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terça-feira, 21 de junho de 2022

Razão Humana na Teologia

Formação | Canção Nova

Razão Humana na Teologia

 •1.      Sentidos do termo razão;

•2.      A razão na linguagem teológica;

•3.      Declarações da Igreja sobre a relação fé e razão;

•4.      Uso da razão na Teologia;

 

•1.     Sentidos do termo razão;

Normalmente entendemos a razão como a característica principal do ser humano, o que o distingue dos demais seres. Ela é considerada como uma faculdade humana com a qual o homem compreende o mundo que o circula, que o abre ao ser. Essa faculdade é diferente do sentimento, da experiência e da vontade. Não se opõe a elas, mas lhes é complementária.

Para a filosofia tomista a razão é o aspecto discursivo e ativo da potência intelectual humana. Diferencia-se do intelecto, pois este último é a “potência que constitui a alma humana em seu grau de perfeição.” A razão é entendida como o movimento do intelecto. O intelecto está no começo e no final da atividade discursiva da razão.

“A intelecção é a simples apreensão da verdade inteligível; o raciocínio é o movimento do pensamento procedendo de um objeto de conhecimento a outro para alcançar a verdade inteligível. O raciocínio é para a intelecção o que o movimento é a para o repouso ou a aquisição é para a posse; há entre estes termos a mesma relação que entre o imperfeito ao perfeito[1].”

A distinção clássica tomista entre intelecto (potência intuitiva e abstrativa) e razão (potência discursiva) recorda a distinção platônica entre dianoia e nous.

A razão universal é típica da Ilustração. É a razão constitutiva do homem que pode e deve atrever-se a conhecer, independente das autoridades. É meio inato ao homem de progresso, sinal de uma dignidade humana e oposta a toda forma de obscurantismo, de superstição e de ignorância. É segura de si mesma e crítica do saber tradicional ao ponto de se tornar objeto de culto (Revolução Francesa); no entanto, essa razão reduz os horizontes cognoscitivos, nessa época. Kant declara que a razão é incapaz de conhecer as essências das coisas e o homem é incapaz de se abrir à realidade. A razão pura se encontra epistemologicamente separada de Deus, do mundo e da alma humana, que são para elas meras idéias da razão ou ficções mentais.

A razão dialética do Idealismo é uma super-razão que tem por sujeito último a totalidade do ser (o Espírito Absoluto).

A razão científica moderna, também chamada de “razão instrumental” é a versão mais recente da razão ilustrada. Está totalmente vinculada à técnica, é uma razão sem conteúdo próprio e sem princípios intelectivos próprios. A razão é aqui o instrumento intelectual humano para um procedimento a serviço do progresso científico. Essa razão se encontra desacreditada na chamada “post-modernidade” que a reprova a incapacidade de fazer o mundo mais justo e habitável, sendo o homem condicionado pelas instâncias do poder. Se mostra, de fato, incapaz de construir um discurso sobre a totalidade; a razão post-moderna é uma razão fragmentária, responsável pelo “pensamento débil” atual.

•2.     A razão na linguagem teológica:

Na linguagem teológica dos Concílios Vaticano I e II, a razão é a faculdade intelectual de conhecer que possuem as criaturas como participação da correspondente perfeição não-criada (em Deus). A razão é também a capacidade de conhecer o nexo intrínseco das coisas, procedendo do sensível ao inteligível com as forças naturais.

A Teologia admite certo obscurecimento nessa capacidade humana como conseqüência do pecado original. A razão encontrará pois dificuldades no seu exercício, que serão maiores nas questões morais e nas questões relacionadas ao fim último do homem.

•3.     Declarações do Magistério da Igreja sobre as relações entre fé e razão:

  • a) O Concílio de Nicéia: foi o primeiro Concílio Ecumênico da Igreja, realizado no ano 325, para combater a heresia de Ario, que apresentava uma nova forma de compreender o dogma trinitário. Esse autor entendia a relação entre as pessoas divinas, assim como os neo-platônicos, que acreditavam que havia uma divindade hierarquizada em três hipóstasis: Uno – Inteligência – Alma. Cristo seria uma criatura do Pai. O Concílio respondeu a essa corrupção doutrinal afirmando que o Filho era em tudo igual ao Pai e que foi gerado desde toda a eternidade desde o Pai, mas não foi criado. Para isso, os Padres Conciliares formaram a expressão homoousios, quer dizer o filho é consubstancial ao Pai. Com isso a fé cristã usou pela primeira vez uma expressão proveniente da filosofia grega (ousia = substância) para expressar uma verdade de fé. Essa expressão não foi uma traição à verdade bíblica (objeção do “protestantismo liberal”), mas justamente o contrário: “o Concílio queria dar a entender inequivocamente que a Bíblia deve ser tomada literalmente e que ela não pode ser diluída em acomodações filosóficas e numa espécie de racionalidade capaz de explicar tudo. As reclamações que a filosofia fazia à fé tomaram uma direção oposta à buscada por Ario: enquanto que este media o Cristianismo com a vara da razão ilustrada e o remodelava de acordo com ela, os Padres conciliares utilizaram a filosofia para por em evidencia, de forma inconfundível, o fator diferenciador do Cristianismo[2].”
  • b) A Bula Ab Egyptiis do Papa Gregório IX aos professores da Universidade de Paris em 1228 reconhece a utilidade da filosofia nos assuntos teológicos; em 1231 o mesmo Papa enviou uma Bula chamada Parens Scientiarum ao abade de São Vitor e ao prior dominicano de Paris. Ali se mitiga proibições contra Aristóteles, emanadas do Concílio provincial de Paris em 1210.
  • c) Durante todo século XIX a Igreja defendeu a razão em assuntos teológicos contra o fideísmo de L Bautain (1796 – 1867); contra o tradicionalismo de A. Bonnetty (1798-1879). Um documento da Congregação do Índice afirmou: “ainda quando a fé está por em cima da razão, sem dúvida, não pode ocorrer entre elas nunca uma dissensão ou conflito real, posto que ambas procedem da mesma e única fonte de verdade eterna e imutável, que é Deus. Antes se ajudam mutuamente.” A Igreja condenou o semi-racionalismo de J. Hermes (1775-1831) e de A. Gunther (1783-1863). Na Constituição Dogmática sobre a fé católica do Concílio Vaticano I (1869-1870) lemos:

“Quando a razão iluminada pela fé busca diligentemente, com piedade e prudência, então chega a conseguir, com a ajuda de Deus, uma certa inteligência muito frutuosa dos mistérios, bem seja por analogia com o que conhece pela via natural, bem seja pela conexão de uns mistérios com outros e com o fim do homem. Sem dúvida, nunca poderá a ser capaz de penetrá-los como verdades que constituem seu objeto próprio. Mas, ainda que a fé esteja por cima da razão, jamais pode haver um verdadeiro conflito entre elas: posto que o mesmo Deus que revela os mistérios e comunica a fé é o que comunicou ao espírito humano a luz da razão, Deus não pode negar-se a si mesmo, nem a verdade pode jamais contradizer a verdade. Esta aparência imaginária de contradição se origina na maioria das vezes, bem porque os dogmas de fé não foram entendidos ou expostos segundo a mente da Igreja, ou porque se tomam como conclusões da razão o que só são falsas opiniões.”

•4.     Exercício da razão na Teologia:

O uso adequado da razão é imprescindível para a Teologia. A ciência sobre Deus adquire assim a condição de sólido e verdadeiro conhecimento humano e se livre de sérios perigos, como o fideismo e o racionalismo. A razão introduz na Teologia o sentido crítico necessário e as comprovações respeitosas do conteúdo da fé permitem ao crente satisfazer as legítimas perguntas da sua inteligência. Podemos resumir a tarefa da razão na Teologia assim:

  • a) Procura analisar os dados da revelação, tenta comprovar seu valor, descobrir relações e definir objetos, delimitando suas propriedades e elementos constitutivos;
  • b) A razão teológica tenta fundamentar os preâmbulos da fé e faz ver que a Palavra de Deus merece ser aceita e crida;
  • c) Procura entender melhor as verdades da fé, advertir o sentido e a profundeza da cada uma delas e encontrar as articulações que unem umas às outras;
  • d) Examina as objeções contra a fé e procura dar uma resposta racional a estas;
  • e) A razão teológica procura fazer passar o conteúdo da fé desde o aspecto pessoal a uma expressão universal e pública, que possa ser compreendida e ensinada a outros.

[1] E. Gilson, O Tomismo, Pamplona, 2ª ed., 1989, p. 377.

[2] J. RATZINGER, Teoria dos princípios teológicos, Barcelona, 1985, 134.

Fonte: https://www.presbiteros.org.br/

O que está acontecendo no mundo?

St. Louis-Maria Grignion de Montfort | Guadium Press
Vossa divina lei é transgredida; Vosso Evangelho desprezado; abandonada, Vossa religião; torrentes de iniquidade inundam toda a terra; a terra toda está desolada: a impiedade está sobre um trono, Vosso santuário é profanado, e a abominação entrou até no lugar santo.

Redação (20/06/2022 08:55Gaudium Press) Se fizermos um resumo do que aconteceu no mundo, nos últimos meses, nosso modo de pensar e viver ficará abalado. Não haveria espaço em um artigo para divulgar tanta informação. Farei isso brevemente, com alguns fatos que estão acontecendo agora em todo o universo.

Uma pandemia que deixou 6,3 milhões de mortos, doentes crônicos e seus efeitos psicológicos.

Uma guerra que poderá levar à Terceira Guerra Mundial – como resultado da invasão russa da Ucrânia. Notícias, fotos e vídeos terríveis chegam até nós a todo momento. Mariupol, uma cidade transformada em um enorme cemitério e reduzida a escombros, com milhares de pessoas assassinadas ou forçadas a fugir. “Uma terra arrasada”, destacou o Arcebispo Primaz da Igreja Greco-Católica Ucraniana, Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk: “A Ucrânia está queimando. A Ucrânia está pegando fogo” .

A fome. Uma crise alimentar poderá ser consequência da guerra na Ucrânia, considerada o celeiro do mundo, o quinto maior exportador de trigo, entre outros. Na Alemanha, o Ministério do Interior recomenda estocar água e alimentos por dez dias diante de uma possível crise de abastecimento, “porque a situação é muito grave”. A ONU teme “um furacão de fome”, especialmente nos países africanos.

Catástrofes naturais ou mudanças climáticas chamam a atenção em sua aparência, variedade e intensidade. Na Espanha, maio foi o mês mais quente desde 1961. Ao contrário, no Chile, o mais frio dos últimos 50 anos. Austrália com a maior queda de neve nos últimos 54 anos. No Japão, as inundações provocaram a evacuação de mais de 300 mil pessoas; no Brasil, causaram 120 mortes e 100 mil desalojados. México e outras nações caribenhas foram atingidas pelo furacão Agatha, o mais forte em sete décadas. Uma “onda de calor perigosa e mortal” está se aproximando do sudoeste dos EUA, alerta o Serviço Nacional de Meteorologia.

A crise nas famílias. Na preocupante degradação dos valores fundamentais, a família – que constitui um dos bens mais preciosos da humanidade nas palavras de João Paulo II – sofre um ataque como nenhuma outra instituição. Obscurecida, entre outras coisas, “pela poligamia, a epidemia do divórcio, o chamado amor livre e outras deformações” (Gaudium et spes, 47).

Aumento da taxa de suicídio no pós-pandemia. Mais da metade dos jovens espanhóis reconhecem problemas de saúde mental e muitos têm ideias suicidas, segundo a Fundação Mutua Madrileña e a Fundação Jovem FAD. Se fosse apenas a Espanha…, desde o início do ano, nos EUA, segundo a organização Gun Violence Archive, mais de 10.000 pessoas morreram por suicídio.

A vida do nascituro inocente não é respeitada, nem a vida do idoso ou doente. A defesa da vida parece coisa do passado. O “discurso” dos direitos humanos recusa-se a reconhecer a dignidade da vida em todas as suas etapas, do início ao fim, chegando a considerar com mais direitos os saudáveis ​​ou fortes do que os fracos com deficiência ou os idosos, considerando-os um peso para sociedade.

Os massacres que ocorreram ultimamente no país mais rico do mundo. Desde o início do ano, os Estados Unidos sofreram 237 tiroteios em massa, de acordo com o Gun Violence Archive. “Há mais assassinatos em massa do que dias no ano”, afirmou o senador democrata de Connecticut, Chris Murphy. O número de vítimas da violência armada é aterrador. Há 43 milhões de armas nas mãos de qualquer um. A crença mais recente – em ascensão – entre os cidadãos é que eles precisam de armas para sua segurança pessoal.

Tanta frequência de crueldade deixa-nos perplexos. O último incidente amplamente divulgado do jovem de 18 anos que cometeu o massacre em Uvalde, uma pequena cidade perto da fronteira mexicana, matando 19 crianças e dois professores, paralisou o mundo. Começa-se a entrar em um “mata-mata” incontrolável. O assassino, conhecido como especialmente violento, com comportamento agressivo, mas principalmente com as mulheres, vinha de uma família desfeita. Não teve nem a disciplina sadia nem a convivência social, certamente faltava-lhe afeto familiar.

Muitos fatores o terão influenciado a tomar uma atitude tão sanguinária. É difícil traçar um perfil dos assassinos que realizam tiroteios em massa. Esse indivíduo, por exemplo, sem antecedentes criminais ou relação com a escola, crianças ou professores que atacou, realiza um massacre sanguinário.

Vale ressaltar que a quantidade de material violento que está disponível para os jovens, em filmes ou videogames, acaba estimulando reações cruéis.

A violência está sendo a forma frequente de perseguições à Igreja. Apenas uma notícia breve e trágica, recente e pouco divulgada: mais de 38 católicos foram mortos em um ataque perpetrado durante a celebração de uma missa, em Owo, Nigéria. Atirando indiscriminadamente e detonando uma bomba. Já o chamam: “O massacre de Pentecostes”.

declínio do número de católicos na América Latina. Em 1970 havia 92% de católicos. Em 1995 80%, já em 2018, caiu para 59%.

A crise interna na Santa Igreja, onde se propõem ideias morais ou sociais contrárias aos ensinamentos do Magistério da Igreja.

Alegria, paz, bondade, mansidão, pureza desaparecem passo a passo dando lugar à inveja, discórdia, raiva, impureza, tristeza. Tudo isso nos deixa espantados, assustados, sem palavras. Faz-nos elevar o pensamento e gritar, como o fez São Luís Maria Grignion de Montfort na sua profética “Oração Abrasada”, da qual me atrevo a transcrever apenas alguns parágrafos. Encontraremos aqui a razão de tudo o que acontece:

“É tempo de agir, Senhor, lançaram por terra a vossa Lei, Vossa divina lei é transgredida; vosso Evangelho, abandonado; torrentes de iniquidade inundam toda aterra, e arrastam até os vossos servos; a terra toda está desolada, a impiedade está sobre o trono, vosso santuário é profanado e a abominação entrou até no lugar santo. Deixareis tudo assim ao abandono, justo Senhor, Deus das vinganças? Calar-vos-eis sempre? Tolerareis sempre? Não cumpre que seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu, e que venha a nós o vosso reino? Não mostrastes antecipadamente a alguns de vossos amigos uma futura renovação de vossa Igreja? Amém. Vem, Senhor Jesus” (Ap 22, 20).

O santo se condoía em ver Deus “todos os dias tão cruel e tão impunimente ofendido”. É por isso que ele implora, no final de sua oração:

“Erguei-Vos, Senhor! Por que pareceis dormir? Erguei-Vos em vossa onipotência, em vossa misericórdia e em vossa justiça para formar uma companhia seleta de guardas que velem a vossa casa, defendam a vossa glória e salvem as vossas almas, afim de que haja um só rebanho e um só pastor, e que todos Vos rendam glória em vosso templo. Amém.”

Quais poderão ser as consequências? Bem, já as estamos vendo e vivendo: “Guerra, fome, perseguição à Igreja e ao Santo Padre, várias nações serão aniquiladas”, diz a Mensagem de Fátima.

Por Pe. Fernando Gioia, EP

(Publicado originalmente em La Prensa Gráfica de El Salvador, 19/06/2022. )

www.reflexionando.org

Fonte: https://gaudiumpress.org/

A cultura do imediatismo e uma geração doente

Shutterstock
Por Talita Rodrigues

Já ouviu a frase: "Trabalhe enquanto eles dormem, estude enquanto eles se divertem”? Isso até soa bonito, mas quem adota esse tipo de comportamento pode adoecer.

Todos nós sabemos que vivemos na cultura do imediatismo. Tudo deve ser para ontem. Entre tantas outras comodidades, hoje, você tem na palma das suas mãos aplicativos para comprar livros em menos de três minutos, aplicativos que oferecem uma refeição no máximo em uma hora sem sair de casa.

Estamos mal acostumados. Por isso, essa cultura do imediatismo nos torna cada vez mais doentes. E a falta de sentido de viver se faz cada vez mais presente dentro dos consultórios de psicologia. 

Aposto que você já deve ter escutado aquelas frases: “trabalhe enquanto eles dormem, estude enquanto eles se divertem”. O fato é que isso até soa bonito, mas é extremamente doentio – e se você adota esse tipo de comportamento você adoece. 

A vida não é uma competição. A vida é como tem que ser PARA VOCÊ. Descanse e trabalhe, divirta-se e estude. Só não deixe a era e a cultura do imediatismo te consumir, a ponto de você perder as coisas mais essenciais desta vida: o seu propósito e o seu sentido de viver. 

Cultura imediatista e líquida

Vivemos em uma cultura imediatista e líquida, em que absolutamente nada foi feito para durar. Afinal de contas, nada exige esforço. É por isso que temos, por exemplo, relacionamentos de três meses assumindo um compromisso de noivado para um futuro matrimônio. E sinto muito desapontá-los, mas esse comportamento faz parte dessa onda imediatista e, por isso, a chance de não dar certo é grande. Relato isso aqui não por puro achismo, mas por experiência clínica. Todos os dias eu atendo corações quebrados e machucados. 

Estamos tão acostumados com o imediatismo que exigimos das pessoas com que nos relacionamos coisas imediatas. Não sabemos esperar e até – muitas vezes – perdemos a capacidade de perceber e respeitar o tempo do outro, que não é o mesmo tempo que o nosso.

Imediatismo e doença  

A era do imediatismo nos adoece. Somos uma geração doente, em busca de algo que nos dê um pouco mais de sentido, sem perceber que estamos indo na direção contrária do que buscamos. 

Mas é possível viver dentro de uma cultura assim e não deixar com que ela defina os padrões e comportamentos para a sua vida. Como? Volte um pouco, e comece a se lembrar das coisas difíceis, quando não existia iFood, Kindle, e entre tantos outros aplicativos que facilitavam um pouco mais a nossa vida.

Volte-se à essência. Volte-se à simplicidade e à luta para conquistar o que mais deseja. Será árduo, uma luta dura contra uma cultura que entrega coisas em um clique. 

Nunca se esqueça: é preciso voltar ao início. É preciso esforço. É preciso força para não ceder à cultura do imediatismo que só adoece.

Encontrar o propósito de viver

Uma espera, um descanso e o fato de não precisar competir com outras pessoas devolverão a você o sentido e o seu propósito de viver.

É na simplicidade que enxergamos que precisamos de pouco para ser feliz. 

Portanto, tenha a coragem de nadar contra a maré. Tenha a coragem de assumir a vida que você quer viver – e não ter vergonha disso. 

Chega de romantizar coisas que não devem ser romantizadas e que consomem a sua saúde. Assuma e banque com o que faz sentido para você – e você verá sua vida se transformar. 

Para ler mais conteúdos como este, clique aqui e siga a psicóloga Talita Rodrigues no Instagram.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Papa: "arrisca, meu irmão", junto aos pobres e indígenas da Amazônia

Audiência com o Papa Francisco | Vatican News

‘Arrisca, meu irmão, se você não arriscar, já está errando’. Essa foi uma das indicações do Papa ao desabafo de um dos 17 bispos que foram recebidos nesta segunda-feira (20), no Vaticano. A delegação, representando o Regional Norte 1 da CNBB (Estados do Amazonas e Roraima) e o Noroeste (Acre, sul do Amazonas e Rondônia), deu de presente ao Papa um cocar e um quadro-denúncia intitulado "SOS Yanomami", pintado ainda no ano de 1989 por um artista indígena local.

Silvonei José, Bianca Fraccalvieri e Andressa Collet - Vatican News

Mitra ou cocar? Não poderia haver um presente mais característico para o Papa Francisco dos bispos vindos da Amazônia in visita ad Limina no Vaticano, mais especificamente dos representantes do Regional Norte 1 da CNBB (Estados do Amazonas e Roraima) e do Noroeste (Acre, sul do Amazonas e Rondônia). Os 17 bispos foram recebidos na manhã desta segunda-feira (20).

Para o arcebispo de Porto Velho, em Rondônia, dom Roque Paloschi, foi um encontro de comunhão, esperança e coragem. "De comunhão porque ele acolheu tudo aquilo que nós trouxemos da realidade de nossas igrejas na Amazônia. De esperança, porque ele nos motivou a vivermos a nossa missão de pastores e não burocratas, de não perdermos este foco. E de coragem, para estar junto com as populações mais pobres e, sobretudo, que a Igreja saiba respeitar as culturas, o desafio da encarnação":

“Diante desse desafio que temos hoje, da escassez de clero, das dificuldades econômicas, a questão da situação desesperadora do desrespeito dos primeiros habitantes das terras de Santa Cruz que moram lá, ele (o Papa) usou a expressão ‘arrisca, meu irmão, se você não arriscar, já está errando’. Quer dizer, nós não temos que ter medo para também nos lançarmos nos novos desafios, vivendo sobretudo a fidelidade aos pobres. [...] Ele também nos pediu para sermos pastores, não burocratas; pastores com cheiro de ovelha e a cercania com o povo.”

Para mons. Lúcio Nicoletto, administrador diocesano de Roraima, Francisco encorajou os bispos a atuarem "sem medo de encarar os desafios que nos apresenta o momento atual, que precisa de uma palavra profética para anunciar a esperança do Evangelho da vida, mas também denunciar tudo aquilo que pisoteia os direitos fundamentais das populações indígenas e do cuidado com a casa comum".

Dom Roque e mons. Lúcio | Vatican News

O olhar do Papa para a Amazônia

Através desse encontro humano e fraterno, com os bispos sendo incentivados à proximidade diária "com os últimos e sem medo de arriscar", dom Roque contou que o Papa voltou a falar da Conferência de Aparecida de 2007, que reuniu o episcopado latino-americano e do Caribe, e de como ficou "intrigado" de como se falava tanto sobre a questão da ecologia na época. Além dos bispos da Amazônia, o arcebispo de Porto Velho comentou que a Laudato si' ajudou o Pontífice a dar esse passo em direção à importância do tema, como o próprio Sínodo dos Bispos para a Amazônia em 2019 e a exortação apostólica pós-sinodal de 2020 "Querida Amazonia":

"A 'Querida Amazonia' é esse abraço de ternura e de carinho que ele assumiu não só para a questão dos biomas amazônicos, mas o cuidado e - eu até usei essa expressão com ele - do Jardim de Deus, da casa comum, e a preocupação com as gerações vindouras. Então, o Papa demostrou, assim, esse empenho e essa clareza de que nós não podemos abrir mão daquilo que é a nossa missão de cuidar desse Jardim, que foi confiado a nós, mas não só para nós, para todas gerações. E reforçou por três vezes a importância de nós aprendermos cotidianamente também com os povos originários, com os povos indígenas, essa relação harmoniosa e respeitosa com a criação. E, sobretudo, nos pediu a coragem e a ousadia de não ter medo de dar passos também no sentido de viver uma fé que seja encarnada nesta realidade onde se está: não querer voltar ao esquema da colonização, mas, pelo contrário, entrar e mergulhar nas culturas. Isso foi muito bonito!"

O quadro "SOS Yanomami" dado ao Papa

Segundo mons. Lúcio, a audiência com o Papa foi para reabastecer o coração após tantos desafios numa missão que é muito exigente: o Pontífice parecia "estar no esperando para nos encorajar e nos acolher e, pela primeira vez, nada de puxão de orelha", brincou ele. Em nome do povo de Roraima, o Monsenhor presenteou o Papa com um quadro produzido em 1989 por um artista local, o indígena Cardoso, que por muitos anos pintou o sofrimento e a esperança do povo amazônico. O título da obra dada a Francisco é emblemático "SOS Yanomami", uma das maiores etnias da Amazônia, que na época servia de denúncia ao sofrimento dos povos nativos daquela região por causa dos "direitos pisoteados e de questões como o extrativismo, o desmatamento, a falta de preservação ambiental e a falta de respeito para com a populações".

"Hoje, depois de 33 anos, esse quadro continua terrivelmente atual. Porque continua denunciando a falta de respeito que nós deveríamos ter, de maneira especial, a parte pública, para com as populações nativas que são para nós motivo para a gente rever inclusive o nosso estilo de vida. O Papa Francisco, então, conclama a todos a rever a nossa maneira de viver a partir de uma cultura que respeite a casa comum."

O Papa também ganhou um cocar da delegação da Amazônia

"Quero viver minha missão até Deus permitir"

Ao ser questionado por Silvonei José sobre como está a saúde do Papa, para quem de perto pode conferir, o arcebispo de Porto Velho confirmou que Francisco "manifestou que tem muitos desafios, mas que não passa pela cabeça isso que tá saindo na imprensa (de renunciar): ‘eu quero viver a minha missão até que Deus me permitir', disse ele. E pronto". Monsenhor Lucio reforçou o pensamento de dom Roque, dizendo que viu o Papa dentro da sua fragilidade, mas "também com uma força muito grande e que traz para nós uma grande força! Às vezes até a gente tem vergonha na cara por ficar aí se queixando de tanta coisa, e olha o Papa como é que ele está com aquela animação toda!". E dom Roque finalizou:

“Saio me sentindo muito contemplado desse abraço amoroso e carinhoso do Papa Francisco com toda nossa região Amazônica.”

A visita ao Vaticano termina na próxima sexta-feira (24) e ao longo da semana a delegação da Amazônia visita dicastérios, conselhos e comissões do Vaticano, além de constar na programação a celebrarão da Eucaristia nas quatro Basílicas Maiores de Roma: São Pedro, São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo fora dos Muros.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Papa Francisco abençoa pálios de novos arcebispos na solenidade de são Pedro e são Paulo

Papa Francisco / Daniel Ibáñez (ACI Prensa)

Vaticano, 21 jun. 22 / 10:12 am (ACI).- O escritório de cerimônias litúrgicas informou que no dia 29 de junho, solenidade dos santos apóstolos são Pedro e são Paulo, o papa Francisco celebrará missa na basílica de São Pedro e abençoará os pálios dos novos arcebispos metropolitanos.

A missa começará às 9h30 (4h30 no horário de Brasília) e contará com a presença dos patriarcas, cardeais e arcebispos metropolitanos nomeados durante o ano passado.

O pálio do arcebispo é a insígnia exclusiva dos arcebispos residenciais ou metropolitanos e recorda a unidade com o sucessor de Pedro. Trata-se de uma faixa de lã branca em forma de gola, adornada com seis cruzes de seda preta. É semelhante a uma estola e é usado como escapulário.

A lã significa a dureza da repreensão aos rebeldes; a cor branca, benevolência para com os humildes e penitentes. Quatro cruzes localizadas na frente e atrás, à direita e à esquerda, o que significa que o bispo deve ter vida, ciência, doutrina e poder. Relaciona-se também com as quatro virtudes cardeais: prudência, fortaleza, temperança e justiça.

Tradicionalmente, no início da Eucaristia em 29 de junho, papa se detém em silêncio orante diante da estátua de são Pedro e reza no túmulo do apóstolo Pedro, que está sob o altar da Cátedra.

Fonte: https://www.acidigital.com/

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Papa Francisco recebe Kiko Argüello, Padre Mario e María Ascensíon em Audiência Privada

Papa Francisco com Kiko, Pe. Mario e Ascensíon | neocatechumenaleiter

Papa Francisco recebe a Equipe Responsável Internacional do Caminho Neocatecumenal

Na manhã do dia de hoje, 3 de junho de 2022, Papa Francisco recebeu, em audiência privada, Kiko Argüello, iniciador do Caminho Neocatecumenal, acompanhado pelo Padre Mario Pezzi e a senhora Ascensión Romero.

O encontro ocorreu, como em outras ocasiões, em um clima muito cordial. O motivo principal da audiência foi pedir ao Santo Padre que envie, em uma audiência, as novas famílias em missão, convite que o Papa acolheu com alegria e que acontecerá no dia 27 de junho, depois do Encontro Mundial das Famílias, às 12h (horário de Roma), na Sala Paulo VI.

O Papa demonstrou interesse sobre a situação e os lugares em que estas famílias terão que ir, especialmente a situação das famílias na Ucrânia. Também se mostrou interessado na situação do Caminho na Argentina.

Kiko apresentou ao Santo Padre a questão do Seminário para a Ásia, que depende da Congregação para a Evangelização dos Povos e encomendado ao Caminho, que o Papa quis e do qual se cumpriram os três primeiros anos. O Santo Padre se alegrou pelo fim do período “ad experimentum” do Colégio Missionário Redemptoris Mater para a Ásia, em particular a próxima ordenação ao diaconado dos primeiros candidatos e, em consequência, estabeleceu a constituição definitiva do mesmo.

Kiko informou ao Papa da próxima convivência mundial de itinerantes, que terá lugar no Centro internacional de Porto San Giorgio, em que estarão presentes os responsáveis de 135 nações onde o Caminho está presente.

Como preparação ao envio das famílias pelo Papa, haverá uma convivência de famílias dispostas a sair a todo o mundo, onde os Bispo pediram.

Ao final do encontro, Kiko presenteou ao Papa com um cópia do ícone de Pentecostes, pintado por ele, junto com o hino do Espírito Santo, composto por Kiko.

Papa Francisco e Equipe | neocatechumenaleiter

Papa Francisco e Kiko | neocatechumenaleiter

Fonte: https://neocatechumenaleiter.org/pt-br

Papa: “vocês estão na fronteira, com os mais pobres, onde eu gostaria de estar”

Papa Francisco com cocar dado de presente pelos bispos dos regionais 
Regional Noroeste e Norte1  (Vatican Media)

Francisco encontra os bispos do Regional Noroeste e Norte1. O Papa insistiu aos bispos que “escutem os povos indígenas, escutem as comunidades de base, o Espírito Santo age através dessas pessoas”.

Padre Modino

Começou nesta segunda-feira a Visita ad Limina dos Regionais Noroeste e Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Poderíamos dizer que começou com o momento principal, pois depois de celebrar a Eucaristia junto ao túmulo do Apóstolo Pedro, os 17 bispos presentes, junto com o administrador da Diocese de Roraima, se encontraram com o Papa Francisco, o Sucessor de Pedro.

Um momento para viver a catolicidade, um momento de alegria, segundo dom Leonardo Steiner. Aos pés do túmulo onde está sepultado o primeiro Papa, aquele que receberá o capelo cardinalício no dia 27 de agosto, insistiu em “expressar a alegria das nossas Igrejas”, destacando, a partir da sua experiência em Manaus, “o carinho enorme que o Povo de Deus tem pelo Papa, e nós nos alegramos com nossas comunidades”.

Dom Leonardo - celebração aos pés do túmulo onde está sepultado São Pedro |
Vatican News

Segundo o arcebispo de Manaus, “o túmulo de Pedro, para nós bispos, tem o significado não apenas do primado”, destacando o caráter extraordinário da figura de Pedro, “porque tem muitas fragilidades, tem muitas fugas, muitas pedras, mas um homem de fidelidade”. Dom Leonardo Steiner afirmou, se dirigindo aos bispos, que “na figura de Pedro, nós nos vemos, nos entendemos e compreendemos como pessoas, mas nos vemos, nos entendemos e nos compreendemos também como bispos”, ressaltando que fazem parte desse ministério de séculos.

Ele falou aos bispos que “diante do túmulo de Pedro peçamos além da fidelidade, a graça da gratidão, gratidão por podermos exercer na Igreja esse ministério ao serviço das nossas comunidades”. Dom Leonardo, ao elo das palavras de São Paulo, disse que “a força não está em nós mesmos, a força está no ministério recebido”. Diante da tentação de centrar tudo em si próprio, chamou a perceber que “a força do Espírito, a força do Reino de Deus, esteja a guiar as nossas Igrejas e a guiar nosso próprio ministério”.

Celebração aos pés do túmulo onde está sepultado São Pedro | Vatican News

O arcebispo de Manaus chamou a descobrir “a nossa finitude, que é cheia de fragilidade, fraqueza”, sendo o próprio ministério que liberta, “na medida em que vamos retornando, nos entusiasmando, buscando, servindo, nos entregando”, fazendo ver a necessidade de sair das amarras de si mesmos e das amarras do sistema. Ele também quis agradecer aos Papas que os nomearam, insistindo em que “não é nenhuma promoção, mas é uma graça que Deus nos deu”, ressaltando que é um serviço à Igreja, que tem que ser feito com alegria.

A celebração eucarística foi seguida por “um encontro inesquecível e memorável”, segundo dom Edson Damian. Ainda emocionado, depois de mais de duas horas de encontro, iniciado com a saudação pessoal a cada um dos membros da visita ad Limina, onde o Papa Francisco foi recebendo e se interessando pelos presentes de cada uma das igrejas particulares, o Presidente do Regional Norte1 insistiu em que o Papa Francisco diz logo no início: “aqui eu quero que vocês digam tudo o que quiserem, perguntem tudo o que quiserem, façam críticas também, aqui precisa liberdade, porque quando não há liberdade, não existe diálogo”, segundo dom Edson. Palavras que deram passo a um longo diálogo em que o Papa “foi ouvindo as perguntas, as colocações de cada um”.

Celebração aos pés do túmulo onde está sepultado São Pedro | Vatican News

O Bispo de São Gabriel da Cachoeira agradeceu ao Papa Francisco pelo Sínodo para a Amazônia e o Sínodo sobre a sinodalidade. Ele, que é bispo da diocese com a maior porcentagem de população indígena do Brasil, lhe expressou ao Santo Padre o grande agradecimento dos povos indígenas “porque pela primeira vez, são escutados, e eles se sentiam tão felizes”, destacando o trabalho fantástico de escuta feito no processo sinodal do Sínodo para a Amazônia, algo que está sendo repetido com o Sínodo atual, mostrando o Papa aos povos indígenas, “como ele os leva a sério”.

O Papa insistiu aos bispos que “escutem os povos indígenas, escutem as comunidades de base, o Espírito Santo age através dessas pessoas, dos pobres da Igreja, e vocês estão na fronteira, vocês estão com os mais pobres, vocês estão onde eu gostaria de estar”.

Bispos em visita ad Limina | Vatican News

Em relação com o Sínodo atual, dom Edson Damian afirmou que “este Sínodo é colocar em prática as intuições mais profundas do Concílio Vaticano II, é voltar àquilo que a Igreja sempre devia ser e ela acabou perdendo, a sinodalidade, onde a Igreja é o Povo de Deus, unido com seus pastores, todos caminhando juntos”.

O Presidente do Regional Norte1, falando da Praedicate Evangelium, ressaltou que segundo o Papa Francisco “é o resultado de 9 anos de trabalho da Igreja, com aquele grupo de cardeais que me ajudaram muito, e já dá para sentir esse espírito todo, que é a nossa Igreja que está predicando o Evangelho, o Evangelho acima de tudo, anunciar o Evangelho, e o Evangelho deve chegar a todos os povos, a começar pelos pobres, pelos migrantes, por aqueles que estão nas fronteiras”.

Bispos em visita ad Limina | Vatican News

Finalmente, o bispo de São Gabriel da Cachoeira destacou das palavras do Papa, que disse: “mesmo sendo dois regionais, vocês são profundamente unidos, estão sintonizados. Todas as perguntas que vocês fizeram foram complementando o nosso diálogo esclarecendo esse encontro que me deixa profundamente feliz”, insistindo o bispo em que: “e nós mais ainda”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Nossa Senhora da Consolata

Nossa Senhora da Consolata | arquisp
20 de junho

Nossa Senhora da Consolata

Nossa Senhora da Consolata é o nome italiano para uma devoção conhecida como Nossa Senhora da Consolação e também Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos.

História

Santo Eusébio passou anos exilado em terras do Oriente e da Palestina. Estando na Palestina, ele encontrou um belo quadro de Nossa Senhora da Consolata. Voltando do exílio, ele levou o quadro e o deu de presente ao Bispo de Turim, Itália. O bispo era outro santo, São Máximo.

Este, reconhecendo a beleza e a importância da devoção a Nossa Senhora da Consolata, fez um altar dedicado a ela na igreja de Santo André e chamou o povo para venerar Nossa Senhora sob esse novo título. Muitos milagres começaram a acontecer pela intercessão de Nossa Senhora sob a invocação da Consolata.

Por mais de 400 anos o quadro ficou ali exposto para a veneração e oração dos fiéis. Nossa Senhora da Consolação, na visão dos santos, traz a todas as pessoas a verdadeira e única consolação para o coração humano: seu filho Jesus Cristo.

Heresia contra a igreja

Em 820 os hereges iconoclastas, isto é, destruidores de imagens, invadiram a cidade de Turim e destruíram tudo que encontravam que fizesse referência à fé cristã. Os religiosos, então, esconderam tudo quanto conseguiram esconder, inclusive o quadro de Nossa Senhora da Consolata. Por isso, o quadro ficou esquecido nas catacumbas da igreja de Turim. Ele permaneceu lá por mais de 100 anos. Chegaram a pensar que ele tinha sido destruído.

Redescoberta do quadro de Nossa Senhora da Consolata

No ano 1014, um Marquês italiano chamado Arduino, estava muito doente. Em seu leito de dor e oração, teve uma visão de Nossa Senhora. Na visão, Maria lhe pedia para construir uma igreja nas ruínas da antiga igreja de Turim. Depois dessas visões, Arduino ficou curado.

Por isso, e como forma de agradecimento, ele começou a construção da igreja nova, como Nossa Senhora tinha pedido. Nas escavações das ruínas da antiga igreja, redescobriram milagrosamente o quadro de Nossa Senhora da Consolata. A imagem era como Nossa Senhora tinha aparecido para Arduino. Foi uma grande consolação para a igreja local.

Nova guerra em Turim e novo milagre

Mais de 100 anos depois, uma nova guerra assolou a cidade de Turim e a igreja onde estava a imagem de Nossa Senhora da Consolata. E, mais uma vez, o quadro ficou escondido entre os entulhos por muitos anos. Novamente, todos pensaram que o quadro tinha sido destruído e isso foi causa de grande tristeza para o povo.

O grande milagre de Nossa Senhora da Consolata

Maria Santíssima, na forma de Nossa Senhora da Consolata apareceu a um cego que vivia bem longe de Turim. Seu nome era John Ravais e ele vivia na França. No sonho, ela pedia que ele fosse a Turim escavar os escombros da igreja para encontrar a imagem.

Maria lhe pedia também para ele construir novamente a igreja e prometeu que ele seria curado. John Ravais obedeceu prontamente. Quando chegou a Turim, procurou o Bispo, e este, depois de ouvir sua história, lhe deu todo apoio necessário nas buscas da imagem. Contrataram pedreiros e começaram as escavações.

E, tal como John Ravais tinha visto em seus sonhos, encontraram o quadro de Nossa Senhora da Consolata. Quando John Ravais chegou perto do quadro, ficou curado de sua cegueira. Foi uma grande emoção para todos.

Devoção a Nossa Senhora da Consolata

A partir de mais este milagre, a população de Turim assumiu Nossa Senhora da Consolata como protetora e padroeira da cidade. A devoção começou a se espalhar pela região, depois por toda a Itália, depois pela Europa e depois para o mundo inteiro. Hoje existe um Santuário dedicado a Nossa Senhora da Consolata em Turim. Peregrinações do mundo todo vão até lá para ver o quadro e rezar Nossa Senhora da Consolação.

Oração a Nossa Senhora da Consolata

Ó Mãe Consolata, vós sois no Céu a Rainha dos anjos e dos santos, e aqui na terra é a Mãe das consolações. Vós sois a Consolata, e eu vosso filho, vos peço consolação e graça. (fazer o pedido). Mãe querida, vós sabeis o modo, conheceis o caminho para ouvir-me, por isso confio em vós. Dizei uma palavra a Jesus que trazeis em vossos braços com tanto amor e carinho, e será o suficiente para que eu prove a alegria do conforto. Consolado por vós e por vosso filho, serei capaz de consolar os meus irmãos que mais sofrem. Saberei também enfrentar com serenidade aas dificuldades, encontrando em vós auxilio e proteção, amém.

Nossa Senhora da Consolata, rogai por nós.  

IGREJA DEDICADA A NOSSA SENHORA DA CONSOLATA EM BRASÍLIA

Paróquia Nossa Senhora da Consolata | arqbrasilia

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF