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segunda-feira, 20 de junho de 2022

A maneira como lidamos com dinheiro diz muito sobre quem somos

Shutterstock | kitzcorner
Por Octavio Messias

Marcadores econômicos da época em que nascemos também influenciam a maneira como investimos.

Se você cresceu no final dos anos 1980 e viu os preços nos supermercados aumentarem durante o mesmo dia, é possível que esse sentimento de escassez tenha sido determinante na maneira como lida com dinheiro até hoje. Um surpreendente estudo nos Estados Unidos, divulgado pelo jornal espanhol El País,aponta a maneira como a situação econômica do ano em que nascemos e durante nossos vinte primeiros anos influencia como lidamos com nossas finanças ao longo da vida. Se você cresceu em uma economia florescente, aumentam as chances de investir no mercado de valores quando adulto e se mostrar mais otimista com relação a sua rentabilidade. A pesquisa analisou o consumo da população norte-americana ao longo de 50 anos.

Panorama de incerteza

Contudo, nosso tempo de pandemia e o panorama de incertezas com relação ao futuro da economia também podem condicionar nosso comportamento de compra. Como não se sabe o que será amanhã, a tendência é poupar. É sobre isso que trata o novo livro do economista espanhol Fernando Trías de Bes, intitulado Uma História Diferente do Mundo. Segundo ele, economizar em um momento como este seria uma resposta inconsciente aos estragos da pandemia. As percepções e os estados de ânimo seriam determinantes sobre como gerimos nossas finanças.    

Inteligência financeira 

A maneira como administramos nosso dinheiro está relacionada ao modo como lidamos com nossas emoções. Se temos uma personalidade mais conservadora, as chances de investirmos bem diminuem consideravelmente. São comuns casos de quem construiu um grande patrimônio poupando de pouco em pouco, assim como de quem perdeu tudo de uma hora para a outra. A revista norte-americana Sports Illustrated publicou uma reportagem mostrando como 60% dos jogadores da NBA com salários milionários declararam falência nos cinco primeiros anos após a aposentadoria. Já com jogadores da NFL, a liga nacional de futebol americano, esse número chega a 79%. Inteligência financeira está relacionada a estabilidade emocional, conhecimentos básicos de economia e a falta de medo de correr riscos.  

Freios que não nos deixam prosperar

O artigo do El País ainda expõe como a inabilidade para investir tem em sua raiz os freios que nos impedem de prosperar. São mecanismos inconscientes que tendemos a preservar desde a infância e modulam nossas decisões. Entre eles estão listados: o medo de perder dinheiro ser maior do que a vontade de ganhar; o cinismo e o pessimismo constantes, que nos impedem de enxergar oportunidades; a preguiça, que desestimula a buscar novas fontes de renda e gera a “síndrome do hamster”, que nos leva a esperar resultados diferentes insistindo nas mesmas ações; os maus hábitos de consumo, gastar com besteira; e a arrogância, que nos impede de buscar conhecimento para investir com mais consciência. 

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Hoje é celebrado o Dia Mundial do Refugiado

Imagem ilustrativa / Pixabay

REDAÇÃO CENTRAL, 20 jun. 22 / 10:10 am (ACI).- Em 4 de dezembro de 2000, o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), mediante a resolução 55/76, solicitou que, a partir de 20 de junho de 2001, fosse celebrado o Dia Mundial do Refugiado. O pedido foi aprovada em 12 de fevereiro de 2001 pela Assembleia Geral.

Para a ONU, os dias internacionais são criados para conscientizar o público sobre questões não resolvidas de direitos humanos e chamar a atenção da mídia e dos governos para incentivar a criação de políticas públicas concretas.

Nesse caso, a data representou uma homenagem aos 50 anos de trabalho do ACNUR "em favor dos repatriados, apátridas e deslocados internos", e dos propósitos da Organização das Nações Unidas (ONU) de promover "a paz, os direitos humanos e desenvolvimento”.

O ACNUR foi criado em 1950 para "ajudar milhões de europeus que fugiram ou perderam suas casas" durante a Segunda Guerra Mundial. Em 28 de julho de 1951, em Genebra, a ONU estabeleceu a Convenção sobre o Estatuto dos Refugiados, que indica os “conceitos fundamentais para a proteção internacional dos refugiados”.

Atualmente, 142 países fazem parte desta Convenção, que define quem é refugiado e levanta a necessidade de cooperação internacional para solucionar esta situação. Também estabelece uma série de direitos e obrigações dos refugiados com o país de acolhida, que aumentam em função do tempo de residência nesses locais.

Seu principal princípio é que “um refugiado não deve ser devolvido a um país onde ele enfrenta sérias ameaças à sua vida ou liberdade”.

Em 4 de outubro de 1967, foi criado um Protocolo sobre o Estatuto dos Refugiados para eliminar a "limitação de tempo e espaço" estabelecida na Convenção de 1951, que só permitia que refugiados europeus solicitassem asilo.

Segundo a ONU, atualmente “os civis que são forçados a fugir de seu país devido a conflitos ativos” e aqueles que demonstram que estão sendo perseguidos podem solicitar refúgio.

Igreja Católica e seu trabalho com os refugiados

A Igreja Católica também se pronunciou sobre o problema dos refugiados, migrantes e pessoas deslocadas, e fez um apelo aos fiéis para acolhê-los em várias ocasiões.

Em 2013, o Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes observou que “a migração mudou e está destinada a aumentar nas próximas décadas”. Também afirmou que o compromisso da Igreja Católica com os migrantes e refugiados é atribuído ao amor e compaixão de Jesus, o Bom Samaritano.

Citou ainda os dois últimos papas da história da Igreja para explicar que, atendendo às necessidades espirituais e pastorais dos migrantes, promove-se sua dignidade humana e proclama-se o Evangelho do amor e da paz.

Na primeira encíclica de Bento XVI chamada Deus caritas est (Deus é amor) de 25 de dezembro de 2005, o papa emérito afirmou que o amor transcende qualquer tipo de fronteira ou distinção: “A Igreja é a família de Deus no mundo. Nesta família, não deve haver ninguém que sofra por falta do necessário. Ao mesmo tempo, porém, a caritas-agape estende-se para além das fronteiras da Igreja; a parábola do bom Samaritano permanece como critério de medida, impondo a universalidade do amor que se inclina para o necessitado encontrado ‘por acaso’ (cf. Lc 10, 31), seja ele quem for”.

Da mesma forma, o papa Francisco relacionou o tema à Ressurreição e à atitude pessoal, exortando a deixar que a força do amor de Cristo transforme nossas vidas para sermos instrumentos de misericórdia que Deus usa para “fazer florir a justiça e a paz”.

Isso implica “mudar o ódio em amor, a vingança em perdão, a guerra em paz. Sim, Cristo é a nossa paz e, por seu intermédio, imploramos a paz para o mundo inteiro [...], para que cesse definitivamente toda a violência, e sobretudo para a [...] população vítima do conflito e para os numerosos refugiados, que esperam ajuda e conforto”, disse o papa Francisco em sua mensagem Urbi et Orbi de 31 de março de 2013.

O papa pediu paz para aqueles que "se veem forçados a deixar as suas casas e vivem ainda no medo [...],para que sejam superadas as divergências e amadureça um renovado espírito de reconciliação.

Em julho do mesmo ano, Francisco fez sua primeira visita pastoral fora de Roma como papa. O local escolhido foi a ilha italiana de Lampedusa, onde conheceu 50 imigrantes, incluindo jovens somalis e eritreus que, como tantos outros, atravessam os mares arriscando a vida para chegar à Europa.

Neste ano, em sua mensagem para o 108º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado 2022, que a Igreja Católica celebrará em 25 de setembro, o papa Francisco disse que "ninguém deve ser excluído". Afirmou que Deus também quer construir seu Reino com “migrantes e refugiados, deslocados e vítimas de tráfico humano”.

O papa afirmou que "construir o futuro com os migrantes e os refugiados significa também reconhecer e valorizar tudo aquilo que cada um deles pode oferecer ao processo de construção. Apraz-me ver esta abordagem do fenômeno migratório numa visão profética de Isaías, onde os estrangeiros não aparecem como invasores e devastadores, mas como trabalhadores cheios de boa vontade que reconstroem as muralhas da nova Jerusalém, a Jerusalém aberta a todas as nações”.

O papa Francisco concluiu sua mensagem convocando a construir o futuro hoje com migrantes e refugiados. “Não podemos deixar para as próximas gerações a responsabilidade de decisões que é necessário tomar agora, para que o desígnio de Deus sobre o mundo se possa realizar e venha o seu Reino de justiça, fraternidade e paz”, disse.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Papa: mundo digital deve ser habitado por cristãos com formação adequada

A experiência das missas on-line durante o lockdown conduz
o manual escrito por Fabio Bolzetta | Vatican News

Francisco escreve prefácio do livro "A Igreja no mundo digital", de Fabio Bolzetta, presidente da Associação Italiana de Webmasters Católicos (WeCa), e fala sobre a importância de uma formação adequada para se trabalhar com mídias digitais dentro da Igreja, também devido "os riscos envolvidos no uso dessas ferramentas. Há muito a ser feito para aprender a ouvir; e para envolver e formar os jovens, nativos digitais, que sejam capazes de revitalizar os sites das paróquias".

Andressa Collet - Vatican News

Como viver "A Igreja no mundo digital" (tradução livre de "La Chiesa nel digitale")? Quem apresenta ferramentas e propostas para desmistificar esse caminho é Fabio Bolzetta, editor e presidente da Associação Italiana de Webmasters Católicos (WeCa), em um livro produzido pela Editora Tau e com o encorajamento do Papa Francisco que escreveu o prefácio da obra - o primeiro guia prático para os católicos dentro da web.

A obra em italiano, destinada a párocos, sacerdotes, religiosos, seminaristas e leigos que trabalham no setor da comunicação, direciona o leitor novamente ao período crucial da pandemia de Covid-19, como bem lembra o Pontífice no início do prefácio, um período que "nos fez perceber quão úteis podem ser as ferramentas tecnológicas e as redes sociais. Vimos isso durante os períodos de lockdown, quando já não era mais possível se encontrar, celebrar juntos a Eucaristia, estar perto dos nossos entes queridos doentes, se unir em oração ao lado de um parente ou amigo que nos deixou".

O Papa, então, faz menção no prefácio aos sacerdotes que, "com criatividade", "fizeram bom uso das tecnologias e das redes sociais" para manter o contato dos fiéis com a Palavra de Deus ao oferecer a possibilidade de assistir à missa ou mesmo envolvê-los em ações de caridade. Também existiram "erros e excessos", comenta Francisco, "mas quando essas tentativas se concentraram na mensagem a ser comunicada, e não no protagonismo do comunicador, devemos reconhecer que foram úteis".

Uma "fase certamente excepcional" essa de dois anos, afirma o Pontífice no texto, "especialmente com relação à experiência da transmissão on-line das celebrações":

“O encontro virtual não substitui e jamais poderá substituir aquele em presença. Estarmos fisicamente presentes ao partir o pão eucarístico e o pão da caridade, o olhar nos olhos um do outro, o abraçar-se, o estar um ao lado do outro ao servir Jesus nos pobres, apertando a mão dos doentes, são experiências que pertencem à nossa experiência diária e nenhuma tecnologia ou rede social jamais poderá substituí-las.”

Mídias digitais: a importância da formação

Uma experiência, então, de constante crescimento que agora precisa ser "acompanhada por uma nova consciência", alerta o Papa. Através da seleção de vídeos da Associação Weca dedicados aos sacerdotes e produzidos nos últimos dois anos de emergência sanitária, recorda o Pontífice, o livro procura oferecer um acompanhamento adequado de formação:

"Há realmente muito para se fazer, para crescer juntos na consciência da importância, mas também dos riscos envolvidos no uso dessas ferramentas. Há muito a ser feito para aprender a ouvir; e para envolver e formar os jovens, nativos digitais, que sejam capazes de revitalizar os sites das paróquias. A web e as redes sociais podem ser habitadas por quem testemunha a beleza da fé cristã, por quem propõe histórias de fé e vivida pela caridade, por quem comunica com a linguagem de hoje a extraordinária novidade do Evangelho, e por quem escuta como os apóstolos e os discípulos aprenderam a fazer com Jesus."

A contribuição deste livro, assim termina o prefácio do Papa, é valiosa para fazer crescer a consciência sobretudo dos mais jovens sobre o melhor uso do espaço virtual que não deve substituir, mas ajudar "as nossas relações sociais em carne e osso":

"Sabemos, porque experimentamos isso, que somente um encontro pessoal, não anônimo, com Jesus, muda a vida. Nós sabemos, porque essa é nossa experiência cotidiana, que o amor deve ser cultivado com encontros, com uma escuta e com uma convivência diária. Sabemos que o virtual nunca poderá substituir a beleza dos encontros feitos pessoalmente. Mas o mundo digital é habitado e deve ser habitado por cristãos."

“Porque até a web, um território onde às vezes a voz que fala mais alto e a poluição das fake news parecem prevalecer, pode se tornar um espaço de encontro e escuta.”

Apresentação do livro

O livro "A Igreja no mundo digital: ferramentas e propostas" foi apresentado na manhã desta segunda-feira (20) na Sala Marconi do Palazzo Pio, sede das redações da Rádio Vaticano/Vatican News, em Roma, com transmissão ao vivo via streaming. O encontro contou com a participação do próprio autor, Fabio Bolzetta; Paolo Ruffini, prefeito do Dicastério para a Comunicação; Irmã Alessandra Smerilli, secretária do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral; Padre Paolo Padrini, pároco da diocese de Tortona (Al) e autor do aplicativo "iBreviary"; além de Vincenzo Corrado, diretor do Departamento Nacional de Comunicação Social da Conferência Episcopal Italiana, a CEI.

A obra nasceu da experiência de 150 vídeos tutoriais da Associação Italiana de Webmasters Católicos e oferece um caminho em quatro etapas para refletir, descobrir, compartilhar em redes sociais e publicar na web a experiência de uma Igreja que também está presente no mundo digital. O livro apresenta respostas práticas de como criar um site para a paróquia e de como utilizar as mídias sociais para o trabalho pastoral. A própria capa do livro é "interativa" por apresentar um QR Code que acompanha e enriquece a leitura com contribuições multimídia constantemente atualizadas.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

domingo, 19 de junho de 2022

XIII Domingo do Tempo Comum - Ano C

Dom Paulo Cezar | arqbrasilia

XIII Domingo do Tempo Comum

Palavra do Pastor

Dom Paulo Cezar Costa

Arcebispo de Brasília

O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça

Neste domingo, temos como Evangelho um texto no qual Jesus toma resolutamente o caminho de Jerusalém (Lc 9, 41-51). Jerusalém é a cidade onde Jesus deverá viver o mistério da sua morte e ressurreição e é a partir de Jerusalém que o Evangelho deve ser difundido para o mundo. Os mensageiros que vão à frente de Jesus e entram numa cidade de samaritanos para preparar hospedagem para Jesus. Mas os samaritanos não os receberam, pois Jesus dava a impressão de ir para Jerusalém. Os discípulos têm, em resposta, uma reação humana, ou seja, querem mandar fogo do céu para destruí-los; mas Jesus, não. Eis aqui o perigo das reações meramente humanas, que não partem do horizonte de Deus, mas simplesmente da nossa forma de pensar. Agora, no caminho, há o encontro de três personagens com Jesus. E o Papa Francisco assim os comenta:

“O primeiro personagem promete-lhe: «Seguir-te-ei para onde quer que vás» (v. 57). Generoso! Mas Jesus responde que o Filho do Homem, contrariamente às raposas que têm as suas tocas e aos passarinhos que têm os seus ninhos, «não tem onde reclinar a cabeça» (v. 58). A pobreza absoluta de Jesus! Com efeito, Jesus deixou a casa paterna e renunciou a qualquer segurança para anunciar o Reino de Deus às ovelhas perdidas do seu povo. Assim, Jesus nos indicou, a nós, seus discípulos, que a nossa missão no mundo não pode ser estática, mas é itinerante. O cristão é um itinerante. A Igreja está, por sua natureza, em movimento, não permanece sedentária nem tranquila no próprio recinto. Está aberta aos horizontes mais vastos, enviada — a Igreja é enviada! — para levar o Evangelho pelas estradas e alcançar as periferias humanas e existenciais. É assim o primeiro personagem. O segundo, que Jesus encontra, recebe diretamente d’Ele o chamado, mas responde: «Senhor, deixa-me ir primeiro enterrar o meu pai» (v. 59). Trata-se de um pedido legítimo, fundado no mandamento de honrar o pai e a mãe (cf. Ex 20, 12). Todavia Jesus responde: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos» (v. 60). Com estas palavras, deliberadamente provocadoras, Ele tenciona afirmar o primado do seguimento e do anúncio do Reino de Deus também sobre as realidades mais importantes como a família. A urgência de comunicar o Evangelho, que rompe a cadeia da morte e inaugura a vida eterna, não admite atrasos, mas requer prontidão e disponibilidade. Portanto, a Igreja é itinerante, e aqui a Igreja é decidida, age imediatamente, no momento, sem esperar. Também o terceiro personagem quer seguir Jesus, mas com uma condição: fá-lo-á depois de se ter despedido dos parentes. Eis o que o Mestre lhe diz: «Aquele que põe a mão no arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus» (v. 62). O seguimento de Jesus exclui arrependimentos e que se olhe para trás, mas exige a virtude da decisão” (Papa Francisco, Angelus de 30 de junho de 2019).

Este Evangelho nos relembra que seguir Jesus implica ir com Ele até as últimas consequências, não segundo os nossos critérios, mas segundo os de Jesus, não fazendo justiça com as próprias mãos. Os três personagens que quiseram seguir Jesus pelo caminho nos mostram que, sem radicalidade, não há verdadeiro discipulado: “quem põe a mão no arado e olha pata trás não está apto para o Reino de Deus”.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Santa Juliana Falconieri

Sta. Juliana Falconieri | arquisp
19 de junho

Santa Juliana Falconieri

Juliana nasceu em Florença no ano de 1270. Era filha única do já idoso casal Caríssimo e Ricordata, da riquíssima disnatia dos Falconieri. De grande tradição na aristocracia, bem como no clero, a família contribuiu ao longo do tempo com muitos santos venerados nos altares da Igreja. Ela era sobrinha de santo Aleixo Falconieri, um dos sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria, e como ele também trilhou o caminho para a santidade.

Ainda criança, vivia com o coração dedicado às virtudes, longe das ambições terrenas e das vaidades. Junto com algumas amigas, em vez das brincadeiras típicas da idade, preferia cantar e rezar para o Menino Jesus e a Virgem Maria.

Aos quinze anos de idade, fez voto de castidade, ingressando na Ordem das Servitas, sob a orientação de Filipe Benício, hoje santo. Foi seguida por suas amigas aristocratas e, com o apoio de religiosas, passaram a visitar hospitais e a desenvolver dezenas de obras de caridade e assistenciais. Essas jovens se organizaram de tal forma que logo optaram por ter sua própria instituição. Com inspiração em regras escritas por Juliana, fundaram a Congregação das Servas de Maria, também chamadas de "Mantellate", numa referência ao hábito que vestem. Ordem que obteve a aprovação canônica em 1304.

A dedicação de Juliana foi tão radical ao trabalho junto aos pobres e doente, às orações contemplativas e às severas penitências que acabou por adoecer. Mesmo assim, continuou dormindo no chão e fazendo os jejuns a que se tinha proposto. Por isso os problemas estomacais surgiram, passaram a ser freqüentes e depois se tornaram crônicos, padecendo de fortes dores.

Apesar disso, não diminuiu as penitências, nem mesmo o trabalho com seus pobres e doentes abandonados. Aos setenta anos, o problema gástrico era tão grave que não conseguia manter nenhum alimento no estômago. Nem mesmo a hóstia.

No dia 10 de junho de 1341, poucos momentos antes de morrer, Juliana pediu ao sacerdote que colocasse uma hóstia sobre seu peito e, pronunciando as palavras: "Meu doce Jesus", ingressou no Reino de Deus.

Ao prepararem o corpo para ser sepultado, as irmãs constataram no seu peito uma mancha roxa, como se fosse uma hóstia impressa na sua carne, tendo no centro a imagem de Jesus crucificado. Em memória desse milagre, as irmãs "Mantellate" trazem sobre o lado esquerdo do escapulário a imagem de uma hóstia.

Canonizada em 1737 pelo papa Clemente XII, santa Juliana Falconieri é celebrada no dia de sua morte.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

O Espírito Santo escolhe os Papas? A madura resposta de Ratzinger

Jeffrey Bruno | Aleteia
Por Francisco Vêneto

"Existem exemplos demais de Papas que evidentemente o Espírito Santo não teria escolhido", declarou o então prefeito para a Doutrina da Fé.

É literalmente o Espírito Santo quem escolhe os Papas? Esta pergunta, bastante delicada e talvez até capciosa, foi feita em 1997 ao então cardeal Joseph Ratzinger, futuro Papa Bento XVI.

Conforme registrado pelos jornais católicos italianos Tempi e Avvenire, este último pertencente à Conferência Episcopal Italiana, o cardeal Ratzinger, que era na época o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, assim respondeu:

“Eu não diria desta forma, no sentido de que seja o Espírito Santo quem o escolhe. Eu diria que o Espírito Santo não toma exatamente o controle da questão, mas sim, como bom educador que é, nos deixa muito espaço, muita liberdade, sem nos abandonar completamente.

Então o papel do Espírito deveria ser entendido num sentido muito mais elástico; não que ele dite o candidato em quem cada um tem que votar. Provavelmente, a única certeza que Ele oferece é que a coisa não possa ser totalmente arruinada. Existem exemplos demais de Papas que evidentemente o Espírito Santo não teria escolhido”.

Livre arbítrio e Espírito Santo

A lúcida e madura resposta de Ratzinger é perfeitamente coerente com toda a doutrina católica sobre a liberdade humana de tomar decisões autônomas: cada pessoa é livre para escolher, diante da própria consciência, se quer ou não quer ouvir e seguir as inspirações do Espírito Santo. “O Espírito sopra onde quer”, declarou Jesus Cristo, mas não impõe nada.

Deus, de fato, respeita o nosso livre arbítrio a ponto de acatar até mesmo a nossa decisão de rejeitá-Lo eternamente. Por que razão, então, não iria deixar os cardeais perfeitamente livres diante da sua consciência para tomarem as decisões que julgassem mais adequadas? Cada um prestará contas da própria retidão de consciência.

Fé e razão de mãos dadas

A fé madura é sempre coerente com a razão. Como sintetizou São João Paulo II na abertura da encíclica Fides et Ratio, “a fé e a razão constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva à contemplação da verdade”.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Papa: amor familiar é caminho para a santidade!

Papa saúda família durante Audiência Geral | Vatican News

Francisco desejou "bom encontro" às famílias que se preparam para participar de seu X Encontro Mundial, a partir de quarta-feira.

Bianca Fraccalvieri - Vatican News

Antes de se despedir dos fiéis na Praça São Pedro, o pensamento do Papa foi para as famílias, que se preparam para participar a partir de quarta-feira do seu X Encontro Mundial.

O evento será realizado em Roma e contemporaneamente em todo o mundo, por isso Francisco agradece aos bispos, párocos e agentes da pastoral familiar que convocaram as famílias para momentos de reflexão, celebração e festa.

“Agradeço sobretudo aos esposos e às famílias que darão testemunho do amor familiar como vocação e caminho de santidade. Bom encontro!”

Em Roma, o evento será realizado em duas modalidades paralelaso Festival das Famílias e o Congresso Teológico-Pastoral, ambos na Sala Paulo VI. 

Do Brasil, serão cerca de 30 participantes. Dois casais farão palestras: André e Karina Parreira, na quinta-feira, que falarão sobre “amor em família: maravilhoso e frágil”. E na sexta, Fabíola Goulart e Gustavo Huguenin falarão sobre “mídias sociais como ambiente para nossos filhos”.

A missa com o Papa Francisco está programada para a tarde de sábado, na Praça São Pedro, a partir das 17h15 hora local, 12h15 no horário de Brasília. O evento será transmitido ao vivo, com comentários em português.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sábado, 18 de junho de 2022

Festa de Corpus Christi 2022 em Brasília (DF)

Pascom Brasília | arqbrasilia

Festa de Corpus Christi 2022 reúne mais de 60 mil fiéis na Esplanada dos Ministérios

Três anos depois da última festa de Corpus Christi ser celebrada na Esplanada dos Ministérios, uma multidão de mais de 60 mil fiéis voltou a se reunir no centro de Brasília para a cerimônia que relembra a instituição da Sagrada Eucaristia. A festa de Corpus Christi é celebrada pela Igreja Católica desde o século 13, dois meses depois da Páscoa. A festa ocorre em Brasília desde 1961 e na Esplanada dos Ministérios desde 1978, apenas nos últimos 2 anos não houve a grande celebração. Por causa da pandemia as solenidades foram reservados às Paróquias.

A estudante Laura Meneses, 17 anos, chegou cedo para a confecção dos tradicionais tapetes. Depois ajudou a dobrar e distribuir os folhetos da Santa Missa. As quase 12 horas de serviço valeram à pena. Integrante do Movimento Escalada de Brasília, ela disse que foi emocionante e prazeroso montar o um dos 25 tapetes por onde passaram os bispos e padres. Ela tem certeza que Deus esteve sempre dando força para conseguir terminar tudo o que tinha para fazer.

No começo da tarde, dezenas de padres atenderam as confissões dos fiéis que quiseram se preparar para receber a Eucaristia. Antes da celebração, a animação ficou por conta do Frei Flávio, do Padre Cristiano e da banda Maranata. Também houve um momento de oração e reflexão, foram lembradas as vítimas da covid -19 e como é importante a comunidade voltar a se reunir.

A Celebração Eucarística começou no fim da tarde com a procissão de entrada do clero saindo  da Catedral de Brasília até o altar montado no centro da Esplanada. A missa foi presidida pelo Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar, e concelebrada pelo seu bispo auxiliar, Dom José Aparecido, e mais de 250 padres.

Pascom Brasília | arqbrasilia

Dom Paulo iniciou a homilia lembrando que celebrar o Corpus Christi é manifestar publicamente a nossa fé naquilo que é o centro da nossa fé, a presença de Jesus Cristo no pão e no vinho consagrados. Que são três aspectos essenciais da Eucaristia,  ela é mistério crido, mistério celebrado e mistério vivido. Por fim, o Arcebispo ressaltou que em cada Eucaristia nós fazemos memória da morte e ressurreição de Cristo e celebramos a nossa identidade de Novo Povo de Deus, uma eterna aliança.

A jornalista Lívia Vilela, 37 anos, foi um das 490 Ministro Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística, e pela  primeira vez serviu na missa de Corpus Christi. Ela ficou emocionada ao ver a procissão saindo da Catedral em direção ao palco.  E ressaltou que mais emocionante foi servir a Deus como Mesce, ver os olhos das pessoas brilhando ao receber Jesus Eucarístico.

Acompanhado pelo tradicional mar de velas, Dom Paulo Cezar conduziu a procissão na Esplanada dos Ministérios no  papamóvel, que levava o Santíssimo Sacramento. “ Nossos corações já se encontravam ansiosos por esse momento de encontro com o Senhor e de encontro entre nós”.  Durante o percurso foram concedidas três bençãos: aos enfermos, aos poderes públicos e às famílias.

Pascom Brasília | arqbrasilia

A Solenidade foi organizada pela Comissão de Corpus Christi coordenada pelos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística da Arquidiocese.

Reveja a gravação da Solenidade:

https://youtu.be/fjOF1vB3mgA

Texto Pascom Brasília

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Relatório do ACNUR: cem milhões de pessoas em fuga no mundo

Campo de refugiados sírios na Turquia | Vatican News

O número de refugiados a nível global continua a aumentar e são principalmente os países mais pobres que apoiam o esforço de acolhimento. Chiara Cardoletti, porta-voz do ACNUR, ilustra ao Vatican News os dados do novo relatório Global Trends.

Stefano Leszczynski - Cidade do Vaticano

Com a guerra na Ucrânia, a última em ordem de tempo em nível mundial, o número de pessoas obrigadas a deixar seu país em busca de segurança revelou-se em toda a sua dramaticidade como conta nesta entrevista ao Vatican News Chiara Cardoletti, porta-voz do ACNUR para Itália, Santa Sé e São Marino:

Chiara Cardoletti, números impressionantes são os do relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados...

Este ano atingimos um número de refugiados e deslocados que certamente nunca poderíamos ter imaginado ver: cem milhões de pessoas forçadas a fugir, abandonando tudo o que possuíam. Um número dramático em sua magnitude e que representa um aumento de 8% em relação ao ano precedente. Só em 2021 tivemos 40 novas emergências e sua gestão está se tornando cada vez mais complicada. Estamos diante de uma dramática situação histórica que demonstra claramente que a comunidade internacional não conseguiu administrar os conflitos e restaurar a paz no mundo.

O relatório de Tendências Globais (“Global Trends”) que vocês apresentaram identifica 23 países como novos palcos de guerra. O que isso significa para o compromisso do ACNUR?

Obviamente o nosso trabalho está próximo dos refugiados que fogem das guerras, consequentemente é aí que nos encontramos operando. O que estamos vendo claramente é que 83% dos refugiados no momento vêm principalmente de 5 países: Síria com 6,8 milhões de pessoas em fuga; Venezuela com 4,6 milhões; Afeganistão 2,7 milhões; Sudão do Sul 2,4 milhões e Mianmar com 1,2 milhão. A maioria dessas pessoas hoje é acolhida por países de renda muito baixa e isso está se tornando um motivo de grande preocupação.

Os refugiados tendem a ficar perto das fronteiras de seus países com a esperança de retornar?

Sim, é verdade. O único fato positivo que se pode referir é que pela primeira vez em muitos anos assistimos a uma tendência de regresso a casa de alguns refugiados: mais de 430.000 pessoas conseguiram regressar ao Sudão do Sul e 310.000 regressaram à Costa do Marfim. Estes números são animadores, embora não devamos esquecer que para cem milhões de pessoas ainda hoje não se vê uma solução.

A guerra na Ucrânia teve uma resposta de grande solidariedade, sobretudo na Europa, ainda que não faltem elementos críticos. Houve algum incidente de discriminação no acolhimento de refugiados?

O que vimos na Ucrânia é certamente uma resposta positiva a uma emergência que envolveu cerca de 7 milhões de pessoas em fuga. Neste contexto, a aplicação da diretiva sobre a proteção temporária garantiu uma adequada celeridade da resposta humanitária. Claramente, é extremamente importante para nós que a solidariedade seja compartilhada com todos, não simplesmente com aqueles que estão mais próximos de nós geograficamente e com quem nos identificamos. Os refugiados estão fugindo de muitos países e têm a mesma necessidade de proteção e hospitalidade. Os sistemas jurídicos que são aplicados normalmente respondem à realidade com que se depara, mas esperamos que os procedimentos de asilo disponibilizados para outras nacionalidades sejam o mais eficientes e rápidos possível.

Neste contexto, como deve ser considerada a iniciativa do governo britânico de expulsar os requerentes de asilo para o Ruanda?

Esta é certamente uma iniciativa que demonstra como a realidade mundial não foi compreendida e como as responsabilidades não são verdadeiramente compartilhadas com os países em desenvolvimento. No momento, por exemplo, os países menos desenvolvidos produzem menos de 1,3% do PIB mundial, mas abrigam 27% da população mundial de refugiados, enquanto os países de alta renda recebem apenas 17% dos refugiados. O fato de a Inglaterra ter decidido renunciar às suas responsabilidades e ter decidido enviar de volta ao Ruanda refugiados que poderia facilmente administrar em seu território é um fracasso que o Alto Comissariado não pode justificar.

O que pode ser feito para estimular uma mudança internacional na abordagem das questões migratórias e, em particular, em relação ao asilo?

O ACNUR fez um esforço significativo por meio do Pacto Global para levar mais atores ao redor de uma mesa que possam gerenciar essas situações e dar soluções esperançosas a milhões de pessoas. Foi um processo muito positivo que deu muitos passos em frente, mesmo que apenas para envolver o setor privado. Mas devemos ser capazes de mudar o paradigma que apresenta os refugiados como atores passivos e começar a pensar que eles podem contribuir significativamente para a construção das sociedades que os acolhem. Ainda estamos muito longe de ter processos eficazes e rápidos para poder dar às pessoas o direito de acesso aos seus direitos.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

O que você deve saber antes de levar seus filhos para ver “Lightyear”

Marcus Walton - Shutterstock
Por Violeta Tejera

Os pais devem ser informados sobre alguns aspectos do filme, para que estejam preparados para tomar as melhores decisões junto às suas famílias.

Lucas acaba de completar quatro anos de idade e Buzz Lightyear é seu personagem favorito. Ele tem o boneco, o Papai Noel lhe trouxe a fantasia do personagem e ele não dorme se não estiver usando o pijama do amigo de Woody.

Quando o pai dele diz: “Ao infinito e além”, Lucas sempre dá risada. E o programa favorito de sexta-feira é sentar-se com seus irmãos e assistir a um dos filmes de “Toy Story”. Ele já os conhece de cor, mas não se cansa!

Desde que soube que o filme solo de Buzz Lightyear ganharia as telonas, Lucas espera ansiosamente que seu pai cumpra a promessa de levá-lo para apreciar a atuação do personagem que ele mais ama.

https://youtu.be/o4WrypMAu2M

Um alerta!

Entretanto, o pai de Lucas, como milhares de outras pessoas, recebeu este alerta em um grupo de WhatsApp:

“Olá, família. Fui esta manhã a uma exibição de “Lightyear”, o último filme da Disney. Durante a primeira meia hora, há uma mulher que se casa com outra mulher, elas se beijam, ela fica grávida… esse tipo de coisa. Estou avisando para que vocês espalhem a notícia e tomem uma decisão informada se devem levar seus filhos para assistir”.

As dúvidas de um pai católico

A mensagem deixou o pai de Lucas em um dilema. Por um lado, o menino está ansioso para ver o filme e o pai não queria desapontá-lo.

Por outro lado, ele sabe que tem um dever como pai. Não lhe parece correto que a Disney esteja decidindo “educar” seu filho a respeito de um assunto moralmente sensível, que ele considera que deve ser abordado a partir de sua visão cristã do mundo.

A Disney e o ativismo LGBTQ

Jerónimo José Martín, crítico de cinema da Cadena Cope, nos alerta que “o casamento entre as duas mulheres não é visto na tela, embora se diga que elas vão se casar, e depois uma delas aparece grávida e beijando a outra”.

No início deste ano, Latoya Raveneau, uma produtora executiva da Disney Television Animation, admitiu ter uma “agenda gay não secreta”. A agenda de ativistas de outros executivos foi revelada em filmagens vazadas de uma conferência no Zoom.

As filmagens da reunião foram divulgadas na época da assinatura da lei dos Direitos Parentais na Educação da Flórida. A lei proíbe os professores de discutir orientação sexual ou transgênero com crianças até a terceira série.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF