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quinta-feira, 23 de junho de 2022

Grandes desafios para a Pastoral Juvenil

UMBRASIL

GRANDES DESAFIOS PARA A PASTORAL JUVENIL

Dom Antonio de Assis
Bispo Auxiliar de Belém do Pará (PA)

Em todas as dimensões e áreas da vida pastoral da Igreja encontramos grandes desafios. Isso significa que o processo de evangelização não é gratuito. O ato de semear a Palavra de Deus exige esforço do evangelizador para conhecer a realidade em que trabalha, encarnar-se na mesma e acompanhar processos educativos.  

Nos últimos meses participei de três grandes eventos pastorais (Santarém, São Paulo e Niterói) e o tema Juventude estiveram presentes em todos eles; o primeiro era de nível amazônico e os dois últimos em nível nacional. O que apresento neste texto é um elenco de grandes temas que constituem verdadeiros desafios para a pastoral juvenil na atualidade. Cada desafio traz consigo muitas expressões e consequências pastorais. Desta vez apresento-lhe somente um breve elenco daquilo que pretendemos aprofundar nos artigos sucessivos.  Dez desafios:  

  Aprofundar a identidade da Pastoral Juvenil 

Estamos em tempos de grandes mudanças, “em mudança de época”; tudo parece que está sendo repensado, relido, reinterpretado, redimensionado, reconfigurado, redefinido. O dinamismo da “cultura líquida” nos convida também a rever nossas ideias, visões, conceitos, estilos, propostas pedagógico-pastorais; a pastoral não pode ser alheia ao contexto mutante; porém ser fiel ao essencial. No Brasil a Pastoral Juvenil, diante de tantas mudanças culturais e eclesiais, também teve que mudar, se repensar, se reestruturar e se redimensionar. Todavia, essa reconfiguração da Pastoral Juvenil ainda não foi suficientemente assimilada.   

 Revitalizar a sensibilidade existencial 

A Pastoral Juvenil não deve se distanciar da realidade existencial dos jovens. Onde não há encarnação, também não haverá diálogo evangelizador. A evangelização para ser impactante deve ir ao encontro dos mais variados contextos existenciais dos jovens. Temos graves problemas que estão atingindo a vida das juventudes em variados contextos e com diversidade de fenômenos como o vazio existencial, fragilidade psicológica, pobreza, miséria, criminalidade, drogadição, indiferença religiosa, ateísmo… É preciso não ter medo dos jovens e de acolhê-los na situação em que se encontram. A pandemia nos trouxe muitas lições.  

 Dar atenção à questão vocacional 

A questão vocacional está ficando por segundo plano cada vez mais na vida dos jovens. Estamos na era do presentismo, do imediatismo, das relações descompromissadas; diante da fragilidade da atenção ao matrimônio e do descompromisso com opções de vida, é necessário realçar a sensibilidade para com a dimensão vocacional da Pastoral Juvenil. Isso significa aprofundar a questão do namoro, noivado, acompanhamento, discernimento vocacional, Projeto de Vida.   

Estimular o encontro, conhecimento, amizade com Jesus 

Não há verdadeira evangelização sem a apresentação da pessoa de Jesus Cristo. O foco sobre a pessoa de Jesus Cristo deve ser permanente, a catequese não deve se reduzir a alguns meses de preparação aos sacramentos de Iniciação à Vida Cristã. É urgente a superação da ignorância, da superficialidade e da confusão sobre a pessoa de Jesus Cristo. Cresce cada vez mais uma espécie de “visão sincrética” sobre Jesus Cristo, reduzindo-o a um sábio, filósofo, grande homem ou a um mero conceito moral como paz, amor, esperança… A perda do conhecimento do Jesus histórico esvazia a fé do jovem. A prática da Leitura Orante é de fundamental importância. 

 Motivar o engajamento socio-eclesial 

A autêntica intimidade com Jesus Cristo é inseparável do compromisso com o seu Reino da compaixão, opção preferencial pelos pobres, engajamento eclesial; a Pastoral Juvenil não deve ser restringir a eventos de adoração, vigília e louvores. A assimilação da Doutrina Social da Igreja e experiências concretas de compromisso social são exigências da maturidade do discípulo missionário; em alguns contextos há o perigo de se cair numa pastoral intimista. Todavia, por toda parte as necessidades do Reino de Deus são gritantes. 

 Formar Jovens discípulos missionários 

O grande desafio do Documento de Aparecida proposto para toda a Igreja na América Latina foi a formação do discípulo missionário de Jesus Cristo. Esse é um dos mais profundos desafios da Pastoral Juvenil. Isso pressupõe processo de formação, percurso de etapas, experiências de vida, formação de convicções. Muitos não tiveram formação cristã. Muitas vezes a relação entre a vida dos jovens (com suas múltiplas experiências em todas as dimensões) e a pessoa de Jesus Cristo é muito frágil; o desafio do discipulado leva os jovens a acolher a pessoa de Jesus Cristo com o Amigo, Mestre e Senhor capaz de influenciar suas vidas. Dessa forma cessa o subjetivismo, a libertinagem etc. Parece quem em algumas dimensões, Jesus Cristo fica de fora.     

 Promover a Sinodalidade na Pastoral Juvenil 

Não temos no Brasil somente a Pastoral da Juventude; ela é uma das muitas expressões das juventudes organizadas atuantes na Igreja. Isso não pode ser ocultado. Há a necessidade de cada vez mais se estimular um caminho de comunhão entre as expressões juvenis presentes nas paróquias, nas Congregações, nas Novas Comunidades, nos Institutos, nos movimentos eclesiais etc. Essa diversidade carismática é dom do Espírito Santo e por isso ninguém deve se isolar, mas juntos, em clima de amizade fraterna, estarem a serviço do Reino de Deus.   

 Estimular uma Pastoral Juvenil Preventiva 

A experiência pastoral é remédio contra o veneno dos múltiplos males que massacram as juventudes. Uma Pastoral Juvenil Preventiva busca respostas pastorais ao suicídio, ao vazio existencial, ao desânimo, à prostituição, à criminalidade, à mobilidade religiosa, ao ateísmo, agnosticismo, indiferença social, ao envelhecimento eclesial. Uma pastoral juvenil intimista não será capaz de olhar a realidade juvenil para além da sacristia. Há uma diversidade de dimensões que não devem ser esquecidas, sobretudo, a dimensão lúdica e artística.  

 Capacitar para o enfrentamento de ideologias 

O ar sociocultural pós-moderno é rico de ideologias de todos os tipos e em todas as áreas. Somente uma profunda formação humana, cristológica, ética e doutrinal dos jovens poderá ajudá-los a não serem reféns do subjetivismo, do voluntarismo, do hedonismo, do consumismo, do tecnicismo, do presentismo, do ateísmo ideológico, do cientificismo, do democratismo, do psicologismo naturalista etc. 

 Fomentar a autossustentabilidade da Pastoral Juvenil 

Há uma íntima relação entre economia e pastoral; a ação pastoral demanda recursos econômicos: viagens, eventos, recursos técnicos etc; Muitas vezes a Pastoral juvenil fica atrofiada por causa da falta de investimentos econômicos. Sem recursos, os jovens caem na dependência, são alvos de antipatia, rotulados, vistos como peso. Duas questões devem ser aprofundadas: de um lado é a necessária promoção do protagonismo juvenil e por outro o necessário apoio dos líderes, párocos e bispos, capazes de educá-los, orientá-los, desafiá-los, acompanhá-los, ajudá-los concretamente.   

PARA REFLEXÃO PESSOAL: 

1.    Qual desses desafios lhe parecem mais urgentes em seu contexto eclesial? 

1.    Por que a Pastoral Juvenil deve se encarnar no concreto da vida dos jovens? 

1.    Qual realidade sociocultural da atualidade mais desafia a pastoral juvenil? 

Arquidiocese de Brasília promove manhã de oração pela santificação do clero

arqbrasilia

Arquidiocese de Brasília promove manhã de oração pela santificação do clero

Na próxima sexta-feira (24/06), a Igreja celebra a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Nesta ocasião, tradicionalmente, se reza pela santificação dos sacerdotes. Em Brasília, além da motivação para que todas as paróquias realizem momentos de oração nesta intenção, o clero da Arquidiocese se reúne na Catedral de Brasília, durante toda a manhã, para adoração e atendimento de confissões que culminam com a Santa Missa presidida pelo Arcebispo de Brasília.

Programação

8h às 9h – Vicariato Centro

9h às 10h – Vicariato Sul

10h às 11h – Vicariato Leste

11h às 12h – Vicariato Norte

12h15 – Missa presidida pelo Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa

Atendimento de confissões durante toda a manhã na Catedral Metropolitana de Brasília.

“Reze por seu pároco, por aqueles padres que estão perto de vocês e conhecem …, para que, através de sua oração, o Senhor possa fortalecê-los em sua vocação, consolá-los em seu ministério e possam sempre ser ministros da Alegria do Evangelho para todas as pessoas”. (Papa Francisco, 17 de junho de 2020)

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Dicastério para a Comunicação convida os bispos da Amazônia a tecerem redes de comunhão

Bispos dos Regionais Norte1 e Noroeste aos pés de Maria, do ícone
“Salus populi romani”

Não pode ser uma comunicação só de ensinamento e sim de testemunho de vida, pessoas que façam transparecer a realidade do Evangelho em sua vida.

Padre Modino

Aos pés de Maria, do ícone “Salus populi romani”, começaram os bispos dos Regionais Norte1 e Noroeste sua terceira jornada da visita ad limina, que realiza de 20 a 24 de junho de 2022. Em um lugar de devoção do povo de Roma a Nossa Senhora, especialmente nos momentos de desastres, de pestes, de guerra, de pandemia, dentro da Basílica de Santa Maria Maior, seguindo o costume de celebrar nas quatro basílicas do Papa.

Um local onde o Papa Francisco rezou no primeiro dia do seu pontificado e vai antes e depois de cada viagem apostólica, segundo lembrou dom Joaquim Pertiñez. Uma imagem presente na oração de 27 de março de 2020 na Praça de São Pedro vazia, onde o Papa Francisco, nas primeiras semanas da pandemia da Covid-19, que tanta dor tem provocado à humanidade, colocou a vida da humanidade aos pés de Jesus e de sua Mãe, que sempre esteve lá, aos pés da Cruz.

Visita ad Limina | Vatican News

O bispo da Diocese de Rio Branco (AC), convidou a rezar diante do ícone “para que interceda pelos nossos povos, pelos mais sofridos, indígenas, caboclos, migrantes, enfermos, idosos”, pedindo que Nossa Senhora se faça presente nos momentos de dificuldade do povo. Também disse aos irmãos bispos que a visita ad Limina seja “um momento de vida e esperança para todos nós e para todos nossos povos”, convidando a guardar tudo no coração e assim poder seguir os passos de Maria, de Nossa Senhora da Amazônia.

Seguindo a apertada agenda que faz parte de toda visita ad Limina, os bispos da Amazônia se reuniram com o Dicastério para o Clero, o Tribunal da Rota Romana e o Dicastério para a Comunicação. O prefeito, dom Lazzaro You Heung sik, que será criado cardeal no consistório do dia 27 de agosto, animou os bispos a cuidar da formação do clero e dos futuros presbíteros, insistindo na necessidade de os bispos cuidar dos sacerdotes e caminhar na escuta e no diálogo.

Dom Alejandro Arellano Cedillo, Decano do Tribunal da Rota Romana, orientou os bispos em questões relacionadas com diferentes processos que fazem parte da vida das igrejas particulares, ajudando os prelados a entenderem os passos a serem dados nas diferentes situações que se apresentam.

Visita ad Limina | Vatican News

O Dicastério para a Comunicação, no encontro presidido pelo prefeito Paolo Ruffini, um dos leigos com um cargo de alta relevância na Cúria Vaticana, convidou os bispos dos Regionais Noroeste e Norte1 a tecer redes de comunhão, destacando a importância de investir na formação de comunicadores, buscando pessoas que possam comunicar a beleza do Evangelho e sua experiência de vida. Ao mesmo tempo foi feito um chamado a comunicar com firmeza aquilo que é dito, querendo evitar assim qualquer tentativa de manipulação.

Visita ad Limina - Dicastério para a Comunicação | Vatican News

Não pode ser uma comunicação só de ensinamento e sim de testemunho de vida, pessoas que façam transparecer a realidade do Evangelho em sua vida. Junto com isso, se insistiu na formação de jovens comunicadores. O Dicastério para a Comunicação quer abrir uma porta com a Amazônia, ser parceiros de uma Amazônia que sofre, afirmando a importância de criar redes entre as PASCOMs. Nesse sentido, foi pedido aos bispos para acreditar nos comunicadores, sobretudo os jovens. É assim que a comunicação pode se tornar instrumento que ajude a contar histórias que fazem ver que é possível mudar, histórias que fazem sentir com o coração.

Visita ad Limina - Dicastério para a Comunicação | Vatican News

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Por que o Sagrado Coração de Jesus está em chamas?

Renata Sedmakova | Shutterstock
Por Philip Kosloski

Um símbolo que tem conexões bíblicas, além de sua origem a partir das revelações particulares de Santa Margarida Maria Alacoque.

As representações do Sagrado Coração mostram chamas vindas da parte de cima do coração de Jesus. Este tipo de simbolismo só passou a ser adotado pela Igreja no século XVII, quando Santa Margarida Maria Alacoque teve uma revelação privada de Jesus.

Ela escreveu as palavras que Jesus lhe havia dito. E Ele mencionou especificamente “chamas” vindas de seu coração:

“O meu divino Coração está tão abrasado de amor para com os homens, e em particular para contigo, que não podendo já conter em si as chamas de sua ardente caridade, precisa derramá-las por teu meio, e manifestar-se-lhes para enriquecê-los de seus preciosos tesouros que eu te mostro, os quais contêm a graça santificante e as graças salutares indispensáveis para afastá-los do abismo da perdição”.

Conexões bíblicas

A ideia de Deus estar associado ao “fogo” também é bíblica. O próprio Deus revelou seu “nome” a Moisés no meio de uma “sarça ardente”.

“O anjo do Senhor apareceu-lhe numa chama (que saía) do meio a uma sarça. Moisés olhava: a sarça ardia, mas não se consumia.”

(Êxodo 3,2)

Jesus também recorreu ao simbolismo das chamas para comunicar o desejo de espalhar seu amor por toda a humanidade:

“Eu vim lançar fogo à terra, e que tenho eu a desejar se ele já está aceso?”

(Lucas 12,49)

Até o Espírito Santo apareceu em Pentecostes como “línguas de fogo” (cf. At 2,3)

Portanto, embora possa parecer estranho ver o Sagrado Coração de Jesus em chamas, ele é um símbolo que tem conexões bíblicas, além de sua origem a partir das revelações particulares de Santa Margarida Maria Alacoque.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Francisco e as famílias, um compromisso que une Roma ao mundo

Papa Francisco na Irlanda - IX Encontro Mundial das Famílias - Dublin 2018 
(Vatican Media)

Cresce a expectativa para o Encontro Mundial das Famílias, agora em sua décima edição, que começa nesta quarta-feira na presença do Papa e terminará no próximo domingo para refletir sobre o tema "Amor em família: vocação e caminho de santidade".

Amedeo Lomonaco, Silvonei José – Vatican News

Roma recebe entre os dias 22 e 26 de junho o X Encontro Mundial das Famílias. Um evento que apresenta uma fórmula sem precedentes, caracterizada por uma dimensão "multicêntrica e difundida". Roma é o local principal, mas nos mesmos dias cada diocese poderá promover um encontro local para suas próprias famílias e comunidades. Todas as famílias do mundo podem, portanto, participar deste evento, que marca o sexto aniversário de Amoris Laetitia e quatro anos depois da Gaudete et Exsultate. Foi que enfatizou o Papa Francisco em sua mensagem em vídeo, por ocasião da apresentação da forma extraordinária deste evento. "Desta vez", acrescentou o Pontífice, "será uma oportunidade da Providência realizar um evento mundial capaz de envolver todas as famílias que querem se sentir parte da comunidade eclesial".

Lá onde for possível, convido as comunidades diocesanas a programar iniciativas baseadas no tema do Encontro... Peço a vocês que sejam vivazes, ativos e criativos, que se organizem com as famílias, em sintonia com o que acontecerá em Roma. Esta é uma oportunidade preciosa para nos dedicarmos com entusiasmo ao trabalho pastoral familiar: cônjuges, famílias e pastores juntos. Coragem, portanto, caros Pastores e queridas famílias, ajudem-se mutuamente para organizar encontros nas dioceses e paróquias de todos os continentes. Bom caminho em direção ao próximo Encontro Mundial das Famílias!

O programa

No Angelus de domingo 19 de junho, o Papa recordou a abertura do X Encontro Mundial das Famílias. Francisco também agradeceu "aos bispos, párocos e agentes de pastoral familiar que convocaram as famílias para momentos de reflexão, celebração e festividade". "Agradeço sobretudo aos cônjuges e famílias", disse ele, "que darão testemunho do amor familiar como uma vocação e um caminho para a santidade". A abertura do Encontro, neste dia 22 de junho, é caracterizado pelo Festival das Famílias na presença do Santo Padre. No dia 23 de junho haverá quatro painéis, incluindo "Esposos e sacerdotes juntos para construir a Igreja", e duas conferências, uma das quais focalizará o tema "Acompanhar os primeiros anos de matrimônio". Na sexta-feira 24 de junho, outros tópicos serão explorados, incluindo "O catecumenato matrimonial" e "Vocação e missão nas periferias existenciais". No dia seguinte, sábado 25 de junho, uma conferência é dedicada à família Beltrame Quattrocchi. A apresentação do subsídio sobre os Santos Esposos precede então a Santa Missa presidida pelo Papa Francisco na Praça de São Pedro. O Encontro se conclui no domingo 26 de junho com o "Envio das Famílias".

Os Encontros Mundiais das Famílias: 1994 até hoje

O ano é 1994. As Nações Unidas proclamam-no o "Ano Internacional da Família". Por desejo do Papa João Paulo II celebra-se contemporaneamente, um "Ano da Família": o primeiro Encontro Mundial é realizado em Roma. Três anos depois, em 1997, Papa Wojtyla convoca as famílias de todo o mundo a se reuniram no Brasil, no Rio de Janeiro, para refletir sobre o tema: 'A família: dom e compromisso, esperança da humanidade'. O terceiro Encontro Mundial se realiza em Roma no contexto do Grande Jubileu do ano 2000. Três anos depois, as famílias se reúnem em Manila, Filipinas, para refletir sobre o tema: "A família cristã: uma boa notícia para o terceiro milênio". O quinto Encontro Mundial é realizado em Valência, Espanha. Três anos depois, na Cidade do México, o evento focaliza o tema: "A família, formadora de valores humanos e cristãos". Milão, Itália, sedia o sétimo Encontro Mundial e, em 2015, as famílias se reúnem na Filadélfia para refletir sobre o tema: "O amor é nossa missão, a família totalmente viva". O nono Encontro Mundial se realiza na Irlanda, em Dublin, tendo como pano de fundo a exortação apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia. E agora é a vez de Roma, com a décima reunião centrada no tema "Amor em família: vocação e caminho de santidade".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Breve guia de João Paulo II para os pais

DERRICK CEYRAC | AFP
Por Philip Kosloski

Em sua encíclica Familiaris Consortio, São João Paulo II forneceu um breve mas poderoso guia para todos os pais.

São João Paulo II acreditava que os pais eram vitais para o sucesso de cada família, e expôs o seu “guia” para os pais na sua encíclica Familiaris Consortio.

Ser pai nem sempre é fácil, mas com a ajuda de Deus, todas as coisas são possíveis.

1. AME A SUA MULHER E FILHOS

O amor à esposa tornada mãe e o amor aos filhos são para o homem o caminho natural para a compreensão e realização da paternidade. De modo especial onde as condições sociais e culturais constringem facilmente o pai a um certo desinteresse em relação à família ou de qualquer forma a uma menor presença na obra educativa, é necessário ser-se solícito para que se recupere socialmente a convicção de que o lugar e a tarefa do pai na e pela família são de importância única e insubstituível.

2. ASSUMA UM PAPEL ATIVO NA EDUCAÇÃO DOS SEUS FILHOS

Revelando e revivendo na terra a mesma paternidade de Deus, o homem é chamado a garantir o desenvolvimento unitário de todos os membros da família. Cumprirá tal dever mediante uma generosa responsabilidade pela vida concebida sob o coração da mãe e por um empenho educativo mais solícito e condividido com a esposa.

3. NÃO SEJA UM PAI AUSENTE

Como a experiência ensina, a ausência do pai provoca desequilíbrios psicológicos e morais e dificuldades notáveis nas relações familiares. 

4. SEJA UMA FONTE DE UNIDADE E NÃO DE DIVISÃO

Nunca desagregue a família mas a promova na sua constituição e estabilidade.

5. SEJA UM FORTE TESTEMUNHO CRISTÃO

Um testemunho de vida cristã adulta, que introduza mais eficazmente os filhos na experiência viva de Cristo e da Igreja.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Quem manda em casa sou eu!

Jubileu de Platina de Elizabeth II | Guadium Press
A boa educação é um bem inestimável, um valor que dinheiro nenhum paga e, quem a recebe, pode se dizer bem-aventurado.

Redação (21/06/2022 09:35Gaudium Press) Eu sou da época da “psicologia do olhar”, um recurso muito usado pelos pais e mães, creio que principalmente por estas, na educação dos filhos. Um olhar de mãe era um olhar que dizia mais que mil palavras. E não estou me referindo aos olhares maternais, cheios de carinho e ternura, que também fazem parte da memória de muitos filhos. Falo mesmo daquele olhar que nos era dirigido quando tínhamos um mau comportamento, sobretudo, na frente de estranhos. Um olhar que nos desmontava, mas nos recompunha de imediato e nos fazia conjecturar sobre o que aconteceria quando chegássemos em casa, ou depois que a visita fosse embora.

Jubileu de Platina da Rainha Elizabeth II

No começo deste mês, pudemos acompanhar pela TV e pela internet alguns trechos da comemoração do Jubileu de Platina da Rainha Elizabeth II. Um evento que reuniu autoridades do Reino Unido e de outros países, além de uma grande multidão. A rainha, elegante e fina, como sempre, agradou a todos com o seu sorriso e os modos condizentes com a sua realeza. No entanto, teve um membro da família real que, em diversos momentos, conseguiu chamar mais a atenção do que ela, o príncipe Louis.

Aos quatro anos de idade, o bisneto real, filho caçula do príncipe William e de Kate Middleton, duquesa de Cambridge, parece deixar bem claro quem é que manda na casa e na família. Em um dos eventos, no dia 02 de junho, quando a rainha apareceu na varanda do Palácio de Bunckingham, acompanhada pelo filho, o príncipe Charles, e outros membros da família real, para assistir ao tradicional desfile militar Trooping the Colour, o pequeno Louis conseguiu se projetar mais do que a bisavó que, do alto de seus 96 anos, deve ter se segurado para não retirar as luvas e lhe dar uns bons puxões de orelha ou, quiçá, um tapa real na boca escancarada.

O comportamento do menino foi notado pela imprensa e bastante divulgado, mas, certamente, incomodou também aos pais que, nas cerimônias do dia 04 de junho, o deixaram de castigo em casa, levando apenas os filhos mais velhos. Entretanto, no dia seguinte, quando ocorreu o esperado Desfile do Jubileu, que reuniu milhares de pessoas, o pequeno príncipe voltou à cena com força total. Dessa vez, porém, a bisavó foi poupada, e o incômodo foi vivido apenas pela mãe.

Birra de criança

A cena em que o garoto gritou, fez caretas, mostrou a língua e tapou a boca da mãe quando ela lhe chamou a atenção, foi filmada e viralizou na rede, com milhares de comentários e opiniões. Muitos o acharam engraçadinho, outros atribuíram o seu comportamento ao tédio da cerimônia e houve, claro, quem criticou a mãe, e também quem a apoiou, dizendo que filhos pequenos – nobres ou plebeus – são todos iguais. Uma internauta disse que sentiu pena da duquesa por ela ser membro da realeza, estar na frente de centenas de câmeras e não poder dar um sopapo no garoto, como uma mãe comum faria. Mas será que faria?

Guadium Press

A birra do pequeno Louis tornou-se alvo de opiniões e até de avaliações de especialistas em comportamento, por ser ele quem é, filho de príncipe, neto de príncipe e bisneto da rainha mais longeva da História. Porém, quantos garotos se comportam dessa forma, sem que os pais consigam controlá-los?

Não temos como precisar quando foi exatamente que a educação se perdeu e que os pais deixaram de ter controle sobre os seus filhos. Hoje, em vez daquele olhar firme, da época de minha mãe e, com certeza, da própria rainha nonagenária, os pais baixam os olhos diante das exigências e dos chiliques de suas crianças, com medo delas e com vergonha de quem os observa.

Até há algumas décadas, as mães tinham um grande número de filhos e conseguiam educar bem a todos eles. Hoje, o número de filhos se reduziu para um, com exagero, dois, e os pais não conseguem dominar essas pequenas feras que, antes mesmo de saírem das fraldas, já deixam claro: “Quem manda nesta casa sou eu!” No início, os pais acham isso bonito, interessante, demonstração de personalidade forte. Aos poucos, vão se chateando, perdendo o controle e sendo dominados, até chegar a um ponto em que não têm mais o que fazer.

É muito comum presenciarmos as famosas birras de lojas ou de supermercados. Os pais saem com as crianças e elas querem que eles lhes comprem tudo o que tiverem vontade. Alguns compram, e as exigências só aumentam, pois é normal na criança testar o limite dos pais e, se não encontram esses limites – dos quais necessitam muito em sua formação – elas vão aumentando o nível de exigência cada vez mais. E os que não compram, porque não querem ou porque não podem, precisam enfrentar o choro, os berros, o sapateado e até crianças rolando no chão, gritando como se estivessem mortalmente feridas.

Educar os filhos

Tornou-se comum também vermos mães execrando a maternidade, dizendo que odeiam ser mãe. Na verdade, o que elas odeiam não é ser mãe, mas não conseguir educar os seus filhos, afinal, não há coisa que provoque mais estresse em uma pessoa do que uma criança chata, exigente e mal-educada. Perdeu-se a noção de hierarquia, de autoridade e vive-se sobre a falsa concepção de que as crianças devem crescer livres, que devemos deixá-las fazer tudo o que quiserem e lhes dar tudo o que não tivemos, a fim de que elas não desenvolvam traumas.

Minha velha mãe, que jamais foi uma torturadora ou abusadora de seus filhos, mas que não poupou a eles umas boas palmadas ou chineladas quando saíam da linha, costumava dizer: “É melhor chorar ele do que chorar eu!” Havia muita sabedoria nessas palavras, pois ela sabia que a dor de uns tapas ou de umas chineladas passava rápido e logo a criança estava brincando de novo e, geralmente, não repetia a mesma arte ou mau comportamento, pois sabia que pagaria um preço por isso. Já, o filho que tudo pode, tudo tem e faz o que quer, vai provocar as lágrimas da sua mãe e do seu pai lá na frente, quando eles não terão mais como endireitar o que cresceu deformado pela permissividade e pelo descumprimento do dever de educar.

Educar os filhos é um dever bíblico. E é um dever dos pais. Não é da avó, da tia, da escola. É dever de pai e mãe, juntos, coesos, um não desautorizando o outro, não passando a mão na cabeça diante dos erros. Se o pai e a mãe não mostram ao filho que ele está errado, que está agindo mal, e se não ensinam qual é a forma certa de agir, alguém, em algum lugar, fará isso e o fará desprovido do amor e do carinho que só os pais têm.

É claro que ninguém defende o espancamento e os maus tratos das crianças, mas um bom encaminhamento delas, o ensino da disciplina, das regras, do respeito ao próximo, que começa dentro do lar, na convivência com os pais e os irmãos, e até umas palmadinhas, quando necessárias, não faz mal a ninguém.

Correção paterna

Por circunstâncias alheias à minha vontade, quis a providência que eu tivesse um filho só. Muitas vezes eu precisei dizer não a ele; alguns nãos que até poderiam ter sido sins, se a realidade fosse outra. Repeti muito: “Quando tiver dinheiro, o pai compra…” Ele nunca deu “piti”, nunca se jogou no chão de um corredor de supermercado por querer alguma coisa que eu não pudesse comprar. Ainda hoje, meu coração lamenta não ter podido dar a ele algumas coisas simples e necessárias, para as quais faltou o dinheiro. Lembro, por exemplo, um dia em que saímos, o tênis dele estava furado, choveu e ele, mesmo calçado, ficou com os pés encharcados, ou o dia em que faltou dinheiro para levá-lo à barbearia e eu mesmo me aventurei a cortar o seu cabelo, obrigando o menino a usar boné durante dois meses.

No entanto, quando olho para ele e vejo o homem de bem que ele se tornou, do qual me orgulho, percebo que essas coisas, mesmo que tenha sido difícil não as ter, não lhe fizeram falta e fortaleceram nele o senso de prioridade e de aceitação diante das impossibilidades da vida.

Não importa se é um pequeno monarca, um filho de uma família de classe média ou um filho de pais pobres, a boa educação é um bem inestimável, um valor que dinheiro nenhum paga e, quem a recebe, pode se dizer bem-aventurado.

Pode parecer que exagero diante das caretas e birras do principezinho britânico, mas, para mim, ele é igual a milhões de outros garotinhos mimados e endiabrados, que os pais não conseguem controlar. Trata-se de um pobre menino rico. Felizmente, a monarquia britânica é só pró-forma, literalmente “apenas uma coisa para inglês ver”, pois não seria nada bom pensar que um menino tão incontrolável e petulante um dia viesse a se tornar o rei de uma grande nação.

Por Afonso Pessoa

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Encontro das Famílias: é necessária a pastoral vocacional desde a infância até a vida adulta

Família de Cabo Verde | Vatican News

Inicia nesta quarta-feira (22) o 10º Encontro Mundial das Famílias em Roma. Entrevista com Gabriella Gambino, Subsecretária do Dicastério para Leigos, a Família e a Vida: anunciar hoje a beleza do matrimônio e da família.

Debora Donnini – Vatican News

É grande a expectativa para a abertura do 10° Encontro Mundial das Famílias, que se realiza em Roma de hoje até domingo, 26 de junho. “Amor em família: vocação e caminho de santidade" é o tema desta edição, que começa na parte da tarde com o Festival das Famílias. Estarão presentes cerca de dois mil delegados convidados de 120 países, escolhidos pelas Conferências Episcopais, pelos Sínodos das Igrejas Orientais e pelas realidades eclesiais internacionais. Um encontro que se realiza em um momento difícil para a humanidade, marcada pela pandemia e pela guerra. Gabriella Gambino, subsecretária do Dicastério para Leigos, Família e Vida, promotora do evento, fala ao Vatican News:

Como Subsecretária do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, que esperanças a senhora vê neste evento?

Depois de um ano inteiro dedicado à pastoral familiar, com todo o grande trabalho que foi feito, acho que é realmente hora de 'fazer Igreja' junto com as famílias, pastores e famílias unidas. Trata-se realmente da esperança de um encontro, da esperança de ouvir palavras de encorajamento do Santo Padre para que então, quando este Ano da Família terminar, possamos continuar o nosso caminho juntos. Creio que a grande esperança é precisamente a de iniciar processos de renovação da pastoral familiar para saber ouvir as famílias, para continuar caminhando com elas.

Nesta edição do Congresso, não haverá palestras estruturadas academicamente com conteúdo teológico-doutrinal, mas principalmente um momento de escuta e encontro. Participarão também os filhos dos casais presentes. Quão importante é hoje para as famílias ser protagonistas da pastoral de evangelização também com o envolvimento de seus filhos?

É muito importante porque na realidade a pastoral familiar é exatamente a pastoral das famílias. Toda a família é chamada ao anúncio cristão, e acredito que hoje um dos maiores desafios para nós como pais é justamente transmitir aos nossos filhos a consciência e também a coragem de anunciar Cristo presente em nossas famílias. E também ensinar as crianças a fazê-lo, mesmo que vivamos em um contexto às vezes complexo, que não nos coloca à vontade. Muito importante é que também no nível da abordagem pastoral, comecemos a trabalhar em uma abordagem pastoral mais transversal entre os vários setores - pastoral da infância, pastoral dos jovens, pastoral matrimonial - para que haja uma informação coerente e contínua no caminho vocacional das pessoas desde a infância até a vida adulta.

Formação, acompanhamento, transmissão da fé para as novas gerações, são alguns dos temas. Qual é, de alguma forma, o fio condutor comum desses dias?

O tema fundamental é o anúncio da vocação de cada família, de cada pessoa dentro da família. A família é um caminho de santidade e santificação que cada um de nós tem à sua disposição. A família é um dom que o Senhor nos dá. A palavra-chave, creio eu, seja "realidade", ou seja, partindo da realidade porque cada um de nós deve viver a própria vocação na realidade diária em que estamos inseridos. É importante a formação de formadores que saibam encontrar a realidade das famílias de hoje. É importante que acompanhemos as famílias e especialmente os jovens noivos e casais na realidade que vivem, partindo de sua realidade, para que a partir dalí eles possam descobrir sua vocação e encontrar Cristo. E é importante que aprendamos como transmitir a fé aos jovens a partir da realidade na qual vivem, tendo, portanto, também a coragem de abordar questões que são muito difíceis para nós hoje, sobre as quais estamos às vezes mal preparados. Penso, por exemplo, no ambiente digital dos jovens, no ambiente das redes sociais, dos smartphones, que nos pedem habilidades relacionais especiais, porque a partir daí devemos saber dialogar com os jovens e fazê-los descobrir a fé, mesmo a partir desses contextos.

Na sua opinião, qual é o principal desejo do Papa para as famílias de hoje, partindo da grande atenção que tem dado através da "Amoris laetitia", dos muitos discursos sobre o tema da família, dos vídeos feitos pelo seu Dicastério?

A mensagem que eu acredito ser a mais próxima ao coração do Santo Padre é, de fato, a de anunciar hoje a beleza do matrimônio e da família. Vivemos em contextos sociais onde as novas gerações têm dificuldade de acreditar no matrimônio, têm tantos desafios ao seu redor que os levam por outros caminhos, e precisam do testemunho de famílias confiáveis para dizer-lhes que a vida familiar responde à necessidade de plenitude da pessoa, e que a vida familiar fundada no matrimônio cristão - portanto uma família estável e sólida construída em torno da fé no Senhor que habita em nossos lares e em nossas vidas - é bela e é possível, e não é algo inatingível. Não é um ideal abstrato e por isso um dos temas escolhidos para o Encontro Mundial nestes dias é precisamente o tema da santidade, para que o modelo de algumas famílias santas que já trilharam este caminho antes de nós possa nos mostrar que é possível captar os sinais da presença de Deus em nossas vidas, na realidade que vivemos todos os dias.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Na morte, como na vida, devemos dar testemunho de discípulos de Jesus, diz papa Francisco

Papa Francisco na audiência geral de hoje (22) / Daniel Ibáñez (ACI Prensa)

Vaticano, 22 jun. 22 / 09:09 am (ACI).- “Assim como na vida, também na morte devemos dar testemunho de discípulos de Jesus”, disse o papa Francisco na audiência geral de hoje (22) aos fiéis na Praça de São Pedro. Continuando sua catequese sobre a velhice, o papa disse que “o fim da vida deve ser o fim da vida de discípulos: de discípulos de Jesus que nos fala sempre de acordo com a idade que temos”.

Na velhice, disse o papa é possível "aprender com nossa fragilidade e expressar a coerência de nosso testemunho de vida".

Ao refletir sobre o diálogo entre Jesus ressuscitado e Pedro, na conclusão do Evangelho segundo são João (21,15-23), o papa Francisco convidou os fiéis a se perguntarem como é sua relação com Jesus. Para Francisco, a relação com Jesus deve ser "terna, mas não insípida, direta, forte, livre e aberta”.

Uma relação "açucarada", disse o papa,  "afasta do verdadeiro Jesus, e até se torna ocasião para um caminho de fé muito abstrato, muito autorreferencial, muito mundano".

"Com a velhice vêm todas essas doenças, não temos a força dos jovens, mas Jesus também está na fraqueza, na doença e na morte".

“Os idosos não devem ter inveja dos jovens que tomam seu caminho, que ocupam seu lugar, que duram mais do que eles”, disse o papa Francisco.

Depois, alertou para a tentação do "protagonismo" durante os anos de velhice e assegurou que este é também um tempo “de provação”.

“A honra da sua fidelidade ao amor jurado, a fidelidade ao seguimento da fé em que crê, mesmo nas condições que os aproximam da despedida da vida, são o seu título de admiração pelas gerações vindouras e de reconhecimento agradecido por parte do Senhor”, concluiu o papa Francisco.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Começa hoje o X Encontro Mundial das Famílias: que ecoe a voz do Papa Francisco

Quando o Papa fala para as famílias, e diretamente para os casais, 
"eles escutam". | Vatican News

Nesta quarta-feira tem início o X Encontro Mundial das Famílias: Que as famílias brasileiras possam se reunir durante esta semana para ouvir o que o Papa Francisco irá dizer. Que os agentes de pastoral familiar proporcionem momentos de partilhas entre os casais dos discurso do Santo Padre pois, enfatiza o cardeal Farrell, “na vida conjugal também há santos”.

Marília de Paula Siqueira - Cidade do Vaticano

O Encontro Mundial das Famílias, tem início nesta quarta-feira em Roma. Famílias de todos os lugares irão participar. O cardeal Kevin Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, concedeu uma entrevista ao Vatican News antes do Encontro Mundial, com as perspectivas para aqueles que participarão presencialmente e também para aqueles que forem acompanhar de forma virtual. A Exortação Apóstólica pós-sinodal Amoris Laetitia será a base deste encontro.

O cardeal Farrell deseja que este encontro seja uma injeção de vitamina nas famílias católicas: “Acredito que a pandemia certamente causou uma grande ruptura na vida pastoral da Igreja em todos os níveis. E foi impossível por dois anos reunir grupos de pessoas. Era impossível organizar em nossas igrejas encontros de oração, conferências... Por isso, espero que o Encontro Mundial das Famílias que se realizará em Roma seja uma injeção de vitaminas na Igreja."

A expectativa deste encontro é que se “retome a questão da vida familiar, como sempre diz o Papa Francisco. Este é o tema central da Igreja neste momento: matrimônio e vida familiar. É aqui que devemos focar nossa atenção. Fazemos exatamente como o Papa nos pediu, para incutir uma nova vida nele",  sinaliza o prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.

Sobre o acompanhamento de casais, um passo muito importante precisa ser dado: o de encontrar casais capacitados para o acompanhamento de outros casais. “Muitas pessoas gostariam de pular o primeiro passo, e o primeiro passo é encontrar casais que tenham as qualidades para poder acompanhar outros casais. Você tem que identificar os casais que têm a capacidade de ensinar, corrigir e ministrar a outras pessoas. Temos que selecionar pessoas que são boas no que estão fazendo. Esse é um ponto importante.”

O purpurado recordou ainda das famílias ucranianas “Por exemplo, sabemos que quando o Papa saudar os presentes no Festival das Famílias, também estarão presentes casais da Ucrânia. [Haverá] casais de muitas outras partes do mundo onde há diversas formas de perseguição religiosa e onde há violência, e eles vivem em estado de guerra":

“Quem pode fechar os olhos vendo o sofrimento de famílias, mães com seus filhos, enquanto os pais são deixados na Ucrânia para lutar, viajando para estranhos países estrangeiros onde nunca estiveram antes. Eles não têm familiares. Eles estão totalmente por conta própria. As pessoas não percebem que não é como se eles tivessem mudado toda a sua casa, como se eles tivessem uma dessas empresas de mudanças e mudassem tudo. Eles vão com uma pequena bolsa e não têm nada. A Igreja não podia ignorar essa realidade no mundo.”

Para finalizar, o cardeal Farrell pediu que as famílias ouçam o que o Papa tem dito “O Papa Francisco é amado. Eu acho que quando ele fala para as famílias e diretamente para os casais, eles escutam. Minha maior expectativa é que isso seja transmitido para todo o mundo.”

Que as famílias brasileiras possam se reunir durante esta semana para ouvir o que o Papa Francisco irá dizer. Que os agentes de pastorais familiares proporcionem momentos de partilhas entre os casais, dos discurso do Santo Padre pois, enfatiza o cardeal Farrell, “a vida conjugal também tem santos”.

Nossos canais realizarão as transmissões do X Encontro Mundial das Famílias.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF