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quinta-feira, 7 de julho de 2022

São Vilibaldo

S. Vilibaldo | Canção Nova
07 de julho
São Vilibaldo

Origens

Vilibaldo nasceu em Wessel, Inglaterra, no dia 22 de outubro do ano 700. Era descendente da família real Kent. Seu pai foi o rei Ricardo I. Ele teve dois irmãos: Valburga e Vunibaldo. Os dois também tiveram a santidade de suas vidas reconhecidas pela Igreja. Quando ainda era criança, Vilibaldo foi entregue aos beneditinos de Waltham, para que recebesse formação religiosa, humana e intelectual. Conhecendo a vida monástica por dentro, Vilibaldo sentiu-se chamado a se tornar monge. Porém, um chamado diferente se apoderou de seu coração.

Peregrino

Vilibaldo estava decidido a se tornar monge beneditino. Porém, no ano 720, ele deixou o mosteiro antes de fazer os votos perpétuos. Saiu de seu país para nunca mais voltar. O motivo era algo forte e desafiador: junto com seu pai e o irmão Vunibaldo, partiram para uma longa peregrinação. O objetivo final dos três era chegar à cidade de Jerusalém, na Terra Santa, passando pela sede da Igreja em Roma. Assim, com esse grande desafio no coração e um enorme desejo de pisar na Terra onde Jesus caminhou, eles partiram.

Reviravolta no meio do caminho

No ano 722 Vilibaldo e seu irmão tiveram que parar e fazer uma mudança brusca de planos. Seu pai, o rei Ricardo I, faleceu quando estavam na Itália. De repente, tudo mudou e os dois irmãos tiveram que tomar decisões diante da nova realidade. E eles decidiram ir para Roma e permanecerem lá até que o Senhor lhes desse um novo caminho a seguir. Essa espera demorou dois anos. Depois desse tempo, um discernimento aconteceu: Vilibaldo partiu sozinho para a Terra Santa.

São Vilibaldo na Terra Santa

São Vilibaldo caminhou por toda a Palestina durante cinco anos. Nesse tempo, a Terra Santa estava dominada pelos árabes. Havia liberdade para visitação dos lugares santos. Porém, por vezes, tensões eram criadas. São Vilibaldo esteve prestes a ser preso algumas vezes, mas os árabes percebiam o espírito pacífico e santo que ele transmitia e deixavam-no ir em frente. Nesse tempo, São Vilibaldo anunciou a Palavra de Deus aos cristãos perseguidos fortalecendo-os na fé. Após cinco anos de peregrinação e missão, São Vilibaldo voltou para Roma.

Atendendo a um pedido do Papa

No mesmo ano em que São Vilibaldo voltou para Roma, ele foi enviado ao Mosteiro de Montecassino pelo Papa Gregório II. Montecassino foi o mosteiro fundado por São Bento. Foi também o lugar onde nasceu a Ordem dos Beneditinos. O mosteiro tinha sido quase destruído e reerguido de suas ruínas. Para continuar sendo o que tivera sido no início, precisava de novos monges, cheios de fé e vocação.

Restauração da Ordem Beneditina

São Vilibaldo aceitou a missão e foi para Montecassino, onde havia alguns monges. Logo, outros ingressaram e ele começou uma forte reestruturação. Para isso, usou o óbvio: a regra de São Bento. O livro (relíquia) escrito por São Bento permaneceu guardado a sete chaves em Roma. São Vilibaldo conhecia-a de cor, de coração, pois tinha vivido por anos no mosteiro de Waltham na Inglaterra. Por isso, conseguiu colocar a preciosa regra em prática na vida daqueles monges de maneira exemplar. Isso reacendeu o famoso mosteiro. Sua empreitada durou dez anos e fez o mosteiro renascer. A partir daí, as vocações só aumentaram. São Vilibaldo, então, voltou para Roma.

Evangelizador da Alemanha

Em Roma, o Papa Gregório III era quem governava a Igreja. Este pediu a São Vilibaldo que ajudasse na evangelização da Alemanha. Lá, auxiliou fortemente a seu tio, que era outro santo: São Bonifácio, arcebispo e conhecido como o Apóstolo da Alemanha. Bonifácio estava alicerçando uma estrutura de dioceses naquele país. Lembremos que São Vilibaldo ainda não tinha feito seus votos perpétuos nem tinha recebido o sacramento da ordem, por causa de seus vinte anos de peregrinação e viagens em missão. São Bonifácio, então, ordenou-o padre em 740 e o Papa nomeou-o bispo da região de Eichestat. A sagração episcopal foi também ministrada por seu tio.

São Vilibaldo bispo

São Vilibaldo destacou-se pela santidade, pelo espírito evangelizador e pelas realizações. Ele construiu uma catedral em Eichestat, fundou também ali um mosteiro beneditino. Depois, cuidou pessoalmente de alguns outros mosteiros que já existiam na Alemanha. Além disso, São Vilibaldo passou a ser um missionário itinerante por toda a enorme região de Eichestat, estando sempre em contato com os fiéis que, a cada dia, se convertiam ao cristianismo. Assim, ele foi pastor e formador da grande diocese nascente de Eichestat.

Morte

São Vilibaldo dedicou sua vida totalmente à missão de bispo, pastor e evangelizador, permanecendo fiel até o fim. Viveu carregando a fama de santidade e, após sua morte, passou a ser venerado como santo. São Vilibaldo faleceu no dia 7 de julho do ano 787. Ele se encontrava no mosteiro beneditino de Eichestat, fundado por ele. O reconhecimento oficial de sua santidade, ou seja, sua canonização, aconteceu no ano 1256.

Oração a São Vilibaldo

Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Vilibaldo, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

Santa Sé convida padre da Canção Nova para trabalhar pelo Sínodo da Sinodalidade nas redes sociais

Padre Adriano Zandoná / Canção Nova

REDAÇÃO CENTRAL, 06 jul. 22 / 03:33 pm (ACI).- O padre Adriano Zandoná colabora com a Santa Sé em uma ação nas redes sociais para promover o Sínodo sobre a Sinodalidade de 2023. Ele foi escolhido pelo Dicastério para a Comunicação como sacerdote e influenciador digital representante da língua portuguesa para auxiliar na “ouvidoria” do Sínodo no ambiente digital, através de um questionário.

Padre Adriano Zandoná é missionário da Comunidade Canção Nova, tem livros publicados e gravou quatro CDs. Apresenta o programa ‘Pra ser feliz’, na TV Canção Nova. Nas redes sociais, compartilha com milhões de seguidores suas reflexões e o conteúdo de suas pregações e homilias. Também é conhecido por seu testemunho de conversão, desde o uso de drogas na adolescência até se tornar sacerdote.

Em 2018, durante o encontro PHN na Comunidade Canção Nova, Zandoná contou que fumou o primeiro cigarro de maconha aos 11 anos e, aos 13, conheceu a cocaína. Por causa das drogas, chegou a ser expulso do time de handebol do qual fazia parte e de uma escola. Também contou ter entrado em coma por causa das drogas. “Eu fui para o fundo do poço”, disse. Segundo ele, muitas vezes chegava em casa de madrugada e encontrava sua mãe rezando por ele. Converteu-se após um encontro na Igreja e, nesse processo de conversão, disse que contou muito com as músicas de padre Marcelo Rossi e as pregações de Dunga, então missionário da Canção Nova. Passado algum tempo, entrouo no seminário.

Em um vídeo divulgado ontem (5) em suas redes sociais, padre Zandoná disse que o papa Francisco “quer ouvir os cristãos católicos que estão no continente digital”, sobretudo os jovens. Segundo ele, o Dicastério da Comunicação tem escolhido um sacerdote, um influenciador digital de cada língua “para ser os ouvidos do papa, publicar uma pesquisa pela qual o papa quer ouvir aqueles que estão recendo a evangelização pela internet”.

“O papa quer ouvir você, quer ouvir o Brasil. Vamos mostrar para o mundo, vamos mostrar para o papa que nossa fé é forte, que, no Brasil, nós confiamos em Deus, que o catolicismo é vivo, que os jovens participam”, disse padre Zandoná.

O questionário está disponível nas contas do padre Zandoná no Facebook, Twitter e Instagram, @padreadrianozandona. Até a manhã de hoje (6), a pesquisa já contava com 1.271 respostas.

As perguntas são divididas em temas como: “Relação com a Igreja e a religião católica”, que aborda, por exemplo, o “encontro pessoal com Deus”, a prática a fé, qual o nível de compromisso e participação na Igreja, razões que afastam as pessoas da Igreja; “Ouvir/Diálogo” apresenta questões sobre escuta e diálogo com grupos sociais, sobre as opiniões religiosas e a transmissão das mensagens da Igreja por redes sociais, entre outros.

Há ainda perguntas sobre “Maneiras de caminhar juntos”, que questiona se a mensagem de Jesus inspira a pessoa e orienta suas decisões, quais atividades em que a Igreja deveria ser melhor, se a pessoa já foi convidada para participar da missão da Igreja e como foi a experiência e se ela fala de Jesus para as pessoas ao seu redor; e “Pensar – decidir juntos”, que pergunta se a pessoa é batizada, se acredita nos fundamentos da fé católica, se foi consultada por algum representante da Igreja no ano passado e se, nos contatos com a Igreja, a pessoa aprendeu na prática a ouvir, trabalhar em equipe e participar. Por fim, a seção “Algo mais sobre você” apresenta perguntas sobre dados pessoais.

A XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos tem como tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”. O sínodo teve início em outubro de 2021, com a fase diocesana. Será encerrado em outubro de 2023, quando os bispos de todo mundo estarão reunidos em Roma com o papa Francisco.

A primeira, “fase diocesana”, nas paróquias e dioceses, termina em agosto deste ano. Atendendo a um pedido da Secretaria do Sínodo da Santa Sé, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) articulou a organização da Equipe Nacional de Animação, que deverá recolher contribuições das dioceses e produzir um material nacional.

A Equipe Nacional de Animação do Sínodo é composta por: dom Joel Portella Amado, secretário-geral da CNBB e bispo auxiliar do Rio de Janeiro; dom Ricardo Hoepers, bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB; o subsecretário adjunto-geral da CNBB, padre Dirceu de Oliveira Medeiros; o subsecretário adjunto de pastoral, padre Marcus Barbosa Guimarães; o assessor do setor Educação, padre Júlio César Resende; os secretários executivos de Regionais Sandra Zambon, padre Valdecir Badzinski e Luciano dos Santos; Mariana Venâncio, doutoranda em Estudos Literários pela UFJF e assessora da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética; e representantes da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), irmã Raquel Colleti, irmã Teresinha Del’Acqua e padre João da Silva Filho.

Em maio deste ano, a equipe publicou algumas orientações para as sínteses diocesanas, como formatação, estrutura e conteúdo do texto. Entre as orientações, a equipe recomenda “que a síntese seja tornada pública depois de elaborada, como pedra de toque para o percurso da diocese ao longo do caminho da sinodalidade”. As dioceses têm o prazo até 31 de julho para entregar suas sínteses diocesanas para a equipe nacional.

ACI Digital perguntou à CNBB se já havia recebido alguma síntese diocesana e se publicaria o material nacional produzido pela equipe de animação do sínodo. Até o fechamento desta matéria a CNBB não tinha respondido.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Servir e ser um com o povo

É preciso procurar meios para uma maior presença da Igreja na região
amazônica | Vatican News

O que leva um sacerdote espanhol a atravessar o Oceano Atlântico e viver na região amazônica para compartilhar a fé e as dificuldades dos povos daquela região? As alegrias e os desafios da missão que desenvolve na Amazônia estão entre os temas da entrevista que o padre Luís Miguel Modino concedeu ao Vatican News.

Marília de Paula Siqueira - Cidade do Vaticano

Esse é o testemunho que padre Luís Miguel Modino quer dar ao povo da Amazônia. Padre Luís, que é natural de Madri capital da Espanha, foi ordenado em sua diocese de origem Madri, em 1998. São quase 25 anos de sacerdócio! E de todos esses anos de presbiterado, 16 anos tem sido em terras brasileiras. Padre Modino fez parte da equipe de comunicação do Sínodo da Amazônia. 

Filho da Igreja

Padre Modino esteve em Roma acompanhando os bispos dos Regionais Norte1 e Noroeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) por ocasião da visita ad limina e conversou com Silvonei José nos estúdios Vatican News.

O sacerdote tem se dedicado longos anos na evangelização em terras da Amazônia. Ao ser questionado sobre o caminho para chegar à região afirmou: “Logo após ser ordenado sacerdote, trabalhei em uma paróquia em Madri e esta tinha uma Igreja irmã na Arquidiocese de Feira de Santana, uma paróquia em Serrinha. Naquele período não existia a Arquidiocese de Feira de Santana e Serrinha ainda não era diocese. Fomos ao Brasil acompanhando um grupo de jovens que desejavam conhecer a missão e também a proposta de ter uma aproximação maior entre as Igrejas irmãs.

Estando em Serrinha percebi uma necessidade de evangelização e pedi que voltasse para aquelas terras. Neste primeiro momento não teve sucesso o pedido de ir para o Brasil, mas em 2006 fui enviado à Diocese de Rui Barbosa, também no interior da Bahia, onde atuei até o início de 2016. Após 10 anos fui enviado à Diocese de São Gabriel da Cachoeira, Amazonas, para acompanhar comunidades indígenas, principalmente entre as fronteiras com a Colômbia e Venezuela, uma experiência enriquecedora.

Já em 2018 fui convidado a trabalhar na equipe de comunicação da REPAM (Rede Eclesial Pan-Amazônica) em preparação para o Sínodo da Amazônia. Nesta missão exigia-se viagens e um bom sinal de internet. Visto que no interior essas necessidades não seriam atendidas, me mudei para Manaus. Durante a preparação e o desenvolvimento do Sínodo da Amazônia colaborei na equipe de comunicação. Desde 2021 também atuo na equipe de comunicação CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano) e acompanho uma área missionária que está sendo criada com comunidades ribeirinhas no Rio Negro.

Ao ser questionado sobre uma possível volta à sua cidade de origem, Pe. Modino - como é conhecido - não tem dúvidas em afirmar: “Em meus pensamentos está a decisão de continuar no Brasil, mas entendo que sou filho da Igreja e se o arcebispo de Madri chamar para voltar, teria que voltar.”

As dores dos povos na Amazônia

Desde 2016 o sacerdote espanhol se dedica à Igreja presente na Amazônia, à qual o Papa Francisco sempre faz referências, tendo já escrito o Documento Querida Amazônia,  no qual reflete sobre os sonhos eclesiais para a Igreja daquela região do Brasil.

Sobre os sinais que a Amazônia tem dado pela voz da Igreja, o padre diz: “os principais clamores são os dos povos e da terra, estes estão interligados. O sofrimento do bioma Amazônico provoca sofrimento na vida do povo, que reflete principalmente na vida dos mais pobres. São situações de lugares como escolas que são precários que provoca profundas dores.

A saúde dos ribeirinhos e comunidades indígenas é de grande sofrimento e padeceram muito mais durante o período da pandemia. Sobre a poluição, garimpo, pesca predatória, invasão de terras e devastação digo que são situações de calamidades e não há respeito pela lei. Isso tem resultado em migrações dos povos das comunidades e que se torna um perigo. Ao sair de suas comunidades, ribeirinhos e indígenas migram para as grandes cidades e isso facilita a invasão das terras, pois estes povos ao estar em seus terrenos conseguem cuidar e proteger.”

Crescer a presença da Igreja na Amazônia

A presença da Igreja na região da Amazônia também foi destaque da conversa: “Tenho que reconhecer que a nossa presença ainda é muito limitada, muitas vezes por falta de possibilidade. É preciso procurar meios para que essa presença seja maior e sem atropelos de tempo. Quando se visita uma comunidade carece ficar ao menos um dia inteiro para realizar um bom trabalho. Seria uma “perda de tempo” na mentalidade ocidental, mas é perder tempo na companhia das pessoas, com diálogos e momentos de acompanhamentos da vida daquela comunidade. Geralmente em uma comunidade se mora cerca de quatro à cinco famílias, em um total de trinta pessoas.

Não é fácil aplicar uma formação sistemática, pois eles rezam a partir do próprio sentimento. Mas com um bom acompanhamento é possível passar de uma Igreja de visita para uma Igreja de presença.”

Caminhos possíveis para a Igreja na Amazônia

 A presença da Igreja seria mais forte se houvesse uma maior quantidade de sacerdotes, pois o número é reduzido. Um trabalho com jovens daquela região para o caminho sacerdotal seria um bom caminho.

Pe. Modino afirma que este é um percurso que precisa ser trilhado: “Devemos incentivar as vocações locais. Mas a grande dificuldade está por conta do período da pandemia que reduziu drasticamente o número de vocações. Precisamos ampliar o horizonte que o presbítero deve ser ordenado para a Igreja particular e também universal. O sentimento missionário deveria ser mais trabalhado nos seminários no Brasil.

Um outro caminho proposto é retomar o processo das igrejas irmãs no Brasil. O Santo Padre tem incentivado também a presença de casas religiosas na Amazônia. Devemos buscar caminhos para uma maior presença nas comunidades.

Os evangelizadores do povo na Amazônia também devem fazer alguns esforços para que o evangelho seja anunciado. Um exemplo de esforço que podemos dar é aprender a língua dos povos indígenas, para atender confissão, cantar como eles e até mesmo celebrar a Santa Missa. Estes povos têm um sentimento de fé muito profundo.”

A vida nos rios

Uma nova experiência que o sacerdote o vive é com as comunidades ribeirinhas. Sobre esse novo trajeto ele diz: “Posso dizer que essas novas comunidades são frutos das migrações que os povos originários fazem para cidade. São comunidades de indígenas que moravam no alto do rio Negro e vão para essas comunidades mais próximas de Manaus. Se mudam para garantir saúde e educação. O número de comunidades que fazem parte desta área missionária é de 23 comunidades nos rios e que desenvolvemos acompanhamento com a ajuda de três irmãs e quatro seminaristas.

Uma experiência negativa que tivemos recente foi de sermos assaltados à mão armada no rio e levaram nosso meio de transporte. Isso não faz parar a missão, mas dificulta, estamos procurando outra voadeira para as missões nestas comunidades.

Os assaltos realizados por piratas na Amazônia não são casos isolados, mas acontecem com frequência. Nesta ocasião que fomos assaltados, digo que pela graça de Deus não atiraram em ninguém. Em outros casos levam pessoas como refém, atiram e se assaltam quando os barcos que estão no meio do rio fazem com que a tribulação pule no rio para levarem o barco e tudo que tem nele. São piratas vinculados com traficantes.

São situações que todo povo da Amazônia passa, que nós também passamos, mas não perdemos a motivação.”

Servir e ser um com povo

Para concluir o sacerdote enfatizou o processo de escuta do Sínodo da Amazônia: “quase oitenta e sete mil pessoas foram escutadas, está foi uma experiência riquíssima que sendo vivenciada por toda Igreja presente na Amazônia. Estamos criando a cultura de escuta que pode ajudar as pessoas terem laços com a Igreja e resulta em comprometimento.

As pessoas se sentem valorizadas quando são escutadas. Servir e ser um com povo esse deve ser nosso testemunho.” 

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Querem transformar o Santuário de Aparecida em centro turístico

Santuário Nacional de Aparecida | Guadium Press
O site do Santuário Nacional justifica a inovação ao argumento de que “o cãozinho já é um membro de muitas famílias” (inversão de valores!).

Redação (05/07/2022 17:39Gaudium Press) Em vez de incrementar o ambiente religioso do Santuário Nacional, criando-se mecanismos que estimulem a piedade, a oração, o recolhimento, ou seja, a saudável introspecção inerente aos lugares santos, os responsáveis pelo local – pasmem! – acabam de permitir o ingresso de animais de estimação em qualquer área, até na basílica, menos nas lojas oficiais dos redentoristas, onde vigoram restrições.

Em suma: querem transformar um centro religioso tão querido do povo brasileiro em centro turístico, pois medidas politicamente corretas como esta suscitam a dispersão, exacerbam o recreio e nulificam a prática religiosa. O romeiro que vai com seu cão ao santuário não consegue e, muita vez, nem quer rezar; deseja apenas divertir-se (turismo religioso). Além disso, não de propósito, o referido romeiro desconcentra os que deveras aspiram pelo contato com o transcendente. Isto sem falar em eventual afecção alérgica que pode afetar determinadas pessoas vulneráveis; latidos inevitáveis, rixas entre cães, mordidas etc. Tudo isso dentro da igreja ou nas imediações do santuário! Lembro que em qualquer igreja têm de prevalecer o silêncio e a seriedade.

O animal de estimação permanece em casa quando o dono vai ao trabalho, ao teatro, ao cinema e a tantos eventos sociais. Por que levá-lo à igreja? Admita-se, sim, o animal em ambiente religioso nas conhecidas bênçãos anuais, nas festas de são Francisco e de outros santos.

Respeito pelas coisas sagradas

Por que recrudescer esse ludismo, infelizmente já tão entranhado em muitos dos fiéis que afluem ao Santuário de Aparecida? Não seria o caso de uma ação pastoral que recuperasse a sã religiosidade? Uma sugestão: de quando em quando, os redentoristas deveriam calcorrear o enorme perímetro do santuário trajando seu hábito imponente. Procedimento simples e ostensivo, visando à abordagem, à conversa rápida, enfim, à evangelização. Não. Quem os conhece sempre os encontra vestidos como leigos, malgrado o preceito do cânon 284.

Dirijo veemente apelo a dom Orlando Brandes, grande pastor, homem de imane sensibilidade mariana, para que proíba o acesso de animais de estimação em sítio sacratíssimo, principalmente na Basílica Nacional, revertendo, destarte, essa recente deliberação absurda, provavelmente emanada pelo reitorado, salvaguardando o máximo respeito pelas coisas sagradas. A doutrina cristã nutre apreço pelos animais, haja vista o que ensina o Catecismo da Igreja Católica (números 2414, 2415 e 2416), inculcando que os “animais, como as plantas e os seres inanimados estão naturalmente destinados ao bem comum da humanidade passada, presente e futura” e que “os animais são criaturas de Deus que os envolve com sua solicitude providencial”. Nada contra os bichinhos, mas qualquer pessoa compreende que há lugar e hora para tudo! Toleremos, então, por consuetudinário ou por falta de controle zoocorográfico, os cachorrinhos vira-latas que erram pelas veredas do santuário, mas que jamais penetram nos templos, pois ninguém os guia, exceto Deus, ratione naturae!

Quando se construiu o chamado Centro de Apoio aos Romeiros a uns 500 metros de distância da igreja, objetivava-se exatamente distanciar o profano do sagrado, separando os vendilhões do templo (há exceções!). É sempre tal espírito preservativo da religião que deve insuflar a pastoral do santuário.

O site do Santuário Nacional justifica a inovação ao argumento de que “o cãozinho já é um membro de muitas famílias” (inversão de valores!). Ocorre-me neste instante a estrofe de uma canção bastante famosa: “troque seu cachorro por uma criança pobre!”

Por Edson Luiz Sampel

Advogado. Presidente da Comissão Especial de Direito Canônico da OAB-SP. Teólogo. Doutor em Direito Canônico. Professor do Instituto Superior de Direito Canônico de Londrina. Membro da Sociedade Brasileira de Canonistas (SBC).

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Falsa “Igreja Católica” na China convida a “ouvir a palavra e sentir a graça do Partido”

gopixa/Shutterstock
Por Francisco Vêneto

O regime comunista chinês tenta obrigar os católicos a aderirem à Associação Patriótica Católica Chinesa - mas ela não é católica.

A falsa “Igreja Católica” na China convida os seus “fiéis” a “ouvir a palavra do Partido, sentir a graça do Partido e seguir o Partido”.

Este cenário estarrecedor foi noticiado pela agência de notícias AsiaNews, que ouviu relatos de uma fonte direta local. Segundo a fonte, a situação dos católicos chineses atualmente não é mais a de “ouvir o Senhor, sentir a Sua graça e segui-Lo”, porque “a política entrou na Igreja” e “é difícil fugir da influência da ideologia”. A fonte ouvida pela AsiaNews complementa que “esta é a origem da doença da Igreja chinesa hoje”.

Falsa Igreja Católica na China

Quando se fala em “Igreja chinesa”, é importante considerar que não se trata da genuína Igreja Católica Apostólica Romana, porque ela é simplesmente proibida no país. Os católicos chineses são forçados a aderir à Associação Patriótica Católica Chinesa – mas, apesar do nome, ela não tem nada de católica: é uma entidade criada pelo próprio Partido Comunista Chinês para controlar totalmente o clero e os fiéis que se sujeitam à sua jurisdição.

Os católicos que optam por permanecer fiéis à verdadeira Igreja e ao Papa são considerados clandestinos e, portanto, sofrem perseguição permanente.

“A graça do Partido”

Em pleno dia 29 de junho, Solenidade de São Pedro e São Paulo, a “Igreja” na China teve de celebrar o aniversário de fundação do Partido Comunista na Catedral do Sagrado Coração de Jesus em Leshan, Sichuan. O partido foi fundado, oficialmente, em 1º de julho de 1921. Nesta ocasião, os católicos foram convidados a “ouvir a palavra do Partido, sentir a graça do Partido e seguir o Partido”.

O bispo dom Paul Lei Shiyin participou da cerimônia, assim como alguns sacerdotes e religiosas que se alinharam ao regime comunista. Dom Lei Shiyin foi ordenado em 2011 sem autorização papal e há rumores de que ele tenha amante e filhos.

Acordo descumprido

Visando evitar perseguição ainda pior contra os católicos chineses, o Vaticano assinou um acordo com o governo de Pequim relativo às nomeações episcopais, cedendo à exigência da China de aprovar as nomeações dos bispos. O acordo foi renovado em outubro de 2020, mas a China não vem cumprindo a sua parte: a perseguição aos membros da Igreja Católica prossegue e até se intensifica.

Entre as últimas medidas da ditadura chinesa para submeter ainda mais a Igreja, destacam-se as novas regras de controle estatal sobre a gestão financeira dos lugares de culto, em vigor desde 1º de junho. Pouco antes, em 1º de março, haviam entrado em vigor as novas medidas administrativas para controlar as informações religiosas online.

Em fevereiro, a Administração Estatal para Assuntos Religiosos havia imposto medidas administrativas para bispos, padres, religiosas e religiosos, piorando as já restritivas regras vigentes desde fevereiro de 2018, quando o Partido Comunista havia determinado que os religiosos só podem exercer suas funções legitimamente após se alistarem nos órgãos oficiais e se submeterem formalmente ao Partido Comunista.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Cardeal Scherer: “Dom Cláudio lançou as sementes do Evangelho e da vida nova"

Imagem da missa de corpo presente nesta quarta, 06 de julho. Foto: G1

A homilia proferida por Dom Odilo Pedro Scherer, na missa de corpo presente na Catedral da Sé em São Paulo nesta quarta-feira (6). O Cardeal iniciou reforçando que a morte não é o fim para aqueles que creem nas promessas do Evangelho e, para quem teve uma vida exemplar como Dom Cláudio, a Palavra de Jesus se torna ainda mais confortável. Os restos mortais de Dom Cláudio Hummes agora repousam na cripta da Catedral da Sé.

Vatican News

O Cardeal Dom Cláudio Hummes foi sepultado na manhã desta quarta-feira, 6, após missa de corpo presente, presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro na Catedral da Sé em São Paulo. Os seus restos mortais agora repousam na cripta da Catedral da Sé, precisamente 7 metros abaixo do altar central.

A homilia foi proferida por Dom Odilo Pedro Scherer, cardeal arcebispo Metropolitano de São Paulo que iniciou reforçando que a morte não é o fim para aqueles que creem nas promessas do Evangelho e,  para quem teve uma vida exemplar como Dom Cláudio, a Palavra de Jesus se torna ainda mais confortável. “‘Quem vê o Filho e N’ele crê, tem a vida eterna’. Poderia haver palavra mais confortadora para nós que celebramos a despedida do estimado Cardeal Cláudio Hummes? Ele creu nisso. Dedicou sua vida inteira para proclamar que Jesus é Filho de Deus Salvador e ajudar as outras pessoas a se encontrarem com Ele e, também, crerem nele”, afirmou.

“Combati o bom combate, acabei minha carreira, guardei a fé” (2Tim 4,7)

Como Paulo, à espera da pena capital, conforme narra a Segunda Carta a Timóteo e a exemplo de Dom Cláudio Hummes, que combateram o bom combate, acabaram a carreira e guardaram a fé, Dom Scherer lança um questionamento. “Poderia haver maior conforto na hora morte e constatar sem falsa consciência de que ‘combati o bom combate, cheguei ao fim da minha missão, guardei a fé? Oxalá possamos dizer isto a nós mesmos e diante de Deus”, afirmou enfatizando que “a morte nem sempre tem explicação racionalmente aceitável, mas a fé e a confiança em Deus nos dão motivo de serenidade. É Ele quem vive e é capaz de nos dar mais vida e vida em plenitude. Podemos dizer como o salmista. Sei que a bondade eu hei de ver na terra dos viventes (…)”

“Queria ser missionário na Amazônia”

Dom Odilo fez memória dos  feitos grandiosos de Dom Cláudio que geraram novos ares na Igreja, principalmente em relação à missionariedade e a questões referentes à ‘querida Amazônia’. Em 2011 voltou a São Paulo, na terceira idade, cheio de energia, guardava um sonho de juventude: “Queria ser missionário na Amazônia”. E a CNBB, sem sabê-lo, o convidou a presidir a Comissão Episcopal Especial para a Amazônia. Tratava-se de viajar muito, não por turismo, mas de maneira desconfortável, visitar os bispos, ouvir o povo, avaliar a situação dos indígenas e ribeirinhos e pensar em meios para dar novo dinamismo missionário à ação missionaria da Igreja na região. E ele o fez com dedicação.

A missão na Arquidiocese de São Paulo

Dom Odilo disse, também, ter conhecido Dom Claúdio em São Paulo, onde foi seu bispo auxiliar junto a outros seis colegas no episcopado e sempre lhe impressionou a liberdade e a confiança com que lhes tratava. “Os seis bispos auxiliares eram encarregados de tarefas imensas nesta Arquidiocese e ele nos reunia com regularidade e dava as coordenadas pastorais e administrativas”.

Em sintonia com a resoluções do Jubileu do ano 2000, suas preocupações eram a evangelização renovada, a caridade organizada. “Estava em curso na Arquidiocese o Seminário da Caridade. Dom Cláudio queria ver o empenho social de todas as comunidades, estava também preocupado com o desemprego crescente e com a necessidade ampliar a evangelização como um todo”.

Por um Igreja toda missionária. Avançar para águas mais profundas

 Ainda, segundo o Cardeal Scherer, quando de Roma o Papa reforçava o ‘Duc in alto’, ou seja, avancem para as águas mais profundas, Dom Claudio repetia em São Paulo que “a missão precisa ser retomada, pois a Igreja é missionária por sua própria natureza”. E os bispos do Regional Sul 1, em base a essa urgência missionária, elaboraram diretrizes num plano de ação missionaria permanente que antecipou em muitas coisas as orientações da Conferência de Aparecida que seria realizada em 2007.

Em 2006, o Papa Bento XVI lhe foi confiou a missão de acompanhar os assuntos do clero de toda a Igreja. Dom Cláudio imprimiu a seu novo encargo a marca missionária, dando instruções para renovar a formação do cero de acordo com as necessidades e desafios do novo milênio apenas iniciado. A dimensão missionária deveria integrar a formação de todos os sacerdotes.

Um sonho realizado: Ser missionário na Amazônia

O Cardeal Scherer recordou que as reflexões surgiu a Rede Eclesial para a Amazônia (REPAM), em 2014. Foi Relator do Sínodo para a Amazônia a partir do qual  nasceu a Conferência Eclesial para a Amazônia (CEAMA)”.

Foi neste período, nos quase dez anos como missionário, afirma o cardeal, que a Amazônia ganhou a atenção do mundo inteiro e a ação da Igreja recebeu ali novo e importante impulso.

O fim e o começo de uma nova vida

Sua idade avançava e sua saúde cobrava um preço cada vez maior. Renunciou aos encargos em março deste ano e renunciou para o bem da sua missão. Por duas vezes pediu e recebeu a unção dos enfermos. Todas as manhãs rezava e encontrava força para continuar. Dizia: “Estamos nas mãos de Deus”. Tinha sempre nas mãos, o rosário, até que conseguiu. Lançou as sementes do Evangelho e da vida nova. Que elas brotem e frutifiquem ao longo do tempo”.

(com Rosa M. Martins - REPAM-Brasil)

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quarta-feira, 6 de julho de 2022

Quando ele me pediu para ir morar junto, eu disse que não

fizkes - Shutterstock
Por Orfa Astorga

Uma história real concedida à Aleteia. Por vezes não é fácil escolher o caminho do amor verdadeiro... porque o casamento não é apenas um "mero contrato".

Após dois anos de namoro, o meu namorado deixou o país para fazer pós-graduação com o plano de nos casarmos assim que ele terminasse os estudos. Ele foi o grande amor da minha vida.

Depois, durante umas curtas férias, ele voltou e pediu-me para ir viver com ele no exterior, sem nos casarmos; assegurando-me que se tratava apenas de alterar a ordem dos planos, e que depois o faríamos. Que era a coisa mais conveniente a fazer, dadas as circunstâncias.

Argumentou que, entretanto, viveríamos uma forma de casamento, enquanto se aguardava apenas o reconhecimento civil e eclesiástico; que eu poderia confiar na sua “retidão de intenções”.

Uma forma de casamento, uma forma de compromisso?

O seu raciocínio parecia muito lógico, mas o amor não me cegou, pois eu tinha a certeza moral de que não era a coisa certa a fazer. Por isso abstive-me de responder, e pedi aconselhamento, para que, ao fazê-lo, pudesse ter os argumentos certos.

Depois falámos de novo, tentando ultrapassar uma crise de desacordo.

Lembro-me muito bem de cada palavra da nossa conversa em que, superando a perplexidade inicial, fui capaz de responder com um retumbante não à sua visão de casamento, como se fosse apenas um contrato, ou simplesmente uma exigência convencional ou legal.

Para minha surpresa e tristeza, o meu namorado referiu-se ao casamento como se fosse apenas uma construção social ou religiosa.

Claro que não é, porque a verdade é que o casamento está inscrito na nossa natureza, e não é, portanto, invenção de ninguém. Tem a sua própria estrutura e uma ordem ligada à justiça.

Significado

O casamento é uma união no ser, através de um verdadeiro compromisso conjugal; e não consiste na forma de uma cerimônia ou de um papel assinado, muito menos em viver simplesmente debaixo do mesmo teto, ou em reunir-se para determinadas obras ou fins de existência.

Significa que pelo consentimento do homem e da mulher, o casamento une o que é chamado a unir-se; num projeto de vida que, através da vocação ao amor, assegura a continuidade da sociedade e da própria humanidade… nada menos que isso.

Daí a importância de sacramentá-lo perante Deus, de acordo com a fé que se professa e da própria sociedade.

Foi assim que sonhei com o meu noivo e comigo própria: dizendo Sim! a consentir em ser cônjuge perante amigos e estranhos; sem medo de contrair um vínculo que nos obrigasse, em justiça, a um amor duradouro… Um Sim! orgulhosa e feliz para nos unirmos num compromisso fiel e indissolúvel… Um Sim! a um projeto de amor matrimonial que prevaleceria sobre todas as circunstâncias da vida.

O Não!

Por todas as razões acima expostas, expliquei ao meu noivo que a celebração de um verdadeiro casamento deveria ser o culminar do nosso amor; e que não poderia ser subestimado em nome de uma suposta necessidade prática. Que, ao fazê-lo, estávamos a descaracterizá-lo, e a fazer o mesmo ao nosso ser pessoal, e, portanto, à qualidade do nosso amor.

E eu simplesmente não estava disposta a isso.

Não foi o final feliz que eu esperava, pois o meu namorado, depois de insistir várias vezes no seu propósito, e não consegui-lo, ele terminou a relação pouco depois.

Foi uma experiência triste da qual compreendi que o seu amor não era suficientemente maduro para um consentimento válido para fundar um casamento.

Agora já estou pronta novamente, e Deus sabe mais. Volto a reencontrar o amor, a ser feliz, e, com a graça de Deus, entrarei num verdadeiro casamento.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

A violência tem sua origem na falta de Deus, assegura Bispo colombiano

Foto: Pixabay.
“Se perdeu o sentido de Deus e com isso desaparece o sentido do mal e do pecado”, afirmou Dom José Libardo Garcés Monsalve.

Colômbia – Cúcuta (05/07/2022 14:32, Gaudium Press) O website da Conferência Episcopal Colombiana publicou um artigo de autoria do Bispo de Cúcuta (Colômbia), Dom José Libardo Garcés Monsalve. No texto, o prelado trata sobre as causas dos inúmeros casos de violência vividos pela humanidade em nossos dias.

“Os casos de violência e destruição que vivemos na atualidade a nível mundial, nacional e regional, têm que nos levar a um momento de reflexão sobre a raiz de tantos males que estão destruindo a humanidade, concluindo que tudo se deve ao fato de termos retirado Deus da história pessoal, familiar e social”, assegurou.

A humanidade perdeu o sentido de Deus

Dom Garcés lamentou que os homens construam suas vidas com critérios meramente humanos, tratando de fazer a própria vontade e esquecendo a vontade de Deus. “Se perdeu o sentido de Deus e com isso desaparece o sentido do mal e do pecado”, afirmou.

Como solução para essa triste situação vivida pela humanidade, o prelado ressalta a necessidade de se “voltar para Deus, receber Nosso Senhor Jesus Cristo em nossas vidas, pois Ele quer habitar em cada coração e em cada família, nos dando seu perdão e misericórdia”.

A humanidade necessita da humildade e mansidão de Jesus

Segundo ele, a humanidade necessita da humildade e mansidão do coração transpassado de Jesus Cristo para voltar a tomar seu rumo. “Quanto bem nos faz deixar que Jesus volte a habitar em nossos corações e nos lançar a amar uns aos outros com seu próprio coração”, garantiu.

Dom Garcés concluiu exortando aos fiéis para que rezem pedindo ao Senhor que venha em nosso auxílio, dizendo com Fé e Esperança: “Tenha misericórdia de nós e do mundo inteiro!”, pois dessa forma seremos instrumentos dessa misericórdia para com os irmãos. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Pauta do novo humanismo

Educar para um novo humanismo | Vatican News

PAUTA DO NOVO HUMANISMO

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo horizonte (MG)

Investir na consolidação do novo humanismo, proposto pelo Papa Francisco, é uma urgência capaz de corrigir os rumos da civilização. Especialmente, trata-se de movimento que contribui para formar líderes promotores do diálogo, comprometidos com a construção de um tempo melhor. A busca por um novo humanismo, que tem envolvido estudiosos e pesquisadores, frequentemente inspirando rodas de conversas, é ainda um projeto, mas constitui um broto de esperança, “luz no fim do túnel”. Permanecer distante, sem se envolver na efetivação desse projeto, por pouco compreender o que significa um novo humanismo, significa contribuir para o acúmulo de prejuízos na contemporaneidade. É preciso buscar uma reação para trilhar caminhos diferentes. 

Individualmente ou em grupo torna-se importante compreender o significado de um novo humanismo, com suas potencialidades para reverter perdas na cultura, na história e nos patrimônios relevantes. O esvaziamento humanístico da existência revela-se na animalização das relações, com o assombroso recrudescimento de diferentes tipos de violência, naturalizando preconceitos e discriminações. Dentre essas muitas violências, inscreve-se aquela que se manifesta na indiferença em relação aos que sofrem. Ela se torna especialmente grave quando a fome de muitos passa a ser normalizada, não gerando o necessário incômodo para atitudes cidadãs mais assertivas. Consequentemente, prevalece certa inércia ou, no máximo, gestos pontuais.  

Outra consequência do esvaziamento humanístico é o instinto de autofagia que se verifica quando segmentos da sociedade destroem o próprio patrimônio, com uma enfurecida cegueira que não os permite enxergar as consequências de suas atitudes. São, assim, capazes de destruir em pouco tempo o que se edificou ao longo de décadas e até de séculos, movidos por uma incompetência humana perigosa e desleal – rifam por pouco o que vale muito, negociam o inegociável. Também não são raras as manifestações de autoritarismo que sinalizam esvaziamentos humanísticos. Essas manifestações nada mais são do que tentativas para encobrir a realidade, explicitando a carência de um senso humanístico, com impactos nas relações. 

A superficialidade humana nas impaciências de todo tipo, pelas redes digitais e nos encontros presenciais, inviabiliza a sincera constituição dos laços de fraternidade. Por isso mesmo, ainda que por abordagens simples, e sem a profundidade de reflexões filosófico-antropológicas, é preciso, cotidianamente, se dedicar à pauta do novo humanismo. É incontestavelmente urgente produzir adequada reação a discursos destrutivos, superando negacionismos, ódios e autoritarismos. Ao invés da destruição e do caos, a humanidade precisa construir o caminho que leve ao desenvolvimento integral. E a pauta do novo humanismo pode proporcionar à sociedade um discurso de união, com capacidade para ajudar na constituição e no fortalecimento de laços fraternos. O mundo político precisa ser fecundado por esse tom unificador, para dar conta de sua importante e insubstituível tarefa, intuindo legislações e práticas capazes de promover o bem comum. Nessa direção, é importante e determinante priorizar o ser humano, reconhecendo e dedicando-se especialmente aos clamores dos pobres e sofredores. Uma prioridade na contramão de lógicas com a aridez e a frieza da ilimitada ganância pelo lucro. 

A consideração da pauta de um novo humanismo aponta, especificamente, para a necessidade de se dedicar atenção à cultura que fortemente incide sobre a vida. A dimensão cultural é fonte de sensibilização humanística. Contempla também o adequado tratamento da política, pela qualidade das relações no respeito incondicional a direitos. No campo econômico, efetiva-se novo humanismo quando se vence perversidades e se busca a inclusão, em um incondicional respeito ao meio ambiente. Este tempo grave exige, pois, criatividade para que sejam estabelecidas novas dinâmicas capazes de levar a grandes mudanças civilizatórias. Aqueles que se fundamentam em princípios e valores imprescindíveis – coerentes com o Evangelho de Jesus Cristo, sem manipulações e interpretações fundamentalistas – são promotores das mudanças almejadas. Cresça o interesse pela pauta do novo humanismo, única saída para a crise enfrentada pela humanidade, investimento para a edificação de um tempo novo.  

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF