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sábado, 18 de junho de 2022

Arquidiocese do Rio consagra Brasil ao Coração Eucarístico de Jesus nos 200 anos da independência

Procissão de Corpus Christi no Rio de Janeiro.
Foto: Arquidiocese do Rio de Janeiro

RIO DE JANEIRO, 17 jun. 22 / 04:21 pm (ACI).- A arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) fará um Congresso Eucarístico de 3 a 7 de setembro, recordando o centenário do congresso de 1922. O evento acontecerá no marco dos 200 anos da independência do Brasil e, por esta ocasião, será celebrada missa solene no Cristo Redentor, com a consagração do país ao Coração Eucarístico de Jesus.

O anúncio foi feito pelo arcebispo, cardeal Orani Tempesta que, ao final da celebração de Corpus Christi ontem (16) assinou a “Carta Pastoral Comemorativa Centenário do Congresso Eucarístico de 1922”.

“Como bem sabemos, nosso país tem na Eucaristia, celebrada naquele Domingo de Páscoa de 26 de abril de 1500, o seu primeiro ato de culto católico inscrito no registro de seu nascimento. As efusivas comemorações pelo Dia de Corpus Christi em todo o Brasil (que é também um dia de ponto facultativo ou feriado municipal), os Congressos Eucarísticos nacionais e o internacional realizado no Rio de Janeiro (capital federal) em 1955, os hinos eucarísticos e as diversas manifestações devocionais expressam o amor ao Corpo e Sangue do Senhor e acentuam a fé eucarística do povo brasileiro”, afirma o arcebispo.

Na carta, dom Orani conta que em 1922, o então arcebispo coadjutor do Rio e mais tarde arcebispo metropolitano, dom Sebastião Leme da Silveira Cintra convocou os arquidiocesanos para um congresso eucarístico “diante das comemorações do centenário da independência”. “O tema geral proposto foi a ‘restauração do Brasil em Cristo, pelo incremento da vida eucarística, principalmente nas famílias, crianças e mocidade’”, recorda.

O arcebispo destaca ainda que, “neste ano de 2022, no qual comemoramos o bicentenário da proclamação da Independência do Brasil, teremos a oportunidade de celebrar os 100 anos desse Congresso Eucarístico comemorativo do centenário da independência e que também nos prepara para o 18º Congresso Eucarístico Nacional, que será realizado de 11 a 15 de novembro, em Recife” (PE). O congresso também recordará os 140 anos de nascimento e os 80 anos de morte do cardeal Leme.

O tema do congresso será “Eucaristia, alimento da unidade, de esperança e de fraternidade”. E a motivação bíblica será a mesma do congresso de 1922: “E Jesus percorria toda a Galileia… curando todas as enfermidades e doenças entre o povo” (Mt 4,23). Segundo a carta pastoral, “as celebrações deste centenário do Congresso Eucarístico de 1922 na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro contemplarão uma programação em níveis paroquial, vicarial e arquidiocesano”.

Dom Orani, então, estabelece que, desde a celebração de Corpus Christi ontem, todas as comunidades devem rezar a oração pelo Congresso, “em momentos oportunos, conforme determinação dos párocos”, até o dia 7 de setembro. A oração está disponível na carta pastoral.

Quanto aos dias do congresso, a programação começará em 3 de setembro, com missa solene de abertura, às 9h, na catedral metropolitana, seguida de procissão com o Santíssimo Sacramento no entorno da Catedral e Bênção Eucarística na sua conclusão. No dia 4 de setembro, haverá o “Dia Eucarístico” nas paróquias. “É o momento de retomar com mais ardor a participação dominical presencial em nossas igrejas. Neste sentido, será preciso salientar em todas as missas, o Domingo como o Dia da Eucaristia por excelência (cf. At 20,7) e também a realização de uma procissão eucarística pelas principais ruas do território paroquial”, pede o arcebispo.

No dia 5 de setembro, “cada vicariato se reunirá com suas paróquias para catequese eucarística, missa, procissão e Bênção Eucarística presidida pelo Bispo animador, emérito ou residente”. Neste dia, haverá missa pelos 140 anos de nascimento e 80 anos de morte do cardeal Leme, na Igreja Sant’Ana, às 18h.

Em 6 de setembro, haverá o congresso teológico on-line, organizado pelo Departamento de Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

O encerramento será no dia 7 de setembro, a partir das 7h, no Santuário do Cristo Redentor. Haverá missa solene pelos 200 anos da Independência do Brasil e a primeira comunhão de crianças (uma de cada vicariato), exposição do Santíssimo Sacramento, Te Deum, consagração do Brasil ao Coração Eucarístico de Jesus e bênção com o Santíssimo Sacramento. A arquidiocese informou que em breve divulgará o texto da consagração para que todos possam acompanhar a celebração e rezar.

Papa à juventude: transformar a existência é dizer "sim" a Jesus

O Santo Padre recebeu na manhã deste sábado (18/6), no Vaticano,
os líderes juvenis | Vatican News

Em um tempo marcado por uma cultura "líquida" ou até "gasosa", o Papa explicou aos jovens indianos que a vida se torna plena de sentido e fecunda quando dizemos "sim" a Jesus.

Manoel Tavares - Vatican News

O Santo Padre recebeu na manhã deste sábado (18/6), no Vaticano, os líderes juvenis das várias Eparquias siro-malabarenses da Diáspora e da Visita Apostólica na Europa, que vieram em peregrinação a Roma, acompanhados de seus Pastores.

Em todas as peregrinações, disse o Papa, buscamos sobretudo o Senhor Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida, que seguimos e percorremos seu caminho de amor, o único que conduz à vida eterna. E explicou:

“Não se trata de um caminho cômodo, mas fascinante. Jesus nunca nos abandona, nunca nos deixa sozinhos. Se abrirmos alas para Ele em nossa existência, partilhamos com Ele as alegrias e tristezas e experimentaremos a paz que só Deus pode dar”.

Uma vida repleta de sentido

Jesus, disse Francisco, não hesitou em perguntar aos seus discípulos se eles realmente queriam segui-Lo ou se preferiam seguir outro caminho. Naquele momento, Simão Pedro teve a coragem de responder: “Senhor, para quem iremos? Somente vós tendes palavras de vida eterna”.

Por isso, em um tempo marcado por uma cultura "líquida" ou até "gasosa", o Papa explicou aos jovens que a vida se torna plena de sentido e fecunda quando dizemos "sim" a Jesus. Cada um pode se perguntar: “Será que me sinto amado, gratuitamente, não por meus méritos, mas por puro dom? Eis a experiência que dá sentido à nossa vida e coragem para dizermos ‘sim’ ao serviço e à responsabilidade e ‘não’ à superficialidade e ao desperdício”!

Aqui, o Papa recordou aos jovens da diáspora siro-malabarense que o apóstolo Tomé chegou até às costas do oeste da Índia para semear o Evangelho, onde nasceram as primeiras comunidades cristãs. Segundo a tradição, neste ano celebram-se os 1950 anos do martírio de São Tomé, que, ao tocar as chagas de Jesus, disse: "Meu Senhor e meu Deus!". E Francisco acrescentou:

“A Igreja é apostólica porque é fundada no testemunho dos Apóstolos; ela continua a crescer não por proselitismo, mas por testemunho. Todo batizado participa da sua edificação na medida em que for testemunha. Vocês também são chamados a ser testemunhas entre seus coetâneos da diáspora siro-malabarense, mas também entre os que não pertencem à sua comunidade e os que nem conhecem o Senhor Jesus.

Há um terreno comum, disse ainda o Papa, em que todos os jovens se encontram: o desejo de um amor genuíno, belo e grande. Por isso, exortou-os a descobrir os testemunhos de amor dos santos, de todos os tempos, que demonstraram que o Cristianismo não consiste em uma série de proibições, que sufocam o desejo de felicidade, mas um projeto de vida, capaz de encher o coração.

Rumo à JMJ Lisboa 2023

Ao concluir sua saudação aos líderes da juventude siro-malabarense, o Santo Padre recordou o tema da próxima Jornada Mundial da Juventude, que se realizará em Lisboa: "Maria levantou-se e foi depressa". Desta forma, ao aceitar o anúncio do Anjo com o seu "sim" para se tornar Mãe do Salvador, Maria foi imediatamente visitar sua prima Isabel, que estava no sexto mês de gravidez. Ela não se fechou em si, pensando nos grandes problemas que isso podia acarretar, não ficou paralisada por orgulho ou medo. Pelo contrário, ao chegar à casa de Isabel entoou o seu famoso hino, ditado pelo  Espírito Santo: o Magnificat!

Por fim, referindo-se à visita de Maria à sua prima idosa, o Papa disse: “Os jovens têm a força e os idosos a memória e a sabedoria”. Por isso, “visitem seus parentes idosos; façam de suas vidas um hino de louvor, participando da Santa Missa e do sacramento da Reconciliação”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Relatório Portas Abertas 2022: mais de 360 milhões de cristãos perseguidos em todo o mundo

Móveis quebrados são vistos no chão, após um ataque de
homens armados a fiéis durante uma Missa de domingo na
Igreja Católica de São Francisco, em Owo, Ondo, Nigéria,
6 de junho de 2022. REUTERS/Temilade Adelaja

O relatório anual que descreve a realidade dos deslocados e refugiados de fé cristã foi publicado pela organização sem fins lucrativos Open Doors. Em 58 países, eles foram forçados a deixar suas casas quase exclusivamente por causa de sua identidade religiosa. A World Watch List revela que, de 1º de outubro de 2020 a 30 de setembro de 2021, 5.898 cristãos foram mortos, 5.110 igrejas e prédios ligados à Igreja foram atacados ou fechados.

Tiziana Campisi - Cidade do Vaticano

Existem 76 países onde os cristãos enfrentam altos níveis de perseguição. É o que revela o Portas Abertas – Open Doors que, em vista do Dia Mundial do Refugiado da ONU, celebrado 20 de junho, e em concomitância com os últimos dados divulgados pelo ACNUR sobre o número de deslocados no mundo (100 milhões), publica "Igreja Refugiada: Relatório de 2022 sobre deslocados internos e refugiados”.

A organização sem fins lucrativos há mais de 60 anos engajada na pesquisa de campo das causas e soluções para a perseguição, oferece apoio material, auxílio emergencial, informação e assistência aos cristãos perseguidos por sua fé e também mantém uma World Watch List. Disso resulta que nos primeiros 58 países os cristãos declaram que foram deslocados à força de suas casas quase exclusivamente por causa de sua identidade religiosa, enquanto cerca de metade dos deslocados internos vêm de 5 países (46%) onde os cristãos são mais perseguidos, e mais de 2/3 dos refugiados (68%) vêm de 5 países onde existe um alto nível de discriminação e perseguição.

Concentrando-se nos 50 principais países onde os cristãos são mais perseguidos, a World Watch List 2022, de 1º de outubro de 2020 a 30 de setembro de 2021, registra mais de 360 ​​milhões de cristãos enfrentando altos níveis de perseguição e discriminação com base em sua fé e 312 milhões enfrentando um nível muito alto ou extremo de perseguição.

Os números

Portas Abertas relata que no período examinado pelo Relatório, 5.898 cristãos foram mortos, um aumento de 4% em relação ao relatório de 2021, que contava 4.761. São 5.110 igrejas e prédios relacionados que foram atacados ou fechados, 14% a mais em relação ao relatório anterior; os cristãos presos sem julgamento e encarcerados 6.175, (+ 69%). O número mais alarmante é o de cristãos sequestrados: 3.829, 124% a mais que os 1.710 do relatório anterior.

O relatório de 2022 também destaca que o deslocamento de cristãos de suas casas e comunidades também é resultado de uma estratégia deliberada de perseguição religiosa, visando apagar a presença do cristianismo de uma comunidade ou país específico. Em alguns casos é uma estratégia declarada e pública, em outros é secreta e informal.

Outro elemento que o relatório revela, é que a perseguição religiosa não necessariamente termina nas fronteiras: os cristãos forçados a se mudar podem sofrer perseguição religiosa em qualquer estágio de sua viagem. O Portas Abertas salienta ainda que o deslocamento distancia indivíduos e famílias das redes sociais e comunitárias e isso ameaça a resiliência dos cristãos e o seu sentido de identidade. Além de perder as próprias casas, os cristãos deslocados também perdem redes práticas de apoio e proteção social ou financeira e enfrentam novos e contínuos desafios, principalmente violência psicológica e insegurança física, que surgem das pressões de grupos religiosos violentos. Mas também há traumas devido à violência familiar e rejeição naqueles que se convertem ao cristianismo.

Os cristãos deslocados no mundo

Na África subsaariana, os principais países que geram refugiados cristãos e deslocados internos são Camarões, República Democrática do Congo, Eritreia e Nigéria, onde, em particular, atuam grupos extremistas islâmicos que também visam propriedades, gado e terras.

No Oriente Médio e no norte da África, os cristãos que deixam seu país por motivos principalmente relacionados à fé são muitas vezes de origem muçulmana. Para eles, a principal ameaça pode ser os próprios familiares.

As nações com mais pessoas deslocadas são o Irã e a Síria, palcos de conflitos prolongados que, na última década, causaram consequências particularmente graves para comunidades cristãs minoritárias, forçando-as a sair em massa. Um caso em particular é o Iraque, onde apenas 166.000 cristãos autóctones permanecem. Antes de Saddam Hussein chegar ao poder, o país tinha mais de um milhão de cristãos, mas o número diminuiu durante seu governo e desde 2003 foi verificado um aumento na perseguição. Após a invasão que derrubou Hussein, as pressões atingiram seu ápice em 2014, quando o Estado Islâmico do Iraque e da Síria (ISIS) declarou que os cristãos deveriam deixar o país, se converter ao Islã ou pagar um imposto.

Na Ásia, há mais refugiados cristãos e deslocados internos no Afeganistão, Mianmar e Paquistão. As principais fontes de pressão que levam os indivíduos a fugir de suas casas são a família e a comunidade local. Há também uma forte pressão sobre aqueles que se convertem ao cristianismo de outra religião, especialmente no Paquistão, onde as minorias religiosas vivem à sombra de leis contra a apostasia e a blasfêmia. A conversão ao cristianismo é considerada inaceitável e uma ameaça à honra da família e para evitar espancamentos, casamentos forçados e crimes de honra, muitos dos que se convertem fogem ou se refugiam em lugares onde não são reconhecidos.

Na América Latina, os cristãos são afetados principalmente pela insegurança e criminalidade, e enquanto os jovens optam por deixar seus lugares de origem temendo serem recrutados por gangues criminosas ou presos em ciclos de violência, mulheres e meninas correm o risco de serem alvos de violência sexual.

Os países da região de ondem provém o maior número de refugiados são Colômbia e México. Em países autoritários como Cuba, Nicarágua e Venezuela, líderes eclesiásticos e cristãos mais ativos também enfrentam perseguição por parte de funcionários do governo, principalmente se tiveram uma presença pública significativa ou participaram de protestos antigovernamentais.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Nota Oficial da CNBB

Nota da CNBB

CNBB EXPRESSA SOLIDARIEDADE ÀS FAMÍLIAS DE BRUNO PEREIRA E DOM PHILLIPS, COBRA ESCLARECIMENTO E RESPONSABILIZAÇÃO SOBRE AS MORTES E CUIDADO COM A AMAZÔNIA

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) expressa sua solidariedade às famílias do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, aguarda o esclarecimento total do ocorrido e exige a responsabilização dos envolvidos. Não se pode aceitar a agressão ao ser humano, o desrespeito ao meio ambiente e à nossa Casa Comum, nem o encobrimento da verdade e da justiça.

Essas mortes integram a lista de dramas vividos na região amazônica como bem expressou o Papa Francisco na exortação apostólica pós sinodal “Querida Amazônia” dirigida à atuação da Igreja no bioma. No documento, o Santo Padre aponta que “os interesses colonizadores que, legal e ilegalmente, fizeram – e fazem – aumentar o corte de madeira e a indústria minerária e que foram expulsando e encurralando os povos indígenas, ribeirinhos e afrodescendentes, provocam um clamor que brada ao céu”.

Fiéis ao Sucessor de Pedro, reafirmamos os sonhos expressos para a região, conforme manifestados pelo Papa Francisco em sua exortação: “Sonho com uma Amazônia que lute pelos direitos dos mais pobres, dos povos nativos, dos últimos, de modo que a sua voz seja ouvida e sua dignidade promovida; Com uma Amazônia que preserve a riqueza cultural que a caracteriza e na qual brilha de maneira tão variada a beleza humana; Que guarde zelosamente a sedutora beleza natural que a adorna, a vida transbordante que enche os seus rios e as suas florestas; Com comunidades cristãs capazes de se devotar e encarnar de tal modo na Amazônia, que deem à Igreja rostos novos com traços amazônicos”.

Em Cristo,

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

O Papa: Buda e Jesus entenderam a necessidade de superar o egoísmo que gera conflito e violência

Papa Francisco com Delegação Budista | Vatican News

"Num momento em que a família humana e o planeta estão enfrentando múltiplas ameaças, o diálogo amigável e a estreita colaboração são ainda mais necessários. É nossa tarefa hoje guiar nossos respectivos fiéis a um sentido mais vivo da verdade de que somos todos irmãos e irmãs", disse Francisco durante o encontro com a Delegação Budista da Tailândia, no Vaticano.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta sexta-feira (17/06), no Vaticano, a Delegação Budista da Tailândia, composta por trinta e três eminentes monges budistas das escolas Theravada e Mahayana, junto com sessenta budistas leigos e vários representantes da Igreja católica tailandesa.

O objetivo da visita é comemorar o quinquagésimo aniversário do encontro histórico do venerável Somdej Phra Wannarat, "décimo sétimo Patriarca Budista Supremo da Tailândia, com o Papa São Paulo VI em 5 de junho de 1972". "Expresso minha profunda gratidão ao Patriarca Supremo Somdej Phra Sri Ariyavongsagatanana IX e ao Chefe da Sangha Suprema da Tailândia por enviar Somdej Phra MahaTheerajarn e a delegação tailandesa ao Vaticano para renovar nossos laços de amizade e colaboração recíproca", sublinhou Francisco.

 Amizade e diálogo fraterno

O Pontífice aproveitou a ocasião, para "renovar os sentimentos expressos pelo Papa Paulo VI quando se encontrou com a Delegação Tailandesa 50 anos atrás: «Temos uma profunda consideração pelos tesouros espirituais, morais e socioculturais que lhe foram doados através de suas preciosas tradições. Reconhecemos os valores dos quais vocês são guardiões e compartilhamos o desejo de que sejam preservados e promovidos. Desejamos um diálogo cada vez mais amigável e uma estreita colaboração entre as tradições que vocês representam e a Igreja Católica»."

Ao longo desses cinquenta anos, vimos um crescimento gradual e constante do "diálogo amigável e da estreita colaboração" entre nossas duas tradições religiosas. Lembro-me da visita da delegação tailandesa em 16 de maio de 2018, com a tradução de um antigo manuscrito budista na língua pali, conservado na Biblioteca Vaticana. Tenho uma lembrança alegre da minha visita ao seu amado país, de 20 a 23 de novembro de 2019, e da hospitalidade e do acolhimento maravilhosos que recebi. Agradeço também sua amizade e diálogo fraterno com os membros do Dicastério para o Diálogo Interreligioso e com a comunidade católica na Tailândia.

Superar o egoísmo que gera conflito e violência

Segundo Francisco, "num momento em que a família humana e o planeta estão enfrentando múltiplas ameaças, o diálogo amigável e a estreita colaboração são ainda mais necessários".

Infelizmente, de todos os lados ouvimos o grito de uma humanidade ferida e de uma Terra dilacerada. Buda e Jesus entenderam a necessidade de superar o egoísmo que gera conflito e violência. O Dhammapada resume os ensinamentos de Buda da seguinte forma: «Evitar o mal, cultivar o bem e purificar a mente. Este é o ensinamento de Buda». Jesus disse aos seus discípulos: «Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros». É nossa tarefa hoje guiar nossos respectivos fiéis a um sentido mais vivo da verdade de que somos todos irmãos e irmãs. E isso significa que devemos trabalhar juntos para cultivar compaixão e hospitalidade para todos os seres humanos, especialmente os pobres e marginalizados.

"Nesse espírito, encorajo seus esforços para aprofundar e ampliar o diálogo e a colaboração com a Igreja católica", disse ainda Francisco, agradecendo novamente o gesto cortês da Delegação Budista da Tailândia de vir ao Vaticano, comemorar o encontro memorável entre seus veneráveis predecessores. Por fim, o Papa recordou a Conferência que se realiza na tarde desta sexta-feira, na Pontifícia Universidade Urbaniana, intitulada Amizade entre budistas e cristãos para uma cultura do encontro, e fez votos de uma boa estada da Delegação Budista da Tailândia, em Roma.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quinta-feira, 16 de junho de 2022

Por que o padre eleva a hóstia e o cálice durante a Missa?

Pascal Deloche | Godong
Por Philip Kosloski

Entenda por que é um gesto de extrema importância.

Ao celebrar a Missa, tornou-se costume o padre elevar a hóstia eucarística e o cálice após as palavras da consagração. Isto nem sempre foi o caso, e levou até ao século XIII para se tornar parte da Missa.

Durante grande parte da história da Igreja, o padre esteve habituado a postar-se perante o altar na mesma direção que o povo. Isto significava que quando o padre recitava a Oração Eucarística, a hóstia e o cálice ficavam escondidos da vista.

Inicialmente isto não constituía qualquer problema para o povo, mas no século XIII, muitos santos estavam à procura de formas de aprofundar a fé eucarística dos fiéis.

Por exemplo, foi durante o século XIII que Santa Juliana de Liegepushed advogou pela celebração universal da Festa de Corpus Christi.

De acordo com a Nova Enciclopédia Católica, foi Odo de Paris ou o seu sucessor no início do século XIII que “decretou que os seus padres deveriam esconder a hóstia até à sua consagração e depois erguê-la para adoração”.

Este decreto foi provavelmente em resposta a pedidos dos leigos, que queriam ver e adorar Jesus na Eucaristia.

Mesmo depois do Concílio Vaticano II, quando os sacerdotes foram autorizados a celebrar a Missa voltados para o povo, a instrução permaneceu no Missal Romano para que os sacerdotes mostrem a hóstia consagrada ao povo… e façam a genuflexão em sinal de adoração.

O costume de mostrar a hóstia e o cálice ao povo tornou-se uma parte central da Missa, afirmando o mistério profundo que ocorre na consagração, onde o próprio Jesus se torna presente no pão e no vinho que são oferecidos no altar.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Não seja escravo de si mesmo

Cléofas
Por Prof. Felipe Aquino

A grande libertação que podemos experimentar é a da escravidão que nós mesmos nos impomos. Somos escravos de nós mesmos e dos nossos pecados.

O nosso ego está sentado no trono do nosso coração e não quer sair daí por nada, nem para dar o lugar a Deus, que é o único que tem o direito de ocupá-lo. E esse tirano que está sentado neste trono é exigente, vaidoso, soberbo e manhoso; e nos faz sofrer.

Por que temos angústia e depressão? Por que temos medo? Porque temos receio de que o nosso “eu” seja atingido, contrariado, ameaçado, ferido, e de alguma maneira sofra. Então, ficamos protegendo-o o tempo todo, com medo de que seja atingido.

São precisos muitas vezes “fracassos e decepções” para que cada um de nós aprenda que o único caminho para ser feliz de verdade, que é a “morte de si mesmo”, a morte do amor próprio exagerado, a morte do nosso egoísmo e egocentrismo.

Não foi à toa que Jesus disse: “quem quiser ser meu discípulo renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Lc 9,23). Quando eu não me importar demais com minha reputação, meu amor próprio, então, as calúnias, as fofocas e as críticas contra mim não me farão mais mal; e eu serei feliz apesar delas.

Quando eu não amar mais as riquezas, elas não me farão mais falta e eu não ficarei correndo e sofrendo por causa delas.

Quando eu aceitar não mais estar no centro do universo, não vou ficar mais triste se me marginalizarem ou me colocarem em segundo lugar. E serei feliz assim mesmo. Se eu não mais desejar o primeiro lugar, não mais sofrerei quando o perder.

Quando eu aprender a viver somente com o necessário, não mais sofrerei porque não possuo aquilo que é supérfluo. Muitos dos nossos sofrimentos provém do nosso egoísmo, que escraviza a nós mesmos. O egoísmo engendra a morte dentro de nós, a caridade gera a vida. É claro que é necessário proteger a nós mesmos contra os perigos, as doenças, as dificuldades da vida, etc. Nada contra a sermos previdentes. O que não podemos é ficar “paparicando” a nós mesmos como se fossemos um reizinho que não pode sofrer, ou para quem nada pode dar errado nunca. Todo mundo sofre, todos têm problemas, todos perdem entes queridos, então, por que eu não posso passar por isso? Não sou melhor do que os outros.

É o pecado original que expulsou Deus do trono do coração do homem e aí fez sentar o nosso ego. Este passou a comandar a nossa vida ao invés de Deus, e tudo começou a complicar para o homem e para a humanidade.

A ordem de Jesus de “renunciar a si mesmo” pode parecer a princípio um contrassenso, mas é exatamente o que precisamos, é uma grande sabedoria. “Renunciar a si mesmo”, não quer dizer se desvalorizar ou jogar a vida fora, ao contrário, é deixar Deus ser o guia da sua vida, e não você. É desocupar o trono de onde partem as ordens para a sua vida, e deixar Deus sentar na cadeira de comando. Ora, afinal, quem é mais capaz, você ou Deus, para dirigir a sua vida? Se é Ele, por que então resistir? Quando Jesus diz: “…e siga-me”, Ele está mandando que você obedeça as suas leis, a Sua vontade, a doutrina que a Igreja ensina, e não, viver segundo a “sua” moral e a “sua” lei. Não queira você fazer as leis; obedeça as que Deus fez.

Todo o trabalho de Deus sobre nós, que chamamos de conversão, consiste simplesmente em dar o lugar a Deus no trono do nosso coração. E isto é difícil porque o ego apegou-se a este lugar, pelo pecado, com raízes profundas.

As ações de Deus sobre nós são no sentido de reverter o veneno do pecado original, para convencer o ego a deixar o lugar de Deus e passar a servi-lo, e não de ser servido.

A maneira mais fácil é que nós mesmos façamos esta “cirurgia” com a graça de Deus e a ação do Espírito Santo. Precisamos querer e aceitar deixar o trono que é de Deus para que Ele nos conduza com sabedoria e nos dirija com o seu poder onipotente.

“Senhor eu quero agora mesmo deixar este lugar que eu usurpei e que é Seu. Peço perdão Senhor por tanto tempo ter agido assim e não tê-lo deixado guiar a minha vida.

Mas agora, com todo o meu querer, livremente, amorosamente, Senhor, com gosto, eu dou ao Senhor o trono do meu coração, e quero ficar aos Seus pés, como um servo fiel, atento para ouvir as Suas menores ordens, e executá-las com grande amor. Divino Espírito Santo, sela em meu coração esta decisão para que nunca mais eu volte atrás nela. Amém”.

Quando você viaja de avião, e acontece uma turbulência, você não corre para a cabina do piloto para ajudá-lo ou dar-lhe ordens, porque você não entende nada de navegação aérea e de pilotagem. Apenas você fica quieto na cadeira, com o cinto de segurança atado, até que a turbulência passe, deixando o avião nas mãos do Comandante. Na sua vida deve ser assim também.

Deixe o “Piloto” comandar o voo da sua vida. Ele conhece o “avião”, ele sabe de pilotagem e a turbulência está em Suas mãos. Quando Deus permite que a gente passe por alguma turbulência, Ele está “fazendo uma obra em nós”. Esta obra é para a retirada de nós mesmos do centro de nossa vida; por isso não se assuste. Entregue o comando da vida ao Piloto.

A melhor de todas as penitências que podemos fazer nesta vida é aceitar os sofrimentos que Deus permite que cheguem a nós. É claro que isto é difícil. Os sofrimentos de cada dia de sua vida, todos eles, Deus usa para tirar o seu “eu” do centro da sua vida, para que Ele possa reinar em você. Este é um longo, lento e amoroso trabalho que Deus faz em nós.

Ele sabe o que está fazendo em você, mesmo que lhe pareça tudo muito estranho ou errado. Que sentido pode ter eu perder o emprego, ou tomar um grande prejuízo financeiro, ou perder a esposa?

Eu não sei responder a você, e ninguém sabe, mas Deus sabe que atrás disso há um desígnio de conversão para você. Ter fé é exatamente acreditar no que São Paulo disse: “Tudo concorre para o bem dos que amam a Deus” (Rom 8,28). A lógica de tudo isto, é então, dar glória a Deus no meio deste fogo que me queima mas me purifica. E quando você é capaz de louvar a Deus nesta hora, então, está deixando o trono do seu ser para que Deus sente aí e comande a sua vida. “Aceita tudo o que te acontecer” (Eclo 2,4) diz o livro do Eclesiástico.Quando você aceita que Deus comande a sua vida então, você aceita tudo o que lhe acontece hoje ou possa acontecer amanhã. Tudo está nas Suas mãos. Se você está aflito, angustiado, em pânico, é porque você está preocupado com você mesmo e não está aceitando o que Deus está fazendo com você agora. É duro dizer isto, mas é a realidade; ficamos como que brigando com Deus.

Diga: “Senhor, seja feita a Sua vossa vontade assim na terra como no céu!” quantas vezes for preciso, até que você aprenda a aceitar a vontade de Deus pelo que estiver passando. O medo surge exatamente porque você se sente impotente diante do problema que está a sua frente; humanamente você se vê num beco sem saída e fica em pânico.

Só tem uma saída, aceite tudo o que possa te acontecer, e que você não pode mudar, agora ou depois, e deixe os resultados nas mãos de Deus.

Prof. Felipe Aquino

Fonte: https://cleofas.com.br/

Corpus Christi

CNBB | Foto: Ernani Roberto

CORPUS CHRISTI É OPORTUNIDADE PARA CELEBRAR UM DOS SACRAMENTOS QUE FUNDAMENTA A FÉ CATÓLICA, A EUCARISTIA

A Igreja no Brasil celebra no dia 16 de junho, quinta-feira, a Solenidade de Corpus Christi, que sempre ocorre 60 dias após a Quinta-feira Santa, ou seja, após a Instituição da Eucaristia. A quinta-feira é o dia dedicado à Eucaristia e, normalmente, nesses dias, as paróquias promovem adoração ao Santíssimo Sacramento e a bênção do Santíssimo.

Segundo o cardeal Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, deve-se celebrar com alegria a Solenidade de Corpus Christi, pois “ela é a razão da nossa fé, é a Festa do Corpo e Sangue de Cristo, aquilo que Ele nos deixou em memória na última ceia e o que recordamos em toda a Eucaristia”.

“Por isso, celebremos com alegria essa data, testemunhemos a nossa fé, participemos da missa e da procissão de Corpus Christi. Temos que aproveitar esses momentos para mostrar às pessoas a razão da nossa fé, em que cremos.  Por ser um dia santo de guarda, devemos ir à missa de preceito e participar da procissão”, afirma o cardeal.  

Esse ano, depois de dois anos de pandemia, as paróquias poderão celebrar melhor essa Solenidade, confeccionando os já conhecidos tapetes de Corpus Christi.

“É bonita a procissão de Corpus Christi ao final da tarde, o povo de Deus com as velas acesas, cantando, rezando e testemunhando a fé, e à frente o Santíssimo Sacramento. O Ostensório tem a forma de um “sol” que vem para iluminar as nossas vidas, na procissão Ele vai à frente iluminando o nosso caminho e a nossa vida”, explica o cardeal Orani.  

História

A festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV, no dia 8 de setembro de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.  

“Mas a data da Solenidade de Corpus Christi surgiu quando a Igreja se deu conta de que era necessário que os fiéis sentissem a presença real de Jesus Cristo na hóstia santa. Entre as possíveis origens para a solenidade de Corpus Christi está a história de um sacerdote chamado Pedro de Praga, que questionava a presença real de Jesus Cristo na hóstia consagrada. Ele decidiu ir em peregrinação ao túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo em Roma, para pedir o dom da fé. Quando celebrava a eucaristia, no entanto, no momento da consagração a resposta veio como um milagre, a hóstia branca tornou-se carne viva, respingando sangue, manchando o corporal, o sanguíneo e a toalha do altar. Diante desse fato, o Papa Urbano IV pediu que os objetos “milagrosos” fossem para Oviedo, na Espanha, em solene procissão, que foi a primeira com sinais de Eucaristia”.

A procissão –  A procissão de Corpus Christi lembra a caminhada do povo de Deus, rumo à terra prometida, com a arca da aliança à frente, que hoje para os católicos é o Santíssimo Sacramento. O Antigo Testamento diz que o povo peregrino foi alimentado com maná, no deserto. Com a instituição da Eucaristia, o povo é alimentado com o próprio corpo de Cristo. O maná só saciava a fome naquele momento, o Corpo de Cristo sacia até a vida eterna.  

O Corpo de Cristo

O dia de Corpus Christi é uma oportunidade para os cristãos celebrarem um dos sacramentos que fundamentam a fé católica, a Eucaristia. A expressão Corpus Christi vem do latim e quer dizer Corpo de Cristo.  Muito mais do que a ocasião das famosas procissões pelos “tapetes”, a data é um convite à reflexão sobre a obra que Jesus Cristo nos deixou. 

“A solenidade de Corpus Christi leva-nos a entender sobre a partilha, pois da mesma forma que partilhamos a Eucaristia, temos que partilhar com os irmãos o pão material (…). Dessa forma, o feriado de Corpus Christi não é um feriado qualquer em que simplesmente estaremos de folga de nossos trabalhos, mas para o cristão esse feriado é um dia de ir à celebração eucarística, sair as ruas com o Santíssimo Sacramento e testemunhar a fé em Jesus Cristo, vivo e ressuscitado presente na hóstia santa.”, afirma o cardeal Orani.  

A celebração eucarística, segundo dom Orani, é um “banquete” em que somos convidados a entrar e sentar para partilhar o alimento que é oferecido. “Que tenhamos sempre a Eucaristia como nosso alimento”. 

“Celebremos com alegria a Solenidade de Corpus Christi e testemunhemos a razão da nossa fé para todas as pessoas. Peçamos a Jesus que nunca falte esse alimento salutar para nós e que nos sacia até a vida eterna”, exortou dom Orani.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Papa fala sobre os limites da velhice: “Agora eu tenho que andar de bengala”

Papa Francisco anda de bengala / Daniel Ibáñez (ACI)

Vaticano, 15 jun. 22 / 09:47 am (ACI).- “Quando somos velhos, não podemos fazer o mesmo que fazíamos quando éramos jovens: o corpo tem outro ritmo, e devemos ouvir o corpo e aceitar alguns limites. Todos os temos. Também eu agora tenho de caminhar com a bengala”, disse o papa Francisco durante a Audiência Geral de hoje (15).

“A doença do idoso parece apressar a morte e, contudo, diminuir aquele tempo de vida que já consideramos curto”, disse o papa. “A comunidade cristã que deve cuidar dos idosos: parentes e amigos, mas também a comunidade”.

“A visita aos idosos deve ser feita por muitos, em conjunto e frequentemente. Nunca deveríamos esquecer estas três linhas do Evangelho. Hoje, sobretudo que o número de idosos cresceu consideravelmente”, disse Francisco.

Francisco lamentou que com o inverno demográfico haja muito mais idosos do que jovens e disse que “devemos sentir a responsabilidade de visitar os idosos que muitas vezes estão sozinhos e apresentá-los ao Senhor com a nossa oração. O próprio Jesus ensinar-nos-á como os amar”.

Para o papa, a cultura do descarte parece esconder os idosos. "Isto é uma traição à própria humanidade. É horrível, significa selecionar a vida de acordo com a utilidade, segundo a juventude e não com a vida como ela é, com a sabedoria dos idosos, com os limites dos anciãos”, disse.

“Os velhinhos têm tanto para nos dar: há a sabedoria da vida. Tanto para nos ensinar: por isso devemos ensinar também as crianças a cuidar dos avós e a ir ter com os avós".

"O diálogo entre jovens e avós, crianças e avós é fundamental para a sociedade, é fundamental para a Igreja, é fundamental para a saúde da vida. Onde não há diálogo entre jovens e idosos, falta algo e cresce uma geração sem passado, isto é, sem raízes”, disse o papa.

Francisco falou então sobre a gratidão dos doentes dizendo que "se os idosos, em vez de serem descartados e afastados da cena dos acontecimentos que marcam a vida da comunidade, fossem colocados no centro da atenção coletiva, seriam encorajados a exercer o precioso ministério da gratidão a Deus, que não se esquece de ninguém”.

“A gratidão dos idosos pelos dons recebidos de Deus na sua vida, como nos ensina a sogra de Pedro, restitui à comunidade a alegria de viver juntos, e dá aos discípulos a fé no a característica principal do seu destino”, afirmou.

Para ele, essa gratidão não é algo reservado apenas às mulheres, embora "sobre gratidão e ternura de fé, podem ensinar aos homens coisas que eles têm mais dificuldade de compreender".

Por fim, Francisco pediu “que os idosos, os avós, as avós estejam próximos das crianças, dos jovens para transmitir esta memória da vida, para transmitir esta experiência da vida, esta sabedoria da vida”.

“Na medida em que fizermos com que os jovens e os idosos tenham uma ligação, nessa medida haverá mais esperança para o futuro da nossa sociedade”, concluiu.

Solenidade de Corpus Christi

Após a catequese, o papa Francisco lembrou que amanhã, quinta-feira, 16 de junho, é celebrada a Solenidade de Corpus Christi.

“Peçamos ao Senhor que nos conceda ser pessoas 'eucarísticas', que agradecem pelos dons recebidos e que se entregam a outros servindo com alegria, especialmente aqueles que mais precisam”, pediu o papa.

A guerra na Ucrânia

No final da Audiência Geral de hoje o papa Francisco pediu que “não nos esqueçamos o povo atormentado da Ucrânia em guerra”.

“Não nos habituemos a viver como se a guerra fosse algo distante. Que a nossa lembrança, o nosso afeto, a nossa oração e a nossa ajuda estejam sempre perto deste povo que sofre muito e que está a levar a cabo um verdadeiro martírio”, disse o papa.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Francisco: a Eucaristia nos convida a levar Deus para a vida cotidiana

O Papa Francisco entre os fiéis na Praça São Pedro durante a Audiência Geral 
(Vatican Media)

Nas saudações aos fiéis reunidos na Praça São Pedro para a Audiência Geral, o Papa lembrou que nesta quinta-feira, no Vaticano, será celebrada a Solenidade de Corpus Christi e exortou a pedir a Deus a capacidade de doar-se aos outros, servindo com alegria especialmente os que mais precisam.

Tiziana Campisi – Vatican News

Após a catequese da Audiência Geral, ao saudar os peregrinos presentes na Praça São Pedro, Francisco falou sobre a Solenidade de Corpus Christi, celebrada nesta quinta-feira (16/06), no Vaticano.

Na Basílica de São Pedro, no Altar da Cátedra, às 10h30 locais, o arcipreste da Basílica e vigário geral do Papa para a Cidade do Vaticano, cardeal Mauro Gambetti, presidirá a solene celebração litúrgica do Corpo e Sangue de Cristo.

"A Solenidade de Corpus Christi nos convida a sair e levar o Senhor para a vida cotidiana: levá-lo onde a vida se desenvolve com todas as suas alegrias e sofrimentos", disse o Papa na saudação aos fiéis de língua alemã.

Na saudação aos peregrinos de língua espanhola, Francisco acrescentou o convite a pedir a Deus "para que nos conceda ser pessoas "eucarísticas", "gratas pelos dons recebidos" e capazes de se doar aos outros "servindo com alegria, especialmente os que mais precisam".

Experimentar o amor de Deus graças ao Corpo e Sangue de Cristo

Na saudação aos peregrinos poloneses, o Papa explicou que a Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo "nos recorda a presença real de Deus na Eucaristia na forma de pão e vinho".

Que os concertos de evangelização que se realizam em seu país nesta festa, despertem a fé em todos, para que recebendo o Corpo e o Sangue de Cristo, se possa experimentar o seu amor cada vez mais profundamente. Eu os abençoo de coração.

Por fim, Francisco lembrou que na Itália a Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo será celebrada no domingo e concluiu: "Que a Eucaristia, mistério do amor, seja para todos vocês fonte de graça e de luz que ilumina os caminhos da vida, sustento nas dificuldades, e conforto sublime no sofrimento de cada dia."

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF