missão Jesuíta no Brasil, foram à aldeia de Iperoig - atual cidade de Ubatuba, litoral norte de São Paulo – como mediadores da revolta. Anchieta ofereceu-se como refém, enquanto Manuel da Nóbrega pôs a negociar a paz.

Durante o cativeiro, que durou cinco meses, o Jesuíta dedicou a Nossa Senhora seu mais lindo poema: o “Poema à Virgem”, cujos versos foram escritos na areia.

Canonização

A Canonização do “Apóstolo do Brasil” ocorreu 417 anos depois da sua morte, no dia 24 de abril de 2014, pelo Papa Francisco, em Roma. Em um documento dos Postuladores da Causa de Canonização, de 488 páginas, registram-se 5.350 histórias de pessoas, que alcançaram graças, por intercessão de São José de Anchieta.

Oração a São José de Anchieta

“São José de Anchieta, Apóstolo do Brasil, Poeta da Virgem Maria intercede por nós, hoje e sempre. Dá-nos a disponibilidade de servir a Jesus, como tu o serviste nos mais pobres e necessitados. Protege-nos de todos os males do corpo e da alma. E, se for vontade de Deus, alcança-nos a graça, que te pedimos. Amém”. São José de Anchieta, rogai por nós!

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Dez conselhos práticos para a luta diária contra o demônio

A tentação de Cristo de Félix Joseph Barrias / Crédito: Wikimedia Commons

REDAÇÃO CENTRAL, 08 jun. 22 / 05:00 am (ACI).- Há algum tempo os exorcistas da Igreja Católica vêm informando um aumento da atividade demoníaca, e por isso, pedem constantemente aos fiéis para se afastarem do mal e do pecado, aproveitando as ferramentas que Deus oferece para proteger o homem.

O ‘National Catholic Register’ reuniu vários conselhos sobre como prevenir o mal, com base em duas entrevistas com mons. John Esseff, sacerdote da diocese de Scranton (Pensilvânia), exorcista há mais de 40 anos; e o bispo de Springfield, dom Thomas Paprocki.

A seguir, dez conselhos práticos que compartilharam aos fiéis:

1. Odiar o pecado e se manter afastado do mal

Mons. Eseff indicou que “o trabalho habitual do demônio é o pecado” e “provoca a morte das almas”, portanto, sempre deve ser rechaçado.

“É melhor se proteger do mal do que tentar se livrar dele. Depois que ele abre uma porta, nem sempre pode ser fechada por conta própria”, acrescentou.

2. Nunca falar diretamente com o demônio

Deve-se entender que a batalha espiritual não é uma luta entre duas pessoas iguais. Somente em um exorcismo, o sacerdote fala com o demônio, mas requer uma permissão do bispo local para ter toda a autoridade da Igreja.

“Um leigo deve se dirigir somente a Deus, pois pode se envolver em problemas falando com o demônio”, explicou dom Paprocki.

3. Reconhecer como o demônio trabalha

“A possessão é o trabalho extraordinário do diabo e é muito raro (embora a obsessão, a opressão, a infestação sejam mais comuns). Seu trabalho ordinário é a tentação e enfrentamos a tentação todos os dias”, afirma dom Paprocki.

Por sua parte, mons. Esseff, explica que “o poder de satanás aumenta quando as pessoas não acreditam que ele é real. Deus é ‘Eu sou o que sou’, mas o diabo quer ser: ‘Eu sou o que não é’”.

4. Ter uma vida sacramental

Mons. Esseff destacou que depois que a confissão deixa de ser frequente, “a atividade de Satanás aumenta. Para diminuir a obra de satanás, é necessário se confessar com mais frequência. A confissão é mais poderosa do que um exorcismo. A primeira é um sacramento e a outra é uma bênção”.

“A melhor maneira de nos proteger do mal é através dos sacramentos, porque foram instituídos por Jesus Cristo e nos enchem de graça para nos proteger e nos aproximar de Deus”, acrescentou dom Paprocki.

5. Usar sacramentais

Pode-se usar sacramentais como a água benta, os terços, os escapulários e outros artigos religiosos porque “foram dados pela Igreja pela inspiração do Espírito Santo”.

“São formas que nos ajudam a ser santos”, indicou dom Paprocki.

6. Pedir ajuda a Deus na oração

“Vocês devem dizer e fazer coisas de maneira diferente de como lhes indica a sua natureza. É a natureza humana que cai novamente nos hábitos antigos. As pessoas precisam procurar a Deus e rezar pela graça. Então, devem estar prontos para aceitar estas graças e se esforçarem por tomar boas decisões”, explicou mons. Esseff.

Ambos os exorcistas recomendaram orações de proteção como o “Pai Nosso”, o “Credo dos Apóstolos”, o “Credo Niceno-Constantinopolitano”, “A couraça da São Patrício” ou a São Miguel Arcanjo.

Também recordaram pedir a intercessão de Maria Santíssima e dos santos.

7. Abençoar o lar

“Podemos pedir para que um sacerdote abençoe a nossa casa e use orações menores de exorcismo. Um exorcismo menor não precisa de permissão do bispo para ser realizada”, sublinhou dom Paprocki.

8. Consultar um sacerdote, caso necessite de ajuda

Mons. Esseff afirmou que, “quando um sacerdote reza e dá a sua bênção, está agindo na pessoa de Jesus Cristo, que é poderoso. Quando entro em uma sala, o diabo vê Jesus Cristo”.

9. Perseverar na leitura espiritual

Ler a Bíblia todos os dias. Além disso, os exorcistas recomendaram alguns livros católicos como o “Um Manual para a Guerra Espiritual”, de Paul Thigpen, e “Orações de Libertação”, de pe. Chad Ripperger.

10. Visitar Deus no Santíssimo Sacramento

É importante dedicar um tempo para forcar-se somente na adoração a Deus, agradecer e pedir a sua ajuda para crescer com a graça. Recomenda-se participar da hora santa, pelo menos uma vez por semana.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Lembra-te do teu fim e deixa o ódio

O Papa no Cemitério Militar Francês | Vatican News

É uma frase da Bíblia, extraída do Livro de Sirac. O Papa a recordou em um Angelus e hoje parece cada vez mais atual diante das palavras de ódio que estão sendo ouvidas e diante dos riscos de uma expansão da guerra na Ucrânia. Com ódio, também a indiferença põe em perigo a humanidade: há tantas vítimas de guerras esquecidas no mundo.

Sergio Centofanti – Vatican News

Quando as palavras de ódio aumentam, cresce o risco de que se tornem gestos de violência, se já não se tornaram armas que matam e destroem. Em um mundo já ferido por tantos conflitos e tanta indiferença para com aqueles que sofrem, quando as palavras de ódio se multiplicam, os perigos se tornam maiores para todos. Aqueles com importantes poderes decisórios podem mais facilmente apertar os botões errados se estiverem repletos daquela raiva que é alimentada por palavras inflamatórias. Toda a humanidade corre mais riscos se as palavras de ódio forem proferidas pelos poderosos deste mundo.

Uma frase contra o rancor

"Lembra-te do teu fim e deixa o ódio", lemos na Bíblia (Sir 28,6). Isto foi escrito há cerca de 2200 anos por um judeu de Jerusalém, Yehoshua Ben Sirac. O Papa ressaltou essa passagem em um Angelus dois anos atrás, em 13 de setembro de 2020:

Hoje, pela manhã, enquanto celebrava a Missa, parei e fiquei impressionado com uma frase da primeira Leitura, no livro de Sirac. A frase diz assim: "Lembra-te do teu fim e deixa o ódio". Linda frase! Pense no fim! Pensa que você estará em um caixão ... e levará ali o seu ódio? Pense no fim, pare de odiar! Pare o ressentimento. Pensemos nesta frase, tão pungente: "Lembra-te do teu fim e deixa o ódio".

"Lembra-te da corrupção e da morte" - continua Sirac - "e não tenhas ressentimento do próximo ... Perdoa a ofensa a teu próximo e então pela tua oração teus pecados serão perdoados."

Ódio e indiferença

Odiar faz mal a si mesmo antes que aos outros. Mas também a indiferença é um grande mal. Esquecemos muitas situações dolorosas, viramos o rosto para o outro lado, nos acostumamos com o sofrimento dos outros, entre os quais estão aqueles que continuam a viver e a morrer em guerras esquecidas.

Síria esquecida

Há mais de 11 anos há combates na Síria: há cerca de meio milhão de mortos e mais de 11 milhões de refugiados e deslocados. O cardeal Mario Zenari, núncio em Damasco, diz com tristeza: fomos esquecidos, "a esperança foi embora do coração de tantas pessoas e em particular do coração dos jovens, que não veem futuro em seu país e procuram emigrar". Há fome: "Há falta de pão e agora, com a guerra na Ucrânia, até mesmo de farinha". Nestes anos de guerra, talvez dois terços dos cristãos tenham deixado a Síria: "Nestes conflitos, os grupos minoritários são o elo mais fraco da corrente". E agora há um esquecimento: "Isto - observa - é mais uma grave desgraça que se abateu sobre a Síria". A de cair no esquecimento. Este esquecimento machuca muito as pessoas".

Fome e guerra na Etiópia

O cardeal Berhaneyesus Souraphiel, arcebispo de Adis-Abeba, fala da guerra e da fome na Etiópia: "Milhões de etíopes precisam desesperadamente de assistência humanitária". Quem se lembra deles?

O Calvário de Mianmar

Em Mianmar "ainda estamos no Calvário", diz o cardeal Charles Maung Bo, arcebispo de Yangun, com um regime militar que não poupa ataques às igrejas e a milhares de refugiados birmaneses que vagueiam na floresta. Ninguém é poupado pelo colapso da economia: mais da metade da população é reduzida à pobreza. Os jovens se sentem privados de seu futuro. Nesta via-sacra - afirma - "a fé profunda do povo é impressionante... Como cristãos, encontramos esperança no profundo mistério da loucura da cruz".

Iêmen, periferia do mundo

O bispo Paul Hinder, vigário apostólico emérito do Sul da Arábia, fala sobre a guerra esquecida no Iêmen, onde a emergência humanitária está afligindo milhões de pessoas. Mais de 2 milhões de crianças arriscam suas vidas por causa da fome: "Estas guerras esquecidas - diz ele - são de pouco interesse. O Iêmen está para muitos realmente na periferia do mundo".

Poderíamos todos viver em paz

Estas são apenas algumas guerras esquecidas. As guerras muitas vezes começam com palavras de ódio. "Hoje devemos dizê-lo claramente - disse o Papa Francisco -, há muitos semeadores de ódio no mundo, que destroem", porque "a língua é uma arma feroz, mata", enquanto "poderíamos viver como irmãos, todos nós, em paz" (Missa na Santa Marta, 12 de novembro de 2019).

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF